ANO 12 | Nr 663| 2020
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD EDIÇÃO ESPECIAL JOVENS e ADULTOS
- TERCEIRO TRIMESTRE DE 2020
OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE: a
reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os
nossos dias
COMENTARISTA: EURICO BÉRGSTEN
Edição Especial 3º TRI
Jovens e Adultos
Escola Bíblica
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03
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19 DE JULHO DE 2020
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TEXTO ÁUREO
“Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim.
E todo o povo se chegou a ele. E reparou o altar do Senhor, que estava
quebrado” (1 Rs 18.30).
VERDADE PRÁTICA
Satanás jamais derrotará o crente cujo
altar é constantemente renovado pelo Espírito.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ed
3.2-5, 10-13
INTRODUÇÃO
||Nesta lição iremos meditar sobre um
fato que caracteriza o verdadeiro o despertamento. Trata-se da necessidade que
os homens passam a sentir de se chegarem mais perto do altar de Deus, a fim de
estarem cada vez mais perto de Deus||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 3, 19 Julho, 2020]
- Constantemente lemos nas
Escrituras de alguém levantando um altar, como em Gn 8.20, onde Noé ao sair da
arca, adorou ao Senhor. Ali, foi um ato de culto em resposta à fidelidade de
Deus à aliança, que havia poupado Noé e sua família. Levantar um altar traz o
significado de dedicar-se ao culto ao Senhor. O verdadeiro despertamento
espiritual vai introduzir em cada um de nós o desejo de estar junto ao altar,
de prestar a genuína adoração. Vamos pensar maduramente a nossa fé?
I - O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
||1. Os judeus sentiam a necessidade do
acesso a Deus que o altar lhes proporciona. O propósito que
traziam no coração, ao retornar do cativeiro, precisava ser muito firme, porque
estavam rodeados de inimigos cruéis. A Bíblia diz: “O terror estava sobre eles
por causa dos povos da terra” (Ed 3.3). Por isso mesmo, o povo sentia que
precisava do acesso a Deus, através do altar. “Este será o holocausto contínuo…
perante o Senhor, onde vos encontrarei, para falar contigo ali” (Êx 29.43).
Estas bênçãos os judeus agora almejam através do altar ||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 3, 19 Julho, 2020]
- Nesse retorno do cativeiro
babilônico, os cultos e o calendário regular foram retomados. É importante que
se diga, nesse episódio, depois da sua chegada, eles se ocuparam com as
próprias habitações dentro e ao redor de Jerusalém; somente depois que esse
trabalho foi concluído, é que o povo passou à reforma do altar de holocaustos,
a tempo para as festas, e decidiram celebrá-las como se o templo já estivesse
pronto. Eles firmaram o altar, e isso era tudo o que era necessário fazer para
restabelecer o culto no templo. Eles firmaram o altar sobre os antigos
fundamentos, portanto esse altar ocupava o local sagrado, dos povos de outras
terras. Notemos no versículo 3, que o judeus estavam temerosos por causa da
gente que passou a ocupar a terra vazia durante os 70 anos que Israel ficou
cativo; Estes eram exilados trazidos de outros países pelos assírios e pelos
babilônios. Esses habitantes viam os judeus como uma ameaça e desejavam minar
rapidamente a sua aliança com Deus (Ed 4.1-2).
||2. Todos os despertamentos genuínos
começam com a restauração do altar. Temos na Bíblia vários exemplos disto.
Vejamos:
a. No tempo do profeta Elias, nos dias do
rei Acabe. Ver o texto em 1 Rs 18.16-40. No confronto com os profetas de Baal,
a primeira coisa que Elias fez foi reparar o altar que estava quebrado. (1Rs
18.30). Depois sacrificou sobre ele, e orou a Deus. O fogo desceu e o povo
exclamou: “Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus!” O despertamento decorreu do
conserto do altar.
- O altar simbolizava a comunhão
e a adoração entre o homem e Deus. Elias restaurou o altar de Deus que estava
quebrado, colocando 12 pedras conforme o número de tribos de Israel. Interessante
que nesta época, as 12 tribos tinham se separado, no reino do sul e norte. O
altar destruído nos comunica que a comunhão com Deus estava quebrada, o povo já
não adorava como Deus exigia. Reconstruindo o altar, Elias chama o povo para um
concerto com Deus. Nesse sentido, o despertamento decorreu do conserto do altar.
b. Quando o piedoso rei Ezequias assumiu
o trono de Judá, já no primeiro ano do seu reinado ele abriu as portas da casa
do Senhor e as separou (2 Cr 29.3). Mandou purificar o templo, tirar fora toda
a imundícia, purificar o altar do holocausto que havia sido substituído no
reinado de seu antecessor Acaz, por um altar construído com modelo copiado de
Damasco (2 Rs 16.10-12). Quando então os sacerdotes sacrificavam sobre o altar
santificado, começou um novo cântico na casa de Deus (2 Cr 29.27-28). O
despertamento levou à separação do altar.
- Ezequias sabia que um
despertar religioso voltado para Deus afastaria a sua ira de Judá, havia
abandonado o verdadeiro culto a Deus. Então ele se posicionou para retificar a
política de seu pai, Acaz, e para reparar o templo e retornar ao culto correto
no templo, conforme a orientação de Deus em sua palavra. Quando Acaz viajou
para Damasco para se encontrar com Tiglate-Pileser III, ele viu um grande altar
que provavelmente era assírio. Acaz enviou um esboço desse altar a Urias, o
sumo sacerdote em Jerusalém, e Urias construiu um aliar exatamente igual. A
grave iniquidade que havia nisso era mexer nas instalações do templo, cujos
desenhos haviam sido dados por Deus, e mudá-las, de acordo com o gosto pessoal
(Êx 25.40; 26.30; 27.1-8; 1Cr 28.19). Era o mesmo que construir um ídolo dentro
do templo para agraciar ao rei pagão da Assíria, a quem Acaz servia em vez de
servir a Deus.
c. Quando os judeus voltaram do um fato
que caracteriza o verdadeiro cativeiro, construíram o altar sobre as suas
antigas bases, do modo como manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram holocaustos ao
Senhor. A alegria foi grande entre os judeus, pois podiam de novo sacrificar a
Deus, e celebrar a festa dos tabernáculos. O culto a Deus havia recomeçado||.[Fonte:
Lições Bíblicas CPAD. Ed Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 3, 19
Julho, 2020]
- Restaurado o altar, lançaram
as bases para a reconstrução do tempo, ao ver os alicerces, os mais velhos
choraram ao lembrar a glória do primeiro templo; os mais jovens, que não tinham
conhecido aquele, com gritos de alegria, esse era um grande momento. Possivelmente
o S1 126 tenha sido escrito e entoado nessa ocasião.
II – CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
||No tempo do Velho Testamento o
altar era o ponto central do culto a Deus No tempo do Novo Testamento o
sacrifício de Jesus no Gólgota é o grande acontecimento, para o qual o altar
apontava profeticamente. Paulo escreveu à igreja em Corinto: “Principalmente
vós entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1
Co 15.3). Escreveu ainda: “Nada me propus entre vós, senão Jesus Cristo e esse
crucificado” (1 Co 2.2). “Todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17). “Para
que em tudo (Jesus) tenha a preeminência” (CL 1.18). “Para vós os do altar. que
credes, é preciosa a pedra principal da esquina” (1 Pe 2.7). Tudo isto porque
Jesus, pela sua morte expiatória, ganhou a redenção para todo o mundo (Ef 1.7;
2.13-16; Rm 3.23-25; 5.9,10; 1 Pe 1.18,19)||
- O Antigo Testamento fala a
respeito do sofrimento e da ressurreição de Cristo (Lc 24.25-27; At 2.25-31;
26.22-23). Jesus, Pedro e Paulo citaram ou mencionaram tais passagens do Antigo
Testamento em relação à obra de Cristo, como S110.8-11; 22; Is 53. O propósito
de toda a pregação paulina sempre foi a ‘Cruz ensanguentada’! Embora Paulo
tivesse exposto todos os desígnios de Deus à igreja (At 20.27) e ensinado aos
coríntios a Palavra de Deus (At 18.11), o foco de sua pregação e de seu ensino
aos incrédulos era Jesus Cristo, o qual pagou na cruz do Calvário a penalidade
pelo pecado (At 20.20; 2Co 4.2; 2Tm 4.1-2). Até que as pessoas compreendam e
creiam no evangelho, não há nada mais a ser dito a elas. A pregação da cruz era
tão dominante na Igreja primitiva que os cristãos eram acusados de adorar um
homem morto! Necessitamos retomar essa pregação: Cristo somente, e crucificado!
A igreja teve sua origem no Senhor Jesus (Ef 1.4), e ele, por sua morte
sacrificial e substitutiva, concedeu vida a igreja e ressurreição, a fim de
tornar-se o seu soberano. É importante caracterizar que, o ser humano
reconcilia-se com Deus quando este o restaura a um relacionamento justo com ele
por meio de Jesus Cristo. Por que isso é importante? A maneira como está
exposta no comentário (pela sua morte expiatória, ganhou
a redenção para todo o mundo), pode induzir ao entendimento equivocado de que, como resultado da
morte expiatória de Cristo, todos crerão. Mas, como citado em 1Pe 2.7, isso é
somente para aqueles que creêem!
||1. Toda a Trindade atuou ativamente
na morte expiatória de Jesus:
a.
O PAI CELESTIAL. Antes da fundação do mundo o Pai planejou a obra redentora,
com o sacrifício de seu Filho (Ef 3.6-9). “Na consumação dos séculos enviou o
seu Filho” (Gl 4.4; Jo 3.16). O Pai participou diretamente do drama do Gólgota
(2 Co 5.19).
- O Calvário foi planejado antes
mesmo que todas as coisas viessem à existência. Deus por sua própria vontade e
propósito usou seu Filho, o único sacrifício aceitável e perfeito, como meio de
reconciliar os pecadores consigo (At 2.23; Cl 1.19-20; Jo 14.6; At 4.12; 1Tm
2.5-6). É muito importante frisar que o valor da morte de Cristo é eficaz para
aqueles que creem, se ensinarmos outra coisa, incorreremos no erro
universalista. O mérito intrínseco da morte reconciliadora de Cristo é infinito
e a oferta é ilimitada. Entretanto, a expiação real foi feita somente para
aqueles que creem (Jo 10.11,15; 17.9; At 13.48; 20.28; Rm 8.3 2-33; Ef 5.25). Aqueles
que não responderem ao chamado do Evangelho, não receberão o perdão da Cruz
ensanguentada e pagará pessoalmente o preço dos seus pecados no inferno eterno-
eis a essência do Evangelho que a igreja deixou de pregar!
b.
CRISTO, O FILHO DE DEUS. Entregou-se a si mesmo em oferta e sacrifício (Ef 5.2;
Hb 9.14). Ele levou os nossos pecados sobre o madeiro (1 Pe 2.24) e padeceu
para levar-nos a Deus (1 Pe 3.18).
- Em seu amor altruísta pelos
pecadores perdidos, Jesus é o supremo exemplo. Ele tomou sobre si o pecado do
ser humano e deu a sua própria vida para que as pessoas pudessem ser redimidas
de seus pecados, recebessem uma natureza nova e santa e herdassem a vida
eterna. A oferta de Cristo de si mesmo pelo ser humano caído agradou e
glorificou o seu Pai celestial, porque demonstrou do modo mais completo e
perfeito o soberano, perfeito, incondicional e divino amor de Deus.
c.
O ESPÍRITO SANTO. Ajudou o Filho a vencer todos os obstáculos que altar
santificado, se levantaram contra Ele, até chegar à cruz. Foi pelo Espírito
Eterno que Jesus se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus (Hb 9.14)||Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 12, 21 Junho, 2020]
- O Espírito Santo está
diretamente envolvido na obra salvífica, à eterna redenção e à eterna herança que
Cristo alcançou por meio de sua morte sacrifical.
||2. O Espírito Santo quer, pelo despertamento,
mostrar aos homens a grande vitória de Jesus no Gólgota. O Espírito Santo quer iluminar o entendimento
dos homens para esta grande realidade: “Depois de serdes iluminados suportastes
grande combate de aflições” (Hb 10.32).
- Todo crente deve pensar com
cuidado e reconstruir algo na mente, e não simplesmente lembrar-se das
experiências espirituais. Os crentes hebreus haviam recebido instrução na
verdade bíblica que foi acompanhada por percepção intelectual. E isso é
importante por que entender o evangelho não equivale a ser regenerado. Em Jo
1.9. está claro que a iluminação não equivale à salvação. Não basta entender, é
preciso experimentar a transformação, provar o dom celestial. É o espírito
Santo o autor da perfeita iluminação do entendimento, Ele é o agente da
regeneração, e essa só pode vir pela pregação do Evangelho!
a.
O Espírito REVELA (Ef 1.17), iluminando os olhos do nosso entendimento para que
saibamos a grandeza de seu poder sobre nós que manifestou em Cristo
ressuscitando-o dos mortos (Ef 1.19,20). O Espírito Santo revelou a Pedro que
Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16,17).
- Nos textos citados, Ef 1.17,
19 e 20, Paulo não ora para que o poder de Deus seja dado aos cristãos, mas para
que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo e façam uso dele.
Paulo estava orando e pedindo que Deus conceda aos crentes ‘espírito de
sabedoria... coração’; o desejo do apóstolo era que os cristãos tivessem a
disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma mente santificada é
capaz, e assim, entender a grandeza da esperança e da herança que eles têm em
Cristo. Uma mente iluminada espiritualmente é o único meio do verdadeiro
entendimento e apreciação da esperança e da herança em Cristo e de viver de
maneira obediente a ele. É Deus Pai, através do Espírito Santo, quem abre os
nossos olhos para o pleno significado das Escrituras e nos revela quem Jesus é
de fato, tal qual ocorreu com Pedro em Mt 16.16,17; O Espírito Santo abriu o
coração de Pedro para esse conhecimento mais profundo de Cristo pela fé.
b.
O Espírito ENSINA as profundidades do vitupério da cruz. Quando Jesus, na
estrada de Emaús, explicava aos seus discípulos o que as Escrituras escreveram
sobre a sua morte, os corações deles ardiam (Lc 24.32,45).
- Apenas conhecimento empírico,
não é suficiente, é necessário mergulhar mais fundo, até um nível de
compreensão que não está disponível ao intelecto humano. Como assim? É
necessário que o Espírito Santo nos ensine todas as coisas! Isso fica claro ao
lermos o que ocorreu naquele episódio em que os discípulos estavam reunidos a
portas fechadas e trancadas (Jo 20.19; Lc 24.45): “Então, lhes abriu o
entendimento”. Nessa aparição aos discípulos, Cristo sem dúvida lhes
ensinou sobre o Antigo Testamento, como fizera no caminho de Emaús, mas a essência
da expressão “Então, lhes abriu o entendimento” demonstra uma abertura
sobrenatural da mente deles para receber as verdades que ele revelou. Então,
eles que até então tinham a mente embotada (Lc 9.45), finalmente entenderam com
clareza (Sl 119.18; Is 29.18-19: 2Co 3.14-16). Necessitamos do Espírito Santo
limpando nossa mente embotada e nos esclarecendo palavra por palavra. A
sabedoria que salva, a qual a sabedoria do homem não pode conhecer, é revelada
a nós por Deus. Ele a torna conhecida por meio da revelação, inspiração e
iluminação. Em cada caso, o Espírito Santo é o agente divino que realiza a obra
(2Pe 1.21).
c.
O Espírito EXPLICA o verdadeiro significado da morte de Jesus na cruz, sobre o
infinito alcance do brado: “Está consumado!” (Jo 19.30). Deus confirmou esta
palavra de seu Filho, fazendo rasgar o véu de alto a baixo (Mt 27.51) mostrando
ao Universo que um novo e vivo caminho havia sido consagrado pelo véu, isto é,
pela carne de Jesus (Hb 10.19,20). Por meio desta vitória os principados e
potestades satânicos foram despojados, e Jesus triunfou deles em si mesmo (CI
2.15). Por isto temos nele a vitória (1 Co 15.57;2Co 2.14; Rm 8.37). Pela fé em
Jesus Cristo, podemos vencer o mundo (1 Jo 5.4,5).
Por causa do brado “Está
consumado!”, a justiça de Cristo agora é oferecida gratuitamente àqueles que
crerem em Jesus (2 Co 5.21; Is 53.11; Gl 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25).
- Neste ponto atingimos o ápice
do Evangelho! Quando compreendemos, pela iluminação do Espírito Santo, a
necessidade da Cruz na história humana, entendemos o sentido de ser cristão. O
brado ‘tetelestai’ – ‘Está consumado’ carrega a ideia de cumprir a tarefa e, em
contextos religiosos, expressa a ideia de cumprir obrigações religiosas. Toda a
obra da redenção fora completada. A palavra grega aqui foi encontrada em
papiros, sendo colocada em recibos de impostos, significando "totalmente
pago" (veja Cl 3.13-14). Ao render
o seu espírito, a cortina que separava o lugar santo do Santo dos Santos (Êx
26.33; Hb 9.3) rasgou do alto até embaixo. O rasgar do véu significou que o
caminho para a presença de Deus estava agora aberto a todos por meio de um
"novo e vivo caminho" (Hb 10.19-22). O fato de ele ter-se
rasgado "de alto a baixo" mostra que não foi um homem que o cortou,
mas sim o próprio Deus!
d.
O Espírito PENETRA todas as coisas (1 Co 2.10). A luz da glória de Cristo,
revelada na cruz, é uma luz que tudo manifesta (Ef 5.13). Quando esta luz
ilumina o painel da nossa consciência, como aconteceu com o profeta Isaías (Is
6.5-7), sentimos o grande peso dos nossos pecados, e, pelo Espírito Santo,
somos despertados e levados ao arrependimento||Lições
Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 12, 21 Junho, 2020]
- Por meio do Espírito Santo,
Deus revelou a sua verdade que salva (Mt 11.25; 13.10-13). Somente o Espírito
era qualificado porque ele sabe tudo o que Deus sabe. A pura e reluzente luz da
Palavra de Deus revela todos os segredos do pecado. Assim mesmo como experimentou
Isaías, e lamentou “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou
homem de-lábios impuros” (Is 6.5). Se os lábios de Isaías estavam impuros,
também o coração o estava! A visão da santidade de Deus fez o profeta
lembrar-se de maneira muito intensa da sua própria indignidade, que é
merecedora de condenação. Essa mesma experiência teve Jó (Jó 42.6) e Pedro (Lc
5.8), suas mentes lhes foram reveladas e tiveram o mesmo sentimento a respeito
de si mesmos, quando foram confrontados com a presença do Senhor (Ez 1.28 2.27;
Ap 1.17). Precisamos urgentemente experimentar algo tão intenso assim, que nos deixe
dolorosamente conscientes do nosso próprio pecado e nos quebrante (Is 66.2,50).
O arrependimento é doloroso, mas é necessário...
III – CUIDADO COM AS IMITAÇÕES
||Alguns dizem que nem todos os
despertamentos de hoje têm as características que são mencionadas nesta lição.
Concordamos plenamente. Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que
realmente “tinham uma aparência de sabedoria, em devoção voluntária…porém não
eram de valor algum, senão para a satisfação da carne” (CL 2.23). Também em
nossos dias aparecem movimentos “que são imitações baratas do verdadeiro despertamento.
Muitos destes movimentos empregam técnicas avançadas de dominações
psicológicas.
Estes “avivalistas” ou
“especialistas” sabem com suas técnicas dominar o auditório, e podem fazer o
público rir, chorar, jubilar, pular, bater palmas, etc. Sabem até imitar o
batismo como Espírito Santo, “ensinando” o povo a falar em línguas! São, porém,
experiências sem nenhum poder e sem a menor reverência. Uma de nossas igrejas
sentiu-se obrigada a orientar os irmãos acerca de o verdadeiro um movimento que
faz de suas reuniões “Shows” com apresentações de cantores “evangélicos.”.
Nesses “Shows” dominam aplausos, vaias, gritos, assobios, bebidas alcoólicas,
jovens dançando e se requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos”
estão sendo entoados. Cuidado!
Este tipo de imitação pode fazer
com que a glória de Deus se afaste. Todo movimento feito sem que o Espírito
Santo esteja na direção, não pode prosperar. E como uma tartaruga deitada de
costas; movimenta os pés, mas fica no mesmo lugar. Mantenhamos o Espírito Santo
na direção. Então veremos cumprir se a palavra que diz: “Vão indo de força em
força” (SI 84.7). Glória a Jesus||.[Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 3, 19 Julho, 2020]
- Neste tópico final, quero ir além
daquilo que o comentarista expôs. Lendo o texto de Colossenses 2.20-23: “20Se
morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no
mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21"não manuseies isto, não
proves aquilo, não toques aquiloutro, 22segundo os preceitos e
doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. 23Tais
coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de
falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a
sensualidade”. O texto expressa claramente advertência contra uma falsa
santidade buscada a fim de obter a aprovação espiritual. Paulo destaca a
futilidade da tentativa de alcançar a santidade mediante uma rigorosa
negligência de si mesmo, da autonegação e até mesmo do castigo autoinfligido. Esse
tipo de ‘santidade’ não tem poder para restringir o pecado ou levar
alguém a Deus. É coerente que tenhamos um cuidado razoável com o próprio corpo,
bem como certa disciplina, a fim de glorificar a Cristo, não de forma
legalista, como que pelas obras; Os excessos legalistas servem somente para
satisfazer a carne. Com muita frequência, os que se deixam levar pelo legalismo
buscam apenas fazer uma demonstração pública da sua suposta santidade (Mt
6.16-18). Interessante a assertiva do Pr Eurico Bergstein na introdução desta
lição: “necessidade que os homens passam a sentir de se chegarem mais
perto do altar de Deus”; De fato, a santidade só é
possível de dentro para fora, esse desejo é causado pelo Espírito Santo. O
resto, não passa de imitação, e como finalizou o Pr Eurico, Este
tipo de imitação pode fazer com que a glória de Deus se afaste!
QUESTIONÁRIO
||A respeito de “O Despertamento
Renova o Altar”,
• O que caracteriza o verdadeiro
despertamento? R: A necessidade dos homens se aproximarem mais de Deus.
• Como começam os despertamentos
espirituais genuínos? R: Começam com a restauração do altar.
• Em relação ao altar, o que
representa Cristo hoje para nós? R: Representa o ponto central de nossa
comunhão com Deus.
• Qual a atuação do Espírito
Santo na morte vicária de Cristo? R: O Espírito Santo ajudou o Senhor Jesus a
superar todos os obstáculos para que a sua obra vicária se completasse no
Gólgota.
• Por que devemos tomar cuidado
com os falsos despertamentos? R: Porque comprometem o desenvolvimento sadio da
obra de Deus|| [Fonte: Lições Bíblicas CPAD. Ed
Especial Jovens e Adultos - 3º Trim 2020. Lição 3, 19 Julho, 2020]
Pb Francisco Barbosa