LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar
as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 7: O Evangelho no mundo acadêmico e político
Data: 14 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“A
minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa
fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co
2.4,5). [Comentário: Tanto o conteúdo quanto
o estilo da pregação de Paulo se harmonizavam com caminhos de Deus conforme
revelados na cruz. Ele não pregava para exibir suas habilidades oratórias e
para chamar a atenção para si mesmo; ao invés disso, ele falava em temor, e em
grande temor. demonstração do Espírito e de
poder se refere tanto aos sinais que se seguia sua exposição, quanto ao poder
de transformação do Espírito Santo nas vidas daqueles que ouviam a mensagem.]
VERDADE PRÁTICA
Somente o
Evangelho de Cristo, no poder do Espírito Santo, para destruir as fortalezas e
a resistência do universo acadêmico e do mundo político.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Dn 1.1-8 - Os hebreus na universidade de Babilônia
Terça — Dn 1.19,20 -A excelência acadêmica de Daniel
Quarta — 1Co 1.18 - A supremacia da Mensagem da Cruz
Quinta — 1Tm 2.7 - Paulo, doutor dos gentios
Sexta — Cl 4.14 - Lucas, um evangelista acadêmico
Sábado — Mt 23.34 - Sábios a serviço do Evangelho de Jesus Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 2.24-28.
24. Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei
tinha constituído para matar os sábios da Babilônia; entrou e disse-lhe assim:
Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do rei, e darei ao
rei a interpretação.
25. Então, Arioque depressa introduziu Daniel na
presença do rei e disse-lhe assim: Achei um dentre os filhos dos cativos de
Judá, o qual fará saber ao rei a interpretação.
26. Respondeu o rei e disse a Daniel (cujo nome era
Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que vi e a sua interpretação?
27. Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O
segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos
o podem descobrir ao rei.
28. Mas há um Deus nos céus, o qual revela os
segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos
dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas:
HINOS SUGERIDOS
63, 149 e 600 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que precisamos alcançar com as Boas-Novas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Compreender que Daniel fez a diferença na universidade de Babilônia.
- II. Conscientizar de que Daniel e seus amigos souberam realçar a soberania do Deus único e verdadeiro na academia babilônica.
- III. Explicar a intervenção de Deus na política babilônica.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Como
Igreja do Senhor Jesus, precisamos alcançar a todos com as Boas-Novas. O mundo
acadêmico e político também precisam de ações evangelísticas por parte da
Igreja. A Escola Dominical deve preparar os crentes para serem testemunhas do
Deus Todo-Poderoso nas universidades e na esfera política. Infelizmente, ao
chegar às universidades, muitos acabam sendo envolvidos por filosofias
malignas, apostatando da fé cristã. Precisamos seguir o exemplo de Daniel e
seus amigos. Eles tiveram uma vida pública, política e acadêmica de sucesso,
exaltando e glorificando o nome do Senhor. Estes não se deixaram contaminar
pela cultura babilônica, mas foram “sal” e “luz” em meio a uma sociedade
corrompida pelo pecado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
evangelização nas universidades também deve ser uma prioridade máxima da
igreja, pois do universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores
de opinião e boa parte dos governantes e legisladores. Cabe-nos, pois, preparar
adequadamente nossos irmãos em Cristo, a fim de que, no campus, atuem como
reais testemunhas de Jesus Cristo. Somente desta maneira viremos a ter um país
mais justo e comprometido com a Ética Cristã. Nesta lição, veremos o exemplo de
Daniel e seus três companheiros. Exilados em Babilônia, destacaram-se como
acadêmicos, servidores públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e
palavras, a supremacia do Deus de Israel. A vida desses hebreus serve de
exemplo aos acadêmicos e políticos cristãos, que lutam por levar o Evangelho às
mais altas esferas do conhecimento e do poder. [Comentário: Dados do
Ministério da Educação e Cultura (MEC) mostram que no Brasil há quase seis
milhões de estudantes universitários. O ‘mundo acadêmico’ pode ser muito
chocante para alguém que vive em um ambiente separado como a igreja, mas esse
ambiente é na verdade um extrato social com a diferença de ser mais refinado
intelectualmente, assim, a evangelização universitária se torna um braço da
igreja dentro dos campus, onde estudam e convivem os jovens da igreja, onde se
deparam com toda sorte de filosofia anticristã, além de outras mazelas que
também estão presentes na vida secular comum. Nisto é imprescindível que o jovem
crente tenha uma boa e sólida formação cristã, caso contrário, poderá ser
tragado pelas fortes ondas da sedução. Nesse aspécto, os quatro jovens
escolhidos de todas as tribos de Judá, exilados na Babilônia - Daniel,
Hananias, Misael e Azarias, são um excelente exemplo de como deve-se portar os jovens
crentes no ambiente acadêmico. Daniel passou por várias provações e permaneceu
em posições importantes até o fim do império babilônico, que caiu perante os
medo-persas em 539 a.C. Daniel, então velho, ainda serviu por alguns anos no
governo do novo império. Foi neste período que ele se mostrou fiel na sua
provação mais conhecida, sobrevivendo uma noite na cova dos leões. Devido à sua
fidelidade e determinação de fazer a vontade de Deus, Daniel foi chamado de
“homem muito amado” e foi usado pelo Senhor para revelar aos seus servos
algumas das mensagens mais importantes do Antigo Testamento. Agora, vamos
observar a determinação deste servo de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO
CENTRAL
A Igreja do Senhor precisa fazer a diferença no mundo acadêmico e
político.
I. DANIEL NA
UNIVERSIDADE DE BABILÔNIA
Em
Babilônia, Daniel e seus três companheiros foram reeducados na língua e na
cultura dos caldeus (Dn 1.4). Eles, porém, jamais renunciaram o seu temor a
Deus, que é o princípio de toda a sabedoria (Pv 1.7).
1. Uma
vida testemunhal. Antes
mesmo de serem matriculados na universidade babilônica, eles resolveram
firmemente, em seu coração, não se contaminar com a cultura caldaica (Dn 1.8).
O seu objetivo não era destruí-la, mas transformá-la através de uma postura
santa e testemunhal. Mais adiante, eles vieram a influenciar até mesmo a classe
política do império. Os crentes devem ser orientados para que testemunhem de
Cristo também no campus universitário. Em primeiro lugar, o universitário
crente evangeliza através de um testemunho santo e irrepreensível que, por si
mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio de uma abordagem sábia e oportuna,
que mostre a razão de nossa esperança (1Pe 3.15). Nenhum universitário cristão
deve sacrificar o Evangelho no altar da pós-modernidade. Antes, que seja
oportuno na proclamação de Cristo. [Comentário: Jovens longe de
casa enfrentam tentações. Se cruzar a linha e violar alguns princípios
ensinados pelos pais, quem vai saber? Imagine, então, jovens levados de uma
maneira violenta para uma terra estranha. Eles nem sabiam se os pais ainda
estavam vivos. Poderiam até duvidar o poder do Deus que serviam, pois ele não
protegeu seu povo dos ataques da Babilônia. E agora o imperador mandou que eles
fossem preparados para servir no governo dele. Seria grande coisa se submeter
às ordens deste rei poderoso? Daniel percebeu que alguma coisa dos alimentos e
bebidas fornecidos pelo rei traria contaminação. É provável que alguns destes
alimentos fossem proibidos para os judeus na lei dada no monte Sinai 800 anos
antes. Como este jovem reagiu? Poderia ter oferecido desculpas, dizendo que ele
não tinha controle da situação e teria que ceder às ordens do rei. Daniel não
tinha controle da situação, nem do rei, nem do homem encarregado da
responsabilidade de supervisionar os jovens em treinamento. Mas ele tinha
controle de si, e tomou a sua própria decisão. “Resolveu Daniel, firmemente,
não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia;
então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (v. 1.8).
Deus abençoou esta decisão de Daniel, e o chefe permitiu que ele e os seus
companheiros fizessem uma experiência, comendo comidas mais simples durante dez
dias. Deus estava com eles, e o chefe viu que progrediram mais do que os jovens
que comiam os alimentos do rei. http://www.estudosdabiblia.net/d174.htm. Certamente Deus
honrará qualquer decisão como esta que venha glorificar Seu santo Nome.]
2. Uma
carreira acadêmica testemunhal. Incentivemos nossos irmãos(as) a que sobressaiam
pela excelência acadêmica. Se apresentarem rendimentos medíocres, como poderão
demonstrar que o amor a Cristo conduz à verdadeira sabedoria? Vejamos o exemplo
de Daniel e seus companheiros. Eles formaram-se com louvor máximo: “E em toda
matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os
achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em
todo o seu reino” (Dn 1.20). A mediocridade acadêmica depõe contra o Evangelho.
O crente que ama a Cristo adora-o também com as suas notas, graduações,
mestrados e doutorados. [Comentário: O ambiente
acadêmico, secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, o
jovem crente fica exposto a idéias e teorias que se chocam frontalmente com a
sua fé; Os professores, os livros, as aulas e as conversas com os colegas têm
mostrado outras perspectivas sobre vários assuntos, as quais parecem racionais,
científicas, evoluídas; não demora muito e alguns valores e crenças parecem
agora menos convincentes e, naturalmente, o cristão se sentirá pouco à vontade
para expressá-los. Vejamos o exemplo de Daniel, que enfrentou esta mesma
situação no ambiente Babilônico: as forças ocultas não eram compatíveis com o
Espírito de Deus. Crentes que andam segundo o Espírito descobrirão, assim como
os hebreus descobriram, que, em toda matéria de sabedoria e de inteligência,
eles são dez vezes mais doutos do que aqueles que buscam à parte de Deus.]
3. Uma carreira
testemunhal. Daniel e
seus três companheiros foram inseridos, imediatamente, na elite cultural e
científica de Babilônia. E, nessa posição, Daniel ficaria por mais de 70 anos
(Dn 1.21). Jesus precisa de testemunhas em todas as áreas do saber humano. Ele
também morreu pelos cientistas, médicos, advogados, sociólogos e educadores. Se
prepararmos devidamente os crentes, levaremos Cristo à elite cultural de nossa
nação e do mundo. Por conseguinte, treinemos os crentes para que formem, no
campus, grupos de oração, estudo bíblico e evangelismo. Desses núcleos, Deus
haverá de suscitar testemunhas irresistíveis de sua Palavra. O Evangelho de
Cristo não pode ausentar-se das áreas cultas. [Comentário: A formação de
Daniel nas escolas dos sábios, na Babilônia (Dn 1.4) foi para caber-lhe para
prestação de serviço para o império. Ele foi distinguido durante este período
de sua piedade e observância daquilo que a Lei Mosaica requeria (1.8-16), e
conquistou a estima e a confiança dos que estavam com ele. No fim dos seus três
anos de formação e disciplina na escola real, Daniel foi distinguido pela sua
proficiência na "sabedoria", e foi trazido para a vida pública. Por
70 anos ele influenciou o reino. O ambiente universitário é constituído de
pessoas imperfeitas e limitadas, que lidam com seus próprios conflitos, dúvidas
e contradições, e que muitas dessas pessoas foram condicionadas por sua
formação familiar ou educacional a sentirem uma forte aversão pela fé
religiosa. Tais indivíduos, sejam eles professores ou alunos, precisam não do
nosso assentimento às suas posições anti-religiosas, mas do nosso testemunho
coerente, para que também possam crer no Deus revelado em Cristo e encontrem o
significado maior de suas vidas. Como Daniel, podemos influenciar o meio
acadêmico e para isso mesmo, Deus tem colocado os seus no Campus!]
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
Daniel
e seus amigos foram educados na universidade babilônica, mas não se
corromperam.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Arqueólogos revelam que os quatro jovens devem ter estudado por
exemplo: língua caldeia, textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama
de resumos sobre religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e
escreverem em aramaico. Aproveite para mostrar aos alunos que quando o nosso
compromisso com Deus é forte, isso não significa necessariamente que seremos
corrompidos por uma educação pagã, numa sociedade pagã” (RICHARDS, Lawrence O. Guia
do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.513).
CONHEÇA MAIS
Império Babilônico
“Depois da destruição de Nínive, sete anos antes, o Império Babilônico
começou a crescer tão rapidamente que não dispunha de número suficiente de
babilônios cultos para a cúpula governamental. Por isso, Nabucodonosor levou
para Babilônia jovens saudáveis de boa aparência e de alto nível cultural a fim
de ensinar-lhes a cultura dos caldeus e, assim, torná-los úteis ao serviço
real. Entre eles estavam Daniel e seus três amigos”. Para conhecer mais, leia Bíblia
de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1244.
II. DEUS NA
ACADEMIA BABILÔNICA
Daniel e
seus três companheiros estavam a serviço de um governante que desconhecia por
completo a soberania divina. Entretanto, souberam como, num momento crítico,
realçar a soberania do Único e Verdadeiro Deus.
1. A
crise escatológica. O rei
Nabucodonosor estava preocupado com o futuro de seu império, quando Deus lhe
mostrou, em sonho, o estabelecimento do Reino do Céu, na Terra. Como nenhum de
seus magos ou astrólogos fora capaz de interpretar-lhe o sonho, decretou a
morte da elite intelectual de Babilônia (Dn 2.5). A academia babilônica era
inútil naquele momento. Crises semelhantes desafiam os acadêmicos cristãos nas
diversas áreas do conhecimento. Por essa razão, precisam estar alicerçados na
Palavra de Deus, a fim de mostrar o Evangelho de Cristo como a única solução a
todos os problemas humanos. [Comentário: No auge da sua
pompa e arrogância, ele recebeu uma dura lição da parte de Deus. Passada essa
experiência, ele a publicou a todos os povos, nações e línguas que moram em
toda a terra, para que ficassem conhecendo quão grande e poderoso era Deus o
Altíssimo. A proclamação começa com palavras de louvor a Deus, realçando os
Seus sinais, as Suas poderosas maravilhas, a eternidade do Seu reino e a
continuidade do Seu domínio. Ele havia aprendido a lição, e se apresentava
agora humilde diante do Altíssimo Deus. Vemos que nada acontece ao acaso, Deus
estava executando Seu plano a fim de que Seu nome fosse conhecido em toda a
terra. Foi preciso que os servos de Deus estivessem atentos, “sempre preparados
para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”
(1Pe 3.15); esta recomendação de Pedro para os cristãos da Ásia do primeiro
século é atualíssima para nós, nos dias de hoje.]
2. A
resposta teológico-evangélica. Naquele momento de crise, e diante da própria
morte, Daniel apresenta corajosamente a resposta divina: “Mas há um Deus nos
céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o
que há de ser no fim dos dias [...]” (Dn 2.28). E, assim, o profeta fez saber a
Nabucodonosor o programa divino para os últimos dias. Somente o Evangelho de
Cristo pode responder às questões que tanto angustiam a humanidade. Aproveite,
pois, a crise atual, para proclamar a todos, inclusive aos sábios e poderosos,
que somente Cristo pode resgatar a sociedade atual de uma ruína certa e
anunciada. [Comentário: Depois que todos os sábios do reino
haviam falhado em explicar o sonho do monarca, Daniel entrou na presença do
rei. Neste relato, depois de toda a ocorrência, Nabucodonozor disse que Daniel
tinha o “espírito dos deuses santos”. Esse era o entendimento do idólatra
Nabucodonozor, que cria numa multiplicidade de deuses, mas veio a reconhecer
que o Deus de Daniel era o Altíssimo Deus. Nabucodonosor fala da grandeza de
Deus e da sua capacidade de fazer com que os homens orgulhosos se humilhem (Jr
27.4-6) e também reconhece a permanência do reino de Deus (Sl 145.13). Em todas
as situações, mesmo quando impressionado pela grandeza das revelações, não se
negou a entregar a mensagem completa.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
Daniel
e seus amigos souberam realçar a soberania do Deus único e verdadeiro na
academia babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Daniel resolveu desde o início não se contaminar. Não abriria mão de
suas convicções, mesmo se tivesse de pagar com a vida por isso. Note-se que
Daniel não tinha agora a presença dos seus pais para orientá-lo nas suas
decisões; mas seu amor a Deus e à sua lei achava-se de tal modo arraigados nele
desde a infância, que ele somente desejava servir ao Senhor de todo coração.
Aqueles que resolvem permanecer fiéis a Deus, enfrentando a tentação,
receberão forças para permanecerem firmes por amor ao Senhor. Por outro lado,
aqueles que antes não tomam a decisão de permanecer fiéis a Deus e à sua
Palavra, terão dificuldade para resistir ao pecado ou evitar conformar-se com
os caminhos do mundo" (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.2)” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, p.1244).
III. A
INTERVENÇÃO DE DEUS NA POLÍTICA BABILÔNICA
Daniel já
era bastante idoso quando foi convocado a gerir a pior crise do Império
Babilônico. Naquele instante, ele não poderia ser politicamente correto. Por
isso, proclamou corajosamente a sentença divina sobre o reino de Belsazar.
1. A
corrupção de Babilônia. Embora Nabucodonosor tenha reconhecido o senhorio divino em três
ocasiões, seu filho, Belsazar, ao substituí-lo, não demorou a levar o império à
ruína. Numa noite de orgia e insultos ao Deus de Israel, ele profanou os
utensílios sagrados do Santo Templo na presença de suas mulheres, concubinas e
grandes (Dn 5.1-3). Naquela mesma hora, o Senhor escreveu, na parede do
palácio, a sentença de morte daquele reino. O mesmo acontece no Brasil. Deus
está a requerer de seu povo uma atitude mais evangélica, santa e decisiva (2Cr
7.14). [Comentário: O capítulo cinco do livro de Daniel
começa narrando a respeito de um grande banquete oferecido por Belsazar, rei de
Babilônia, para mil líderes nacionais. Era o ano de 538 a.C., vinte e quatro
anos depois da morte de Nabucodonosor. Filho de Nabonidus, genro de
Nabucodonosor, foi na verdade, co-regente em Babilônia enquanto seu pai, o rei
Nabonidus, transferiu-se para Temã na Arábia. O banquete oferecido tinha como
objetivo afrontar o Deus vivo. De modo blasfemo, quando o vinho começou a
surtir efeito, Belsazar ordenou a seus mordomos que trouxessem os utensílios
sagrados que Nabucodonosor havia removido do templo de Jerusalém. Dentre esses
utensílios havia vasos sagrados que tinham sido dedicados ao Senhor, os quais
foram utilizados pelos convivas para oferecerem brindes a seus ídolos (Dn 5.1-4).
Esse foi o último desafio do imoral Belsazar. Belsazar tomou as decisões que
afetaram sua vida. Deus pesou essas decisões a fim de constatar o quanto elas
valiam. Deus entregou Belsazar às conseqüências naturais do curso de vida por
ele escolhido. Em Romanos 1.18 a 32, o apóstolo Paulo revela a atitude de Deus
para com todos aqueles que, à semelhança de Belsazar, escolhem seus próprios
caminhos.]
2.
Daniel, o incorruptível. Como nenhum acadêmico babilônico fosse capaz de ler a sentença divina
escrita na parede, o nome do velho profeta é evocado. Já na presença do rei, e
rejeitando todos os dons e agrados que este lhe oferecera, Daniel leu a
sentença (Dn 5.25-31). Mais uma vez, ele não se deixou enlaçar pelo charme do
politicamente correto. Interpretando a inscrição, repreendeu energicamente o
monarca. Que os homens públicos cristãos não se furtem ao seu dever. Que
venhamos, neste momento de crise econômica e política que debilita o Brasil,
anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada
é a nação cujo Deus é o Senhor. Os governantes, legisladores e juízes também
precisam ouvir que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e, em breve,
virá nos buscar. [Comentário: Belsazar pediu aos
astrólogos, aos adivinhadores e aos sábios a interpretação daquelas palavras.
Como a inscrição foi escrita em aramaico, ninguém foi capaz sequer de ler a
escrita, muito menos de interpretá-la (Dn 5.7-9). Somente Daniel estaria apto a
interpretar a escrita em aramaico. Deus usaria mais uma vez o idoso Daniel. Então
a rainha-mãe entrou na casa do banquete e orientou ao rei a chamar o profeta
Daniel (Dn 5.10-12). Durante todo o reinado de Nabucodonosor, passando pelo rei
Nabonidus e agora pelo extravagante Belsazar, Daniel se mantive incorruptível e
mesmo na sua velhice, glorificou o nome do Deus vivo. Que lição para a Igreja
Brasileira nesse momento turbulento - moral, ética e política - pelo qual atravessa
nossa nação.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (III)
Deus é soberano e Senhor. Ele interveio
na política babilônica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A Religião Babilônica
“Com a ascensão da supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o
patrono da cidade, tornou-se a principal divindade do panteão babilônico. Uma
festa de ano novo chamada de festa de ‘akitu’ era realizada anualmente em sua
honra, na qual uma batalha simulada entre o rei e o dragão das profundezas era
encenada repetidamente para comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o
caos.
O propósito da festa era anunciar o ano novo com um ritual para
assegurar paz, a prosperidade e a felicidade por todo o ano.
Outras divindades adoradas pelos babilônicos eram Anu, deus do céu;
Enlil, deus do vento e da terra. Ea, deus do submundo — juntos, eles formavam
uma tríade de divindades. Outra tríade importante era Sin, o deus-sol de Ur, e
Harã, os primeiros abrigos da família de Abraão; Samas, a divindade do sol; e
Istar, deusa do amor e da guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote
mencionada na Bíblia, e Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas
foram Nabu, o deus da escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e
da fome.
Os deuses da Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias
forças da natureza. A religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à
natureza em todas as suas partes, prestando homenagem a seres super-humanos que
eram ao mesmo tempo amigáveis e hostis, com frequência representados por formas
humanas, animais” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2009, pp.213,1697).
CONCLUSÃO
Que os líderes saibam como
preparar aqueles que vão frequentar uma universidade. À semelhança de Daniel e
seus companheiros, estes poderão fazer uma grande diferença no mundo acadêmico
e na esfera política. O Senhor Jesus precisa de crentes em todas as camadas
sociais. [Comentário: O Rev Franklin
Ferreira escreve em seu artigo “O Jovem Cristão e Seus Estudos” o seguinte: “O dilema do estudante: uns dividem a fé em compartimentos
estanques, um destinado à fé (vista como o lado "espiritual" da
vida), outro aos estudos (o lado "secular" da vida). Alguns descartam
simplesmente a fé cristã. Outros não têm coragem de afirmar sua fé em Cristo,
pois ainda não conseguiram descobrir uma forma de explicar esta relevância. - A
melhor opção é a do estudante que se dedica às diversas disciplinas com uma
mente aberta à sabedoria originada na Palavra de Deus”. Nossos aspirantes à academia
devem ser instruídos no sentido de que receberão ataques à mente e ao estudo,
porque fé e razão são vistas como antagônicas (Rm 10.2). A fé e a razão não se
opõem. Aceitamos como verdade os fatos do Evangelho, para depois buscar
compreendê-los (Rm 10.8-17). A Universidade de hoje não lembra mais que Harvard,
uma das mais prestigiadas universidades do mundo, exigia que os seus estudantes
fossem capazes não apenas de ler as Escrituras, mas também "de
interpretá-las corretamente". Este é o exemplo de Esdras (Ed 7.6,10) e de
Paulo e Timóteo (1Tm 4.13-16; 2Tm 4.13). Somente um alicerce sólido garantirá a
firmeza não só para o período de formação, mas também para toda a vida.] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Agosto de 2016
PARA REFLETIR
A respeito do Evangelho no mundo acadêmico e político, responda:
Por que a evangelização acadêmica é prioridade da igreja?
Porque
no universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e
boa parte dos governantes e legisladores.
De que modo os acadêmicos podem testemunhar de Cristo?
Por
intermédio de uma vida testemunhal e uma carreira acadêmica excelente.
Como atuaram Daniel e seus companheiros em Babilônia?
Atuaram
de forma excelente, exaltando e glorificando o Deus Todo-Poderoso.
Fale da intervenção de Daniel na cultura babilônica.
Daniel
não se deixou enlaçar pela cultura babilônica nem pelo charme do politicamente
correto.
Qual a obrigação de um político cristão ante as crises?
Orar
e anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que
bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Evangelho no mundo acadêmico e político
Entrar na
universidade é uma tarefa complexa e requer muita força de vontade e esforço.
Na perspectiva cristã, ela se torna mais complexa ainda, pois sob o ponto de
vista do pensamento, as universidades são hostis aos alunos oriundos da
tradição cristã. Essa hostilidade é sentida principalmente nos cursos das áreas
de humanas. Somando ao fato de que a maioria dos nossos jovens não está
preparada evangelicamente para defender sua fé; muitas vezes o desespero toma
conta do jovem cristão. Ora, além da pressão do processo de vestibular, mais o
ataque gratuito por parte de professores universitários, os jovens cristãos
sentem-se isolados e não fazem uso do seu direito constitucional de manifestar a
sua fé de maneira inteligente e coerente. Essa regra vale tanto para os jovens
quanto para os adultos cristãos que ingressam mais tarde numa universidade.
Uma
proposta?
Para
falarmos sobre evangelização em universidade, ou do mundo político,
primeiramente, deve haver um estágio intenso de treinamento das mentes de
nossos irmãos, como num treinamento de um candidato às missões transculturais,
pois ele tem de se preparar muito para exercê-las, dominando a cultura e a
língua, em primeiro lugar; e as particularidades dos países em que se deseja
evangelizar. No caso do evangelismo universitário não é diferente.
O
primeiro estágio passa pelo contato da historicidade da fé cristã. Nossos
irmãos precisam ter o contato com a história a fim de conhecer a herança histórica
e filosófica da própria fé, bem como ter contatos com obras dos primeiros pais
da Igreja, o pensamento de Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, João
Calvino, João Armínio, John Wesley, etc. Em outro momento, servir aos nossos
irmãos de bons filósofos e apologistas cristãos mais contemporâneos de grande
envergadura intelectual: Chesterton, C. S. Lews, Alister Mcgrath, Willian Lane
Craig, Alvin Platinga e outros. Para introduzir nossos irmãos ao diálogo das
principais cosmovisões de pensamento no mundo, a CPAD tem uma série de obras
disponíveis para esse objetivo: “Sua Igreja está preparada?”; “Panorama do
Pensamento Cristão”; “E Agora como Viveremos”; “Verdade Absoluta”.
Não há
outra instituição especializada e capacitada, senão a Escola Dominical, para
desenvolver com seriedade e qualidade esse urgente trabalho. Preparar nossos
irmãos para este trabalho é fundamental para a evangelização universitária e a
consequente sobrevivência nas comunidades acadêmicas atuais.