Lição 6
10/05/2015
JESUS, O TEMPLO E A SINAGOGA
TEXTO DO DIA
"E percorria Jesus toda a
Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do Reino, e
curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo"(Mt 4.23).
SÍNTESE
O templo religioso não é sagrado em
si mesmo, mas deve ser tratado com zelo e respeito, como local de reunião,
estudo da Palavra e adoração a Deus.
Agenda de leitura
SEGUNDA - Lc 24.53
Lugar de louvor e adoração
TERÇA - Ec 5.1
Lugar de reverência
QUARTA - Ez 43.5
Lugar da glória de Deus
QUINTA - Sl 122.1
Alegria em ir à Casa do Senhor
SEXTA - 1 Co 3.16
O crente é o templo do Espírito
SÁBADO - Ap 21.22
O templo é o Senhor Deus
TEXTO BÍBLICO
João 2.13-17
13. E estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os
cambiadores assentados.
15. E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo,
bem como os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou
as mesas,
16. e disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes e não façais da
casa de meu Pai casa de vendas.
17. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua
casa me devorará.
Lucas 19.45-48
45. E, entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam
e compravam,
46. dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós
fizestes dela covil de salteadores.
47. E todos os dias ensinava no templo; mas os principais dos sacerdotes,
e os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo
48. e não achavam meio de o fazer, porque todo o povo pendia para ele,
escutando-o.
Marcos 1.38-39
38. E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também
pregue, porque para isso vim.
39. E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e expulsava os
demônios.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a respeito do Templo e as sinagogas nos
tempos de Jesus. Vamos entender quais foram as suas características e porque os
Evangelhos destacam a presença constante do Mestre em tais ambientes, do seu
nascimento ao fim do seu ministério. O estudo das Escrituras sobre esse tema
será importante para rechaçar aqueles que menosprezam o templo religioso, assim
como a concepção igualmente equivocada e extrema que os considera como
edifícios sagrados. [Comentário: Segundo o Instituto Cristão de Pesquisa, a sinagoga pode ser
considerada o elemento central da cultura e religião judaicas. Diversas
atividades eram praticadas na sinagoga e não apenas o culto religioso. Segundo
Flávio Josefo, historiador judeu, na sinagoga de Tiberíades, região situada às
margens do mar da Galiléia (Jo 6.1), havia reuniões de natureza política. De
fato, para melhor compreensão de algumas passagens do Novo Testamento, é
importante saber o que é uma sinagoga judaica. Foi por volta do ano 750 a.C., o
que Israel foi rasgado em dois reinos, na região Norte: Israel; na região Sul
Judá. Os assírios devastam o reino do norte em 722 a.C. 130 anos depois, Judá
foi conquistado pelos babilônios. Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua
terra natal passaram, então, a ser chamados de judeus, por serem provenientes
de Judá e da Judéia. O judaísmo como conhecemos hoje nasceu durante o cativeiro
babilônico, assim como o costume de adorar na sinagoga, já que estam impedidos
de frequentar o Tamplo. O lugar servia como ponto de encontro dos judeus para
orações e leitura das Escrituras. O termo “sinagoga”, do grego sunagoge,
tecnicamente, significa “casa” ou “lugar de reunião”, do hebraico bêt knesset.
Alguns estudiosos creditam a Esdras a responsabilidade da criação da sinagoga
no contexto judaico, durante o exílio babilônico. Champlim nos informa que “no tempo de Jesus havia sinagogas em
qualquer vila. Em Jerusalém, existiam, aproximadamente, 480”. Jesus frequentava,
assiduamente, as sinagogas em Israel (Mt 4.23; 9.35; Lc 4.16-30; 13.10; Jo
6.59; 18.20, entre outros). Majoritariamente, a sinagoga era reservada às
discussões voltadas ao judaísmo e, eventualmente, ainda que correndo alguns riscos,
eram conferidas oportunidades para homilias livres: “E, depois da lição da lei e dos profetas, mandaram-lhes dizer os
principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação
para o povo, falai” (At 13.15).]. Vamos pensar maduramente sobre a fé
cristã?
I - JESUS VISITA O TEMPLO (Lc 2.21-29; 41-51)
1. Apresentação no Templo. Logo após o nascimento do
menino Jesus, José e Maria, seguindo a tradição judaica, levaram-no para ser
apresentado no Templo. O evangelho de Lucas registra que, "cumprindo-se os
dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o
apresentarem ao Senhor" (Lc 2.22). Isso porque, de acordo com a lei, todo
primogênito do sexo masculino deveria ser consagrado a Deus (v. 23; Êx 13.2),
depois do período de purificação da mulher (Lv 12.1-8). [Comentário: «.. .para o
apresentarem ao Senhor. » Isso foi feito de conformidade com a estipulação de
Êx. 13:2, quando o primogênito era criança do sexo masculino. Obviamente era um
testemunho da ideia do sacerdócio dos primogênitos, como sobrevivente da ideia
em prática, mesmo depois das funções desse sacerdócio terem sido superadas pelo
sacerdócio dos filhos de Aarão. Os primogênitos de cada família ainda tinham
por obrigação levar uma vida consagrada e tinham de reputar-se pessoas dedicadas
a certos misteres especiais. (Ver Heb. 12:23, que indica que todos os crentes
devem pensar sobre si mesmos nesses termos, porquanto todos os crentes são
«primogênitos» e «primícias» da humanidade, segundo aprendemos em Tia. 1:18).
Como expressão formal dessa obrigação, o pagamento de pequena quantia em
dinheiro era esperado, feito ao sacerdócio aarônico (ver Núm. 18:15). O rito da
apresentação era diferente do rito da purificação, mas é patente que os dois
ritos são mesclados nesta narrativa de Lucas. A lei provia a «redenção» dos
meninos primogênitos mediante a oferta de um substituto (Êx. 13:13), mas Lucas
omite qualquer menção sobre isso. Lucas apresenta—o quadro inteiro—como
apresentação do menino Jesus ao serviço de Deus, e a história foi arranjada de
acordo com a narrativa acerca de Samuel, que encontramos na passagem de I Sam.
1:24-28. «...para oferecer um sacrifício... » A citação é tirada de Lev. 12:8,
e isso fala sobre o sacrifício que deveria ser oferecido pela mãe pobre,
incapaz de oferecer um cordeiro; em outras palavras, era o sacrifício oferecido
pelos pobres, o que nos serve para indicar o estado financeiro da família de
José. O preço dos pombos seria o equivalente a alguns poucos centavos. De
conformidade com o trecho de Êx. 13:2-12, todos os primogênitos deveriam ser
redimidos por tal orientação como—memorial— do fato que as famílias israelitas
foram poupadas, quando o anjo destruidor passou por cima do sangue, durante a
«páscoa». Também lemos que se dois pombinhos fossem dispendiosos demais para
uma família, então poderia ser oferecida uma porção de farinha de trigo, embora
sem os usuais acompanhamentos fragrantes de azeite e incenso, o que também se
dava no caso da oferta pelo pecado. (Ver Lev. 12:6-8 e 5:7-11). Assim sendo,
vemos que a família do Senhor Jesus era pobre, embora não vivesse em pobreza
abjeta, posto que preferiram a categoria intermediária. (Á visita dos magos,
segundo ficou registrada exclusivamente pelo evangelho de Mateus—2:1-12—mui
provavelmente antecedeu a essa ação no templo. CHAMPLIN, Russell Norman, O
Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2.
pag. 32-33.].
2. Aprendendo no Templo. Uma vez ao ano, os pais de
Jesus iam a Jerusalém para participarem da Festa da Páscoa. Em uma dessas
ocasiões, quando a família retornava para sua cidade, depois do término da
celebração, José e Maria perceberam que o menino não estava entre eles (Lc
2.41-44). Como não o encontravam entre os parentes e conhecidos (v.45), regressaram
até Jerusalém à sua procura: "E aconteceu que, passados três dias, o
acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e
interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e
respostas" (vv. 46, 47).
Este episódio nos mostra o valor que Jesus, ainda moço, dava à Casa de
Deus e ao estudo da Palavra; como resultado, Ele crescia não somente em
estatura, mas também em sabedoria, e em graça para com Deus e os homens (Lc
2.52). A narrativa bíblica nos leva a compreender que Jesus alegrava-se em
sentir a presença de Deus no Templo, aprendendo a sua Palavra. O salmista
expressou júbilo semelhante ao dizer: "Alegrei-me quando me disseram:
Vamos à casa do Senhor" (Sl 122.1). Quando não sentimos deleite em estar
na Casa de Deus, precisamos rever a nossa vida espiritual. [Comentário: Os judeus
consideravam os filhos uma grande alegria e um prêmio (Salmo 127:3-5). A
educação dos filhos começava por volta dos três anos, quando já sabiam falar;
orações e cânticos eram aprendidos por repetição, tal como hoje. Em casa,
observavam os símbolos e práticas religiosos que propiciavam oportunidade de
ensino. Aprendiam, por exemplo, sobre a menorá (candelabro de sete braços),
símbolo da fé judaica. Eram encorajados a perguntar sobre o significado do
ritual familiar anual da Páscoa (Êxodo 12:26-27) que ensinava sobre o poder de Deus
nos assuntos humanos. Os pais tinham responsabilidades definidas na educação, O
pai ensinava religião, a história do povo hebreu e uma profissão. Também
deveria ensiná-lo a nadar e era responsável por encontrar uma esposa para seu
filho. À mãe cabia ensinar suas filhas a serem obedientes e esposas capazes. As
meninas aprendiam a cozinhar, fiar, tecer, tingir, cuidar de crianças e até
dirigir escravos. Aprendiam a triturar grãos e às vezes ajudavam na colheita.
Ocasionalmente ajudavam a cuidar das vinhas ou, se não havia irmãos, ajudavam a
cuidar dos rebanhos. Deviam ter boas maneiras e alto padrão moral. Segundo o
costume da comunidade judaica, as meninas tinham oportunidades educacionais
formais restritas e não lhes era permitido estudar a Lei. Não obstante, algumas
tinham educação de alto nível em casa, aprendendo música, dança, leitura,
escrita e a manejar pesos e medidas. Nas famílias ricas, os filhos tinham
tutores em casa. A educação religiosa começava em casa e continuava quando os
filhos iam com seus pais aos cultos religiosos. No princípio o povo adorava no
tabernáculo, depois no templo de Jerusalém e mais tarde em sinagogas locais;
mas em todos esses lugares, as crianças podiam aprender sobre os rituais (como
ofertas e sacrifícios) e do ensinamento ministrado pelos sacerdotes, levitas ou
rabinos. Além disso, aprendiam sobre as Escrituras e sobre o que Deus queria do
povo judeu; aprendiam sobre as festas anuais e festivais religiosos. Aprendiam
que a Páscoa comemorava o livramento de seus ancestrais da escravidão no Egito.
No Pentecostes o povo lembrava de Deus entregando a lei a Moisés no Monte
Sinai. A Festa dos Tabernáculos, com suas barracas feitas de três galhos,
comemorava a fidelidade de Deus aos judeus na sua jornada aparentemente infindável
até a Terra Prometida. Participando dessas práticas religiosas, as crianças
aprendiam não só sobre as tradições da nação mas também sobre a atuação de Deus
em suas vidas. Jesus ficou no Templo. Só foi encontrado três dias depois.
Estava (46) "...assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e
interrogando-os". Como tinha apenas 12 anos de idade, (47) "...todos
os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas
respostas". Jesus sendo o Deus encarnado, inicia ainda que precocemente, o
ministério do ensino das Sagradas Escrituras. Os doutores conheciam as
Escrituras por que as estudavam, o menino Jesus por sua vez, conhecia a
Escrituras porque foi o próprio inspirador dos seus escritores. Ele é o Deus
filho, o inspirador e autor da Palavra de Deus. José e Maria ficaram espantados
com a atuação de Jesus. Maria toma a palavra e diz: (48) "Filho, por que
fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura".
Maria expressa o desespero de mãe. Mas Jesus já tinha total discernimento de
sua existência. Sabia perfeitamente que era o Deus encarnado. (49) "Ele
lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na
casa de meu Pai?" José e Maria não compreenderam estas palavras (50). Mas
(51) "sua mãe, guardava todas estas coisas no coração". Muitas vezes
não compreendemos tudo. Devemos aprender com Maria a guardar a Palavra no coração.
Um dia teremos discernimento sobre as situações que passamos e as Palavras de
Deus que ouvimos. Jesus, com sua sabedoria, tem o poder de nos guiar em
conduzir em vitórias. Precisamos apenas confiar em sua sabedoria (Pv 2.6).].
Pense
Quando não sentimos deleite em estar na Casa de Deus, precisamos rever a
nossa vida espiritual.
Ponto Importante
Seguindo a tradição judaica, o menino
Jesus foi apresentado no Templo.
II - O TEMPLO E AS SINAGOGAS NOS TEMPOS DE JESUS
1. Templo de Jerusalém. Para Israel, o templo sagrado
localizado em Jerusalém possuía significado especial, pois simbolizava a
presença constante de Deus entre seu povo, sendo o principal local de culto e
oferta de sacrifícios. Construído durante o reinado de Salomão (1 Rs 6), como
uma réplica da planta do tabernáculo, o santuário passou por duas reedificações
após ter sido destruído em 586 a.C por Nabucodonosor, rei da Babilônia (2 Rs
25.13-17). A primeira aconteceu depois do retorno dos judeus do cativeiro
babilônico, sob a liderança de Zorobabel (Ed 3.8) e exortação dos profetas Ageu
e Zacarias (Ed 5-6). Em 19 a.C., Herodes, o Grande, na tentativa de apaziguar
os ânimos dos judeus e ganhar popularidade, iniciou a reconstrução do segundo
templo. O Templo de Herodes, como era chamado, impressionava por sua beleza e
imponência arquitetônica. Era uma das maravilhas do mundo antigo e, por isso,
recebia judeus e, até mesmo, gentios de várias partes. [Comentário: Uma
característica de todas as religiões é a existência de “espaços sagrados”, ou
seja, locais estreitamente associados com a realização dos atos de culto, e
que, por essa razão, adquirem um valor especial para os seus fiéis. Isso se
aplica tanto às religiões denominadas “primitivas”, com suas práticas animistas
(atribuição de valores espirituais a elementos da natureza), quanto aos antigos
cultos de povos mais evoluídos. Esse foi o caso dos gregos e dos romanos, com
seus belíssimos santuários, bem como dos egípcios e das civilizações
pré-colombianas (como os incas, os maias e os astecas), com suas monumentais
pirâmides repletas de associações místicas. As chamadas “religiões vivas”, isto
é, as venerandas tradições religiosas que sobrevivem até o presente, também são
conhecidas pelo grande valor que atribuem aos seus locais de culto. Alguns
exemplos conhecidos são as colossais estátuas de Buda encontradas em muitos
pontos do Oriente, o Templo Dourado de Amritsar (da religião sikh, na Índia) e,
entre os muçulmanos, a tenda negra da Caaba, em Meca, e a Mesquita de Omar, em
Jerusalém. Por razões teológicas, históricas ou culturais, esses locais são
altamente reverenciados pelos adeptos dessas religiões http://www.mackenzie.br/7103.html. A construção de
uma casa permanente para substituir o tabernáculo, ocupou sempre o pensamento
de Davi, e, por isso, tratou logo no principio de seu reinado, de armazenar os
materiais necessários à realização de seu plano, 2Sm 7; 1Rs 5.3-5; 8.17; 1Cr
22; 28.11 a 29.9. Nessa questão, a tradição judaico-cristã é bastante complexa,
demonstrando diferentes atitudes para com os seus espaços sagrados, ao longo da
história. Segundo o Antigo Testamento, Jeová, o Senhor, deu instruções precisas
para a edificação de um santuário onde o seu povo pudesse cultuá-lo de maneira
especialmente significativa. Tanto o tabernáculo, ou seja, a tenda portátil
utilizada na época das peregrinações de Israel, quanto o magnífico templo
construído posteriormente por Salomão, representavam ao mesmo tempo a presença
de Deus no meio do seu povo e o mistério e a sublimidade do Ser Divino,
simbolizados pelo Santo dos Santos. Por cerca de um milênio o templo foi, ao
lado da lei de Moisés, o centro da identidade do judaísmo. São muitas as
passagens, notadamente nos Salmos, que demonstram o grande fascínio que a casa
de Deus ou “os átrios do Senhor” exerciam sobre os israelitas piedosos (Sl
27.4; 65.4; 84.1-2,10; 134.1-2; Is 6.1-4). Destruído pelos babilônios, o templo
foi reconstruído sob a liderança de Zorobabel e grandemente aprimorado por
Herodes, vários séculos depois. Também havia no judaísmo a consciência de que
Deus não podia ficar confinado a um edifício, por especial que fosse (1 Rs
8.27; 2 Cr 6.18; Is 66.1-2), como Estêvão haveria de lembrar aos judeus e Paulo
aos atenienses (At 7.48-50; 17.24). Jesus expressou essas duas correntes de
tradição, por um lado reconhecendo e defendendo a santidade do templo, a “casa
de oração” (Mt 21.12-13), e por outro lado relativizando-o ao indicar que o
mais importante no culto a Deus não é o lugar em que ocorre, mas a maneira como
é prestado – “em espírito e em verdade” (Jo 4.21-24). Dois fatores que
contribuíram para o declínio do valor relativo do templo, tanto para os judeus
como posteriormente para os cristãos, foram a sua destruição pelos romanos, no
ano 70 da era cristã, e a existência das sinagogas entre os judeus da Diáspora.
A sinagoga, um misto de centro comunitário, escola e local de culto, nunca teve
a tremenda importância simbólica e mística desfrutada pelo templo de Jerusalém,
mas foi acima de tudo uma resposta prática para uma nova conjuntura – a vida
longe da Palestina. http://www.mackenzie.br/7103.html].
2. Jesus no Templo. O Mestre costumava frequentar a parte
externa deste Templo para proferir seus ensinamentos (Lc 21.38, Jo 7.14) e
curar os enfermos. Apesar da sua importância como local de reunião e de culto,
Jesus deixou transparecer que o edifício não tinha valor sagrado em si mesmo,
pois, além de ser transitório (Mt 24.1,2) não era maior do que o Filho de Deus
(Mt 12.6). Aplicando essas verdades para os dias atuais, entendemos que o bem
mais valioso no templo não é a beleza da sua estrutura física ou o conforto que
proporciona aos crentes. O que mais importa é a manifestação da glória de Deus
no meio do seu povo (Ez. 43.5). Sem a divina presença, santuários religiosos
são como sepulcros caiados. São belos por fora, mas sem vida por dentro! [Comentário: Duas vezes em
três anos, Jesus expulsou do templo os vendedores e os cambistas (João 2:13-16;
Mateus 21:12-13). Sua explicação foi simples: "Está escrito: A minha casa
será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de
salteadores."
Quarenta anos mais tarde, o templo foi destruído. O edifício físico que
representava a presença de Deus na terra jamais foi reconstruído, e não teria
mais valor para as gerações futuras. O próprio Jesus tinha predito uma mudança
no centro da adoração para os servos de Deus. Eles não mais adorariam num monte
em Jerusalém, mas nos seus próprios corações (João 4:19-24).
No Novo Testamento, o templo ou tabernáculo representa: 1. o corpo de
cada cristão (1 Coríntios 6:19-20; 2 Coríntios 5:1-4) e 2. a igreja, o coletivo
do povo de Deus (1 Coríntios 3:16-17). Estes fatos desafiam-nos a ponderar uma
questão importante: o que Jesus faria se tivesse que visitar nossos templos
hoje em dia? Ele acharia necessário purificar nossos templos como fez em
Jerusalém? Considere as aplicações disso.
Jesus jogaria fora todas as coisas que impedem nossa obediência pessoal
a ele. Se continuarmos a nos corromper com erros doutrinários ou com
imoralidade pessoal, o templo de nosso corpo não estará adequado para que Jesus
permaneça nele. Que faremos? "... purifiquemo-nos de toda impureza, tanto
da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de
Deus" (2 Co 7.1). Precisamos pôr de lado "toda impureza e acúmulo de
maldade" (Tg 1.21). Jesus jogaria fora todas as coisas que os homens
acrescentaram, sem permissão, à sua igreja. Não era errado cambiar dinheiro ou
vender animais, mas era errado fazer disso a função do templo. Algumas igrejas
acrescentaram tantas coisas — até mesmo coisas que são boas em si — à obra da
igreja que ela não é mais reconhecida como o organismo espiritual, o qual Jesus
morreu para comprar (At 20.28). Jesus não morreu para estabelecer uma
organização social ou de entretenimento. Ele morreu para salvar almas de
pessoas perdidas. Amemo-lo o suficiente para manter o seu templo puro! http://www.estudosdabiblia.net/esc511.htm.
Os primeiros locais de culto utilizados pelos cristãos foram alguns recintos
públicos e preferencialmente residências particulares, as conhecidas igrejas
domésticas mencionadas em várias passagens do Novo Testamento (Rm 16.5,14-15; 1
Co 16.19; Cl 4.15; Fm 1.2). Não se atribuía qualquer valor especial ou
transcendente a esses lugares, mais ou menos como os judeus faziam em relação
às suas sinagogas. O mais importante não era a igreja como instituição ou como
espaço físico, mas o povo de Deus, a família da fé, o corpo de Cristo. Foi a
experiência da perseguição e do martírio que começou a alterar essa
perspectiva. Os lugares em que os heróis da fé deram a vida por amor a Cristo,
ou nos quais os seus corpos foram sepultados, passaram a ser altamente
reverenciados pelos cristãos. Em algumas cidades, estes passaram a reunir-se
nesses locais ou perto dos mesmos, como foi o caso das famosas catacumbas ou
cemitérios subterrâneos de Roma, a partir da época de Nero. Por outro lado,
certos desdobramentos teológicos da igreja antiga levaram os cristãos a
enfatizarem algumas instituições do Antigo Testamento, tais como os conceitos
de sacrifício, sacerdócio e templo. http://www.mackenzie.br/7103.html].
3. Conhecendo as sinagogas. Os Evangelhos também mostram que o
Nazareno costumava pregar e ensinar nas sinagogas acerca do Reino de Deus (Lc
4.44; 13.10; Mt 12.9; Mc 1.39). No original, sinagoga (gr. synagoge) tem o
sentido de assembleia, congregação de pessoas. O Dicionário Bíblico Wycliffe
registra que, no judaísmo, enquanto o Templo era o lugar do culto, a sinagoga
tinha uma função educativa: era o local para o estudo da lei. Mas, com o passar
do tempo, as sinagogas passaram a servir também como espaço para a adoração,
principalmente para os judeus que moravam a grandes distâncias de Jerusalém.
Portanto, diferentemente do Templo que era único, haviam muitas sinagogas
espalhadas por toda a Terra de Israel nos tempos do Novo Testamento. Tanto é
assim que a Igreja Primitiva, seguindo o exemplo do Mestre, floresceu
anunciando o Evangelho em tais localidades (At 9.20; 13.5; 18.4). A preocupação
dos judeus para a construção de sinagogas para o estudo das Escrituras serve
como exemplo para os discípulos de Jesus. Tem a igreja dado o devido valor para
a estrutura física da Escola Dominical? [Comentário: O termo
"sinagoga" tem origem na palavra grega συναγωγή, composta de σύν
[sýn], “com, junto”, e ἄγω ['ago], “conduta, educação”, cujo significado amplo
seria "assembleia"1 . Em língua hebraica, o templo recebe o nome de בית
כנסת, transliterado para beit knésset e traduzido para "casa de
reunião". Também pode ser chamada בית תפילה, beit tefila, ou seja,
"casa de oração". Em língua iídiche, o termo é šul ou shul (שול), com
origem no latim schola, o que expressa o hábito de se referir à sinagoga como
"escola". Um exemplo desse uso é a Piazza delle Cinque Scole, no
velho Gueto de Roma. Entre judeus da nação portuguesa é comum chamar de esnoga
ou as variantes esnoa e scola. Entre judeus reformistas é comum o nome de
templo http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga. As sinagogas são
de uma beleza impressionante. Contudo, essa não é uma grande preocupação de
seus arquitetos. A despeito desse aspecto estético exterior, há três fatores
essenciais que devem ser rigorosamente observados no que se refere às mobílias
de uma sinagoga:
Arca
Esse componente é tido como o “sacrário da Torá”, ou seja, nela é
guardada os rolos da Torá, os cinco primeiros livros de Moisés, onde se baseiam
as leituras aos sábados.
Bimá
É uma espécie de tribuna onde o ministrante faz a leitura da Tora e dos
Profetas e profere bênçãos (da Torá) sobre os presentes. Esdras, ao ensinar a
Palavra de Deus ao povo de Israel, ministrou sobre um estrado, o que
equivaleria a uma tribuna das sinagogas atuais: “E Esdras, o escriba, estava
sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto
a ele...” (Ne 8.4).
Assentos
O assento mais importante é o que a Bíblia chama de “cadeira de Moisés”:
“Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de
Moisés estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.1,2). E era justamente
nessa cadeira que se sentava o presidente da sinagoga. Segundo alguns, a
distribuição dos assentos seguia uma ordem, uma organização. Por exemplo, os
anciãos se sentavam próximo à Arca, de frente à platéia, os membros mais distintos
à frente, os mais jovens atrás, e assim por diante.
Autoridades da
sinagoga
Em uma sinagoga, há os oficiais que colaboram para o andamento
satisfatório do agrupamento, e essa organização é de competência de pelo menos
quatro representantes. São eles:
Os chefes da
sinagoga
A ordem na sinagoga ficava sempre sob a responsabilidade do líder maior,
o qual podemos designar de superintendente. A oração e a leitura da Torá
ficavam sob a direção do chefe, que, caso quisesse, poderia escolher alguém
para a explanação da ora (At 13.15).
Os anciãos
Obviamente, formavam uma assembléia sob a competência dos
superintendentes. Eram, também, conhecidos como presbíteros (Lc 7.3).
Assistente
Quando Jesus concluiu a leitura de Isaías na sinagoga, devolveu o rolo
das Escrituras ao assistente: “E [Jesus], cerrando o livro, e tornando-o a dar
ao ministro [assistente], assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam
fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em
vossos ouvidos” (Lc 4.20,21) Ao assistente era delegado o trabalho de retirar
os rolos escriturísticos e colocá-los em seus devidos lugares, além de outras
atividades simples.
Liturgia na
sinagoga
Como ocorre nas denominações religiosas atuais, o culto na sinagoga
possuía uma liturgia basicamente assim:
Porções da Lei eram lidas por certo número de pessoas, usualmente sete.
Um discurso ou uma mensagem era pronunciado após a leitura dos profetas
(Nebhim).
A recitação do Shemá (Dt 6.4).
A bênção, geralmente impetrada pelo superintendente da sinagoga.
Assim como Jesus “entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na
sinagoga” (Lc 4.16), seus fiéis têm a oportunidade de adorar a Santa Trindade
em seus respectivos templos. E devem se alegrar por isso, tal como disse Davi:
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1). http://www.icp.com.br/83contexto.asp].
Pense
Sem a divina presença, santuários religiosos são como sepulcros caiados.
São belos por fora, mas sem vida por dentro!
Ponto Importante
Enquanto o Templo de Jerusalém era único, havia muitas sinagogas
espalhadas por toda a Terra de Israel nos tempos do Novo Testamento.
III - O ZELO DE JESUS PELO TEMPLO
1. A dupla purificação do Templo. Em duas ocasiões de
seu ministério, Jesus purificou o Templo expulsando aqueles que haviam
transformado o santuário em verdadeiro centro de comércio religioso. Embora as
transações comerciais fossem comuns, envolvendo, principalmente, a compra, a
venda e a troca de animais para serem oferecidos como sacrifício, tal prática
havia se tornado tão trivial em Jerusalém que o propósito da casa de oração
havia sido subvertido. Os vendilhões converteram-na em casa de vendas (Jo 2.16)
e covil de ladrões (Mt 21.13). [Comentário: O termo grego
original (to hieron), que significa “o templo”, indica toda a área sobre o
monte Moirá, ocupada pelos diversos recintos e a corte do templo. No domingo,
após a entrada triunfal, Jesus continua sua obra de purificação da Casa do
Senhor, iniciada três anos antes (Jo 2.14). Uma atitude para demonstrar o
quanto os judeus haviam ofendido ao Senhor, permitindo que seus corações fossem
corrompidos pela ganância, dominados pelo pecado, e faltos de amor sincero para
com Deus e com seu próximo. Isso ocorre infelizmente ainda hoje em alguns
templos cristãos, e entre seus membros. Jesus citou as Sagradas Escrituras,
usando, da versão Septuaginta (AT em grego), os textos de Is 56.7 com Jr 7.11. As
ofertas, taxas e compras de animais para sacrifícios no templo só podiam ser
pagas com moedas hebraicas (siclo hebreu), pois as demais moedas eram cunhadas
com a imagem de divindades pagãs ou do imperador, considerado pelos romanos e
outros gentios com um deus. Entretanto, esse serviço de troca de moedas
(câmbio), compra e venda de animais, e produtos para os sacrifícios, deveria
ser realizado com dignidade, no “grande átrio exterior dos gentios”, um espaço
reservado para essas atividades com mais de 50.000m². Todavia, os cambistas
estavam explorando os romeiros que vinham de muito longe e com dinheiro gentio
para ofertar e sacrificar no templo. Além disso, a venda dos animais
cultualmente aceitáveis transformara-se apenas em lucrativo comércio, tanto que
a área antes reservada já não comportava os estandes de vendas e haviam
invadido até o recinto sagrado. Vários sacerdotes lideravam a corrupção
institucionalizada no templo, posto que ao receberem os animais para
holocausto, em vez de efetuarem o ritual do sacrifício, matavam apenas alguns
deles, e repassavam todos os demais para comerciantes fraudulentos, que
revendiam sucessivas vezes http://jornal-da-assembleia.blogspot.com.br/2012/09/a-purificacao-do-templo.html.].
2. Zelo e reverência na Casa de Deus. De forma implacável
e impetuosa, o amoroso Jesus revela a face da justiça divina, colocando para
fora os vendedores, compradores e, até mesmo, os animais; derribou mesas e
espalhou o dinheiro, em virtude do zelo pela Casa de Deus (Jo 2.17; Sl
119.139). O verdadeiro servo de Deus não tolera práticas mundanas e carnais
praticadas em qualquer que seja o lugar e, muito menos, no santuário, lugar de
reverência (Ec 5.1) e adoração ao Senhor. Como verdadeiro profeta, é necessário
ter coragem para mostrar o erro e apartar-se dos homens corruptos,
fraudulentos, que lucram com uma falsa piedade (1 Tm 6.5). [Comentário: A figura do
santuário de Deus é usada, também, para descrever a igreja de Jesus. Paulo fala
à igreja quando diz: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de
Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá;
porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3:16-17). Em
outra carta, ele diz que a igreja é a casa de Deus (1 Timóteo 3:14-15). Esses
dois trechos mostram a importância de procedimento digno na igreja, tanto na
edificação como na organização dela. A igreja deve ser zelosa em manter a
doutrina pura e praticar somente as coisas autorizadas por Jesus. Deus não
habitará numa casa suja e poluída pela iniquidade. As cartas às igrejas da Ásia
mostram a importância de manter a santidade da igreja. O Senhor rejeitará uma
igreja que perdeu o seu amor (Apocalipse 2:4-5). Ele não ficará numa
congregação que tolera falsas doutrinas ou imoralidade (Apocalipse 2:14-16,20).
Uma igreja morta, cujas obras não sejam íntegras, será castigada por Jesus
(Apocalipse 3:2-3). Ele vomitará da boca uma igreja morna e satisfeita
(Apocalipse 3:15-17). Como é que mantemos a santidade de uma igreja? 1.
Precisamos tirar a impureza da nossa própria vida. Eu faço parte da
congregação. Se eu limpar o meu coração, a igreja ficará mais limpa. 2. Devemos
ajudar os nossos irmãos a se purificarem do pecado. Quando recuperamos o irmão
que tropeçou (Gálatas 6:1-2), ou convertemos aquele que desviou (Tiago
5:19-20), a igreja ficará mais pura. 3. Quando um irmão persiste no pecado,
somos obrigados a expulsá-lo do nosso meio (1 Coríntios 5:1-13; 2
Tessalonicenses 3:6-14). Algumas das igrejas da Ásia foram reprovadas por não
fazer isso. Uma igreja que tolera o pecado aberto e persistente não ama a Deus
acima de tudo. Se ela não mostrar o arrependimento, o Senhor removerá o seu
candeeiro! http://www.estudosdabiblia.net/d125.htm].
3. Negócios com palavras fingidas. O exemplo de Jesus
continua vívido e relevante para os nossos dias. Nesses tempos trabalhosos,
falsos mestres e falsos doutores, por avareza, têm transformado a igreja em
objeto de negócio (2 Pe 2.3), para satisfação pessoal e lucro financeiro. São
verdadeiros aproveitadores da fé. Contudo, o juízo divino para estes está
preparado. Como disse o apóstolo Pedro, "sobre os quais já de largo tempo
não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". [Comentário: É bem verdade
que a bíblia diz que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos
17:24). No entanto, tal assertiva não pode ser mal interpretada a ponto de não
devotarmos apreço pelo lugar de adoração. A reverência e a devoção expressos no
templo devem ser cuidadosamente observados. O local de culto é algo tão
especial para Deus que Ele fez questão de registrar inúmeros mandamentos a
serem seguidos por seus adoradores. Aliás, o livro de Levíticos inteiro foi
dedicado para reger a adoração pública. Sendo assim, é preciso destacar que Deus
não está apenas preocupado com a adoração, mas, sobretudo, como essa adoração
acontece. Não se trata apenas de conteúdo, mas também de forma. Portanto, usar
o clichê “Deus se preocupa com o coração” não nos legitima a entrar nos átrios
do Senhor de qualquer maneira. Hoje nos deparamos com comportamentos que
dificilmente seriam usados diante de autoridades ou pessoas importantes. Se
temos um trato mais polido com homens caídos, por que ousamos em nos comportar
de qualquer maneira na presença do Rei dos reis? A Escritura registra que
diante dEle todo joelho se dobra (Fp 2:10) e toda boca se cala (Hc 2:20). E nós
insistimos em conversar enquanto a voz de Deus está ecoando por meio da
exposição bíblica. Colar chicletes nos bancos, atender celular na hora do culto
e acessar redes sociais no momento de adoração são apenas algumas demonstrações
de como nossa geração perdeu o zelo pela Casa de Deus. O único momento de
indignação, ira e revolta de Jesus foi registrado diante da irreverência e
descaso com o sagrado. A casa de Deus havia se transformado num balcão de
negócios, onde a fé e a piedade eram deixados de lado em detrimento da ganância
e do lucro. O templo era apenas um lugar
de encontro que justificavam interesses escusos em nome da religião. Diante
desse cenário, Jesus se levanta e expulsa os mercadores da fé. Consumido pelo
zelo da Casa do Senhor, Jesus brada de maneira violenta contra a
instrumentalização do sagrado. http://ipin.org.br/index.php/artigos/46-zelo-pela-casa-de-deus. Lembre-se:
devemos pensar maduramente sobre a fé cristã! Muitos se escondem por detrás do
jargão: “não julgueis” e “não toqueis o ungido de Deus”, para esconder seus
negócios com palavras fingidas. Para aprofundar-se nos dois assuntos recomendo:
http://www.estudobiblico.com.br/julgar/julgar.htm;
https://www.facebook.com/AugustusNicodemusLopes/posts/629005427151872.
Pense
Nesses tempos trabalhosos, falsos mestres e falsos doutores, por
avareza, têm transformado a igreja em objeto de negócio para satisfação pessoal
e lucro financeiro
Ponto Importante
Jesus expulsou do Templo aqueles que haviam transformado o santuário em
verdadeiro centro de comércio religioso.
CONCLUSÃO
Com o advento e obra de Cristo, a ênfase do culto foi transferida do
santuário físico para o próprio Senhor Jesus, no qual habita toda a plenitude
de Deus (Cl 2.9), que materializou, em si, o propósito do templo. E por isso,
Ele mesmo disse que chegou o momento em que os verdadeiros adoradores adorarão
ao Pai em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Além disso, cada crente,
convertido e transformado, é templo e morada do Espírito do Altíssimo (1 Co
3.16). Não obstante, ainda permanece a finalidade e a importância do templo da
igreja, como local onde o povo de Deus se reúne para cultuar, orar e aprender a
Palavra. [Comentário: Em conclusão, as atitudes dos cristãos em relação aos seus locais
de culto têm variado grandemente ao longo da história, indo desde o
“templocentrismo”, que considera o santuário como um lugar dotado de virtudes
especiais, até o desinteresse pelos espaços religiosos em si mesmos,
valorizando-se apenas as atividades neles realizadas. Não há como negar a importância
psicológica e espiritual dos lugares em que as pessoas têm uma experiência
especialmente profunda do sagrado. À luz das Escrituras, importa que a atitude
em relação a esses locais seja equilibrada, valorizando-se o belo, o estético e
o simbólico, mas evitando-se transformá-lo num fim em si mesmo. Desde uma
perspectiva protestante, o templo pode ser considerado “santo” no sentido
bíblico de “separado do uso comum” e destinado para o Senhor. Deve ser
funcional e prático, visando o que realmente importa, a centralidade do Deus
triúno e do culto a ele, mas não há nada que impeça que seja também agradável
aos olhos e expresse a beleza da criação divina.]. NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2015
HORA DA REVISÃO
1.
Onde Jesus estava ao ser encontrado por José e Maria quando tinha doze
anos de idade?
2.
Por quantas reedificações o
templo de Jerusalém passou após ter sido destruído em 586 a.C. por
Nabucodonosor?
3.
Quem havia reconstruído o templo
existente na época de Jesus?
4.
O que significa sinagoga?
5.
Qual a era principal função da sinagoga