Lição 2: A criação dos
Céus, e da Terra
Data: 11 de Outubro de
2015
TEXTO
ÁUREO
“Pela fé, entendemos que os mundos, pela
palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito
do que é aparente” (Hb 11.3). [A fé
pela qual entendemos que Deus criou o mundo é a fé na revelação divinamente
inspirada que se acha em Gn 1 e noutros trechos das Escrituras (cf. Sl 33.6,9;
Is 55.11)]
VERDADE
PRÁTICA
A primeira grande verdade da Bíblia é que Deus
criou os Céus, a Terra e o ser humano.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Gn 1.1
Deus é o grande Criador de todas as coisas
Terça — Sl 33.6
Pela fé cremos que Deus é o grande Criador dos
Céus
Quarta — Is 45.18
Pela fé cremos que Deus criou a Terra
Quinta — Sl 104.14
Pela fé cremos que Deus criou o reino vegetal
Sexta — Sl 104.19
Pela fé cremos que Deus criou o sistema solar
Sábado — Sl 50.10-12
Pela fé cremos que Deus criou os animais
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 104.1-14.
1 — Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR,
Deus meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade.
2 — Ele cobre-se de luz como de uma veste,
estende os céus como uma cortina.
3 — Põe nas águas os vigamentos das suas
câmaras, faz das nuvens o seu carro e anda sobre as asas do vento.
4 — Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus
ministros, um fogo abrasador.
5 — Lançou os fundamentos da terra, para que
não vacile em tempo algum.
6 — Tu a cobriste com o abismo, como com uma
veste; as águas estavam sobre os montes;
7 — à tua repreensão, fugiram; à voz do teu
trovão, se apressaram.
8 — Subiram aos montes, desceram aos vales,
até ao lugar que para elas fundaste.
9 — Limite lhes traçaste, que não
ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra.
10 — Tu, que nos vales fazes rebentar
nascentes que correm entre os montes.
11 — Dão de beber a todos os animais do campo;
os jumentos monteses matam com elas a sua sede.
12 — Junto delas habitam as aves do céu,
cantando entre os ramos.
13 — Ele rega os montes desde as suas câmaras;
a terra farta-se do fruto das suas obras.
14 — Ele faz crescer a erva para os animais e
a verdura, para o serviço do homem, para que tire da terra o alimento.
HINOS
SUGERIDOS
3, 252 e 526 da Harpa
Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Compreender que Deus
criou os céus e a Terra.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao
que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar
o criacionismo bíblico;
II. Conhecer
como se deu a criação do tempo, do espaço e da luz;
III.
Explicar a ordenação da Terra.
IV. Compreender
como e deu a criação da luz;
V. Saber
como foi a separação das águas;
VI.,
VII. e VIII. Endender como se deu a formação do reino vegetal, do
sistema solar e a criação do reino animal.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado professor, você crê que os céus e a
Terra foram formados por Deus? Então não terá dificuldades no ensino dessa
lição. O relato da criação não é uma alegoria. Enfatize, no decorrer da aula,
que a narrativa da criação é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu
exatamente como a Palavra de Deus narra. Quando o assunto é a criação do
universo, sabemos que existem várias teorias que tentam explicar a origem da
vida. Porém, como crentes, sabemos que o universo e a vida não são produtos de
uma evolução como alguns cientistas tentam afirmar ou o resultado da explosão
de uma partícula. Deus é o grande Criador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O livro de Gênesis não é uma alegoria, por isso,
é imprescindível que consideremos a narrativa da criação um fato histórico;
algo que aconteceu exatamente como está escrito. Tendo em vista este parâmetro,
estudemos, agora, a Doutrina da Criação. Comecemos por definir o Criacionismo
Bíblico. [Comentário: Como Deus criou
o mundo? Será que ele criou cada espécie diferente de planta e animal de modo
direto, ou fez uso de uma espécie de processo evolutivo, guiando o
desenvolvimento das coisas vivas a partir das mais simples para as mais
complexas? E quanto tempo Deus levou para produzir a criação? Será que ela foi
completada no espaço de seis dias de 24 horas, ou Deus serviu-se de milhares ou
talvez milhões de anos? Qual é a idade da terra e qual é a idade da raça
humana? A Bíblia claramente requer que creiamos que Deus criou o universo do
nada. (Algumas vezes a expressão latina
ex nihilo, “do nada”, é usada; diz-se então que a Bíblia ensina a criação ex
nihilo). Isso significa que, antes de Deus ter começado a criar o universo,
nada mais existia exceto o próprio Deus. Como cristãos, temos de diferenciar
entre o criacionismo e o evolucionismo, ou seja, como eles são diferentes? Qual
é verdadeiro? É possível acreditar em ambos? Estas perguntas podem ser
respondidas ao se definir o que o criacionismo bíblico é e como afeta o nosso
sistema de crença fundamental. Podemos definir a doutrina da criação da
seguinte maneira: Deus criou o universo inteiro do nada; ele era
originariamente muito bom; e ele o criou para glorificar a si próprio.] Vamos pensar maduramente sobre a fé
cristã?
PONTO
CENTRAL
I. O
CRIACIONISMO BÍBLICO
1. Definição. O Criacionismo Bíblico é a doutrina segundo a
qual Deus criou, a partir de sua palavra, tudo quanto existe: os Céus, a Terra,
os reinos vegetal e animal, e finalmente o ser humano (Hb 11.3). [Comentário: A Bíblia
claramente requer que creiamos que Deus criou o universo do nada. (Algumas
vezes a expressão latina ex nihilo ,”do nada”, é usada; diz-se então que a
Bíblia ensina a criação ex nihilo ). Isso significa que, antes de Deus ter
começado a criar o universo, nada mais existia exceto o próprio Deus. Essa é a
inferência de Gênesis 1.1 que diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra”.
O Texto Áureo diz: “Pela fé entendemos
que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê
não foi feito do que é visível” - essa tradução reflete de modo exato o
texto grego. Embora o texto não ensine realmente a doutrina da criação ex nihilo, ele chega próximo de fazer isso,
visto que diz que Deus não criou o universo de alguma coisa visível. O Autor de
Hebreus contesta a idéia de a criação ter vindo de alguma matéria preexistente,
como afirmavam os filósofos, e para esse propósito o versículo é inteiramente
claro.]
2. Fundamentos. O Criacionismo
fundamenta-se na Bíblia Sagrada, na manifestação silenciosa da natureza e nas
observações e estudos que dela fazemos (Rm 1.20; Sl 119.1-6). [Comentário: O criacionismo
bíblico é fundamental para a fé cristã e foi estabelecido no livro de Gênesis,
capítulo um, com "No princípio,
criou Deus..." Esta declaração afirma o criacionismo e se opõe a
qualquer visão que adote o evolucionismo (a crença de que o universo começou
com um "big bang" e tenha evoluído constantemente desde então).
Nossos pontos de vista sobre a criação refletem se realmente acreditamos na
Palavra de Deus ou se duvidamos da sua veracidade. O salmo 33 também nos diz: “Mediante a palavra do SENHOR foram feitos os
céus, e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca [...] Pois ele falou, e tudo
se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.6,9). No Novo Testamento
encontramos uma afirmação de caráter universal no começo do evangelho de João:
“Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1.3). A
expressão “todas as coisas” é mais
bem entendida como referindo-se à totalidade do universo (cf.At 17.24; Hb
11.3). Paulo é totalmente explícito em Colossenses 1 quando especifica todas as
partes do universo, tanto as visíveis como as invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades;
todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1.16).]
3. Objetivos. Três são os objetivos do Criacionismo: 1)
Mostrar que Deus é o Criador de todas as coisas; 2) Demonstrar que, por criar
tudo quanto existe, tudo lhe pertence; e 3) Levar-nos a adorá-lo como nosso
Criador e Senhor. [Comentário:
O lado positivo de que Deus criou o universo ex-nihilo é que esse universo tem significado e propósito. Deus, em
sua sabedoria, criou-o para alguma coisa. Devemos tentar entender esse
propósito e usar a criação de modo que ela se encaixe nesse propósito, a saber,
o de trazer glória ao próprio Deus. Além disso, sempre que a criação nos traga
satisfação (cf. 1 Tm 6.17), devemos agradecer a Deus, que criou todas as
coisas. Wayne Grunden comentando sobre a criação diz: “Está claro que Deus criou seu povo para a sua glória, porque ele fala
de seus filhos e filhas como aqueles “a quem criei para a minha glória, a quem
formei e fiz” (Is 43.7). Mas não são somente os seres humanos que Deus criou
com esse propósito. Toda a criação foi feita para mostrar a glória de Deus.
Mesmo a criação inanimada, as estrelas, o sol, a luz e o céu testificam da
grandeza de Deus: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a
obra das suas mãos” (Sl 19.1,2). O cântico da adoração celestial em Apocalipse
4 conecta a criação de todas as coisas por Deus com o fato de que ele é digno
de receber a glória que elas lhe conferem: “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno
de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por
tua vontade elas existem e foram criadas” (Ap 4.11).” http://www.monergismo.com/textos/criacao/criacao_wayne_grudem.htm]
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
O criacionismo bíblico é a teoria que nos
ajuda a entender que Deus criou os céus e a Terra.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor, para introduzir primeiro tópico da
lição faça a seguinte indagação: “Os dias da criação em Gênesis 1 são
literais?”. Ouça os alunos com atenção e explique que “em Gênesis 1, a palavra
hebraica para dia é yom. A maior parte do uso dela no Antigo Testamento é com o
sentido de dia, dia literal; e, nas passagens em que o sentido não é esse, o
contexto deixa isso claro. Primeiro, yom é definido na primeira vez em que é
usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois sentidos literais: a porção clara do
ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo, yom é usado com ‘noite’ e
‘manhã’. Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas no Antigo
Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre têm o
sentido literal de noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado
por um número: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as
passagens do Antigo Testamento indicam dias literais. Quarto, Gênesis 1.14
define literalmente yom em relação aos corpos celestiais” (HAM, Ken.
Criacionismo: verdade ou mito? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, p.30).
II. A
CRIAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DA LUZ
Entre os versículos um e três do primeiro
capítulo de Gênesis há um intervalo indefinido, no qual Deus criou o tempo, o
espaço, os Céus e os anjos e, finalmente, a Terra ainda informe.
1. O tempo. Embora a Bíblia não o diga, podemos afirmar
que a primeira coisa que Deus criou foi o tempo. Isto porque a obra divina,
embora concebida na eternidade, somente poderia ser consumada no âmbito
temporal. Só o Criador é eterno. A criação acha-se sujeita ao tempo, requerendo
as intervenções e cuidados divinos (Sl 104.5). [Comentário:
A palavra ‘princípio’ (bereshith) significa começo de tempo e deve ser
distinguida da palavra grega ‘arché’ – princípio, empregada por João 1.1, onde
significa ‘eternidade’ (medida do tempo de Deus). Houve, portanto, um tempo em
que não havia mundo ou universo. Em bereshith está implícita a noção de começo
temporal.]
2. O espaço. O que é o espaço? Podemos defini-lo como o
tecido cósmico que Deus criou para colocar os corpos celestes. Portanto, o
espaço também é criação divina. [Comentário:
Em Gênesis 1.1 que diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra”, a
frase “os céus e a terra” inclui a totalidade do universo. O salmo 33 também
nos diz: “Mediante a palavra do SENHOR foram feitos os céus, e os corpos
celestes, pelo sopro de sua boca [...] Pois ele falou, e tudo se fez; ele
ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.6,9). O céu, que é no mínimo espaço entre a
matéria, sem espaço todos os objetos ficariam estáticos, pois até mesmo entre
os átomos existe espaço, pois sem espaço não há movimento, e sem movimento não
há ação, e sem ação não existe vida.]
3. Os Céus e os anjos. Os
Céus, a morada de Deus, também foram criados num contexto espaço-temporal, por
uma razão bastante simples: embora não pertençam à nossa dimensão, são um lugar
bem real. É para lá que as almas dos justos são encaminhadas. Após a
criação dos Céus, Deus chamou à existência os seus anjos através do sopro de
sua boca (Sl 33.6). E assim, o Senhor neles infundiu, também, a sua imagem e
semelhança. [Comentário:
Paulo é totalmente explícito em Colossenses 1 quando especifica todas as
partes do universo, tanto as visíveis como as invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades;
todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1.16). Anjos são
encontrados em trinta e cinco livros da Bíblia, e em duzentas e setenta e cinco
referências e Cristo ensinou a existência dos anjos (Mt 18.10; 26.53). Anjos
não são uma raça, mas uma hoste [exército]. Eles são filhos de Deus (Jó 1.6), e
nunca de outros anjos. Foram criados num
determinado momento, antes da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Os anjos
foram criados num estado de santidade (Judas 1.6). Eles são inumeráveis (Hb 12.22).]
4. A Terra ainda informe. Deus
formou a Terra antes dos seis dias da criação. A princípio, informe e vazia,
seria modelada pelo Espírito de Deus até que viesse a adquirir a forma atual
(Gn 1.2). [Comentário: Tendo
estabelecido que as duas partes do mundo, terra e firmamento, ou céu, se
originaram pela palavra do Criador, o autor do Gênesis logo depois descreve a
aparência da matéria-prima da terra, imediatamente depois de sua criação. A
frase hebraica aqui traduzida “sem forma e vazia” é tohu wavohu. Tohu é uma
palavra que significa “sem forma”. Bohu
vem da raiz “estar vazio”, significando portanto que “não tinha nada”. Comentando
esta expressão, o Dr. Leupold diz: “Tohu”
é realmente usado como um adjetivo enfático, como é também, naturalmente, bohu. Sobre o verbo hayethah, “era”, não pode recair ênfase, numa sentença em que
seguem dois predicados significativos. Deve servir simplesmente como união.
Consequentemente, todo o intento para pôr neste verbo algum pensamento como 'a
terra já existia', ou 'assim esteve por muito tempo', é inteiramente
inadmissível em gramática” (http://www.revistacriacionista.com.br/artigos/FC52_Asemana.asp). Esta mesma
expressão, tohu wavohu, é usada em
Jeremias 4:23 para descrever a terra durante o milênio, quando as formas vivas
estão ausentes, ou quase ausentes. Contudo deve-se observar que a condição “sem
forma e vazia”, descrita em Jeremias, refere-se unicamente à superfície da
terra. À luz deste texto parece razoável, portanto, presumir que a descrição de
Gênesis 1:2 pinta a terra inteiramente formada como um corpo astronômico e
estabilizada na sua geologia, com exceção do aspecto de sua superfície,
inteiramente sobre o controle das “forças naturais”, e caracterizada pela falta
de qualquer ser vivo. http://www.revistacriacionista.com.br/artigos/FC52_Asemana.asp Podemos encontrar uma outra teoria para explicar Gn
1.1, a Teoria do Intervalo. Esta é a teoria
que acredita que Deus criou o planeta Terra completamente funcional, com todos
os animais, incluindo os dinossauros e outras criaturas que conhecemos apenas
por fósseis. Então, segue a teoria, aconteceu algo que destruiu a terra por
completo – alguns especulam que foi a queda de Satanás à terra – e, por isso, a
terra tornou-se sem forma e vazia. A esta altura, Deus começou tudo de novo,
recriando a terra em sua forma de paraíso como descrito no primeiros capítulos
de Gênesis. Existe problemas com essa teoria, insisto que leia o artigo deste
link: http://www.gotquestions.org/Portugues/teoria-intervalo.html ]
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Deus criou o tempo, o
espaço e a própria luz.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“A palavra hebraica para ‘luz’ é ‘or’, e
refere-se às ondas iniciais de energia luminosa atuando sobre a terra.
Posteriormente, Deus colocou ‘luminares’ (hb. ma'or, literalmente ‘luzeiros’,
v.14 nos céus como geradores e refletores permanentes das ondas de luz. O
propósito principal desses luzeiros é servir de sinais demarcadores das
estações, dias e anos (vv.5-14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991,
p.30).
III. A
ORDENAÇÃO DA TERRA
1. O Espírito Santo na criação. O
Espírito Santo pairou sobre as águas (Gn 1.2). Ele esteve presente e
desempenhou um papel ativo na obra da criação. O que vemos pelo relato bíblico
é que a cada dia, Deus fez uma tarefa diferente, mas ordenada, para que a vida
fosse possível em nosso planeta. [Comentário:
Ruach Elohim, o Espírito de Deus, ou Epírito Santo, é apresentado como Se
movendo protetoramente sobre a superfície da massa informe da terra. Este
particípio, mera (ch) chepheth, nunca é usado na Bíblia para sugerir “incubar”;
pelo contrário, sugere adejar, mover-se. A diferença pode ter significação. Uma
galinha, por exemplo, choca os ovos mas move-se sobre os pintos. A
interpretação fabulosa de que o Espírito estava incubando o mundo em embrião é
indefensável. Wayne Grunden escreve sobre a atuação do Espírito Santo na
criação: “O Espírito Santo estava também em operação na criação. Ele é
geralmente descrito como completando, preenchendo e dando vida à criação de
Deus. Em Gênesis 1.2,”... o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”,
indicando uma função preservadora, sustentadora e orientadora. Jó diz: “O
Espírito de Deus me fez; o sopro do Todo-poderoso me dá vida” (Jô 33.4). É
importante perceber que em várias passagens do AT a mesma palavra hebraica
(rûach) pode significar, em contextos diferentes, ”espírito”, “sopro” ou
“vento”. Mas em muitos casos não há grande diferença de significado, pois, se
alguém decidisse traduzir alguns termos como o “sopro de Deus” ou mesmo o
“vento de Deus”, ainda pareceria um modo figurado de referir-se à atividade do
Espírito Santo na criação. Assim o salmista, falando da grande variedade de
criaturas na terra e no mar, diz: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e,
assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30, RA); observe também, sobre a obra
do Espírito Santo, (Jó 26.13; Is 40.13; lCo 2.10).” http://www.monergismo.com/textos/criacao/criacao_wayne_grudem.htm]
2. Tarefas ordenadas. Em
sua obra a cada dia, Deus agiu de forma bem específica, organizando o cenário
em que seria colocada a vida em nosso planeta. Primeiro Ele preparou o mundo
para receber os seres vivos, depois os criou. Ele primeiro criou o ambiente em
que viveríamos, para depois nos criar.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
O Espírito Santo estava
presente na criação e ordenação do universo.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Professor, o objetivo da lição é apresentar o
Criacionismo. Infelizmente, muitos cristãos têm receio de declarar que creem
que Deus é o criador de todas as coisas. Deus é real e o Criacionismo não é um
mito, mas uma verdade. Quando se fala que Deus tudo criou, algumas pessoas
perguntam: “E quem criou Deus?”. O Todo-Poderoso não teve um início, Ele é
atemporal. A Bíblia também não tenta provar sua existência, ela simplesmente
inicia afirmando: “No princípio, [...] Deus...”. As teorias que explicam a
criação do homem e do universo, são apenas teorias, ou seja, conhecimento
especulativo.
“Hoje, muitos cristãos afirmam que os milhões
de anos de história da Terra se ajustam à Bíblia e que Deus usou o processo
evolucionário para criar. Essa ideia não é uma invenção recente. Há mais de
duzentos anos, muitos teólogos tentam essas harmonizações em resposta a
trabalhos como o de Charles Darwin e de Charles Lyell, escocês que ajudou a
popularizar a ideia de milhões de anos da história da Terra e de um moroso
processo geológico.
Quando consideramos a possibilidade de que
Deus usou o processo evolucionário para criar ao longo de milhões de anos,
confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus não é mais
competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.
Já na época de Darwin, um dos principais
evolucionistas entendia o problema de fazer concessão ao afirmar que Deus usou
a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações para a
história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que quer
aceitar” (HAM, Ken. Criacionismo: verdade ou mito? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011,
pp.35-6).
IV. A
CRIAÇÃO DA LUZ
1. E houve luz. A criação da luz, no
primeiro dia do Universo, é carregada de significados (Gn 1.3). Embora o
Criador dela não precisasse, a criação a reclamava (Sl 139.12). Sem luz, a vida
seria impossível. [Comentário:
A ordenada seqüência do trabalho da semana da criação é muito impressiva.
Para fazer provisões para o aparecimento e manutenção de plantas e animais, a
matéria-prima teve primeiro de ser trazida à existência, e posto sob controle o
que chamamos “lei natural”. Então o quesito mais essencial para a vida foi a
luz acompanhada de calor. O texto hebraico diz: Ye hi or wa ye hi or (“Haja luz
e então houve luz!”).]
2. A luz inicial. A luz de Gênesis 1.3 não
era proveniente do Sol, pois este só viria a ser criado no quarto dia. Ela
provinha do próprio Deus. Luz semelhante, porém mais gloriosa, haverá na
Jerusalém Celeste (Ap 22.5). [Comentário A primeira
ordem de Deus inicia o processo de transformação do caos. Disse Deus ocorre dez vezes no capítulo 1 indicando o meio pelo
qual vida e ordem eram gerados. O relacionamento preciso entre os membros da
Trindade neste processo não é claramente definido na Bíblia (Porque nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi
criado por ele e para ele (Cl 1.16). Luz é a presença da claridade de forma
geral. Os corpos luminosos são criados no quarto dia. A luz simboliza vida e
bênção (Sl 4.7; 56.13; Is 9.7; Jo 1.4-5).]
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
Deus no primeiro dia de
sua obra criou a luz.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Deus
tinha razões específicas para criar o mundo. Deus criou os céus e a terra como manifestação
da sua glória, majestade e poder. Ao olharmos a totalidade do cosmo criado —
desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos
tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador. Deus
criou os céus e a Terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas.
Todos os elementos da natureza rendem louvores ao Deus que nos criou. Quanto
mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos. Deus criou
a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade
fossem cumpridos” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991, p.31).
V. A
SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS
1. Separando as águas. Deus
não criou a Terra para ser um caos, mas para servir-nos de habitação (Is
45.18). Por isso, no terceiro dia da Criação, separou as águas que se achavam
abaixo e acima do firmamento (Gn 1.6-10). [Comentário:
A terra coberta por água aparentemente estava aparentemente estava circundada
por vapor. Deus usou o firmamento, o espaço entre as duas águas, criando uma cobertura
massiva de vapor bem alto acima da terra. Estas águas que estavam sobre a
expansão proporcionavam um efeito protetor de estufa sobre o universo daquele
tempo. O terceiro dia caracterizou o surgimento da terra com a definição ajuntem-se as águas debaixo dos céus num
lugar dos limites dos Mares.]
2. A criação da atmosfera. Foi
ainda no terceiro dia que Deus criou o firmamento; e, com este, a atmosfera
terrestre, para que a vida se tornasse possível. [Comentário:
Descrevendo o céu do modo que este parece ser visto da terra, o hebraico
sugere algo plano e duro (Ou estendeste
com ele os céus, que estão firmes como espelho fundido? (Jó 37.18); Ele é o que está assentado sobre o círculo
da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os
céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar; (Is
40.22). No texto de Gn 1.6-8 temos uma referência ambígua à atmosfera ou ao céu
(ou a ambos). Aqui, faz separação entre nuvens de chuva e rios e mares]
SÍNTESE
DO TÓPICO (V)
Deus criou e fez separação das águas que se
achavam abaixo e acima do firmamento.
VI. A
CRIAÇÃO DO REINO VEGETAL
1. O reino vegetal. Para que os animais, que
só seriam criados no quinto e no sexto dias, pudessem se alimentar, o Senhor,
já no terceiro dia da criação, fez brotar as relvas, as ervas e as árvores (Gn
1.11-13). Em sua obra, Deus mostrou-se em tudo perfeito e metódico. Seu
cronograma foi rigorosamente cumprido (Sl 86.8). [Comentário:
O resto do trabalho do terceiro dia consistiu na formação das plantas. A
ordem foi dirigida à terra. A palavra usada no verso 11, dasha, literalmente
significa: “Brote da terra!” O verso 12 registra que a terra fez as plantas
“saírem” (yatsa). A indicação é de que as plantas aparecem como resultado do
crescimento que foi acelerado como para ocupar um momento apenas. Tal produto
podia possivelmente ser indistinguível das plantas que cresciam naturalmente. À
luz destes fatos, não precisamos perguntar o que veio primeiro, se as plantas
ou as sementes. As plantas vieram primeiro. Texto extraído de http://www.revistacriacionista.com.br/artigos/FC52_Asemana.asp]
2. As possibilidades do reino vegetal. Deus
ordenou que o reino vegetal produzisse ervas, plantas e árvores frutíferas,
para que pudessem se multiplicar segundo a sua espécie (Gn 1.11,12). [Comentário: Os três grupos
de plantas mencionados, capim (deshe, palavra cujo radical significa “estar
úmido”), ervas (esebh, “herbáceos”), e árvores (ets peri, “árvores
frutíferas”), evidentemente têm em mira abranger toda a vegetação. O primeiro
grupo talvez não inclua o capim como o conhecemos, mas pode referir-se a formas
como os musgos, líquens e outras espécies que tapetizam o chão. Que os membros
do segundo grupo são distintos daqueles do primeiro, é evidente pelas passagens
de II Reis 19:26 e Isaías 37:27 (14), (15), onde eles são mais uma vez
mencionados separadamente numa enumeração. Também os membros do segundo grupo
são descritos como mazria zera - “plantas que dão semente”. Dir-se-ia assim que
os membros deste grupo sejam destacados como “tendo semente”. É este grupo,
esebh, mencionado no verso 29, como dado ao homem juntamente com frutos e nozes
para o seu alimento. A tradução “erva do campo”, que é usada em Gênesis 3:18
para descrever parte do alimento dado ao homem depois do pecado, é esta mesma
esebh (16). Esebh é também usada em Deuteronômio 11:15 para descrever o
alimento dos animais (17). Assim, este segundo grupo parece incluir tudo entre
musgos, líquens, fetos e outras plantas que não têm semente, e árvores e
arbustos. O termo ets peri, que abrange o terceiro grupo, é um coletivo
singular que se emprega para as plantas lenhosas que produzem nozes e pinhas, e
frutos carnosos como amoras, pêssegos, maçãs, etc. Estes três grandes grupos
não coincidem com a moderna classificação das plantas, não obstante são muito
próprios porque são ainda visíveis os tipos rudimentares, os herbáceos mais
altos e os arbustos e árvores. Texto extraído de http://www.revistacriacionista.com.br/artigos/FC52_Asemana.asp]
SÍNTESE
DO TÓPICO (VI)
No terceiro dia Deus
criou o reino vegetal.
VII. A
CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
1. A criação do Sol, da Lua e das estrelas. No quarto dia, Deus criou o Sol, a Lua e as
estrelas (Gn 1.14-19). Dessa forma, o tempo será dividido não apenas em dia e
noite, como acontecia até ao terceiro dia, mas também em semanas, meses,
estações e anos (Gn 1.14). [Comentário:
A história da criação foi escrita para o homem, é uma descrição fenomenológica, isto é, como
as coisas parecem aos olhos. É razoável que o ponto de vista do narrador seja
do lar do homem, a superfície da terra. Durante os primeiros três dias a luz
estivera sobre a terra, mas unicamente de um modo débil, difuso, justamente
como se filtrara através do teto de nuvens pesadas e contínuas. Mas agora, com
plantas sobre a terra, a luz brilhante torna-se uma necessidade. O sol e a lua,
as principais deidades nos panteões do antigo Oriente Médio, não são sequer
nomeados, efetivamente rebaixando-os e enfatizando que eles servem a humanidade
de acordo com o desígnio de Deus. As formas móveis da segunda tríade de dias
parecem governar sobre as esferas que as abrigam: os luzeiros, o sobre o dia e
a noite (Sl 138.7-9). Os pagãos geralmente creditavam às estrelas (que eram
contadas entre seus deuses), a capacidade de controlar o destino humano. Aqui
elas são mencionadas quase de passagem.]
2. A perfeição do sistema solar. Deus
criou o sistema solar para funcionar perfeitamente, conforme declarou o profeta
Jeremias: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à
lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas
ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante
de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação
diante de mim para sempre” (Jr 31.35,36 — ARA). Não há máquina tão perfeita
quanto o sistema solar (Is 40.26).
SÍNTESE
DO TÓPICO (VII)
Deus criou no quarto dia
o Sol, a Lua e as estrelas.
VIII. A
CRIAÇÃO DO REINO ANIMAL
Somente depois de o ambiente natural estar
devidamente aparelhado é que Deus criou, no quinto e sexto dias, os animais
aquáticos, alados e terrestres. O Criador agiu de forma sábia em seus intentos.
1. Quinto dia. No quinto dia, Deus criou os grandes animais
marinhos e os peixes; em seguida, as aves (Gn 1.20,21). Ato contínuo,
ordenou-lhes: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as
aves se multipliquem na terra” (Gn 1.22). [Comentário:
As grandes baleias são as criaturas oceânicas mais impressionantes, tais
quais baleias e golfinhos. Segundo a sua espécie: de novo, as leis da genética,
que impedem qualquer evolução para outro tipo de animal; um pardal jamais
poderá se transformar num abutre.]
2. Sexto dia. No sexto dia, Deus criou os animais selvagens
e os domésticos (Gn 1.24,25). No que tange aos animais, há uma espantosa
variedade de espécies entre eles e, ao mesmo tempo, uma cadeia maravilhosa que
os identifica (Sl 104.24). Observemos, por exemplo, a família dos felinos. Vai
desde o gatinho até ao leão, rei dos animais. No sexto dia, Deus criou também o
homem, e assim deu início à humanidade. [Comentário:
Gado é um termo genérico para todos os animais domésticos; répteis incluem
ratos, répteis, insetos e assim por diante; bestas feras da terra representam
os animais selvagens. Junto com aqueles descritos no v. 21, estes representam a
totalidade do reino animal. ]
CONCLUSÃO
Deus não se limitou a criar os Céus, a Terra,
os animais e o ser humano. Fazendo-se presente em sua obra, mas sem
confundir-se com esta, Ele se mostra presente e soberano em todas as coisas.
Não estamos sozinhos neste mundo. O Pai Celeste zela por nós. [Comentário: Está claro que
Deus criou seu povo para a sua glória, porque ele fala de seus filhos e filhas como
aqueles “a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz” (Is 43.7). Mas
não são somente os seres humanos que Deus criou com esse propósito. Toda a
criação foi feita para mostrar a glória de Deus. Mesmo a criação inanimada, as
estrelas, o sol, a luz e o céu testificam da grandeza de Deus: “Os céus
declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl
19.1,2). O cântico da adoração celestial em Apocalipse 4 conecta a criação de
todas as coisas por Deus com o fato de que ele é digno de receber a glória que
elas lhe conferem: “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a
honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem
e foram criadas” (Ap 4.11).] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Outubro de 2015
PARA
REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:
O que é o Criacionismo Bíblico?
Criacionismo Bíblico é a doutrina segundo a
qual Deus criou, a partir de sua palavra, tudo quanto existe: os Céus, a Terra,
os reinos vegetal e animal e, finalmente, o ser humano (Hb 11.3).
Em que se fundamenta o Criacionismo?
Criacionismo fundamenta-se na Bíblia Sagrada,
na manifestação silenciosa da natureza e nas observações e estudos que dela
fazemos (Rm 1.20; Sl 119.1-6).
Segundo a lição, qual foi a primeira coisa que
Deus criou?
Embora a Bíblia não o diga, é-nos permitido
afirmar que a primeira coisa que Deus criou foi o tempo.
O que é o espaço?
Podemos defini-lo como o tecido cósmico que
Deus criou para que, nele, se localizassem os corpos celestes. Portanto, o
espaço também é criação divina.
O que Deus criou no sexto dia?
No sexto dia, Deus criou os animais selvagens
e os domésticos (Gn 1.24,25).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A Criação dos Céus, e da Terra
“Se Deus criou o mundo, então parte de sua
sabedoria e de Sua beleza está refletida na ordem da criação. Vemos a glória do
Criador na beleza da criação. A ordem criada é de Deus, não nossa. Temos de
aprender a respeitá-la como o lugar onde vivemos e cujo cuidado nos foi
confiado” (Alister McGrath, “Criação”).
Hoje vivemos um caos no meio ambiente. Um caos
que o apóstolo Paulo já havia exposto nestas linhas: “Porque a criação ficou
sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, [...]
Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até
agora” (Rm 8.20,22). Este caos da criação se deve ao pecado, e não só no
sentido dos efeitos diretos da Queda na criação, mas também da falta de cuidado
que a humanidade caída tem com a criação de Deus.
Deus é o Criador do mundo e nós, os seres
humanos, somos os responsáveis pela destruição do planeta, seja não honrando a
Deus como o Supremo Criador do mundo, seja, em outros casos, usando a fé para
legitimar uma prática predatória do meio ambiente. Quando estudamos o livro do
Gênesis para reconhecer nEle, Deus, o Criador do mundo e do ser humano, isso
deve trazer um sentimento de humildade e temor, pois habitamos um mundo criado
por Deus pelo qual fomos nomeados seus mordomos e guardadores. De modo que
quando não honramos tal condição, pecamos contra Ele e o próximo.
Martinho Lutero compreendeu bem as implicações
de reconhecermos Deus como o Autor da Criação: “Creio que Deus me criou, junto
com todas as criaturas. Ele me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todas as
outras partes do meu corpo, minha mente e todos os meus sentidos, como também
os preserva. Ele me deu as roupas e os sapatos, o alimento e a bebida, a casa e
a terra, o cônjuge e os filhos, os campos, os animais e tudo que tenho. Todos
os dias, Ele provê abundantemente tudo que preciso para alimentar meu corpo e
minha vida. Protege-me contra todos os perigos, serve de escudo e defende-me de
todo o mal. Faz tudo isso por causa de Sua bondade e misericórdia puras,
paternais e divinas, e não porque conquistei ou mereço isso”.
Crer que Deus é o Criador do mundo é aceitar
resignadamente a Sua vontade e, invariavelmente, assumir que é da Sua vontade
que cuidemos da criação, pois é a partir desta que nos alimentamos, vestimos e
vivemos: tudo como bênção de Deus para nós.
Cuidar da terra faz parte do propósito de
entender o início do Gênesis.