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dominical
Plano de aula preparado por Francisco Barbosa. Pode ser baixado e usado
como desejar.
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Lição 6
11 de Fevereiro de 2018
Perseverança e Fé em Tempo de
Apostasia
TEXTO ÁUREO
"Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas." (Hb 6.12). |
VERDADE PRÁTICA
Contra o perigo da apostasia, a Palavra de Deus revela a necessidade de ânimo e perseverança de fé. |
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 6.1-15
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Nova Versão Internacional
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King James Atualizada
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1 POR isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos
até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras
mortas e de fé em Deus,
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Portanto, deixemos os ensinos
elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar
novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé
em Deus,
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Sendo assim, considerando
conhecidos os ensinos básicos a respeito de Cristo, prossigamos rumo à
maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de atitudes
inúteis e que conduzem à morte da fé em Deus,
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2 E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da
ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
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da instrução a respeito de
batismos, da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.
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da instrução acerca de batismos,
da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.
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3 E isto faremos, se Deus o permitir.
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Assim faremos, se Deus o
permitir.
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Sigamos, pois, avante! E, se
Deus o permitir, faremos isso.
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4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,
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Ora para aqueles que uma vez
foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do
Espírito Santo,
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Ora, é impossível para aqueles
que uma vez foram iluminados, experimentaram o dom celestial e se tornaram
participantes do Espírito Santo,
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5 E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro,
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experimentaram a bondade da
palavra de Deus e os poderes da era que há de vir,
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e provaram os benefícios da
Palavra de Deus e os poderes da era que há de vir,
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6 E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois
assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao
vitupério.
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e caíram, é impossível que
sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando
de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública.
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mas apostataram da fé, sim, é
impossível que tais pessoas sejam reconduzidas ao arrependimento; tendo em
vista que contra si mesmos estão crucificando outra vez o Filho de Deus, e
zombando publicamente dele.
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7 Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e
produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de
Deus;
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Pois a terra que absorve a
chuva, que cai freqüentemente e dá colheita proveitosa àqueles que a cultivam,
recebe a bênção de Deus.
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Porquanto a terra que absorve a
chuva que cai de tempo em tempo, e dá colheita proveitosa àqueles que a
cultivam, recebe a bênção de Deus.
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8 Mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da
maldição; o seu fim é ser queimada.
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Mas a terra que produz espinhos
e ervas daninhas, é inútil e logo será amaldiçoada. Seu fim é ser queimada.
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Todavia, a terra que produz
espinhos e ervas daninhas é inútil, e logo será amaldiçoada. Seu fim é ser
lançada ao fogo
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9 Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que
acompanham a salvação, ainda que assim falamos.
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Amados, mesmo falando dessa
forma, estamos convictos de coisas melhores em relação a vocês, coisas
próprias da salvação.
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Quanto a vós outros, no
entanto, ó amados, estamos convencidos de que a vossa situação é muito
melhor, sendo beneficiados com as bênçãos decorrentes da salvação.
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10 Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do
trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos
santos; e ainda servis.
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Deus não é injusto; ele não se
esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois
ajudaram os santos e continuam a ajudá-los.
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Porquanto Deus não é injusto
para se esquecer do vosso trabalho e do amor que revelastes para com o seu
Nome, pois servistes os santos, e ainda os servis.
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11 Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim,
para completa certeza da esperança;
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Queremos que cada um de vocês
mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da
esperança,
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Desejamos, contudo, que cada um
de vós demonstre o mesmo esforço dedicado até o fim, para que tenhais a plena
certeza da esperança,
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12 Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que
pela fé e paciência herdam as promessas.
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de modo que vocês não se tornem
negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a
herança prometida.
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de maneira que não vos torneis
negligentes, mas imiteis aqueles que, por intermédio da fé e da
longanimidade, recebem a herança prometida. A promessa de Deus é imutável
|
13 Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro
maior por quem jurasse, jurou por si mesmo,
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Quando Deus fez a sua promessa
a Abraão, por não haver ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo,
|
Quando Deus fez sua promessa a
Abraão, jurou por si mesmo, tendo em vista não haver outro maior por quem
jurar;
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14 Dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te
multiplicarei.
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dizendo: "Esteja certo de
que o abençoarei e farei seus descendentes numerosos".
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e declarou: “Esteja certo de
que o abençoarei e farei numerosos os seus descendentes”.
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15 E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.
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E foi assim que, depois de
esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa.
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Sendo assim, havendo Abraão
esperado com paciência certeira, alcançou a promessa.
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Comentário
INTRODUÇÃO
O autor já
havia dito que os crentes deveriam ser mestres, mas em vez disso necessitavam
que alguém lhes ensinasse de novo os primeiros rudimentos da fé (Hb 5.12). A
vida cristã é dinâmica e exige que o discípulo vá além dos primeiros passos.
Mas isso não estava acontecendo com a comunidade com a qual o autor sacro se
correspondia. Em vez disso, dava sinais de cansaço, indolência, negligência e
imaturidade espiritual, o que poderia trazer como consequência o esfriamento e
o fracasso na fé. A graça não é irresistível e nem tampouco incondicional. A
apostasia é retratada pelo escritor como algo real e não apenas como um perigo
hipotético, por isso, ele mostra que para se evitar decair é necessário
perseverança, fé e confiança nas promessas de Deus. (LB CPAD, 1º Trim 2018,
Lição 6, 11 fev 18)
Maturidade é a capacidade de se
entender e cumprir o projeto de Deus para nossa vida. Todos os cristãos começam
suas vidas espirituais como “bebês” em Cristo, mas precisam crescer para
amadurecer (6:1). Permanecer um infante espiritual pode resultar em afastar-se
de Cristo (6:4-6). O cristão que rejeita Jesus está na realidade agindo
justamente como aqueles que realmente crucificaram Jesus! Ele crucifica Jesus
de novo e o envergonha abertamente. Se um cristão rejeita Cristo, que mais o
evangelho oferece para levá-lo ao arrependimento? O Escritor de Hebreus,
contudo, estimula seus leitores, observando que ele não pensa que eles estejam
em tal estado. Mas espera que eles continuem nos trabalhos que tinham iniciado
(6:9-12). Mas que garantia têm os cristãos de que, depois que tiverem
trabalhado diligentemente e suportado as tribulações pacientemente serão, de
fato, salvos da eterna destruição? O autor cita o exemplo de Abraão, a quem
Deus fez uma promessa (6:13-17). Quando Abraão pacientemente suportou, obteve o
cumprimento da promessa, porque a palavra de Deus é imutável. O exemplo de
Abraão é um forte encorajamento para aqueles que estão agora confiantes em que
Deus lhes dará a vida eterna, como ele prometeu àqueles que o obedecem (Hebreus
5:9).
“Maturidade
espiritual é o alvo do discipulado. A grande ênfase de Jesus na grande comissão
é “fazer discípulos”. Nosso compromisso, portanto, vai além da evangelização. O
Senhor quer mais do que crentes ou novos membros em sua igreja, ele quer
discípulos. O discipulado é efetivado através da integração na igreja local,
pelo batismo, e através do ensino contínuo. O ensino que Jesus estabeleceu vai
além da comunicação verbal da verdade. O princípio estabelecido por Jesus é,
“ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” O verdadeiro
ensino desemboca na obediência. Não se trata apenas de aprender um acervo
teológico e doutrinário, mas esse acervo deve ser convertido em vida
transformada, ou seja, em maturidade espiritual. O discípulo é um seguidor e
imitador de Cristo. Seu alvo é aprender com Cristo e de Cristo. Sua vida deve
refletir a vida de Cristo. Ele deve andar assim como Cristo andou. Sem
obediência a Deus, não há cristianismo autêntico. Sem santidade, não há evidência
de maturidade espiritual. Sem maturidade espiritual, não podemos viver de modo
digno de Deus.”. (LOPES, Hernandes Dias: Maturidade
Espiritual. Disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/maturidade-espiritual/.
Acesso em 5 fev, 2018)
Vocação Eficaz
ou Graça Irresistível é uma doutrina do Calvinismo segundo a qual a graça
divina é irresistível para os crentes, isto é, o Espírito Santo acaba
convencendo e infundindo a fé salvadora neles; Deus não ama os ímpios. Eles recebem
apenas providência comum. Segundo a doutrina arminiana, a Graça é Resistível -
Os homens podem resistir à Graça de Deus e não serem salvos; Deus ama os ímpios
e eles experimentam a graça comum. A ira de Deus é apenas reflexo do amor
rejeitado. Apostasia é: 1) Negação e abandono da fé (1Tm 4.1; 2Tm 2.17-18); 2)
A Revolta Final contra Deus (2Ts 2.13); 3) Abandonar a fé em Deus; afastar-se
dos caminhos do Senhor; - “As tuas
apostasias te repreenderão: [...] vê que mau e quão amargo é deixares ao Senhor
teu Deus, e não teres o Meu temor contigo, diz o Senhor Jeová dos Exércitos”
(Jr 2.19); “Se ele recuar, a Minha alma
não tem prazer nele” (Hb 10.38).
O comentário da revista
está sensacionalmente explicado, o conteúdo deste plano de aula vai buscar a visão
Reformada em alguns pontos, com o fim de disponibilizar o conhecimento ao
leitor, também desta linha doutrinária e não apenas a visão Arminiana/Wesleyana
adotada pela revista e pela denominação. Lembro àqueles que fazem uso deste
plano de aula que não podemos ensinar às classes doutrina diferente à abraçada
pela denominação, seríamos desonestos agindo assim. Mas, enquanto professores,
devemos conhecer outros pontos de vista e também orientar os alunos sobre tais.
Isso
é pensar maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - A NECESSIDADE DO CRESCIMENTO
ESPIRITUAL
1. Indo além dos rudimentos doutrinários sobre
arrependimento e fé. Longe de
dizer que a doutrina do arrependimento e da fé não é mais necessária, o autor
quer mostrar que ela é importante sim, mas que constitui o "ABC
doutrinário" da fé cristã. A vida cristã começa com o arrependimento e fé
(Mc 1.15). De fato, a Bíblia mostra que para que uma pessoa possa ser salva,
ela primeiro deve crer (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.16; Ef 2.8; l Tm 1.16) e não o
contrário. Todavia não deve parar aí. Há um longo caminho a percorrer e os seus
leitores, parece, haviam se esquecido desse fato, "estacionando" na
jornada. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
É necessário infundirmos em nós a
certeza de que a Maturidade espiritual não é algo apenas para uma minoria
privilegiada, mas é o propósito de Deus para todos os seus filhos. Ela é
imperativa para mim e para você! 2º Pedro 3.18: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.”
“O grande
alvo do ministério de Paulo era conduzir os crentes à maturidade espiritual
(Colossences 1:28). O conteúdo de suas orações em favor da igreja sempre foi
por maturidade espiritual. A Bíblia nos foi dada para que pudéssemos chegar à
maturidade espiritual (2 Timóteo 3:15-17). Os dons espirituais nos foram
concedidos para que experimentássemos maturidade espiritual ( Efésios 4:11-16).
Sem maturidade a igreja fica vulnerável aos ventos de doutrinas (Efésios 4:14).
Sem maturidade espiritual a igreja corre o risco de fazer dos dons esprituais
uma matéria de conflito e desarmonia em vez de canal para edificção do corpo (1
Coríntios 12:12-31).” (LOPES,
Hernandes Dias: Maturidade Espiritual. Disponível em:
http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/maturidade-espiritual/. Acesso em 5
fev, 2018)
O crescimento espiritual
é um processo e nele todo crente se torna mais parecido com Jesus Cristo. Se
inicia no momento do novo nascimento, pelo trabalho incansável do Espírito
Santo, de nos “conformar” à Sua imagem. 2º Pedro 1.3-8 nos diz que pelo poder
de Deus “... nos deu todas as coisas de
que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento
daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por intermédio
destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas
vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que
há no mundo, causada pela cobiça. Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar
à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio;
ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a
fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e
estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.”
2. Indo além dos rudimentos doutrinários sobre
batismos e imposição de mãos. O segundo bloco de rudimentos doutrinários (Hb 6.2) mostrado pelo autor
é formado pelos ensinamentos sobre batismos e imposição de mãos. O contexto
mostra que em Hebreus 6.2 a referência é ao batismo cristão em contraste com
outros batismos praticados no judaísmo. Na igreja primitiva o batismo em águas
era feito em razão do "arrependimento para remissão de pecados" (Mc 1.4;
At 10.47,48; 22.16). O batismo não possuía poder salvífico, isto é, não era um
sacramento, mas um testemunho público da fé em Cristo. Por outro lado, a
doutrina da imposição de mãos é evidenciada em vários lugares na Bíblia, mas
era sempre demonstrada como um símbolo exterior da prática da oração (At 6.6;
13.3; 1 Tm 4.14). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
O Comentário da Bíblia Reina
Valera diz de Hebreus 6.2: “A doutrina de
batismos: expressão que pode incluir os lavamentos cerimoniosos judeus, considerados
já superados pelo batismo cristão”.
“6.2 dos
batismos Ou “das cerimônias de purificação”. Nesse caso, o autor estaria
falando sobre as cerimônias de purificação dos judeus (Mc 7.1-4). cerimônia de
pôr as mãos sobre os cristãos Provavelmente, a cerimônia em que uma pessoa era
separada para o serviço cristão (At 6.6; 1Tm 5.22; 2Tm 1.6); ou, então, pôr as
mãos sobre a pessoa para que ela receba o Espírito Santo (At 8.17; 19.6).” (HEBREUS 6 – Interpretação Bíblica. Disponível
em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/12/hebreus-6-interpretacao-biblica.html.
Acesso em 5 fev, 2018)
A Bíblia de Estudo
Cronológica Aplicação Pessoal (CPAD) traz o seguinte: “Alguns ensinamentos básicos são essenciais e devem ser compreendidos
por todos os crentes. Estes princípios incluem a importância da fé, a tolice de
tentar ser salvo através de boas obras, o significado do batismo e dos dons
espirituais, e os fatos da ressurreição e da vida eterna. Para alcançarmos a maturidade em nosso entendimento, é preciso
ir além (mas não para longe) dos ensinamentos básicos, a um compreensão mais
completa da fé. Os cristãos maduros devem ensinar os princípios básicos para os
novos convertidos. Então, agindo de acordo com o que sabem, os cristãos maduros
aprenderão ainda mais sobre a Palavra de Deus”.(Pág.1791)
3. Indo além dos rudimentos doutrinários sobre
ressurreição e juízo. Fica patente
para o leitor do Novo Testamento que a pregação apostólica se fundamentava
primeiramente no fato da ressurreição de Jesus (At 4.33; 17.18). Tanto a
doutrina da ressurreição dos mortos como a do juízo vindouro são demonstradas
pelo autor como fontes de esperança para os cristãos (Hb 10.36,37; 12.28,29).
Elas eram elementos indispensáveis para que o cristão mantivesse sua
expectativa no porvir. Mas não deveriam parar aí, antes, tinham de avançar. (LB
CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
O crescimento e maturidade são um
processo contínuo e lógico para o cristão, não há paradas no caminho, o destino
final é nos tornarmos ‘até que todos
alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à
maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo’. (Ef 4.13). É lógico
que este estado de perfeição não será atingido neste corpo, mas este deve ser o
nosso alvo. Esse é um processo que Deus quer que você, conforme for se
alimentando com as palavras sólidas, alimentos sólidos, comece a se livrar das
coisas de criança.
“O escritor
da Carta aos Hebreus viu um paralelo entre a alimentação de um bebê e a
condição espiritual dos cristãos. Eles são reprovados por não terem crescido na
vida cristã, por continuarem sendo como criancinhas recém-nascidas que
necessitam de leite, não suportando ainda alimentos sólidos, ou seja, um ensino
espiritual mais profundo. Eles não têm progredido na fé (Hb 5.11-14)”. (Leite ou alimento sólido, Revista Online Ultimato.
Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/leite-ou-alimento-solido/.
Acesso em 5 fev, 2018)
TÓPICO II - A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
1. Apostasia, uma possibilidade para quem foi
iluminado e regenerado. As palavras
do autor dão início ao versículo 4 do capitulo 6 de Hebreus com o vocábulo
grego adynato, traduzido aqui como "impossível". É a mais forte
advertência em o Novo Testamento sobre o perigo de decair da graça. Os
gramáticos observam que o seu sentido aqui é enfatizar o que vem colocado
depois da conversão (Hb 6.4). O autor fala de pessoas crentes, porque nenhum
descrente foi iluminado nem tampouco experimentou do dom celestial. No capítulo
10 e versículo 32 ele usa a expressão "iluminados" para se referir à
conversão dos seus leitores. Além do mais, as palavras "uma vez" (Hb
6.4) contrastam com "outra vez" (Hb 6.6), mostrando o antes e o
depois da conversão. Essas não são expressões usadas para pessoas não
regeneradas. A apostasia, o perigo de decair da fé, é colocada pelo escritor de
Hebreus como algo factível, um perigo real a ser evitado por quem nasceu de
novo. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Todos os cristão concordam que a
salvação é somente mediante a fé em Jesus Cristo. O Novo Testamento mostra que a
doutrina dos apóstolos era que ninguém pode ir para o céu a menos que creia
somente em Cristo para a sua salvação (Jo 14.6; Rm 10.9-10). O Dr R. C. Sproul comentando sobre a possibilidade de o cristão
apostatar da fé, afirma:
“Historicamente, os cristãos evangélicos têm
largamente concordado sobre esse ponto. Onde eles diferem tem sido na questão
da segurança da salvação. Pessoas que concordariam que apenas aqueles que
confiam em Jesus serão salvos têm, por outro lado, discordado acerca de se
alguém que verdadeiramente crê em Cristo pode perder a sua salvação.” (R. C. Sproul. Um Crente Pode Apostatar? Disponível em: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/742/Um_Crente_Pode_Apostatar. Acesso em: 27 jan, 2017)
Na Bíblia, apostasia significa o abandono e a negação da fé. Ou seja, a
negação daquilo que se crê, ou melhor, que se cria anteriormente. De uma forma
bem simples, apostasia é a negação do ensino bíblico e o afastamento das
pessoas da vontade de Deus. A apostasia acontece quando a pessoa renega sua fé
e deixa para trás tudo aquilo que cria, abandonando totalmente a filosofia de
vida pautada na Palavra de Deus - “Além
disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu
e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se
realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.” (2Tm 2.17).
Com relação à apostasia, é
fundamental que todos os cristãos compreendam duas coisas importantes:
- (1) como reconhecer a apostasia
e professores apóstatas, e
- (2) por que o ensino apóstata é
tão mortal.
Com relação à questão doutrinária
da perda da salvação o subtópico contempla a visão arminiana, eu acrescento
aqui a visão reformada para que o leitor conheça o que estes defendem quanto à
segurança da salvação: “Hebreus 6.4- 6 é um trecho que não pode ser tomado como
uma interpretação de que o Cristão está sujeito a perder a salvação após tê-la
recebido, pois tal proposição traz consigo sérias implicações de cunho
hermenêutico e exegético como:
1. Se alguém servir a Jesus e
posteriormente “desviar-se” da fé, não haverá possibilidade de arrependimento e
estará invariável e eternamente perdido.
2. Por esse prisma, a salvação
deixa de ser um dom gratuito para tornar-se uma conquista meritória, cuja
responsabilidade por sua manutenção é total e inexoravelmente humana,
consequentemente, passível de ser perdida.
3. Seguindo essa linha
interpretativa, o crente fraco não poderá encontrar ensejo de salvação, já que
vez por outra fracassa na fé, não havendo assim chance de uma suposta comunhão
que o conduza ao nível de fé desejável.” (LEIA MAIS SOBRE ESSE ASSUNTO AQUI).
A doutrina Reformada afirma que
Hb 6.4 é uma hipótese, e que o crente goza de segurança quanto à salvação,
podendo até cair drasticamente da fé, como no caso de Pedro, mas este sempre
poderá ser restaurado. A apostasia cabe somente aos que uma vez iluminados
contudo, não eram dos eleitos.
2. Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou
a Palavra e o Espírito. A
possibilidade de decair da graça é posta para aqueles que "se fizeram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus" (Hb
6.4,5). O autor sacro já havia dito como uma pessoa se torna participante de
alguma coisa. Os crentes tornam-se participantes da vocação celestial (Hb 3.1);
participantes de Cristo (Hb 3.14) e, dessa forma, participantes do Espírito
Santo (Hb 6.4). Mais uma vez o texto mostra que a mensagem é dirigida às
pessoas regeneradas. Esses crentes haviam se tornado participantes do Espírito
Santo e da Palavra de Deus. Somente os nascidos de novo participam do Espírito
Santo (Jo 14.17) e provam da Palavra (At 8.14; 1Ts 2.13). Portanto, trata-se de
uma advertência para os salvos. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
A questão estudada aqui ainda é o
texto de Hebreus 6.4, e devemos considerar somente este texto quanto à
possibilidade de apostasia, ou outro paralelo. Se o texto estiver falando, que
mesmo depois de se conhecer o Evangelho, ter chegado a entender o plano
salvífico, desfrutado das bênçãos da comunhão cristã, e depois por algum motivo
“desviar-se” se perderia a salvação, seria aberto um precedente de
consequências no mínimo desastrosas. Isso implicaria na dedução lógica, que
após alguém ter conhecido a verdade e depois tê-la abandonado, não teria mais a
possibilidade de arrependimento. Este é o entendimento da grande maioria das
igreja evangélicas hoje, que defendem a doutrina arminiana/wesleyana. Mas a
questão não é simples, basta examinarmos um dos maiores exemplos
neotestamentário da possibilidade de arrependimento: o apóstolo Pedro. Negou
não só ser discípulo de Jesus, como até mesmo conhecê-lo! Apostatou?
(Mt.26.69-75) - Vale salientar que todos os outros discípulos também
abandonaram o mestre - Pedro, porém, foi sensível à voz de Deus, quando do
convite ao retorno à comunhão (Mc 16.7), confessando diante dos companheiros
sua fé e amor ao Senhor (Jo.21.15-17). O Dr R. C. Sproul defende que o crente
pode cair de forma drástica e até passar um longo período longe de Cristo, mas
a apostasia não lhe alcança, e ainda, é-lhe facultada a possibilidade de arrependimento.
(R. C. Sproul. Um Crente
Pode Apostatar? Disponível em: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/742/Um_Crente_Pode_Apostatar. Acesso em: 27 jan, 2017). Agora note que, o texto grego fala da
impossibilidade de se mudar a “disposição mental” do desviado, pois o termo
“caíram” denota umarremessar-se para fora (parapesountás), este verbo está no
aoristo ativo apontando para uma ação simples, a ponto de tornar-se avesso a
sua pessoa e doutrina, de modo similar aos que rejeitaram ao Senhor, o
prenderam, aviltaram de todas as formas, inclusive despindo-o publicamente, e
por fim o crucificaram (Mt.27.27-31, Lc.23.11 e Jo.19. 2,3).
“Parece
muito patente que o propósito do escritor de Hebreus é falar do perigo da
apostasia. É pertinente observar que em nenhum momento do texto ele se referiu
a alguém que experimentou a salvação e depois a perdeu, e sim aqueles que
experimentaram uma iluminação e algumas das benesses divinas e depois
apostataram. Outro fator importante é quando está sendo finalizada a perícope,
há uma analogia muito esclarecedora no que concerne a mensagem que se deseja
transmitir, pois no versículo sete é dito que a terra que, beneficiada pela
chuva, responde positivamente com bons frutos, receberá indubitavelmente a bem
aventurança da parte de Deus. Tal analogia lembra as palavras ditas por Jesus:
“Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo, assim, pois,
pelos seus frutos os conhecereis” (Mt.7.19,20). Isso aclara a premissa de que
só se pode dar fruto segundo a sua espécie “[...] não se colhem figos de
espinheiro, nem dos abrolhos se vindimam uvas.” (Lc. 6.44). Seguindo tal
pensamento, conclui-se que só uma terra boa dará bons frutos. De modo lógico,
se chegará à conclusão que só mesmo uma terra má produzirá espinhos e abrolhos,
sendo isso uma simples manifestação da sua natureza, cujo destino final segundo
a afirmação de Hebreus, é ser queimada”. (Aqueles Que Acabam Se Afastando Podem Dar Muitos
Sinais Exteriores de Conversão. Disponível em: https://na-multiforme-graca-de-deus.webnode.com/news/estudos-de-hebreus-6-4-81/.
Acesso em 5 fev, 2018).
3. Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas
do Reino. Esses
crentes, aos quais o autor se referia, também experimentaram "as virtudes
do século futuro" (Hb 6.5). Essa expressão é usada no contexto da cultura
neotestamentária como uma referência a era messiânica. Ao receber a Cristo como
Salvador, os crentes já participam antecipadamente das bênçãos do Reino de
Deus. Vigilância mais uma vez é requerida para os salvos que ingressaram nesse
Reino. Quem despreza a graça de Deus, não se torna um "cidadão real"
desse Reino. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Hebreus 6.4-6 tem deixado seus
leitores angustiados e perplexos através dos séculos, por que a primeira vista
parecem ensinar que não há esperança de arrependimento ou de aceitação divina
para aqueles que aceitaram a Cristo e depois o rejeitaram. Para melhor
compreensão do problema, Hebreus 6.4 deve ser estudado juntamente com as
declarações que tratam do mesmo assunto em Hebreus 10:26-31 e 12:15-17; 25-29.
Devemos considerar o seguinte: em 6.5, provaram traduz a mesma palavra grego
do v. 4. Isto quer dizer que gostaram de ouvir a Palavra de Deus. Mundo (aiõn),
“era”. Fala do poder sobrenatural exercido nos milagres tão notáveis. O fato de
‘experimentar’ não significa que eram pessoas nascidas de novo.
TÓPICO III - A NECESSIDADE DE CONFIAR NAS
PROMESSAS DE DEUS
1. O serviço cristão e a justiça de Deus. O autor sabia que usou um tom exortativo forte
deixando claro que não se pode brincar com a fé. Agora ele vê a necessidade de
consolar os cristãos depois desse "tratamento de choque" (Hb 6.9,10).
Aos crentes fiéis no seu serviço é dito que Deus, em sua justiça, os
recompensará. É bom saber que mesmo não recebendo o reconhecimento dos homens,
teremos o reconhecimento de Deus. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Devemos tomar o cuidado de não
acrescentar nada às Escrituras no que tange à nossa salvação. Não serão as boas
obras, o cuidado zeloso ou o seguir piamente os ditames da denominação que nos
garantirá a chegada no Porto Seguro, quem nos garante a chegada é o Senhor – “E estou plenamente convicto de que aquele
que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus” (King
James Bible). Hebreus 6.9,10 soa como garantia de que, nós, podemos ter uma
certeza concreta de que Deus contempla nossas obras de justiça e que elas são o
sinal de que não somos daqueles que apostatam.
“Deus quer
que tenhamos a certeza absoluta de nossa salvação. Não podemos viver nossa vida
cristã nos perguntando e nos preocupando a cada dia se realmente somos salvos.
É por isso que a Bíblia coloca o plano de salvação de forma tão clara. Creia em
Jesus Cristo e você será salvo (João 3:16; Atos 16:31). Você crê que Jesus é o
Salvador, que Ele morreu para pagar o preço por seus pecados (Romanos 5:8; II
Coríntios 5:21)? Você confia somente nEle para a salvação? Se sua resposta for
sim, você é salvo! Certeza absoluta significa “além de toda e qualquer dúvida”.
Ao levar a sério a Palavra de Deus, você pode saber “além de toda e qualquer
dúvida” o fato e realidade de sua eterna salvação. O próprio Jesus declara a
respeito de todos os que nEle crerem: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de
perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do
que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai” (João 10:28-29). Mais
uma vez, isto enfatiza o “eterno”. Vida eterna é simplesmente isto: eterna. Não
há ninguém, nem mesmo você, que possa arrancar de si próprio a salvação, o dom
de Deus em Cristo” (Como
posso ter certeza absoluta da minha salvação? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/certeza-absoluta-salvacao.html. Acesso em: 5 fev, 2018)
2. A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus.
A exortação do escritor
de Hebreus toma como parâmetro a pessoa de Abraão. O velho patriarca é o modelo
do crente perseverante, que de posse da promessa de Deus, soube esperar com
paciência (Hb 6.12,13). Por que voltar atrás se temos as promessas de Deus que
nos motivam a caminhar à frente (Hb 6.14,15)? (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6,
11 fev 18)
Em Hebreus 6.9 lemos um contraste
significante: “Mas de vós, ó amados,
esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim
falamos”. As coisas melhores em vista são listadas em 10-12, coisas como
trabalho, amor, serviço, diligência, completa certeza da salvação e fé,
paciência, herança das promessas. Estas coisas são melhores que as experiências
dos versos 4-6 precisamente porque elas pertencem à ou são acompanham a
salvação . Em outras palavras, o autor diz que está confiante de que muitos de
seus leitores têm coisas melhores que as pessoas descritas nos versos 4-6, e
estas coisas são melhores, pois seus leitores têm coisas que pertencem à
salvação. Isto implica que as bênçãos nos versos 4-6 não são coisas que
pertencem à salvação (Grudem, 159).
3. Cristo, sacerdote e precursor do crente. O autor sagrado volta-se para Jesus, o nosso
exemplo maior de perseverança, fidelidade e esperança. Nessa jornada, Ele se
adiantou e foi a nossa frente, tornando-se o nosso precursor (Hb 6.20). O termo
"precursor" era usado na cultura antiga em referência a um batedor
militar, a alguém que tomava a dianteira para abrir caminho. Jesus entrou na
presença de Deus, como nosso sumo sacerdote para nos dar o direito de viver
eternamente. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Hebreus 6:20 - Comentado por
Matthew Henry: “A esperança aqui aludida
é esperar com certeza as coisas boas prometidas por meio dessas promessas, com
amor, desejo e valorizando-as. A esperança tem seus níveis, como também os tem
a fé. A promessa de bênçãos que Deus tem feito aos crentes está, desde o eterno
propósito de Deus, estabelecida entre o Pai eterno, o Filho eterno e o Espírito
Santo eterno. Pode-se confiar com toda certeza nesta promessa de Deus, porque
aqui temos duas coisas imutáveis, o conselho e o voto de Deus, em que é
impossível que Deus minta, pois seria contrário à sua natureza e à sua vontade.
Como não pode mentir, a destruição do incrédulo e a salvação do crente são
igualmente verdadeiras. Note-se aqui que têm direito por herança as promessas
aqueles aos que Deus tem dado seguridade plena da felicidade. Os consolos de
Deus são suficientemente fortes para sustentar a seu povo quando está submetido
a suas provações mais pesadas. Aqui há um refúgio para todos os pecadores que
fogem à misericórdia de Deus por meio da redenção em Cristo, conforme a aliança
de graça, deixando de lado a todas as outras confianças. Estamos neste mundo
como um barco no mar, sacudido de cima para abaixo e correndo o risco de
naufragar. Necessitamos uma âncora que nos mantenha seguros e firmes. A
esperança do evangelho é a nossa âncora nas tormentas deste mundo. É segura e
firme, pois do contrário não poderia manter-nos assim. A graça gratuita de
Deus, os méritos e a mediação de Cristo e as poderosas influências de Seu
Espírito, são as bases desta esperança, assim que se trata de uma esperança
segura. Cristo é o objeto e o fundamento da esperança do crente. Portanto,
depositemos nossos afetos nas coisas do alto e esperemos com paciência sua
manifestação, quando nós nos manifestaremos com Ele certamente em glória”.
CONCLUSÃO
O capítulo 6
de Hebreus contém uma das mais fortes exortações encontradas em todo o Novo
Testamento - a necessidade de perseverança e vigilância para não se decair da
fé. O processo da salvação não se dá de forma mecânica e nem compulsória, mas
se firma na entrega e aceitação voluntária a uma dádiva divina. A tudo isso
temos que responder com amor, cuidado e zelo (1Co 10.7-13). Essa exortação de
forma alguma deve levar-nos ao medo, pavor ou pânico, mas conduzir-nos a
confiar inteiramente no Senhor que é poderoso para guardar-nos até o dia final.
(LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Mediante tudo o que foi exposto,
pela revista e neste comentário, estamos certos de que o autor de Hebreus
deseja nos chamar à razão advertindo sobre a necessidade de permanecermos
firmes: "Para que vos não façais
negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as
promessas." (Hb 6.12). Devemos ter em mente que o processo bíblico de
salvação se dá por meio da justificação, regeneração e santificação do ser
humano - "Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não
pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3.5). É um erro comum entre muitos
pensar sobre a salvação somente em termos da experiência de fé. Mas a Palavra
de Deus nunca limita a salvação a um tempo, a um lugar ou a uma experiência.
Quando Paulo escreve, “porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que
quando no princípio cremos” (Rm 13.11), ele está claramente falando da salvação
como um processo contínuo de graça. É um processo de graça que começou na
eternidade passada, antes do começo do tempo, que é experimentado pela fé em
Cristo no tempo, e que será consumado na eternidade porvir, quando o tempo não
mais existirá. Esta grande obra de salvação é a obra de Deus somente. Ela foi
planejada por Deus, adquirida por Deus, produzida por Deus, é preservada por
Deus, e será aperfeiçoada por Deus. Do princípio ao fim a “salvação é do
Senhor!” (Jn 2.9). Portanto, somente Deus terá o louvor por ela. A obra da
graça de Deus que é chamada “salvação” deve ser entendida como uma obra
consistindo de três coisas. (Don Fortner; ‘Três Aspectos da Salvação’; Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/sotereologia/tres_aspectos_salvacao_fortner.htm.
Acesso em: 23 nov, 2017.)
“... corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2018