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21 de julho de 2020

ESPECIAL | Lição 04 – A Construção do Templo Enfrentou Oposição | Pb Francisco Barbosa


ANO 12 | Nr 664| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN

Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
04


26 DE JULHO DE 2020


A Construção do Templo Enfrentou Oposição
Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trimestre, 2020. Lição 4, 26 de Julho de 2020



TEXTO ÁUREO

“Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne 4.6).


VERDADE PRÁTICA

Se confiarmos verdadeiramente em Deus, venceremos todas as resistências do Maligno.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ed 4.7,9,11-13,15,16,21-24


INTRODUÇÃO

O altar havia sido restaurado, a festa dos Tabernáculos celebrada, e o holocausto contínuo estava sendo oferecido cada dia, conforme o rito (Ed 3.2,4). A vida espiritual dos judeus que haviam retornado do cativeiro seguia o que estava prescrito na Lei de Moisés. Somente esperavam o momento de iniciar a reedificação do Templo.
- Já era o segundo ano... segundo mês (Ed 3.8), cerca de abril/maio de 536 a.C., quando lançaram as bases do Templo. Depois da sua chegada a Jerusalém, eles se ocuparam com as próprias habitações dentro e ao redor de Jerusalém. Depois que o trabalho foi concluído, eles passaram à construção do altar de holocaustos a tempo para as festas, e decidiram celebrá-las como se o templo já estivesse pronto. O mês das festas das Trombetas, Expiação e Tabernáculos era o sétimo. Uma assembleia como essa não acontecia há 70 anos. Eles obedeceram aos preceitos de Lv 23.24-44. Mais de 90 anos depois, Neemias e Esdras comandariam uma celebração semelhante (Ne 8.1 3-18). Conforme lemos em Ed 3.7, pedreiros... carpinteiros... madeira de cedro... o processo de reconstrução do templo parece semelhante ao da sua construção original sob Salomão (1Rs 5-6; 1Cr 22; 2Cr 2). Todo material utilizado era despachado dos portos fenícios de Sidom e Tiro em direção ao sul para Jope, o principal porto marítimo, dali era levado por uma distância de cerca 56
km até Jerusalém, talvez aqui esteja uma razão pela demora na reconstrução do principal edifício do povo escolhido. Vamos pensar maduramente a nossa fé?


I – OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS





1
Depois que os materiais para a construção do Templo chegaram, segundo a concessão feita pelo rei Ciro da Pérsia, Zorobabel e os que haviam voltado do cativeiro lançaram os alicerces do templo (Ed 3.8). Todos apresentavam muita animação para o trabalho.

O lançamento dos alicerces foi celebrado com uma solenidade. “[…] Os sacerdotes, já paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao SENHOR, conforme a instituição de Davi, rei de Israel” (Ed 3-10). Todos os que assistiram o lançamento dos alicerces expressaram seus sentimentos com tão grande júbilo, que as suas vozes se ouviam de mui longe (Ed 3.12,13).
- Dois anos depois de terem chegado a Jerusalém, é dado início à reconstrução do Templo, encerrando oficialmente os 70 anos de cativeiro que teve início em 605 a.C.
- As vozes erguidas nesse episódio, nem todas eram de júbilo. O primeiro templo, construído por Salomão (1Rs 5-7), havia sido destruído 50 anos antes. Os idosos, que deviam ter 60 ou mais anos de idade, sabiam que esse segundo templo nem de longe podia ser equiparado ao esplendor do templo de Salomão, e nem a presença de Deus habitava nele (Ag 2.1-4; Zc 4.9-10). A nação era pequena e fraca, o templo era menor e muito menos formoso. Não havia nele riquezas como nos dias de Davi e Salomão. A arca não estava lá. Porém, o que mais decepcionava a todos era a ausência da glória de Deus – a Shekinah. Daí o pranto, com gritos de alegria. Para aqueles que não tinham uma referência para comparar, esse era um grande momento. Possivelmente o S126 tenha sido escrito e entoado nessa ocasião.

2
A reedificação do Templo. A reedificação do templo foi resultado do despertamento que veio através de Ciro, rei da Pérsia (Ed 1.1,2). Convém lembrar que o despertamento Pentecostal, que chegou ao Brasil em 1911, trouxe consigo uma verdadeira renovação da doutrina da Igreja de Deus, que pode ser simbolizada pelo templo de Deus (1 Co 3.16). A Igreja de Deus é um MISTÉRIO (Ef 5.32), que não pode ser compreendido pelo homem natural (1 Co 2.14).

a. O Espírito Santo quer salientar que JESUS em pessoa quer edificar a sua Igreja (Mt 16.18), e Ele o faz conforme a Palavra de Deus.

b. O Espírito Santo quer gerar um sentimento de reverência pela igreja do Senhor, que é a morada de Deus (Ef 2.22). Veja também: Êxodo 3.5; Salmos 89.7; Eclesiastes 5.1.

c. O Espírito Santo quer adestrar a Igreja porque ela é o instrumento da ação de Deus aqui na terra (Ef 3.10). Deus tem um trabalho para cada servo seu na grande obra de evangelização do mundo (Mc 13-34).
- Aqui, cuidado para não colocar em Ciro, rei pagão, o instrumento através de quem veio o despertamento – a ‘primeira brasa’, como sugere o subtópico. Apesar de termos em Ed 1.1 ‘despertou o SENHORo espírito de Ciro...’ essa é expressão forte a respeito do fato de que Deus trabalha soberanamente na vida dos reis para realizar os seus propósitos (Pv 21.1; Dn 2.21; 4.17), sem necessariamente converter seus corações, assim, Ciro foi instrumento, ainda que pagão, para a realização dos propósitos divinos na vida do povo escolhido.
- A Igreja, de fato, é o mistério – ‘Grande é este mistério’ (Ef 5.32), que esteve oculto no Antigo Testamento, mas que foi plenamente revelado no Novo Testamento. "Mistério" identifica alguma realidade escondida no passado e revelada na época do Novo Testamento para ser escrita na Escritura. Ao usar o termo ‘homem natural’, Paulo refere-se ao não convertido, que carece de vida e sabedoria sobrenaturais para poder discernir espiritualmente as coisas de Deus. Logicamente, o homem sem Deus não entende as coisas de Deus, pois é por meio da iluminação da Palavra, que o Espírito Santo concede aos seus santos a capacidade de discernir a verdade divina (Sl 119.18), a qual os mortos espiritualmente são incapazes de compreender (Jo 5.37-39). Também vale salientar que, a doutrina da iluminação não significa que nós conhecemos todas as coisas (Dt 29.29), que não precisemos de mestres (Ef 4.11-12) ou q u e o entendimento não exija trabalho árduo (2Tm 2.15).
a. - Mateus é o único Evangelho em que aparece o termo Igreja. Cristo a chama em Mt 16.18 de "minha igreja", enfatizando que apenas ele é o Arquiteto, Construtor, Proprietário e Senhor. A palavra grega para igreja significa "chamados para fora". Embora Deus esteja desde o início da história redentora reunindo os remidos pela graça, a igreja singular que ele prometeu edificar começou no Pentecoste, com a chegada do Espírito Santo (At 2.1-4; 1Co 12.12-13).
b. - O termo para habitação de Deus no Espírito usada em Ef 2.22, indica um lar permanente. Deus, o Espírito Santo, passa a residir de modo permanente no seu santuário terrestre, a igreja, o vasto corpo espiritual formado por todos os remidos (cf. ICo 6.19-20; 2Co6.16).
c. Deus, por meio da igreja, manifesta a sua glória para todos os anjos (principados e potestades. Os anjos, tanto os santos como os perversos (Ef 3.10). Os anjos santos se regozijam (Lc 15.10; 1Pe 1.12) porque estão envolvidos com a igreja (1Co 11.10; Hb 1.14). Apesar de não lerem o desejo de louvar a Deus, e nem a capacidade para isso, mesmo os anjos caídos veem a glória de Deus na salvação e na preservação da igreja.


II – OS SAMARITANOS OPOEM-SE A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1
Entre os moradores da terra estavam os samaritanos. Quando Nabucodonosor Levou o reino de Judá cativo para Babilônia, os samaritanos passaram a morar na terra. Estes eram descendentes de uma mistura de gente que o rei da Assíria tinha deslocado para as cidades da Samaria, depois de ele ter levado as dez tribos do Reino do Norte em cativeiro para a Assíria (2 Rs 17.23). Eram pagãos que haviam sido ensinados acerca do Deus de Israel. Assim, os samaritanos continuavam servindo a seus deuses, mas também temiam 0 Senhor (2 Rs 17.23-33).
- Depois da sua conquista pelos assírios em 722 a.C. (2Rs 17.1-6), o monte central e a região da planície costeira do antigo Reino do Norte de Israel tornaram-se províncias assírias, tendo o conjunto sido chamado de Samaria em homenagem à antiga capital de Israel, quando o rei Onri deu-lhe esse nome (1Rs 16.24). Sargão II, rei da Assíria, levou os israelitas cativos para a região que atualmente corresponde ao Iraque, e estabeleceu estrangeiros, provenientes de regiões bem espalhadas, também conquistadas pela Assíria, nas cidades israelitas abandonadas. Esses povos, que se casaram com os poucos judeus que escaparam do exílio, tornaram-se samaritanos — um povo mestiço de judeus e gentios. Finalmente, desenvolveu-se uma tensão entre os judeus que retornaram do cativeiro e os samaritanos. Os samaritanos se retiraram do culto prestado a YHWH em Jerusalém e estabeleceram o seu próprio culto no monte Gerizim, em Samaria. Eles consideravam como autoridade somente o Pentateuco. Em consequência dessa história, os judeus repudiavam os samaritanos e os consideravam hereges. Fortes tensões étnicas e culturais alimentadas historicamente entre os dois grupos fizeram com que ambos evitassem contato mútuo tanto quanto possível (Ed 4.1-24; Ne 4.1-6; Lc 10.25-37).
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Os samaritanos tentam frustrar a construção do Templo (Ed 4.4,5). A maldade dos samaritanos levou-os a enviar uma carta ao rei da Pérsia contendo acusações mentirosas contra os judeus (Ed 4.12,13). O rei que recebeu aquela carta não conhecia bem o assunto, e mandou parar a obra (Ed 4.21).
- De fato, pareceu que o plano samaritano para sabotar a obra surtiu efeito, afinal, isso provocou um atraso de 16 anos, de 536 a.C. a 520 a.C, na reedificação do Templo. Esse atraso resultou em um abandono da obra e o povo ocupou-se mais de seus assuntos pessoais do que das questões espirituais (Ag 1.2-6). Essa ordem interrompeu os esforços de 50.000 pessoas que trabalhavam na reconstrução. O rei estava baixando um decreto de grande importância e que não perderia o seu efeito até que o rei promulgasse um novo decreto. Os contrários à Obra do reino podem até parecer obter vitória sobre o povo de Deus, mas apenas parece...


III – COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?

1
Os judeus deveriam ter ido ao rei da Pérsia para assegurar a construção. Uma ordem dada por uma autoridade superior não pode ser invalidada por uma autoridade inferior. A ordem de construir o Templo tinha sido dada pelo Deus do céu, através do rei Ciro, a maior autoridade da época, que assinara o decreto da construção do Templo.
- A partir de 4.6-23, Esdras apresenta uma oposição futura à nova colonização e reconstrução de Judá. Primeiro, ele se referiu aos adversários de Israel sob o rei Assuero (Xerxes, 486-464 a.C.), que governou na época de Ester. A seguir, relata a oposição nos dias de Neemias sob Artaxerxes I (c. 464-423 a.C'.), expressa numa detalhada carta de acusação contra os judeus. Ela teve êxito em suspender os trabalhos. Com toda probabilidade, essa é a mesma oposição também comentada em Ne 1,3. Todas essas ocorrências contínuas demonstravam a grave animosidade que existia entre os israelitas e os samaritanos, que mais tarde se agravou quando os samaritanos construíram um templo rival no monte Gerizim. Os profetas Ageu e Zacarias esforçaram o povo a continuar a obra, mesmo com a proibição, não houve um cruzar de braços voluntário. Zorobabel, o líder político, e a Jesua, o líder religioso, diziam ao povo que fossem fortes e trabalhassem no templo porque Deus estava com eles (Ag 2.4)! “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar, até que o assunto chegasse a Dario, e viesse resposta por carta sobre isso.
- Por qual razão os judeus não recorreram da decisão de Ciro? Pelo que temos em 6.14, a obra foi retomada e prosperou segundo o mandado do Deus de Israel... o decreto do rei era secundário, era o decreto de Deus, o soberano do universo, que concedia autoridade administrativa para a reconstrução do templo. Os decretos de três dos grandes monarcas da história do antigo Oriente Próximo eram apenas uma questão secundária. Deus governa o universo; ele levanta reis, e depois que eles já serviram à sua administração, ele os tira do trono.

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Os judeus deveriam ter recorrido a Deus. Toda história dos judeus é rica de exemplos de como Deus ajudou seu povo em tempos difíceis. A própria vinda dos judeus para Jerusalém era uma clara demonstração de que Deus estava neste negócio.
Vejamos alguns exemplos da história dos judeus, quando foram ajudados pelo Senhor:

a. Nos dias do rei Ezequias, Judá foi cercado pelo exército do rei da Assíria que ameaçava fazer com Judá o que já havia feito com o reino de Israel: levá-los em cativeiro. Nesta hora de perigo, o rei Ezequias buscou o Senhor e foi ouvido, pois um anjo feriu o arraial dos assírios, destruindo cento e oitenta e cinco mil soldados (2 Rs 19.30; 2 Cr 32.21 22).

b. Nos dias do rei Jeosafá, ameaçados pelos amonitas e pelos moabitas, os habitantes de Judá foram convocados pelo rei para pedirem socorro ao Senhor. Ver o texto em 2 Crônicas 20.1-24. Deus guerreou por eles, e sem terem que lutar, os inimigos foram desbaratados. Os muitos exemplos da ajuda de Deus no passado deveriam ter inspirado os líderes do povo à resistência a esta maldade dos inimigos dos judeus.
- a. Aqueles povos acreditavam que as muitas divindades protegiam os reinos. Ezequias havia promovido uma reforma espiritual onde derrubou os altos e altares em honra aos ídolos. Isso levou a Rabsaqué pensar erroneamente que os judeus tinham eliminado as oportunidades de adoração ao Senhor, e portanto, diminuído a honra ao Deus de Judá, assim o desagradando e abrindo mão de sua ajuda na guerra. Rabsaqué, aos berros junto ao muro da cidade, falando na língua hebraica, disse que Ezequias não poderia salvar a cidade, mas o sumo rei, da Assíria, encheria as pessoas com abundância se elas prometessem se render ao seu controle soberano, pagando tributo a ele e estando dispostos a partir voluntariamente num exílio próspero e benéfico (2Rs 19.31-32). À vos de Rabsaqué, Ezequias rasgou suas vestes reais e vestiu-se de panos de saco, reação que simbolizava o sofrimento, arrependimento e contrição de Ezequias. A nação precisava arrepender-se e o rei teria de ser o primeiro a fazer isso. A resposta do Senhor, através de Isaías foi: Não temas. Senaqueribe tinha blasfemado contra o Senhor a equipará-lo a outros deuses. O Senhor demonstraria de maneira pessoal ao rei assírio a sua superioridade sobre todas as outras pretensas divindades.
- b. A descendência de Ló, filhos de Moabe e Amom, habitavam a leste do Jordão, e os Edomitas, descendentes de Esaú, irmão de Jacó, até o sul, tinham como objetivo remover Josafá do trono. Eles tinham adentrado ao redor do extremo sul do mar Morto e chegado até o extremo norte, En-Gedi, no centro da margem ocidental. Essa era uma rota comum para os inimigos, já que ficavam invisíveis para o povo do outro lado das montanhas a oeste. Josafá teve a reação espiritual apropriada, ou seja, o rei e a nação clamaram a Deus em oração e jejum. O jejum era nacional, incluindo até mesmo as crianças. Josafá colocou-se de pé no pátio novo e orou pela nação, clamando pelas promessas, pela glória e pela reputação de Deus, que estavam em jogo, pois Deus se identificava com Judá. Em sua oração, ele reconheceu a soberania de Deus, a aliança, a presença, a misericórdia, a possessão de Deus e a sua total dependência nele. Em resposta, Deus causou confusão no meio dos inimigos, que, por engano, viraram-se uns contra os outros e mataram-se entre si. A destruição foi total e o seu exército jamais chegou a encontrar o inimigo.

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O motivo da falta de resistência dos judeus era de ordem espiritual:
a. ZOROBABEL, o chefe político do povo judeu, até então, tinha confiado em sua própria força (Zc 4.6). Quando as suas próprias forças se esgotaram, não teve mais condições de resistir, sentindo-se inteiramente desarmado diante do inimigo.

b. JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder religioso do povo, estava com suas vestes manchadas (Zc 3.3). Este fato tirou dele toda a autoridade espiritual Diante do problema causado pelos inimigos, ele não tinha fé para buscar da ajuda de Deus, do Todo-poderoso, uma vez que o mistério da fé é guardado em uma pura consciência (1 Tm 3.9).
- a. Zacarias recebeu uma quinta visão, focalizada no líder civil Zorobabel, descendente de Davi, com o propósito de encorajá-lo no trabalho de reconstrução do templo. A conclusão fiel da obra permitiria que Israel voltasse a brilhar, a testemunhar da graça de Deus ao mundo. O Senhor mesmo irá garantir-lhe a capacitação divina para essa empreitada e a provisão inesgotável de glória futura do templo e do reino do Messias. Não há poder riqueza ou força física humana que baste para completar a obra. Somente uma provisão abundante do Espírito Santo pode capacitá-lo para realizar sua tarefa e permitir que Israel volte a ser luz no mundo por meio da operação do Espírito durante o reino do Messias.
- b. ‘...vestes sujas’ é empregado como termo repugnante e abjeto para sujeira que retrata a condição habitual de contaminação do sacerdócio e do povo (Is 4.4; 64.6) que serve de base para a acusação de Satanás, segundo o qual a nação é moralmente impura e indigna da proteção e da bênção de Deus. È importante notar que, o próprio Deus é aquele que troca as vestes sujas por uma vestimenta suntuosa, representando a justificação. Deus criou o ser humano com unia “consciência'' como sua faculdade que lhe permite julgar-se a si mesmo. Uma vez que Deus escreveu a sua lei no coração do ser humano (Rm 2.15), este conhece o padrão básico de distinção entre o certo e o errado. Quando viola esse padrão, sua consciência produz culpa, que atua como o sistema de segurança da mente e produz temor, culpabilidade, vergonha e dúvida como advertências sobre perigos que ameaçam o bem-estar da alma. Por outro lado, quando faz a vontade de Deus, o cristão desfruta da afirmação, da segurança, da paz e da alegria de uma consciência boa (At 23.1; 24.16; 2Tm 1.3; Hb 13.18: 1Pe 3.16.21).



IV – A REAÇÃO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA

1
A tristeza dos judeus. O povo em geral tinha, desde o início da construção, acompanhado o trabalho com simpatia. Os judeus trabalhavam com muito entusiasmo e com muita união. O povo tinha ouvido falar de que o Deus do céu estava do lado dos judeus, ajudando-os. E agora? Onde estava seu Deus?
- Quando o Ciro da Pérsia publicou um edito (Ed 1,1-14) que permitiu a Israel deixar a Babilônia e voltar para sua terra natal sob a liderança civil de Zorobabel e a direção espiritual do sumo sacerdote Josué (Ed 3.2), em 538 a.C., cerca de 50.000 mil judeus voltaram à Jerusalém, como retrata o Salmo 126.1-3: “Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres”. Até a obra ser abandonada devido à oposição dos povos vizinhos, esse sonho perdurou, até que, a indiferença os atingiu em cheio (Ed 4.1-24). O povo ainda não estava totalmente curado da idolatria, era necessário ainda uma quarentena, e dezesseis anos depois, Ageu e Zacarias foram incumbidos por Deus de encorajar o povo a não apenas reconstruir o templo, mas também a reorganizar suas prioridades espirituais (Ed 5.1—6.22). Nos textos não sobressaem tristeza pela parada da obra nem questionamentos sobre onde estava Deus, mas sim, a desmotivação.


2
A alegria dos samaritanos. Os inimigos dos judeus regozijavam-se grandemente. Certamente os conselheiros foram parabenizados pela “sábia e competente ação”. Porém o gozo de ímpios é de pouca duração!

a. O gozo dos filisteus, que haviam prendido Sansão, terminou em tragédia (Jz 16.25-31).

b. A alegria dos sacerdotes, que alugaram Judas para trair Jesus, foi de curta duração. Com a ressurreição de Jesus, seus problemas se agravaram (Mt 28.11-15).
- a. Neste caso de Sansão, sobressai uma observação: É trágico quando o pecado de uma pessoa contribui para a comunidade descrente prestar louvor a um deus falso, pois somente Deus é digno de louvor. Neste episódio, Dagom, a falsa divindade filistéia, deus do mar, um ídolo com cabeça de homem c corpo de peixe. Temos culpa quando ímpios se regozijam por nossa queda, sim, invariavelmente, nossa derrota advém de algum pecado/desobediência; e até a falsa adoração é ocasionada pelo nosso tropeço!
- b. Trinta moedas de prata, uma quantia comparativamente pequena, o preço de um escravo (Êx. 21:32), essa era também a soma prevista do dinheiro de sangue a ser pago pela traição do Senhor (Zc 11.12,13).


3
O desânimo dos judeus. Os judeus, que tinham voltado do cativeiro para construir o Templo, sentiram-se humilhados e tristes. Mas, passado algum tempo, acomodaram-se com a situação e não lutaram pela continuação da construção do Templo. Deixaram-se dominar peto desânimo. O desânimo é uma das mais eficazes armas usadas por Satanás, contra os crentes. Lutemos contra o desânimo, em nome de Jesus!

a. Alguns conformaram-se, pensando que talvez ainda não era a vontade de Deus construir o Templo (Ag 1.2).

b. Outros aproveitaram a interrupção da obra para dedicar-se as suas próprias casas (Ag 1.9). Outros chegaram a faltar com as suas obrigações espirituais, deixando de contribuir para a casa de Deus (Ag 1.6).

c. Talvez alguns judeus sinceros estivessem tristes, e buscassem a Deus em oração, pedindo solução para a dificuldade, de modo que o Templo pudesse continuar a ser construído.
- Desanimado com a oposição de seus vizinhos (Ed 4.1-5,24), o povo havia concluído equivocadamente que ainda não era o momento de. reconstruir o templo. Com uma pergunta mordaz, o Senhor lembra aos judeus que não era certo viverem em casas apaineladas enquanto o templo se encontrava em ruínas e exorta-os a considerar com atenção as consequências de sua indiferença.
- a. Apesar de ter sido estimulada pela oposição hostil dos vizinhos de Israel e pela falta de prosperidade econômica (veja Ag 1.9-11), em última análise, a origem da relutância do povo era a sua indiferença egoísta ao Senhor. O desprazer de Deus pode ser observado no fato de ele se referir aos judeus como "este povo" e não "meu povo". Em vez de um templo, queriam acumular riquezas para si.
- b. Tendo em vista a dedicação com que os judeus tratavam de seus próprios interesses, o profeta faz um contraste entre aqueles que se desdobram em cuidados com "sua própria casa" o, ao mesmo tempo, negligenciam a casa de Deus ("minha casa") Em seu egoísmo, haviam deixado de lado a casa de Deus e, com isso, atraíram sobre si apenas mais dificuldades (Mt 6.33).
- Não é indicado pelo texto se houve algum judeu sincero e triste pela parada na obra. Ao contrário, o que sobressai no texto é a opressão externa pela hostilidade de seus vizinhos e internamente pela escassez de alimentos, isso sim levou os judeus a demonstram arrependimento verdadeiro e obediência.



QUESTIONÁRIO

A respeito de “A Construção do Templo Enfrentou Oposição”, responda:
• Como foi feito o lançamento dos alicerces do Templo?
R: Com solenidade.
• De que forma podemos considerar a reedificação do Templo?
R: Como um resultado do reavivamento que moveu o coração do rei Ciro.
• Que povo vizinho a Israel tentou frustrar a construção do Templo?
R: Os samaritanos.
• Por que os judeus deveriam procurar o rei da Pérsia?
R: Para assegurar a construção do Templo.
• Por que os judeus deveriam ter recorrido a Deus?
R: Porque Deus era quem os estava dirigindo naquele negócio

Pb Francisco Barbosa