ANO 12 | Nr 672| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE:a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN
Edição Especial 3º TRI Jovens e Adultos Escola Bíblica |
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20 DE SETEMBRO DE 2020 |
o Casamento Misto
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 12, 20 desetembro de 2020
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TEXTO ÁUREO |
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“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14) |
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VERDADE PRÁTICA |
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O lar foi instituído por Deus para ser uma bênção, desde que seja observada a orientação divina na sua formação |
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE |
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Esdras 9.1-4; Neemias 13.23-26; 9.38; 10.1,29,30 |
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INTRODUÇÃO |
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Nesta lição iremos estudar o grave problema do casamento entre judeus e mulheres pagãs. Veremos a enérgica ação de Esdras e de Neemias para solucionar este problema, e também o que a Palavra de Deus diz sobre o assunto.
Na lei de Deus, aparece a ordem: “Não faças concerto com os moradores da terra, nem tomes das suas filhas para os teus filhos…” (Êx 34.11-16; Dt 7.3,4). Foi por este motivo que o sacerdote Esdras, conforme a leitura da nossa lição, ficou perplexo, quando tomou conhecimento de que o povo, depois de haver voltado do exílio, tomava mulheres dos povos gentílicos em redor, misturando a semente santa. O povo começou a seguir as abominações dos povos. Ele, então, chorou, rasgou os seus vestidos, e buscou com profunda dor a ajuda de Deus, reconhecendo que eles, com isto, haviam deixado os mandamentos, violando-os, aparentando-se com os povos destas abominações (Ed 9.1-14). O resultado deste movimento foi uma purificação e tomada de atitude firme em obediência à Palavra de Deus (Ed 10.1-13). |
- Ao lermos as Escrituras, com foco nesse assunto desta lição, iremos observar que a posição bíblica sobre casamentos com estrangeiros (casamentos mistos) não é consistente, isso por que, embora algumas proeminentes figuras bíblicas, a exemplo de José, Moisés, Davi, tivessem esposas estrangeiras e o livro de Rute dê testemunho das bênçãos que Deus concedeu à comunidade hebraica por intermédio da moabita que desposou o hebreu Boaz, a proibição de casamentos mistos que aparece no livro de Esdras tem precedentes em etapas mais primitivas da tradição israelita (Êx 34.16; Dt 7.1-4). Em épocas diferentes, as práticas conjugais foram moldadas por situações de mudanças sociais, políticas, econômicas e religiosas. Em épocas diferentes, as práticas conjugais foram moldadas por situações de mudanças sociais, políticas, econômicas e religiosas. No tempo de Esdras, a preocupação pela pureza cultural e de assegurar a identidade do povo judeu exigia linhagem de sangue puro.
- A situação é relatada por Esdras: o povo e igualmente os sacerdotes tinham se casado com mulheres estrangeiras e os piores ofensores são os chefes da comunidade. As “populações da terra” a quem se ligaram são definidas por um redator que teve acesso às listas de Dt 7.1; Js 3.10; 24.12. Os transgressores também são ligados às “abominações” de suas esposas; isto é, o casamento fez com que tivessem contato com o culto de outros deuses. Vamos pensar maduramente a nossa fé?
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I –ESDRAS E NEEMIAS COMBATEM O PERIGO DO CASAMENTO MISTO |
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A ira e a reação de Esdras. Quando Esdras foi informado que muitos judeus, morando em Judá, haviam se casado com mulheres pagãs, ele ficou muito angustiado. Manifestando sua profunda tristeza, rasgou seu vestido, sua capa, e arrancou os cabelos, tanto de sua barba como de sua cabeça, e assentou-se atônito na praça. A notícia da reação de Esdras espalhou-se pela cidade, e muitos reuniram-se a ele. Na hora do sacrifício da tarde, Esdras dobrou seus joelhos diante do povo, e orou a Deus (Ed 9.6-15). E todo povo chorou com grande choro (Ed 10.1) |
- Esdras ficou angustiado com essa situação. Numa demonstração tradicional de profunda tristeza, rasgou suas vestes e arrancou os cabelos. A oração sacerdotal de intercessão e confissão de Esdras foi como as de Daniel (Dn 9.1-20) e Neemias (Ne 1.4-11), no sentido de que ele usou substantivos no plural que o identificavam com o pecado do povo, embora ele mesmo não tivesse participado. O uso de "nós", "nosso" e "nossas" demonstra a compreensão de Esdras que o pecado de poucos seria o bastante para contaminar os muitos. O espírito contrito de Esdras diante do povo era evidente, de modo que todos então se juntaram a ele. Essas expressões extremas de contrição demonstraram a gravidade do pecado e a sinceridade do arrependimento deles.
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O efeito da atitude de Esdras foi imediato. Secanias, um judeu bem conhecido, e que se havia casado com uma mulher estranha, disse a Esdras diante de todo o povo: “Agora, pois, façamos concerto com o nosso Deus, de que despediremos todas as mulheres e tudo o que é nascido delas, conforme o conselho do Senhor e dos que tremem no mandado do nosso Deus; e faça-se conforme a Lei” (Ed 10.3). Disseram a Esdras: “Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio, e nós seremos contigo; esforça-te” (Ed 10.4). |
-Secanias, um líder que não estava envolvido nos casamentos mistos, já que seu nome não aparece na relação dos versículos 10.18-44 (embora o seu pai e cinco tios paternos apareçam no v. 26), era corajoso e obedeceu a Deus em vez de agradar seus parentes, ainda há esperança para Israel. Essa esperança é centrada na aliança de amor de Deus e perdão para os pecadores verdadeiramente arrependidos. Secanias clama ao povo e aos líderes para realizarem a ação específica de se divorciarem das esposas e filhos, além do reconhecimento de que Esdras estava aconselhando um caminho consistente com a Escritura (2Cr 29.10). No versículo 3 fica evidente que haviam ainda os piedosos, “''tremem ao mandado do nosso Deus”; Isso se refere àqueles que levam a palavra de Deus a sério, especialmente no que se refere ao fato de que ele irá castigá-los pelos seus pecados, segundo a Lei. Eles queriam colocar-se de acordo com a lei de Deus conforme a sua revelação em Dt 7.2-3. Esdras é reconhecido corno o principal líder espiritual com autoridade divina apropriada e responsabilidade humana para executar essa tarefa difícil de tratar do divórcio de tantos.
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O arrependimento do povo. Esdras levantou-se e ajuramentou a todos que fariam conforme as palavras de Secanias. E o povo jurou! (Ed 10.5). Todos os que haviam retornado do cativeiro foram convocados, e Esdras falou-lhes: “Vós tendes transgredido e casastes com mulheres estranhas […] fazei confissão ao SENHOR […] apartai-vos […] das mulheres estranhas”. E responderam todos: “Assim seja; conforme as tuas palavras, nos convém fazer” (Ed 10.10-12). Sobre este negócio foram postos que Jônatas e Jazeías, auxiliados por dois levitas. Eles receberam a incumbência de supervisionar o encerramento definitivo destas uniões proibidas pela lei de Deus (Ed 10.15,16). Antes mesmo da chegada de Esdras a Jerusalém, Neemias já havia enfrentado o problema do casamento misto. Vários judeus, inclusive alguns sacerdotes, haviam se casado com mulheres estranhas. Neemias os fez jurar que não mais fariam isto (Ne 13.25). Neemias afastou de entre os sacerdotes e de entre os levitas aqueles que eram estranhos, e contratou novos sacerdotes e levitas para preencherem os cargos vagos. Um dos netos do sumo sacerdote Eliasibe era genro de Sambalate, e foi afastado por Neemias (Ne 13.25-30) |
- O juramento em relação à aliança especificado em 10.3. Neemias 10.28-39 nos apresenta o conteúdo de um juramento futuro sob condições semelhantes.
- Há um equívoco aqui << Antes mesmo da chegada de Esdras a Jerusalém, Neemias já havia enfrentado o problema do casamento misto>>, Esdras liderou o segundo grupo de retorno de israelitas que retornaram da Babilônia em 458 a.C. Neemias chega em Jerusalém somente depois de 445 a.C., portanto, depois de Esdras. De fato, Neemias fez uma nova correção quanto aos casamentos mistos, desta vez, até dentro do clero. Em Malaquias 2.1-8, há um relato onde aquele profeta reconhece a impureza no interior do clero.
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II –POR QUE UM JUDEU NÃO DEVIA CASAR COM UMA PAGÃ? |
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Deus havia proibido o casamento misto (Dt 7.2-4; Êx 34.16; Js 23.12,13). A desobediência a esta ordem de Deus era um ato de rebelião. A finalidade desta proibição era evitar que o judeu viesse a seguir a religião de sua mulher pagã |
- Por causa da natureza íntima do matrimônio, o cônjuge idólatra poderia desviar de Deus o seu companheiro ou a sua companheira; um exemplo desse perigo está registrado em 1Rs 11.1-8, onde há o exemplo do que aconteceu com Salomão. Na cultura oriental daqueles dias, o relacionamento, tratados e os casamentos mistos, requereriam dos parceiros o reconhecimento dos deuses. A história da nação demonstrou a urgência dessa instrução e do desastre caso ela fosse desobedecida.
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A história de Israel registra vários exemplos das consequências nefastas do casamento misto. Vejamos: a. Salomão, filho de Davi, rei de Israel, o que construiu o grande Templo em Jerusalém, contaminou-se por causa dos casamentos com mulheres pagãs. Elas perverteram seu coração, e ele passou a seguir os seus deuses estranhos (1 Rs 11.1-9). Como consequência do seu pecado no reino de seu filho Reoboão as dez tribos do Norte separaram-se, e constituíram-se em um reino independente sob a liderança de Jeroboão (1 Rs 12.16-19). b. Acabe, rei de Israel, casou-se com Jezabel, princesa sidônia (1 Rs 16.31). Jezabel fortaleceu o culto a Baal em Israel, e perseguiu os profetas de Deus (1 Rs 18.4) |
- a. De fato Salomão contraiu muitos casamentos bem como possuiu muitas concubinas, no entanto, muitos dos casamentos de Salomão tinham o propósito de ratificar alianças com outras nações, uma prática comum no antigo Oriente Próximo. A prática de multiplicar o número de esposas reais, proibida em Dt 17.17, pois desviava o coração do rei do Senhor, mostrou-se verdadeira na experiência de Salomão. O amor de Salomão por suas mulheres levou-o a abandonar sua lealdade ao Senhor e a adorar outros deuses. Não se pode imaginar um quadro mais triste do que o da sua apostasia nos últimos anos de vida, que pode ser associada aos seus pecados com suas esposas estrangeiras. A poligamia era tolerada entre os antigos hebreus, embora a maioria dos homens do Oriente tivesse apenas uma esposa. Um grande número de esposas era visto como sinal de riqueza e importância. O rei desejava ter um harém maior do que o de qualquer um de seus súditos, por isso Salomão recorreu a esse tipo de magnificência. Contudo, esse era um pecado que violava abertamente a lei de Deus, e o resultado que a lei buscava inibir foi exatamente o que se deu.
- b. É interessante notar que com Acabe, a decadência espiritual de Israel alcançou o seu ponto mais torpe. Ele era ainda pior que o seu pai, Onri, que fora pior do que todos antes dele. A maldade de Acabe consistia em perpetuar todos os pecados de Jeroboão e promover o culto a Baal em Israel. De todos os reis de Israel, Acabe foi o que mais irritou ao Senhor. A perversa esposa de Acabe tornou-se o símbolo da maldade da falsa religião (Ap 2.20). Etbaal (Seu nome significava "Baal está vivo"), pai de Jezabel, era o rei da Fenícia (inclusive de Tiro e Sidom) que assassinou seu antecessor e, de acordo com o historiador judeu Flávio Josefo, era sacerdote dos deuses Melqart e Astarote.
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III –A SOBREVIVÊNCIA DO POVO JUDEU |
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Existem judeus até os dias de hoje, porque, embora espalhados por quase todos os países do mundo (Lc 21.24), não se misturaram com os povos, no meio dos quais passaram a viver, conservando-se sempre separados. Este é o resultado da obediência à orientação dada na lei divina, que inspirou outras leis que regem os judeus em todo o do mundo, as quais proíbem que uma pessoa judia se case com uma não judia.
A preservação do povo judeu é considerado um milagre, quando se aliam as tremendas perseguições que sofreram durante séculos em muitos países, como por exemplo Espanha, Polônia, Inglaterra, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, o nazismo na Alemanha. |
- “A história da sobrevivência judaica é tão excepcional, vasta e sem paralelos que desafia a imaginação. Em nosso próprio século, as duas grandes potências que anunciaram: "Israel acabou" – o Terceiro Reich de Hitler e a União Soviética – foram esmagados e desmantelados. Porém o povo de Israel vive. Muitos pensadores e cientistas sociais tentaram, e ainda estão tentando, entender a sobrevivência de um povo, uma fé e um legado durante três milênios de condições históricas praticamente impossíveis. Blaise Pascal, o notável pensador, matemático, teólogo, físico francês do Século Dezessete, escreveu: "Em algumas partes do mundo podemos ver um povo peculiar, separado dos outros povos do mundo, chamado de povo judeu… Este povo não apenas é de impressionante antiguidade como também tem perdurado por um tempo singularmente longo… Pois enquanto os povos da Grécia e Itália, de Esparta, Atenas, Roma e outros que surgiram muito depois pereceram há tanto tempo, este ainda existe, apesar dos esforços de tantos reis poderosos que tentaram uma centena de vezes acabar com ele, como seus historiadores atestam, e como pode ser facilmente julgado pela ordem natural das coisas no decorrer de tantos anos. Eles sempre foram preservados, no entanto, e sua preservação foi prevista… Meu encontro com esse povo me surpreende…"” (A Ciência da Sobrevivência Judaica, disponível em:chabad.org. Acesso em: 14 Set 2020).
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IV – UMA PALAVRA FINAL SOBRE O CASAMENTO DOS CRENTES |
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A maior bênção que Deus deu à humanidade foi o envio de Jesus Cristo para ser o Salvador do mundo. Mas no sentido material, a maior bênção que Deus dá ao ser humano é o casamento. A orientação que a Bíblia dá ao crente quanto ao casamento é: “E fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor” (1 Co 7.39). A Bíblia explica em 2 Co 6.14-17 as implicações da expressão NO SENHOR, e cada crente que estiver pensando em casar-se deve meditar profundamente sobre este texto.
Que Deus guarde cada crente de algum dia aceitar um jugo desigual com um infiel. Porque assim como o casamento na direção do Senhor enseja a possibilidade de uma felicidade sem limites, o casamento de um crente com um descrente com muita probabilidade será uma infelicidade. Casamento é uma união total entre homem e mulher. Jesus disse: “Não são mais dois, mas uma só carne” (Mt 19.6). Casamento
Isto fala de uma perfeita união entre os cônjuges, envolvendo o corpo, a alma e o espírito de ambos. Casando-se o crente com um que não é crente, pode naturalmente obter união de corpo e em parte de alma, mas é impossível que haja união de espírito, pois enquanto um pertence ao reino de Deus o outro é do reino das trevas (2 Co 6.14). Que diferença tremenda, que abre uma brecha muito triste na união. Ainda que o crente tenha pedido perdão a Jesus por esta falta cometida, vive agora preso a um outro com quem não tem nenhuma união no espírito. É impossível calcular o sofrimento que uma união desta natureza tem causado.
Também a parte não crente, não respeita a parte crente, pois sabe que ele errou contra a Bíblia, amando mais o casamento do que a Deus. Em lugar de ter-se estabelecido um lar cristão, uma plataforma do evangelho, aumentando, assim, a influência espiritual da Igreja, houve um triste recuo. Um soldado de Cristo passou para o lado oposto. Em lugar de um lar cristão, com uma viva influência sobre os filhos (2 Tm 1.4,5; At 7.20,21), forma-se um lar sem definição espiritual. Os filhos estão desprovidos de ajuda espiritual (Ne 13.23,24). |
- A lei de Deus planejou o casamento para toda a vida (Gn 2.24; Ml 2.10; Rm 7.1-3). Ele é tão permanente que os discípulos acharam que seria melhor não casar (Mt 19.10). A advertência “somente no Senhor”, significa livre somente para se casar com um cristão. Essa é um a verdade que se aplica a todos os cristãos que se casam pela primeira ou segunda vez (2Co 6.l4-16).
- Paulo ensinou que não é certo se unir, num empreendimento espiritual comum com aqueles que não são da mesma natureza, isto é, incrédulos. É impossível que sob tal disposição, as coisas sejam feitas para a glória de Deus. Os cristãos não devem se unir com incrédulos em nenhum tipo de sociedade espiritual ou num relacionamento que seria prejudicial para o testemunho do cristão dentro do corpo de Cristo. Isso era especialmente importante para os coríntios por causa das ameaças dos falsos mestres e a idolatria, pagã circundante.
- A fim de alertar os cristãos quanto ao perigo de associar-se aos incrédulos através de relacionamentos, ele usa uma ilustração retirada das proibições do Antigo Testamento, jugo desigual, para Israel referente a lavrar com junta de duas espécies diferentes de gado (Dt 22.10).
- “Uma das áreas em que o povo de Deus mais ignora o ensino bíblico é no casamento, e isso aparece de diversas formas. Qualquer pastor experiente poderá te afirmar que enorme parte dos aconselhamentos que ele tem de fazer diz respeito a questões de casamento: infidelidade, insubmissão, falta de perdão entre os cônjuges, filhos e escolhas, maridos que não lideram suas famílias e assim vai. Mas há, é claro, problemas que dizem respeito ao que se passa antes do casamento, e um desses é a escolha do cônjuge. O povo de Deus é terrivelmente mal-informado acerca do que se deve procurar num cônjuge. Na minha ainda pequena experiência, tenho visto que mulheres muitas vezes se satisfazem com o mero combo casamento feliz: “ele não me bate, não me impede de ir à igreja e não leva jeito de que vai me trair”. Isso é se satisfazer com muito pouco. O ideal bíblico para um homem é alguém que esteja na trajetória de se assemelhar cada vez mais a Cristo em amar sua mulher como Cristo ama a igreja. Isso envolve, liderar, servir amorosamente, lutar por sua santificação, amar sacrificialmente, prover e se gastar profundamente em prol dela. Ser Cristo em casa. Meramente não trair está dentro da capacidade de qualquer tonto ali na esquina. Um descrente, por não ser redimido por Cristo, nunca será capaz de se assemelhar a Cristo no cuidado por sua mulher. Pode, no máximo, ser um bom marido de acordo com os padrões desse mundo caído. E, tristemente, é cada vez mais comum ver crentes optando por se casarem com descrentes.” (Casamento misto – vai acabar em pizza? Disponível em: voltemosaoevangelho.com. Acesso em: 14 Set 2020).
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V – ESPERA EM DEUS |
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Findamos este estudo sobre o casamento misto, onde a Palavra de Deus é muito clara neste apelo:
“Espera em Deus” (SI 27.14; 37.7). Jovem! O seu desejo de ter um lar, e experimentar a riqueza do amor de um companheiro ou de uma companheira é natural. Lembra-te de que Deus ouve a oração. Quando Eliezer orou, pedindo que Deus mostrasse quem seria a noiva de Isaque, recebeu uma gloriosa resposta (Gn 24.12-27). Glória a Deus! Uma escolha precipitada, olhando somente para o que está diante de seus olhos (1 Sm 16.7), pode impedir que recebas aquele ou aquela que Deus tem preparado para ti. Entrega pois a tua vida e o teu futuro a “Deus, faz que o solitário viva em família” (SI 68.6). Deus, que trouxe a companheira para Adão (Gn 2.22), poderá fazer isto por ti. Espera pois no Senhor! |
- A oração do administrador de Abraão manifesta não apenas a sua confiança de que Deus conduziria a empreitada, mas também a abnegação com a qual servia a Abraão. Sua paciência depois da oração, sua adoração quando a oração foi atendida e seu reconhecimento da condução divina igualmente refletiam sua fé. Foi o Senhor que guiou, do começo ao fim, o caminho de Eleazar, até o encontro com aquela que o Senhor havia reservado para Isaque.
- “A Bíblia afirma o conceito de casamento como uma expectativa central para a humanidade. Já no segundo capítulo na Bíblia nós lemos: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2.24). Atualmente, essa realidade tem se tornado mais e mais rara. Em grandes sociedades, a coabitação sem o casamento é cada vez mais a norma, mas até observadores seculares notam que a coabitação nem sequer leva, na maioria dos casos, ao casamento . Andrew Cherlin da Universidade John Hopkins disse recentemente à revista Time que a maioria dos relacionamentos de coabitação entre jovens nos Estados Unidos é de pequena duração. Isso não é coabitação antes do casamento, é coabitação ao invés do casamento. A história da Time também apontou para outro padrão preocupante: a geração Y, ou millennials, estão tendo filhos fora do casamento em níveis exorbitantes. Além disso, alguns anos atrás, W. Bradford Wilcox, com base em uma pesquisa conduzida por Robert Wuthnow, argumentou que o adiamento do casamento é o principal motor da secularização. Isso anda de mãos dadas com o fato de que a prolongação da adolescência traz efeitos vastos e muitas vezes despercebidos. A vida adulta é para responsabilidades adultas, e, para a vasta maioria de jovens, isso significará casamento e paternidade. O prolongamento da adolescência até a faixa etária dos vinte anos (ou até além dos trinta) é altamente relacionado com a elevação do secularismo e com os baixos índices de frequência nas igrejas. Cristãos entendem que nós fomos criados como machos e fêmeas para demonstrar a glória de Deus, e que nos foi dado o presente do casamento como o único contexto para o qual Deus planejou a dádiva do sexo e nos garantiu o privilégio e mandamento de termos e criarmos filhos. Por todas essas razões e muito outras, cristãos devem entender que, a não ser que tenham recebido o dom do celibato, eles devem honrar o casamento e procurar casar e devem ir em direção à parentalidade e a todas as responsabilidades da vida adulta mais cedo na vida em vez de mais tarde. Adiar a vida adulta não é consistente com a visão bíblica da vida, e, para a maioria dos jovens cristãos, o casamento deve ser uma parte central do planejamento da vida adulta jovem e da fidelidade a Cristo. Ao atingirem a vida adulta juntos, como marido e mulher, jovens cristãos servem como testemunhas do plano de Deus e do presente de Deus diante de um mundo confuso. Cristãos entendem que sexo antes e fora do casamento simplesmente não é uma opção. Coabitação é inconsistente com obediência a Cristo. Filhos são presente de Deus para serem recebidos e acolhidos dentro da aliança matrimonial. De modo revelador, as autoridades seculares da cultura estão expressando agora preocupação a respeito do adiamento do casamento entre jovens. Quando a revista Time está preocupada com jovens não se casando, cristãos devem se preocupar duplamente. Jovens, e isso inclui jovens cristãos, enfrentam alguns desafios muito sérios enquanto se dirigem à vida adulta plena, e não há dúvida de que fatores econômicos cumprem um papel nisso. Mas até mesmo observadores seculares entendem que uma mudança no casamento aponta para uma mudança subjacente na moralidade. O fato contundente é que as gerações anteriores de jovens adultos, mesmo enfrentando desafios econômicos maiores, ainda assim encontraram um caminho para a vida adulta e para o casamento. A igreja cristã deve encorajar jovens cristãos em direção ao alvo do casamento e devem ser claros a respeito da necessidade da santidade e obediência a Cristo em todos os estágios e as estações da vida. Quando o mundo ao nosso redor está coçando a cabeça, perguntando o que aconteceu com o casamento, cristãos devem mostrar a glória de Deus no casamento e tudo o que Deus nos dá na aliança matrimonial. E nós devemos encorajar jovens cristãos a não adiar o casamento, e nem apressar o casamento, mas fazer do casamento uma prioridade nos anos críticos do início da vida adulta. Nessa causa, não temos tempo a perder” (Jovem, não enrole para casar! Disponível em: voltemosaoevangelho.com. Acesso em: 14 Set 2020).
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QUESTIONÁRIO |
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A respeito de “Esdras e Neemias Combatem o Casamento Misto ”, responda:
• No tocante aos casamentos mistos, qual era a recomendação do Senhor a Israel? “Não faças concerto com os moradores da terra, […] tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos” (Êx 34.12,16). • Qual foi a reação de Esdras ao tomar conhecimento de que os judeus haviam se unido às mulheres pagãs em casamento? Angustiou-se muito, rasgou as vestes e arrancou os cabelos, num sinal de pesar pela rebeldia do povo. • Que famoso rei de Israel comprometeu sua vida espiritual em consequência de casamentos mistos? Salomão. • No tocante ao casamento, o que recomenda a Bíblia para o crente? “Está livre para casar, contanto que seja no Senhor”. • Por que os casamentos mistos eram perigosos para o povo judeu? Porque ameaçavam a fé hebraica e a própria sobrevivência do povo de Israel. |
Pb Francisco Barbosa