Lição 5: A justificação pela fé
Data: 31 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“[...]
isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os
que creem; porque não há diferença” (Rm 3.22). [Comentário: A justiça de
Deus vem ao pecador pela fé. “Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus,
tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em
Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença” (Rm
3.21,22). “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm
10.4 21). “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele
fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).]
SÍNTESE
Abraão
foi a figura didática adequada para a explicação paulina da justificação pela
fé, pois foi justificado antes da circuncisão e da lei, sem obras meritórias,
mas somente pela fé.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 3.21 - Somos justificados pela fé
TERÇA — Gl 1.6,9 - Alguns dos gálatas depois de justificados, foram
tentados a retroceder
QUARTA — Rm 4.1-8 - A justificação de Abraão foi um presente de Deus
QUINTA — Rm 4.9-16 - Abraão foi justificado antes
da circuncisão e da lei
SEXTA — Hb 11.18 - Abraão acreditava que Deus poderia ressuscitar
Isaque
SÁBADO — Gn 12.1-9 - A justificação de Abraão foi
um protótipo da fé cristã
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- APRESENTAR a doutrina da justificação pela fé;
- CONSCIENTIZAR da insuficiência da lei para a justificação;
- EXPLICAR porquê Paulo utilizou a figura de Abraão para esclarecer a doutrina da justificação pela fé.
INTERAÇÃO
Chegamos
ao ponto central da Epístola aos Romanos, o momento em que Paulo cuidadosamente
preparou para apresentar a grande novidade, a revelação da verdadeira justiça
de Deus, que se constitui na doutrina da justificação pela fé, já indicada em
Romanos 1.17. Até este momento, Paulo teve o cuidado para demonstrar que o
judeu e o gentio estavam em situação de igualdade, que todos pecaram e
destituídos estavam da glória de Deus. Ele conscientizou seus destinatários da
dependência de uma alternativa para salvação, de outra forma, estariam
condenados. No auge da expectativa, apresenta a solução, a salvação somente é
possível por meio do sacrifício de Cristo, pois os sacrifícios do Antigo
Testamento foram transitórios e somente encobriam os pecados. Qual o preço
então? Paulo afirma que o ser humano precisa apenas ter fé e aceitar o
pagamento de sua dívida por Cristo. Para comprovar aos judeu-cristãos ou
cristãos judaizantes, utiliza o maior argumento deles, a figura de Abraão. Ele
era utilizado pelos judeus como modelo da justificação pelas obras, mas, com
base em Gênesis 15.6, Paulo demonstra que Abraão não foi justificado pelas obras,
mas pela fé, antes da circuncisão e da lei. Com isso, o apresenta como pai de
todo aquele que crê como ele, no Deus do impossível e com poder para
ressuscitar (Hb 11.18). O capítulo 4 é uma obra prima do apóstolo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos
a simulação de um júri. Para isso, você precisará dedicar pelo menos uns 25
minutos de sua aula. Os alunos devem ler a parábola do fariseu e do publicano
que se encontra em Lucas 18.9-14. Divida a turma em dois grupos, um grupo para
defender os argumentos do fariseu e o outro para defender os argumentos do
publicano. Dê uns 5 minutos para os grupos se organizarem e definirem um
representante de cada grupo para defender (advogado) seu personagem escolhido
(fariseu ou publicano) diante do juiz, que será você professor(a). Dê
oportunidade para que cada um argumentar e depois contra-argumentar. No final,
dê o veredito final, conforme registrado em Lucas 18.9-14. Aproveite para
explorar os conceitos da doutrina da justificação pela fé.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.21-31.
21 — Mas, agora, se manifestou,
sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
22 — isto é, a justiça de Deus
pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há
diferença.
23 — Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus,
24 — sendo justificados
gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25 — ao qual Deus propôs para
propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 — para demonstração da sua
justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele
que tem fé em Jesus.
27 — Onde está, logo, a jactância?
É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.
28 — Concluímos, pois, que o homem
é justificado pela fé, sem as obras da lei.
29 — É, porventura, Deus somente
dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
30 — Se Deus é um só, que
justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão,
31 — anulamos, pois, a lei pela
fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, iremos estudar a doutrina da
justificação pela fé, que foi o grande fundamento teológico utilizado por
Lutero na Reforma Protestante. Paulo vai esclarecer o que ele já havia indicado
no primeiro capítulo (Rm 1.17). [Comentário:
É fato que hoje, esta doutrina é desconhecida ou mal-compreendida por
muitos cristãos. Foi a questão central levantada pela Reforma Protestante do
século 16, pelo Reformador Lutero. Assim como o “sola Scriptura” foi denominado
o “princípio formal” da Reforma, porque a Bíblia é a fonte de onde procedem
todas as autênticas doutrinas cristãs, a justificação mediante a fé é o seu
“princípio material”, porque envolve a própria substância ou essência do que se
deve crer para a salvação. No passado, a ausência e a incompreensão desta
doutrina trouxeram muitos prejuízos como a escravidão da consciência, conceitos
errados acerca de Deus e Sua justiça, comprometendo toda a Soteriologia, além
de deturpar o Cristianismo. Isso mostra que ela é uma das colunas do
Cristianismo. Sendo assim, compreender o verdadeiro significado dessa doutrina
é algo indispensável a todo cristão.] Let's
think maturely Christian faith?