LIÇÕES BÍBLICAS CPAD –
ADULTOS - 1º Trimestre de 2017
Título: As Obras da Carne
e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer
a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
- Lição
2 -
8 de Janeiro de 2017
O propósito do Fruto do
Espírito
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8).
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Somente através de uma vida espiritual frutífera o crente
poderá glorificar a Deus.
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LEITURA DIÁRIA
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Segunda - Jo 15.16
Fomos escolhidos e separados do
mundo para dar fruto para Deus
Terça - Gn 1.11
O fruto identifica a
espécie a que pertence a árvore
Quarta - Is 57.19
Louvor e adoração, o
fruto dos lábios
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Quinta - Fp 1.11
Frutos de justiça para
o louvor de Deus
Sexta - Mt 3.10
A árvore que não produz
bons frutos será cortada
Sábado - Mc 4.20
Os discípulos de Cristo
produzem frutos
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Mateus 7.13-20.
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13 Entrai pela porta estreita, porque
larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os
que entram por ela;
14 E porque estreita é a porta, e
apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
15 Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores.
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16 Por seus frutos os conhecereis.
Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa dar maus
frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19 Toda árvore que não dá bom fruto
corta-se e lança-se no fogo.
20 Portanto, pelos seus frutos os
conhecereis.
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HINOS SUGERIDOS: 83, 203 e 252 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Compreender o real significado da frutificação espiritual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
• I. Mostrar que uma vida controlada pelo Espírito requer de nós um
viver santo e uma verdadeira comunhão com Deus;
• II. Saber que o Espírito Santo molda o nosso caráter para sermos
como Cristo;
• III. Apresentar o propósito do fruto e a necessidade de se ter uma
vida produtiva.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor,
na lição de hoje estudaremos o propósito do fruto do Espírito. Este assunto é
tão importante que o próprio Jesus reservou um tempo para ensinar a respeito da
árvore e seus frutos, ou seja, cada árvore deve produzir frutos condizentes com
sua espécie. Claramente Jesus buscava ensinar seus seguidores a terem cuidado
com os ensinamentos que divergiam do seu: pelos frutos conhecemos aqueles que
falam a verdade de Deus e aqueles falsos mestres enganadores. Hoje não é
diferente. Devemos examinar não só as palavras dos mestres, mas também as suas
atitudes. Da mesma maneira que existe uma relação entre as árvores e o tipo de
fruto que produzem, aqueles que ensinam o que é correto têm um bom
comportamento e um caráter elevado; procuram viver de acordo com as verdades
das Escrituras. Cuide para que seus frutos sejam condizentes com seu ensino.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje,
estudaremos o propósito do fruto do Espírito. Nas Escrituras Sagradas, o
vocábulo fruto tem muitos significados que podem ser utilizados para designar
nossas ações e motivos. Veremos que Jesus, nosso Salvador, morreu e ressuscitou
para nos ensinar o valor de uma vida frutífera (Jo 12.24). Nós somos fruto do
sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, logo temos a responsabilidade de
frutificar para a glória de Deus. [Comentário: A palavra ‘fruto’
é a tradução do grego ‘karpos’ que se refere literalmente
ao fruto de árvores ou vinhedos. Figurativamente, é empregada para denotar
aquilo que tem sua origem ou provem de algo como produto, efeito ou resultado. O
Dicionário Vine (CPAD) descreve fruto como ‘uma expressão visível de poder que
opera no interior e invisivelmente, o caráter do fruto sendo a evidência do
caráter do poder que o produz’. No texto da leitura bíblica em classe, o Senhor
adverte seu povo sobre a vinda certa dos falsos profetas e os instrui sobre
como discerni-los. Paulo faz advertência similar à igreja de Éfeso em Atos
20.29-30. De acordo com as palavras de Jesus, esses cães espirituais parecerão
como ovelhas e andarão dentro do aprisco como se pertencessem a ele. No
entanto, não são o que parecem, mas são exatamente o oposto. Isto é terrível e
estarrecedor e seria um tropeço para o caminho da fé – Judas 12 os descreve como perigosas rochas submersas - se o Mestre
não tivesse não só nos advertido de seu surgimento, mas também sobre como
identificá-los (Mt 23.27). Gostaria de sugerir nesta lição que não nos
confinássemos apenas ao caráter escondido dos falsos profetas, mas faremos bem
em reconhecer que Suas palavras têm longo alcance para todos nós que
confessamos a Cristo e nos identificamos com Ele. De fato, estas palavras podem
responder uma questão crucial: ‘como
saber que sou verdadeiramente cristão?’ A resposta a esta questão é simples
e profunda. Nossa realidade interior é revelada pelas evidências externas;
nossa verdadeira identidade é exposta por atos observáveis; nossa conversão ou
sua falta é conhecida pelos frutos em nossas vidas.] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Glorificamos a Deus quando produzimos
frutos condizentes com a vida cristã.
I. A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
1. O que significa ser controlado pelo
Espírito? Significa ser cheio do
Espírito Santo diariamente, não somente aos domingos (Ef 5.18). Se quisermos
viver de modo a agradar a Deus e produzir frutos para a sua glória, precisamos
cumprir o imperativo bíblico registrado em Efésios 5.18: “[...] Mas enchei-vos
do Espírito”. O verbo encher aqui remete também a ser controlado, dominado, de
modo que a pessoa não tem
mais vontade própria. Quando somos controlados pelo Espírito Santo, os
nossos pensamentos, ações e vontades passam a ser conduzidos por Ele. É lamentável,
mas infelizmente muitos crentes não buscam mais o poder do Espírito Santo, pois
estão mais preocupados com os bens desse mundo. Jesus nos advertiu a respeito
de juntar tesouros na terra e não no céu (Mt 6.19,20).
[Comentário: Enquanto o selo do
Espírito (Ef 1.13,14;4.30) é a iniciação da vida cristã e por tanto, não se
repete, o encher-se do Espírito pertence à vida cristã inteira. Em Efésios
5.18, o tempo verbal grego para ‘enchei-vos’ deixa claro que o estar cheio do
Espírito não se completa com uma única experiência, mas é mantida por ‘ser
continuamente cheio’, conforme ordenado na passagem. Esse encher-se não somente
se repete, mas deve ser continuamente buscado. Na passagem paralela em
Colossensses, Paulo diz aos cristãos para deixar a ‘paz de Cristo’ governar
seus corações e permitir que a palavra de Cristo habite ricamente neles (Cl
3.15-16). Quem está cheio do Espírito está cheio de Cristo e de sua Palavra (Jo
14.16,26; 16.12-15; 17.17). O próprio Jesus estava “cheio do Espírito Santo”
(Lc 4.1). Os discípulos “ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2.4; cf. 4.8;
6.3; 13.9). Do mesmo modo o Espírito Santo também deve determinar e cunhar a
vida toda dos cristãos, de modo que “a vontade do Senhor” seja entendida e
praticada de forma cabal. O Pr Elienai Cabral escrevendo sobre Romanos 8.6-13,
diz: “Nestes versículos é destacada a operação do Espírito Santo na vida do
crente. É a obra santificadora do Espírito Santo, na mente, no espírito e no
corpo do crente (1 Ts 5.23,24). O crente anda e vive no Espírito, pois não está
mais sob o domínio da carne. Sua vida é regida e regulada pelo Espírito Santo,
que mora nele e governa o seu interior" CABRAL, Elienai.
Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.89. Note que viver segundo
o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações; O
Consolador que agora habita em nós concede-nos recursos para vivermos neste
mundo de maneira santa e justa, como discorre o próximo subtópico.]
2. Um viver santo. O Espírito Santo nos ajuda a ter uma
compreensão melhor de Deus e do seu Reino. Ele deseja nos ensinar a viver em
novidade de vida, em santidade, mesmo habitando em um mundo corrompido pelo
pecado e dominado pelo Inimigo (1Co 2.10-15). Para que uma planta produza
frutos ela precisa alcançar um determinado nível de maturação; isso também
ocorre com o crente (Ef 4.13). Esse nível de crescimento e maturação só pode
ser alcançado com a ajuda e a ação do Espírito Santo. A vida frutífera é para
os “maduros”. Quando os anos passam e o crente não alcança a maturidade
espiritual, ele se torna vulnerável ao pecado e a todo vento de doutrina, sendo
enganado pela astúcia dos que alegam falar em nome de Deus (Ef 4.14).
[Comentário: "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus." (Rm 8.16) O contraste feito por Paulo entre
o antigo e o novo padrão de vida entre a vida na carne e a vida no Espírito (Rm
7.6), é agora resolvido detalhadamente nos termos de duas atitudes mentais
fixas: uma delas sob a influencia da carne e a outra sob a influencia de
Cristo, por meio do Espírito que veio habitar nos crentes. “Até que
todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef
4.13). Eberhard Hahn escreve em Cartas aos Efésios, no Comentário Esperança: “A
edificação, o crescimento do corpo de Cristo, estão direcionados para um alvo
que é indicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar
literalmente alcançar um lugar (diversas vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19;
etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dos tempos chegou:
1Co 10.11). Assim como aqui, em Fp 3.11 ela implica a atenta orientação rumo ao
alvo visado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre os
mortos”. Pode parecer estranho que desde já a igreja seja a “plenitude de
Cristo”, concidadã crente dos santos, família de Deus, pedra no templo santo, e
que apesar disso ainda se diga que haverá um crescimento, um vir-a-ser. A mesma
duplicação já chamara atenção no contexto da herança colocada à disposição: os
direitos já foram transferidos, mas ainda não se tomou posse dela (Ef 1.18;
2.7). Conseqüentemente a plenitude de Cristo é ponto de partida e alvo de todo
o crescimento. Agora isso passa a ser relacionado a uma situação concreta: na
realidade pode haver na igreja uma só fé, visto que esta só pode ser fé em um
só Senhor Jesus Cristo (Ef 4.5). Na realidade a “unidade do Espírito” é algo
dado, porque o Espírito Santo é um só (Ef 4.3). Não obstante cabe “segurar”
essa unidade, ou “chegar” a ela. A força motriz de todos os esforços nessa
direção não é a utopia de uma igreja unificada, mas a realidade do único corpo
de Cristo”. Extraído na íntegra de Hahn, Eberhard,
Cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses : Comentário Esperança / Eberhard
Hahn, Werner de Boor / tradutor Werner Fuchs -- Curitiba, PR : Editora
Evangélica Esperança, 2006. Pág 48.]
3. A verdadeira comunhão. Você deseja ter uma vida de comunhão
com Deus? Então invista tempo no seu relacionamento com Ele (Os 6.3). Ore,
jejue e adore ao Senhor. A comunhão com Deus vai gerar em nós frutos excelentes
que evidenciarão que o Pai habita em nós. Jesus ordenou que seus discípulos
fossem para Jerusalém para serem revestidos de poder (At 1.8). Ele sabia que,
para dar continuidade à sua obra e produzir bons frutos, os discípulos
precisariam desse revestimento de poder. [Comentário: A vida diferente que nos é dada é a
vida de comunhão. Agora somos guiados pelo Espírito de Deus, e a vida que nos é
dada, é a vida de filho. Somos filhos de Deus e quem testifica em nós é o
Espírito de Deus (Rm 8.16), Ele mesmo revela isso em nós. Todos aqueles que têm
o Espírito Santo foram adotados como filhos de Deus, essa é a marca. E aqueles
os que têm o Espírito Santo têm comunhão com o Pai. Como você sabe que é filho
de Deus? Por causa da intimidade com o Pai que o Espírito Santo concede, esse é
o nosso maior privilégio, maior prêmio, de poder conviver plenamente com o Senhor,
em profunda amizade e companheirismo, resultado da obra do Espírito de Deus em
nós, e à medida que podemos clamar a Deus, como se clama ‘Paizinho’, o próprio
Espírito de Deus que testifica que somos filhos de Deus. É nesse ato de
intimidade que essa filiação se manifesta. Também, se somos filhos, somos
herdeiros de Deus. Tudo o que Deus propôs a Cristo, propôs a nós. Paulo
desenvolve este tema em Efésios, quando fala da igreja como plenitude de
Cristo. Portanto, essa comunhão com Deus e essa consciência que vamos herdar as
mesmas coisas que Cristo herdou, há de nos dar a coragem necessária para
continuarmos firmes em meio ao sofrimento, porque teremos sempre a consciência
de que se com Cristo sofremos, também com Ele seremos glorificados.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Uma vida controlada pelo Espírito produz em nós um
viver santo e uma verdadeira comunhão com Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em Efésios 4.17-5.20,
Paulo estabeleceu o contraste entre o ‘antes’ e o ‘depois’ da vida dos crentes.
Embriagar-se com vinho era associado com o antigo modo de vida e seus desejos
egoístas, terminando, por fim, em contenda. Isto não tem lugar na vida dos
crentes. Além do mais, de acordo com Paulo, nós não precisamos do álcool, pois
podemos nos encher do Espírito, deixando que Ele nos controle. Paulo comparou a
atitude de se embriagar com vinho, que faz com que uma pessoa desfrute um
êxtase temporário, com o ser cheio do Espírito, que produz uma alegria
permanente. O foco das palavras de Paulo aqui não é tanto a proibição contra a
embriaguez, pois os crentes provavelmente já o haviam entendido, mas incitá-los
a estarem continuamente cheios do Espírito e a viverem nEle. Todo mundo pode
dizer quando uma pessoa está embriagada. Suas ações tornam isso óbvio. De
maneira semelhante, a nossa vida deve estar tão completamente sob o controle do
Espírito, que as nossas palavras e ações mostrem, sem qualquer dúvida, que
estamos cheios da presença do Espírito Santo de Deus” (Comentário do Novo
Testamento:Aplicação pessoal. 1ª Edição. Volume 2. RJ: CPAD, 2010, p.345).
CONHEÇA MAIS
Fruto
“O termo ‘fruto’ é
frequentemente usado de forma simbólica. As crianças são mencionadas como
frutos (Êx 21.22; Sl 21.10) em frases como ‘o fruto do ventre’ (Sl 127.3; Dt
7.13; Lc 1.42) e o ‘fruto do corpo’ (Sl 132.11; Mq 6.7). O louvor é
poeticamente descrito como fruto dos lábios (Is 57.19; Hb 13.15), e as palavras
de um homem são chamadas de ‘fruto da boca’ (Pv 12.14; 18.20).
O termo ‘fruto’ é aplicado às
consequências das nossas ações e motivos: ‘Comerão do fruto do seu caminho (ou
procedimento)’ (Pv 1.31; Is 3.10)”. Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico
Wycliffe, CPAD, p.824.
II. O FRUTO DO ESPÍRITO EVIDENCIA O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS
1. O que é caráter? Segundo o Dicionário Houaiss, é a
“qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento, índole”.
Nossas ações e frutos identificam o caráter de Cristo em nós. Quem pela fé
recebe a Jesus Cristo como Salvador passa por uma transformação interior,
recebendo uma nova vida, ou seja, uma nova maneira de pensar e agir (2Co 5.17).
O caráter de Cristo é evidenciado em nossas vidas por nossas ações. [Comentário: Em Mateus 7.6
Cristo nos apresenta uma máxima fixa que não permite exceção: “Pelos frutos os
conhecereis”. Noutras palavras, saberemos da autenticidade da profissão de fé
de uma pessoa pela conduta de sua vida. Em 2Co 5.17 Paulo escreve que os que
estão em Cristo são ‘nova criatura’; segundo o dicionário Strongs, kainos2537 é novo, não usado,
diferente, recente. A palavra significa novo em relação à forma ou qualidade,
ao invés de novo referindo-se a tempo, um pensamento comunicado por neos. A nota de roda-pé da Bíblia de
Estudo Plenitude comentado o texto de 2Co 5.17 diz: “Em Cristo: A expressão mais característica de Paulo do que
significa ser cristão. A morte e ressurreição de Cristo por nós e nossa
identificação com ele através da fé tornam a existência possível como uma nova criatura. Atualmente, essa nova
criação é apenas parcialmente experimentada, mas deve ser nosso foco, visto que
é garantida a conclusão da recriação. Nosso relacionamento com Cristo afeta
todos os aspectos da vida.” Bíblia de Estudo Plenitude, SBB pág. 1318.]
2. Caráter gerado pelo Espírito Santo. O Senhor Jesus afirmou que o Espírito
Santo habitaria em nós (Jo 14.17). Ele, em nós, faz com que a nossa natureza
adâmica seja destronada. O velho “eu” morre, por isso, temos condição de
negarmos a nós mesmos (Mt 16.24). Precisamos ter consciência de que o Espírito
Santo trabalha em nós, não somente para nos conceder dons e talentos, mas para
nos transformar. Infelizmente, muitos não dão lugar ao Espírito, impedindo que
Ele os transforme. O Consolador trabalha em nós à medida que lhe permitirmos.
Deixe o Consolador transformar todo o seu ser. [Comentário: A inclinação da
carne, ou seja, a obediência a nossa natureza caída, que é a inclinação para o
pecado nos levará para a morte, mas os que se inclinam em obedecer ao Espírito,
serão guiados para a vida e paz para com Deus. E é por isso que aqueles que se
inclinam para obedecer a carne, ao pecado, acaba se tornando inimigos de Deus,
porque rejeitam a vontade de Deus. Todos aqueles que creram no evangelho, já
não estão mais presos aos desejos da sua carne, isso se realmente creram e
receberam o Espírito de Deus. Porque aquele que não têm o Espírito de Deus,
esse não pertence à Deus, ou seja, não foi salvo e justificado pela fé em
Cristo Jesus. Deus nos libertou enviando seu Filho, nEle, o pecado foi condenado
e o julgamento foi executado. Cristo venceu o pecado em seu próprio reino e a
exigência da lei é cumprida em nós. Esta bênção é para aqueles que andam
segundo o Espírito, e não a carne. O Comentário Devocional da Bíblia (CPAD) falando
acerca da nova vida, escreve: "O princípio dinâmico da nova vida em Cristo
sobrepuja o princípio do pecado inerente, capacitando-nos a viver de maneira
justa (8.1-4). Se nós, como filhos de Deus, escolhermos viver em harmonia com o
Espírito, não com a carne, o poder de ressurreição do Espírito no dará vida,
mesmo em nosso presente estado mortal. No futuro, nossos corpos, com toda a
criação, serão transformados (Rm 8.18-25). Até então, vivemos no amor do
Espírito, que intercede por nós (Rm 8.26,27), do Pai que nos sustenta (Rm
8.28-33) e de Cristo, que nos guarda (Rm 8.34-39)." Comentário
Devocional da Bíblia, CPAD, p. 778. Na vida do crente a natureza adâmica tem que ser destronada. No contexto de
Mt 7.16, o termo karpos é usado para
descrever o comportamento, a conduta, as obras ou os feitos que emanam do
caráter da pessoa e manifestam sua verdadeira qualidade. É importante também
notar que Jesus fala de ‘frutos’ no plural em vez de singular, denotando que é
não somente um aspecto da vida da pessoa, mas toda ela. A verdade transmitida é
que uma realidade interna da pessoa será provada por suas ações em tudo que ela
é e faz, em todas as circunstancias. Nem virtude nem vício podem ser facilmente
escondidos, mas ambos se manifestarão com o tempo.]
3. Um novo estilo de vida. Viver em novidade de vida não é fácil,
pois o caminho que conduz a Jesus Cristo é apertado e exige renúncia (Mt 7.14).
Infelizmente, muitos estão pregando um pseudoevangelho que não exige mais
renúncia e nem mudança de vida. Não podemos concordar com os falsos ensinos e
os falsos discursos que têm sido disseminados, em especial nas redes sociais.
Jesus disse que os falsos profetas têm roupas de ovelhas, mas são harpagês,
isto é, são como aves de rapina, logo precisamos ter cuidado (Mt 23.25). O alvo
deles é destruir o rebanho do Senhor e impedir que venhamos alcançar a vida
eterna. Muitos, sob a influência de Satanás, estão operando sinais e prodígios,
imitando as obras de Cristo, porém seus frutos revelam que não pertencem a
Jesus Cristo. Como identificar o crente autêntico? Ele pode ser identificado
não por aquilo que possui, mas por aquilo que é. Suas ações precisam revelar
que ele está em Jesus Cristo (Jo 15.4). Lembre-se: não se conhece uma árvore
pelas folhas, mas sim pelos frutos. [Comentário: Em oposição à
velha natureza adâmica, também denominada de natureza pecaminosa, ou ainda, de
"velho homem", Paulo mostra a inclinação do Espírito. Ele afirma que
a inclinação do Espírito produz vida (Rm 8. 6). O Espírito Santo é o agente
responsável em conduzir o crente a fazer a vontade de Deus. A descida do
Espírito Santo não foi para que simplesmente falássemos em línguas estranhas.
Também foi para auxiliar o cristão a subjugar o próprio eu, para fazer guerra
contra a natureza carnal. Por isso, para que o crente ande no Espírito, o
apóstolo Paulo recomendou: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Ele docemente constrange o
crente a fazer a vontade de Deus. Mas para que obtenha total êxito sobre a
carne, é preciso que o crente aprenda a viver na dependência de Deus, que
reconheça que o seu querer está contaminado pelo pecado, que assuma, de forma
cabal, que é da sua natureza carnal que fluem os desejos pecaminosos (Mt
15.19). Se realmente nos tornamos cristãos, reconhecemos o perigo de ceder a
qualquer exigência que o mundo queira nos fazer quanto à singularidade da
pessoa e obra de Cristo. Apresentar a vida cristã como um ‘mar de rosas’ e
minimizar que ela é repleta de problemas não segue a orientação do nosso Senhor
(At 14.22). Os falsos profetas disfarçados
em ovelhas... lobos devoradores são especialmente aqueles que negam que o
caminho é estreito e difícil. Este evangelho distorcido pode ser atraente e
mesmo parecer ortodoxo, a única maneira de reconhecer com segurança é deixar o
tempo mostrar seus frutos (Mt 7.16-20). Alguns dos frutos produzidos por estes
falsos crentes são mencionados no Novo Testamento: controvérsias (1Tm 1.3),
divisões (1Tm 6.3-4), destruição da fé (2Tm 2.18) e autodestruição pela heresia
(2Pe 2.1).]
SÍNTESE DO TÓPICO II
É através de suas ações que o cristão evidencia o
caráter de Cristo em sua vida.
SUBSÍDIO DEVOCIONAL
“‘Por seus frutos os conhecereis’
(Mt 7.15-23)
Ao longo das
Escrituras, o fruto é um símbolo da obra transformadora de Deus nos crentes
(cf. Is 5.1-7; Jo 15.1-11; Gl 5.22,23). Embora o nosso relacionamento com Deus
seja ‘secreto’, o produto desse relacionamento é altamente visível! Mas aqui
Jesus falou de reconhecer os falsos profetas pelo fruto amargo. Ele não sugeriu
que começássemos a apertar o fruto dos crentes para ver se era bom! Talvez a
razão seja o fato de que o bom fruto precisa de tempo para amadurecer. A vida
cristã produzirá bons frutos — mas levará algum tempo para que esses frutos
amadureçam. Devemos dar aos outros — e a nós mesmos — o tempo necessário para
que o fruto de Deus amadureça, em vez de exigir evidências imediatas da sua
obra em nossa vida” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário devocional da Bíblia. RJ:
CPAD, 2012, p.561).
III. TESTEMUNHANDO AS VIRTUDES DO REINO DE DEUS
1. O propósito do fruto. Você não foi salvo para somente
frequentar a igreja, mas para revelar Cristo ao mundo por intermédio de um
viver santo, justo, em meio a uma sociedade comprometida pelo pecado (Fp 2.15).
Fomos “retirados” do mundo para que sejamos testemunhas (Is 43.10). Você foi
chamado para ser “luz” do mundo e “sal” da terra (Mt 5.14,15). Porém, não
adianta pregar o Evangelho de Cristo e não viver segundo os princípios do Reino
(Mt 5.1-12). Você precisa viver aquilo que prega e ensina se deseja uma vida e
ministério frutíferos. [Comentário: Citando uma frase
do príncipe dos pregadores, C. H. Spurgeon: “Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”, entende-se que é
a grande tarefa da Igreja, o motivo pelo qual ela foi fundada, enviada e
sustentada pelo poder do Espírito Santo: revelar Cristo ao mundo. A única foma
que o mundo tem de enxergar à Cristo e à obra da Cruz é através da Igreja, não
existe ‘plano B’. O Novo Testamento declara que todos os cristãos são chamados
a evangelizar, como diz C. H. Spurgeon, ‘todo cristão ou é um missionário ou é
um impostor! Se nós devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos (Mc 12.31;
Tg 2.8), acaso há algum modo mais importante de amar alguém do que compartilhar
o evangelho com ele ou ela? Ezequiel 3.11 diz: ‘Eia, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás
e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus, quer ouçam quer deixem de ouvir’.
Testificar aos homens, apresentando-lhes as verdades do Evangelho ou Boas Novas
a cerca de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, é obrigação séria e
responsabilidade de cada cristão. Paulo quando fala sobre a evangelização diz:
‘Se anuncio o evangelho, não tenho de que
me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar
o evangelho!’ (1Co 9.16). Todos nós somos devedores da mensagem do
evangelho a todos os homens (Rm 1.14) e sobre nós repousa essa responsabilidade
que não foi concedida aos anjos (1Pe 1.12). É por isso que Paulo nos diz: ‘Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus (…)
prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não’ (2Tm 4.1-2). De que
maneira faremos isso? Os justos terão lutas com o pecado e até mesmo quedas
periódicas. Às vezes os ímpios farão obras boas e até refletirão uma semelhança
de justiça. Porém, com o tempo, tanto o justo quanto o ímpio serão revelados
por seu comportamento contínuo. O ganhador de almas tem de ter experiência
própria de salvação. O Pr Antônio Gilberto escreve: “É um paradoxo alguém
conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é
apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter
experiência própria da salvação. Estando nosso coração cheio da Palavra de
Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas
precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto
à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões,
estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso ‘começar pela Escritura’
(At 8.35). Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem
fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo.
Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do
homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele
aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável. Está escrito que ‘pela
lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3.20). Através da poderosa Palavra de
Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Isaías 1.6. No
estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e
inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de
ganhar almas; outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a
paixão que deve haver no ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi
profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante
três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31). Em Corinto ele
ensinou dezoito meses (At 18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas
através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios)” GILBERTO, Antonio.
Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.30.]
2. Uma vida produtiva. O crente precisa ter uma vida espiritual
frutífera para que não seja arrancado, ceifado (Jo 15.2). Quando um galho é
cortado e não é imediatamente enxertado, ou replantado, seca e morre. Você tem
produzido frutos ou sua vida está como um galho seco? Nossos frutos revelam que
pertencemos a Cristo e o quanto aprendemos com o Ele (Lc 6.40; Jo 15.8). [Comentário: É bom lembrar que
a vitória do cristão não é não sofrer. A vitória do cristão é não ser derrotado
pelo sofrimento. A vara que não dá fruto, que não está na videira (v 6), é
destruída. Esta idéia se aplica a todos os falsos crentes (Mt 15.13). Nenhum
ramo que está em Cristo pode ser totalmente infrutífero! Porém, todo ramo que
pertence a Cristo produzira fruto e sofrerá a poda necessária que produza ainda
mais. Em suma, um crente genuíno produzirá frutos que permanecem, isso porque
ele foi escolhido e designado e através dessa produção ele prova ser verdadeiro
discípulo de Cristo (Jo 15.8). Ainda que passemos por tempos de aparente
improdutividade devido a algum pecado insistente ou à poda feita pelo Pai, a
obra da disciplina divina servirá para tornar-nos mais frutíferos (Hb 12.11).
Na parábola do semeador, Jesus nos dá alguma idéia da abundante frutescência
que marca a vida de todo cristão, declarando que entre seus verdadeiros discípulos
alguns produzirão cem vezes, outros sessenta, e outros trinta (Mt 13.23). Tal
frutificação é surpreendente demonstração do poder de Deus na salvação, porque
até o menor no reino produzirá fruto a trinta por um! (Lc 7.28). Conforme nos
diz o profeta Isaías, “a salvação do Senhor produz fruto, e a justiça brotará
junto a ele” (Is 45.8).]
3. O que fazer para manter a
produtividade? Um bom agricultor se
preocupa com o plantio, com o cultivo e com a produção de fruto. Para que a
lavoura tenha um bom desenvolvimento, o agricultor precisa adubar a terra,
regar as sementes e retirar as ervas daninhas. É preciso investimento
financeiro e muito trabalho. Nós também temos um Pai que cuida de nós para que
venhamos a frutificar (Jo 15.1-5). Isso significa que algumas vezes somos
“podados”, ou seja, passamos por aflições e dificuldades. As aflições não são
para nos destruir, mas contribuem para que venhamos nos tornar pessoas mais
fortes, capazes de produzir frutos em abundância. [Comentário: Hoje muitos dizem ter nascido de
novo e ter recebido a vida eterna, contudo, vivem em extraordinária contradição
à essa confissão. O verdadeiro crente, que experimentou o novo nascimento,
experimentou um milagre de transformação, a conversão é primariamente uma obra
sobrenatural de Deus, realizada pelo milagre do novo nascimento. Nós fomos
transformados pelo poder de Deus em novas criaturas, com nova natureza,
resultando em afetos novos e retos, por isso, devemos escolher andar nas boas
obras que foram preparadas de antemão para que andássemos nelas (Ef 2.10).
Nosso crescimento em Cristo e nossa produção de frutos dependem de nossa
volição, porém, não podemos deixar de ver que nossa volição depende de nossa
natureza, que foi radicalmente mudada pela obra regeneradora do Espírito Santo.
Decidimos produzir frutos porque desejamos frutificar e esses desejos fluem de
nossa nova natureza! Paulo discorre em Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à
unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade,
à medida da estatura da plenitude de Cristo”; Unidade e perfeição constituem o
alvo da igreja, e Cristo concede participação a cada um nessa unidade e
perfeição; ao procurar chegar, impelido pela palavra de Deus, o crente cresce
em direção ao alvo da totalidade. Tendo esse alvo diante dos olhos, Paulo passa
à análise dos problemas com os quais os crentes são confrontados. Estabelece
uma relação com a figura da pessoa adulta à qual os crentes devem “chegar”, e
exorta que superem a imaturidade e a idade infantil: “para que não mais sejamos menores”, que se deixam influenciar
facilmente. Além de atuar na conversão do homem, o Espírito Santo age como
dinamizador da vida cristã. A condição exigida daqueles que desejam ter uma
vida cristã autêntica e levar almas a Cristo é que sejam cheios do Espírito
Santo (At 4.31; Ef 5.18). O próprio nome “Espírito Santo” já sugere a
associação do Espírito com a obra de santificação. Ela é obra progressiva da
parte de Deus e do homem regenerado, que nos torna cada vez mais livres do
pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente. De forma sucinta,
santificação nada mais é do que a conformidade com a imagem de Deus, embora de
forma ainda imperfeita. A santificação está em estreita relação com a
regeneração, pois esta como mudança moral é o primeiro estágio da santificação.
A Vida Aperfeiçoada pelo Espírito Santo Glorifica a Cristo(Cl 1.10 e 11 e 27;
2.2; 3.10,11 a 14).Da mesma maneira que o Senhor Jesus Cristo, em tudo que foi
e fez, visava glorificar a Deus e Pai, todos que, em Cristo, nasceram de novo,
devem ser e fazer tudo para a glória de Deus. A Bíblia diz e instrui sobre
isso. Quando a vida do crente está aperfeiçoada, ela naturalmente, glorifica ao
nosso Senhor.Isto porque todas as nossas ações são voltadas para que assim
aconteça. De outra maneira, a vida cristã, sem aperfeiçoamento espiritual e
cristão necessários, certamente, ficará fora dos propósitos de Deus. A vida
aperfeiçoada glorifica a Cristo quando está cheia do pleno conhecimento da
vontade de Deus.Esse conhecimento nos enche de sabedoria e entendimento
espiritual acerca dos assuntos éticos e divinos. O crente em nosso Senhor Jesus
Cristo precisa continuamente ser cheio do conhecimento da vontade de Deus. A
pergunta que fazemos é: Como chegar a essa plenitude e viver sempre nela?
Buscando submissamente ao Espírito Santo, em meditação na Palavra de Deus e em
oração. Quando assim procedemos, o Espírito de Sabedoria nos revela plenamente
a vontade de Deus em múltiplos propósitos para nossa vida. Conhecer assim a
vontade de Deus vale mais do que conhecer mistérios criados pela imaginação
humana. Paulo, então, em sua oração, faz os crentes de Colossos sentir que o
verdadeiro conhecimento é o da vontade de Deus e que o mesmo glorifica a
Cristo.Leia: Colossenses 1.10 e 11; Romanos 12.2; Efésios 5.17.]
SÍNTESE DO TÓPICO III
O cristão deve frutificar sempre a fim de
ter uma vida que glorifique a Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A frutificação espiritual segue o mesmo princípio da frutificação que
está revelado no primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1.11). João Batista,
precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos: ‘Produzi, pois, frutos
dignos de arrependimento’ (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este
princípio deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante
para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo
os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento
da planta no reino vegetal, sem esquecer da boa saúde da semente e do meio
ambiente ideal e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa
frutificação. É também o que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na
Igreja, para que haja em todos nós fruto abundante para Deus” (GILBERTO,
Antonio. A plenitude de Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004,
p.17).
CONCLUSÃO
Precisamos ter uma vida
frutífera e para isso precisamos estar ligados à Videira. O propósito dos
frutos é glorificar ao Pai: “Nisto é glorificado meu Pai; que deis muito fruto;
e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8). Busque ter um relacionamento pessoal
com Cristo, seja cheio do Espírito Santo e produza muitos frutos para a glória
de Deus. [Comentário: Aqueles que já experimentaram o novo
nascimento já não vivem mais na prática do pecado. Nosso corpo se torna templo
e habitação do Espírito Santo e sem Ele não poderemos viver de modo a agradar
ao Pai. Que possamos nos entregar totalmente a Deus, permitindo que o seu
Espírito nos guie. Em Romanos 8 Paulo nos fala de libertação do pecado e da
morte (8.1-11), estamos livres, diz o apóstolo Paulo. A lei do Espírito da vida
passou a atuar em nós, uma lei mais forte do que a lei do pecado e da morte,
que denunciava nossa impotência. A lei do Espírito e da vida fala do poder que
agora atua em nós como resultado do sacrifício de Jesus Cristo. Esse sacrifício
não só nos livrou da condenação, porque pagou os nossos débitos, que a lei
denunciava na vida de cada um de nós, mas, mais do que isso, tirou-nos da lei
do pecado e da morte, ou seja, livrou-nos daquilo que nos mantinha
constantemente sob débito. Agora uma nova força atua em nós, a força do
Espírito de Deus. Desejo concluir este comentário com as palavras do Rev.
Hernandes Dias Lopes:
“(1) Não importa quem é você, de onde você vem, qual é a sua classe
social, sua cultura ou sua religião. Não importa se você é uma pessoa de vida
bonita ou se está mergulhado na mais profunda crise espiritual. Jesus hoje pode
abrir o seu coração. Ele pode quebrar suas cadeias. Ele pode mudar sua vida.
Venha a Jesus! O mesmo Jesus que abriu o caminho para Paulo até à Europa, abriu
o coração de Lídia e abriu as portas da prisão.
(2) Se você é crente e está passando por provas, saiba que o mesmo Jesus
que salva é o Jesus sustenta os seus servos.
(3) O evangelho liberta, salva e conforta!” http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/04/o-poder-transformador-do-evangelho/#.VOO333zF8uc] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2017
PARA REFLETIR
A
respeito do propósito do fruto do Espírito, responda:
O que
significa ser controlado pelo Espírito Santo?
Significa ser cheio do Espírito
Santo diariamente.
Segundo a
lição, o que é necessário para que a planta produza frutos?
Para que uma planta produza
frutos ela precisa alcançar um determinado nível de maturação.
O que os
discípulos precisavam para produzir bons frutos e dar continuidade a obra de
Jesus?
Os discípulos precisariam ser
revestidos de poder.
Como
podemos identificar uma árvore?
Através dos seus frutos.
O que é
caráter?
Segundo o Dicionário Houaiss, é
a “qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento; temperamento,
índole”.
Fonte: O
texto da lição foi retirado de: