ANO 12 | Nr 669| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS
- TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução
de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN
Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
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09
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30 DE AGOSTO DE 2020
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Fonte:
Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 9,
30 de agosto de 2020
TEXTO ÁUREO
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“Mas em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou.” (Rm 8.37)
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VERDADE PRÁTICA
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Quando depositamos
nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que todos os
obstáculos que encontramos.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
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Neemias 4.8-20; 1 João
4.4; 5.5
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INTRODUÇÃO
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Na lição 7 observamos
como a construção dos muros em Jerusalém provocou uma dura resistência por
parte dos samaritanos. Nesta lição iremos observar, mais detalhadamente, as
diferentes formas dos seus ataques, e o modo como os judeus conseguiram
vencê-los e concluir a obra
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O viver cristão em meio as trevas resulta em guerra. O ingresso na vida cristã
na verdade, é um alistamento para uma guerra e o viver em Cristo, ao mesmo
tempo que é um treinamento, é também uma batalha constante e precisamos ter e
saber manejar as armas e equipamentos dados por Deus. Precisamos conhecer a
respeito desta batalha e as instruções sobre como vencê-la. A armadura
necessária para combater o adversário e opor-se a ele é concedida aos santos
pelo Senhor. Vamos tentar estabelecer nesta lição, brevemente, as verdades
básicas referentes à preparação espiritual necessária ao cristão, bem como as
verdades referentes ao seu inimigo, sua batalha, e sua vitória. Em última
análise, o poder de Satanás sobre os cristãos já está quebrado e a grande
batalha é ganha por meio da crucificação e ressurreição de Cristo, o qual
conquistou, para sempre, o poder do pecado e da morte (Rm 5.18-21; ICo
15.56-57; Hb 2.14). Todavia, durante a vida na terra, as batalhas da tentação
continuarão regularmente. Para que haja vitória, são exigidos o poder do
Senhor, do Espírito Santo e da verdade bíblica gravada em nossas mentes e corações. Vamos pensar
maduramente a nossa fé?
I – QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?
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A Bíblia revela a
verdadeira força por trás destes ataques. Ela diz: “Não temos que lutar
contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da
maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Portanto, nossa luta é antes de
tudo espiritual. Os inimigos visíveis são meramente instrumentos dos
demônios, os quais nos atacam. Desde que Lúcifer caiu em pecado no céu e foi
expulso de lá, ele tem sido o ADVERSÁRIO de Deus e de sua obra (1 Pe 5.8).
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Para descrever nosso combate, Paulo usa um termo para o combate corpo a corpo.
Lutar retrata trapaça e engano, como Satanás e sua legião quando atacam.
Confrontar a tentação enganosa requer a verdade e a justiça. As quatro
designações descrevem as diferentes classes e posições desses demônios, e o
império sobrenatural do mal no qual eles operam. As forças das trevas de
Satanás são altamente estruturadas para os propósitos mais destrutivos (Cl
2.15; 1Pe 3.22). Nosso combate é espiritual, não é contra o sangue e a carne (2Co
10.3-5), mas contra as forças espirituais do mal. Possivelmente diz respeito às
mais abomináveis depravações, incluindo coisas como extremas depravações
sexuais, ocultismo e a adoração a Satanás. Por estarmos em guerra constante
contra esses poderes, o crente deve estar sóbrio e vigilante. A firme confiança
no cuidado soberano de Deus não significa que o cristão pode viver de maneira
negligente. As forças exteriores do mal que vêm contra o cristão exigem que ele
permaneça alerta, vosso adversário. Nosso inimigo maligno maldiz os cristãos. Ele
e suas forças estão sempre ativos, procurando uma oportunidade para devastar o cristão
com a tentação, a perseguição e o desânimo (SI 22.13; 104,21; Ez 22.25).
Satanás semeia discórdia, acusa Deus para os homens, acusa os homens para Deus
e acusa os homens para os homens. Ele fará o que puder para arrancar o cristão
da comunhão com Cristo e do serviço cristão (Jó 1; Lc 22.3; Jo 13.27; 2Co
4.3-4; Ap 12).
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O reino das trevas possui uma organização. Existe uma estratificação de poder
no reino das trevas. Paulo fala de quatro designações descrevendo as diferentes
classes e posições desses demônios, e o império sobrenatural do mal no qual
eles operam. As forças das trevas de Satanás são altamente estruturadas para os
propósitos mais destrutivos (Cl 2.15; 1Pe 3.22). O Rev Hernandes Dias Lopes
escreve: “Existe uma cadeia de comando. Existem cabeças e subalternos.
Líderes e liderados. Quem manda e quem obedece; 3) o reino das trevas
articula-se contra a igreja. O diabo e seus demônios rodeiam a terra e passeiam
por ela. Eles investigam nossa vida, buscando uma oportunidade para nos atacar.
Esse inimigo não dorme, não tira férias nem descansa. Esse inimigo tem um variado
arsenal. Ele usa “ciladas” imetodeiá). Para cada pessoa, ele usa uma estratégia
diferente. Ele ousa mudar os métodos” (Lopes, Hernandes Dias. Efésios:
igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos,
2009. Pág. 176).
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Qual a orientação que
a Bíblia dá diante desta luta? Ela diz: “Portanto tomai toda a armadura de Deus, para
que possais:
a) RESISTIR NO DIA
MAU;
b) TENDO FEITO TUDO;
c) FICAR FIRMES (Ef
6.13). Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha fugir da luta, mas sim ficar firmes,
resistir, e vencer! (Tg 4.7)
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‘Tomar toda a armadura de Deus’ enfatiza a necessidade da apropriação,
por parte do cristão, de toda a armadura espiritual de Deus pela obediência em tomá-la
ou revestir-se dela.
a) RESISTIR NO DIA MAU - desde a queda do ser humano, todo dia tem sido
mau, uma condição que persistirá até o Senhor retornar e estabelecer o seu
próprio reino na terra.
b) TENDO FEITO TUDO - permanecer inabaláveis. O objetivo é permanecer firme
contra o inimigo sem hesitar ou cair.
c) FICAR FIRMES – isto é uma intimação para tomar uma posição firme
na batalha espiritual contra Satanás e seus subordinados. Seja para confrontar
as tentativas de Satanás para fazer-nos desconfiar de Deus, renunciar à obediência,
gerar confusões doutrinárias e falsidade, atrapalhar o serviço de Deus,
provocar divisões, servir a Deus na carne, viver de maneira hipócrita, ser
mundano, ou rejeitar, de qualquer modo, a obediência bíblica, essa armadura é a
nossa defesa.
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Nesta luta contra o
mundo invisível a arma mais eficaz é a fé. A Bíblia diz: “Quem é que vence o
mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Por
isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida
eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito Santo em
nossa vida (GI 3.2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha abalar
a nossa fé, porque “sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos não temer,
mas crer somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.27)
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A fé é a confiança básica em Deus. A confiança contínua do cristão na Palavra e
na promessa de Deus é absolutamente necessária "sobre todas as
coisas" para protegê-lo das tentações de toda sorte de pecado. Todo pecado
vem quando a vítima acredita nas mentiras e nas promessas de prazer de Satanás,
e rejeita a escolha melhor da obediência e bênção. As tentações são comparadas
a flechas flamejantes atiradas pelo inimigo e apagadas pelo escudo de couro
tratado com óleo (Ef 6.16; SI 18.30; Pv 30.5-6; 1Jo 5.4). A fé em Jesus Cristo
e a dedicação da vida a ele fazem do cristão um vencedor.
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Militar é combater; a palavra grega traduzida por "combate"
remete-nos à palavra "agonizar" no português e é usada em exercícios
militares e atividades atléticas para descrever: concentração, a disciplina e o
esforço extremo necessários para a vitória. O "bom combate da fé" é o
conflito espiritual contra o reino das trevas de Satanás no qual todos os homens
de Deus estão necessariamente envolvidos (2Co 10.3-5; 2Tm 4.2). É importante
que se diga que a fé salvadora é concedida quando ouve-se a respeito do
evangelho (Rrn 10.17), ou seja, "a mensagem a respeito de Cristo" - o
evangelho (Mt 28.19-20; At 20.21).
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O escritor aos Hebreus afirma que “sem fé, é impossível agradar a Deus”
(Hb 11.6). Enoque agradou a Deus porque teve fé. Sem essa fé, uma pessoa não
pode andar com Deus ou agradar a ele. A fé genuína não somente acredita que
existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o único Deus verdadeiro e
real que existe. Não crer que Deus existe equivale a chamá-lo de mentiroso (1Jo
5.10). Uma pessoa deve crer não somente que o verdadeiro Deus existe, mas
também que ele recompensará a fé que a pessoa deposita nele com perdão e
justiça, porque ele assim o prometeu (Hb 10.35; Gn 15.1; Dt 4.29; 1Cr 28.9; SI
58.11; Is 40.10).
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Nesta luta as armas
devem ser espirituais (2 Co 10.4). Só as armas espirituais atingem e alcançam os reais
inimigos, os demônios. As armas carnais só nos prejudicam, pois muitas vezes
levam-nos a dar lugar ao inimigo
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A ideia da vida cristã como uma milícia é comum no Novo Testamento. Embora um
homem, Paulo não lutava a batalha espiritual pelas almas dos homens usando a engenhosidade
humana, a sabedoria mundana ou metodologias inteligentes (1C o 1.17-25; 2.1-4).
Essas armas são impotentes nessa batalha e não têm poder para libertar as almas
das forças das trevas e levá-las à maturidade em Cristo. Elas não conseguem se
opor, com êxito, aos ataques satânicos ao evangelho, tais como aqueles feitos
pelos falsos apóstolos de Corinto. As forças do inferno só podem ser demolidas com
as armas espirituais empunhadas pelos cristãos piedosos — de forma singular, a
"espada do Espírito" (Ef 6.17), uma vez que apenas a Palavra de Deus
pode derrotar as mentiras satânicas. Essa é verdadeira batalha espiritual. E
aqui é importante que se diga que conhecer as Escrituras sem a devida
obediência e frequentar os cultos sem a genuína conversão não são suficientes.
Não obstante, o poder de Deus está disponível aos fiéis para “pisar
serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo” (Lc 10.19).
II – O INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FÉ
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O Inimigo ataca com a
arma do DESPREZO. Diziam: “que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em nós
mesmos somos fracos. Paulo disse: “Quando estou fraco então sou forte” (2 Co
12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em
perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram
“Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Nm
13.31), os israelitas recusaram-se a subir, recusaram-se a dar ouvidos à
mensagem de fé transmitida por Calebe, que dizia: “Certamente prevaleceremos
contra ela” (Nm 13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9)
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Ameaças e zombaria tornaram-se a principal estratégia para impedir a
reedificação dos muros de Jerusalém. Essa foi a estratégia usada por Sambalate
para desestabilizar o povo e impedir o avanço dos trabalhos. De fato, o povo
era pouco, desgastado pelas dificuldades, mas, quanto mais fraco o instrumento
humano, mais claramente brilha a graça de Deus. A exemplo do apóstolo dos
gentios, que disse sentir prazer em suas fraquezas, não que ele se agradava do
sofrimento em si, mas se alegrava no poder de Cristo revelado por meio dele.
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O caso dos espias é um pouco diferente, por que o desencorajamento partiu de
dentro do povo de Deus e não dos inimigos. O relatório dos dez espias foi
pecaminoso exagerou os riscos que o povo da terra representavam, procurou
suscitar e infundir medo no povo de Israel e, mais do que isso, expressou
atitude de falta de fé em Deus e nas suas promessas. Os espias relataram que a
terra era boa, no entanto, o povo era forte demais para ser conquistado. Calebe
fez calar o povo, isto é, pediu "Silêncio!" Isso implica que o relatório dos espias
provocou reação oral do povo. Calebe concordou com o relatório dos espias, mas
chamou o povo a subir e tomar a terra, sabendo que, com a ajuda de Deus, seriam
capazes de vencer o povo forte. Josué e Calebe reafirmaram sua avaliação de que
a terra era boa e expressaram sua confiança que o Senhor iria livrá-los das mãos
dos inimigos.
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O Inimigo ataca com a
arma do ESCÁRNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; SI 79.4). Trata-se de uma arma que os
inimigos da obra de Deus têm usado em todos os tempos. Quando os servos de
Deus sofrem escárnio, são tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos
lembrar de que isso é o que os fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl
35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo Jesus escapou do escárnio (Mt 20.19;
27.29,39). Ele disse: “Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos
seus domésticos?” (Mt 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos aceitar
quando seguimos a Jesus (Mt 10,38,39; 16.24,25). Os que são carnais procuram
escapar do escândalo da cruz (Gl 5.11)
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ESCÁRNIO: 1. o que é feito ou dito com intenção de provocar riso ou hilariedade
acerca de alguém ou algo; caçoada, troça, zombaria. 2. atitude ou manifestação
ostensiva de desdém, de menosprezo, por vezes indignada.
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Os inimigos de Israel usaram o escárnio como arma para intimidação e oposição
ao projeto de reerguer os muros. A cristo chamaram ‘Belzebu’, a
divindade filisteia associada à idolatria satânica, por isso, o nome passou a
ser usado para Satanás, o príncipe dos demônios (2Rs 1.2; Lc 11.15). Se o próprio
Cristo sofreu escárnio, o mesmo acontecerá com seus seguidores. Se atacaram Jesus
com blasfêmias, do mesmo modo amaldiçoarão os servos. Foi essa a advertência de
Jesus de que seus discípulos seriam perseguidos (Jo 15.20). De fato, sabemos
que temos a chamada para tomarmos a nossa cruz, e isso evoca sofrimento, dor e morte
violenta e degradante. Jesus exige total compromisso — até o ponto da morte
física. Esse mesmo chamado de devoção a Cristo que envolve vida ou morte é
repetido em Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23; 14.27. Para aqueles que vão a Cristo
com uma fé em que há a renúncia de si mesmo haverá vida eterna e verdadeira.
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O Inimigo chama a
nossa atenção para a imensidade da tarefa. “Vivificarão dos montões de pó as
pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés, ao olhar para a dimensão da
tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir. Quando, porém, Moisés
meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Êx 3.12), e que Deus seria
com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as montanhas tornando-se em
campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12), mas Ele usa
instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja grande!
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“O livro de Neemias nos mostra que estas palavras acima foram proferidas de
forma jocosa por Sambalate. Sambalate era um dos grandes inimigos de Neemias e
do povo de Judá que se empenhava em reedificar os muros de Jerusalém.
Relembremos rapidamente: No ano de 587 a.C., o exército Babilônico invadiu
Judá, matou milhares de pessoas, destruiu diversas casas, arrasou o templo de
Jerusalém e colocou fogo as muralhas da cidade de Jerusalém.
Agora
era aproximadamente 465 a.C, mais de 120 anos se passaram e as muralhas ainda
eram ruinas, montões de pó. Em tese, parecia grande utopia reconstruir uma
grande muralha com pouco material, fazendo, na verdade, uma reforma, ou seja, a
reutilização padrão do mesmo material, para reerguer uma muralha.
“Acaso
terão vidas as pedras queimadas? Vão nascer de novo? Vai ter algum milagre?”
Essa era a pergunta escarnecedora de Sambalate. Se pensarmos seriamente,
aquelas pedras não prestavam para reerguerem um muro caído há mais de 120 anos.
Memórias de algo que já foi glorioso, mas que não havia humanamente mais
esperança de que fosse vivificar.
Talvez
você esteja chegando hoje ao final de 2017 com esta mesma pergunta em mente:
será que as minhas pedras queimadas vão ter vida novamente? Será que o que
restou de mim será restaurado? Assim como muitos brasileiros que passaram por
diversas crises esse ano, talvez você também chegue hoje como uma pedra
queimada necessitando restauração. E o nosso Deus restaura todas as coisas!
Temos
que acreditar que, embora os nossos recursos sejam escassos, como eram os recursos
do povo de Judá, ainda podemos ser restaurados e viver tempos de renovo.
Precisamos depositar em Deus toda a nossa confiança! As pedras queimadas dos
muros de Jerusalém pareciam inúteis, mas Neemias e o povo resolveram confiar no
Senhor e não olhar as circunstâncias, nem dar ouvidos para as maledicências
desmoralizantes dos inimigos, antes, olharam fixamente para a boa mão do Senhor
que tudo supre e tudo fortalece, e de onde provêm os milagres!
Em
Cristo nós podemos ter os nossos sonhos restaurados, nossa saúde restituída,
nosso casamento renovado, nossa igreja renovada. Em Cristo vivemos uma vida de
ressurreição!
Que
2018 seja para você, sua família e nossa igreja, tempo de reconstrução,
restauração, ressurreição, não de pedras queimadas.” (PRIMEIRAIPITATUAPE)
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O Inimigo usa contra
nós os BOATOS e as MENTIRAS. Os samaritanos espalhavam calúnias contra Neemias,
dizendo que ele planejava constituir-se rei (Ne 2.19;6.5,6). Tudo isto para
amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua fé em Deus. Neemias respondeu:
“De tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas tu, do teu coração o inventas”
(Ne 6.8). Paulo escreveu: “Tornando-nos recomendáveis em tudo… por honra e por
desonra, por infâmia e por boa fama” (2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles
que sofrerem acusações mentirosas a alegrarem-se a exultarem, e a não
atentarem para o que se fala deles (Mt 5.11,12)
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A visão das credenciais de Neemias e a sua mensagem motivacional reavivaram o
ânimo abatido do povo a começar a construção apesar do escárnio amargo de
homens influentes, Sambalate, Tobias e Gesém, o arábio. Sambalate escreve uma
carta aberta que sugeria que a intenção de Neemias de promover uma revolta era
de conhecimento geral, que chegaria ao rei da Pérsia, se ele não comparecesse
ao lugar de encontro requisitado, tu e os judeus intentais revoltar-vos. Se
fosse verdadeira, essa informação teria trazido as tropas persas contra os judeus.
Apesar de Judá ter uma tradição de quebrar alianças com os reis soberanos,
nessa ocasião esse não era o caso. Artaxerxes havia comandado a reedificação do
muro baseado no seu relacionamento de confiança com Neemias. Uma vez concluído
o projeto, o rei esperava que Neemias retomasse a Susã. Alegações de que
Neemias estava fortificando a cidade para se tornar rei violariam gravemente a
confiança do rei persa, se não provocassem urna guerra. A trama era uma
tentativa de intimidar Neemias, onde seria criada uma barreira entre Neemias e
Artaxerxes caso ele não fosse ao encontro de seus inimigos — um encontro que
acabaria na sua morte.
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O Inimigo usa como
arma a ASTÚCIA. Os samaritanos convidaram os judeus para juntos se congregarem nas
aldeias; porém intentavam fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o
convite foi repetidamente recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande
obra, […] não poderei descer” (Ne 6.3)
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Sabendo que não podiam impedir o projeto de Neemias tendo êxito numa campanha
militar aberta, decidiram derrotá-lo por meio do engano, enviam-lhe mensagem
chamando-o para uma reunião no vale de Ono, localizado ao sul de Jope, na extremidade
ocidental de judá, ao longo do litoral marítimo. Como Neemias sabia que eles o estavam
atraindo para uma cilada, ele enviou representantes, que podiam ter sido mortos
ou presos para um pedido de resgate.
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O Inimigo usa como
arma as AMEAÇAS. Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a fim de
espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos ao
nosso Deus e pusemos guarda contra eles!” (Ne 4.9). Os judeus não atacaram os
samaritanos, mas defenderam a sua área de trabalho (Ne 4.13-20).
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Os judeus demonstraram equilíbrio entre a fé em Deus e a prontidão,
encarregando alguns dos construtores de ficarem de guarda. Neemias e os outros
homens tinham recebido uma mensagem dizendo que Sambalate havia reunido o
exército de Samaria. Na verdade. Deus fez com que a estratégia fosse conhecida,
deixando que os judeus mais próximos ficassem cientes; assim, eles contariam
aos líderes de Judá. Embora vigilantes, armados e de prontidão, Neemias e os
outros a quem liderava ofereceram consistentemente a glória de suas vitórias e
êxitos na construção a Deus.
III – QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS
JUDEUS?
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Os judeus venceram
porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus. Neemias disse aos seus inimigos: “O
Deus dos céus é o que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o
Senhor o havia enviado para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza
nos guarda de precipitações (Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (SI
106.33; Ec 7.9; Pv 25.11). Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32)
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Neemias não tinha apenas a permissão do rei e não estava se revoltando, mas ele
gozava da proteção de Deus. Os inimigos que tentaram intimidá-los contra o
trabalho nada conseguiram pois eles não tinham sido comissionados nem por Deus
e nem pelo rei.
2
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Os judeus venceram
pela oração. Neemias era homem de
oração. Com frequência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso Deus;
Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate” (Ne
4.4; 6.14; 13.29). Aquele que ora, coloca a sua dificuldade diante do Senhor
que QUER e PODE RESOLVÊ-LA! O mesmo Deus que nos exortou a orar, também
prometeu nos responder às orações (Jó 22.27; SI 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11)
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A dependência de Neemias no seu Deus soberano nunca foi tão evidente como nessa
oração registrada no capítulo 4. Outras orações de Neemias são tão profundas e
dependentes de Deus como a do capítulo 1.5-11; nessa oração temos uma das
confissões e intercessões mais tocantes diante de Deus da Escritura (veja
também Ed 9.6-15; Dn 9.4-19). Depois de 70 anos de cativeiro na Babilônia, Deus
cumpriu a sua promessa de fazer o seu povo voltar para a Terra Prometida. A
promessa parecia estar falhando, e Neemias apelou ao caráter de Deus e à sua
aliança como os fundamentos pelos quais ele deveria intervir e cumprir suas
promessas para o seu povo.
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Devemos também orar (1
Ts 5.17). “Orai sem cessar…”
Jesus deixou-nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de perseverarmos na
oração, usando para isso uma parábola (Lc 18.1). Paulo exortou aos efésios a
perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos colossenses
ele escreveu: “Perseverai em oração” (CI 4.2). O que é então, perseverança em
oração?
a. É impedir que
alguma coisa nos estorve a orar, encontrando-nos apenas na oração. Precisamos
de uma espécie de autodisciplina, ou de controle sobre nós próprios. Marta
não dispunha tempo para ficar aos pés de Jesus, porque estava ocupada (Lc
10.38-42). Quando começamos a orar aparecem muitos obstáculos, mas devemos
ser vitoriosos. Temos que ter vitória também em nossos pensamentos, porque o
Inimigo quer nos impedir de orar, fazendo-nos pensar em outras coisas.
b. É persistir em
orar, ainda que o Diabo procure tornar pesada e difícil a oração. Daniel orou
21 dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta demorara,
porque os espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11-14). Jesus
mostrou a mesma verdade na parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).
c. É orar até que
venha a resposta! Devemos orar “até que…” (Is 62.8; Lc 24.49). Jesus orou
três vezes sobre mesma coisa (Mt 26.44), e Paulo também orou três vezes, até
que Deus lhe respondeu (2 Co 12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse,
e choveu (1 Rs 18.43-45) E os discípulos perseveraram em oração até que o
fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).
d. É uma prova de que
o Espírito de oração opera em nós (Zc 12.10; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20). O
Espírito Santo ora, em nós, enquanto trabalhamos; enquanto nos ocupamos de
nossas tarefas diárias. O Espírito Santo não se preocupa acerca da posição de
nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados, deitados ou em pé. Isto é o segredo
de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao Espírito – e Ele levar-te-á para
esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A VITÓRIA É NOSSA, PELO SANGUE DE
JESUS. Amém.
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A ordem de orar sem cessar não significa orar repetida e continuamente, sem
parar (Mt 6.7-8), mas orar com persistência (Lc 11.1-13; 18.1-8) e com
regularidade (Ef 6.18; Fp 4.6; Cl 4.2,12). Orar sempre é um tema comum nas
epístolas de Paulo (Rm 1.9; 12.12; Ef 6.18; 1Ts 5.17; 2Ts 1.11). À luz das
aflições e dificuldades da vida, e da evidência da aproximação do castigo,
jamais devemos esmorecer, mas buscar à Deus em oração. Paulo assim escreve aos
Efésios: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para
isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef
6.18). Esse versículo introduz o caráter geral da vida de oração de um cristão:
1) "toda oração e súplica"
concentra-se na variedade:
2) "em todo o tempo" concentra-se
na frequência (Rm 12.12; Fp4.6; 1Ts 5.17);
3) "no Espírito" concentra-se na
submissão, à medida que nos ajustamos à vontade de Deus (Rm 8.26-27);
4) "vigiando" concentra-se no modo
(Mt 26.41; Mc 13.35);
5) "toda perseverança"
concentra-se na persistência (Lc 11.9; 18.7-8); e
6) "todos os santos" concentra-se
nos alvos (1Sm 12.23).
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Na última letra do comentário é posto que perseverança na oração É uma prova de que o
Espírito de oração opera em nós.
Já foi esclarecido nesse subtópico que orar no Espírito, com a inicial
maiúscula em referência à 3ª pessoa da Trindade, é orar em submissão ao
Espírito Santo, o ente divino que aperfeiçoa nossas orações e as faz chegar
diante de Deus. Assim, não está claro a que o comentarista se refere com Espírito de oração.
Também cabe aqui ressaltar que, a exemplo do que recomenda Judas, “Vós,
porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, ''orando no Espírito
Santo,” (Jd 20), onde orando no Espírito Santo não é um chamado a
algum tipo de êxtase na oração, mas um simples chamado a orar consistentemente
na vontade e no poder do Espírito, como alguém que ora no nome de Jesus Cristo
(Rm 8.26-27).
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“Dentre as práticas devocionais, sem dúvida alguma, a oração é uma das mais
importantes. Pela oração falamos com Deus, suplicamos o seu favor e
intercedemos pelos homens. A oração é mais do que um deleite, ela é um dever.
Para Cristo, a oração deve ser marcada pela perseverança, mas, também pela
tarefa diligente. Para Jesus orar é vital, é oxigenar a vida espiritual, é
manter acesa a chama da esperança. Para instruir os seus discípulos, Jesus usou
métodos relevantes, simples, objetivos e revolucionários. O seu ensino causava
grande impacto, pois criava situações, cujas imagens atingiam o coração dos
seus ouvintes. Para ensinar que a oração é o instrumento medidor da fé, o
Senhor Jesus conta a “parábola do juiz iníquo” (Lc 18. 1-8).” Leia mais em:
ipbvit.org
QUESTIONÁRIO
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A respeito de “Como
Vencer as Oposições à Obra de Deus”, responda:
• Qual a procedência
dos ataques contra a obra de Deus?
Os ataques contra a
Obra de Deus procedem do próprio Diabo.
• Como devemos
enfrentar os ataques do Diabo?
Com a armadura de
Deus, que são as nossas armas espirituais.
• Com que armas o
Inimigo nos ataca?
O inimigo nos ataca
com as armas do escarnio, do desprezo, dos boatos, das mentiras, etc.
• Como os judeus
venceram a oposição?
Pela oração.
• O que nos recomenda
o apóstolo Paulo?
Que oremos sem
cessar.
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Pb
Francisco Barbosa