Lição 4: Os
benefícios da Justificação
Data: 24 de Abril de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas
Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores” (Rm 5.8). [Comentário: Tal como o trecho de 8.1-4, 32, esta passagem ilumina o
propósito especial e a eficácia que Paulo atribui regularmente à morte de
Cristo. Em outras palavras, Cristo morreu especificamente ‘por nós’ (v 8), os
quais agora cremos e estamos justificados mediante a nossa fé, pois a sua morte
realmente obteve para nós a ‘reconciliação’ que ‘recebemos, agora’ (v 11).]
VERDADE PRÁTICA
A
justificação pela fé em Cristo nos libertou de Adão, símbolo do velho homem,
para nos colocar em Cristo, onde fomos feitos uma nova criação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co
15.21 - O
pecado entrou no mundo mediante a Queda de um único homem
Terça — 1Co
15.22 - Todos
morreram em Adão e só podem ser vivificados em Jesus
Quarta — Rm 5.13
- O
pecado só pode ser imputado havendo a lei
Quinta — Rm 5.15
- A
suprema eficiência da redenção em Jesus Cristo
Sexta — Rm 5.17
- O
pecado trouxe morte, mas Cristo trouxe a graça divina
Sábado — Rm 5.21
- A
graça e a justiça reinam por intermédio de Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-12.
1
— Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo;
2
— pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes;
e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3
— E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência;
4
— e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5
— E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6
— Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7
— Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom
alguém ouse morrer.
8
— Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo
nós ainda pecadores.
9
— Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira.
10
— Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de
seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11
— E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
12
— Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
HINOS SUGERIDOS
90, 310 e 400 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Esclarecer
que a justificação pela fé em Cristo nos libertou da lei do pecado e nos fez
novas criaturas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apresentar
as bênçãos decorrentes da justificação;
II. Mostrar
as bênçãos do amor trinitário;
III. Explicar
as bênçãos decorrentes na nova criação.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm
5.1-5)
1. A bênção da paz com Deus.
2. A bênção de esperar em Deus.
3. A bênção de sofrer por Jesus.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm
5.5-11)
1. O amor que o Pai outorga.
2. O amor que o Espírito distribui.
3. O amor que o Filho realiza.
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm
5.12-21)
1. O homem em Adão.
2. O homem em Cristo.
CONCLUSÃO
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
você já parou para refletir a respeito das bênçãos decorrentes da justificação
pela fé? Pare e pense no que Cristo fez por você. Louve ao Salvador. Adore-o
pela sua graça e redenção. O Filho de Deus assumiu o castigo que era nosso. Ele
tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz Cristo cumpriu a nossa pena nos
justificando perante o Pai e fazendo de nós novas criaturas. Ele nos libertou
da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé temos paz com Deus (Rm
5.1) e acesso à graça (Rm 5.2). Como pecadores jamais poderíamos pagar a nossa
dívida para com o Pai. Quando pela fé recebemos o perdão de Deus, a culpa que
perturbava as nossas consciências foi substituída pela graça e misericórdia
divina.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nos
quatro primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia escrito a
respeito das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora falar dos
resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais seriam as
bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas bênçãos
associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo isso só
foi possível porque Deus nos fez participante de uma bênção maior — sermos
parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste feito entre
Adão, símbolo da velha criação e Cristo, o segundo Adão, cabeça de uma nova
criação.
[Comentário: A primeira
abordagem de Paulo sobre a justiça de Deus pela fé em Cristo se dá no capítulo
1, versos 16 à 17. Em seguida, o apóstolo passa a demonstrar que todos os
homens pecaram e foram destituídos da glória de Deus em Adão (Rm 1.16 à Rm 3.20
). Após demonstrar que diante de Deus todos os homens tornaram-se escusáveis
(judeus e gregos), o apóstolo volta a abordagem inicial: a justificação pela
fé. No capítulo 4, o apóstolo apresenta exemplos de justificação pela fé no Antigo
Testamento: Abraão e Davi, ou seja, Paulo evoca a autoridade da Escritura para
dar sustentação a sua argumentação (Rm 4.1-25). Chegamos ao capítulo cinco. Este
pode ser chamado um capítulo de transição da qual passamos da doutrina da
justificação para a da santificação. Mas antes destra transição o Apóstolo
ainda apresenta de forma singular as vantagens únicas da justificação pela Fé
em Cristo Jesus. Vamos então analisar os benefícios da justificação. Após
estudar o capítulo cinco da carta de Paulo aos Romanos, será possível
divisarmos como todos os homens tornaram-se pecadores, e como é possível ser
participante da graça de Deus. Verificaremos, ainda, qual é a condição dos que
estão em Cristo, e a condição daqueles que continuam inimigos de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO CENTRAL
A justificação pela fé nos concede muitos
benefícios.
Paulo
argumenta que todos estão caídos e necessitam ouvir e crer no Evangelho para
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I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm
5.1-5)
1. A bênção da
paz com Deus.
No capítulo cinco de Romanos, Paulo mostra os benefícios da justificação pela
fé logo no primeiro versículo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz
com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. O uso que Paulo faz da palavra paz
aqui é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava
ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece
no Antigo Testamento e cujo significando era a salvação dos piedosos,
prosperidade e bem-estar. Embora os manuscritos mais aceitos do original grego
tragam a palavra tenhamos em vez de temos, os teólogos concordam que o
argumento de Paulo aqui é a paz como efeito imediato dessa justificação. Assim
sendo essa paz deve ser desfrutada aqui e agora. Robertson, erudito em grego bíblico,
traduz essa expressão como gozemos de paz com Deus. Portanto, uma paráfrase das
palavras de Paulo ficaria da seguinte forma: “Já que fomos justificados por
meio da fé, desfrutemos, pois, dessa paz com Deus”. Deus tem paz para todos os
que foram justificados em Cristo Jesus e deseja que desfrutemos dela. [Comentário: Não é correto nos pautarmos nas divisões de textos como
capítulos e versículos quando da interpretação das cartas bíblicas. Ao analisar
o texto, não podemos atrelar a análise tão somente a um capítulo ou a um, dois
ou três versículos. Antes, a análise de qualquer versículo ou frase deve ser
considerada dentro do contexto geral da carta. Precisamos estar atentos, pois
as divisões em versículos e capítulos acabam por influenciar a leitura bíblica.
As divisões em capítulos e versículos devem ser considerados somente como
auxilio para localização e referenciamos certos textos. A observação anterior é
válida na análise deste capítulo. Quando o apóstolo diz: "Tendo sido,
pois, justificados pela fé..." ( Rm 5:1 ), ele termina uma argumentação e
introduz uma nova ideia. Quando o apóstolo escreve 'Tendo sido, pois,
justificados pela fé...', ele dá por encerrada a discussão sobre a
superioridade dos judeus, ou que somente os gentios eram pecadores, ou que a
justiça de Deus era proveniente da lei mosaica. Ao ser justificado pela fé em
Deus, as questões abordadas anteriormente passam à segundo plano, uma vez que
não há distinção alguma entre gentios e judeus. "Sendo, pois, justificados
pela fé..." remete à versículos anteriores ( Rm 1:16 -17 e Rm 3:21 -22), e
apresenta um novo aspecto da justificação pela fé. Os cristãos pela fé
adquiriram paz com Deus, por intermédio de Cristo Jesus. Por meio da fé os
cristãos são declarados justos e obtiveram paz com Deus. A condição alcançada
em Cristo contrasta com a condição apresentada no verso 10. O homem por causa
do pecado tornou-se inimigo de Deus, e bem sabemos que por conta própria o
homem não buscou e nem busca tal reconciliação (Rm 3.10-12). Coube a Deus, em
seu infinito amor trazer e proporcionar ao homem tamanha reconciliação, ou
seja, a “Paz” que somente obtemos por meio da Fé salvadora em Cristo Jesus. http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
2. A bênção de
esperar em Deus. Antes
de falar da bênção de esperar em Deus, Paulo fala como se deu esse acesso:
“Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e
nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A fé no Cordeiro de
Deus nos abriu a porta da graça. Observe o comentário que William Barclay faz a
respeito desse texto: “O próprio Jesus nos introduz na presença de Deus; nos
abre a porta de acesso à presença do Rei dos reis. E quando se abre essa porta
o que encontramos é a graça; não condenação, nem juízo, nem vergonha; senão o
intocado e imerecido amor de Deus”. A porta se abriu para a esperança. No
contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos
os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro. O futuro não é algo
mais desconhecido, porque a fé em Jesus nos tornou participantes do seu reino. [Comentário: Desde já, vale observar que, ao falar da salvação em
Cristo, Paulo apresenta a condição dos cristãos (paz com Deus), para depois
apresentar como alcançaram tal condição (pelo qual também temos entrada pela fé
a esta graça). Ou seja, durante a análise da carta aos Romanos, demonstraremos
que, geralmente, o ponto de partida para o apóstolo apresentar o plano da
salvação é o da condição alcançada (paz com Deus), e em seguida, ele retroage
até demonstrar qual era a condição anterior (inimizade). Por intermédio de
Jesus os cristãos têm entrada a esta graça, ou seja, alcança a graça da
justificação e amizade com Deus pela fé. Este versículo demonstra que por Cristo
e pela fé os cristãos recebem a graça de Deus, e o verso anterior fixa-se em
demonstrar a graça alcançada: justificação e amizade com Deus. Paulo reitera
que ele e todos quantos estão em Cristo (...também temos...), estão firme na
graça proveniente do evangelho (...na qual estamos firmes...). Enquanto muitos
se gloriam das questões relativo à carne ( 2Co 11:18 ), os cristãos gloriam-se
na esperança proposta por meio do evangelho. Embora o apóstolo não volte a
falar que não há diferenças entre gentil e judeu explicitamente, ele acaba por
falar de modo velado destas distinções promovidas pelos homens, e não por Deus.
Gloriar-se na esperança da glória de Deus é uma das maneiras de trazer à
lembrança dos cristãos àqueles que se vangloriam da carne. Enquanto os da fé
gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne
gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam
segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém
gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co
11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos
irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam
a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne"
( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz
de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não
ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
3. A bênção de
sofrer por Jesus.
Na lista dos benefícios ou bênçãos vindos da cruz encontramos uma que, no
contexto atual, escandaliza muita gente. Paulo tem no sofrimento uma motivação
para se gloriar! “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações,
sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência; e a
experiência, a esperança” (Rm 5.3,4). A palavra grega thlipsis, traduzida em
português como tribulação, significa pressões, dificuldades e sofrimentos. Que
tipo de fé era essa que se alegrava no sofrimento? Era a fé pura, sem os
resquícios da Teologia da Prosperidade, sem os paliativos espirituais criados
para entreter os cristãos modernos. [Comentário: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas
tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” (v. 3); Enquanto os
da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os segundo à carne
gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos se gloriam
segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 ); "Se convém
gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza" ( 2Co
11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para gloriarem-se na carne dos
irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam
a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne"
( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve gloriar-se tão somente na cruz
de Cristo, esperança da glória "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não
ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). A fé é a 'entrada' à graça de
Deus, que pela esperança proposta concede forças para suportar as tribulações (
Hb 12:2 ). Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz confusão', ele
aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor de Deus. Ao
escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos cristãos de
Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade,
o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção
da possessão adquirida, para louvor da sua glória" ( Ef 1:13 -14). O
penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo demonstra que os
cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à herança: o
Espírito Santo de Deus. Esta relação entre tribulação, paciência, experiência e
esperança também foi abordado por Pedro e Tiago, porém, cada um à sua maneira
(Tg 1.2 -4; 1Pe 1.6 -7). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção da paz
com Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie
o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quais são as bênçãos decorrentes da
justificação?”. Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção.
Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos
algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências
bíblicas com os alunos.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm
5.5-11)
1. O amor que o
Pai outorga. A
visão que Paulo possui a respeito do Senhor é muito diferente da do judaísmo
dos seus dias. O Deus que Paulo está revelando em suas epístolas é amor. Por
isso, muito diferente daquele que os judeus conheciam. A expressão amor de
Deus, que aparece em Romanos 5.5, no original está no caso genitivo, indicando
origem ou posse. Deus é a origem e a fonte do amor. Embora o antigo Israel
houvesse quebrado a aliança, sendo digno de punição, Deus em seu amor infinito
o procura para uma reconciliação. Esse é o amor que perdoa. O Deus da teologia
paulina ama suas criaturas e como prova maior desse amor enviou seu Filho para
morrer por elas (Jo 3.16). A justificação pela fé nos dá uma nova percepção da
pessoa de Deus e seus atributos, e essa percepção mostra que Ele é amor. [Comentário: Amor, ágape;
Strong 26: Uma palavra à qual a cristandade deu um novo significado. Fora do
Novo Testamento, ela raramente ocorre nos manuscritos gregos existentes no
período. Agape denota uma benevolência invicta e boa vontade inconquistável que
sempre procuram o bem maior da outra pessoa, independentemente do que ela faz.
É o amor autoconcedido que dá livremente sem pedir nada em troca e sem
considerar o valor de seu objeto. Agape é mais um amor por escolha do que philos, que é amor por acaso; e
refere-se à vontade, ao invés da emoção. Agape descreve o amor incondicional
que Deus tem pelo mundo. "Deus é amor" (1Jo 4.8,16): "Assim
conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor". Paulo diz:
"... Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo
que ele nos concedeu" (Rm 5.5). O amor de Deus é um exercício de sua
bondade para com os pecadores, individualmente, por meio do qual, tendo se
identificado com o bem-estar dessas pessoas, entregou seu Filho para ser o
Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de
aliança, assim, a natureza desse amor derramado é visto na cruz. Ali Deus agiu
‘no tempo certo’, tanto no sentido que a morte de Cristo teve lugar de acordo
com o tempo de Deus (Jo 17.1; At 2.23; Gl 4.4), como também porque essa benção
nos veio no momento de nossa mais profunda necessidade. Esse é o ponto tocado
por Paulo quando ele diz: ‘quando nós ainda éramos fracos’ (v 6), ‘sendo nós
ainda pecadores’ (v 8) e ‘quando inimigos’ (v 10).]
2. O amor que o
Espírito distribui. Deus
é a fonte do amor e o Espírito Santo é quem o instrumentaliza na vida do
crente. Paulo diz que o amor de Deus está “[...] derramado em nosso coração
pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5b). O apóstolo tem em mente a
profecia de Joel 2.28 e o evento de Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2.4, onde
há a infusão do Espírito Santo sobre os crentes. Há alguns fatos interessantes
com o tempo verbal grego (tempo perfeito) da palavra ekchéo, traduzida aqui
como derramar. Esse verbo enfatiza uma ação passada, mas que continua com os
efeitos no presente. É como se ele dissesse, “o amor de Deus foi derramado em
nossos corações no passado quando cremos no Senhor, mas seus efeitos continuam
vivos no presente”. Temos, pois, razão para amarmos porque o Espírito Santo
faz-nos viver esse amor. [Comentário: Quando o apóstolo diz que 'a esperança não traz
confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do amor
de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita aos
cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa
herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória"
(Ef 1.13-14). O penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo
demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à
herança: o Espírito Santo de Deus.]
3. O amor que o
Filho realiza. O
amor é originário do Pai, operacionalizado pelo Espírito e realizado pelo
Filho. Cristo é a manifestação suprema do amor de Deus (Rm 5.6-8). Se quisermos
conhecer o amor de Deus, basta olharmos para Cristo, o bendito Filho de Deus. [Comentário: O amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único
Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos
pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2.4; 3.19). Jesus é a suprema revelação
de Deus ao homem. O amorável Salvador era Deus manifestado na carne quando veio
do Céu para revelar o Pai (Hb 1.2). Cristo, Deus Filho, estava com Deus Pai no
princípio e criou todas as coisas. Cristo é divino no mais pleno e absoluto
sentido da palavra. Ele é também humano no mesmo sentido, exceto porque não
conheceu o pecado. O apóstolo Paulo chega ao seguinte ponto em Efésios 5.1-3:
“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como
também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma
agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade
sexual como também de nenhuma espécie de
impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos.”]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do
amor trinitário.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O amor divino derramado em nós (5.5b)
Temos
a força que energiza a nossa esperança que é ‘o amor de Deus derramado em
nossos corações pelo Espírito Santo’. Esse amor só é derramado sobre um coração
justificado. O interessante desse versículo é o destaque ao amor que Deus tem
por nós, e não o amor que temos para com Ele. Descobrimos também neste
versículo a participação das três Pessoas da Trindade na nossa justificação.
Clifton J. Allen, em seu Comentário aos Romanos, escreve sobre isto: ‘As três
Pessoas da Trindade têm sua parte na nossa salvação. Deus nos justifica por
causa da nossa fé. Sua justiça se torna possível por causa da redenção dada por
Cristo. O Espírito Santo nos torna cônscios da nossa necessidade, faz com que
exerçamos a fé, e faz transbordar os nossos corações com o amor de Deus. O amor
de Deus satisfaz a terna afeição do coração ou corresponde ao desejo do
coração’. Portanto, recebemos o amor de Deus em nossos corações e somos
transbordados de alegria, graça, poder e vida nova” (CABRAL, Elienai. Romanos:
O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.64,65).
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm
5.12-21)
1. O homem em
Adão.
Os efeitos e as bênçãos da justificação são agora ilustrados por Paulo com as
figuras de Adão e Cristo. Primeiramente Paulo fala do “homem em Adão”, em
Romanos 5.12-14. Existem várias interpretações a respeito deste texto bíblico,
mas a ideia mais aceita pelos intérpretes é que Adão, como cabeça da raça
humana, representava toda a humanidade. Nesse aspecto, todos pecaram, pois,
todos descenderam de Adão. Para Paulo, o “homem em Adão”, símbolo da velha
criação, está condenado; em desobediência; dominado pelo pecado e vencido pela
morte. O homem em Adão é, portanto, um projeto falido. Não há nenhuma esperança
para ele.
[Comentário: É interessante
notar que a palavra ‘portanto’ usada no começo do versículo 12, indica que
aquilo que se segue está ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo
que a comparação e o contraste que ele traça entre Adão e Cristo é sua elaboração
teológica do que já havia sido dito. Paulo salienta a idéia de ‘um só homem’
por toda essa passagem, e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo
como indivíduos históricos. No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua ‘ofensa’,
mediante a qual todos os homens se ‘tornaram pecadores’ (v 19). Eles
mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus,
e isso os constitui pecadores, quando Adão pecou. Essa comparação que Paulo faz
só será concluída nos versículos 18-21. Paulo não explica como toda a
humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, simplesmente assevera o
fato. Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1Jo 3.4) e
rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Quando Adão caiu (pecado original), isso resultou em seus descendentes sendo “contaminados”
pelo pecado. Davi lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em
iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Note a
progressão em Romanos 5.12: O pecado entrou no mundo através de Adão, morte
segue o pecado, morte vem a todas as pessoas, todas as pessoas pecam porque
herdaram pecado de Adão. Porque “...todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus” (Rm 3.23), precisamos de um sacrifício perfeito e sem pecado para purificar
nosso pecado – isso é algo que somos incapazes de fazer sozinhos.]
2. O homem em
Cristo.
O contraste entre Adão e Cristo é feito com cores vivas pelo apóstolo em
Romanos 5.15-17. O “homem em Cristo”, símbolo da nova criação de Deus, é
justificado, obediente, dominado pela graça e dominado pela vida com Deus. O
primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro
Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo
Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida. É exatamente isso
que o apóstolo ensina em outro lugar aos cristãos de Éfeso. Em Cristo, somos
abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais; escolhidos nEle antes da
fundação do mundo para sermos santos; fomos feitos filhos de Deus; temos a
redenção dos nossos pecados pelo seu sangue e fomos selados com o Espírito Santo
(Ef 1.1-13). [Comentário: A Bíblia apresenta Adão como o primeiro homem, e dá ao
Senhor Jesus Cristo, o curioso título de “o último Adão” (1Co 15.45). O que
significa esse termo e por que é que o deu? Quais são as semelhanças entre Adão
e Jesus que levam a Jesus ter este título? Quais são as diferenças? Enquanto Adão
foi feito à imagem de Deus, Cristo é “a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). A
Bíblia nos diz que o último Adão, Jesus Cristo, foi o único meio por quem Deus
criou todas as coisas (Jo 1.1–3, Cl 1.15–20, Hb 1.2). Assim, Jesus era
pré-existente com Deus Pai e Deus o Espírito Santo antes de Adão viver (Jo 8.58;
Mq 5.2). No entanto, na Sua humanidade, Ele também teve um começo miraculoso
quando foi encarnado como um ser humano sendo concebido pelo Espírito Santo e
nascido da virgem Maria (Mt 1.20–23, Lc 1.26–35). Adão foi criado um homem
perfeito, em plena posse de todas as faculdades humanas, e com a consciência de
Deus, que lhe permitiu ter comunhão espiritual com Deus. Inicialmente,
inocente, imaculado e santo, ele estava num relacionamento correto com Deus,
com a mulher, com si mesmo e com mundo natural ao seu redor. O último Adão,
Jesus, também era perfeitamente homem, um com Deus (Jo 10.30; 17.21–22),
inocente, imaculado e santo (Hb 7.26). O Evangelho de Jesus Cristo é o único
farol de esperança para a humanidade perdida. A sua integridade está
fundamentada na verdade histórica de ambos, do primeiro e do segundo Adão. Ao
contrário do primeiro Adão, o Senhor Jesus foi, para além disso, divino,
possuindo os atributos, ofícios, prerrogativas, e os nomes de divindade. Sendo
totalmente Deus, Ele é digno de adoração (Ap 5.11–14). Adão foi o cabeça da
raça humana. Jesus Cristo é o cabeça da humanidade redimida (ver, por exemplo,
Efésios 5.23). Uma vez que Cristo morreu uma vez por todas (Hb 7.27, 9.28, 10.10–14),
nunca haverá a necessidade de qualquer outro, portanto, ele é o último Adão. O
primeiro Adão deu vida a todos os seus descendentes. O último Adão, Jesus
Cristo, comunica ‘vida’ e ‘luz’ para todos os homens, e dá a vida eterna àqueles
que O recebem e creem no seu nome, dando-lhes “o poder de se tornarem filhos de
Deus” (Jo 1.1–14). A Adão, o que representa a humanidade, foi-lhe dado domínio
sobre o mundo criado (Gn 1.26). Depois de ser ressuscitado dentre os mortos,
Jesus Cristo foi elevado à mão direita de Deus, e dado o domínio sobre todas as
coisas, que foram (1Co 15.27, Ef 1.20–22) “colocadas sob os seus pés”. O
primeiro Adão era senhor de um domínio limitado, o último Adão é o Senhor de
todos (At 10.36). Um sono profundo produz uma linda noiva. Gn 2.21–23 diz-nos
que Deus colocou Adão num sono profundo, durante o qual Deus fez a noiva de
Adão, Eva, a partir do lado de Adão, uma ferida no lado de Adão produziu uma
noiva! O último Adão, Jesus, morreu na cruz, sofrendo o sono da morte por
todos. O Seu lado foi perfurado por uma lança (Jo 19.34). Na sua morte, ele
pagou a punição pelos pecados da humanidade (1Co 15.1–4). Aqueles que se
arrependem e colocam sua fé Nele estão unidos com Cristo num relacionamento que
a Bíblia compara ao de uma noiva com seu marido (2Co 11.02, Ef 5.27, Ap 19.6–8).
Assim, uma ferida no lado do último Adão também produziu uma noiva—a verdadeira
Igreja—“a noiva gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante … santa e
irrepreensível” (Ef 5.27). No início da vida de Adão, ele passou por um período
de teste para saber se iria ou não obedecer Deus. “E o Senhor Deus ordenou ao
homem, dizendo: Podes certamente comer de toda árvore do jardim, mas da árvore
da do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela
comeres certamente morrerás.” (Gn 2.16–17). No início do ministério, o último
Adão, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo
diabo (Mt 4.1, Lc 4.1–3). O primeiro Adão falhou no teste, e ao fazê-lo
envolveu toda a humanidade na sua derrota, arrastando a raça humana com ele na
sua queda. Como resultado, em Adão, todos estamos condenados, espiritualmente
falidos, escravos do pecado e expulsos do Paraíso (Rm 5.12 ss.). O último Adão,
Jesus, foi vitorioso sobre o pecado, a carne e o diabo. Como resultado, em
Cristo, os crentes estão justificados e redimidos, espiritualmente ricos,
libertos do pecado, e novamente incluídos no Paraíso de Deus (Rm 5.18 ss;. 1Co
15.21 ss; Ap 2.7). O primeiro Adão desobedeceu a Deus. O primeiro Adão
desobedeceu a Deus. O último Adão foi “obediente até à morte e morte de cruz”
(Fp 2.8). O primeiro Adão experimentou o juízo de Deus, no final ele morreu e
seu corpo tornou-se outra vez pó. Por causa do seu pecado, a morte veio para
todos os homens: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”
(Rm 3.23). O último Adão, Jesus Cristo, também morreu, na cruz, para expiar o
pecado (Is 53.5, 1Pe 3.18, Hb 2.9). Mas Ele não ficou morto, nem o seu corpo
“viu a corrupção” (At 2.27; 13.35–37). Ao terceiro dia, Ele ressuscitou,
vencendo, assim, o diabo e o poder da morte, ganhando isso, para todos aqueles
que creem nEle (Hb 2.14), trazendo a ressurreição dos mortos (1Co 15.22–23). Extraído de http://creation.com/first-adam-last-adam-portuguese]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Com a justificação pela fé recebemos a bênção do
novo nascimento.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Reproduza
o quadro abaixo. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o
quadro faça um contraste entre Adão e Cristo.
CONCLUSÃO
O
capítulo cinco de Romanos mostra de que forma Deus amou os homens. Ele os
encontra pecadores, ímpios, e indiferentes ao seu propósito. Mas, mesmo assim
os ama. Numa demonstração inimaginável de amor, Ele os justifica pela fé na
pessoa bendita de Jesus Cristo e os abençoa com todas as bênçãos espirituais.
No capítulo 5 de Romanos o amor de Deus parece romper todos os limites. Não é
pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós! Como disse certo autor: “Não
há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais e não há nada que eu possa
fazer para Ele me amar menos”. [Comentário: “O grande amor de Deus para com a humanidade é
demonstrado pelo fato de o Filho de Deus não ter vindo à terra como um anjo, e,
sim, como homem, o homem Cristo Jesus, tendo a natureza humana como a nossa” OWEN,
John, A Glória de Cristo, p.8.. Estamos todos ligados ao primeiro Adão (o
cabeça natural e legal da raça humana) como pecadores e culpados, e por isso
sobre nós recai a sentença de morte que Deus pronunciou sobre ele. No entanto,
todos os que estão ligados com o último Adão, Jesus, através do arrependimento
e fé na Sua obra redentora, estão perdoados, e “receberam o dom gratuito da
justiça”, e assim “já passamos da morte para a vida” (Cl 1.14, Rm 5.17, 1Jo 3.14)] “NaquEle que me garante: "Pela graça
sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef
2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Abril de 2016
PARA REFLETIR
A
respeito da Carta aos Romanos, responda:
Qual
era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?
O uso que Paulo faz
da palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo
significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme
ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos
piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual
o primeiro benefício da justificação?
A paz com Deus.
Qual
o significado da palavra esperança no contexto de romanos?
No contexto de
Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus
desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem
é a origem, fonte do amor?
Deus é a origem e a
fonte do amor.
Faça
um contraste entre Adão e Cristo.
O primeiro Adão é
alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da
terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é
justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os
benefícios da justificação
Ora,
pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício prático na
vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente toma a
consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina
mediante a fé em Jesus?
Professor,
é importante enfatizar aos alunos de que toda doutrina bíblica possui uma
aplicação para a vida. Doutrina não é apenas teoria; ela visa a amadurecer o
crente a fim de que ele caminhe de maneira segura no processo de amadurecimento
da fé no caminho de Cristo. Por isso, ao iniciar a aula desta semana, conforme
a sua possibilidade, reproduza resumidamente os benefícios da doutrina da
justificação pela fé com o objetivo de facilitar a reflexão em sala de aula:
O
quadro acima destaca uma série de bênçãos que o crente justificado por Deus tem
acesso ao Pai no momento em que abre o coração para a Palavra de Deus. Um dos
pontos mais importantes desse quadro são as imagens que o apóstolo Paulo usa
para destacar o “homem imperfeito em Adão” e o “ser humano perfeito em Jesus”.
A maior das bênçãos da justificação pela fé é que se por Adão entrou no mundo a
morte, o sofrimento, a traição etc, por Cristo chegou a vida, a paz, a esperança,
a alegria e tudo quanto é bom para aquele que está em Cristo Jesus, o nosso
Senhor (Rm 5.12-21).
Enfatizar
ao aluno a nova realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus é
permitir-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a
condição do ser humano agora justificado por Cristo. Quantas são as pessoas que
chegam às nossas comunidades sofridas, cheias de condenação na alma e na
consciência? O contato, a assimilação e a fé nesta verdade bíblica quebrarão e
destruirão as amarras da alma e da consciência daqueles que se sentem acusados
e se tornam acuados pelo Inimigo de nossas almas. Ore a Deus, peça-o para cada
aluno viver a graça dessa verdade em nome de Jesus.