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23 de agosto de 2020

ESPECIAL | Lição 9: Como vencer as oposições à Obra de Deus | Pb Francisco Barbosa


ANO 12 | Nr 669| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN

Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
09


30 DE AGOSTO DE 2020


Como vencer as oposições à Obra de Deus
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 9, 30 de agosto de 2020



TEXTO ÁUREO

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Rm 8.37)


VERDADE PRÁTICA

Quando depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que todos os obstáculos que encontramos.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 4.8-20; 1 João 4.4; 5.5


INTRODUÇÃO

Na lição 7 observamos como a construção dos muros em Jerusalém provocou uma dura resistência por parte dos samaritanos. Nesta lição iremos observar, mais detalhadamente, as diferentes formas dos seus ataques, e o modo como os judeus conseguiram vencê-los e concluir a obra
- O viver cristão em meio as trevas resulta em guerra. O ingresso na vida cristã na verdade, é um alistamento para uma guerra e o viver em Cristo, ao mesmo tempo que é um treinamento, é também uma batalha constante e precisamos ter e saber manejar as armas e equipamentos dados por Deus. Precisamos conhecer a respeito desta batalha e as instruções sobre como vencê-la. A armadura necessária para combater o adversário e opor-se a ele é concedida aos santos pelo Senhor. Vamos tentar estabelecer nesta lição, brevemente, as verdades básicas referentes à preparação espiritual necessária ao cristão, bem como as verdades referentes ao seu inimigo, sua batalha, e sua vitória. Em última análise, o poder de Satanás sobre os cristãos já está quebrado e a grande batalha é ganha por meio da crucificação e ressurreição de Cristo, o qual conquistou, para sempre, o poder do pecado e da morte (Rm 5.18-21; ICo 15.56-57; Hb 2.14). Todavia, durante a vida na terra, as batalhas da tentação continuarão regularmente. Para que haja vitória, são exigidos o poder do Senhor, do Espírito Santo e da verdade bíblica gravada em nossas mentes e corações. Vamos pensar maduramente a nossa fé?


I – QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?
1
A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques. Ela diz: “Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Portanto, nossa luta é antes de tudo espiritual. Os inimigos visíveis são meramente instrumentos dos demônios, os quais nos atacam. Desde que Lúcifer caiu em pecado no céu e foi expulso de lá, ele tem sido o ADVERSÁRIO de Deus e de sua obra (1 Pe 5.8).
- Para descrever nosso combate, Paulo usa um termo para o combate corpo a corpo. Lutar retrata trapaça e engano, como Satanás e sua legião quando atacam. Confrontar a tentação enganosa requer a verdade e a justiça. As quatro designações descrevem as diferentes classes e posições desses demônios, e o império sobrenatural do mal no qual eles operam. As forças das trevas de Satanás são altamente estruturadas para os propósitos mais destrutivos (Cl 2.15; 1Pe 3.22). Nosso combate é espiritual, não é contra o sangue e a carne (2Co 10.3-5), mas contra as forças espirituais do mal. Possivelmente diz respeito às mais abomináveis depravações, incluindo coisas como extremas depravações sexuais, ocultismo e a adoração a Satanás. Por estarmos em guerra constante contra esses poderes, o crente deve estar sóbrio e vigilante. A firme confiança no cuidado soberano de Deus não significa que o cristão pode viver de maneira negligente. As forças exteriores do mal que vêm contra o cristão exigem que ele permaneça alerta, vosso adversário. Nosso inimigo maligno maldiz os cristãos. Ele e suas forças estão sempre ativos, procurando uma oportunidade para devastar o cristão com a tentação, a perseguição e o desânimo (SI 22.13; 104,21; Ez 22.25). Satanás semeia discórdia, acusa Deus para os homens, acusa os homens para Deus e acusa os homens para os homens. Ele fará o que puder para arrancar o cristão da comunhão com Cristo e do serviço cristão (Jó 1; Lc 22.3; Jo 13.27; 2Co 4.3-4; Ap 12).
- O reino das trevas possui uma organização. Existe uma estratificação de poder no reino das trevas. Paulo fala de quatro designações descrevendo as diferentes classes e posições desses demônios, e o império sobrenatural do mal no qual eles operam. As forças das trevas de Satanás são altamente estruturadas para os propósitos mais destrutivos (Cl 2.15; 1Pe 3.22). O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “Existe uma cadeia de comando. Existem cabeças e subalternos. Líderes e liderados. Quem manda e quem obedece; 3) o reino das trevas articula-se contra a igreja. O diabo e seus demônios rodeiam a terra e passeiam por ela. Eles investigam nossa vida, buscando uma oportunidade para nos atacar. Esse inimigo não dorme, não tira férias nem descansa. Esse inimigo tem um variado arsenal. Ele usa “ciladas” imetodeiá). Para cada pessoa, ele usa uma estratégia diferente. Ele ousa mudar os métodos(Lopes, Hernandes Dias. Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2009. Pág. 176).

2
Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta? Ela diz: “Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais:
a) RESISTIR NO DIA MAU;
b) TENDO FEITO TUDO;
c) FICAR FIRMES (Ef 6.13). Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha fugir da luta, mas sim ficar firmes, resistir, e vencer! (Tg 4.7)
- ‘Tomar toda a armadura de Deus’ enfatiza a necessidade da apropriação, por parte do cristão, de toda a armadura espiritual de Deus pela obediência em tomá-la ou revestir-se dela.
a) RESISTIR NO DIA MAU - desde a queda do ser humano, todo dia tem sido mau, uma condição que persistirá até o Senhor retornar e estabelecer o seu próprio reino na terra.
b) TENDO FEITO TUDO - permanecer inabaláveis. O objetivo é permanecer firme contra o inimigo sem hesitar ou cair.
c) FICAR FIRMES – isto é uma intimação para tomar uma posição firme na batalha espiritual contra Satanás e seus subordinados. Seja para confrontar as tentativas de Satanás para fazer-nos desconfiar de Deus, renunciar à obediência, gerar confusões doutrinárias e falsidade, atrapalhar o serviço de Deus, provocar divisões, servir a Deus na carne, viver de maneira hipócrita, ser mundano, ou rejeitar, de qualquer modo, a obediência bíblica, essa armadura é a nossa defesa.

3
Nesta luta contra o mundo invisível a arma mais eficaz é a fé. A Bíblia diz: “Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Por isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito Santo em nossa vida (GI 3.2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha abalar a nossa fé, porque “sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos não temer, mas crer somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.27)
- A fé é a confiança básica em Deus. A confiança contínua do cristão na Palavra e na promessa de Deus é absolutamente necessária "sobre todas as coisas" para protegê-lo das tentações de toda sorte de pecado. Todo pecado vem quando a vítima acredita nas mentiras e nas promessas de prazer de Satanás, e rejeita a escolha melhor da obediência e bênção. As tentações são comparadas a flechas flamejantes atiradas pelo inimigo e apagadas pelo escudo de couro tratado com óleo (Ef 6.16; SI 18.30; Pv 30.5-6; 1Jo 5.4). A fé em Jesus Cristo e a dedicação da vida a ele fazem do cristão um vencedor.
- Militar é combater; a palavra grega traduzida por "combate" remete-nos à palavra "agonizar" no português e é usada em exercícios militares e atividades atléticas para descrever: concentração, a disciplina e o esforço extremo necessários para a vitória. O "bom combate da fé" é o conflito espiritual contra o reino das trevas de Satanás no qual todos os homens de Deus estão necessariamente envolvidos (2Co 10.3-5; 2Tm 4.2). É importante que se diga que a fé salvadora é concedida quando ouve-se a respeito do evangelho (Rrn 10.17), ou seja, "a mensagem a respeito de Cristo" - o evangelho (Mt 28.19-20; At 20.21).
- O escritor aos Hebreus afirma que “sem fé, é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Enoque agradou a Deus porque teve fé. Sem essa fé, uma pessoa não pode andar com Deus ou agradar a ele. A fé genuína não somente acredita que existe um ser divino, mas que o Deus da Escritura é o único Deus verdadeiro e real que existe. Não crer que Deus existe equivale a chamá-lo de mentiroso (1Jo 5.10). Uma pessoa deve crer não somente que o verdadeiro Deus existe, mas também que ele recompensará a fé que a pessoa deposita nele com perdão e justiça, porque ele assim o prometeu (Hb 10.35; Gn 15.1; Dt 4.29; 1Cr 28.9; SI 58.11; Is 40.10).

4
Nesta luta as armas devem ser espirituais (2 Co 10.4). Só as armas espirituais atingem e alcançam os reais inimigos, os demônios. As armas carnais só nos prejudicam, pois muitas vezes levam-nos a dar lugar ao inimigo
- A ideia da vida cristã como uma milícia é comum no Novo Testamento. Embora um homem, Paulo não lutava a batalha espiritual pelas almas dos homens usando a engenhosidade humana, a sabedoria mundana ou metodologias inteligentes (1C o 1.17-25; 2.1-4). Essas armas são impotentes nessa batalha e não têm poder para libertar as almas das forças das trevas e levá-las à maturidade em Cristo. Elas não conseguem se opor, com êxito, aos ataques satânicos ao evangelho, tais como aqueles feitos pelos falsos apóstolos de Corinto. As forças do inferno só podem ser demolidas com as armas espirituais empunhadas pelos cristãos piedosos — de forma singular, a "espada do Espírito" (Ef 6.17), uma vez que apenas a Palavra de Deus pode derrotar as mentiras satânicas. Essa é verdadeira batalha espiritual. E aqui é importante que se diga que conhecer as Escrituras sem a devida obediência e frequentar os cultos sem a genuína conversão não são suficientes. Não obstante, o poder de Deus está disponível aos fiéis para “pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo” (Lc 10.19).



II – O INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FÉ
1
O Inimigo ataca com a arma do DESPREZO. Diziam: “que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em nós mesmos somos fracos. Paulo disse: “Quando estou fraco então sou forte” (2 Co 12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Nm 13.31), os israelitas recusaram-se a subir, recusaram-se a dar ouvidos à mensagem de fé transmitida por Calebe, que dizia: “Certamente prevaleceremos contra ela” (Nm 13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9)
- Ameaças e zombaria tornaram-se a principal estratégia para impedir a reedificação dos muros de Jerusalém. Essa foi a estratégia usada por Sambalate para desestabilizar o povo e impedir o avanço dos trabalhos. De fato, o povo era pouco, desgastado pelas dificuldades, mas, quanto mais fraco o instrumento humano, mais claramente brilha a graça de Deus. A exemplo do apóstolo dos gentios, que disse sentir prazer em suas fraquezas, não que ele se agradava do sofrimento em si, mas se alegrava no poder de Cristo revelado por meio dele.
- O caso dos espias é um pouco diferente, por que o desencorajamento partiu de dentro do povo de Deus e não dos inimigos. O relatório dos dez espias foi pecaminoso exagerou os riscos que o povo da terra representavam, procurou suscitar e infundir medo no povo de Israel e, mais do que isso, expressou atitude de falta de fé em Deus e nas suas promessas. Os espias relataram que a terra era boa, no entanto, o povo era forte demais para ser conquistado. Calebe fez calar o povo, isto é, pediu "Silêncio!"  Isso implica que o relatório dos espias provocou reação oral do povo. Calebe concordou com o relatório dos espias, mas chamou o povo a subir e tomar a terra, sabendo que, com a ajuda de Deus, seriam capazes de vencer o povo forte. Josué e Calebe reafirmaram sua avaliação de que a terra era boa e expressaram sua confiança que o Senhor iria livrá-los das mãos dos inimigos.
2
O Inimigo ataca com a arma do ESCÁRNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; SI 79.4). Trata-se de uma arma que os inimigos da obra de Deus têm usado em todos os tempos. Quando os servos de Deus sofrem escárnio, são tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos lembrar de que isso é o que os fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl 35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo Jesus escapou do escárnio (Mt 20.19; 27.29,39). Ele disse: “Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos aceitar quando seguimos a Jesus (Mt 10,38,39; 16.24,25). Os que são carnais procuram escapar do escândalo da cruz (Gl 5.11)
- ESCÁRNIO: 1. o que é feito ou dito com intenção de provocar riso ou hilariedade acerca de alguém ou algo; caçoada, troça, zombaria. 2. atitude ou manifestação ostensiva de desdém, de menosprezo, por vezes indignada.
- Os inimigos de Israel usaram o escárnio como arma para intimidação e oposição ao projeto de reerguer os muros. A cristo chamaram ‘Belzebu’, a divindade filisteia associada à idolatria satânica, por isso, o nome passou a ser usado para Satanás, o príncipe dos demônios (2Rs 1.2; Lc 11.15). Se o próprio Cristo sofreu escárnio, o mesmo acontecerá com seus seguidores. Se atacaram Jesus com blasfêmias, do mesmo modo amaldiçoarão os servos. Foi essa a advertência de Jesus de que seus discípulos seriam perseguidos (Jo 15.20). De fato, sabemos que temos a chamada para tomarmos a nossa cruz, e isso evoca sofrimento, dor e morte violenta e degradante. Jesus exige total compromisso — até o ponto da morte física. Esse mesmo chamado de devoção a Cristo que envolve vida ou morte é repetido em Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23; 14.27. Para aqueles que vão a Cristo com uma fé em que há a renúncia de si mesmo haverá vida eterna e verdadeira.

3
O Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa. “Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés, ao olhar para a dimensão da tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir. Quando, porém, Moisés meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Êx 3.12), e que Deus seria com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as montanhas tornando-se em campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12), mas Ele usa instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja grande!
- “O livro de Neemias nos mostra que estas palavras acima foram proferidas de forma jocosa por Sambalate. Sambalate era um dos grandes inimigos de Neemias e do povo de Judá que se empenhava em reedificar os muros de Jerusalém. Relembremos rapidamente: No ano de 587 a.C., o exército Babilônico invadiu Judá, matou milhares de pessoas, destruiu diversas casas, arrasou o templo de Jerusalém e colocou fogo as muralhas da cidade de Jerusalém.
Agora era aproximadamente 465 a.C, mais de 120 anos se passaram e as muralhas ainda eram ruinas, montões de pó. Em tese, parecia grande utopia reconstruir uma grande muralha com pouco material, fazendo, na verdade, uma reforma, ou seja, a reutilização padrão do mesmo material, para reerguer uma muralha.
“Acaso terão vidas as pedras queimadas? Vão nascer de novo? Vai ter algum milagre?” Essa era a pergunta escarnecedora de Sambalate. Se pensarmos seriamente, aquelas pedras não prestavam para reerguerem um muro caído há mais de 120 anos. Memórias de algo que já foi glorioso, mas que não havia humanamente mais esperança de que fosse vivificar.
Talvez você esteja chegando hoje ao final de 2017 com esta mesma pergunta em mente: será que as minhas pedras queimadas vão ter vida novamente? Será que o que restou de mim será restaurado? Assim como muitos brasileiros que passaram por diversas crises esse ano, talvez você também chegue hoje como uma pedra queimada necessitando restauração. E o nosso Deus restaura todas as coisas!
Temos que acreditar que, embora os nossos recursos sejam escassos, como eram os recursos do povo de Judá, ainda podemos ser restaurados e viver tempos de renovo. Precisamos depositar em Deus toda a nossa confiança! As pedras queimadas dos muros de Jerusalém pareciam inúteis, mas Neemias e o povo resolveram confiar no Senhor e não olhar as circunstâncias, nem dar ouvidos para as maledicências desmoralizantes dos inimigos, antes, olharam fixamente para a boa mão do Senhor que tudo supre e tudo fortalece, e de onde provêm os milagres!
Em Cristo nós podemos ter os nossos sonhos restaurados, nossa saúde restituída, nosso casamento renovado, nossa igreja renovada. Em Cristo vivemos uma vida de ressurreição!
Que 2018 seja para você, sua família e nossa igreja, tempo de reconstrução, restauração, ressurreição, não de pedras queimadas.(PRIMEIRAIPITATUAPE)

4
O Inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS. Os samaritanos espalhavam calúnias contra Neemias, dizendo que ele planejava constituir-se rei (Ne 2.19;6.5,6). Tudo isto para amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua fé em Deus. Neemias respondeu: “De tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas tu, do teu coração o inventas” (Ne 6.8). Paulo escreveu: “Tornando-nos recomendáveis em tudo… por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama” (2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles que sofrerem acusações mentirosas a alegrarem-se a exultarem, e a não atentarem para o que se fala deles (Mt 5.11,12)
- A visão das credenciais de Neemias e a sua mensagem motivacional reavivaram o ânimo abatido do povo a começar a construção apesar do escárnio amargo de homens influentes, Sambalate, Tobias e Gesém, o arábio. Sambalate escreve uma carta aberta que sugeria que a intenção de Neemias de promover uma revolta era de conhecimento geral, que chegaria ao rei da Pérsia, se ele não comparecesse ao lugar de encontro requisitado, tu e os judeus intentais revoltar-vos. Se fosse verdadeira, essa informação teria trazido as tropas persas contra os judeus. Apesar de Judá ter uma tradição de quebrar alianças com os reis soberanos, nessa ocasião esse não era o caso. Artaxerxes havia comandado a reedificação do muro baseado no seu relacionamento de confiança com Neemias. Uma vez concluído o projeto, o rei esperava que Neemias retomasse a Susã. Alegações de que Neemias estava fortificando a cidade para se tornar rei violariam gravemente a confiança do rei persa, se não provocassem urna guerra. A trama era uma tentativa de intimidar Neemias, onde seria criada uma barreira entre Neemias e Artaxerxes caso ele não fosse ao encontro de seus inimigos — um encontro que acabaria na sua morte.

5
O Inimigo usa como arma a ASTÚCIA. Os samaritanos convidaram os judeus para juntos se congregarem nas aldeias; porém intentavam fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o convite foi repetidamente recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande obra, […] não poderei descer” (Ne 6.3)
- Sabendo que não podiam impedir o projeto de Neemias tendo êxito numa campanha militar aberta, decidiram derrotá-lo por meio do engano, enviam-lhe mensagem chamando-o para uma reunião no vale de Ono, localizado ao sul de Jope, na extremidade ocidental de judá, ao longo do litoral marítimo. Como Neemias sabia que eles o estavam atraindo para uma cilada, ele enviou representantes, que podiam ter sido mortos ou presos para um pedido de resgate.

6
O Inimigo usa como arma as AMEAÇAS. Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a fim de espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos ao nosso Deus e pusemos guarda contra eles!” (Ne 4.9). Os judeus não atacaram os samaritanos, mas defenderam a sua área de trabalho (Ne 4.13-20).
- Os judeus demonstraram equilíbrio entre a fé em Deus e a prontidão, encarregando alguns dos construtores de ficarem de guarda. Neemias e os outros homens tinham recebido uma mensagem dizendo que Sambalate havia reunido o exército de Samaria. Na verdade. Deus fez com que a estratégia fosse conhecida, deixando que os judeus mais próximos ficassem cientes; assim, eles contariam aos líderes de Judá. Embora vigilantes, armados e de prontidão, Neemias e os outros a quem liderava ofereceram consistentemente a glória de suas vitórias e êxitos na construção a Deus.



III – QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?
1
Os judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus. Neemias disse aos seus inimigos: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o Senhor o havia enviado para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza nos guarda de precipitações (Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (SI 106.33; Ec 7.9; Pv 25.11). Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32)
- Neemias não tinha apenas a permissão do rei e não estava se revoltando, mas ele gozava da proteção de Deus. Os inimigos que tentaram intimidá-los contra o trabalho nada conseguiram pois eles não tinham sido comissionados nem por Deus e nem pelo rei.

2
Os judeus venceram pela oração. Neemias era homem de oração. Com frequência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso Deus; Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate” (Ne 4.4; 6.14; 13.29). Aquele que ora, coloca a sua dificuldade diante do Senhor que QUER e PODE RESOLVÊ-LA! O mesmo Deus que nos exortou a orar, também prometeu nos responder às orações (Jó 22.27; SI 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11)
- A dependência de Neemias no seu Deus soberano nunca foi tão evidente como nessa oração registrada no capítulo 4. Outras orações de Neemias são tão profundas e dependentes de Deus como a do capítulo 1.5-11; nessa oração temos uma das confissões e intercessões mais tocantes diante de Deus da Escritura (veja também Ed 9.6-15; Dn 9.4-19). Depois de 70 anos de cativeiro na Babilônia, Deus cumpriu a sua promessa de fazer o seu povo voltar para a Terra Prometida. A promessa parecia estar falhando, e Neemias apelou ao caráter de Deus e à sua aliança como os fundamentos pelos quais ele deveria intervir e cumprir suas promessas para o seu povo.

3
Devemos também orar (1 Ts 5.17). “Orai sem cessar…” Jesus deixou-nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de perseverarmos na oração, usando para isso uma parábola (Lc 18.1). Paulo exortou aos efésios a perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos colossenses ele escreveu: “Perseverai em oração” (CI 4.2). O que é então, perseverança em oração?
a. É impedir que alguma coisa nos estorve a orar, encontrando-nos apenas na oração. Precisamos de uma espécie de autodisciplina, ou de controle sobre nós próprios. Marta não dispunha tempo para ficar aos pés de Jesus, porque estava ocupada (Lc 10.38-42). Quando começamos a orar aparecem muitos obstáculos, mas devemos ser vitoriosos. Temos que ter vitória também em nossos pensamentos, porque o Inimigo quer nos impedir de orar, fazendo-nos pensar em outras coisas.
b. É persistir em orar, ainda que o Diabo procure tornar pesada e difícil a oração. Daniel orou 21 dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta demorara, porque os espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11-14). Jesus mostrou a mesma verdade na parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).
c. É orar até que venha a resposta! Devemos orar “até que…” (Is 62.8; Lc 24.49). Jesus orou três vezes sobre mesma coisa (Mt 26.44), e Paulo também orou três vezes, até que Deus lhe respondeu (2 Co 12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45) E os discípulos perseveraram em oração até que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).
d. É uma prova de que o Espírito de oração opera em nós (Zc 12.10; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20). O Espírito Santo ora, em nós, enquanto trabalhamos; enquanto nos ocupamos de nossas tarefas diárias. O Espírito Santo não se preocupa acerca da posição de nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados, deitados ou em pé. Isto é o segredo de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao Espírito – e Ele levar-te-á para esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A VITÓRIA É NOSSA, PELO SANGUE DE JESUS. Amém.
- A ordem de orar sem cessar não significa orar repetida e continuamente, sem parar (Mt 6.7-8), mas orar com persistência (Lc 11.1-13; 18.1-8) e com regularidade (Ef 6.18; Fp 4.6; Cl 4.2,12). Orar sempre é um tema comum nas epístolas de Paulo (Rm 1.9; 12.12; Ef 6.18; 1Ts 5.17; 2Ts 1.11). À luz das aflições e dificuldades da vida, e da evidência da aproximação do castigo, jamais devemos esmorecer, mas buscar à Deus em oração. Paulo assim escreve aos Efésios: “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). Esse versículo introduz o caráter geral da vida de oração de um cristão:  
1) "toda oração e súplica" concentra-se na variedade:
2) "em todo o tempo" concentra-se na frequência (Rm 12.12; Fp4.6; 1Ts 5.17);
3) "no Espírito" concentra-se na submissão, à medida que nos ajustamos à vontade de Deus (Rm 8.26-27);
4) "vigiando" concentra-se no modo (Mt 26.41; Mc 13.35);
5) "toda perseverança" concentra-se na persistência (Lc 11.9; 18.7-8); e
6) "todos os santos" concentra-se nos alvos (1Sm 12.23).
- Na última letra do comentário é posto que perseverança na oração  É uma prova de que o Espírito de oração opera em nós. Já foi esclarecido nesse subtópico que orar no Espírito, com a inicial maiúscula em referência à 3ª pessoa da Trindade, é orar em submissão ao Espírito Santo, o ente divino que aperfeiçoa nossas orações e as faz chegar diante de Deus. Assim, não está claro a que o comentarista se refere com Espírito de oração. Também cabe aqui ressaltar que, a exemplo do que recomenda Judas, “Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, ''orando no Espírito Santo,” (Jd 20), onde orando no Espírito Santo não é um chamado a algum tipo de êxtase na oração, mas um simples chamado a orar consistentemente na vontade e no poder do Espírito, como alguém que ora no nome de Jesus Cristo (Rm 8.26-27).
- “Dentre as práticas devocionais, sem dúvida alguma, a oração é uma das mais importantes. Pela oração falamos com Deus, suplicamos o seu favor e intercedemos pelos homens. A oração é mais do que um deleite, ela é um dever. Para Cristo, a oração deve ser marcada pela perseverança, mas, também pela tarefa diligente. Para Jesus orar é vital, é oxigenar a vida espiritual, é manter acesa a chama da esperança. Para instruir os seus discípulos, Jesus usou métodos relevantes, simples, objetivos e revolucionários. O seu ensino causava grande impacto, pois criava situações, cujas imagens atingiam o coração dos seus ouvintes. Para ensinar que a oração é o instrumento medidor da fé, o Senhor Jesus conta a “parábola do juiz iníquo” (Lc 18. 1-8).” Leia mais em: ipbvit.org



QUESTIONÁRIO

A respeito de “Como Vencer as Oposições à Obra de Deus”, responda:

• Qual a procedência dos ataques contra a obra de Deus?
Os ataques contra a Obra de Deus procedem do próprio Diabo.
• Como devemos enfrentar os ataques do Diabo?
Com a armadura de Deus, que são as nossas armas espirituais.
• Com que armas o Inimigo nos ataca?
O inimigo nos ataca com as armas do escarnio, do desprezo, dos boatos, das mentiras, etc.
• Como os judeus venceram a oposição?
Pela oração.
• O que nos recomenda o apóstolo Paulo?
Que oremos sem cessar.

Pb Francisco Barbosa