ANO 12 | Nr 664| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS
- TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução
de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN
Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
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04
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26 DE
JULHO DE 2020
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Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e
Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 4, 26 de Julho de 2020
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TEXTO
ÁUREO
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“Assim, edificamos o muro, e todo o muro se
cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne
4.6).
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VERDADE
PRÁTICA
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Se confiarmos verdadeiramente em
Deus, venceremos todas as resistências do Maligno.
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
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Ed 4.7,9,11-13,15,16,21-24
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INTRODUÇÃO
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O altar havia sido restaurado, a
festa dos Tabernáculos celebrada, e o holocausto contínuo estava sendo
oferecido cada dia, conforme o rito (Ed 3.2,4). A vida espiritual dos judeus
que haviam retornado do cativeiro seguia o que estava prescrito na Lei de
Moisés. Somente esperavam o momento de iniciar a reedificação do Templo.
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- Já era o segundo ano... segundo mês (Ed
3.8), cerca de abril/maio de 536 a.C., quando lançaram as bases do Templo.
Depois da sua chegada a Jerusalém, eles se ocuparam com as próprias habitações
dentro e ao redor de Jerusalém. Depois que o trabalho foi concluído, eles
passaram à construção do altar de holocaustos a tempo para as festas, e
decidiram celebrá-las como se o templo já estivesse pronto. O mês das festas das
Trombetas, Expiação e Tabernáculos era o sétimo. Uma assembleia como essa não
acontecia há 70 anos. Eles obedeceram aos preceitos de Lv 23.24-44. Mais de 90
anos depois, Neemias e Esdras comandariam uma celebração semelhante (Ne 8.1
3-18). Conforme lemos em Ed 3.7, pedreiros... carpinteiros... madeira de cedro...
o processo de reconstrução do templo parece semelhante ao da sua construção original
sob Salomão (1Rs 5-6; 1Cr 22; 2Cr 2). Todo material utilizado era despachado
dos portos fenícios de Sidom e Tiro em direção ao sul para Jope, o principal
porto marítimo, dali era levado por uma distância de cerca 56
km até Jerusalém, talvez aqui esteja uma razão pela
demora na reconstrução do principal edifício do povo escolhido. Vamos pensar
maduramente a nossa fé?
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I –
OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS
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Depois que os materiais para a
construção do Templo chegaram, segundo a concessão feita pelo rei Ciro da
Pérsia, Zorobabel e os que haviam voltado do cativeiro lançaram os alicerces
do templo (Ed 3.8). Todos apresentavam muita animação para o trabalho.
O lançamento dos alicerces foi
celebrado com uma solenidade. “[…] Os sacerdotes, já paramentados e com trombetas, e os levitas,
filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao SENHOR, conforme a
instituição de Davi, rei de Israel” (Ed 3-10). Todos os que assistiram o
lançamento dos alicerces expressaram seus sentimentos com tão grande júbilo,
que as suas vozes se ouviam de mui longe (Ed 3.12,13).
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- Dois anos depois de terem chegado a Jerusalém, é
dado início à reconstrução do Templo, encerrando oficialmente os 70 anos de
cativeiro que teve início em 605 a.C.
- As vozes erguidas nesse episódio, nem todas eram
de júbilo. O primeiro templo, construído por Salomão (1Rs 5-7), havia sido destruído
50 anos antes. Os idosos, que deviam ter 60 ou mais anos de idade, sabiam que
esse segundo templo nem de longe podia ser equiparado ao esplendor do templo de
Salomão, e nem a presença de Deus habitava nele (Ag 2.1-4; Zc 4.9-10). A nação
era pequena e fraca, o templo era menor e muito menos formoso. Não havia nele
riquezas como nos dias de Davi e Salomão. A arca não estava lá. Porém, o que
mais decepcionava a todos era a ausência da glória de Deus – a Shekinah. Daí o
pranto, com gritos de alegria. Para aqueles que não tinham uma referência para
comparar, esse era um grande momento. Possivelmente o S126 tenha sido escrito e
entoado nessa ocasião.
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A reedificação do Templo. A reedificação do templo foi resultado do
despertamento que veio através de Ciro, rei da Pérsia (Ed 1.1,2). Convém
lembrar que o despertamento Pentecostal, que chegou ao Brasil em 1911, trouxe
consigo uma verdadeira renovação da doutrina da Igreja de Deus, que pode ser
simbolizada pelo templo de Deus (1 Co 3.16). A Igreja de Deus é um MISTÉRIO
(Ef 5.32), que não pode ser compreendido pelo homem natural (1 Co 2.14).
a. O Espírito Santo quer salientar que JESUS em
pessoa quer edificar a sua Igreja (Mt 16.18), e Ele o faz conforme a Palavra
de Deus.
b. O Espírito Santo quer gerar um sentimento de
reverência pela igreja do Senhor, que é a morada de Deus (Ef 2.22). Veja
também: Êxodo 3.5; Salmos 89.7; Eclesiastes 5.1.
c. O Espírito Santo quer adestrar a Igreja porque ela
é o instrumento da ação de Deus aqui na terra (Ef 3.10). Deus tem um trabalho
para cada servo seu na grande obra de evangelização do mundo (Mc 13-34).
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- Aqui, cuidado para não colocar em Ciro, rei
pagão, o instrumento através de quem veio o despertamento – a ‘primeira brasa’,
como sugere o subtópico. Apesar de termos em Ed 1.1 ‘despertou o SENHOR’
o espírito de Ciro...’ essa é expressão forte a respeito do fato de que
Deus trabalha soberanamente na vida dos reis para realizar os seus propósitos
(Pv 21.1; Dn 2.21; 4.17), sem necessariamente converter seus corações, assim,
Ciro foi instrumento, ainda que pagão, para a realização dos propósitos divinos
na vida do povo escolhido.
- A Igreja, de fato, é o mistério – ‘Grande é
este mistério’ (Ef 5.32), que esteve oculto no Antigo Testamento, mas que
foi plenamente revelado no Novo Testamento. "Mistério"
identifica alguma realidade escondida no passado e revelada na época do Novo Testamento
para ser escrita na Escritura. Ao usar o termo ‘homem natural’, Paulo refere-se
ao não convertido, que carece de vida e sabedoria sobrenaturais para poder
discernir espiritualmente as coisas de Deus. Logicamente, o homem sem Deus não
entende as coisas de Deus, pois é por meio da iluminação da Palavra, que o Espírito
Santo concede aos seus santos a capacidade de discernir a verdade divina (Sl
119.18), a qual os mortos espiritualmente são incapazes de compreender (Jo
5.37-39). Também vale salientar que, a doutrina da iluminação não significa que
nós conhecemos todas as coisas (Dt 29.29), que não precisemos de mestres (Ef
4.11-12) ou q u e o entendimento não exija trabalho árduo (2Tm 2.15).
a. - Mateus é o único Evangelho em que aparece o termo
Igreja. Cristo a chama em Mt 16.18 de "minha igreja", enfatizando que
apenas ele é o Arquiteto, Construtor, Proprietário e Senhor. A palavra grega
para igreja significa "chamados para fora". Embora Deus esteja desde
o início da história redentora reunindo os remidos pela graça, a igreja singular
que ele prometeu edificar começou no Pentecoste, com a chegada do Espírito
Santo (At 2.1-4; 1Co 12.12-13).
b. - O termo para habitação de Deus no Espírito
usada em Ef 2.22, indica um lar permanente. Deus, o Espírito Santo, passa a
residir de modo permanente no seu santuário terrestre, a igreja, o vasto corpo
espiritual formado por todos os remidos (cf. ICo 6.19-20; 2Co6.16).
c. Deus, por meio da igreja, manifesta a sua glória
para todos os anjos (principados e potestades. Os anjos, tanto os santos
como os perversos (Ef 3.10). Os anjos santos se regozijam (Lc 15.10; 1Pe
1.12) porque estão envolvidos com a igreja (1Co 11.10; Hb 1.14). Apesar de não
lerem o desejo de louvar a Deus, e nem a capacidade para isso, mesmo os anjos
caídos veem a glória de Deus na salvação e na preservação da igreja.
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II –
OS SAMARITANOS OPOEM-SE A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO
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Entre os moradores da terra estavam
os samaritanos. Quando Nabucodonosor
Levou o reino de Judá cativo para Babilônia, os samaritanos passaram a morar
na terra. Estes eram descendentes de uma mistura de gente que o rei da
Assíria tinha deslocado para as cidades da Samaria, depois de ele ter levado
as dez tribos do Reino do Norte em cativeiro para a Assíria (2 Rs 17.23).
Eram pagãos que haviam sido ensinados acerca do Deus de Israel. Assim, os
samaritanos continuavam servindo a seus deuses, mas também temiam 0 Senhor (2
Rs 17.23-33).
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- Depois da sua conquista pelos assírios em 722
a.C. (2Rs 17.1-6), o monte central e a região da planície costeira do antigo
Reino do Norte de Israel tornaram-se províncias assírias, tendo o conjunto sido
chamado de Samaria em homenagem à antiga capital de Israel, quando o rei
Onri deu-lhe esse nome (1Rs 16.24). Sargão II, rei da Assíria, levou os
israelitas cativos para a região que atualmente corresponde ao Iraque, e estabeleceu
estrangeiros, provenientes de regiões bem espalhadas, também conquistadas pela Assíria,
nas cidades israelitas abandonadas. Esses povos, que se casaram com os poucos
judeus que escaparam do exílio, tornaram-se samaritanos — um povo mestiço de
judeus e gentios. Finalmente, desenvolveu-se uma tensão entre os judeus que
retornaram do cativeiro e os samaritanos. Os samaritanos se retiraram do culto
prestado a YHWH em Jerusalém e estabeleceram o seu próprio culto no monte Gerizim,
em Samaria. Eles consideravam como autoridade somente o Pentateuco. Em consequência
dessa história, os judeus repudiavam os samaritanos e os consideravam hereges.
Fortes tensões étnicas e culturais alimentadas historicamente entre os dois
grupos fizeram com que ambos evitassem contato mútuo tanto quanto possível (Ed
4.1-24; Ne 4.1-6; Lc 10.25-37).
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Os samaritanos tentam frustrar a
construção do Templo (Ed 4.4,5). A maldade dos
samaritanos levou-os a enviar uma carta ao rei da Pérsia contendo acusações
mentirosas contra os judeus (Ed 4.12,13). O rei que recebeu aquela carta não
conhecia bem o assunto, e mandou parar a obra (Ed 4.21).
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- De fato, pareceu que o plano samaritano para
sabotar a obra surtiu efeito, afinal, isso provocou um atraso de 16 anos, de
536 a.C. a 520 a.C, na reedificação do Templo. Esse atraso resultou em um
abandono da obra e o povo ocupou-se mais de seus assuntos pessoais do que das
questões espirituais (Ag 1.2-6). Essa ordem interrompeu os esforços de 50.000 pessoas
que trabalhavam na reconstrução. O rei estava baixando um decreto de grande
importância e que não perderia o seu efeito até que o rei promulgasse um novo
decreto. Os contrários à Obra do reino podem até parecer obter vitória sobre o
povo de Deus, mas apenas parece...
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III
– COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?
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Os judeus deveriam ter ido ao rei da
Pérsia para assegurar a construção. Uma ordem dada por uma autoridade superior não pode ser invalidada por
uma autoridade inferior. A ordem de construir o Templo tinha sido dada pelo
Deus do céu, através do rei Ciro, a maior autoridade da época, que assinara o
decreto da construção do Templo.
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- A partir de 4.6-23, Esdras apresenta uma oposição
futura à nova colonização e reconstrução de Judá. Primeiro, ele se referiu aos
adversários de Israel sob o rei Assuero (Xerxes, 486-464 a.C.), que governou na
época de Ester. A seguir, relata a oposição nos dias de Neemias sob Artaxerxes
I (c. 464-423 a.C'.), expressa numa detalhada carta de acusação contra os
judeus. Ela teve êxito em suspender os trabalhos. Com toda probabilidade, essa é
a mesma oposição também comentada em Ne 1,3. Todas essas ocorrências contínuas demonstravam
a grave animosidade que existia entre os israelitas e os samaritanos, que mais
tarde se agravou quando os samaritanos construíram um templo rival no monte Gerizim.
Os profetas Ageu e Zacarias esforçaram o povo a continuar a obra, mesmo com a
proibição, não houve um cruzar de braços voluntário. Zorobabel, o líder
político, e a Jesua, o líder religioso, diziam ao povo que fossem fortes e
trabalhassem no templo porque Deus estava com eles (Ag 2.4)! “Porém os olhos
de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados
a parar, até que o assunto chegasse a Dario, e viesse resposta por carta sobre
isso.”
- Por qual razão os judeus não recorreram da
decisão de Ciro? Pelo que temos em 6.14, a obra foi retomada e prosperou segundo
o mandado do Deus de Israel... o decreto do rei era secundário, era o
decreto de Deus, o soberano do universo, que concedia autoridade administrativa
para a reconstrução do templo. Os decretos de três dos grandes monarcas da
história do antigo Oriente Próximo eram apenas uma questão secundária. Deus
governa o universo; ele levanta reis, e depois que eles já serviram à sua
administração, ele os tira do trono.
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Os judeus deveriam ter recorrido a
Deus. Toda história dos
judeus é rica de exemplos de como Deus ajudou seu povo em tempos difíceis. A
própria vinda dos judeus para Jerusalém era uma clara demonstração de que
Deus estava neste negócio.
Vejamos alguns exemplos da história
dos judeus, quando foram ajudados pelo Senhor:
a. Nos dias do rei Ezequias, Judá foi cercado pelo
exército do rei da Assíria que ameaçava fazer com Judá o que já havia feito
com o reino de Israel: levá-los em cativeiro. Nesta hora de perigo, o rei
Ezequias buscou o Senhor e foi ouvido, pois um anjo feriu o arraial dos
assírios, destruindo cento e oitenta e cinco mil soldados (2 Rs 19.30; 2 Cr
32.21 22).
b. Nos dias do rei Jeosafá, ameaçados pelos amonitas
e pelos moabitas, os habitantes de Judá foram convocados pelo rei para
pedirem socorro ao Senhor. Ver o texto em 2 Crônicas 20.1-24. Deus guerreou
por eles, e sem terem que lutar, os inimigos foram desbaratados. Os muitos
exemplos da ajuda de Deus no passado deveriam ter inspirado os líderes do
povo à resistência a esta maldade dos inimigos dos judeus.
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- a. Aqueles povos acreditavam que as
muitas divindades protegiam os reinos. Ezequias havia promovido uma reforma
espiritual onde derrubou os altos e altares em honra aos ídolos. Isso levou a
Rabsaqué pensar erroneamente que os judeus tinham eliminado as oportunidades de
adoração ao Senhor, e portanto, diminuído a honra ao Deus de Judá, assim o
desagradando e abrindo mão de sua ajuda na guerra. Rabsaqué, aos berros junto
ao muro da cidade, falando na língua hebraica, disse que Ezequias não poderia
salvar a cidade, mas o sumo rei, da Assíria, encheria as pessoas com abundância
se elas prometessem se render ao seu controle soberano, pagando tributo a ele e
estando dispostos a partir voluntariamente num exílio próspero e benéfico (2Rs
19.31-32). À vos de Rabsaqué, Ezequias rasgou suas vestes reais e vestiu-se de
panos de saco, reação que simbolizava o sofrimento, arrependimento e contrição
de Ezequias. A nação precisava arrepender-se e o rei teria de ser o primeiro a
fazer isso. A resposta do Senhor, através de Isaías foi: Não temas.
Senaqueribe tinha blasfemado contra o Senhor a equipará-lo a outros deuses. O
Senhor demonstraria de maneira pessoal ao rei assírio a sua superioridade sobre
todas as outras pretensas divindades.
- b. A descendência de Ló, filhos de
Moabe e Amom, habitavam a leste do Jordão, e os Edomitas, descendentes de Esaú,
irmão de Jacó, até o sul, tinham como objetivo remover Josafá do trono. Eles
tinham adentrado ao redor do extremo sul do mar Morto e chegado até o extremo
norte, En-Gedi, no centro da margem ocidental. Essa era uma rota comum para os
inimigos, já que ficavam invisíveis para o povo do outro lado das montanhas a
oeste. Josafá teve a reação espiritual apropriada, ou seja, o rei e a nação
clamaram a Deus em oração e jejum. O jejum era nacional, incluindo até mesmo as
crianças. Josafá colocou-se de pé no pátio novo e orou pela nação, clamando
pelas promessas, pela glória e pela reputação de Deus, que estavam em jogo,
pois Deus se identificava com Judá. Em sua oração, ele reconheceu a soberania
de Deus, a aliança, a presença, a misericórdia, a possessão de Deus e a sua
total dependência nele. Em resposta, Deus causou confusão no meio dos inimigos,
que, por engano, viraram-se uns contra os outros e mataram-se entre si. A
destruição foi total e o seu exército jamais chegou a encontrar o inimigo.
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O motivo da falta de resistência dos
judeus era de ordem espiritual:
a. ZOROBABEL, o chefe político do povo judeu, até
então, tinha confiado em sua própria força (Zc 4.6). Quando as suas próprias
forças se esgotaram, não teve mais condições de resistir, sentindo-se
inteiramente desarmado diante do inimigo.
b. JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder religioso do povo,
estava com suas vestes manchadas (Zc 3.3). Este fato tirou dele toda a
autoridade espiritual Diante do problema causado pelos inimigos, ele não
tinha fé para buscar da ajuda de Deus, do Todo-poderoso, uma vez que o mistério
da fé é guardado em uma pura consciência (1 Tm 3.9).
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- a. Zacarias recebeu uma quinta visão,
focalizada no líder civil Zorobabel, descendente de Davi, com o propósito de encorajá-lo
no trabalho de reconstrução do templo. A conclusão fiel da obra permitiria que
Israel voltasse a brilhar, a testemunhar da graça de Deus ao mundo. O Senhor
mesmo irá garantir-lhe a capacitação divina para essa empreitada e a provisão
inesgotável de glória futura do templo e do reino do Messias. Não há poder riqueza
ou força física humana que baste para completar a obra. Somente uma provisão
abundante do Espírito Santo pode capacitá-lo para realizar sua tarefa e
permitir que Israel volte a ser luz no mundo por meio da operação do Espírito
durante o reino do Messias.
- b. ‘...vestes sujas’ é empregado como termo repugnante
e abjeto para sujeira que retrata a condição habitual de contaminação do
sacerdócio e do povo (Is 4.4; 64.6) que serve de base para a acusação de
Satanás, segundo o qual a nação é moralmente impura e indigna da proteção e da
bênção de Deus. È importante notar que, o próprio Deus é aquele que troca as
vestes sujas por uma vestimenta suntuosa, representando a justificação. Deus
criou o ser humano com unia “consciência'' como sua faculdade que lhe permite
julgar-se a si mesmo. Uma vez que Deus escreveu a sua lei no coração do ser
humano (Rm 2.15), este conhece o padrão básico de distinção entre o certo e o
errado. Quando viola esse padrão, sua consciência produz culpa, que atua como o
sistema de segurança da mente e produz temor, culpabilidade, vergonha e dúvida
como advertências sobre perigos que ameaçam o bem-estar da alma. Por outro
lado, quando faz a vontade de Deus, o cristão desfruta da afirmação, da
segurança, da paz e da alegria de uma consciência boa (At 23.1; 24.16; 2Tm 1.3;
Hb 13.18: 1Pe 3.16.21).
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IV –
A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA
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A tristeza dos judeus. O povo em geral tinha, desde o início da
construção, acompanhado o trabalho com simpatia. Os judeus trabalhavam com
muito entusiasmo e com muita união. O povo tinha ouvido falar de que o Deus
do céu estava do lado dos judeus, ajudando-os. E agora? Onde estava seu Deus?
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- Quando o Ciro da Pérsia publicou um edito (Ed
1,1-14) que permitiu a Israel deixar a Babilônia e voltar para sua terra natal
sob a liderança civil de Zorobabel e a direção espiritual do sumo sacerdote
Josué (Ed 3.2), em 538 a.C., cerca de 50.000 mil judeus voltaram à Jerusalém,
como retrata o Salmo 126.1-3: “Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que
voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de
riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes
coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais
estamos alegres”. Até a obra ser abandonada devido à oposição dos povos vizinhos,
esse sonho perdurou, até que, a indiferença os atingiu em cheio (Ed 4.1-24). O
povo ainda não estava totalmente curado da idolatria, era necessário ainda uma
quarentena, e dezesseis anos depois, Ageu e Zacarias foram incumbidos por Deus
de encorajar o povo a não apenas reconstruir o templo, mas também a reorganizar
suas prioridades espirituais (Ed 5.1—6.22). Nos textos não sobressaem tristeza
pela parada da obra nem questionamentos sobre onde estava Deus, mas sim, a
desmotivação.
2
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A alegria dos samaritanos. Os inimigos dos judeus regozijavam-se grandemente.
Certamente os conselheiros foram parabenizados pela “sábia e competente
ação”. Porém o gozo de ímpios é de pouca duração!
a. O gozo dos filisteus, que haviam prendido Sansão,
terminou em tragédia (Jz 16.25-31).
b. A alegria dos sacerdotes, que alugaram Judas para
trair Jesus, foi de curta duração. Com a ressurreição de Jesus, seus
problemas se agravaram (Mt 28.11-15).
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- a. Neste caso de Sansão, sobressai
uma observação: É trágico quando o pecado de uma pessoa contribui para a
comunidade descrente prestar louvor a um deus falso, pois somente Deus é digno
de louvor. Neste episódio, Dagom, a falsa divindade filistéia, deus do mar, um
ídolo com cabeça de homem c corpo de peixe. Temos culpa quando ímpios se
regozijam por nossa queda, sim, invariavelmente, nossa derrota advém de algum
pecado/desobediência; e até a falsa adoração é ocasionada pelo nosso tropeço!
- b. Trinta moedas de prata, uma
quantia comparativamente pequena, o preço de um escravo (Êx. 21:32), essa era
também a soma prevista do dinheiro de sangue a ser pago pela traição do Senhor
(Zc 11.12,13).
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O desânimo dos judeus. Os judeus, que tinham voltado do cativeiro para construir
o Templo, sentiram-se humilhados e tristes. Mas, passado algum tempo,
acomodaram-se com a situação e não lutaram pela continuação da construção do
Templo. Deixaram-se dominar peto desânimo. O desânimo é uma das mais eficazes
armas usadas por Satanás, contra os crentes. Lutemos contra o desânimo, em
nome de Jesus!
a. Alguns conformaram-se, pensando que talvez ainda
não era a vontade de Deus construir o Templo (Ag 1.2).
b. Outros aproveitaram a interrupção da obra para
dedicar-se as suas próprias casas (Ag 1.9). Outros chegaram a faltar com as
suas obrigações espirituais, deixando de contribuir para a casa de Deus (Ag 1.6).
c. Talvez alguns judeus sinceros estivessem tristes,
e buscassem a Deus em oração, pedindo solução para a dificuldade, de modo que
o Templo pudesse continuar a ser construído.
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- Desanimado com a oposição de seus vizinhos (Ed
4.1-5,24), o povo havia concluído equivocadamente que ainda não era o momento
de. reconstruir o templo. Com uma pergunta mordaz, o Senhor lembra aos judeus
que não era certo viverem em casas apaineladas enquanto o templo se encontrava
em ruínas e exorta-os a considerar com atenção as consequências de sua
indiferença.
- a. Apesar de ter sido estimulada pela oposição hostil
dos vizinhos de Israel e pela falta de prosperidade econômica (veja Ag 1.9-11),
em última análise, a origem da relutância do povo era a sua indiferença egoísta
ao Senhor. O desprazer de Deus pode ser observado no fato de ele se referir aos
judeus como "este povo" e não "meu povo". Em
vez de um templo, queriam acumular riquezas para si.
- b. Tendo em vista a dedicação com
que os judeus tratavam de seus próprios interesses, o profeta faz um contraste
entre aqueles que se desdobram em cuidados com "sua própria casa"
o, ao mesmo tempo, negligenciam a casa de Deus ("minha casa") Em
seu egoísmo, haviam deixado de lado a casa de Deus e, com isso, atraíram sobre
si apenas mais dificuldades (Mt 6.33).
- Não é indicado pelo texto se houve algum judeu
sincero e triste pela parada na obra. Ao contrário, o que sobressai no texto é
a opressão externa pela hostilidade de seus vizinhos e internamente pela
escassez de alimentos, isso sim levou os judeus a demonstram arrependimento verdadeiro
e obediência.
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QUESTIONÁRIO
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A respeito de “A Construção do
Templo Enfrentou Oposição”, responda:
• Como foi feito o lançamento dos
alicerces do Templo?
R: Com solenidade.
• De que forma podemos considerar a
reedificação do Templo?
R: Como um resultado do reavivamento
que moveu o coração do rei Ciro.
• Que povo vizinho a Israel tentou
frustrar a construção do Templo?
R: Os samaritanos.
• Por que os judeus deveriam
procurar o rei da Pérsia?
R: Para assegurar a construção do
Templo.
• Por que os judeus deveriam ter
recorrido a Deus?
R: Porque Deus era quem os estava
dirigindo naquele negócio
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Pb Francisco Barbosa