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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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30 de setembro de 2012

LIÇÃO 01 - A atualidade dos Profetas Menores


Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
Comentarista: Ezequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

LIÇÃO 01
A atualidade dos Profetas Menores
7 de Outubro de 2012

TEXTO ÁUREO

Mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé(Rm 16.26).

VERDADE PRÁTICA
Por ser revelação de Deus, a mensagem dos profetas é perfeitamente válida para os nossos dias.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Pedro 1.16-21.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Descrever o panorama geral dos profetas menores.
  • Analisar a procedência da mensagem dos profetas menores.
  • Compreender que os escritos dos profetas menores são divinamente inspirados.

Palavra Chave
Atualidade: Qualidade ou estado do que é atual; momento ou época presente.

COMENTÁRIO

introdução
Pela misericórdia do Senhor, iniciamos o estudo do último trimestre deste ano, estudando os chamados Profetas Menores. Temos a satisfação de ter como comentarista, o pastor Esequias Soares, um dos mais renomados biblicistas do pentecostalismo brasileiro, Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor de várias obras publicadas pela CPAD. Veremos que o surgimento do profetismo em Israel e Judá se deu no período monárquico, com a finalidade de restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica, tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista é visto como o último representante deste movimento. Portanto, a mensagem milenar desses profetas continua atual e urgente hoje. Nós costumamos afirmar que aceitamos toda a Bíblia como a Palavra Inspirada de Deus, mas de fato e de verdade, a maioria de nós negligencia o Antigo Testamento, a maior porção de toda Bíblia, e dento do Antigo Testamento, a parte mais negligenciada é a parte destinada aos Profetas Menores. A grande maioria de nós sequer tem a mínima ideia a respeito do conteúdo dos livros dos Profetas Menores e da sua relevância para as nossas vidas nos dias de hoje, apesar de tantos séculos nos separarem. Portanto, “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3a). Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. SOBRE OS PROFETAS MENORES

1. Autoridade. São conhecidos como Profetas Menores os doze últimos livros proféticos do antigo Testamento, São assim chamados, pois abordaram os fatos ocorridos com o povo de Deus, Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul), de forma sucinta. Muitos deles foram contemporâneos e algumas profecias proferidas ao mesmo tempo, não tendo nenhuma relação com a relevância de suas mensagens. Podemos dizer que se dividem em três grupos:
- Os profetas de Israel: Jonas, Amós e Oséias.
- Os profetas de Judá: Obadias, Joel, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias.
- Os profetas pós-cativeiro: Ageu, Zacarias e Malaquias.
Entretanto, cronologicamente temos:
- Obadias e Joel ................................................. 850-800 a.C.
- Jonas, Oséias, Amós e Miquéias...................... 780-700 a.C.
- Naum, Sofonias e Habacuque........................... 700-600 a.C.
- Ageu, Zacarias e Malaquias............................... 520-420 a.C.
O Antigo Testamento Hebraico, a Tanak (Hb. תנ״ך), sigla que vem das inicias da divisão Torah (תורה), Neviim (נביאים), Kethuviim (כתובים). A disposição em que encontram os livros do Antigo Testamento hebraico é diferente das outras versões, pois se constitui de 24 livros: todavia, são exatamente iguais aos 39 das Bíblias protestantes, pois os profetas menores são um único livro, assim como são os dois livros de Samuel, dos Reis, das Crônicas e Esdras-Neemias, totalizando um total de 24. Segundo a tradição judaica, a estrutura em que se encontram os livros do Antigo Testamento está ligada a história do Templo e das instituições sacerdotais de Jerusalém. O estabelecimento do Cânon hebraico foi resultado de um longo processo, no qual intervieram fatores internos e externos ao judaísmo. O Antigo Testamento, a primeira das duas principais partes da Bíblia, em nossas versões protestantes, contém 39 livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é padronizada, aqui, no Ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos, siríacos, nestorianos, que incluem os livros apócrifos, e em alguns casos os pseudígrafos. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados de forma diferente.
2. Origem do termo. O colecionamento dos profetas menores em um grupo de doze, é confirmado por Jesus, filho de Siraque, como em voga, no ano 200 A.C. Sua linguagem dá a entender a existência do grande grupo formado pelos livros de Josué, Juizes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores, que formavam a segunda divisão do cânon hebreu, caps. 46-49. A existência da tríplice divisão das Escrituras em “Lei, Profetas e os outros que os acompanharam”; ou “a Lei, os Profetas e os outros livros”, ou, “a Lei, os Profetas e o resto dos livros”, é confirmada já no ano 182 A.C. juntamente com a existência de uma versão grega da mesma época, atestada pelo neto de Jesus, filho de Siraque. O judeu Filo, que nasceu em Alexandria no ano 20 A.C. e ali morreu no reinado de Cláudio, possuía o cânon, e citou quase todos os livros, com exceção dos Apócrifos.
3. Cânon e cenário dos Doze. Flavio Josefo, historiador judeu (37 a 100 d.C.), contemporâneo de Paulo declarou: “Porque não temos entre nós uma quantidade enorme de livros, que discordem e se contradizem entre si (como acontece com os gregos), mas apenas 22 livros, que contém os registros de todos os tempos passados, que cremos justamente serem divinos... e quão firmemente damos crédito a esses livros de nossa própria nação fica evidente pelo que fazemos; porque durante tantos séculos que já se passaram, ninguém teve ousadia suficiente para acrescentar nada a eles, cancelar qualquer coisa, nem fazer neles qualquer modificação; tendo-se tornado natural a todo judeu desde seu nascimento estimar esses livros como contendo doutrinas divinas, e perseverar nelas; e caso necessário morrer voluntariamente por elas.” Conclui-se que a estrutura da Bíblia hebraica reproduz a provável ordem em que seus livros foram canonizados, formando a Tanak: primeiramente a Lei escrita em hebraico Torah, antes do exílio babilônico, depois os profetas (ou Neviim), no retorno desde e, finalmente, os Escritos (Ketuviim) ou Hagiógrafos, possivelmente só depois da destruição do Segundo Templo. O arranjo no cânon judaico classifica os profetas do AT em “profetas anteriores”, também denominados de “profetas orais”, “profetas não-escritores” ou, ainda, “profetas não-clássicos”. Os “profetas anteriores” são todos os profetas levantados por Deus e que não tiveram o mandado divino de reduzir a escrito as suas mensagens proféticas, o que foi feito posteriormente pelos que foram inspirados a escrever o texto sagrado. O grupo dos "anteriores" são seis livros de caráter histórico: Josué, Juízes, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis. O conjunto dos posteriores é formado por Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze profetas menores, assim nomeados não porque o seu conteúdo seja de menor importância, mas porque são notavelmente menores que os escritos dos "três grandes profetas". Por outro lado, enquanto que o índice da LXX (que é o adaptado pela Almeida) inclui Lamentações e Daniel entre os livros proféticos, a Bíblia Hebraica os coloca na terceira seção, entre os Escritos (ketubim).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os escritos dos Profetas Menores têm a mesma autoridade que os outros livros do Cânon Sagrado.

II. A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES

1. Procedência (vv.16-18). Profeta é uma palavra derivada do vocábulo grego profetés, composto pela preposição pro, que tem valor locativo e equivale a "diante de", "na presença de", e o verbo femí, que significa "dizer" ou "anunciar". Na LXX, encontramos profetés como tradução da palavra hebraica nabí, relacionada esta última a várias outras semíticas cujo sentido principal é anunciar ou comunicar alguma mensagem. Em âmbitos alheios ao texto da Bíblia, é frequente dar o nome de profeta a alguém que transmite mensagens da parte de alguma divindade ou que se dedica à adivinhação do futuro. Porém, se restringe o uso da palavra ao seu sentido bíblico, profeta é especialmente alguém a quem Deus escolhe e envia como o seu porta-voz, seja diante do povo ou de uma ou várias pessoas em particular. Não se trata, pois, na Bíblia, de adivinhos, magos, astrólogos ou futurólogos entregues a predizer acontecimentos futuros, mas de mensageiros do Deus de Israel, enviados para proclamar a sua palavra em precisos momentos históricos. Em certas ocasiões, a mensagem profética se referia a algum evento futuro, porém sempre vinculada a uma situação concreta e imediata na qual surgia a profecia (cf., p. ex., Is 7.1-25). Para descreverem o fato histórico, estão destinadas certas passagens que, na maioria dos livros, contemplam acontecimentos bem conhecidos e datados (p. ex., Jr 1.3, a conquista de Jerusalém Ez 1.1-3, a deportação para a Babilônia Is 1.1, Os 1.1, cronologias reais). Para se compreender o profundo sentido da palavra de Deus transmitida pelos profetas, deve-se prestar máxima atenção ao contexto histórico em que foi originalmente proclamada. Somente dessa forma será possível também atualizar a mensagem profética e aplicar o seu ensinamento às necessidades e circunstâncias do momento atual.
2. “A palavra dos profetas” (v.19a). Os profetas eram homens que Deus revestia do seu Espírito para uma missão especial no sentido de alertar o povo e os governantes quanto a necessidade de viverem uma vida religiosa e moral de acordo com princípios divinos. Tornavam-se assim guias espirituais, da mesma forma como num momento específico da história, os juízes se tornaram líderes políticos e militares para orientar o povo de Deus. Os profetas habitualmente introduzem as suas mensagens mediante fórmulas expressivas como "Assim diz o SENHOR", "Palavra do SENHOR que veio a..." ou outras semelhantes e, frequentemente, apresentam-se a si mesmos como enviados de Deus e investidos de autoridade para proclamar a sua palavra. Essa certeza pessoal de terem sido divinamente escolhidos para comunicar determinadas mensagens é um sinal característico da consciência profética. Assim, Isaías, que responde ao chamado do SENHOR: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6.8) ou Jeremias, que escuta a voz do SENHOR: "Eis que ponho na tua boca as minhas palavras" (Jr 1.9) ou Ezequiel, que ouve a ordem de Deus: "Vai, entra na casa de Israel e dize-lhe as minhas palavras" (Ez 3.4) ou Amós, que se sente separado das suas tarefas pastoris e transforma-se em porta-voz de Deus: "Vai e profetiza ao meu povo de Israel" (Am 7.15).
3. “Como a uma luz que alumia em lugar escuro” (v.19b). Os profetas exerceram uma influência decisiva tanto na religião de Israel quanto posteriormente no Cristianismo. Contudo, foram bem menos as ocasiões em que os primeiros destinatários da mensagem prestaram a devida atenção (cf. Ag 1.2-15). Pelo contrário, segundo o testemunho dos próprios textos bíblicos, a princípio faziam-se de surdos à voz dos profetas, as suas palavras caíam no vazio ou eram rechaçadas sem terem obtido a resposta requerida. Mais ainda, quando a comunicação profética molestava os ouvidos dos seus receptores, estes tratavam frequentemente de fazer calar o mensageiro de Deus.Como diz Isaías: "Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do SENHOR.Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões;... não nos faleis mais do Santo de Israel" (Is 30.9-11) e Amós acusa Israel: "Aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis" (Am 2.12 cf. 7.10-13).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
A mensagem dos Profetas é de procedência divina. Jamais por inspiração humana.

III. A INSPIRAÇÃO DIVINA DOS PROFETAS

1. A iniciativa divina. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).
2. A inspiração dos profetas. É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25).O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as consequências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. [...] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos" (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369). “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA). Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1).
3. A autoridade dos Profetas Menores. As palavras dos profetas são a mensagem de Deus ao seu povo. O assunto do Antigo Testamento é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um compêndio sistemático da fé de Israel em Deus, cujo clímax dessa revelação é Jesus (Jo 1.18). Toda a história do Antigo Testamento mostra como Deus operou no processo da redenção humana. Registra o relacionamento de Deus com o homem até que o plano de redenção fosse realizado na cruz do Calvário. O AT era aceito pelos primeiros cristãos como coletânea de livros inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em Jesus. O NT apresenta com muita frequência o AT como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4). Paulo citando Oseias e Isaías, reconhece a inspiração e a autoridade divinas de ambos.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os livros dos Profetas Menores têm autoridade divina e são genuinamente inspirados por Deus.

CONCLUSÃO
Pode nos parecer a princípio, que a mensagem anunciada há milhares de anos atrás, tenha sido apenas para um determinado povo e nação. Muito pelo contrário, ela trata de temas absolutamente importantes, urgentes e atuais. O estudo dos Profetas Menores vem ratificar a semelhança da situação do povo daquela época com a situação que vivemos nos dias de hoje, conclamando grande necessidade para uma mensagem Profética que venha denunciar a corrupção, as injustiças sociais, o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de moralidade e a frieza espiritual do povo de Deus tão comum na mensagem dos Profetas Menores. E, diante dessa semelhança, podemos afirmar com bastante convicção que: OS PROFETAS DE ONTEM FALAM HOJE. O mesmo quadro de corrupção, injustiça social, abuso de autoridade, afrouxamento dos padrões de moralidade, idolatria e frieza espiritual do povo de Deus que acontecia naquele tempo continua se repetindo. A leitura dos Profetas Menores vem, portanto, ratificar a semelhança da situação do povo daquela época com a situação que vivemos nos dias de hoje. Os profetas eram homens de seu tempo, de carne e osso, falando e escrevendo a homens de carne e osso também de seu tempo, e esta é uma das principais razões de sua atualidade para nós.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Junho de 2012,
Francisco de Assis Barbosa,


EXERCÍCIOS
1. De onde vem o termo “Profetas Menores”?
R. A expressão “Profetas Menores” advém da Igreja Latina.
2. Qual a procedência da “palavra dos profetas”?
R. A mensagem dos profetas é de procedência divina.
3. Desde quando os profetas de Deus existem?
R. Desde o princípio do mundo.
4. Como estaríamos sem a palavra dos profetas?
R. Estaríamos à deriva no mundo.
5. Por que devemos dar aos Profetas Menores à mesma atenção dispensada aos demais livros da Bíblia?
R. Porque todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos,
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo. Comentarista: Ezequias Soares; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-.
GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
-.
SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4.
-. ZUCK, R. B.
Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, pp.429-30;

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa


26 de setembro de 2012

LIÇÃO 14 - A vida plena nas aflições


Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

LIÇÃO 14
A vida plena nas aflições

30 de setembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).
VERDADE PRÁTICA

As tribulações levam-nos a amadurecer, em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-13.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Descrever as aflições da vida do apóstolo Paulo;
  • Explicar como se contentar em Cristo apesar das necessidades; e
·         Saber que precisamos amadurecer pela suficiência de Cristo, o nosso Senhor.

Palavra Chave
Aflição: Estado daquele que está aflito; profundo sofrimento; ânsia, agonia, angústia.

COMENTÁRIO

introdução

Por que o justo sofre? Por que aqueles que andam com Deus sofrem nesta vida o cálice amargo da dor? Por que o justo precisa cruzar desertos escaldantes, atravessar vales escuros e pisar caminhos juncados de espinhos? Por que o justo enfrenta pobreza, enfermidade e privações enquanto a maioria dos homens que vivem como se Deus não existisse e que, muitas vezes, blasfemam do Seu nome parecem ter uma vida folgada, gozando de saúde plena, cumulando riquezas e glórias humanas? O sofrimento do justo é um dos temas mais complexos da Bíblia e neste trimestre estivemos mergulhando em reflexões para concluirmos que o sofrimento na vida crente não é consequência de pecado ou resultado das investidas do diabo. Os sofrimentos na vida do crente são o resultado da decisão soberana do Senhor, independente de fatores cominados das suas criaturas. É a soberania de Deus que permite o sofrimento na vida do justo. Espero que todos nós tenhamos, a partir de hoje, uma percepção mais intensa da Soberania de Deus no sofrimento humano. Devemos reconhecer que o Senhor reina majestosamente sobre tudo, e de maneira tal, que todas as coisas, inclusive o mal, estão debaixo dos propósitos santos e perfeitos do Senhor (Jó 1.20-22; 2.9-10). Ele nos conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das suas promessas (Is 40.28).Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
1. As aflições de Paulo. Paulo se refere aos problemas graves que enfrentou de forma genérica e superficial classificando-as de “as coisas pelas quais passei”. Paulo teve muitas tristezas e problemas na vida. Ele as enumera na segunda carta aos Coríntios (2Co 11.23-29). Um olhar desatento pode imaginar que os problemas e aflições de Paulo foram insignificantes. Entretanto, as dificuldades enfrentadas pelo apóstolo foram intensas e graves, representando sério risco de morte e destruição do ponto de vista humano. Sofreu falsas acusações (At 21.26-28), quase foi linchado, ficou preso, esperou muito tempo até que seu caso pudesse ser examinado, foi injustamente provocado e insultado (At 24), foi marcado para morrer (At 23.12), foi mantido preso para dar popularidade ao governante de plantão (At 24.27), antes do naufrágio, os soldados intentaram mata-lo (At 27.42), sobreviveu a um naufrágio, foi picado por uma víbora venenosa (At 28.1-6). Ter problemas, entretanto, não é a questão mais importante. Talvez por isso Paulo tenha resumido suas dificuldades com a expressão "as coisas que me aconteceram". O diferencial é que atitude tomar diante dos problemas. Paulo optou por reconhecer a soberania de Deus sobre todas as situações vividas e colocou seu sofrimento dentro de uma perspectiva correta. Para ele, o importante é que as dificuldades contribuíram para o progresso do evangelho. Ele escreveu: “Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). A Bíblia nunca nos mandou fechar os olhos para as mazelas do mundo, fingindo que nada de ruim está acontecendo. Pelo contrário, em muitos contextos, a podridão de nossa vida é descrita realisticamente. O que a Bíblia não admite é o terrorismo pessimista que nos ensina, como a mulher de Jó, que o melhor é “amaldiçoar teu Deus e morrer”. O Senhor, que nos criou, nos dotou de uma atitude poderosa chamada esperança. Não uma esperança míope, fantasiosa, que descreve como cor de rosa aquilo que é escuro. Mas a postura, baseada na experiência da fé, que já viu o Senhor resolver os próprios problemas, no passado. Por isso, Paulo ensina: as dores de hoje apontam para a saúde vitoriosa do amanhã. Cristo reside no nosso amanhã.
2. Deixado por seus filhos na fé. Aprisionado em Roma mais uma vez, o apóstolo Paulo se sentiu sozinho e abandonado. Paulo percebeu que a sua vida terrena provavelmente estaria em breve chegando ao fim. O livro de 2º Timóteo é essencialmente as "últimas palavras" de Paulo (O livro de 2º Timóteo foi escrito em aproximadamente 67 d.C., pouco antes do apóstolo Paulo ser condenado à morte). Paulo olhou além da sua própria situação para expressar preocupação com as igrejas e especificamente com Timóteo. Paulo queria usar suas últimas palavras para encorajar Timóteo, e todos os outros crentes, a perseverar na fé (2Tm 3.14) e proclamar o evangelho de Jesus Cristo (2Tm 4.2). Paulo foi abandonado por Demas no final da vida. Aquele que deveria estar ao seu lado, bandeou-se para o mundo e abandonou o veterano apóstolo. Aquele que deveria estar encorajando o apóstolo diante da dura realidade do martírio que se aproximava, amou o presente século e afastou-se. Paulo não apenas sentiu a dor da solidão, mas também sentiu na pele o aguilhão do abandono. Mesmo sabendo que Deus jamais o abandonaria, Paulo expressa a dor de ser abandonado por aqueles que um dia caminham com ele (2Tm 4.10).[1]
3. A tristeza do apóstolo. Paulo estava preso numa masmorra romana, na antessala do martírio e no corredor da morte. O tempo da sua partida chegara. E, nesse momento final da vida, em vez de estar cercado de amigos, estava sozinho, em plena solidão. Vários fatores contribuíram para Paulo se sentir só; ele os menciona abertamente: foi abandonado por seus amigos; sofreu a oposição de Alexandre; e ninguém foi a seu favor em sua primeira defesa. Abandonado por seus amigos. Mesmo tendo a assistência do céu, ele precisava da solidariedade humana. A solidão é uma dor que dói na alma, e Paulo não teve vergonha de expressá-la publicamente. Paulo foi traído por Alexandre, o latoeiro. Esse homem causo-lhe muitos males e resistiu fortemente às suas palavras. Os historiadores afirmam que foi Alexandre, o latoeiro, quem delatou Paulo, culminando na sua segunda prisão em Roma e consequentemente o martírio. Não é fácil ser traído. Não é fácil lidar com aqueles que buscam uma oportunidade para puxar nosso tapete e apunhalar-nos pelas costas. Paulo sentiu de forma profunda esse drama. Em vez, porém, de guardar mágoa, entregou para Deus sua causa, dizendo: “O Senhor lhe dará a paga segundo suas obras” (2Tm 4.14,15)[2].

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A provação do apóstolo dos gentios é assim sintetizada: o homem que perseguia os cristãos é perseguido; aquele que afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida.

II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO
1. Apesar da necessidade não satisfeita. A experiência paulina desafia-nos a viver um Evangelho que não prioriza a ilusão de uma vida de “mar de rosas”. Não é por acaso que os versículos-chave da Epístola são: 2Tm 1.7; 3.16-17; 2Tm 4.2; 2Tm 4.7-8. Paulo encoraja Timóteo a permanecer apaixonado por Cristo e a permanecer firme na sã doutrina (2Tm 1.1-2, 13-14). Paulo relembra Timóteo a evitar as crenças e práticas ímpias e a fugir de qualquer coisa imoral (2Tm 2.14-26). No fim dos tempos haverá intensa perseguição e apostasia da fé cristã (2Tm 3.1-17). Paulo encerra com um apelo intenso para que os crentes permaneçam firmes na fé e terminem a corrida forte (2Tm 4.1-8). Não custa lembrar que, apesar de preso, Paulo continuava livre:  escrevia cartas e anunciava o Evangelho “com firmeza e sem impedimento” (At 28.31).
2. Livre da opressão da necessidade. As tribulações levam-nos a amadurecer, em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena. O sofrimento na vida do justo é perfeitamente natural, pois peregrinamos num mundo de aflições. No entanto, é possível ao crente sofredor viver plenamente em Cristo (Jo 10.10): “Não estou dizendo isto por me sentir abandonado, pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho. Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo o lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá posso enfrentar qualquer situação.” (Fp 4.11-13) Este foi um dos importantes segredos da vida de Paulo, e o é na vida de todo aquele que entende sua vida como um relacionamento com Deus. A insatisfação tem tirado a paz de muitas pessoas que passam a vida na busca incessante de algo mais do que aquilo que possuem. Isto não é uma apologia à acomodação, mas um desafio à satisfação com o que Deus nos tem dado. Para muitos a paz está em ter sempre mais e como, para estes, nunca se tem o suficiente para estar satisfeito, esta paz nunca é alcançada. Paulo diz: “Aprendi o segredo de me sentir contente…” Ele está dizendo que não é tão claro e fácil assim ter contentamento, o natural é a insatisfação, é acreditar que a paz vem das conquistas. De fato é um segredo descoberto (revelado por Deus) por poucos. É a certeza de que o que Deus nos tem dado é sempre suficiente para enfrentarmos qualquer situação. É esta crença que nos traz o contentamento que gera a paz em nossos corações.
3. Contente e fundamentado em Cristo. Filipenses pode ser chamado de "Recursos através do sofrimento". O livro é sobre Cristo em nossa vida, Cristo em nossa mente, Cristo como nossa meta, Cristo como nossa força e alegria através do sofrimento. Ele foi escrito durante a prisão de Paulo em Roma, cerca de 30 anos após a ascensão de Cristo e cerca de dez anos depois de Paulo ter pregado em Filipos pela primeira vez. Paulo era um prisioneiro de Nero, mas a Epístola transborda com mensagens de triunfo. As palavras "alegria", "gozo" e "regozijo" aparecem com frequência (Fp 1.4, 18, 25, 26, 2.2, 28; Fp 3.1, 4.1, 4,10). Uma experiência cristã correta é experimentar, independente de nossas circunstâncias, a vida, a natureza e a mente de Cristo habitando em nós (Fp 1.6, 11; 2.5, 13). Filipenses atinge o seu auge em 2.5-11 com a declaração gloriosa e profunda sobre a humilhação e exaltação de nosso Senhor Jesus Cristo [3]. Como crentes, podemos nos alegrar e experimentar da paz de Deus quando lançamos todos os nossos cuidados sobre Ele: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus" (Fp 4.6). A alegria de Paulo, apesar da perseguição e prisão, brilha através desta carta e temos a promessa da mesma alegria quando focalizamos nossos pensamentos no Senhor (Fp 4.8).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar de muitas vezes o apóstolo Paulo não ter suas necessidades satisfeitas, ele se viu livre da opressão da necessidade, contentando-se em Jesus Cristo.

III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO

1. Através das experiências.Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Para aqueles vivem em paz com Deus as aflições da vida, longe de desanimá-los e fazer desistir, os encorajam a permanecer. “E também nos alegramos nos sofrimentos pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus e essa aprovação criam esperança” (Rm 5.3,4). “Meus irmãos sintam-se felizes quando passarem por todo o tipo de aflições. Pois vocês sabem que quando a sua fé vence as provações, ela produz perseverança” (Tg 1.2,3). “Alegrem-se por isso, se bem que agora é possível que vocês fiquem tristes por algum tempo, por causa dos muitos tipos de provações que vocês estão sofrendo. Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra, no dia em que Jesus Cristo for revelado” (1Pe 1.6,7). - Estes textos nos dizem duas verdades: 1ª: aquele que anda com Deus também está sujeito às aflições da vida. Andar com Deus não garante imunidade aos problemas desta terra. 2ª: as aflições da vida ao invés de enfraquecer, servem para fortalecer a fé e a paz na vida daquele depende de Deus.
2. Não pela autossuficiência. Em nossos dias, temos testemunhado um terrível declínio nos valores da Igreja: números têm se tornado mais importantes do que a mensagem; as igrejas estão oferecendo uma religião de “entretenimento” no lugar da pregação do evangelho puro; os pastores estão recorrendo à indústria de marketing para ajudá-los a atrair pessoas para Cristo. Até que tudo isto mude, até que retornemos à nossa chamada de irmos ao mundo, sem timidez, e pregarmos o evangelho, a Igreja corre o risco de perder seu impacto sobre a sociedade, pode deixar de ser o sal da terra e luz do mundo E esta seria a maior perda que nossa geração experimentaria. Não há autossuficiência para o verdadeiro cristão. Ele é dependente da graça e misericórdia divinas. Passar pelas experiências angustiosas da vida só revela o quanto somos dependentes do Altíssimo. “Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei” (Sl 91.2).
3. Tudo posso naquele que me fortalece. Essa expressão tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fp 4.10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las. Conclui-se que Paulo neste versículo, afirma que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Através das experiências obtidas na vida cristã, não nos tornamos autossuficientes, mas amadurecemos pela suficiência de Cristo.


CONCLUSÃO
Findamos este rico trimestre, cônscios de que o crente não está isento de passar pelas mesmas aflições a que estão sujeitos os homens que vivem à margem de Deus. O diferencial entre ambos é que nós confiamos em Deus para suprir todas as nossas necessidades. No mundo teremos aflições (Jo 16.33), esta é uma afirmativa exata! Não podemos pregar outra mensagem! Mas podemos pregar que o nosso Salvador venceu o mundo e, por isso, devemos ter bom ânimo. Não é um assunto fácil de ensinar... não é fácil atravessar o deserto... não é fácil desfrutar a paz em momentos de provação e sofrimento. A única forma de passar por todas estas coisas é confiando unicamente em Deus e crer em sua soberania sobre todas as coisas. O importante é que as dificuldades contribuírão para o nosso amadurecimento e, como Palo escreveu: “Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20).
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Agosto de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. O que o Meigo Nazareno revelou para Ananias acerca da experiência paulina?
R. O quanto deveria padecer pelo nome de Jesus (At 9.16).
2. O que o quadro de vida do apóstolo Paulo nos mostra?
R. Ele nos mostra como podemos ser vítimas do desamparo, da traição e do abandono na caminhada cristã.
3. Qual o desafio da experiência paulina para nós?
R. Viver o Evangelho que não priorize a ilusão de uma vida de “mar de rosas”, mas a realidade dos “espinhos” e “abrolhos”.
4. Embora preso e necessitado, o que o apóstolo demonstra quando envia uma carta aos filipenses?
R. Regozijo do Senhor em saber que os crentes daquela localidade lembravam-se dele.
5. O que a expressão “Tudo posso naquele que me fortalece” revela?
R. O contentamento de Paulo e a sua verdadeira fonte: Jesus Cristo.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

[1] - http://davarelohim.com.br/?p=1463;
[2] Ibidem [1];


OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- http://lcsm.br.tripod.com/Filipenses_estudo_04.htm

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Francisco de Assis Barbosa