THINKING MATURELY ABOUT THE CRISTIAN
FAITH
PENSER MÛREMENT SUR
LA FOI CHRÉTIENNE
PENSANDO CON
MADUREZ DE LA FE CRISTIANA
Lição 8.
24 de Maio de 2015
O Poder de Jesus sobre a
Natureza e os Demônios
TEXTO ÁUREO
"E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo,
maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à
água manda, e lhe obedecem?"
(Lc 8.25)
VERDADE PRÁTICA
Ao mostrarem o poder de Jesus sobre as forças naturais e sobrenaturais,
as Escrituras sublinham sua natureza divina e identidade messiânica.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 8.22-35
Jesus tem poder sobre as forças da natureza
Terça - Lc 4.33-37
Jesus tem poder sobre as forças malignas
Quarta - Lc 8.29-31
Jesus veio para libertar os cativos do Diabo
Quinta - Mc 1.21-26
Jesus conhecia a natureza dos demônios e não os deixava falar
Sexta - Lc 9.38-42
Jesus veio para destruir as obras dos demônios
Sábado - Cl 2.15
Jesus e a sua completa vitória sobre os demônios
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 8.22-25,35-39
22 - E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus
discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra banda do lago. E partiram.
23 - E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento
no lago, e o barco enchia-se de água, estando eles em perigo.
24 - E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre,
estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água;
e cessaram, e fez-se bonança.
25 - E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo,
maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água
manda, e lhe obedecem?
35 - E saíram a ver o que tinha acontecido e vieram ter com Jesus.
Acharam, então, o homem de quem haviam saído os demônios, vestido e em seu
juízo, assentado aos pés de Jesus; e temeram.
36 - E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele
endemoninhado.
37 - E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se
retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no
barco, voltou.
38 - E aquele homem de quem haviam saído os demônios rogou-lhe que o
deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo:
39 - Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele
foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito.
OBJETIVO GERAL
Jesus, como o Filho de Deus, tem
poder sobre a natureza e os seres espirituais.
HINOS SUGERIDOS: 108,225, 253 da
Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
1.
Destacar o aspecto sobrenatural da pessoa de Jesus.
2.
Apresentar a realidade bíblica da existência dos demônios.
3.
Explicar o aspecto limitado dos demônios.
4.
Mostrar que a obra de Jesus é oposta à dos demônios.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, sobre a pessoa de Jesus, a Bíblia diz: "De sorte
que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo
em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado
na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte
de cruz" (Fp 2.5-8). Esse texto ressalta a dimensão humana de Jesus, o
Deus que se tornou homem. Entretanto, a sua natureza humana não se confunde com
a divina: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome
que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que
estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que
Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.9-11). Assim, a
presente lição objetiva demonstrar o poder de Jesus Cristo sobre a Criação e
sobre os demônios. Ele, o Filho, estava presente quando da criação de todas as
coisas (Jo 1.1-3).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos os relatos que mostram o poder de Jesus sobre
as forças da natureza e, também, sobre os demônios. Até aqui os discípulos já
tinham visto Jesus curando doentes e libertando pessoas oprimidas pelo Diabo.
Todavia, eles ainda não haviam visto o Mestre dominando as forças da natureza,
nem tampouco alguém que andava nu e vivia nos sepulcros ser devolvido ao seu
convívio familiar. Estes fatos ocorreram quando Jesus acalmou uma
tempestade e libertou o endemoninhado gadareno. Em ambos os relatos, vemos as
manifestações do poder e da misericórdia de nosso Senhor, que sempre procurou o
bem do homem, nem que para isso fosse necessário repreender as leis físicas do
Universo ou quebrar o poder de Satanás. [Comentário: O
texto de Fp 2.5-8 trata da conhecida Kenosis de Jesus. Este termo vem da
palavra grega para a doutrina do auto-esvaziamento de Cristo em sua encarnação.
Entendemos a kenosis como uma auto-renúncia, não um esvaziamento de sua
divindade e nem uma troca de divindade pela humanidade. Jesus não cessou de ser
Deus enquanto exerceu o Seu ministério terreno. Entretanto, Ele deixou de lado
a Sua glória celestial de uma relação face a face com Deus. Ele também deixou
de lado a Sua autoridade independente. Durante o Seu ministério terreno, Cristo
se submeteu completamente à vontade do Pai. Ainda como parte da kenosis, Jesus
às vezes operava com as limitações de humanidade (João 4.6, 19.28). Deus não se
cansa ou fica com sede. A kenosis também lida com o que Cristo assumiu. Jesus
tomou sobre si mesmo uma natureza humana e se humilhou. Jesus deixou de ser a
glória das glórias do céu para ser um ser humano que foi condenado à morte na
cruz. Em Efésios 1.20-23, Paulo refere-se ao poder que Deus demonstrou através
de Jesus Cristo – ressuscitando-o dentre os mortos e exaltando Seu Nome muito
acima de qualquer governo, poder, autoridade ou domínio. Observamos no verso 21 a explicação de por
que o Nome de Jesus Cristo é tão poderoso.
Quando temos uma aliança com Deus através de Jesus Cristo, recebemos
como consequência a autorização para usarmos o Nome que é sobre todos (Fp
2:9-11 também expõe o poder que há neste Nome Bendito). Jesus mesmo cuidou de
ensinar Seus discípulos de que deveriam fazer tudo em Seu Nome. Em Marcos
16:17, Ele avisa acerca dos sinais que seriam realizados em Seu Nome. Em João
14:13 e 15:16 Ele ensina sobre o poder dos pedidos feitos ao Pai em Nome
dEle. Em Atos 3:6, Pedro e João curam um
paralítico usando o Nome de Jesus. Em Atos 4:10 os mesmos apóstolos confirmam
que tal milagre ocorreu por conta do poder e da autoridade do Nome de Jesus. Em
diversos outros textos aprendemos que todas as realizações dos apóstolos eram
em nome de Jesus. Cristo é Senhor sobre
todo nome que se possa referir. Ele subjugou os poderes malignos, colocando-os
debaixo de seus pés. Esta posição, subjugando o inimigo a ponto de pisar sobre
Ele pressupõe total vitória. É assim que o apóstolo Paulo descreve Jesus, em
Efésios 1:22 – e o mesmo texto faz questão de realçar que a Igreja é o Corpo de
Cristo, sendo Ele a Cabeça do Corpo. Ou seja, a Igreja, como Corpo de Cristo,
tem o inimigo das nossas almas debaixo de seus pés. A figura do Messias pisando
seus inimigos é profetizada por Davi no Salmo 110:1. Observe que de acordo com Lucas 10:19, nós
temos autoridade através de Jesus para pisar nos demônios (aqui chamados de
serpentes e escorpiões). Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?
I - JESUS E AS FORÇAS SOBRENATURAIS
1. Poder sobre a natureza. Até este ponto, Lucas já havia
mostrado Jesus exercendo poder sobre demônios e enfermidades (Lc 4.31-44).
Agora, ele o mostra exercendo o seu poder sobre as forças da natureza (Lc
8.23-25). A tempestade surge, aqui, como uma força impessoal revelando
que a harmonia original da criação se perdeu. Nesse momento, ela se levanta
como uma força poderosa que precisa ser detida. Ao receber a voz de comando do
Filho de Deus, as forças descontroladas da natureza param. Jesus põe ordem no
caos. A cena foi tão dramática para os discípulos, que arrancou deles a
pergunta: "Quem é este que até aos ventos e a água manda?" [Comentário: Este
relado é encontrado nos três Sinóticos. Para uma argumentação mais detalhada, veja
Mateus 8.18, 23-27 (cf. Mc 4.35-41). Sendo o próprio Criador, Ele demonstrou seu
poder sobre a natureza ao repreender a tempestade que aterrorizava os
discípulos que, no barco, atravessavam o mar da Galiléia (Mt 8:23-26). Depois
do atraso causado pela conversa com os dois homens (cf. v. 18), Jesus entrou em
um barco com os seus discípulos (23). Este era provavelmente o pequeno barco de
pesca de Pedro. Quando eles estavam cruzando o lago, se levantou (24) uma
tempestade (seismos, “terremoto”). Enquanto o barco era coberto pelas ondas,
Jesus estava dormindo (tempo imperfeito). Ele estava tão cansado que a
tempestade não o despertou (veja também Mc 4.35-41; Lc 8.22-25). Muito
assustados, os discípulos o despertaram com o grito: Senhor, salva-nos, que perecemos
(25). Ele primeiro os repreendeu por temerem (26; de forma literal,
“covardemente”) e então repreendeu os ventos e o mar. O resultado foi uma
grande bonança. Não é de surpreender que aqueles homens tenham se maravilhado
(27). Em seus anos de pescaria no lago eles já tinham passado por muitas
tempestades graves, mas nunca por uma que tivesse sido subitamente acalmada
pela ordem de uma pessoa. A reação deles ainda hoje é pertinente: Que homem é
este! Como um mero homem Ele seria completamente inexplicável. Comentário
Bíblico Beacon – CPAD, pág 74.].
2. Poder sobre os demônios. Se a natureza é uma força impessoal,
o mesmo não pode se dizer do Diabo. A Bíblia mostra que ele é um ser pessoal,
isto é, dotado de personalidade. Jesus e seus discípulos tiveram que enfrentá-lo
muitas vezes. Ainda quando descrevia o relato da tentação de Cristo, Lucas
informa que Satanás ausentou-se de Jesus "por algum tempo" (Lc 4.13).
Jesus derrotou o Diabo na tentação do deserto, mas depois disso teve outros
embates com ele. De fato, a Escritura registra vários casos de pessoas
oprimidas e possessas de demônios que tiveram um encontro com Jesus e seus
discípulos (Lc 4.33-37,41; 6.18; 7.21; 8.27; 9.39; 10.17-19; 11.14; 13.11). Em
todos os casos, tais pessoas foram libertas e Satanás derrotado. [Comentário: Os
demônios, como em outras ocasiões, reconheceram Cristo como sendo o Filho de
Deus e temeram o tormento que inevitavelmente sofreriam. Atendendo um pedido,
Jesus permitiu que os demônios entrassem em uma manada de porcos que estava nas
proximidades - Marcos afirma que eram quase dois mil. O resultado foi que toda
a manada morreu nas águas do lago (30-32). Aqueles que guardavam os porcos fugiram
até à cidade para contar tudo o que havia ocorrido (33). Toda aquela cidade saiu
ao encontro de Jesus. O povo, tomado pelo medo (Lc 8.38) rogou que Ele se retirasse
do seu território (das suas “fronteiras” ou do seu “distrito”). Eles tiveram medo
do poder de Jesus. Algumas vezes, duas questões têm sido formuladas a respeito
desse acontecimento. A primeira é: Por que Jesus permitiu que esses porcos
fossem destruídos? Houve quem sugerisse que Ele queria confirmar a fé dos dois
endemoninhados curados, por esta evidência visível de que os demônios haviam
realmente deixado os seus corpos. Alguns pensam que Jesus fez isso para mostrar
à multidão o poder tremendo e as tendências destrutivas que os demônios
possuem. Trench escreve sobre o relato onde somente é mencionado um endemoninhado:
“Se esta concessão ao pedido dos espíritos maus ajudou de alguma maneira a cura
deste sofredor, fazendo com que eles relaxassem a sua posse do corpo dele com maior
facilidade, aliviando o ataque através de sua saída, este teria sido um motivo suficiente
para permitir que aqueles animais morressem. Para a cura definitiva do homem poderia
ter sido necessário que ele tivesse esta evidência exterior e o testemunho de
que os poderes infernais que o mantinham aprisionado agora o haviam deixado”. Uma
segunda pergunta que se faz é a seguinte: Que direito tinha Jesus de destruir a
propriedade de outras pessoas? A resposta para esta pergunta é mais difícil. Se
tivéssemos certeza de que os donos eram judeus, isto ofereceria uma solução
simples. Os judeus deveriam evitar as carnes impuras, o que incluía os porcos.
Mas Decápolis era uma região de população predominantemente gentílica. De
qualquer forma, o caráter de Cristo garante que Ele não faria nada injusto. Os
atos de Deus não podem ser sempre julgados segundo os padrões dos homens. Porém
devemos sempre nos lembrar de que Deus não fica devendo nada a ninguém. Se
tivéssemos mais informações, poderíamos entender melhor esta situação. Comentário
Bíblico Beacon – CPAD, pág 75,76.].
PONTO CENTRAL
Embora as forças espirituais do mal pareçam maiores que nós, Jesus é
mais poderoso do que todas elas. Ele é soberano!
SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus tem poder sobre a natureza e sobre os demônios.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor, importa ressaltar neste tópico o aspecto divino e
humano de Jesus. Divino porque Ele dá ordem à Criação. Embora achado na forma
de homem, Jesus Cristo controlou a tempestade, revelando não apenas o seu lado
divino, mas humano também. Nosso Senhor sente compaixão das pessoas que
necessitam do seu socorro. Ele compungiu-se com a situação do jovem possesso
por demônios, pois desejou trazê-lo de volta ao seu estado de juízo perfeito.
Jesus devolveu aquele jovem para ele mesmo, para a sua família e para a
sociedade.
Outro ponto importante a destacar neste tópico é que o apaziguamento da
tempestade é a primeira de uma série de quatro milagres no capítulo 8 de Lucas:
Jesus apazigua a tempestade (8.22-25); liberta o endemoninhado de Gadara
(8.26-39); ressuscita a filha de Jairo (8.40-42,49-56); e cura a mulher com
fluxo hemorrágico (8.43-48).
CONHEÇA MAIS
*A terra dos gadarenos
"A terra dos gadarenos era uma região a sudeste do mar da Galileia,
fazia parte da Decápolis. Estas eram cidades gregas que não pertenciam a um
país, eram autônomas. Embora os judeus não criassem porcos, porque a religião
judaica os considerava imundos, os gentios não tinham tal conceito"
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1365.) Gerasa estava a cerca de 48 quilômetros
a sudeste do lago. “Gadareno” é o termo que os mais antigos manuscritos gregos
apresentam no texto de Mateus. Gadara era a cidade mais próxima, a quase dez
quilômetros de distância.
II - JESUS E A REALIDADE DOS DEMÔNIOS
1. Uma realidade bíblica. A Bíblia desconhece a ideia de
um Diabo mitológico ou que é um produto da cultura humana. Nas Escrituras,
Satanás e seus demônios são mostrados como seres reais. Uma das mais poderosas
armas usadas pelo Diabo é tentar mostrar que ele não existe. A Bíblia, no
entanto, trata Satanás e seus demônios como seres dotados de pessoalidade. O
próprio Cristo enfrentou pessoalmente Satanás no deserto e o derrotou (Lc
4.1-13). Jesus também revelou que o Diabo possui um reino e que trabalha de
forma organizada (Lc 11.18). Tal reino é tão "organizado" que o
apóstolo Paulo mostra que esse reino maligno está organizado de forma
hierárquica (Ef 6.10-12). [Comentário: Os
demônios são anjos caídos, como Apocalipse 12:9 indica: "E foi expulso o
grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de
todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos." A
queda de Satanás do céu é simbolicamente descrita em Isaías 14:12-15 e Ezequiel
28:12-15. Quando caiu, Satanás levou alguns dos anjos com ele - um terço deles,
de acordo com Apocalipse 12:4. Judas 6 também menciona anjos que pecaram.
Então, biblicamente, os demônios são anjos que, juntamente com Satanás,
decidiram rebelar-se contra Deus. Alguns dos demônios já estão guardados
"sob trevas, em algemas eternas" (Judas 1:6) pelo seu pecado. Outros
estão livres para vaguear e são referidos como "os dominadores deste mundo
tenebroso.... as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" em
Efésios 6:12 (cf. Colossenses 2:15). Os demônios ainda seguem a Satanás como
seu líder e batalham contra os santos anjos em uma tentativa de frustrar o
plano de Deus e atrapalhar o Seu povo (Daniel 10:13). Os demônios, como seres
espirituais, têm a capacidade de tomar posse de um corpo físico. A possessão
demoníaca ocorre quando o corpo de uma pessoa é totalmente controlado por um
demônio. Isso não pode acontecer com um filho de Deus, uma vez que o Espírito
Santo habita no coração do crente em Cristo (1 João 4:4). Jesus, durante o Seu
ministério terreno, encontrou muitos demônios. Claro que nenhum deles era mais
poderoso que o próprio Cristo: "Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos
endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos..."
(Mateus 8:16). A autoridade de Jesus sobre os demônios é uma das provas de que
Ele era realmente o Filho de Deus (Lucas 11:20). Os demônios que O encontraram
sabiam quem Ele era, e temiam: "E eis que gritaram: Que temos nós contigo,
ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" (Mateus
8:29). Os demônios sabem que o seu fim será um de tormento. Satanás e seus
demônios agora têm o objetivo de destruir a obra de Deus e enganar qualquer
pessoa (1 Pedro 5:8, 2 Coríntios 11:14-15). Os demônios são descritos como
espíritos do mal (Mateus 10:1), espíritos imundos (Marcos 1:27), espíritos mentirosos
(1 Reis 22:23) e os anjos de Satanás (Apocalipse 12:9). Satanás e seus demônios
enganam o mundo (2 Coríntios 4:4), promulgam a falsa doutrina (1 Timóteo 4:1),
atacam os cristãos (2 Coríntios 12:7, 1 Pedro 5:8) e combatem os santos anjos
(Apocalipse 12 :4-9). Os demônios/anjos caídos são inimigos de Deus, mas são
inimigos derrotados. Cristo tem despojado "os principados e as
potestades”, e “publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na
cruz" (Colossenses 2:15). À medida que nos submetemos a Deus e resistimos
ao diabo, não temos nada a temer. "Filhinhos, vós sois de Deus e tendes
vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele
que está no mundo" (1 João 4:4).Leia mais:
http://www.gotquestions.org/Portugues/demonios-Biblia.html#ixzz3aQTsVh00].
2. Uma realidade experimental. Na Palestina do primeiro século, a
presença de pessoas oprimidas ou possuídas por demônios era uma realidade do
dia a dia. No Evangelho de Lucas, encontramos dezenas de textos mostrando essa
verdade (Lc 4.41; 6.18). Lucas diz que Jesus curou muitos de moléstias
(Lc 7.21). Além disso, registra ainda que Jesus repreendeu espíritos imundos
(Lc 9.42); e que via a queda de Satanás em cada demônio que era expulso (Lc 10.
17,18). À luz da Bíblia, não há, pois, como negar a realidade dos
demônios. [Comentário: Iguais aos anjos, os demônios
também são seres espirituais criados com juízo moral e com alta inteligência,
mas sem corpos físicos. Podemos definir os demônios da seguinte e maneira: Os
demônios são anjos que pecaram contra Deus e que agora operam continuamente o
mal no mundo. Quando Deus criou o mundo, ele “viu tudo o que havia feito, e
tudo havia ficado muito bom” (Gn 1.3 1). Isso significa que mesmo o mundo
angelical que Deus havia criado não possuía anjos maus nem demônios àquela
altura. Mas, quando chegamos a Gênesis 3 , percebemos que Satanás, na forma de
uma serpente, tentou Eva para que pecasse (Gn 3.1-5). Portanto, em um
determinado tempo entre os eventos de Gênesis 1.31 e Gênesis 3.1 , deve ter
havido uma rebelião no mundo angelical, com muitos anjos se voltando contra
Deus e tornando-se maus. O Novo Testamento fala disso em dois lugares. Pedro
nos diz que “Deus não poupou a anjos que pecaram, mas os lançou no inferno,
prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2Pe
2.4). Judas também diz que “quanto aos anjos que não conservaram suas posições
de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em
trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Uma
vez mais a ênfase recai sobre o fato de que eles são removidos da glória da
presença de Deus e sua atividade é restringida (metaforicamente, eles estão em
“correntes eternas”), mas o texto não sugere que a influência dos demônios
tenha sido removida do mundo ou que alguns demônios sejam guardados em um lugar
de punição à parte do mundo, enquanto outros são capazes de influenciá-lo. Ao
contrário, tanto 2Pedro como Judas nos dizem que alguns anjos se rebelaram contra
Deus e se tornaram oponentes hostis à sua palavra. O pecado deles parece ter
sido o do orgulho, a recusa em aceitar seu lugar designado, pois eles “não
conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada” (Jd
6). É também possível que haja uma referência à queda de Satanás, o príncipe
dos demônios, em Isaías 14 . Conforme Isaías descreve o juízo de Deus sobre o
rei da Babilônia (um rei humano, terreno), ele chega à seção onde começa a usar
uma linguagem que parece forte demais para referir-se meramente a um ser
humano: Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como
foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu
coração: ‘Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu
me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo.
Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo'. Mas às
profundezas do Sheol você será levado, irá ao fundo do abismo! (Is 14.12-15;
cf. Ez 28.11-19). Essa linguagem de subir ao céu e assentar-se no trono acima
das estrelas e dizer “serei semelhante ao Altíssimo” sugere enfaticamente a
rebelião de uma criatura angélica de grande poder e (isso não significa que
esses anjos pecaminosos não exerçam atualmente influência no mundo, pois no
versículo 9 Pedro diz que o Senhor também “sabe livrar os piedosos da provação
e manter em castigo os ímpios para o dia de juízo”, referindo-se aos seres
humanos pecaminosos que obviamente ainda tinham influência no mundo e até
causam problema para os leitores de Pedro. O versículo 4 simplesmente significa
que os anjos ímpios haviam sido removidos da presença de Deus e permanecem
guardados debaixo de alguma espécie de influência restritiva e até o juízo
final, o que, entretanto, não anula a sua atividade contínua no mundo nesse
meio-tempo.) dignidade. Não seria incomum para a linguagem profética hebraica
passar das descrições de eventos humanos para descrições de eventos celestiais
que lhes são paralelos e que os eventos da terra ilustram de modo limitado. Se
assim for, então o pecado de Satanás é descrito como orgulho e tentativa de ser
igual a Deus em posição e autoridade. http://www.monergismo.com/textos/comentarios/anjos_satanas_demonios_grudem.htm].
SÍNTESE DO TÓPICO II
A Bíblia descreve o Diabo como um ser real e experimental.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, após expor o respectivo tópico, sugerimos que faça as
seguintes considerações: um homem possesso por demônio foi reduzido a um nível
subumano. Ele andava nu, e vivia em lugares lúgubres. Os demônios entraram em
sua personalidade a ponto de distorcê-la e torná-la descontrolada quanto à
realidade espiritual. Eles tiraram toda a sua sanidade e, quando o tomavam, não
havia quem pudesse contê-lo. Ele esmiuçava todas as correntes que intentavam
dominá-lo. Por fim, mostre neste tópico que a Bíblia fala claramente
sobre a realidade do mundo espiritual e da forma de o Diabo trabalhar. Mas com
olhar de amor e de misericórdia, o nosso Senhor está disponível a salvar-nos de
tal realidade sombria.
III - JESUS E A OBRA DOS DEMÔNIOS
1. Jesus e a oposição dos demônios. O caso da
libertação do endemoninhado, que ocorre logo após Jesus acalmar a tempestade, é
um dos muitos relatos que mostra como os demônios entraram em rota de colisão
com Jesus: "Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te
que não me atormentes" (Lc 8.28), disse o espírito maligno. Isso era
esperado que acontecesse por causa da própria natureza da missão de Jesus, que
é destruir as obras do Diabo (1 Jo 3.8). Essa missão também foi confiada aos
seus discípulos (Mt 10.1; Lc 9.1) e posteriormente posta em prática por sua
igreja (At 5.16; 8.6,7). [Comentário: Assim
como Satanás induziu Eva a pecar contra Deus (Gn 3.1-6), ele também induziu
Jesus a pecar para que falhasse na sua missão como Messias (Mt 4.1-11). As
táticas de Satanás e seus demônios são as de usar as mentiras (Jo 8.44), o
engano (Ap 12.9), o assassinato (Sl 106.37; Jo 8.44) e qualquer outra espécie
de atividade destrutiva para provocar nas pessoas o abandono de Deus e a
destruição delas próprias. Os demônios tentarão toda tática para cegar as
pessoas para o evangelho (2Co 4.4) e mantê-las em escravidão às coisas que as
impedem de vir a Deus (Gl 4.8). Eles também usarão tentação, dúvida, culpa,
temor, confusão, doença, inveja, orgulho, calúnia ou quaisquer outros meios
para impedir o testemunho e a utilidade dos cristãos. Quando Jesus enviou os
doze discípulos adiante dele para pregar o Reino de Deus, ”deu-lhes poder e
autoridade para expulsar todos os demônios” (Lc 9.1). Após os setenta terem
pregado sobre o Reino de Deus nas cidades e aldeias, eles retornaram com
alegria, dizendo: ”Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome” (Lc
10.17) , e Jesus lhes disse: ”Eu lhes dei autoridade [...] sobre todo o poder
do inimigo”(Lc 10.19). Quando Filipe, o evangelista, desceu para Samaria para
pregar o evangelho de Cristo , ”os espíritos imundos saíam de muitos, dando
gritos” (At 8.7), e Paulo usou a autoridade espiritual sobre os demônios para
dizer ao espírito de adivinhação que estava em uma jovem adivinhadora: “Em nome
de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela!” (At 16.18). Paulo estava cônscio
da autoridade espiritual que possuía, tanto nos encontros face a face como o de
Atos 16 , como também em sua vida de oração. Ele disse: “Pois, embora vivamos
como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais
lutamos não são humanas; ao contrario, são poderosas em Deus para destruir
fortalezas” (2Co 10.3,4). Além disso, ele falou em alguma medida da luta que os
cristãos têm contra “as ciladas do Diabo” em sua descrição do conflito “contra
as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (v. Ef 6.10-18). Tiago
fala a todos os seus leitores (em muitas igrejas): “Resistam ao Diabo, e ele
fugirá de vocês” (Tg 4.7). Semelhantemente, Pedro diz a seus leitores em muitas
igrejas na Ásia Menor: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês,
anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.
Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé” (lPe 5.8,9). É importante que
reconheçamos que a obra de Cristo na cruz é a base definitiva para a nossa
autoridade sobre os demônios. Embora Cristo tenha ganho a vitória sobre Satanás
no deserto, as cartas do NT apontam para a cruz como o momento em que Satanás
foi definitivamente derrotado. Jesus assumiu a natureza humana (carne e sangue)
“para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o
Diabo” (Hb 2.14). Na cruz, Deus, “tendo despojado os poderes e as autoridades,
fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz” (Cl 2.15).
Portanto, Satanás odeia a cruz de Cristo, porque lá ele foi inquestionavelmente
derrotado para sempre. Por causa da morte de Cristo na cruz, nossos pecados são
perdoados por completo, e Satanás não possui autoridade nem direito sobre nós. [É
bom acrescentar que, se há algum pecado específico que tenha dado lugar à
influência do demônio, o pecado deve ser confessado e abandonado (v.
anteriormente). Mas nem todo ataque demoníaco pode ser ligado a pecado
específico, já que o próprio Jesus foi severamente tentado por Satanás, como
aconteceu com Eva antes da queda]. Ainda mais, nossa posição como filhos na
família de Deus é a posição espiritual firme pela qual lutamos em nossa batalha
espiritual. Paulo diz a todo cristão: “Todos vocês são filhos de Deus mediante
a fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26). Quando Satanás vem para atacar-nos, ele está
atacando um dos filhos do próprio Deus, um membro da família divina. Essa
verdade dá-nos autoridade para derrotá-lo e enfrentar a guerra contra ele com
muito sucesso. Se como crentes achamos apropriado falar uma palavra de
repreensão ao demônio, é importante que nos lembremos de que não precisamos
temer os demônios. Embora Satanás e os demônios tenham muito menos poder que o
Espírito Santo que opera dentro de nós, uma das táticas de Satanás é tentar
causar medo em nós. Em vez de ceder a tal temor, os cristãos devem lembrar as
verdades da Escritura, que nos dizem: ”Filhinhos, vocês são de Deus e os
venceram, porque aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no
mundo” (lJo 4.4); e: “Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de
poder, de amor e de equilíbrio” (2Tm 1.7). Paulo diz aos efésios que em sua
batalha espiritual eles devem usar o “escudo da fé”, para que possam “apagar
todas as setas inflamadas do Maligno” (Ef 6.16). Isso é muito importante, visto
que o oposto do temor é a fé em Deus. Ele também lhes diz para serem intrépidos
em sua luta espiritual, de forma que, tendo tomado toda a armadura de Deus,
pudessem “resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois deterem feito
tudo” (Ef 6.13). Paulo diz que os cristãos, em seu conflito contra as forças
espirituais hostis, não devem bater em retirada ou se encolher de medo, mas
permanecer intrepidamente no seu lugar, sabendo que suas armas e sua armadura
“não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas”
(2Co 10.4; cf. lJo 5.18). Na realidade, essa autoridade de repreender demônios
pode resultar em uma breve ordem ao espírito maligno para ir embora quando
suspeitamos da presença de influência demoníaca em nossa vida pessoal ou na
vida dos que nos cercam. Devemos resistir ao Diabo (Tg 4.7), e ele fugirá de
nós. Há ocasiões em que uma breve ordem no nome de Jesus será suficiente.
Outras vezes será de grande utilidade citar as Escrituras no processo de
ordenar ao espírito para que abandone aquela situação. Paulo fala da “ espada
do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17) . E Jesus, quando foi tentado
por Satanás no deserto, repetidamente citou as Escrituras em resposta às
tentações do Diabo (Mt 4.1-11). Entre os textos apropriados da Escritura podem
ser incluídas afirmações gerais do triunfo de Jesus sobre Satanás (Mt 12.28,29;
Lc 10.17-19; 2Co 10.3,4; Cl 2.15; Hb 2.14; Tg 4.7; lPe 5.8,9; lJo 3.8; 4.4;
5.18), mas também versículos relacionados diretamente à tentação particular ou
dificuldade iminente. É importante lembrar que o poder de expulsar demônios não
vem da nossa força ou do poder de nossa própria voz, mas do Espírito Santo (Mt
12.28; Lc 11.20) . Além disso, Jesus emite uma advertência clara de que não
devemos nos regozijar demais ou nos tornar orgulhosos de nosso poder sobre os
demônios, mas que antes devemos nos regozijar em nossa grande salvação. Devemos
manter isso claro em nossa mente para que não nos tornemos orgulhosos e o Santo
Espírito não venha a retirar de nós esse poder. Quando os setenta discípulos
retornaram com alegria dizendo: “Senhor, até os demônios se submetem a nós, em
teu nome” (Lc 10.17), Jesus lhes disse: “Contudo, alegrem-se, não porque os
espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus”
(Lc 10.20). Devemos viver na expectativa de o evangelho vir com poder para
triunfar sobre as obras do Diabo. Quando Jesus veio pregando o evangelho na
Galiléia, “de muitas pessoas saíam demônios” (Lc 4.41). Quando Filipe foi a
Samaria para pregar o evangelho, “os espíritos imundos saíam de muitos, dando
gritos” (At 8.7). Jesus comissionou Paulo para pregar entre os gentios “para
abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás
para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são
santificados pela fé em mim” (At 26.18). Segundo Paulo, sua mensagem e pregação
“não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de
demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na
sabedoria humana, mas no poder de Deus” (lCo 2.4,5; cf. 2Co 10.3,4). Se
realmente cremos no testemunho da Escritura a respeito da existência e da
atividade dos demônios e se realmente cremos que “para isso o Filho de Deus se
manifestou: para destruir as obras do Diabo” (lJo 3.8), então parece apropriado
esperar que mesmo hoje, quando o evangelho é proclamado a descrentes e quando a
oração é feita por crentes que talvez não estejam conscientes desta dimensão de
conflito espiritual, poderá haver triunfo genuíno e muitas vezes imediatamente
reconhecível sobre o poder do inimigo. Devemos esperar que essa vitória
aconteça, imaginá-la como parte normal da obra de Cristo no desenvolvimento do
seu Reino e nos regozijar nela. http://www.monergismo.com/textos/comentarios/anjos_satanas_demonios_grudem.htm].
2. Jesus e a libertação de endemoninhados. Quando
questionado sobre ter curado no sábado uma mulher com um espírito de
enfermidade, Jesus respondeu: " E não convinha soltar desta prisão, no dia
de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha
presa?" (Lc 13.16). O verbo grego traduzido como "libertar" é
luo, e significa, nesse contexto, "livrar de laços",
"desamarrar", "tornar livre". Jesus veio para libertar os
cativos do Diabo. Essa libertação é, também, tida como uma cura ou livramento
do poder do mal (Lc 6.18). A palavra "curados" traduz o grego
therapeuo, de onde vem o vocábulo português terapia, e significa
"sarar", "curar", "restaurar a saúde". Ao
libertar dos demônios, Jesus trata, também, de todos os efeitos colaterais (Lc
10.19). [Comentário: Não convinha soltar desta
prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão (16). Para qualquer um que não
esteja cego pelo preconceito, a resposta não só é óbvia como também é mais
poderosa quando está implícita e não abertamente verbalizada. A referência de
Jesus à mulher como sendo filha de Abraão sugere que ela tem um duplo apelo à
misericórdia e ajuda de todos os judeus - como um ser humano e como uma compatriota
israelita. E, dizendo ele isso, todos os seus adversários ficaram envergonhados
(17). A palavra todos indica que o chefe da sinagoga tinha alguns ajudantes
ativos no seu ataque ao Mestre. Mas a réplica de Jesus era tão relevante e tão
adequada, que até mesmo estes homens egoístas ficaram envergonhados. Eles não
expressaram qualquer refutação - não havia nenhuma a fazer. E todo o povo se
alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele. O povo
reconheceu e apreciou aquilo que os líderes religiosos negligenciavam por sua
cegueira: que Deus havia trabalhado entre eles, e que havia demonstrado a sua ilimitada
compaixão, assim como o seu soberano poder. Aquilo que viram fez com que associassem
este Jesus ao Deus do Céu. Sem dúvida, a resposta de Jesus censurando o príncipe
da sinagoga aumentou o entendimento e a admiração que sentiram pelo milagre ali
presenciado por eles. Charles Simeon faz três reflexões sobre este episódio: 1)
Quanta cegueira e hipocrisia existem no coração humano! 2) Como é desejável
abraçar cada oportunidade de esperar em Deus! - esta mulher recebeu a cura
porque participava fielmente das reuniões na sinagoga; 3) Com que conforto e
esperança podemos confiar os nossos problemas a Jesus! Comentário Bíblico
Beacon – CPAD, pág 440].
SÍNTESE DO TÓPICO III
A natureza dos demônios declara que eles são seres criados, limitados,
espirituais, malignos e imundos.
CONCLUSÃO
Quer as
forças descontroladas sejam pessoais ou impessoais, Jesus possui poder sobre
todas elas. Em um mundo que nos parece inóspito, onde forças sobrenaturais se
mostram maiores do que nós, temos a confiança que Deus está no controle de
tudo. [Comentário: Satanás e os demônios são
opositores de todos os crentes verdadeiros e continuamente trabalham em
oposição a eles. Os Crentes, entretanto, são protegidos pelo soberania de Deus
e pela armadura que Ele deu a cada crente (2Co 11:3; Ef 6:10-18; 2Ts 3:3; Tg
4:7; 1Pe 5:7-10). Satanás e seus demônios são limitados no que eles podem fazer
(Jó 1:12; Jó 2:6; Lc 8:32). Ao final, eles serão punidos e destruídos (serão
tornados em ruína inúteis) de acordo com o julgamento assegurado a eles pela
morte e ressurreição de Cristo. Eles serão confinados eternamente no Lago do
Fogo (Is 24:21; Mt 25:41; Jo 12:31; Cl 2:15; Ap 20:10)]. NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2015
VOCABUÁRIO
Lúgubre: relativo à morte, aos
funerais; que evoca a morte; fúnebre, macabro
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas,
responda:
De que forma a lição retrata o poder absoluto de Jesus?
Essa pergunta busca ressaltar como o texto bíblico demonstra Jesus
absolutamente poderoso. Nesse sentido, a imagem dEle dominando a natureza e
libertando o endemoninhado retrata fielmente tal poder.
O Diabo é um ser pessoal?
Sim, pois a Bíblia trata Satanás e os demônios como seres dotados de
pessoalidade.
Como as Escrituras Sagradas mostram Satanás e seus demônios?
Como seres criados. Tanto Satanás quanto seus demônios possuem poderes
limitados. E também, seres imundos e perversos.
À luz da Bíblia, há como negar a realidade dos demônios?
Não. A Bíblia mostra que eles são seres espirituais e reais.
Qual o significado do vocábulo "terapia"?
Significa sarar, curar, restaurar a saúde. Jesus tem poder para
restaurar a nossa saúde física, emocional e espiritual.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº
62, p. 40.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São
artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Abordagens e Práticas da Pedagogia
Cristã
Motivar, educar e praticar são etapas que fazem parte da vida de um
educador. Há diferença entre professores e educadores? Como podemos
distingui-los e identificá-los? Educar é, acima de tudo, a nobre tarefa que vai
além das raias da informação ou da simples instrução.
Cristo entre outros Deuses
Todas as religiões são iguais? Deus é o mesmo em todos os cultos? Como
Jesus é visto em outras religiões? Todos os caminhos levam a Deus? Essas e
outras questões são abordadas neste livro. Com argumentos irrefutáveis, o autor
leva-nos a refletir seriamente acerca dos principais temas religiosos.
A Doutrina Bíblica dos Anjos
Como são os Anjos? Anjos da Guarda existem? Quem são os anjos maus? São
perguntas que o autor da obra trata com um enfoque bíblico e sistemático sobre
o tema.