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16 de agosto de 2020

ESPECIAL | Lição 8: As causas da desunião devem ser eliminadas | Pb Francisco Barbosa


ANO 12 | Nr 668| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN

Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
08


23 DE AGOSTO DE 2020


As causas da desunião devem ser eliminadas
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 8, 23 de agosto de 2020




TEXTO ÁUREO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (SI 133.1)


VERDADE PRÁTICA

A união é uma força indispensável para a Igreja. É um testemunho diante do mundo e um estímulo para o crescimento da obra de Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 5.1,6-12


INTRODUÇÃO

Veremos nesta lição um conflito que surgiu entre diferentes classes sociais, e como o problema foi solucionado
- A reconstrução de Jerusalém e da vida religiosa do povo de Deus, seria realizada depois do cativeiro, tanto pelos judeus que concluíram a construção do templo em 516 a.C., quanto por Esdras e Neemias, depois deles. Tal reconstrução da vida religiosa dos israelitas, exigiu determinação e abnegação, para que pudesse ser levada a bom termo. Muitos inimigos precisaram ser vencidos, inclusive dentro do próprio povo, a desunião devido o descompromisso de alguns. Esta mesma determinação e abnegação será exigida de todos aqueles que estiverem empenhados em trabalhar em prol da obra de reino, que será uma necessidade sempre presente, enquanto estivermos neste mundo. Vamos pensar maduramente a nossa fé?


I – A UNIÃO CARACTERIZAVA OS JUDEUS LIBERTOS DO CATIVEIRO
1
Qual era a base desta união?
a. Todos eram do mesmo povo, e confessavam a sua fé no único Deus verdadeiro. O altar havia sido renovado, o Templo levantado, e o culto a Deus restaurado, conforme os ritos da lei.
b. Todos haviam experimentado o despertamento que se havia iniciado pelo rei Ciro. Todos haviam cooperado ativamente para a restauração da cidade de Jerusalém
- a. Há de se notar aqui que o povo autorizado a retornar para Jerusalém, nem todos tinham pureza étnica comprovada, à luz de Esdras 2.59-63 e Neemias 7.61-65. No entanto, a reprovação deles não acabou em deportação, continuaram entre os moradores da terra aguardando o Urim e o Tumim (Ed 2.63; Ne 7.65).
- b. Mais uma vez o comentarista insiste na ideia de que o rei Ciro experimentou o despertamento espiritual, pelo menos é o que está expresso aqui - o despertamento que se havia iniciado pelo rei Ciro. Já foi elucidado em lição anterior que somente o povo de Deus pode receber o despertamento espiritual e pelo que temos, o rei Ciro não se converteu ao Senhor de toda a terra. Ciro foi instrumento nas mãos do Eterno para dar continuidade ao Seu plano redentor. Para abençoar o Seu povo Ele pode em Seu poder e soberania, até mesmo usar aqueles que não O conhecem, tal como era o caso de Ciro (Is 45.4).
Deus operou através de Ciro, determinando que os povos vizinhos de Israel, lhes dessem provisões para a reconstrução da vida deles na Palestina, bem como determinou que todos os utensílios sagrados do templo, que haviam sido levados para Babilônia nos dias de Nabucodonosor, retornassem a Jerusalém.(retornoevangelhoverdadeiro).

2
Esta união entre os judeus simboliza a união que deve haver na Igreja de Deus (Gl 6.16). Também na Igreja há muitas coisas unificantes. Todos experimentaram o novo nascimento. Todos que nasceram de novo amam aos que são nascidos por Ele – Jesus. Todos na Igreja são aproximados uns dos outros, porque Cristo derrubou o muro da separação que havia entre gentios e judeus, tornando-os uma verdadeira “Família de Deus” (Ef 2.12-19). Esta união não se baseia em nacionalidade, nível social ou cultural, mas todos são UM EM CRISTO (GI 3.28). No meio da Igreja opera o Espírito Santo, o qual faz com que todos se tornem um coração e uma alma (At 4.32). Quando a Igreja vive cheia do Espírito Santo, a união funciona em sua plenitude, e, então, ela se torna uma antessala do céu. Consideremos algumas bênçãos decorrentes da união:
a. Os crentes sentem apoio espiritual para a sua vida. Muitos crentes vivem cercados de pessoas que são contrárias à sua fé. São alvos de críticas e de isolamento, seja no trabalho, na escola ou na família. Que riqueza então é chegar à igreja e encontrar o ambiente fraternal e a união que predomina entre os irmãos! Ouçamos o que diz o salmista: “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união…” (SI 133.1).
b. Na igreja levamos as cargas uns dos outros (GI 6.2). Existem cargas que cada um tem de levar sozinho (GI 6.5). Mas existem também cargas em que podemos ajudar uns aos outros. Que bênção na hora de aperto, saber que a igreja pode ajudar em oração!
c. A união nos faz fortes. Uma ovelha sozinha é facilmente arrebatada, mas quando está com o rebanho é protegida. Uma pedra sozinha, pode ser levada ou jogada, porém, quando estiver edificada dentro do muro, é mais difícil tirá-la (1 Pe 2.4,5).
d. Uma igreja que vive em união, tem um testemunho maravilhoso. Jesus disse que através dessa união o mundo conheceria que Ele foi enviado por Deus (Jo 17.21,23; 13.35). Pela união o mundo conhecerá também os verdadeiros discípulos de Jesus (Jo 13.35).
- A Igreja é caracterizada pela comunhão que mantem com o Senhor Jesus Cristo e pela unidade espiritual de seus membros. Todo aquele que confia somente em Cristo para a salvação, seja judeu ou gentio, é levado à união espiritual e intimidade com Deus. Essa é a reconciliação de 2Co 5.18-21. A obra expiatória realizada por meio da morte de Cristo na cruz retirou o castigo do pecado, e por fim, até mesmo a sua presença. A unidade observada na Igreja de Cristo não é um mero fenômeno social. É o resultado da ação direta do Espírito Santo na vida daqueles que recebem a Jesus como o seu único e suficiente Salvador (Ef 2.19). É uma comunhão, aliás, que ultrapassa ao ajuntamento da congregação dos filhos de Israel que, nos momentos de crise, reuniam-se como se fossem um só homem (Jz 20.1). Hoje, a Igreja permanece unida, universal e invisível, no Espírito Santo e assim estará para todo o sempre!
- a. Não é conhecido em que momento Davi escreveu o Salmo 133, talvez tenha sido motivada pela chegada das nações, em união, à sua coroação, como registrado nos textos de 2Sm 5.1-3 e 1Cr 11.1-3. Essa lição sobre a união fraternal seria útil aos filhos de Davi, que eram adversários entre si; por exemplo, Absalão assassinou Amnom (2Sm 13.28-33) e Adonias tentou usurpar o direito de Salomão ao trono (1Rs 1.5-33). Todos aqueles cuja linhagem pode ser traçada a Abraão, Isaque e Jacó, são os irmãos a quem Davi se refere, e a união descrita no salmo é a nacional, sendo a união espiritual o alicerce. Essa deveria ser a ênfase, aqui, pois esses cânticos eram entoados pelos peregrinos judeus que viajavam para as três grandes festas. A comunhão é o "vínculo de unidade fraternal mantida pelo Espírito Santo e que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo" (Dicionário Teológico, CPAD). A palavra grega koinonia traz a ideia de cooperação e relacionamento espiritual entre os santos. A comunhão da Igreja Primitiva era completa (At 2.42). Reuniam-se em oração e súplica, mas também reuni­ram-se para socorrer os mais necessitados. A comunhão de sua igreja tem como modelo os cristãos de Jerusalém? Ou não passa de um mero ajuntamento social? Como dito antes, o alicerce da verdadeira comunhão é a unidade espiritual.
- b. Levar as cargas uns dos outros diz respeito aos fardos muito pesados que, aqui, representam as dificuldades ou os problemas com que as pessoas acham difícil lidar. "Levar" indica carregar algo com perseverança, a lei de Cristo. A lei do amor que cumpre toda a lei (Gl 5.14; Jo 13.34; Rm 13.8,10).
- c. Um dos muitos benefícios da união fraternal dos irmãos é a segurança e proteção “Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Ec 4.12).
- d. Uma igreja que cultiva a comunhão e não se acha dividida só tem a crescer: "[...] E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (At 2.47b). A Igreja como a agência por excelência do Reino de Deus não pode ficar estagnada. Haverá de crescer local e universalmente.

3
Esta união é uma verdadeira força. Foi por causa da união que os judeus, numericamente inferiores aos seus inimigos, conseguiram construir o Templo, e também os muros da cidade. Esta união é também o segredo da vitória da Igreja. O santo óleo desce da cabeça do Sumo Sacerdote Jesus Cristo, e os crentes vivem em união (SI 133.1,2). Jesus disse: “Eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam UM” (Jo 17.22). Sejamos, pois, UM; assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são UM (1 Jo 5.7). O autor de Eclesiastes já dizia: “O cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Ec 4.12).
- No Salmo 133 Davi faz menção ao ‘óleo... sobre a barba de Arão’, referindo-se à unção de Arão como sumo sacerdote da nação (Êx 29.7; 30.30), o que demonstraria alta prioridade para as ricas bênçãos espirituais. Pentecostais que somos, acredi­tamos piamente que Deus ainda opera sinais e maravilhas entre o seu povo. Mas, para que isso ocorra, é urgente que vivamos uma perfeita comunhão com o Pai e com cada um de seus fi­lhos. Lucas realça que, na Igreja Primitiva, o sobrenatural era algo bastante natural entre os crentes: "e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos" (At 2.43). O segredo? A comunhão. A base dessa unidade centra-se na adesão à revelação que o Pai deu aos primeiros discípulos por meio do Filho. Os crentes também devem estar unidos em fé comum na verdade que é recebida na palavra de Deus (Fp 2.2). Isso não é mais um desejo, mas tornou-se realidade quando o Espírito veio (At 2.4; 1Co 12.13). Não é uma unidade experimental, mas a unidade de vida eterna comum partilhada por todos que creem na verdade, e resulta no corpo de Cristo, todos partilhando da vida dele.



II – A UNIÃO ENTRE OS JUDEUS ESTAVA AMEAÇADA
1
Qual era a ameaça? Tratava-se de uma grande injustiça social. Financeiramente, a vida dos que voltaram da Babilônia era bem difícil. Muitos eram obrigados a tomar dinheiro emprestado, não só para seu sustento, como também para pagar o imposto do governo. Tomavam emprestado dos seus irmãos mais ricos, os quais cobravam juros altos, até mesmo com usura. Quando os mais pobres não conseguiam pagar os empréstimos tomados, os irmãos mais ricos executavam as dívidas, tomando as casas, as terras, e até mesmo os filhos e as filhas dos devedores (Ne 5.1-5). Isto foi causa de grande clamor entre os Judeus. Este assunto chegou ao conhecimento de Neemias, o qual ficou muito enfadado (Ne 5.6).
- A oposição dos inimigos e os tempos difíceis em geral tinham precipitado condições econômicas de efeito devastador para a frágil vida daqueles de Judá. O efeito dessa extorsão sobre a moral dos que haviam retornado era pior do que a oposição do inimigo. Os nobres, além de não trabalhar na reconstrução e manter alianças com os inimigos (Ne 3.5), afligia seus irmãos mais pobres com a usura. O povo estava fatigado com o trabalho árduo, esgotado pelo contínuo assédio dos inimigos, pobre e sem as condições mínimas de sobrevivência, sem dinheiro para os impostos e fazendo empréstimos, trabalhando no muro em vez de no campo pelo alimento. Além de tudo isso, havia reclamações contra a terrível exploração e extorsão feita pelos judeus ricos que não estavam ajudando, mas forçavam as pessoas a vender suas casas e seus filhos, sem que tivessem qualquer perspectiva de resgatá-los no futuro. Em condições normais, a lei oferecia a esperança do livramento desses moços mediante a remissão das dívidas, o que acontecia a cada sete anos, ou no 50º ano do Jubileu (Lv 25). O costume da redenção tornava possível "comprar de volta" o indivíduo escravo em qualquer momento, mas a situação financeira desesperadora desses tempos fazia com que isso parecesse impossível. Então, a Lei Mosaica que previa alguns dispositivos para evitar injustiças sociais, como a lei do levirato, e os exemplos citado, foram pervertidos para usufruto inescrupuloso dos mais abastados. Em todas as épocas isso aconteceu no meio do povo de Deus, e foi contra essa interpretação maldosa da Lei que jesus pregou e importunou os doutores da lei. No caso em estudo, Neemias repreendeu os nobres e magistrados não somente pela usura e falta de compaixão para com os irmãos, mas também pelo descompromisso para com o projeto de reedificação (Ne 3.5), enquanto a lealdade deles a Tobias e a outros adversários aumentava ainda mais as atitudes oportunistas, colocando-os muito próximos da posição dos inimigos. Eles haviam se tornado os adversários internos. De acordo com a lei mosaica, se a pessoa era miserável, eles deviam considerar o empréstimo como uma doação. Se a pessoa tivesse condições de pagar mais tarde, teria que ser livre de juros (Lv 25.36-37; Dt 23.19-20). Essa generosidade era a marca dos piedosos (SI 15.5; Jr 15.10; Pv 28.8).
2
Como se explica esta grande injustiça?
a. Em primeiro lugar era uma expressão de FALTA DE AMOR dos mais ricos para com os mais pobres. Desta forma os mais ricos pecavam contra seus irmãos mais pobres, não lhes dando o devido valor. A Bíblia diz que cada um deve considerar “os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3), e que devemos suportar “uns aos outros em amor” (Ef 4.2). Por falta de amor, os ricos chegaram a cobrar juros com usura, coisa proibida na lei (Lv 22.36; Êx 22.25). O assunto é muito sério, porque a Bíblia diz que quem peca contra o irmão, peca contra Cristo (1 Co 8.12).
b. A atitude dos ricos era uma expressão de DUREZA CONTRA SEUS IRMÃOS. Eles queriam ficar ainda mais ricos às custas da miséria de seus irmãos mais pobres. Não lhes importava o choro de seus irmãos (Ne 5.1). “A opressão faz endoidecer até o sábio” (Ec 7.7).
- a. A cobrança de juros altos sobre um empréstimo era proibida pela lei mosaica (Êx 22.25), que também obrigava o povo a ser generoso com os pobres, emprestando-lhes livremente, e cancelando a dívida no ano da remissão, que acontecia de sete em sete anos (Dt 15.1-11). Também os que se tivessem vendido deveriam ser despedidos forros no sétimo ano, e enriquecidos pelo seu senhor (Dt 15.12-15). Assim, vemos que a Lei previa algo muito além daquilo que outras culturas contemporâneas aos judeus daqueles dias jamais preveriam. A luta contra a injustiça social permeou os ministérios de diversos profetas, apontando para um comportamento que é intrínseco do ser humano – o desamor. Mesmo com a Lei que foi entregue pelas mãos de Deus à Moisés, o povo vivia como se não tivesse Lei e, pior, interpretando conforme seu bel-prazer. O apóstolo Paulo escreve em 1º Timóteo 6.10: "o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores", e Tiago, irmão do Senhor: "onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa" (Tg 3.16). O amor ao dinheiro continua perturbando a igreja de Deus no mundo, a começar por Ananias e Safira, que mentiram ao Espírito Santo sobre o produto da venda de um imóvel e por isso foram executados (At 5.1-10). Quantos irmãos nossos, hoje, padecem necessidade e deixamos de socorrer com a desculpa que o que temos é corbã? (Mt 5.23,24). É importante frisar que desprezar os deveres de piedade filial em nome da religião é invalidar a palavra de Deus! O problema aqui não era apenas FALTA DE AMOR, mas era tornar inválida a Lei, não socorrendo os necessitados e aflitos mas subjugando-os, exploravam o povo, tirando vantagem da carência de alimentos. “O cristianismo atualmente é objeto da zombaria do mundo. Em grande parte isso é devido à conduta dos que se dizem cristãos, mas agem de forma igual ou mesmo pior do que os descrentes, negando assim a santificação que se espera daquele que leva o nome de Cristo. Cuidemos para que nós próprios não estejamos contribuindo para essa situação deprimente.(bible-facts.info).
- b. Ao saber do que estava acontecendo, Neemias se indignou muito e procurou resolver o problema rapidamente; convocou os nobres e magistrados que exploravam o povo, tirando vantagem da carência de alimentos e acusou-os do crime de cobrar juros dos seus compatriotas e convocou uma grande reunião contra eles. Confrontados por Neemias, eles ficado em silêncio, Neemias declarou que não era certo o que faziam, e que deviam andar no temor de Deus para evitar a zombaria dos outros povos, seus inimigos.



III – NEEMIAS SOLUCIONOU O PROBLEMA
1
Neemias convocou um grande ajuntamento (Ne 5.8). Reuniu o povo e lembrou a todos que os irmãos mais pobres estavam sendo literalmente escravizados. Confrontou-os com sua injustiça, perguntando-lhes: “Vender-se-iam a nós? Então se calaram e não acharam o que responder” (Ne 5.8).
- Neemias denunciou com severidade justificada a conduta iníqua de vender um irmão por meio da usura. Ele contrastou essa atitude à sua própria de redimir com o próprio dinheiro alguns dos judeus exilados, que por causa de dívidas tinham perdido a liberdade na Babilônia. Reunida a assembleia, Neemias lembrou-os que na medida do possível ele e seus companheiros haviam comprado de volta os judeus que haviam sido vendidos a outros povos. Agora estes aproveitadores estavam até vendendo seus irmãos, e assim eles teriam que ser vendidos a Neemias e seus companheiros de novo.

2
Neemias fez uma proposta conciliadora. “Deixemos este ganho!” Restituí-lhes hoje!” (Ne 5.10,11). Neemias Inclui-se na proposta. Ele e seus auxiliares haviam emprestado a juro (notem bem, a juro, mas não com usura!), e Neemias estava disposto a não receber os juros (Ne 5.10).
- Neemias estabeleceu o exemplo ao novamente; emprestar dinheiro, mas sem cobrar juros. Neemias deu a subentender que ele próprio poderia ter se aproveitado da situação para enriquecer como aqueles outros. Mas ele não quis ter esse lucro ilícito. Para remediar o mal que eles haviam causado, os culpados de usura deviam devolver a propriedade confiscada àqueles que não podiam pagar os empréstimos de volta, bem como devolver os juros cobrados.

3
A proposta de Neemias foi acatada. “Restituir-lho-emos, e nada procuraremos deles; faremos assim como dizes” (Ne 5.12). Neemias fez com que jurassem diante dos sacerdotes que assim fariam (Ne 5.12). Um ato simbólico de Neemias confirmou aquele juramento solene (Ne 5.13).
- A consciência dos culpados foi tocada pelas palavras de Neemias, tanto que o temor, vergonha e contrição os fizeram jurar pelo resgate das dívidas e restauração das propriedades e dos juros, inclusive libertando os escravos. Esse cancelamento das dívidas promoveu a união de ambos os lados do compromisso. Os processos eram consumados formalmente quando as pessoas envolvidas faziam um juramento solene diante dos sacerdotes (com eles como administradores) que seriam fiéis a esse compromisso. Em 5.13 temos a descrição de um ritual de imprecação (Também sacudi o meu regaço) do governador, Neemias, clamava pela ira de Deus para todo aquele que não cumprisse o seu compromisso de abrir mão das dívidas. O povo concordou e agiu de acordo com o prometido.



IV – A PAZ VOLTOU A REINAR ENTRE OS JUDEUS
1
Surgindo um problema entre os irmãos, deve logo ser tratado com muita diligência. Quando um líder do povo for ignorante, desinteressado ou negligente, o resultado poderá vir a ser uma contaminação grave. Faz parte das atribuições do ministro manter a boa ordem na igreja. Ele deve enfrentar os problemas com humildade, imparcialidade, e com sabedoria de Deus. Neemias foi neste sentido um exemplo para os que estão à frente da obra do Senhor. Assim como Deus fez com Neemias, Ele quer fazer com seus servos, hoje, isto é, Deus quer abençoar seus servos e confirmar as obras das suas mãos (SI 90.17).
- “Cauteloso, Neemias convocou os sacerdotes para ouvir uma declaração solene deles sob juramento, confirmando o que haviam prometido. Neemias ainda pronunciou uma praga sobre qualquer que não cumprisse o juramento: que Deus o despojasse de sua casa e de seus bens. Neemias era prudente, não confiava em promessas, portanto exigiu que o acordo fosse devidamente formalizado e estabeleceu uma forte sanção pela falta de cumprimento. Deveríamos confiar na palavra de um irmão na fé, mas infelizmente muitos se aproveitam da nossa confiança e acabamos sendo prejudicados. Um empresário cristão certa vez declarou: "Já não mais gosto de trabalhar com cristãos. Eu prefiro muito mais fazer negócios com gente do mundo porque automaticamente os vigio de perto. Mas o crente - eu assumo que ele é honesto, mas isso nem sempre é o caso". Todos na assembleia confirmaram o acordo, e louvaram o SENHOR. E o povo cumpriu o que prometera.(bible-facts.info). A graça do Senhor pressupõe seu prazer, aprovação e favor. Pela misericórdia e graça de Deus, a vida de uma pessoa pode ter valor, importância e significado (1Co 15.58). Não desprezemos ninguém na congregação dos justos, o preço pago foi altíssimo, todos têm o mesmo valor!

2
Problemas relacionais devem ser tratados carinhosamente. “Bem aventurados os pacificadores” (Mt 5.9).
a. A desunião representa uma obra da carne (Gl 5.19,20). Estas coisas entristecem o Espírito Santo (Ef 4.30).
b. A desunião destrói a comunhão e o amor entre os irmãos, coisa tão preciosa na Igreja. “Andai em amor como também Cristo vos amou” (Ef 5.2). “Quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (1 Jo 4.21). Jesus orou: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti” (Jo 17.21).
c. Finalmente devemos cultivar nosso testemunho diante do mundo. A união entre os crentes é o selo da estabilidade espiritual e da paz na Igreja (Jo 17.4)
- O amor de Deus se estende até mesmo aos seus inimigos. Esse amor universal de Deus é manifesto em bênçãos que Deus concede a todos de maneira indiscriminada. Os teólogos chamam isso de graça comum. Deve ser diferenciada do amor eterno de Deus pelos seus eleitos (Jr 31.3), mas trata-se, de qualquer maneira, de boa vontade sincera (cf. SI 145.9).
- a. Como obra da carne, esse pecado caracteriza toda a humanidade não redimida que vive debaixo das impotentes exigências da lei que produz somente iniquidade, embora nem todas as pessoas manifestem todos esses pecados ou os exibam no mesmo grau. Em Gálatas 5 Paulo lista três áreas da vida humana: o sexo, a religião e os relacionamentos humanos. As "inimizades" resultam em "porfias" (conflito). Os "ciúmes" (ressentimento maligno) resulta em "iras" (súbitas e desenfreadas expressões de hostilidade). Deus se entristece quando seus filhos se recusam a mudar dos velhos caminhos do pecado para os caminhos justos da nova vida. Deve-se observar que essas reações do Espírito Santo indicam que ele é uma pessoa, fato indicado pelos seus sentimentos (Rm 8.27).
- b. Em seu amor altruísta pelos pecadores perdidos (Ef 4.32; Rm 5.8-10), o Senhor é o supremo exemplo. Ele tomou sobre si o pecado do ser humano e deu a sua própria vida para que as pessoas pudessem ser redimidas de seus pecados, recebessem uma natureza nova e santa e herdassem a vida eterna. Daí em diante, eles devem ser imitadores de seu grande amor em novidade e poder do Espírito Santo, o qual possibilita a eles demonstrar o amor divino, em aroma suave. A oferta de Cristo de si mesmo pelo ser humano caído agradou e glorificou o seu Pai celestial, porque demonstrou do modo mais completo e perfeito o soberano, perfeito, incondicional e eterno amor de Deus.
- c. O que une os crentes não são laços de sangue ou interesses em comum mas o amor incondicional de Cristo. Paulo faz uma descrição da Igreja de Cristo em 1 Coríntios 12:12-30 como um corpo, que tem de estar completamente unido para funcionar bem. Os membros são muito diferentes mas cada um tem um papel muito importante para a comunidade toda. Quando a Igreja está unida, mostra a glória de Jesus (Jo 17.22).



QUESTIONÁRIO

A respeito de “As Causas da Desunião devem der Eliminadas”, responda:

• O que caracterizava os judeus libertos do cativeiro?
R: A união.
• O que simbolizava a união entre os judeus que retornaram do cativeiro e Deus?
R: A união que deve haver entre Jesus e a Igreja.
• O que estava ameaçando a união entre os judeus?
R: A injustiça social.
• O que representa a desunião?
R: A desunião representa a obra da carne.
• De acordo com a lição, o que representa a união entre os crentes?
R: Representa o selo da estabilidade espiritual e da paz na Igreja.

Pb Francisco Barbosa