LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
- Lição
3 -
15 de Janeiro de 2017
O perigo das Obras da
Carne
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na
verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
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Oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelas
obras da carne.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Gl 5.19
O perigo da prostituição, da
impureza e da lascívia
Terça - Gl 5.20a
O perigo da idolatria,
das feitiçarias e das inimizades
Quarta - Gl 5.20b
O perigo das contendas,
das disputas e das iras
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Quinta - Gl 5.21
O perigo da inveja, dos
homicídios, das bebedices e das glutonarias
Sexta - Gl 5.21b
O perigo fatal das
obras da carne
Sábado - Gl 5.16
Como vencer as obras da
carne
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Lucas 6.39-49.
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39 E disse-lhes uma parábola: Pode,
porventura, um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova?
40 O discípulo não é superior a seu
mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.
41 E por que atentas tu no argueiro que
está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio
olho?
42 Ou como podes dizer a teu irmão:
Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo
na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho
e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
43 Porque não há boa árvore que dê mau
fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
44 Porque cada árvore se conhece pelo
seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam
uvas dos abrolhos.
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45 O homem bom, do bom tesouro do seu
coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o
mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.
46 E por que me chamais Senhor, Senhor,
e não fazeis o que eu digo?
47 Qualquer que vem a mim, e ouve as
minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48 É semelhante ao homem que edificou
uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e,
vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa e não a pôde
abalar, porque estava fundada sobre rocha.
49 Mas o que ouve e não pratica é
semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual
bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
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HINOS SUGERIDOS: 419, 491 e 530 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar o perigo das obras da carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Identificar
o que é concupiscência da carne;
II.
Mostrar o que é um caráter moldado pelo Espírito;
III.
Saber que uma vida que não agrada a Deus vive segundo a carne e é
infrutífera.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
todo ensino deve provocar uma mudança. Se não há mudança, não há aprendizado.
Seus alunos devem entender o perigo das obras da carne e repudiar isso de suas
vidas. Todos estão sujeitos a caírem nesse mal, mas a partir do momento que o
Espírito Santo tem o total controle sobre o crente, dificilmente as obras da
carne terão chance de se sobressair. A oração e a vigilância são elementos
fundamentais para a luta contra uma vida de pecado, considerando que para Deus
não há tamanho de pecado. Pecado é pecado e ponto! O crente deve ouvir a
Palavra e ser semelhante ao homem prudente: colocando em prática tudo o que
ouvir. Fazendo assim, permaneceremos firmes quaisquer que sejam as tempestades
que possam assolar a nossa vida.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição deste domingo é
um alerta para os que querem agradar a Deus e ter uma vida frutífera.
Estudaremos o perigo das obras da carne. Precisamos ter cuidado, pois dentro de
todo crente habita duas naturezas: a natureza adâmica, a qual foi corrompida na
Queda, e a nova natureza, que é resultado da regeneração, do novo nascimento
(Jo 3.3). Veremos que a natureza adâmica, se não for controlada pelo Espírito,
produz frutos que levam o crente à morte espiritual. [Comentário: Já estudamos nas
duas primeiras lições que a velha natureza decaída precisa ser mortificada pelo
Espírito para que não venhamos a cair em péssimas ações e abominações. Se
vivemos vigiando e vivemos constantemente cheios do Espírito Santo (Ef 5.18)
então somos mais do que vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo
a velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Só há um viver que
agrada a Deus - viver no Espírito. Isso significa vitória sempre sobre o pecado
e seus domínios maléficos. A concupiscência é como a lascívia que leva a pecar,
desenvolvida na queda do homem no Éden. Ela é pecaminosa em si, e revela a
corrupção de toda a natureza do homem e o pecado que está nele. Não só as ações
voluntárias são pecado, mas os pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28).
Paulo fala disto em Romanos 7 quando reconhece sua própria fraqueza e tendência
a pecar. A concupiscência só pode ser vencida através do reconhecimento de que
a natureza caída em nós está julgada (Rm 8.3); e então devemos passar a andar
no Espírito, e deixar que Ele mantenha a lei de Deus em nós (Rm 8.4). Isto
significa ter uma vida cheia do Espírito.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A natureza adâmica deve ser controlada pelo
Espírito.
I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
1. A concupiscência da carne. Você sabe o significado da palavra
concupiscência? Segundo o Dicionário Wycliffe, este é um “termo usado
teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os
homens caídos” (Rm 7.8). A velha natureza, se não for controlada pelo Espírito,
leva-nos a cometer as piores ações e abominações. Por isso, precisamos vigiar e
viver constantemente cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). Paulo advertiu a
Igreja, explicando que, quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha
natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8). Nossos desejos e vontades devem
ser controlados pelo Espírito Santo, pois os desejos da velha natureza são
impuros e nos conduzem para a morte espiritual. [Comentário: Concupiscência
(Dicionário Teológico) [Do lat. concupiscentia]
Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, o
Decálogo encerra-se justamente com uma advertência contra o desejo de se
possuir o que não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade,
a concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois
delicia-se em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos
instintos básicos: fome, sexo, segurança etc. A concupiscência é condenada
energicamente pela Bíblia (1Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e
tremendamente prejudicial à vida piedosa. Agora veja Fp 1.23,24, onde ‘concupiscência’, no original grego, é ‘epithumia’ podendo ter um sentido
positivo ou um sentido negativo, indicando um desejo intenso e bom. (Fil.
1:23,24). Tiago declara que ela é a raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua
vez leva à morte (Rm 1.24-32). Tiago também usa um outro termo em 4.1,3, ‘hedone’, para explicar que as discussões
e conflitos entre os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que combatem
nos próprios membros de seus corpos. A palavra também ocorre como ‘deleites da vida’ em Lucas 8.14 e como ‘escravos de toda sorte de paixões
[epithumiais] e prazeres’ ou ‘servindo a várias concupiscências
[epithumiais] e deleites’ em Tito
3.3. O crente é nova criatura e não pode ceder aos apetites da carne, mas
refreá-los e vencermos pela ajuda do Espírito Santo em nós. Quando chega o
pensamento, a intenção, ai já começa a batalha.]
2. A vida guiada pela concupiscência da
carne. Quem controla seus
desejos? Temos anseios, mas estes precisam ser controlados por Deus. Devemos
submeter nossos pensamentos e desejos ao controle divino. O crente que não tem
uma mente conduzida pelo Espírito Santo torna-se uma pessoa sem controle, sem
qualquer deferência. A Palavra de Deus nos ensina que precisamos mortificar
nossa natureza (Cl 3.5). Mortificar é permitir que Deus controle nossos
pensamentos, vontades e ações. Vivemos em uma sociedade hedonista, onde a busca
pelo prazer tem feito com que muitos sejam dominados por desejos malignos, praticando,
sem qualquer pudor, toda a sorte de impureza, e tudo em nome do prazer e da
liberdade. Diante desse triste quadro, a Igreja não pode se calar, mas deve
expressar suas virtudes anunciando a mensagem da salvação.
[Comentário: Somos salvos pela
graça, por meio da fé (Ef 2.8). Isto pode parecer, à princípio, que a nossa
salvação independe do nosso comportamento. No entanto, quando Deus salvou o
homem, o fez com o propósito de, não somente livra-lo da condenação eterna, mas
também, de resgatá-lo do pecado e apresentá-lo apto para o seu serviço e para
adoração. Talvez por causa deste pensamento na igreja romana é que Paulo
argumentou: “... Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais
abundante?” (Rm 6.1). E respondeu em seguida: “De modo nenhum! Nós que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Rm 6.2). Vejamos, então, a
necessidade da mortificação:
1. Porque a natureza dos nossos membros sobre a terra, contrapõe a nova
natureza celestial - “Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a
terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência
e a avareza, que é idolatria” (v. 5) - O pecado de natureza sexual é:
Prostituição – “porneia”, que envolve todos os tipos de comportamentos sexuais
ilícitos, incluindo desvios e aberrações (Rm 1.24-27). A impureza se refere à
intenção imoral. A paixão revela sensualidade, luxúria e lascívia. A
concupiscência é o desejo por algo proibido, mas que se persegue para
satisfação de desejos carnais impetuosos. Por último, a avareza que é
idolatria. Estas práticas se opõem às práticas do novo homem: “E vos revistais
do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”
(Ef 4.24).
2. Porque vivendo segundo a carne nos tornamos alvo da ira divina - “pelas
quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (v. 6) – A
Palavra do Senhor nos adverte: Aquele que anda nos desejos da carne
satisfazendo a sua vontade, atrai para si a ira de Deus. Antes de conhecermos a
Deus e de sermos salvos, praticávamos todos os desejos ilícitos da carne, por
isto, “éramos por natureza filhos da ira” (Ef 2.3). Podemos definir o que
queremos para a nossa vida. Podemos ser filhos de Deus ou “filhos da ira”.
Dependendo das nossas práticas diárias.
3. Porque viver segundo a carne é próprio de quem nunca nasceu de novo -
“nas quais também, em outro tempo, andastes, quando vivíeis nelas” (v. 7) – O
pecado é coisa do passado (Rm 6.20,21); corresponde a um estado de ignorância
(1Pe 1.14); indica a posição de escravos do pecado (Jo 8.34); revela a condição
de pecadores inimigos de Deus (Rm 5.10). No entanto, hoje conhecemos ao Senhor
e a sua Palavra, portanto, não justifica mais estas práticas. “Mortificai,
pois, os vossos membros que estão sobre a terra”. http://www.ibvir.com.br/sermoes_a/mortificando_a_carne.htm]
3. A vida conduzida pela concupiscência
dos olhos. Longe de Deus e sem o
controle do Espírito Santo, o homem manifesta seus desejos mais perversos,
trazendo sérios prejuízos para os relacionamentos na Igreja e fora dela. Quando
o homem se torna insensível à voz de Deus e ao Espírito, sendo governado apenas
por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Uma vida conduzida pela
velha natureza leva as pessoas a olharem apenas para os prazeres momentâneos
que o mundo oferece, não atentando para o que é eterno. Davi viu e desejou a
mulher de Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e
um homicídio (2Sm 11.1-4). Ele não atentou para as consequências dos seus atos.
O crente não pode se deixar seduzir pelos prazeres deste mundo (1Jo 2.15-17).
[Comentário: Concupiscência dos
olhos é desejo intenso de aquisição de bens materiais, de desfrutar do gozo
material. É o desejo de possuir, desejo de adquirir coisas, de acumular. Surge
mediante a contemplação das vantagens terrenas, como riquezas, famas e
prazeres. O indivíduo corre desenfreadamente atrás daquilo que ele não trouxe
para este mundo (1Tm 6. 7). Este desejo é também conhecido como
"avareza". O avarento se apega demasiadamente às coisas materiais,
esquecendo-se de Deus. Seus olhos não vêem o vertical, de onde vem sua
redenção; somente vêem o horizontal, o mundo e as coisas que nele há. O
primeiro grande mandamento é "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o
teu coração..." (Mc 12.30). Quem deseja possuir, adquirir desta forma os
bens desta vida está incapacitado de amar a Deus. Os seus olhos estão
saturados, voltados tão somente para os elementos materiais, a riqueza, a
economia, de tal forma que não conseguem mais ver Deus em seu caminho (1Tm 6.10)
http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art01_50/art47.htm. O desejo entra
pelos olhos, pela cobiça, pelo desejo de possuir o que se vê e se acha belo ou
prazeroso. Sem manter sua comunhão com Deus, o ser humano dá asas a seus
sentimentos mais perversos e os permite em sua mente até que os liberta da
prisão em que estavam depois de se converter. Um crente que não vive sendo
controlado pelo Espírito Santo e sim por seus instintos, torna-se semelhante
aos animais. Não existe nele mais o desejo pelas coisas de cima e agora só
anseia pelas temporais, humanas e diabólicas. Davi viu e desejou a mulher de
Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e um
homicídio (2Sm 11.1-4). Sansão antes de se tornar cego dos olhos naturais já
estava cego espiritualmente. Brincou com Satanás e o resultado foi funesto http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-ocfe-1tr17-o-perigo-das-obras-da-carne.htm.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
A concupiscência da carne e a concupiscência dos
olhos levam a pessoa a viver uma vida fora dos padrões divinos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Algumas pessoas
pensam que o mundanismo está limitado ao comportamento exterior — as pessoas
com quem nos associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que
apreciamos. O mundanismo é também interior, porque começa no coração, e é
caracterizado por três atitudes: (1) a cobiça pelo prazer físico — a
preocupação com a satisfação dos desejos físicos; (2) a cobiça por tudo o que
vemos — almejar e acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo; e (3) o
orgulho das nossas posses — obsessão pela condição, posição ou por ser
importante. Quando a serpente tentou Eva (Gn 3.6), tentou-a nestes aspectos.
Semelhantemente, quando o Diabo tentou Jesus no deserto, estas foram as três
áreas de ataque (ver Mt 4.1-11).
Em contraste, Deus
estima o autocontrole, um espírito de generosidade, e o compromisso de servir
com humildade. É possível dar a impressão de evitar os prazeres mundanos e ao
mesmo tempo abrigar atitudes mundanas no coração. É também possível, como
Jesus, amar os pecadores e dedicar-lhe tempo, enquanto mantemos um forte
compromisso com os valores do Reino de Deus. Quais são os valores mais
importantes para você? Suas ações refletem os valores de Deus ou os valores do
mundo?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2003, p.1783-84).
CONHEÇA MAIS
“Carnal
Esta palavra aparece somente no
Novo Testamento, embora o termo ‘carnalmente’ seja encontrado três vezes no
Antigo Testamento. ‘Carnal’ aparece no Novo Testamento onze vezes, e ‘carnalmente’
uma vez. ‘Carnal’ significa ‘pertinente à carne’. O substantivo sarx significa
basicamente o corpo de um animal ou de uma pessoa, ou a carne de um animal. No
entanto, no Novo Testamento, o termo ‘carnal’ algumas vezes está literalmente
relacionado à carne, e algumas vezes à antiga natureza humana corrompida por
Adão, que é encontrada em todos os homens”. Para conhecer mais, leia Dicionário
Bíblico Wycliffe, CPAD, p.379.
II. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
1. O caráter. No grego, caráter é charaktēr e
significa “estampa”, “impressão” e “marca”. Contudo, é importante ressaltar que
esta palavra tem diferentes significados em distintas ciências, como a
sociologia e a psicologia. Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de
traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”. O caráter não
é inato e pode ser mudado. [Comentário: "O caráter é
como uma árvore e a reputação como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos
dela; a árvore é a coisa real." (Abraham Lincoln). Caráter é a soma de
nossos hábitos, virtudes e vícios. A Wikipédia define assim: “Caráter é um termo usado em psicologia como
sinônimo de personalidade. Em linguagem comum o termo descreve os traços morais
da personalidade. Muitas pessoas associam o caráter a uma característica
relacionada à Genética, o que não ocorre. O caráter de uma pessoa é algo
independente de sua referência genética. É o termo que designa o aspecto da
personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a
cada indivíduo; esta qualidade é inerente somente a uma pessoa, pois é o
conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza
e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe
determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento; este
sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições
ambientais, familiares, pedagógicas e sociais” https://pt.wikipedia.org/wiki/Car%C3%A1ter. “Sobre tudo o que
se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede às saídas da vida”
(Pv 4.23).]
2. O caráter moldado pelo Espírito. Quando aceitamos Jesus e
experimentamos o novo nascimento, nosso caráter passa por uma transformação. O
Espírito Santo trabalha em nós a fim de que sejamos semelhantes a Jesus. Mas
para que essa transformação aconteça precisamos nos submeter inteiramente a
Deus. Se quisermos uma vida espiritual frutífera, precisamos dar oportunidade
ao Espírito Santo para que Ele trabalhe em nossas vidas produzindo o fruto do
Espírito (Gl 5. 22). Não adianta apenas dizer que é crente, é preciso
evidenciar o nosso caráter cristão mediante as nossas ações (Mt 5.16). Muitos
se dizem crentes, mas suas ações demonstram que nunca tiveram um encontro real
com o Salvador. Muitos estão na igreja, mas ainda não foram realmente
transformados por Jesus, pois quem está em Cristo é uma nova criatura e como
tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da
natureza adâmica (2Co 5.17). Crentes que vivem causando escândalos, divisões,
rebeldias, jamais experimentaram o novo nascimento. [Comentário: Ao aceitar a
Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a ser uma nova criatura, o
apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância, mas como pode um sangüíneo
como ele se tronar constante? Pedro se tornou corajoso e cheio de fé, dormia em
uma prisão sabendo que seria morto, somente Deus pode mudar uma pessoa com
temperamento impulsivo dando lhe calma, um homem controlado (At 4.19,20),
estranho num sanguíneo. Contudo vemos um Pedro humilde, amoroso e com
maturidade. Ao ver o apostolo Paulo falando em paz, mansidão, amabilidade ou
bondade, da para imaginar um colérico, cabeça dura, obstinado, falar em bondade
ou agradecendo seus cooperadores pelos serviços prestados? Um melancólico a
busca de perfeição que nunca se contenta com nada? Geralmente eles desistem
quando não conseguem e Moises faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão
ser considerado o pai na fé, quando na verdade eles já se parecem crentes? O
Espírito Santo com seu poder transformador transforma o caráter doentio, a
insensibilidade moral no que concerne aos princípios e valores morais, onde até
alguns denominados evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e
consciências cauterizadas entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites
da Palavra de Deus e vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a
permissividade, a mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e
outras coisa semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e
consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)]
3. Ataques ao seu caráter. Em sua vida cristã, você terá que
lutar com três inimigos que farão de tudo para macular o seu caráter: a carne,
o Diabo e o mundo. Muitos acabam sendo vencidos por eles. Para enfrentar e
vencer esses inimigos é preciso ter uma vida de comunhão com o Pai. É
necessário orar, ler a Palavra de Deus e jejuar. Sem a leitura da Bíblia, a
oração e o jejum não conseguiremos vencer e ter uma vida frutífera. [Comentário: O crente sofrerá
tentações, é certo, mas poderá impedir que o pecado obtenha sua vitória (Gn 4.7).
As obras pecaminosas não se manifestarão e nem se completarão no crente. Ele
sempre encontrará forças para derrotar e frustrar a tentação, não chegando a
ceder à mesma, praticando atos pecaminosos. Podemos identificar três inimigos
básicos de todo cristão genuíno:
1. O Mundo: Devemos entender por mundo todo o sistema contrário à
mensagem do Evangelho que impera na sociedade, com todos os falsos conceitos
que ele possui e com todas as práticas que desagradam a Deus. Devemos ter amor
na pregação do Evangelho crendo no resgate de pessoas que são prisioneiras
deste sistema maligno, mas não podemos amar as coisas que são do mundo, ou
seja, suas falsificações, práticas pecaminosas e ideais anticristãos. O mundo
jaz no maligno, as pessoas estão cegas em seu entendimento pelo deus deste
século e satanás usa este sistema maligno de todas as maneiras para impedir o
avanço do Evangelho e a salvação das almas, não podemos nos constituir amigos
deste mundo em seus ideais e práticas, antes devemos proclamar o desejo de Deus
segundo o Evangelho (1Jo 5.19; 2Co 4.4; Tg 4.4; 2Co 10.3-5). Devemos nos
defender das ofensivas deste sistema corrompido segundo a armadura espiritual
que Deus tem nos dado (Ef 6.13-18), não ignorando os ardis do inimigo (2Co 2.11),
vivendo com sobriedade e vigilância (1Pd 5.8), e claro, combatendo com a fé que
nos foi dada, sendo esta a vitória que vence o mundo (1J0 5.4-5).
2. A Carne: Por carne devemos compreender o princípio pecaminoso que
está dentro de todo homem, a carne é representação da natureza pecaminosa, a
corrupção original pela qual todos ficamos indispostos para as coisas que são
de Deus transgredindo Sua Lei (Rm 3.9-18, 23), estes impulsos pecaminosos são
identificados pelas obras más dos homens (Gl 5.16-21) e só podem ser
controlados pela inteira dependência do Espírito de Deus que em sua obra
regeneradora produz transformação espiritual no crente (Gl 5.22-25). Sobre isto
declara a Confissão de Fé de Westminster: Esta corrupção da natureza persiste,
durante esta vida, naqueles que são regenerados; e, embora seja ela perdoada e
mortificada por Cristo, todavia tanto ela, como os seus impulsos, são real e
propriamente pecado. Rm 7.14,17,18,21-23; Tg 3-2; 1Jo 1.8-10; Pv 20.9; Ec 7-20;
Gl 5.17. Sendo assim, nossa luta contra a carne deve ser constante.
3. O Diabo: Este ser maligno se opõe a Deus e a Seus servos, se valendo
de enganações e sutis ciladas contra o crente, é persistente em procurar um
momento oportuno para tentar tragar os escolhidos e tem poder, embora limitado,
que jamais devemos subestimar (2Co 1.22; Ef 2.11; 1Pd 5.8; Ef 6.12; 1Jo 4.4; Jd
9). Porém não devemos temer as forças espirituais do mal, afinal Jesus Cristo
venceu todos os principados e potestades na cruz do Calvário, expondo-os
publicamente, triunfando deles e decretando nossa absolvição de todo escrito de
dívida (Cl 2.12-15). Cristo é quem esmagará debaixo dos nossos pés a satanás! (Rm 16.20) http://ministeriobbereia.blogspot.com.br/2011/03/os-inimigos-do-crente-em-jesus-cristo.html.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
O caráter moldado pelo Espírito Santo é semelhante
ao caráter de Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“É o Espírito Santo
que produz o fruto espiritual em nós quando nos rendemos sem reservas a Ele.
Isso abrange nosso espírito, alma e corpo e todas as faculdades que os
constitui. O crente que quiser mandar na sua vida e fazer a sua vontade para
agradar a si próprio pode continuar como cristão, mas nunca será vitorioso no
seu viver em geral, e nem terá jamais o testemunho do Espírito na sua
consciência cristã de que está em tudo agradando a Cristo e fazendo o seu
querer. O fruto do Espírito é o caráter de Cristo produzido em nós para que em
nosso viver o demonstremos ao mundo. Caráter este sem jaça, como revelado nos
tipos, símbolos, figuras e nas inúmeras profecias messiânicas do Antigo
Testamento, e nas diversas passagens do Novo Testamento que tratam do assunto,
a começar pelos Evangelhos” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A
plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.15-16).
III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
1. Viver segundo a carne. Se o crente vive dominado pelos
desejos carnais, ele não pode agradar a Deus (Rm 8.8). Fomos criados para
glorificar a Deus e produzir o fruto do Espírito. Viver segundo a carne causa
males e danos à nossa vida e para o nosso próximo. Paulo exorta os crentes da
igreja de Corinto para que vivam no Espírito, pois alguns estavam vivendo
segundo a carne, de modo que suas ações eram evidentes: inveja, contendas e
dissensões (1Co 3.3). Paulo deixa claro que os que assim estavam vivendo não
poderiam agradar a Deus e ter uma vida de comunhão no Espírito Santo. [Comentário: Viver na carne:
viver segundo a natureza físico-material a fim de satisfazer os impulsos que
parecem ao próprio ser humano. A dualidade do bem e do mal, nas regiões
celestiais, no mundo, nas dimensões espirituais e até mesmo em cada ser humano
é uma grande realidade. Para obtermos a vitória devemos estar em contato com o
Espírito do Deus vivo, sendo esse o único meio de obter a santidade nessa luta.
E devemos ainda lançar mão de vários outros meios como o: "Estudo das
Escrituras, a oração e a meditação, mas tais coisas desacompanhadas do poder
pessoal do Espírito Santo, nunca conseguirão propiciar-nos a vitória sobre o
pecado". As obras da carne são claramente definidas, sendo tão bem
conhecidas como são os diversos aspectos do fruto do Espírito. Sendo esse o
caso, todos deveriam facilmente tomar consciência do que deve ser evitado e do
que deve ser cultivado. Não é mister nenhuma pesquisa elaborada para que fique
demonstrado o que significa cumprir as concupiscências da carne http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ComDeus/ObrasCarneFrutoEspirito-IBR-StaCatarina.htm.]
2. Vivendo como
espinheiro. Sabemos que a árvore é identificada não por suas flores ou folhas, mas
por seus frutos. Jamais vamos colher laranja de uma macieira, pois cada árvore
produz o seu fruto segundo sua espécie (Gn 1.11). Logo, é impossível um cristão
dominado pelo Espírito Santo produzir as obras da carne. O homem bom tira de
seu íntimo, do seu coração transformado, coisas boas, mas o homem mau tira do
seu mau coração pelejas, dissensões, prostituição, iras, etc. (Mt 7.18-22). Jotão
apresenta algumas árvores em uma parábola para o seu povo (Jz 9.7-21). As
árvores representam o povo de Siquém que desejavam um rei. Essas árvores eram
boas: uma produzia azeite que era utilizado na unção dos sacerdotes e
iluminação; outra produzia figos que alimentava o povo; a videira produzia
vinho, que era usado nos sacrifícios de libações. Porém o espinheiro, arbusto
inútil, representava Abimeleque. Muitos atualmente estão como Abimeleque, não
produzem nada de útil para Deus ou para o próximo e ainda ferem as pessoas com
seus espinhos. Quem vive segundo a carne se torna um espinheiro, inútil para
Deus e para a Igreja. [Comentário: Viver no Espírito: viver segundo a
natureza físico/espiritual, orientado pelo Espírito Santo, a fim de satisfazer
a vontade de Deus. O cristão já vive no Espírito e, portanto, deve andar no
Espírito. Abimeleque era um homem sem piedade alguma, o que fica claro pela
forma como obteve o seu reinado: assassinato, conspiração e usurpação. Filho
ilegítimo de Gideão, sua mãe era uma concubina de Siquém, lugar que se tornara
um centro do culto de Baal, Quando Jotão soube da proclamação, colocou-se no
alto do monte Gerizim, e, tendo chamado a atenção de todos os habitantes de
Siquém, proferiu sua parábola (vv. 8-15). A parábola de Jotão fala de
diferentes árvores que buscam para si um rei. As árvores consultadas quanto à
possibilidade de se tornarem reis foram: a Oliveira (v. 8), A Figueira (v. 10),
a Videira (v. 12), e por último, o Espinheiro (v. 14). Nas árvores desejosas de
um rei “temos a representação figurada do povo de Siquém, que estava
descontente com o governo de Deus e ansiava por um líder nominal e visível,
como tinham as nações pagãs vizinhas”. Claramente, Abimeleque é representado na
parábola pelo Espinheiro. Quando procuradas, a Oliveira, A Figueira e a Videira
recusaram a proclamação como reis, em função do serviço que prestavam a Deus e
aos homens (vv. 9,11,13). Matthew Henry diz o seguinte: “Elas [a oliveira, a
figueira e a videira] o recusaram, preferindo servir a governar, fazer o bem a
controlar”. É deveras interessante o fato de que, as três árvores se recusam a
“pairar sobre as árvores”. Elas foram convidadas a reinar, não obstante se
recusaram a pairar. O que isso significa? O verbo hebraico nûa´ tem como ideia
básica “a de um movimento repetitivo de um lado para outro”. No caso, a ideia
do verbo nuâ´ na resposta dada pelas três árvores frutíferas é que elas não
estavam dispostas a deixarem suas ocupações úteis e seu serviço a Deus e aos
homens para ficarem perambulando “de um lado para outro entre as árvores na
condição de governante”. Carl Edward Armerding afirma o mesmo: “Qualquer árvore
com uma função útil na natureza estaria ocupada demais para dominar sobre as
árvores. Somente o espinheiro, uma moita notória por espalhar fogo pelo solo do
deserto, tem audácia de aceitar o convite”. A utilidade do serviço das três
árvores frutíferas consistia no fato, de que “azeite, figos e vinho eram os
produtos mais valiosos da terra de Canaã, ao passo que o espinheiro não era bom
para nada, mas para queimar”. As três árvores frutíferas representam, no
contexto, a Gideão e aos outros juízes, “que tinham recusado aceitar o estado e
poder de rei”. Diferentemente das outras três árvores, o espinheiro não tinha
nada de produtivo ou de valor a oferecer. Era uma planta absolutamente
improdutiva, sendo, na verdade, um arbusto, e não uma árvore. Nem mesmo sombra
e abrigo eram proporcionados por esse arbusto. É mister recordar que, a
maldição imprecada pelo Senhor em Gênesis 3.18 envolvia a produção de plantas
infrutíferas e espinhosas, como cardos e abrolhos: “O espinheiro teve sua
origem por meio de uma maldição e acabará no fogo”. Cundall salienta que, o
espinheiro se constituía em uma séria ameaça aos donos de lavouras, pois “no
calor do verão, quando fagulhas incrementadas pelo vento podiam produzir
incêndios de velocidade incrível, alimentados pelos excelentes combustíveis, os
espinheiros secos”. http://www.cristaoreformado.com/2010/10/parabola-de-jotao.html. O espinheiro representa a pessoa ignominiosa de Abimeleque. Assim como
aquele espinheiro, Abimeleque não tinha a mínima condição de prover qualquer
benefício para os habitantes de Siquém. Ele não tinha capacidade de oferecer
verdadeira segurança aos homens de Siquém. Inerente a Abimeleque era apenas a
sua capacidade de oferecer dor, sofrimento e destruição.]
3. Uma vida infrutífera. Certa vez, Jesus contou uma parábola a
respeito de uma árvore estéril, uma figueira (Lc 13.6-9). A figueira sem frutos
refere-se primeiramente a Israel, porém ela também pode ser aplicada aos
crentes que professam a Jesus e, no entanto, insistem em viver uma vida carnal,
pecaminosa. Na parábola, o agricultor investe na figueira, adubando, regando,
podando, ou seja, dando todas as condições para que produza fruto. Mas caso ela
não viesse a frutificar seria cortada. Deus está investindo em sua vida e dando
todas as condições para que você produza bons frutos, aproveite a oportunidade. [Comentário: Os Pais da Igreja
interpretaram a figueira estéril como um símbolo do judaísmo. Cristo procurou
fruto nela — na Sinagoga — e não o encontrou. Daí ele amaldiçoou-a. Jesus havia
contado essa parábola para criticar os líderes religiosos de sua época que não
estavam produzindo frutos de um caráter realmente convertido ao Senhor Deus. A
estes Jesus assevera que: caso não produzissem frutos seriam arrancados em
breve. A maneira como a parábola da vinha é usada em Isaías 5.1-7 e também por
Jesus em Lucas 20.9-16 nos indica que a parábola da figueira estéril se referia
especificamente à crise da liderança infrutífera dos mestres da Lei e dos
chefes dos sacerdotes (veja Lc 20.19) e não mais aos judeus de modo geral. No
artigo ‘Volte para Deus’ disponível no site Ultimato, afirma-se: “no original
aramaico evidentemente há uma trocadilho entre a palavra “arrancá-la” (fsūqīh)
e “perdoá-la” (shbūqīh). Assim, o empregado roga para o “perdão” da figueira e
não que seja “arrancada”. Também, o empregado não define este prazo
especificamente como sendo de “o ano que vem” (v.9, NTLH) mas deixa o período
indefinido como “por um tempo” ou “para o futuro” (exatamente como a mesma
frase em 1Tm 6.19).A ênfase claramente na misericórdia de Deus e não no seu
juízo. Finalmente, uma condição é colocada. Depois de dois atos de tentativa de
redenção (afofar a terra e pôr bastante adubo), se ainda não há fruto, a ordem
é de “cortar” a figueira (literalmente “arrancá-la do solo). Ou seja, o juiz há
de vir. Não há como adiá-lo indefinidamente. Um dia virá. E o juiz vai procurar
fruto.” http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2013/01/10/volte-para-deus/.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
O propósito do cristão deve ser viver uma
vida que agrada a Deus, caso contrário, não tem valor algum professar a fé
cristã.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Era um costume na Palestina antiga, assim como hoje, plantar figueiras
e outras árvores nas vinhas. Era um meio de utilizar cada pedaço disponível de
boa terra. A figueira aqui, como em todo o simbolismo bíblico, refere-se a
Israel. [...] E foi procurar nela fruto, não o achando. Embora a figueira
estivesse na vinha, ela não tinha outro propósito a não ser dar fruto. Da mesma
forma, Israel só tinha uma razão para ocupar o primeiro ou qualquer outro
lugar: cumprir a missão que lhe fora dada por Deus. Visto que a figueira era
infrutífera, não teria o direito de existir; e visto que Israel se recusava a
cumprir sua missão determinada por Deus, não tinha o direito de continuar”
(Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 6. RJ: CPAD, 2006, pp.437-38).
CONCLUSÃO
Quem vive segundo a carne
não pode agradar a Deus. E a vida sem Deus torna-se infrutífera. Longe do
Senhor nos tornamos espinheiros, nos ferimos e ferimos ao próximo. Busque a
Deus e seja uma árvore frutífera.
[Comentário: São os frutos que
mostram ao mundo sua comunhão com Deus e são frutos a todo o tempo. Infelizmente
estamos vendo crentes preocupados em produzir ou ver sinais, mas não estão interessados
em produzir frutos. Paulo afirma que a inclinação do Espírito produz vida (Rm
8.6). O homem em seu estado natural é incapaz de cumprir a vontade de Deus.
Logo, devemos entender que não existe a figura do ‘crente carnal’; se é carnal,
não pode ser crente! Segundo Bailey Smith, “muitos simplesmente designam
aqueles cristãos professos que não mostram fruto real como 'cristãos carnais'
(baseado num mal-entendimento de 1 Coríntios 3.1-4). Embora seja verdade que o
Apóstolo Paulo os tenha repreendido por agirem de maneira carnal (como
incrédulos), ele não postulou uma categoria inteira de sub-cristãos, conhecidos
como cristãos carnais. Esta categoria é uma invenção dos teólogos do século XX
e provê um ‘esconderijo' seguro para muitos incrédulos na igreja”. Como no
exemplo de Abimeleque e Jotão, o espinheiro não tem nada a oferecer. Naturalmente
que o homem salvo que anda segundo o Espírito como o padrão geral de sua vida, pode
ocasionalmente produzir um ou outro
fruto da carne em áreas particulares de sua vida, devido à imaturidade espiritual e por causa do pecado. Todos os verdadeiros cristãos
são homens espirituais, e todos verdadeiros cristãos de vez em quando se
comportam de maneira imatura, mundana e carnal. Não há tal coisa como um
verdadeiro cristão que não anda segundo o Espírito como o padrão geral de sua
vida, e não há tal coisa como um verdadeiro cristão que não se comporta de vez
em quando de maneira imatura, mundana e carnal. Nosso dever é orar e vigiar.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito do perigo das obras da carne, responda:
Qual o
significado da palavra concupiscência?
É um “termo usado teologicamente
para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos”.
Para onde
nossos desejos impuros nos conduzem?
Nos conduzem para a morte
espiritual.
O que
acontece quando o homem deixa de ouvir a voz de Deus e passa a ser guiado pelos
seus desejos?
O crente que não tem uma mente
conduzida pelo Espírito Santo torna-se uma pessoa sem controle, sem qualquer
deferência.
O que
significa caráter no grego?
No grego, caráter é charaktēr e
significa “estampa”, “impressão” e “marca”.
O que é
caráter?
Segundo o Dicionário Houaiss é
“um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um
indivíduo”.
Fonte: O
texto da lição foi retirado de: