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9 de agosto de 2020

ESPECIAL | Lição 7: O povo de Deus deve separar-se do mal | Pb Francisco Barbosa


ANO 12 | Nr 667| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN

Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
07


16 DE AGOSTO DE 2020


O povo de Deus deve separar-se do mal
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 7, 16 de agosto de 2020



TEXTO ÁUREO

“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei.” (2 Co 6.17)


VERDADE PRÁTICA

O mundanismo na Igreja corrompe os bons costumes e extingue a santidade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Esdras 2. 59-62; 4. 2,3; 6. 2-4


INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos estudar os preparativos que os judeus fizeram para pôr os alicerces da nova forma de vida que eles iniciaram em Jerusalém depois dos anos no cativeiro em Babilônia. Ali eles viveram espalhados pelo vasto território daquele reino, e agora iriam viver uma vida comunitária, conforme os ritos da lei
- No passado, Deus havia livrado Israel dos mercados de escravos do Egito no êxodo. Passados algumas centenas de anos mais tarde, antes dos acontecimentos de Esdras, Deus disse ao seu povo que se este optasse por quebrar a aliança feita com ele, Deus novamente permitiria que eles fossem escravizados por outras nações (veja Jr 2.14-25). Não foram poucas as vezes que Deus se manifestou ao seu povo para adverti-los do perigo da quebra da Aliança e apesar das repetidas advertências por intermédio dos seus profetas, Israel e Judá optaram por rejeitar o seu Senhor e participaram da adoração aos deuses estrangeiros, além de adotarem as práticas abomináveis que acompanhavam a idolatria. A Assíria e a Babilônia serviram como corretivo a fim de trazer o obstinado Israel de volta. Nossa lição se concentra no retorno do cativeiro babilônico, e assim como houve três levas de cativos de Israel para a Babilônia (605 a.C., 597 a,C., e 586 a.C;), também ocorreram três retornos para Jerusalém, durante um período de mais de nove décadas. Zorobabel retornou primeiro em 538 a.C. Ele foi seguido por Esdras, que liderou o segundo retorno em 458 a.C. Neemias fez o mesmo treze anos depois, em 445 a.C. Deus se mantém fiel à aliança feita com o seu povo e mais uma vez, liberta-os para uma nova vida plena de bênçãos. Vamos pensar maduramente a nossa fé?


I – SOMENTE OS JUDEUS RETORNARIAM A JUDÁ
1
Para uma pessoa ser considerada apta para fazer do grupo que iria transferir-se para Jerusalém, exigia-se que desse prova de sua linhagem, que provasse ser totalmente de Israel. Na primeira triagem foram excluídas 652 pessoas. Até alguns filhos de sacerdotes cujos nomes não foram achados nos registros das genealogias, foram rejeitados como imundos (Ed 2. 59-62). Os judeus mestiços, nascidos de casamentos mistos, durante o cativeiro na Babilônia, não fariam parte do grupo de judeus que retornariam a Judá. Somente aqueles que comprovassem a sua ascendência puramente judaica fariam parte daquele grupo. Deus não aceita mistura do deu povo com o povo do mundo. Não pode haver comunhão da luz com as trevas.

A história de Israel registrava uma amarga experiencia neste sentido. Quando os Israelitas, libertados pela mão do Senhor, se preparavam para ir a Canaã, um grande povo de ”mistura“, não israelita, queria acompanhá-los. Foi exatamente essa gente que durante o trajeto pelo deserto foi fonte inspiradora de murmuração (Nm 11.4).

A Bíblia diz: ”Estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida” (Mt 7.14). Não é lucro, e, sim grave prejuízo, alguém querer facilitar a entrada de “mistura de gente”, dando maior ênfase à QUANTIDADE do que à QUALIDADE. Jesus disse: ”Necessário vos é nascer de novo” ( Jo 3.7).
- Quando os judeus puderam voltar do exílio, muitos decidiram ficar onde estavam. O povo que voltou não tinha condições para reconstruir os muros de Jerusalém.
O castigo foi necessário para mostrar a Judá que Yahweh, o Senhor, é o fiel e verdadeiro Deus da aliança; para trazer seu povo de volta à verdadeira adoração e mostrar às nações quem era o Deus de Judá. Convivendo com pagãos na Babilônia, o povo eleito teve de aprender a separar a verdade de Deus dos ensinamentos e exigências pagãs, sem fugir (o que não podiam fazer), mas sem se contaminar. Os pagãos pensavam que sabiam como todos deviam proceder, nas refeições e em todas as áreas, e pressionavam os crentes daquele tempo. Depois da trajetória de rebeldia de Judá e agora no cativeiro, ao povo de Deus só restava praticar o que aprendera: a fidelidade ao Senhor da aliança não podia ser negociada de modo algum. Babilônia, nunca mais. “Em muitos aspectos, a experiência de Daniel é notavelmente parecida com a dos cristãos de hoje. Os estudantes cristãos numa universidade secular, ou os cristãos que confrontam a cultura contemporânea e o mundo intelectual atual se sentirão frequentemente como exilados numa terra estranha e hostil, assim como Daniel se sentiu. No entanto, o primeiro capítulo de Daniel sugere que é possível que alguém que crê no Deus verdadeiro se beneficie da instrução vigente. Ele mostra as provações, tentações e pressões com as quais ele pode deparar, mas também sugere como lidar com elas. Daniel conseguiu aprender a ciência babilônica sem fazer a mínima concessão quanto a qualquer ponto doutrinal ou moral. Na verdade, Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego conseguiram prosperar na Universidade de Babilônia, mas a fé que eles tinham permitiu-lhes verdadeiramente superar os seus contrapartes pagãos em seus próprios termos. Ao se tentar encontrar uma perspectiva bíblica sobre os valores e perigos do mundo intelectual atual, será útil examinar o exemplo de Daniel em detalhes.(Gene Edward Veith Jr. De todo o teu entendimento (São Paulo: Cultura Cristã, 2006), p.25.).
- As palavras de Jesus em Mt 7.13-14 nos ensina que tanto a porta estreita quanto a larga são tidas como dando entrada ao reino de Deus. Dois caminhos são oferecidos às pessoas. A porta estreita é pela fé, somente por meio de Cristo, apertada e exigente. Ela representa a verdadeira salvação, da maneira de Deus, que leva à vida eterna. A porta larga inclui todas as religiões de obras e de justiça própria, sem um caminho único (At 4.12), mas que leva ao inferno, não ao céu. Cristo enfatiza continuamente a dificuldade de segui-lo (Mt 10.38; 16.24-25; Jo 15.18-19; 16.1-3; At 14.22). A salvação é apenas pela graça, mas não é fácil. Ela exige conhecimento da verdade, arrependimento, submissão a Cristo como Senhor e disposição de obedecer apenas à vontade de Deus e à sua Palavra (Mt 19.16-28).


II – OS JUDEUS NÃO ACEITARAM A AJUDA DOS SAMARITANOS
1
Quem eram os samaritanos? Os samaritanos eram uma mistura de gente, na sua maioria de origem pagã. Este povo apareceu depois do ano 721 a.C., quando o reino de Israel foi derrotado pelo exército de Sargão II e as dez tribos do Norte levadas cativas para a Assíria. Por ordem do rei de Assíria foram trazidos povos de Babel, de Cuta, de Ava, de Hamate, de Sefarvaim, e habitaram cidades de Samaria em herança, e habitaram em suas cidades (2 Rs 17.24). Posteriormente, o rei da Assíria enviou-lhes um sacerdote de israelitas para ensinar ao povo da terra o tremor de Deus. Assim, os samaritanos temiam o Senhor, mas também serviam a seus deuses (2 Rs 17. 34-41). Representam muito bem uma vida na carne, da qual a idolatria é uma expressão (Gl 5.20).
- Depois da sua conquista pelos assírios, o monte central e a região da planície costeira do antigo Reino do Norte de Israel tornaram-se províncias assírias, tendo o conjunto sido chamado de “Samaria" em homenagem à antiga capital do Reino de Israel. O rei assírio, Sargão II, estabeleceu estrangeiros, provenientes de regiões bem espalhadas, também conquistadas pela Assíria, nas cidades israelitas abandonadas. Babilônia (Babel) e Cuta ficavam no sul da Mesopotâmia. Hamate era uma cidade no rio Orontes, na Síria. A localização exata de Ava e Sefarvaim é desconhecida. Esses povos, que se casaram com os poucos judeus que escaparam do exílio, tornaram-se os ‘samaritanos’ — um povo mestiço de judeus e gentios, que mais tarde seria odiado pelos judeus do Novo Testamento. O que chama a nossa atenção é o modo como o judaísmo foi difundido no meio dos samaritanos: algumas passagens das Escrituras apontam para o fato de que, ocasionalmente, os leões eram usados como instrumentos do castigo de Deus (1Rs 13.24; 20.36). Os recém-chegados interpretaram os leões como castigo do Deus de Israel, a quem eles viam como uma divindade que precisava ser apaziguada. Como não sabiam como agradá-lo, clamaram pela ajuda de Sargão II. Em resposta, o rei da Assíria ordenou que um sacerdote israelita voltasse do exílio para Samaria a fim de ensinar ao povo aquilo que o Deus da terra exigia em termos de adoração. Embora tenham sido ensinados corretamente como adorar a Deus, esse povo colocava Deus ao lado dos seus outros deuses numa forma eclética de adoração que era profana ao verdadeiro e único Deus vivo. Entre estes, serviam a Sucote-Benote, uma divindade cultuada por meio de orgias sexuais; Nergal, deus assírio da guerra; Asima, ídolo na forma de bode calvo; Nibaz, ídolo em forma de cão; Tartaque, representado por um jumento ou um corpo celeste, Saturno; Adrameleque, o mesmo que Moloque, adorado na forma do sol, de uma mula ou de um pavão; Anameleque, ídolo em forma de coelho ou cabra. A religião dos samaritanos era sincretista, combinando elementos do culto ao Senhor com práticas de adoração a deuses levados pelos assírios ali estabelecidos. O autor dos livros de 1º e 2º Reis mostra como a adoração sincretista dos samaritanos continuou por muitas gerações, até mesmo nos dias dele. A religião dos samaritanos não era, em seus fundamentos, nem um pouco diferente da religião desviada de Jeroboão I, que mandou erigir dois santuários com bezerros de ouro no seu reino, em Dã, no norte do país, e outro, em Betel, no sul, para que o povo não descesse à Jerusalém, no reino do sul, para adorar (1Rs 12.28-29).

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Os samaritanos ofereceram cooperação aos judeus. Quando os judeus começaram a construção do Templo, os samaritanos ofereceram-se para cooperar (Ed 4.1). Os judeus, porém, rejeitaram firmemente a proposta (Ed 4. 1-3). Igualmente quando da construção dos muros a cooperação dos samaritanos foi recusada (Ne 6.2,3). Esta atitude é bíblica, pois a Bíblia manda que nós devemos nos afastar daqueles que não tem a sã doutrina (1 Tm 6.3-5: Tt 3.10; 2 Jo 10,11). Igualmente devemos nos afastar daqueles que tem uma vida irregular (2 Pe 3.17; 1 Tm 6.20-21; 2 Ts 3.6,14) como também daqueles que causam divisões (Rm 16.17,18; 2 Pe 2.10,13,18; Jd 12,18,19).
- De fato, essa ajuda provinha dos inimigos idólatras samaritanos. Estes eram os inimigos de Israel na região, que resistiram ao restabelecimento dos judeus. A idolatria tinha sido a causa principal da deportação de Judá para a Babilônia, e a todo custo os judeus queriam evitar um outro exílio. Conquanto ainda passassem por problemas espirituais (Ed 9—10), eles rejeitavam qualquer tipo de religião mista, particularmente essa oferta de colaboração que tinha a sabotagem como objetivo. Nos dias de Neemias, Sambalate, Tobias e Gésen sabendo que não podiam impedir o projeto de Neemias tendo êxito numa campanha militar aberta, decidiram derrotá-lo por meio do engano.
- Transportando esse comportamento para a vida na igreja, qualquer pessoa na igreja que seja insubmissa e obstinada, bem como cause dissensão deveria ser expulsa. Duas advertências devem ser dadas, seguindo o modelo básico de disciplina eclesiástica apresentado por Cristo.. Ao tomar o texto de 2Jo 10 e 11, é importante frisar que a proibição não se refere a acolher pessoas que estão em desacordo a respeito de questões de menor importância. João se refere aos falsos mestres que estavam empreendendo uma campanha sistemática para destruir as verdades básicas e fundamentais do Cristianismo. A desvinculação total desses heréticos é a única linha de ação viável para os cristãos genuínos. Nenhum benefício ou ajuda de qualquer ordem (nem mesmo uma saudação) é admissível. Os cristãos devem ajudar somente aqueles que proclamam a verdade. A hospitalidade oferecida a esses líderes contribui para a propagação de suas heresias e, inevitavelmente, deixa a impressão de que os ensinos desses anticristos são aprovados.

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Os samaritanos procuraram aparentar-se com os judeus. Casaram com as filhas dos judeus, e deram filhas aos judeus em casamento. Alguns caíram nesta armadilha (Ed 9.1,2). Este assunto é tão sério e importante que merece um estudo em separado, o que iremos fazer na lição número 12
- Como era o caso antes das deportações pela Assíria e pela Babilônia, a liderança espiritual foi tão negligente quanto o povo, não se separando dos povos das outras terras, trazendo contaminação. A razão dessa exclusividade era manter o povo puro, íntegro espiritualmente. Na primeira colonização, Israel foi alertado a não fazer alianças com os gentios, o que resultaria em casamentos mistos e, inevitavelmente, no culto a deuses estrangeiros (Êx 34.10-17; Dt 7.1-5). Em grande parte, a violação contínua desse requisito precipitou o exílio de 70 anos do qual eles acabavam de regressar. Esdras descobriu que isso acontecera outra vez e pediu pelo arrependimento imediato. Mais tarde, Neemias (Ne 13.23-27) e Malaquias (Ml 2.14-16) observaram o mesmo pecado. Parecia inacreditável que os judeus tivessem enveredado tão rapidamente pelo mesmo caminho desastroso da idolatria. Nem a ira de Deus no exílio, nem a misericórdia de Deus no retorno foram capazes de impedi-los de se desviarem novamente. A descendência de Abraão que Deus havia separado não deveria se misturar com as outras nações, e se isso acontecesse, violaria a aliança com Deus (Dt 7.2-3). Esses casamentos com mulheres gentias certamente trariam a idolatria de volta na geração seguinte, de modo que Esdras reagiu energicamente.

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Os samaritanos tornaram-se inimigos dos judeus:
a.        Os samaritanos invejaram os judeus. Antes de os judeus terem chegado a Jerusalém, os samaritanos tinham uma certa liderança na região. Quando os Judeus chegaram e começaram a sacrificar ao único Deus verdadeiro e a adorá-lo, então a atenção dos habitantes da região passou para os judeus, e os Samaritanos perderam a sua posição privilegiada, e encheram-se de inveja (Jo 11.47; 12.19). Isto sempre foi assim. Os fariseus tinham inveja de Jesus, os sacerdotes tinham inveja da Igreja etc. (At 5.17,13,45; 17.5).
b.       Os samaritanos imaginaram que se conseguissem associar-se aos judeus gozariam do mesmo prestígio que estes. Quando os judeus não aceitaram nada da parte dos samaritanos, o ódio velado transformou-se em inimizade declarada
- a. Todas essas ocorrências contínuas de oposição por parte dos samaritanos demonstram a grave animosidade que existia entre os israelitas e esse povo misto que habitava as terras do antigo reino do Norte, animosidade que se iniciou quando os samaritanos construíram um templo rival no monte Gerizim (Jo 4.9) e perdurou até os dias do Novo testamento. Não fica claro o sentimento de inveja, mas sim de oposição à adoração ao verdadeiro e único Deus.
- b. Essa tentativa de associação, de fato, era parte do mesmo plano opositor. Não era aquilo que diz o ditado: ‘se não pode vencê-los, junte-se a eles’.



III – DEUS EXIGE SANTIDADE DO SEU POVO

Em toda a história do povo de Deus, observa-se que Ele, para manifestar-se no meio do seu povo, exige plena santidade. Deus espera que seu povo esteja sempre em comunhão com Ele, vivendo separado do mal.
1
Retornando do cativeiro, Israel separou-se do mal (2 Co 6.17; 7.1). Por isso a bênção de Deus os acompanhou, e eles conseguiram concluir a construção do Templo e reconheceram que “DEUS FIZERA ESTA OBRA” (Ne 6.16).
- A santidade sempre foi requerida por Deus e a prosperidade do povo dependia da obediência a esta ordem de separar-se dos demais povos e seus costumes idólatras.
- Em 2 Co 6.17-7.1, Paulo usou Is 52.11 e acrescentou detalhes à ordem para separar-se espiritualmente. Unir-se aos incrédulos não é somente irracional ou sacrilégio, mas uma desobediência à ordem de juntar-se com incrédulos. Quando os cristãos são salvos, eles devem apartar-se de todas as formas de falsa religião e apresentar uma mudança nítida de todos os hábitos pecaminosos e dos antigos padrões idólatras. Essa é urna ordem para que os crentes sejam como Cristo foi (Hb 7.26). Como resultado de se separarem da doutrina e das práticas falsas, os crentes conhecerão a total riqueza do que significa ser filho de Deus. De modo que, agora, a ordem é: ‘purifiquemo-nos’! A forma desse verbo grego utilizado por Paulo em 2Co 7.1, indica ser isso algo que cada cristão deve fazer em sua própria vida: purificar-se de toda impureza, ou seja, da corrupção religiosa, ou alianças profanas com ídolos, às festividades idólatras, às prostitutas do templo, aos sacrifícios e aos festivais de adoração. A falsa religião estimula os desejos humanos representados tanto pela "carne " como pelo "espírito". Enquanto alguns cristãos, por algum tempo, evitam sucumbir aos pecados carnais associados à falsa religião, o s cristãos que expõe sua mente ao falso ensino não pode evitar a contaminação das ideologias e blasfêmias diabólicas que atacam a pureza da verdade divina e blasfemam o nome de Deus.

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Quando Josué se preparou para passar o Jordão, ele disse ao povo: “SANTIFICAI-VOS porque amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós” (Js 3.5)
- Santidade é uma transformação progressiva, operada pelo Espírito, no coração daqueles que nasceram de novo. Isso é fato! A santidade inicia na conversão e esse processo só termina na glorificação. É exatamente isso que Paulo tem em mente quando afirma que estamos sendo transformados de glória em glória na imagem de Jesus (2Co 3.18). Mas o Espírito Santo não age em nós à parte de nossa vontade. A decisão de crescer e buscar diariamente uma vida de santidade precisa ser nossa, precisamos tomar a iniciativa de buscar crescer em santidade - “Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para salvação.” (1Pd 2.2); “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14); “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.” (2Pd 3.18).
- ““Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”. Nós somos as nossas próprias ferramentas. Deus utiliza, não grandes talentos, mas vasos limpos. Deus usa homens e mulheres que buscam a santidade. A vitória de Israel sobre seus inimigos não seria resultado de seus esforços humanos, mas da intervenção divina. As maravilhas divinas deveriam ser precedidas pela santificação do seu povo. É a santidade que abre caminho para as maravilhas divinas. Se queremos ver as manifestações portentosas de Deus em nós e através de nós, deveremos, então, santificar nossa vida. O pecado nos afasta de Deus e atrai sobre nós vergonha e opróbrio, mas a santificação é o caminho da comunhão e da honra.(hernandesdiaslopes)

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O anjo do Senhor visita o acampamento israelita. Antes de iniciar a conquista de Canaã, Josué recebeu a visita de um anjo. Josué então lhe perguntou: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” E a resposta que recebeu foi: “Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo!” (Js 5.13-15)
- É importante aqui esclarecer que em Josué 5.13-15, príncipe do exército do SENHOR, é uma referência ao Senhor Jesus Cristo na sua aparência pré-encarnada, ou seja, uma Cristofania. Ele veio como o Anjo (Mensageiro) do Senhor, e como se fosse homem. Josué corretamente o reverenciou em culto. O príncipe, com espada em punho, exibiu uma postura indicativa de que estava pronto para dar a Israel a vitória sobre os cananeus. Essa advertência evitou que Josué se colocasse de maneira afoita e despreparada na presença de Deus!

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Israel é derrotado pela pequena cidade de Ai. Quando Josué, com o rosto em terra, perguntou ao Senhor o porquê daquela derrota, o Senhor respondeu: “SANTIFICAI-VOS para amanhã” (Js 7.11.13). “Anátema há no meio de vós, Israel; diante dos vossos inimigos não podereis suster-vos, até que tireis o anátema do meio de vós” (Js 7.13). O pecado descoberto, foi desarraigado, e então disse a Josué: “Levanta-te e sobe a Ai. Olha que te tenho dado na tua mão o rei de Ai, e seu povo e a sua cidade, e a sua terra” (Js 8.1). Deus exige santificação de seu povo para poder operar no meio dele
- É interessante notar que há quatro passos progressivos no pecado de Acã: "vi... cobicei-os... tomei-os... estão escondidos". O pecado de Davi com Bate-Seba seguiu o mesmo padrão (25m 11; cf. Tg 1.14-15). Desde Adão, nossos pecados também seguem essa linha. Nesse episódio, Deus havia provocado soberanamente a derrota anterior de Israel por causa da desobediência de Acã. Mas, depois de descoberto o pecado e expurgado do meio do povo, apesar do enorme número de Israel, Deus continuou sendo a força soberana de Israel concedendo-lhe vitória.



IV – DEVEMOS MANTER UMA VIDA DE SEPARAÇÃO DO MAL
1
Os judeus mantiveram-se separados dos samaritanos. Se os judeus tivessem aberto a porta para uma união com os samaritanos, estes, provavelmente, ter-se-iam mostrado afáveis e pacíficos no início, mas teriam perturbado a união que havia entre os judeus. Teriam participado do culto dos judeus, e afastado a presença do Senhor, uma vez que Deus não se une à idolatria. Vale a pena manter a separação com o mundo
- “Antes de alcançar a conquista da terra prometida por Deus, Josué convidou o povo a se purificar de tudo que não fosse de Deus. Essa ordem divina era para os sacerdotes, para os levitas, para os homens, mulheres e crianças. Todos precisavam se santificar. Com isso aprendemos que todo o povo de Deus deve buscar a santidade. Santidade não tem idade. Todos precisam buscar a santificação como o seu maior tesouro. Todos devem desejar Deus mais do que suas bênçãos. Todos devem buscar a semelhança com Cristo mais do que o sucesso pessoal. Todos devem querer Deus mais do que qualquer outra coisa nesta vida. Ser santo não é uma opção de vida apenas; é uma ordem clara de Deus que todos devem obedecer sem questionar(ibmjcatarina).

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A Bíblia mostra exemplos de servos de Deus que duvidaram se valia a pena manter a linha de separação do mal.
a. O salmista Asafe escreveu no Salmo 73: “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração e lavado as minhas mãos na inocência (Sl 73.13). Ficou profundamente perturbado, mas Deus o ajudou a encontrar a resposta. “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles” (v.17). O salmista ficou tranquilo: “Todavia estou de contínuo contigo, tu me seguraste pela minha mão direita. Guiar-me-ás com teu conselho e depois me receberás cm glória” (vv. 23,24). Asafe entendeu que valia a pena servir ao Senhor.
b. Malaquias respondeu aos que diziam ser inútil servir o Senhor (MI 3.15), dizendo: “[…] Há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve” (MI 3.16,17). Vale a pena servir ao Senhor!
- a. O Salmo 73 ilustra o resultado de se permitir que a fé em Deus seja sepultada sob a autopiedade. Asafe ficou deprimido quando comparou a aparente prosperidade dos ímpios, os quais parecem seguir pela vida com boa saúde, e depois enfrentam uma morte indolor, com as dificuldades de se ter uma vida reta. Todavia, sua postura muda completamente. Ele olha para a vida a partir da perspectiva de estar sob o controle de um Deus santo e soberano, e conclui que são os ímpios, e não os justos, que têm andado às cegas. Os ímpios insistem em viver como se Deus não fosse onisciente e não soubesse o que acontece na terra.
- b. Os arrogantes e perversos, aparentemente impunes, tentam a Deus ao testar até onde podem ir na prática do mal. Malaquias 3. 10 nos mostra Deus convidando seu povo a ver até onde ele vai na concessão de bênçãos. Malaquias encerra com uma palavra de encorajamento para o remanescente fiel, que ao ouvirem as advertências acerca do castigo, os adoradores justos e sinceros que amavam e serviam ao Deus de Israel temeram ser aniquilados quando viesse a ira de Deus. Para encorajar o remanescente piedoso, Malaquias observa que Deus não se esquecia daqueles que "temem ao SENHOR e [...] se lembram do seu nome". O memorial pode ser uma referência ao "livro da vida" no qual os nomes dos filhos de Deus estão registrados.

3
Devemos viver conforme a vontade do Senhor. “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pe 4.2). Qual seria então a vontade de Deus para conosco? A Bíblia diz: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Ts 4.3). Já observamos que santificação significa uma vida que se abstém das coisas que não agradam a Deus, conforme a Palavra: “Apartai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo” (2 Co 6.17), e: “Aperfeiçoando a vossa santificação no temor de Deus” (2 Co 7.1). Devemos sempre muito desejar ser-lhe agradáveis (2 Co 5.9), andando dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo (Cl 1.11), guardando seus mandamentos, e fazendo o que é agradável à sua vista (1 Jo 3.22).
- Tudo na Palavra de Deus contém a sua vontade, tanto as afirmações como as proibições. Especificamente, a vontade de Deus inclui a salvação (1Tm 2.4), o auto-sacrifício (Rm 12.1-2), o enchimento do Espírito (Ef 5.18), a submissão (1Pe 2.13-15), o sofrimento (1Pd 3.17), a satisfação (1Ts 5.18), a perseverança (Hb 10.36), e a santificação, a qual refere-se, no sentido literal, à condição de estar separado do pecado para a santidade. No contexto de 1Ts 4.3, quer dizer especialmente estar separado da impureza sexual, manter-se afastado da imoralidade ao seguir as instruções contidas nos versículos 4-8 do referido capítulo. “A santificação é uma exigência para ser observada hoje. Se Deus vai fazer maravilhas amanhã e se a condição indispensável para essas maravilhas é a santificação do povo, então, devemos nos santificar hoje. Não podemos adiar essa ordenança divina. A santificação é para hoje e não apenas para a eternidade. Na eternidade seremos glorificados. Mas, aqui começa o processo da santificação. Hoje é o dia de nos consagrarmos a Deus. Agora é o tempo de colocarmos tudo sobre o altar e voltarmo-nos para o Senhor de todo o nosso coração(hernandesdiaslopes).

4
Bênçãos acompanham os que vivem conforme a vontade de Deus! Deus garante, aos que assim vivem, plena vitória contra os ataques do Diabo. O crescimento espiritual deles está garantido (CI 1.6,10). O Espírito Santo tem plena liberdade para atuar em suas vidas, e eles tornam-se preparados para serem usados por Deus em sua obra (2 Tm 2.19-21). E, acima de tudo, aqueles que vivem segundo a vontade de Deus, estão preparados para o arrebatamento! ALELUIA! VALE A PENA VIVER NA VONTADE DE DEUS! (Hb 12.15; 15.5,23)
- O conceito-chave do Novo Testamento chama o cristão a viver de modo consistente com sua identificação com o Senhor que o salvou, frutificando em toda boa obra. O fruto espiritual é o resultado de uma vida de justiça. A Bíblia identifica o fruto espiritual como levar pessoas a Cristo (1Co 16.1,5), louvar a Deus (Hb 13.15), fazer uma oferta financeira (Rm 15.26-28), viver uma viria piedosa (Hb 12.11), demonstrar atitudes santas (Cl 5.22-23). O crescimento espiritual não pode acontecer à parte do pleno conhecimento de Deus (1Pe 2.2; 2Pe 3.18). As evidências do crescimento espiritual incluem um profundo amor pela Palavra de Deus (Sl 119.97), uma obediência mais perfeita (1Jo 2.3-5), unia base doutrinária consistente (1Jo 2.12-14), uma fé crescente (2Ts 1.3; 2Co 10.5) e um grande amor pelos outros (Fp 1.9). A marca de que Deus é o dono dos cristãos, é a busca de santidade por parte deles (1Co 6.19-20; 1Pd 1.15-16). “A santificação torna o povo de Deus o receptáculo das maravilhas divinas. Quando o povo de Deus se santifica, Deus opera maravilhas em seu meio. As maravilhas divinas não são feitas apenas por nós, mas, sobretudo, em nós. Somos o receptáculo dessas maravilhas e em seguida, os instrumentos por meio dos quais essas bênçãos fluem para o mundo. Somos abençoados para sermos abençoadores. Pela santificação tornamo-nos imitadores de Deus e canais das bênçãos de Deus para o mundo inteiro(hernandesdiaslopes).




QUESTIONÁRIO

A respeito de “O Povo de Deus deve Separar-se do Mal”, responda

• Qual a condição imposta pelos líderes israelitas para a volta dos exilados?
R: Que provassem ser israelitas.
• Na primeira triagem, quantos exilados foram impedidos de voltar?
R: Foram impedidos de voltar 652.
• Por que os judeus não aceitaram a ajuda dos samaritanos?
R: Porque, como povo de Deus, não podiam se colocar sob um jugo comum com os incrédulos.
• Por que os samaritanos procuraram se associar aos judeus?
R: Para poderem desfrutar do mesmo prestígio que os judeus desfrutaram no que tange ao verdadeiro culto a Deus.
• Por que o povo de Deus não deve se misturar com os incrédulos?
R: Para que não percamos nossa condição como povo de Deus.

Pb Francisco Barbosa