TEXTO ÁUREO
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Fp 4.19)
Esmiuçando o
Texto Áureo:
- segundo a sua riqueza - Deus daria o
aumento aos filipenses proporcionalmente aos seus infinitos recursos, e não
apenas uma pequena porção de suas riquezas; Sua plenitude é infinita; e através
de Cristo, cujos seguidores somos, ele dispensará todas as bênçãos necessárias
da providência, graça e glória para nós.
- cada uma de vossas necessidades - Paulo
abrangeu todas as necessidades materiais dos filipenses, as quais,
provavelmente, tinham sido exauridas em certo grau por causa da generosa oferta
deles (Pv 3.9).
VERDADE PRÁTICA
O
sustento missionário é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos
doadores.
Esmiuçando a
Verdade Prática:
- Muitos
de nós impedimos que Deus nos dê por não praticarmos a lei que Ele mesmo
estabeleceu para que Ele pudesse dar a nós. Recusamo-nos a suprir a Casa de
Deus e as necessidades de outros, por meio da contribuição, e depois não
entendemos porque não somos supridos pela intervenção divina!
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Esmiuçando a
Leitura Bíblica em Classe:
- 4.10 vos faltava oportunidade. Aproximadamente dez anos haviam se
passado desde que os filipenses haviam feito a primeira oferta a Paulo a fim de
ajudar a suprir suas necessidades, quando ele havia estado em Tessalônica pela
primeira vez (vs. 15-16). Paulo estava consciente do desejo deles de continuar
a ajudar, mas percebeu, na providência de Deus, que eles não haviam tido "oportunidade" (tempo) para ajudar.
4.11 contente. O termo grego significa "ser autossuficiente" ou "estar satisfeito". É a mesma
palavra traduzida por "suficiência"
em 2Co 9.8. Indica independência de qualquer necessidade de ajuda (Lc 3.14; 1Ts
4.12; 1Tm 6.6,8; Hb 13.5). em toda e qualquer situação. Paulo
definiu as circunstâncias no versículo seguinte.
4.12 humilhado... honrado.
Paulo sabia como passar com recursos modestos (comida, vestimenta, necessidades
diárias), bem como viver em prosperidade ("abundância"), de fartura
como de fome. A palavra grega traduzida por "fartura" era usada para
a alimentação e engorda dos animais. Paulo sabia como estar contente tanto
quando tinha muito para comer quanto quando era privado do suficiente para
comer.
4.13 Tudo posso. Paulo usa um verbo grego que significa
"ser forte" ou "ter força" (At 19.16,20; Tg 5.16). Ele
tinha forças para suportar "todas as coisas" (vs. 11-12), incluindo a
dificuldade e a prosperidade no mundo material; naquele que me fortalece.
A palavra grega para fortalecer quer dizer "colocar força em". Porque
os cristãos estão em Cristo (Gl 2.20), ele instila neles a sua força, a fim de
sustentá-los até que recebam alguma provisão (Ef 3.16-20; 2Co 12.10).
4.14 Paulo acrescenta uma
palavra de esclarecimento aqui, para que os filipenses não pensassem que ele
não estava sendo grato pela oferta mais recente deles, por causa do que acabara
de escrever (11-13).
4.15 no início do evangelho.
Quando Paulo pregou o evangelho em Filipos pela primeira vez (At 16.13). quando
parti. Quando Paulo deixou Filipos pela primeira vez, aproximadamente
dez anos antes (At 16.40). Macedônia. Além de Filipos, Paulo também ministrou em
duas outras cidades na Macedônia: Tessalônica e Bereia (At 17.1-14). no
tocante a dar e receber. Paulo utilizou três termos empresariais.
"No tocante" pode ser traduzido por "computando". "Dar
e receber" diz respeito a despesas e receitas. Paulo era um fiel mordomo
dos recursos de Deus e registrava cuidadosamente tudo o que recebia e gastava; senão
unicamente vós. Somente os filipenses enviaram provisões para Paulo afim
de suprir suas necessidades.
4.16 até para Tessalônica.
Paulo pregou lá por poucos meses, durante a sua segunda viagem missionária.
4.17 fruto. A palavra grega
pode ser traduzida por "lucro"; aumente o vosso crédito. Os
filipenses estavam, de fato, armazenando para si mesmos tesouros no céu (Mt
6.20). As ofertas que eles deram para Paulo estavam acumulando dividendos para
crédito espiritual deles (Pv 11.24-25; 19.17; Lc 6.38; 2Co 9.6).
4.18 Epafrodito. Um filipense nativo
sobre quem pouco se sabe. Seu nome era um nome grego comum, tirado de uma
palavra familiar que, originalmente, significava "o favorito de
Afrodite" (deusa grega do amor). Posteriormente, o nome veio a significar
"adorável" ou “amoroso". Ele foi enviado a Paulo com doações
(4.18) e deveria permanecer e servir a Paulo como pudesse; aroma suave,
como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. No sistema de sacrifício
do AT, todo sacrifício linha de produzir um aroma e ser aceitável a Deus. Somente
se fosse; oferecido com a atitude correta seria agradável a ele (Gn 8.20-21; Êx
29.18; Lv 1.9,13,17). A oferta dos filipenses foi um sacrifício espiritual (Rm
12.1; 1Pe 2.5) que agradou a Deus.
4.19 segundo a sua riqueza.
Deus daria o aumento aos filipenses proporcionalmente aos seus infinitos
recursos, e não apenas uma pequena porção de suas riquezas, cada uma de vossas
necessidades. Paulo abrangeu todas as necessidades materiais dos filipenses, as
quais, provavelmente, tinham sido exauridas em certo grau por causa da generosa
oferta deles (Pv 3.9).
4.20 Essa doxologia é o louvor
de Paulo em resposta direta à grande verdade de que Deus supre todas as
necessidades dos santos. Num sentido mais geral, esse é o louvor em resposta ao
caráter de Deus e à sua fidelidade.
INTRODUÇÃO
O
propósito desta lição é estudar, de maneira bem específica, a respeito do
sustento financeiro da obra missionária no cenário atual. Iniciaremos o nosso
estudo a partir da porção bíblica de Filipenses 4.10-20. Em seguida, destacamos
alguns princípios básicos à luz de filipenses. Finalmente, faremos uma
comparação entre o entendimento da igreja de Corinto e o da igreja de Filipos a
respeito da consciência do sustento missionário, enfatizando a importância de
reconhecer o sustento financeiro da obra missionária como um dever dos membros
da igreja local. Que tenhamos o perfeito entendimento de que investir
financeiramente na obra missionária é ajuntar tesouros na eternidade!
- Imagine por um
momento que você receba um convite para mudar-se com sua família para trabalhar
em outro país. Você analisa a oferta e, do seu ponto de vista atual, parece
muito boa. O pacote oferecido parece que dará a você condição de cuidar bem da
sua família e ainda sobrar. Não existe prazo determinado para você ficar no
outro país, mas existem dois detalhes muito importantes. A sua pátria só
permite você permanecer em outro país enquanto estiver ativo (trabalhando).
Então, ao encerrar sua época de trabalho naquele país, você terá que voltar
para a sua pátria. É proibido retornar à sua pátria com dinheiro em espécie.
Então qualquer valor que você queira ter, após encerrar seu tempo no outro
país, você terá que enviar para sua pátria antes, através de remessas. Analisando
o convite, você chega a algumas conclusões: A vida naquele país será boa. Ao
mesmo tempo, você sempre precisará ter em mente que a vida lá é temporária,
embora o prazo seja indeterminado. Financeiramente, não fará sentido acumular
grandes riquezas naquele país, pois você não conseguirá levar nada com você
quando o tempo lá acabar. Você precisará planejar e ser proativo, pois não
dependerá só de você a decisão de quando encerrará o seu trabalho naquele país.
Você deverá enviar, antecipadamente, as riquezas para sua pátria. Analisando a
história e as conclusões apresentadas, o que você faria? Se fosse sua história,
quais decisões tomaria? E se eu lhe falar que esta é a sua história? Embora sua
história esteja ainda sendo escrita, você está vivendo em “outro país”, e um
dia o seu trabalho terminará. Na história contada acima, o fim do período de
trabalho é a morte. No dia da sua morte, você não terá mais como usufruir das
riquezas acumuladas nesta vida. Tudo que você acumular aqui, ficará aqui, para
que outras pessoas usufruam. Os cristãos, em sua maioria, vivem esta vida completamente
esquecidos de que, embora seja boa a vida aqui, ela é temporária; e que um dia
iremos para nossa pátria celestial, deixando para trás não somente tudo que
consumimos nesta vida, mas também tudo que acumulamos. Alguns, quando
finalmente se dão conta desta realidade, passam a viver uma vida de gastos cada
vez maiores e, infelizmente, com cada vez menos contentamento. Mas Jesus estava
querendo ensinar aos seus discípulos que existe uma solução para que não sejam
desperdiçadas as riquezas nesta vida. A solução de Jesus está registrada no
livro de Mateus 6.19-21”. Este é um trecho de: “O princípio do tesouro: uma estratégia de câmbio para a vida e além”,
Por Brian Heap, disponível em: ultimato.com.br.
I. A IGREJA DE FILIPOS E O SUSTENTO MISSIONÁRIO
1.
Paulo e a igreja de Filipos. O texto de
nossa Leitura Bíblica em Classe mostra que o apóstolo Paulo aceitou a oferta
dos crentes da igreja de Filipos, que foi entregue voluntariamente ao apóstolo,
de modo que serviu para o seu sustento. De fato, o apóstolo era um missionário
que vivia por fé. No trecho de Filipenses 4.10-20 vemos um obreiro que havia
experimentado a abundância e a escassez na vida. Quando estava a serviço do
Sinédrio, ele tinha uma vida mais abastada; quando, porém, passou a ser um
seguidor de Jesus, sua vida financeira não foi mais a mesma.
- O apóstolo Paulo foi um missionário incrível que dispôs
sua vida para ser usado por Deus em contextos transculturais. Saiu da sua zona
de conforto e viajou pelo mundo afora conforme o Espírito de Deus o
direcionava. Mas Paulo reconhecia uma necessidade vital em seu ministério. O
propósito deste texto destacado na leitura Bíblica em Classe é claro: agradecer
a dádiva que Epafrodito (2.25-30) trouxe ao apóstolo Paulo em Roma (4.18). É
nesta parte da carta que Paulo chega a uma das principais razões por que está
escrevendo: expressar sua gratidão pela oferta que Epafrodito lhe trouxera da
igreja de Filipos. O apóstolo a reservou para o fim com o objetivo de dar-lhe
ênfase. Paulo não poderia levar a cabo tudo o que fez sem o apoio e a ajuda da
igreja de Filipos. Essa igreja deu-lhe suporte financeiro e sustentação espiritual.
Aqueles que estão na linha de frente precisam ser encorajados pelos que ficam
na retaguarda: “... porque qual é a parte
dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem;
receberão partes iguais” (1Sm 30.24). Deus chama uns para irem ao campo
missionário e aos demais para sustentar aqueles que vão. A obra missionária é
um trabalho que exige um esforço conjunto da igreja e dos missionários. Neste
texto, vemos claramente como essa parceria funciona.
2.
O privilégio de participar do sustento missionário. À
luz do exemplo da igreja de Filipos, os membros e os obreiros da igreja local
têm o privilégio de serem participantes do sustento financeiro e do apoio aos
missionários e suas famílias por meio da secretaria ou do departamento de
Missões da igreja. Ora, os filipenses faziam isso com alegria e de maneira
voluntária (Fp 4.15). Assim, conforme já estudamos, orar, interceder,
acompanhar e financiar o ministério dos missionários é um privilégio específico
dos membros da igreja local. Aqui, ocorre uma relação espiritual de muita
confiança em que o Corpo de Cristo sustenta e apoia os obreiros transculturais.
- O momento que vivemos está sendo saturado por temas
escatológicos e muitos estão dedicando seu tempo ao escrutínio desse tema. O
momento talvez, esteja mais propício ao tema Missões! Incentivarmos a Igreja a
a participar e a sustentar missionários. O texto de Atos 1.6-8 nos expõe o
princípio da prioridade. O texto mostra que a prioridade de Jesus não era
escatológica, mas missiológica. Jesus criou uma igreja funcional e não apenas
contemplativa. Criada para espalhar a sua Palavra a todos os povos, em todas as
gerações, até a sua volta. E em Atos 13.1-3 nós vemos como se dá o processo de
envio do missionário. O texto não nos esclarece como o Espírito Santo se
manifestou e falou à igreja, mas toda a ação deixa bem claro que a igreja
prontamente ouviu. É interessante notar no texto lido que a maior alegria de Paulo
não era receber o donativo enviado pela igreja, mas saber que os dividendos
espirituais da igreja aumentaram por conta da sua generosidade. O apóstolo
enfatiza que sente gratidão não apenas porque eles lhe enviaram uma oferta,
mas, também, porque esse enviar serviu de sinal da graça celestial na vida
deles. Financiar a obra missionária, ser generoso com missões, é um sinal claro
e evidente da plenitude da graça de Deus na vida da Igreja.
3.
Esferas de sustento missionário. O trabalho
missionário envolve muitas esferas que precisam ser financiadas economicamente.
Quando uma igreja envia um missionário para determinado país, deve haver um
planejamento financeiro que custeie alimentação, moradia, transporte e demais
necessidades de diferentes naturezas de acordo com o contexto cultural em que o
missionário e sua família estão inseridos. É uma tarefa de grande
responsabilidade em que, caso não haja o cumprimento rigoroso do sustento
financeiro, o trabalho missionário pode ser gravemente comprometido. Por isso,
aqui, devemos relembrar de que Deus recebe a oferta que oferecemos aos
missionários, e se compromete a abençoar-nos e suprir todas as nossas
necessidades por causa desse investimento santo (Fp 4.18,19).
- O Texto escolhido está cheio de termos comerciais, “...procure o donativo” talvez seja um
termo técnico para a exigência de pagamento de juros. Já a palavra “fruto” é lucro ou juros. A expressão
grega pleonazein, “que aumente”, é um
termo bancário regular para crescimento financeiro; “vosso crédito” significa conta. Assim, a sentença toda é um jogo de
palavras que procura exprimir a esperança de Paulo, num jargão comercial: “aguardo os juros que serão creditados em
vossa conta”, de tal forma que Paulo, no último dia, estará satisfeito com
os seus investimentos em Filipos. Quando ofertamos, nos beneficiamos a nós
mesmos na mesma medida em que socorremos os necessitados (2Co 9.10-15). Quem dá
ao pobre, a Deus empresta. Quem semeia com abundância, com abundância também
ceifará (2Co 9.7). O texto bíblico de Hebreus 6.10 diz: “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do
amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos
santos”. O doador enriquece as duas pessoas: a que recebe e a si próprio. O
donativo era realmente um investimento que entrava como crédito na conta dos
filipenses, um investimento que lhes acresce paulatinamente ricos dividendos. A
Palavra de Deus é enfática em afirmar que um donativo feito de modo correto sempre
enriquece o doador. “A alma generosa
prosperará” (Pv 11.25). “Quem se
compadece do pobre ao Senhor empresta” (Pv 19.17). “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35).
II. PRINCÍPIOS BÁSICOS ACERCA DO SUSTENTO MISSIONÁRIO PELA
IGREJA
1.
O custo do sustento financeiro. Antes de
se lançar em qualquer projeto missionário, a igreja local deve fazer os
cálculos de custos, conforme mencionado por Jesus no Evangelho de Lucas (Lc 14.28).
Por exemplo, é necessário estudar o padrão de vida do país para onde o
missionário será enviado. É prudente que, previamente, seja estabelecido um
contrato entre a igreja e o missionário, estabelecendo todas as tratativas
acordadas com o missionário e sua família, antes do envio deles (Mt 5.37). Tudo
deve ser feito com muita clareza e correção. Nesse sentido, a igreja local
envia e assume a responsabilidade financeira com o missionário. Esse
compromisso deve ser ajustado periodicamente, de acordo com o exame criterioso
dos custos da obra a ser desenvolvida, tais como: transporte do missionário até
o local da atuação da obra, moradia, educação, saúde da família e tudo que
esteja relacionado à instalação do missionário com sua família naquele país. Isso
respaldará a obra missionária até que esta adquira condições de se autossustentar
e dar assistência ao obreiro em todas as áreas de sua vida.
- Nesse processo de envio e cumplicidade existem várias
formas de a igreja participar no projeto de Deus:
• Orando pelo
missionário (2 Co 1.11; Rm 15.30; Cl 4.2-4);
• Apoiando quem está se preparando para missões (At 18.11;
At 19.9,10);
• Dando apoio moral e espiritual ao missionário (Fl 1.3-5;
At 15.24,25);
• Sendo um missionário em tempo integral (1Co 9.16);
• Enviando o missionário escolhido por Deus (At 13.1-3);
• Possibilitando o envio do missionário ao campo (Rm 15.24),
e
• Investindo financeiramente na obra missionária (Lc 8.1-3;
Fp 4.10-19).
2.
Princípios básicos do sustento missionário. Com
base no texto bíblico de Filipenses 4.10-20, apresentamos alguns princípios
básicos a respeito do sustento missionário. Vejamos:
a)
o suporte financeiro deve ser feito de modo organizado sem ignorar a carência e
as necessidades dos missionários no campo;
b)
o sustento deve ser coletado: nas igrejas e entregue regularmente aos
missionários de um modo eficiente e responsável;
c)
o sustento de missões é uma resposta voluntária dos fiéis que, em gratidão a
Deus pela salvação, apoiam a proclamação do Evangelho e, por isso, doam
voluntariamente ofertas para sustentar os missionários enviados;
d)
o sustento deve ser mais do que o básico, deve ser amplo de acordo com a
natureza daquele trabalho missionário;
e)
o sustento de missões deve ser feito de um modo constante e permanente.
- O que está descrito aqui é o ideal do projeto
missionário. Fato é, que, pouco ou quase nunca esse esquema é seguido. A
realidade missionária é bem diferente do ideário. No campo, o missionário
enfrenta muitos problemas como, por exemplo, costumes diferentes, língua,
cultura, estresse, depressão, desânimo, além da saudade da família ou país,
etc. Sem o devido preparo e sem o apoio necessário, tudo isso será
insuportável.
- “A igreja local
deve planejar-se para viabilizar a ida do obreiro ao campo missionário. Um dos
mais importantes planejamentos é o financeiro. É preciso calcular os custos da
obra missionária, prevendo criteriosamente as diferentes etapas que compreendem
o trabalho missionário: a ida, a estada e o regresso do missionário. Deve-se
considerar os gastos de transporte com o obreiro e sua família até o campo
missionário, sua instalação no país de destino e demais assistências que se
fazem necessárias até a estruturação do trabalho. Feito o planejamento fica
mais fácil ter uma visão global do custo que será necessário desembolsar e
traçar ações específicas que contribuam com o resultado a ser alcançado. O que
relatamos acima é uma orientação do Senhor Jesus, onde nos adverte em diversas
passagens bíblicas a sermos previdentes e providentes (Lc.14, 28:32). Dentre as
ações específicas que podem ser empregadas pela igreja local é a organização de
eventos que tenham como finalidade contribuir com a obra missionária. A cada
evento ou atividade realizada, a liderança deve informar à igreja sobre
resultados dessas ações a fim de manter os irmãos estimulados a contribuir. É importante também que toda a igreja,
inclusive as crianças, se sintam motivados a colaborar e participar no labor
missionário. Muitos entregam esse labor
apenas ao missionário e acabam se esquecendo que a missão de pregar o evangelho
é uma obra de todo cristão. Cabe à igreja a responsabilidade de acompanhar o
obreiro em toda sua trajetória missionária, em contrapartida, o obreiro tem o
dever de manter a igreja sempre bem informada sobre o andamento do trabalho. O obreiro de missões
não deve também assumir compromissos financeiros ou de qualquer ordem para
serem saldados pela igreja de origem, uma vez que atitudes como essa
influenciarão diretamente no planejamento financeiro da igreja local. Muitas
igrejas têm usado de criatividade para reunir fundos para a manutenção do
trabalho de missões, realizando eventos, cantinas missionárias, almoços etc.
São igrejas poderosamente abençoadas por Deus. Os resultados dos trabalhos são
comprovados com vidas se rendendo aos pés do Senhor Jesus. Investir em Missões
é investir em vidas. Vidas sendo salvas pelo Senhor Jesus. Sem dinheiro não é
possível realizar Missões. Contribuir com Missões é ajuntar tesouros no céu.
(Mt 6.20). O que você tem feito em favor da obra missionária? Você pode orar,
contribuir ou ir.” Uma responsabilidade da igreja enviadora, por: Ingrid
Cicca (ingrid@guiame.com.br),
disponível em: guiame.com.br.
3.
Um apoio fiel e permanente. O apóstolo
Paulo elogiou os Filipenses pelo apoio fiel e permanente ao seu ministério (Fp
4.16). Nesse sentido, as necessidades dos missionários não podem ser ignoradas
por causa da falta de um planejamento bem feito (Fp 4.15). O fato é que os
missionários dependem da fidelidade dos fiéis em quem eles confiam para
perseverar no apoio, oração e doação. Nesse aspecto, o desafio da igreja local
não é somente enviar, mas também manter o sustento missionário, não abandonando
o obreiro e sua família no campo de trabalho.
- A sustento financeiro é vital para que os missionários
possam se dedicar completamente ao trabalho no campo. A Bíblia nos incentiva a
contribuir para as missões. Em Filipenses 4.15-16, Paulo agradece aos filipenses
pela sua parceria financeira. Os mandamentos de Deus são dados para serem
obedecidos. Deus nunca nos dá uma ordem sem nos dar o poder necessário para
cumpri-la. Por isso, os dízimos são um imperativo de Deus que devem ser
devidamente obedecidos. Se formos fiéis em nossa contribuição em dízimos e
ofertas, não haverá falta na “casa do tesouro” para suprir as demandas
missionárias! A igreja primitiva cresceu graças à fidelidade dos cristãos nos
dízimos e ofertas. Ressalto que, embora a devolução dos dízimos e ofertas seja
um princípio bíblico, Deus nos dá liberdade de escolha. Não somos “obrigados” a
devolver o dízimo. Porém, quando levamos nosso dízimo à casa do Senhor, estamos
demonstrando que confiamos em Suas promessas. É a melhor maneira de dizer: “Ó Deus, confio ao Senhor minha vida, minhas
finanças e tudo que sou e tenho.”
III. APRENDENDO A INVESTIR NA OBRA MISSIONÁRIA
1.
Igreja de Filipos x Igreja de Corinto. Ao
contrário da igreja de Corinto, a igreja de Filipos era um exemplo de
generosidade missionária (Fp 4.15-19), pois como vimos, ela enviava oferta para
o sustento do apóstolo Paulo. Não obstante a igreja de Corinto ter deixado
um exemplo na abundância dos dons espirituais e no conhecimento das coisas de
Deus (1 Co 1.4-7; 12.1-31; 2 Co 8.7; 12.7), seus membros demonstraram insensibilidade
quanto ao sustento financeiro do seu missionário, o apóstolo Paulo.
Infelizmente, por não ser generosa, a igreja de Corinto precisou da intervenção
de outras igrejas para que o apóstolo pudesse exercer suas atividades (2 Co
11.8,9; cf. Fp 4.15). Portanto, precisamos compreender de forma plena a
importância da contribuição financeira em favor da obra missionária (Gl 6.6; Rm
15.25-28; 1 Tm 5.18; 1 Co 9.9-14).
- E interessante destacar que Paulo põe toda a ênfase de
sua alegria no Senhor, e não na generosidade dos filipenses. Ele sabia que os
crentes de Filipos eram apenas os instrumentos, mas que o Senhor era o
inspirador. Paulo tinha profunda consciência de que a providência de Deus, às
vezes, opera por meio das pessoas. Assim, Deus supriu suas necessidades por
intermédio da igreja de Filipos. Ele agradece à igreja a provisão, mas sua
alegria está no provedor. Quando ofertamos, nos beneficiamos a nós mesmos na mesma
medida em que socorremos os necessitados (2Co 9.10-15). Quem dá ao pobre, a Deus empresta. Quem semeia com abundância, com abundância
também ceifará (2Co 9.7). O texto bíblico de Hebreus 6.10 diz: “Porque Deus não é injusto para ficar
esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome,
pois servistes e ainda servis aos santos”. Filipos foi a única igreja que
se associou a Paulo desde o início para sustentá-lo (Fp 4.15). Enquanto Paulo
esteve em Tessalônica, eles enviaram sustento para ele duas vezes (4.16).
Enquanto Paulo esteve em Corinto, a igreja de Filipos o socorreu
financeiramente (2Co 11.8,9). Quando Paulo foi para Jerusalém depois da sua
terceira viagem missionária, aquela igreja levantou ofertas generosas e
sacrificais para atender os pobres da Judéia (2Co 8.1-5). Quando Paulo esteve
preso em Roma, a igreja de Filipos enviou a ele Epafrodito com donativos e para
lhe prestar assistência na prisão (4.18).
2.
Tendo consciência de nosso dever. Contudo, o
apóstolo Paulo ensinou à igreja de Corinto que contribuir para a obra
missionária é um investimento espiritual que Deus “credita” na “conta” dos
doadores (2 Co 9.6-8). Hoje não é diferente, pois a oferta que oferecemos para
o sustento missionário, o Senhor a recebe com alegria. Esse ato nos dá a
certeza de que Ele irá suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19). Assim,
investir na obra missionária é a certeza de que estamos ajuntando tesouros no
céu (Mt 6.20,21).
- Quando um cristão generoso oferta pela fé e confiança em
Deus, com o desejo de produzir a maior bênção possível essa pessoa receberá
esse tipo de colheita de bênção (Pv 3.9-10; Ml 3.10). Deus dá um retorno sobre
a quantia que alguém investe nele. Se investir pouco, receberá pouco, e
vice-versa. O apóstolo Paulo escreve: “Ora,
quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos, porque
bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo
que a Acaia está preparada desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado a
muitíssimos” (2Co 9.1,2). Paulo gloriou-se do exemplo dos coríntios junto
aos macedônios, e essa atitude inicial dos coríntios despertou muitíssimos
irmãos a abraçarem a obra da assistência aos necessitados da Judéia. Um exemplo
positivo vale mais do que mil palavras. Quando abraçamos a obra de Deus, outras
pessoas são despertadas a fazer o mesmo.
3.
Pessoas financiando a obra divina. Em Lucas 8.1-3 um
grupo de mulheres acompanhavam nosso Senhor e o serviam com seus bens, ou seja,
sustentava financeiramente o ministério de Jesus e seus discípulos. Assim, a
responsabilidade do financiamento para a expansão da mensagem do Reino de Deus
é algo que podemos rastrear antes mesmo da origem histórica da Igreja. Isso nos
revela que, apesar da impossibilidade de a maioria dos cristãos fazer missões
transcultural diretamente no campo, ela pode sustentar o ministério de um missionário
e, a partir dessa resolução, garantir a execução da obra Missões
Transculturais. Portanto, atentemos para as palavras de Hudson Taylor,
missionário inglês na china: “A obra de Deus feita segundo a vontade de Deus,
jamais terá falta dos recursos de Deus”.
- Em Lucas 8, a citação de algumas mulheres é interessante, isso porque, normalmente os
mestres não tinham mulheres entre seus discípulos. Maria, chamada Madalena, seu
nome provavelmente deriva da cidade de Magdala, na Galileia. Alguns acreditam que
ela é a mulher descrita em Lc 7.37-50, mas parece altamente improvável que
Lucas a apresentasse aqui, pelo nome pela primeira vez, se ela fosse a
personagem principal do relato que acabou de concluir. Do mesmo modo, embora
esteja claro que ela sofrerá nas mãos de "demônios”, não há qualquer razão
para se pensar que fora prostituta. Joana também é mencionada em Lc 24.10, mas
em nenhum outro lugar da Escritura. É possível que ela tenha sido a fonte de
alguns dos detalhes que Lucas conta sobre Herodes (Lc 23.8,12). Suzana, fora
essa referência, ela não é mencionada em nenhum lugar da Escritura. Ela
provavelmente é alguém que Lucas conhecia pessoalmente. Essas mulheres serviam
ao Mestre com os seus bens. Era um
costume judaico que os discípulos apoiassem os rabis dessa maneira (Lc 10.7; 1Co
9.4-11; Gl 6.6; 1Tm 5.17-18). Contribuir com o Reino é uma graça! A igreja de
Corinto havia perdido o entusiasmo inicial de contribuir para os pobres da
Judéia (8.6,7), e Paulo não queria ficar envergonhado diante dos macedônios nem
deixar os próprios crentes de Corinto em situação constrangedora. Por isso,
enviou-lhes Tito (8.6,7) e também mais dois irmãos (9.3) para ajudá-los a
abundar também na graça da contribuição. Em 1 Coríntios 16.1 Paulo já havia
ensinado à igreja de Corinto que a oferta precisa ser periódica (“no primeiro
dia da semana”), pessoal (cada um de vós), previdente (“ponha de parte”),
proporcional (“conforme a sua prosperidade”) e fiel (“e vá ajuntando para que
não façam coletas quando eu for”). Agora, Paulo reforça seu argumento dizendo
aos coríntios que eles precisavam se preparar de antemão para essa oferta
(9.5a). Se as necessidades são constantes, nossa contribuição não pode ser
esporádica.
CONCLUSÃO
Nossos
dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de Deus em nossa
vida e é a vontade divina a salvação dos perdidos da Terra (1 Tm 2.4). Para que
essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um de seus filhos, com todos os
seus dons e talentos. Deus conta com você para entrar no seleto grupo de
mantenedores da obra missionária. O Senhor nosso Deus conta conosco para
fazermos chegar Bíblias, literaturas e missionários aos povos que ainda não
foram alcançados com a mensagem de vida eterna.
- Investir em missões é uma expressão tangível do amor e
obediência a Cristo. Por isso, ao ensinar, enviar e sustentar missionários, a
igreja estará cumprindo sua missão de fazer discípulos em todas as nações,
conforme ordenado por Jesus. Que você e sua igreja se comprometam sinceramente
a se envolver ativamente nas missões, garantindo assim que a mensagem do
evangelho alcance os confins da terra. A Grande Comissão é um chamado para
todos nós, e o sustento missionário é uma maneira prática de investir na
expansão do Reino de Deus. Deus é generoso em sua dádiva. Ele deu o melhor, deu
tudo, deu a si mesmo, deu o seu próprio Filho. Jesus é generoso em sua dádiva.
Ele deu sua própria vida. O apóstolo João escreve: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16). Porque somos filhos de Deus
precisamos expressar o caráter e as ações do nosso Pai na manifestação de nossa
generosidade. Deus abençoe a todos!
FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
Pastor da Igreja de Cristo no
Brasil em Campina Grande/PB
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o texto de nossa Leitura
Bíblica em Classe mostra?
O texto de nossa
Leitura Bíblica em Classe mostra que o apóstolo Paulo aceitou a oferta dos
crentes da igreja em Filipos, que foi entregue voluntariamente ao apóstolo, de
modo que serviu para o seu sustento.
2. O que os membros e os obreiros
da igreja local têm à luz da igreja de Filipos?
À luz do exemplo
da igreja de Filipos, os membros e os obreiros da igreja local têm o privilégio
de serem participantes do sustento financeiro e do apoio aos missionários e
suas famílias por meio da secretaria ou do departamento de Missões da igreja.
3. O que a igreja local deve
fazer antes de lançar um projeto missionário?
Antes de se lançar
em qualquer projeto missionário, a igreja local deve fazer os cálculos de
custos, conforme mencionado por Jesus no Evangelho de Lucas (Lc 14.28). Por
exemplo, é necessário estudar o padrão de vida do país para onde o missionário
será enviado.
4- Cite pelo menos dois
princípios básicos a respeito do sustento missionário apresentado na lição.
a) O suporte
financeiro deve ser feito de modo organizado sem ignorar a carência e as
necessidades dos missionários no campo;
b) O sustento deve
ser coletado nas igrejas e entregue regularmente aos missionários de um modo
eficiente e responsável.
5- Que ato nos dá a certeza de
que Deus suprirá as nossas necessidades?
Contribuir para a
obra missionária é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos
doadores (2 Co 9.6-8). Esse ato nos dá a certeza de que Ele irá suprir todas as
nossas necessidades (Fp 4.19).