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30 de dezembro de 2021

Lição 1: A Autoridade da Bíblia

 

Lição 01: A Autoridade da Bíblia - EBD 1° Trim. 2022 | CPAD – Adultos

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.” (Sl 119.1)

 

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia Sagrada é a autoridade final da nossa regra de fé e prática.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmos 119.1-8

 

INTRODUÇÃO

 

A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e exclusivamente do Altíssimo e não dos homens. Desse modo além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a origem da Bíblia, sua autenticidade e mensagem revelada na Palavra de Deus.

COMENTÁRIO

- “Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, repreensão, correção, para a educação em justiça” (2Tm 3.16). A autoridade suprema das Escrituras é uma doutrina da Reforma Protestante do Século XVI, surgida em contraposição à doutrina católica romana de uma tradição oral apostólica. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu Autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a Palavra de Deus.

- No seu livro, A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja, o pastor Ricardo Barbosa aponta uma contradição bastante comum no meio evangélico. Diz ele: “Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, deveríamos deixar que ela, além de revelar as doutrinas certas, molde nossa cosmovisão, a forma como vemos e interpretamos a realidade. Mas não é isso que acontece. Não tem sido a Bíblia, mas a mídia e a cultura em geral que têm moldado nossa leitura da realidade.

[…] Existe uma forte discrepância entre o que afirmamos crer e a forma como vivemos; não há uma integridade entre o conteúdo e a forma, entre a fé e a realidade.

É claro que crer nas doutrinas certas é fundamental, mas é igualmente fundamental que elas sejam integradas à realidade de nossas vidas e igrejas. Certa vez Jesus advertiu seus discípulos dizendo: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. Minha impressão é que alguns conhecem as Escrituras, mas não conhecem o poder de Deus; e outros conhecem o poder de Deus, mas não conhecem as Escrituras. Conhecer as Escrituras e o poder de Deus é integrar as verdades bíblicas e a vida de forma que o testemunho de Cristo seja poderosamente afirmado nos atos de misericórdia, compaixão, serviço e proclamação.

- A maior parte das pessoas “engole” tudo que é oferecido hoje sem o menor cuidado. Daí a confusão reinante e o crescimento assustador não só de novas denominações cristãs, mas também de seitas e heresias. Claro, não se pode mudar de ideia nem de convicção só porque alguém ensina algo novo. Mas, a cada dia é preciso examinar as Escrituras para ver se tudo o que esse alguém transmite é de fato assim. Como escreve o Pr Antonio Gilberto: “O presente século é caracterizado por ceticismo, racionalismo, materialismo e outros “ismos” sem conta. A Bíblia, em meio a tais sistemas, sempre sofre grandes ameaças. Até há pouco tempo, a luta do Diabo visava destruir o próprio Livro, mas vendo que não conseguia isso, mudou de tática e agora procura perverter a mensagem do Livro. Seitas e doutrinas falsas proliferam por toda parte coadjuvadas pelo fanatismo e ignorância prevalecentes em muitos lugares. Nossa crença na Bíblia deve ser convicta, sólida e fundamental; não deve ser jamais um eco ou reflexo dos outros. Se alguém lhe perguntar, leitor: “Por que você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus?” – saberá você responder adequadamente? Muitos crentes têm sua crença na Bíblia desde a infância, através dos pais, etc, mas nunca fizeram um estudo profundo e acurado para verificarem a realidade da origem divina da Bíblia” Silva, Antônio Gilberto da, A Bíblia através dos séculos. Editora: CPAD. 15 Edição 2004.

 

I – A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA

 

1. A origem da Bíblia. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2 Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio do alto (2 Tm 3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (1 Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação divinamente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a humanidade.

COMENTÁRIO

- O que queriam dizer os Reformadores ao professarem a doutrina da autoridade das Escrituras? Que, por serem divinamente inspiradas, elas são verídicas em todas as suas afirmativas. Segundo esta doutrina, as Escrituras são a fonte infalível de informação que estabelece definitivamente qualquer assunto nelas tratado: a única regra infalível de fé e de prática, o supremo tribunal de recursos ao qual a Igreja pode apelar para a resolução de qualquer controvérsia religiosa. Isto não significa que as Escrituras sejam o único instrumento de revelação divina. Os atributos de Deus se revelam por meio da criação: a revelação natural (cf. Sl 19:1-4 e Rm 1:18-20). Uma versão da sua lei moral foi registrada em nosso coração: a consciência (cf. Rm 2:14-15), "uma espiã de Deus em nosso peito," "uma embaixadora de Deus em nossa alma," como os puritanos costumavam chamá-la.3 A própria pessoa de Deus, o ser de Deus, revela-se de modo especialíssimo no Verbo encarnado, a segunda pessoa da Trindade (cf. Jo 14.19; Cl 1.15 e 3.9). Mas, visto que Cristo nos fala agora pelo seu Espírito por meio das Escrituras, e que as revelações da criação e da consciência não são nem perfeitas e nem suficientes por causa da queda, que corrompeu tanto uma como outra, a palavra final, suficiente e autoritativa de Deus para esta dispensação são as Escrituras Sagradas.

- A base bíblica da doutrina reformada da autoridade suprema das Escrituras é tanto inferencial como direta.

A. Base Inferencial

É inferencial, porque decorre do ensino bíblico a respeito da inspiração divina das Escrituras. Visto que as Escrituras não são produto da mera inquirição espiritual dos seus autores (cf. 2 Pe 1.20), mas da ação sobrenatural do Espírito Santo (cf. 2 Tm 3.16 e 2 Pe 1.21), infere-se que são autoritativas. Na linguagem da Confissão de Fé, a autoridade das Escrituras procede da sua autoria divina: "porque é a Palavra de Deus." Isto não significa que cada palavra foi ditada pelo Espírito Santo, de modo a anular a mente e a personalidade daqueles que a escreveram. Os autores bíblicos não escreveram mecanicamente. As Escrituras não foram psicografadas, ou melhor, "pneumografadas." Os diversos livros que compõem o cânon revelam claramente as características culturais, intelectuais, estilísticas e circunstanciais dos diversos autores. Paulo não escreve como João ou Pedro. Lucas fez uso de pesquisas para escrever o seu Evangelho e o livro de Atos. Cada autor escreveu na sua própria língua: hebraico, aramaico e grego. Os autores bíblicos, embora secundários, não foram instrumentos passivos nas mãos de Deus. A superintendência do Espírito não eliminou de modo algum as suas características e peculiaridades individuais. Por outro lado, a agência humana também em nada prejudicou a revelação divina. Seus autores humanos foram de tal modo dirigidos e supervisionados pelo Espírito Santo que tudo o que foi registrado por eles nas Escrituras constitui-se em revelação infalível, inerrante e autoritativa de Deus. Não somente as idéias gerais ou fatos revelados foram registrados, mas as próprias palavras empregadas foram escolhidas pelo Espírito Santo, pela livre instrumentalidade dos escritores. O fato é que, por procederem de Deus, as Escrituras reivindicam atributos divinos: são perfeitas, fiéis, retas, puras, duram para sempre, verdadeiras, justas (Sl 19.7-9) e santas (2 Tm 3.15).

B. Base Direta

Mas a doutrina reformada da autoridade das Escrituras não se fundamenta apenas em inferências. Diversos textos bíblicos reivindicam autoridade suprema. Os profetas do Antigo Testamento reivindicam falar palavras de Deus, introduzindo suas profecias com as assim chamadas fórmulas proféticas, dizendo: "assim diz o Senhor," "ouvi a palavra do Senhor," ou "palavra que veio da parte do Senhor." No Novo Testamento, vários textos do Antigo Testamento são citados, sendo atribuídos a Deus ou ao Espírito Santo. Por exemplo: "Assim diz o Espírito Santo..." (Hb 3:7ss). A autoridade apostólica também evidencia a autoridade suprema das Escrituras. O Apóstolo Paulo dava graças a Deus pelo fato de os tessalonicenses terem recebido as suas palavras "não como palavra de homens, e, sim, como em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes" (1 Ts 2:13). Que autoridade teria Paulo para exortar aos gálatas no sentido de rejeitarem qualquer evangelho que fosse além do evangelho que ele lhes havia anunciado, ainda que viesse a ser pregado por anjos? Só há uma resposta razoável: ele sabia que o evangelho por ele anunciado não era segundo o homem; porque não o havia aprendido de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1:8-12). Jesus também atesta a autoridade suprema das Escrituras: pelo modo como a usa, para estabelecer qualquer controvérsia: "está escrito"8 (exemplos: Mt 4:4,6,7,10; etc.), e ao afirmar explicitamente a autoridade das mesmas, dizendo em João 10:35 que "a Escritura não pode falhar."

- Como escreve Antonio Gilberto: “Em resumo, notam-se na Bíblia duas coisas: o Livro e a Mensagem. No capítulo anterior, estudamos a Bíblia como livro; agora a estudaremos como a palavra ou mensagem de Deus. O estudo da Bíblia tem por finalidade precípua o conhecimento de Deus. Isso é visto desde o primeiro versículo dela, do qual se nota que tudo tem o seu centro em Deus. Portanto, a causa motivante de ensinar a Bíblia aos outros deve ser a de levá-los a conhecer a Deus. Se chegarmos a conhecer o Livro e falharmos em conhecer a Deus, erramos no nosso propósito, e também o propósito de Deus por meio do seu Livro seria baldado. Que as Escrituras são de origem divina é assunto resolvido. Deus, na sua palavra, é testemunha concernentemente a si mesmo. Quem tem o Espírito de Deus deposita toda a confiança nela como a Palavra de Deus, sem exigir provas nem argumentos. Portanto, sob o ponto de vista legal, a Bíblia não pode estar sujeita a provas e argumentos. Apresentamos algumas provas da Bíblia como a Palavra de Deus, não para crermos que ela é divina, mas porque cremos que ela é divina. É satisfação para nós, crentes na Bíblia, podermos apresentar evidências externas daquilo que cremos internamente, no coraçãoSilva, Antônio Gilberto da, A Bíblia através dos séculos. Editora: CPAD. 15 Edição 2004.

 

2. Revelação Geral. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.

a) Na História. Deus se revela pela sua soberania. Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22);

b) No Universo. Deus se manifesta pelo seu poder nas coisas criadas, o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19.1-4; At 14.15-17; Rm 1.18-21);

c) No Ser Humano criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). A natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o caráter moral de Deus (Rm 2.11-15; Ef 4.24; Cl 3.10).

COMENTÁRIO

- A revelação geral e a revelação especial são as duas formas que Deus tem escolhido para Se revelar à humanidade. A revelação geral se refere às verdades gerais que podemos aprender sobre Deus através da natureza. A revelação especial se refere às verdades mais específicas que podemos aprender sobre Deus através do supernatural.

- Em relação à revelação geral, Salmos 19:1-4 declara: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” De acordo com essa passagem, a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da observação do universo. A ordem, detalhes e maravilha da criação falam da existência de um Criador poderoso e glorioso. A revelação geral também é ensinada em Romanos 1:20: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. Semelhante ao Salmo 19, Romanos 1:20 ensina que o poder eterno e a natureza divina de Deus “claramente se conhecem” e são “percebidos” pelo que foi criado, e não há nenhuma desculpa para negar esses fatos. Com essas Escrituras em mente, talvez uma definição de revelação geral seria: “A revelação de Deus a todas as pessoas, em todos os momentos e em todos os lugares que prova que Deus existe e que Ele é inteligente, poderoso e transcendente.”

 

3. Revelação Especial. Se por um lado a revelação geral denuncia a culpa humana em rejeitar o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21), a revelação especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Ela é o complemento da revelação que Deus fez de si mesmo na história, no universo e na humanidade (Rm 10 .11-17; Hb 1.1-3). Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por

meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo: “ Estes [os sinais], porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

COMENTÁRIO

- A revelação especial é como Deus escolheu Se revelar através de meios milagrosos. Ela inclui aparições físicas de Deus, sonhos, visões, a Palavra escrita de Deus e mais importante – Jesus Cristo. A Bíblia registra Deus aparecendo de forma física várias vezes (Gn 3.8; 18.1; Êx 3.1-4; 34.5-7). A Bíblia registra Deus falando a pessoas através de sonhos (Gn 28.12; 37.5; 1Rs 3.5; Dn 2) e visões (Gn 15.1; Ez 8.3-4; Dn 7; 2Co 12.1-7). Uma parte importante da revelação de Deus é a Sua Palavra, a Bíblia, a qual também é uma forma de revelação especial. Deus de forma milagrosa guiou os autores das Escrituras a registrarem corretamente a Sua mensagem à humanidade, ao mesmo tempo usando os seus estilos e personalidades. A palavra de Deus é viva e ativa (Hb 4.12). A Palavra de Deus é inspirada, útil e suficiente (2Tm 3.16-17). Deus determinou que a verdade sobre Si mesmo seria registrada na forma escrita porque sabia da imperfeição e falta de confiabilidade da tradição oral. Ele também sabia que os sonhos e visões dos homens poderiam ser mal interpretados e as lembranças desses sonhos distorcidas. Deus decidiu revelar através da Bíblia tudo que a humanidade precisava saber sobre Ele, o que Ele quer e o que tem feito por nós. Ele também tem prometido sustentá-la e preservá-la por todos os tempos. A forma suprema da revelação especial é a pessoa de Jesus Cristo. Deus se tornou um ser humano (Jo 1.1,14). Hebreus 1.1-3 resume muito bem: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser.” Deus se tornou um ser humano na pessoa de Jesus Cristo para se identificar conosco, para ser um exemplo para nós, para nos ensinar, para Se revelar a nós e, mais importante, para nos providenciar salvação ao Se humilhar com morte na cruz (Fp 2.6-8). Jesus Cristo é a “revelação especial” mais suprema de Deus.

 

II – EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA

 

1. Evidências Internas. A palavra “autenticidade” tem origem no grego authentês como significado daquilo que é “ verdadeiro”. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade da Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autentica a si mesma (2 Tm 3.16). Dentre as evidências internas, destacam -se:

COMENTÁRIO

- A origem ou base da autoridade das Escrituras, como já foi mencionado, encontra-se na sua autoria divina. As Escrituras são autoritativas porque são de origem divina: o Espírito Santo é o seu autor primário. Para os Reformadores, as Escrituras são autoritativas porque são a Palavra de Deus inspirada. Por isso são infalíveis, inerrantes, claras, suficientes, etc.

- A teologia liberal (racionalista) nega a própria base da autoridade da Escritura, negando a sua origem divina. Para ela, as Escrituras são mero produto do espírito humano, expressando verdades divinas conforme discernidas pelos seus autores, bem como erros e falhas características do homem. Sua autoridade, portanto, não é divina nem inerente, mas humana, devendo ser determinada pelo julgamento da razão crítica. Eis o que afirmam: "A verdade divina não é encontrada em um livro antigo, mas na obra contínua do Espírito na comunidade, conforme discernida pelo julgamento crítico racional." De acordo com a teologia liberal, "nós estamos em uma nova situação histórica, com uma nova consciência da nossa autonomia e responsabilidade para repensar as coisas por nós mesmos. Não podemos mais apelar à inquestionável autoridade de um livro inspirado."

 

a) Unidade e consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois idiomas principais e um dialeto, por cerca de quarenta pessoas de diferentes classes sociais, em lugares e circunstâncias distintas que abordaram centenas de tem as. Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 18.30; 33 -4 )

b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia é possível ouvir a voz de Deus agindo como um a espada que “ penetra até à divisão da alma e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra experimenta a

chama do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).

c) Profecias de Eventos Futuros. A exatidão no cumprimento das profecias com prova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito séculos antes dos eventos acontecerem com clareza e precisão. Entre tantos eventos, citam os o nascimento virginal de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua morte na cruz (Sl 22.16; Jo 1936); o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60); e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).

COMENTÁRIO

- “A palavra autenticidade tem origem no grego “authentês” com o significado daquilo que é “verdadeiro”. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade e a fidedignidade da Bíblia Sagrada. Significa que todos os livros que compreendem o cânon bíblico são autênticos. Dessa forma, a Bíblia autentica-se a si mesma (2 Tm 3.16). O apoio em favor dessa autenticidade divide-se em “evidência interna” e “evidência externa”. Dentre as evidências internas que examinam o conteúdo da Bíblia destacam-se:

 

(a) Unidade e consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois idiomas principais (hebraico e grego), e um dialeto (aramaico). Seus escritores somam cerca de quarenta pessoas de diferentes classes sociais, que viveram em lugares e circunstâncias diferentes, e abordaram centenas de temas distintos. O texto foi redigido em uma variedade de estilos literários, tais como história, profecia, poesia, alegorias, parábolas, dentre outros.

 

Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 18.30; 33.4).

 

Essa unidade não é superficial, mas profunda. John Higgins reproduz a compreensão de que “quanto mais profundamente a estudamos, mais completa essa unidade se nos revela”.

 

No entanto, embora as evidências sejam conclusivas, o liberalismo teológico faz objeção aos argumentos acima listados e desdenha da unidade bíblica. Os críticos argumentam que os autores bíblicos conheciam o conteúdo deixado pelos escritores que o antecederam e, por isso, se preocuparam em não os contradizer, e ainda sustentam que o cânon só foi organizado pelas gerações futuras, em função disso, foram aceitos no cânon apenas os livros que se harmonizavam com o todo.

 

Porém essas objeções são contraditórias e podem ser refutadas do seguinte modo: (i) nem todos os autores tiveram acesso aos outros livros enquanto escreviam a revelação divina: Ezequiel escreveu no exílio; Ester, em país estrangeiro; o escritor de Hebreus, no Oriente; e João, na Ásia Menor; entre outros; (ii) nem todos os autores tinham consciência de que seus escritos fariam parte do cânon, portanto, não os escreveram buscando harmonizar sua obra com as demais; (iii) não é verdade que os livros foram aceitos centenas de anos após serem escritos. Por exemplo, os livros de Moisés foram guardados próximo à Arca da Aliança logo após serem escritos (Dt 31.26).

 

Os livros eram aceitos à medida que a autenticidade era confirmada por seus destinatários; e (iv) mesmo que os autores tivessem tomado conhecimento prévio de todos os livros, a Bíblia continuaria tendo uma unidade que ultrapassa a capacidade humana.

 

(b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia, é possível ouvir a voz de Deus agindo como uma espada que “penetra até à divisão da alma, e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra experimenta a chama do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).

 

Nossa Declaração de Fé ensina “que o Espírito Santo possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher e que é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7,8)”.20 O apóstolo João disse que escreveu para que seus leitores cressem no Filho de Deus e recebessem a vida eterna (Jo 20.31; 1 Jo 5.13). João também registrou que o Consolador, o Espírito de verdade, que procede do Pai, é Ele quem testifica de Cristo, o Filho de Deus (Jo 15.26). Desse modo, o Espírito Santo dá testemunho da Bíblia como Palavra de Deus, e de que o Cristo nela revelado é o Filho de Deus.

 

c) Profecias de eventos futuros. A exatidão no cumprimento das profecias comprova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito séculos antes de os eventos acontecerem com clareza e precisão. Por exemplo, a Bíblia cita o nome do rei Ciro e o que ele iria fazer cento e cinquenta anos antes de ele nascer (Is 45.1), registra cerca de trezentas profecias acerca de Cristo, centenas de anos antes do seu nascimento, e cada uma delas se cumpriu com exatidão.

 

Os críticos e incrédulos sugerem que por conhecer as profecias, Jesus agiu deliberadamente para cumprir o que estava predito. Porém, isso é humanamente impossível. Seria necessário a cumplicidade de um número considerável de personagens (reis, astrólogos, governadores, sacerdotes, militares) dispostos a manipular os eventos e manter esses arranjos sob sigilo. E isso sem falar em todas as pessoas envolvidas nos inúmeros milagres operados. A única explicação possível para o cumprimento específico dessas predições é de que o Eterno, onisciente, onipotente e soberano, revelou aos seus servos as coisas que haveriam de acontecer (Am 3.7)”. BAPTISTA., Douglas, A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

 

2. Evidências externas. Compreende-se como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados por outras fontes históricas. Por vezes, essas com provações se identificam e se fundem aos conceitos de Inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das nações, as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus. E, a despeito de ser contestada por ateus e incrédulos, a Bíblia permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a história (cf. Mc 13.31).

COMENTÁRIO

- “Compreendem-se como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados por outras fontes históricas. Por vezes essas comprovações se identificam e se fundem aos conceitos de inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das nações quanto as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus.

A título de exemplo, cita-se a disponibilidade de cerca de 25.000 (vinte e cinco mil) manuscritos bíblicos, produzidos antes do advento da imprensa no século XV, que confirmam a suficiência dos textos sagrados. Assim, ratifica-se que nenhuma obra da antiguidade — Platão, Aristóteles, Escritos Hindus, história chinesa e outros — foi tão confirmada e creditada como a Bíblia Sagrada.22 E, a despeito de ser contestada por alguns, permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a história (cf. Mc 13.31)”. BAPTISTA., Douglas, A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.

 

III – A MENSAGEM DA BÍBLIA

 

l. A Supremacia da Bíblia. A expressão latina Sola Scriptura confirma que somente a Bíblia é regra infalível e autoridade final em matéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia fornece o conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com Deus e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitam os de uma nova revelação extraordinária para a nossa salvação e o nosso crescimento espiritual. Significa que todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhum a tradição humana pode acrescer ou retirar coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.

COMENTÁRIO

- “Autoridade da Bíblia. Sua autoridade é reconhecidamente interna. A Bíblia autentica-se a si mesma. Mas, na medida em que contém provas históricas incluindo os milagres que comprovavam a intervenção divina, ela é externamente autenticada. O poder de seus ensinamentos envolve uma autoridade interna. As realidades históricas sobre as quais ela se alicerça (como a vida de Cristo, as Suas palavras, ressurreição, etc.) lhe conferem uma autoridade externa ou oficial. O consenso dos crentes, através dos séculos, em favor da autoridade da Bíblia, tomou-se outro fator de autoridade externa. As declarações dos pais da Igreja e dos concílios, que resultaram na canonização formal da Bíblia, formam uma autoridade oficial e externa.

Sinais de autoridade no Novo Testamento: Cristo tinha autoridade para perdoar pecados (Luc. 5:24), para expelir demônios (Mar. 6:7), para conferir a filiação divina (João 1:12), e Suas obras eram autoritárias (Mat. 7:29). A origem da autoridade é Deus, que enviou o Filho (João 3:17; 4:34; 5:23;’6:29, etc.), Para os primitivos discípulos, a ressurreição de Jesus foi a mais potente autenticação daquilo que Jesus dissera e fizera, e por conseguinte, do que estava escrito acerca dEle, quanto à Sua pessoa e autoridade sobre os homens. Ver o artigo sobre a ressurreição.

Assim sendo, Jesus comissionou a outros (dando-lhes autoridade), para levarem avante a Sua missão (Mat. 28: 18 ss), porquanto «toda autoridade. Lhe fora dada, a fim de que, por Sua vez, Ele desse dessa autoridade a outros, para que O representassem.

Os Apóstolos possuíram extraordinária autoridade, conforme transparece, claramente, – no livro de Atos (ver Atos 5: 1 ss. quanto a um notável exemplo disso; ver também Atos 15, o primeiro concilio da Igreja, que envolveu os apóstolos). Os trechos de Joio 20:21,22 e Mat. 16: 17 proveem-nos textos que provam a autoridade dos apóstolos. Ademais, o próprio Novo Testamento é essencialmente um produto dos apóstolos e seus discípulos imediatos, servindo de declaração autoritária sobre quem era Jesus e qual o significado de Sua vida para nós outros”. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 400-401.

 

2. O poder da Palavra de Deus. O seu poder se assemelha ao fogo que consome e purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.29). As qualidades de fogo e martelo indicam que nada pode impedir o cumprimento da Palavra de Deus (Is 55.11; Jr 5.14)- O seu

poder também é capaz de derrubar fortalezas espirituais que fazem oposição ao conhecimento divino (2 Co 10.4,5). A Palavra de Deus tem poder, tal qual uma espada, para penetrar no mais íntimo do ser hum ano e julgar os pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Quando tentado no deserto, O próprio Cristo derrotou Satanás usando o poder da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao fazer citações das Escrituras (Mt 4. 4,7,10).

COMENTÁRIO

- O Pastor Esequias Soares escreve: “A Bíblia revela o seu poder de forma clara e inconfundível. Ela emprega uma metáfora para mostrar esse poder quando chama a si mesma de “a espada do Espirito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17). O seu poder é capaz de destruir as fortalezas de Satanás6, como também pode penetrar no mais íntimo do ser humano. O próprio Senhor Jesus Cristo derrotou Satanás usando o poder das Escrituras Sagradas quando foi tentado por este no deserto. Jesus evitou qualquer outro argumento, abriu mão do uso de seus poderes sobrenaturais, característicos do seu ministério terreno, e disse apenas “está escrito”, e isso por três vezes. Citou a Lei de Moisés, o livro de Deuteronômio:”[…] Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4);”[…] Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (v. 7); […] Porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (v. 10)”. SOARES. Esequias,. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pag. 28.

 

3. O propósito da Bíblia. Nossa Declaração de Fé ensina que “ a Bíblia é a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo” (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4). Nela também se

encontram revelados os códigos morais para a sociedade. Ratifica-se que a moral bíblica não se relativiza, pois seus valores são absolutos (Ap 22.18,19). Nessa compreensão, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade à humanidade. Dessa forma, o compromisso inegociável da Igreja deve ser de fidelidade e propagação da mensagem bíblica para a salvação e libertação dos pecadores (1 Tm 1.15).

COMENTÁRIO

- Ainda o pastor Esequias Soares: “São dois os propósitos das Escrituras Sagradas: revelar o próprio Deus e expressar a sua vontade à humanidade. Pelo primei- ro, dentre outras formas de revelação, Deus graciosamente revelou a si mesmo pela Palavra: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nos falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hb 1.1). Pelo segundo propósito, Deus expressa claramente a sua vontade redentora a todos e a cada um dos seres humanos sem nenhuma acepção de pessoas, por meio da fé em Jesus Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé emfé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17). Assim sendo, o Senhor Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Ele mesmo disse: ״São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo 0 que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). Tudo o que precisamos saber sobre Deus e a nossa redenção está suficientemente revelado em sua Palavra. Ela é o manual de Deus para toda a humanidade, e suas instruções visam, também, à felicidade humana e o bem-estar espiritual e social de todos os seres humanos”. SOARES. Esequias,. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Editora CPAD. pag. 27-28.

 

CONCLUSÃO

 

As Escrituras são de origem divina. Deus se deu a conhecer por meio da história, do universo, da humanidade, de Cristo e das Escrituras. A autenticidade da Bíblia é confirmada por evidências internas e externas. A Palavra de Deus é a nossa autoridade final de fé e prática. O teólogo Antônio Gilberto escreveu que “o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu tema central é o Senhor Jesus Cristo”.

COMENTÁRIO

- A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, e suficiente para as nossas vidas, pois é nela onde baseamos a nossa fé, e, por isso, deve estar presente todos os dias em nossas vidas. Mas quando falamos sobre a autoridade e suficiência das Escrituras precisamos ir além, pois ela é suficiente para gerar transformação em nossa vida. Veja o que Bíblia fala dela mesma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3.16,17). É importante dizer também que a Bíblia, sendo a Palavra de Deus, não precisa de correções, embora tenha auxílios para que compreendamos melhor sobre as Escrituras, mas que nunca estarão em pé de igualdade com a Bíblia. Tudo o que destoa das Escrituras deve ser descartado.

- É de primeira necessidade que o cristão conheça profundamente sua fé e sua base doutrinária. Sem o conhecimento adequado da Palavra de Deus, um cristão não possui qualquer condição de prevalecer contra as falsas doutrinas, e muito menos de entender e praticar o Cristianismo. Hoje, é fundamental conhecer o Santo Livro, ampla e profundamente, para defender a fé e teologia cristã, para que:

1. “Saiba responder a quem lhe perguntar sobre a razão da sua fé”. (1Pe 3.15);

2. Apresente-se aprovado a Deus. (2Tm 2.15);

3. Não seja condenado por não conhecer corretamente sua fé. (Os 4.6 e Mt 22.29);

4. Entender que a única forma de fé aceitável à Deus emana do padrão das Escrituras. (Rm 10.17 e Hb 11.3);

5. Ser habilitado a batalhar pela fé cristã com qualidade (Jd 3).

6. Saber identificar e se guardar das heresias, dos equívocos e das falsas interpretações bíblicas (Mt 16. 6-11/12).

- Por fim, o estudante sincero das Escrituras deve saber que a Bíblia é o próprio Deus infinito se revelando ao homem e que tudo que podemos descobrir de Deus é o que Ele mesmo revela de si próprio (Jo 1.1), igualmente devemos compreender que a Bíblia é a nossa própria vida (Dt 32.47) e que contém em si um padrão de mandamentos, conceitos e regras a ser conhecido e obedecido (Os 6.3 e Tg 1.22).

 

PARA SABER MUITO MAIS SOBRE ESSE TEMA, VISITE: https://www.ensinopentecostal.com.br/licao-5-autoridade-das-escrituras/.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

O que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados?

R. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2 Pe 1.20,21).

O que é Revelação Geral?

R. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.

Caracterize a Revelação Especial.

 R. Reconhecem os a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo l.l; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo.

Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras.

R. Unidade e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escrituras; Profecias de eventos futuros nas Escrituras.

Como podem os ratificar que a Bíblia é a autoridade final?

R. Todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.