TEXTO ÁUREO
“Por
isso, enquanto tivermos oportunidade,
façamos o bem a todos, mas 'principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10)
Esmiuçando o Texto Áureo:
- oportunidade
- essa palavra grega se refere a um período de tempo separado e fixado, em
lugar de momentos ocasionais. O que Paulo está dizendo é que toda a vida do
cristão fornece o privilégio único por meio do qual ele pode servir a outros em
nome de Cristo. Principalmente aos da família da fé. Nosso amor pelos
companheiros cristãos é a prova principal de nosso amor por Deus (Jo 13.34-35;
Rm 12.10-13; 1Jo 4.21).
VERDADE PRÁTICA
É papel da Igreja responsabilizar- se
integralmente com o cuidado de seus missionários
Esmiuçando a
Verdade Prática:
- A
importância de planejar financeiramente o projeto missionário é visto aqui
nessa Verdade Prática. Aquele que se entrega a esse chamado deve ter a garantia
da igreja que o enviou e tudo o que foi previamente acordado deve ser cumprido.
“A COISA MAIS DIFÍCIL: O DINHEIRO Sei que os
tempos são difíceis, e muitos estão lutando. Mesmo assim, em bons e maus
tempos, o ensino de Jesus permanece o mesmo: ‘Onde estiver o vosso tesouro, aí
estará também o vosso coração’ (Mt 6.21). O dinheiro é o melhor indicador de
seus desejos e prioridades do coração e, talvez, o melhor lugar para começar.
[…] Quais são os recursos que Deus lhe deu que poderiam ser usados para causar
tal impacto eterno, global e glorioso? Mesmo que você seja apenas um jovem
professor com um salário modesto, você pode causar significativo impacto global
e eterno. Imagine o que Deus poderia fazer, se você investir apenas parte do
que Ele lhe tem dado para os propósitos, o reino e a glória dEle […] Este mundo
será transformado, se Deus der a você toda a graça e coragem para fazer isso”
(MATHIS, David (Ed). Cumprindo a Missão: Levando o Evangelho aos não Alcançados
e aos não Engajados. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.95,96).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 9.9-14
Esmiuçando a
Leitura Bíblica em Classe:
- 9.9
lei.
A Escritura, conforme citado em Dt 25.4;
- 9.10
por
nós. Como na agricultura, as pessoas devem ganhar a vida por meio do
seu trabalho;
- 9.11
bens
materiais. Ajuda financeira (1Tm 5.17. 2Co 8.1-5;
- 9.12
Se
outros participam. Aparentemente, a igreja havia ajudado
financeiramente outros ministros;
- suportamos.
Os falsos mestres buscavam dinheiro. Paulo queria se certificar de não ser
classificado como eles, de modo que suportou não aceitar ajuda para não ofender
(At 20.34; 2Ts 3.8).
- 9.13
do
altar tira o seu sustento. Os sacerdotes do Antigo Testamento eram
sustentados pelos dízimos das colheitas e dos animais, bem como pelas ofertas
financeiras (Nm 18.8-24; Gn 14.18-21).
- 9.14
vivam
do evangelho. Diz respeito a ganhar a vida pregando as boas-novas.
INTRODUÇÃO
Uma das importantes atribuições da
Igreja é cuidar integralmente dos missionários, identificando, preparando,
enviando e cuidando deles enquanto encerrarem a carreira. Esses cuidados ainda
devem abranger o cônjuge e os filhos dos missionários, levando em consideração
que todos precisam se adaptar em uma nova realidade transcultural para que o
trabalho se desenvolva o mais próximo possível do planejado. Por isso, nesta
lição, estudaremos a respeito da responsabilidade da igreja local para com o
missionário e sua família.
- Os
missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela
igreja. A fonte ou origem desses recursos é a própria igreja. Não dependemos de
verbas governamentais ou de ONGs. Foi Deus quem estabeleceu que o crente
contribuísse para que o seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão
do evangelho e manutenção da obra do Senhor. São os crentes que apoiam os
missionários com suas contribuições, através da secretaria ou departamento de
missões da igreja. A igreja ora, intercedendo por eles, e acompanha o seu
trabalho através de relatórios escritos e também por meio de testemunhos de
outros que visitam o missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e
pelo apoio espiritual devem entender também que fora do seu convívio a situação
é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no
campo ficar travado. É sobre isso que vamos estudar hoje.
I- A IGREJA E O SISTEMA DE
APOIO AOS MISSIONÁRIOS
1. A
responsabilidade da igreja. O
sistema de apoio missionário é uma responsabilidade básica e contínua das
igrejas em todo lugar. Nesse sentido, certos princípios devem permanecer claros
a respeito do sistema de apoio aos missionários:
a) a igreja deve se conscientizar
biblicamente de que o missionário é um obreiro formado pela igreja local e, por
isso, está inteiramente sob a sua responsabilidade (At 11.19-26; At 13.1-5;
14.25-28; 16.1-8);
b) ele é um obreiro orientado pelo
pastor da igreja e enviado para fazer a obra missionária conforme a visão que o
Espírito Santo concede à igreja (At 6.6; 1.24);
c) em contrapartida, é dever do
missionário prestar relatórios periódicos sobre o desenvolvimento da obra no
campo (At 15.4,12; 21.19);
d) todo o sistema de apoio missionário
deve permitir que os missionários usem o máximo de seu tempo e energia no
trabalho de missões.
- Missões
vai muito além do simples enviar ou de apenas orar por ele algumas vezes por
mês ou de simplesmente mandar uma oferta missionária. O missionário precisa de
uma equipe de pessoas que participem com ele da obra enquanto ele estiver no
campo fazendo a sua parte. Precisamos de pessoas comprometidas com Deus e com a
sua obra no campo transcultural, quer orando ou dando a sua contribuição financeira.
A missão não é de um indivíduo, a missão é da igreja do Senhor da qual você e
eu fazemos parte. O texto de Atos 1.6-8 nos expõe o princípio da prioridade. O
texto mostra que a prioridade de Jesus não era escatológica, mas missiológica.
Jesus criou uma igreja funcional e não apenas contemplativa. Criada para
espalhar a sua Palavra a todos os povos, em todas as gerações, até a sua volta.
E em Atos 13.1-3 nós vemos como se dá o processo de envio do missionário. O
texto não nos esclarece como o Espírito Santo se manifestou e falou à igreja,
mas toda a ação deixa bem claro que a igreja prontamente ouviu. O conteúdo do
que o Espírito Santo falara foi “separai-me”,
do verbo aphorizo, o qual é um verbo
exclusivista. Não se trata de uma separação de relacionamento, mas de uma
separação para uma função (permanecendo ligados à igreja são agora designados
para uma função além da igreja local). Portanto Paulo e Barnabé seriam
separados porque primeiramente haviam sido chamados e não o contrário. O ponto
principal deste comando, não é a obra, mas quem chamou para esta obra, Deus.
Isso demonstra flexibilidade ministerial indicando que a obra pode mudar, mas o
chamado permanece, pois se baseia naquele que nos chamou. E mostra também que
Ele vai sustentar a sua obra e seu missionário no campo.
2. O
sistema de apoio e a “obra de fé”. Todo trabalho missionário é “uma obra de fé”, do começo ao fim. Então,
qualquer que seja o sistema de apoio, os missionários devem confiar em Deus e
depender da fidelidade do seu povo. Sem fé, oração e sacrifício a obra
missionária falhará. Assim, tanto os missionários quanto os que os sustentam
devem ser pessoas de fé, à medida que obedecem ao mandamento de Jesus (“Ide e
fazei discípulos”), há crescimento e expansão da obra de Deus (At 2.42-46).
- Os
que vão e os que ficam são uma só equipe, são uma unidade e são igualmente
importantes. Bíblia nos ensina que aqueles que com sinceridade se dedicam à
proclamação da Palavra de Deus devem ser sustentados pelo que, desse trabalho,
recebem bênçãos espirituais: “O que é
instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui”
(Gl 6.6). Em Romanos 15.24 e 28, quando o apóstolo diz que esperava “…que para lá seja por vós encaminhado…”
ou “…passando por vós, irei à Espanha”,
estava falando sobre uma ajuda financeira da igreja em Roma para que ele
pudesse viajar até a Espanha. Paulo precisava do sustento material para a obra
que realizava. Algumas vezes ele trabalhou para isso, mas na maior parte do
tempo contava com o dinheiro dos irmãos. A obra missionária não pode ser
realizada se não houver ajuda financeira aos obreiros. É verdade que a maioria
das igrejas ajudam seus missionários e que também há muitos missionários que
administram mal o que recebem, mas isso não deve ser motivo para esquecerem ou
ignorarem esse assunto. Não podemos permitir que aqueles que entregaram sua
vida à Missão passem dificuldades no campo, nem sua família desamparada,
enquanto nós mesmos, mordomos que somos, não queremos o mesmo para nós. Que o
Espírito Santo nos comova com essa lição e nos encha do Seu amor e do Seu
cuidado, para O imitarmos com estes comissionados e enviados!
3. O
objetivo de Missões. É bom lembrar de que o
objetivo de Missões é que Cristo seja conhecido e adorado em todo lugar. Aqueles
que fazem o trabalho missionário, de maneira que honre a Cristo, terão todas as
suas necessidades supridas (Fp 4.19). É maravilhoso saber que na obra
missionária, em primeiro lugar, a presença de Jesus está conosco. Não por
acaso, o Espírito Santo atua por meio de nossas vidas para fazer com que o nome
de Jesus chegue a lugares e corações que não o conhecem. Portanto, que haja
todo o apoio e planejamento na igreja local para que o nome de Jesus seja
conhecido em todos os lugares por meio da obra missionária!
- “Porque todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele em quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E
como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés
dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas
coisas” (Rm 10.13-15). Neste texto Paulo citando o profeta Joel: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo”, e em seguida ele faz uma pergunta lógica: “Como, porém invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram?” Temos aproximadamente
um terço da humanidade que jamais ouviu falar de Cristo e Paulo já há muito
tempo atrás nos adverte da necessidade que o mundo tem de ouvir para crer. Mas
então como ouvirão se não há quem pregue? – Precisamos sim de pregadores, ou
missionários! Há uma necessidade enorme de pessoas que se disponham a ir às
nações e levar a cruz de Cristo aos corações famintos.
II- O CUIDADO INTEGRAL DOS
MISSIONÁRIOS
1. O
cuidado integral. Cabe à igreja local uma
responsabilidade mais abrangente, zelando por aqueles que estão trabalhando no
campo missionário. Nesse caso, o missionário precisa ser cuidado integralmente
pela igreja. Com cuidado integral queremos nos referir a toda a esfera da vida
do missionário, ou seja, não somente na área financeira, mas também na área
espiritual, emocional, física e social, ao acompanhamento pastoral enquanto ele
está no campo, com amor e respeito, para que possa superar as dificuldades
internas e externas que surgirem durante o ministério (At 17.14,15). Ao longo
do Novo Testamento, vemos a preocupação constante das igrejas com os
missionários que pregavam o Evangelho em lugares distantes (Fp 1.3- 11). Por isso,
esse cuidado diz respeito também ao planejamento de visitas aos missionários no
campo.
- O
cuidado é a expressão do cumprimento do mandamento de Jesus de amar uns aos
outros. O cuidado integral é o apoio ao missionário e sua família no campo e na
sede, em todo o período de seu ministério e em todas as dimensões de sua vida. Os
missionários executam uma tarefa de alto estresse, devido às mudanças,
adaptações culturais e circunstâncias adversas (violência, pobreza social,
guerra, catástrofes naturais, conflitos conjugais e da família dos conjugues
que não aceitam e/ou não entendem o chamado, etc.). É importante, então, dizer
que esse cuidado é uma responsabilidade compartilhada pela Igreja, por Agências
Missionárias, pelos O membro do Corpo de Cristo e pelo próprio missionário, que
também deve cuidar-se.
2. Uma
agenda quanto à volta do missionário. Também podemos ver como as igrejas recebiam os apóstolos de maneira
alegre e honrada (At 20.1-6). Nesse aspecto, a igreja local deve ajudar a
organizar a agenda do missionário durante o seu retorno para gozo de férias, no
que diz respeito a visitas, consultas ou tratamentos médico-odontológicos,
período de lazer e descanso, bem como atividades de cunho administrativo.
Assim, abraçar os missionários e sua família faz parte do cuidado integral dos
missionários.
- “Um casal missionário norte-americano
retornava para o país de origem após 50 anos na África. Durante a viagem de
navio, eles imaginavam como seriam acolhidos e as homenagens que receberiam dos
familiares, amigos e irmãos da igreja. Ao se aproximarem do porto, viram muitas
bandeiras, banda, fanfarra e uma festa preparada. “Que maravilha! Eles estão
prontos para nos receber de volta”, pensaram eles. Porém, quando saíram do
navio, depois de um bom tempo, não havia mais ninguém esperando. Diante daquele
silêncio, comentaram: “A festa deve ter sido para aqueles homens de terno no
navio”. Então foram para casa, cansados e frustrados, pois não havia ninguém
para recebê-los e nenhuma homenagem a ser prestada. O esposo ficou revoltado e
questionou a esposa se era isso que Deus tinha para eles após 50 anos de
ministério. Ele andou, andou e indagou a esposa novamente: “Falou com o seu
Deus se é isso que ele tem para nos dar, depois de renunciarmos 50 anos da
nossa vida ao ministério?” Ao que a mulher respondeu: “Deus disse que nós ainda
não chegamos em casa””. https://sepal.org.br/como-cuidar-bem-dos-missionarios-que-voltam-para-casa/.
- Essa historieta circula pela internet,
mas bem que poderia ser a história de um missionário nosso. O fato é que, agências
e igrejas que enviam missionários não cuidam adequadamente deles. Paulo
recomenda em Gálatas 6.10 a fazermos o bem a todos, especialmente aos da
família da fé, sempre que tivermos oportunidades. Diante disso, precisamos
pensar e trabalhar para receber melhor os missionários que retornam para casa.
Leia algumas dicas clicando no link acima.
III- MANEIRAS PRÁTICAS DE
SE COMPROMETER COM OS MISSIONÁRIOS
1.
Comunicar as necessidades. Tudo
na obra de Deus passa pela comunicação. Esse princípio encontramos na Bíblia,
quando lemos: “comunicação com os santos nas suas necessidades” (Rm 12.13).
Nesse sentido, é preciso que a igreja local se comprometa com a comunicação
regular dos compromissos e necessidades missionárias. Essa comunicação pode ser
feita num momento do culto regular ou por meio de e-mail, telefone, mensagens
de texto etc. A ideia é que a igreja local tome conhecimento de como a agenda
missionária da igreja é desenvolvida, bem como levar em primeira mão as
notícias a respeito das principais atividades do campo missionário.
- Em
Romanos 12.13, o termo compartilhai, da
palavra grega koinonountes, que
significa comunidade, parceria ou divisão mútua, a qual é,
frequentemente, traduzida por "comunhão"
e "tudo em comum" (At 2.42,44;
4.32; 1Tm 6.17-1 8). Nos primórdios da igreja, os cristãos tinham tudo em comum
(At 2.44) e sentiam-se obrigados a atender a todas as necessidades de seus
irmãos. Um dos efeitos mais impressionantes do cristianismo foi afrouxar o
domínio sobre a propriedade e dispô-los a dar liberalmente àqueles que precisavam.
Eles se tornaram liberais, repartiram suas coisas boas com aqueles que eram
necessitados (Gl 6.6; Rm 15.27; Fl 4.15; 1Tm 6.18). John Wesley comenta esse
versículo assim: “Distribuir para a
necessidade dos santos; dado à hospitalidade. Comunique-se com as necessidades
dos santos – Alivie todos os cristãos que estão em falta. É notável que o
apóstolo, tratando expressamente dos deveres decorrentes da comunhão dos
santos, ainda nunca diga uma palavra sobre os mortos. Prosseguir a
hospitalidade – não apenas abraçando aqueles que oferecem, mas buscando
oportunidades para exercê-lo”. https://versiculoscomentados.com.br/index.php/estudo-de-romanos-12-13-comentado-e-explicado/.
2.
Doar para suprir necessidades. A vida no campo missionário pode ser desafiadora, exaustiva e difícil. No
meio do estresse e das lutas, muitos missionários frequentemente se sentem
desconectados e esquecidos pela igreja que os envia, principalmente, quando se
deparam com a escassez no campo. Nesse sentido, é importante que a igreja local
dê oportunidade aos missionários para que eles compartilhem essas necessidades
e, assim, a igreja se sinta convocada a cooperar nas doações, como a igreja de
Corinto foi convocada a fazer (1 Co 8.1-7).
- Temos
a ideia de que missionários só precisam de dinheiro. O sustento financeiro é
importante, mas não é tudo. Muitos precisam de palavras de encorajamento,
cartas, bons livros, bons louvores e, com certeza, de oração. Podemos fazer
muita diferença na vida de missionários e respectivas famílias. Uma coisa é
certa, o que a Bíblia diz em 2 Coríntios 9.6-8: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs
no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de
que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra”;
e Colossenses 3.23,24: “Tudo o que
fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor,
que vocês estão servindo”.
3.
Orar e jejuar pela causa. Já
estudamos a respeito da importância da oração na causa missionária. Entretanto,
o que desejamos reforçar aqui é a necessidade da oração conjugada com o jejum
como uma maneira prática de a igreja local se comprometer com os missionários.
Nesse sentido, é muito importante os líderes das igrejas locais convocarem o
povo de Deus para orar e jejuar pelos missionários no campo. Note que a oração
e o jejum estão na base do envio de Paulo e Barnabé para o campo missionário
(At 13.1-3). Outrossim, além das convocações coletivas, é muito importante o
comprometimento individual na oração e no jejum. Fazer chegar aos missionários
esse comprometimento por meio de aplicativos de mensagens instantâneas é uma
amostra muito animadora de comprometimento, apoio e suporte ao missionário e
sua família.
- Como
as demais atividades da igreja, o trabalho de missões é movido a oração. Não podemos
esquecer que, ao orar, Deus pode mostrar as necessidades de um campo ou de um
missionário e, guiados por Deus, suprirmos. Por meio de oração, podemos ver as
janelas dos céus abertas e as bênçãos de Deus caindo sobre o seu povo. A oração
move o coração de Deus. Não há problema ou dificuldade que resista a uma oração
persistente. Deus responde à oração, e o trabalho de missões pode ser
sustentado só com muita oração. O jejum e a oração devem fazer parte da
natureza do cristão, pois a bíblia é bem clara no tocante a estas duas
práticas. Nas Escrituras, homens, mulheres, e até mesmo nações inteiras,
alcançaram respostas favoráveis da parte de Deus, por terem praticado o jejum e
a oração. Não é de se admirar que até o próprio Cristo praticou a combinação do
jejum com a oração em seu ministério terreno. Certamente Jesus deve ser o nosso
maior exemplo bíblico de prática cristã. Se Ele sentiu a necessidade de tais
práticas, quem somos nós para não acatá-las.
CONCLUSÃO
Nesta lição fomos estimulados a
conhecer as necessidades dos missionários. Você e sua família podem fazer muita
diferença na vida deles e de suas respectivas famílias. Se o nosso coração
estiver em missões, nossos joelhos estarão dobrados, nosso testemunho alcançará
pessoas e nossas finanças investirão no que é eterno (Mt 6.19-21). Por isso,
Deus deseja que seu povo se comprometa e assuma a responsabilidade com os
missionários que servem no campo. Há bênçãos sem medidas.
- Deus
procura corações obedientes e dispostos a ficar em Suas mãos. Os grandes
movimentos missionários começaram com poucas pessoas, pequenos grupos reunidos
em oração, que tinham em comum o desejo de cumprir a vontade do Pai. Faça o que
está ao seu alcance. Comece em sua casa. Mantenha o coração disponível ao
Senhor. Dê passos, busque envolver-se. Você verá as maravilhas do Senhor! Não
há privilégio maior!
FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
Pastor da Igreja de Cristo no
Brasil em Campina Grande/PB
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Cite pelo menos dois princípios que
devem permanecer claros a respeito do sistema de apoio aos missionários.
a) A igreja deve se conscientizar biblicamente
de que o missionário é um obreiro formado pela igreja local e, por isso, está
inteiramente sob a sua responsabilidade (At 11.19-26; At 13.1-5; 14.25-28;
16.1-8); b) ele é um obreiro orientado pelo pastor da igreja e enviado para
fazer a obra missionária conforme a visão que o Espírito Santo concede à igreja
(At 6.6; 1.24).
2. Segundo a lição, qual é o objetivo
das Missões?
O objetivo de Missões é que Cristo seja
conhecido e adorado em todo lugar.
3. Que tipo de cuidado o missionário
precisa receber da igreja local?
O missionário precisa ser cuidado integralmente
pela igreja. Com cuidado integral queremos nos referir a toda a esfera da vida
do missionário, ou seja, não somente na área financeira, mas também na área
espiritual, emocional, física e social.
4. Que conhecimento a igreja local deve
tomar com relação à comunicação do campo missionário?
A igreja local deve tomar conhecimento de como
a agenda missionária da igreja é desenvolvida, bem como levar em primeira mão
as notícias a respeito das principais atividades do campo missionário.
5. Que oportunidade a igreja local pode
franquear aos missionários?
É importante que a igreja local dê oportunidade
aos missionários para que eles compartilhem essas necessidades e, assim, a
igreja se sinta convocada a cooperar nas doações, como a igreja de corinto foi
convocada a fazer (1 Co 8.1-7).