Lição 6: A evangelização dos grupos desafiadores
Data: 7 de Agosto de 2016
TEXTO ÁUREO
“[...] e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo
6.37).
VERDADE PRÁTICA
Falar de
Cristo às prostitutas, criminosos e viciados também faz parte da missão
evangelizadora da Igreja.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 7.37 - Jesus transforma as
prostitutas
Terça — 1Co 6.10,11 - Jesus transforma os
homossexuais que desjam ser transformados
Quarta — Lc 23.42,43 - Jesus transforma os criminosos
Quinta — 2Co 5.17 - A nova criatura em Cristo
Sexta — Jo 3.3 - A importância do novo
nascimento
Sábado — Is 1.18 - Em Cristo, todos os pecados
são apagados
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 7.36-50.
36. E
rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu,
assentou-se à mesa.
37. E eis que
uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do
fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento.
38. E,
estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas,
e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos
com o unguento.
39. Quando
isso viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora
profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
40. E,
respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse:
Dize-a, Mestre.
41. Um certo
credor tinha dois devedores; um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro,
cinquenta.
42. E, não
tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual deles o amará
mais?
43. E Simão,
respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe
disse: Julgaste bem.
44. E,
voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa,
e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos
enxugou com os seus cabelos.
45. Não me
deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
46. Não me
ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
47. Por isso,
te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas
aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
48. E disse a
ela: Os teus pecados te são perdoados.
49. E os que
estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
50. E disse à
mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
HINOS SUGERIDOS
220, 394 e 409 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que falar de Cristo aos grupos desafiadores também faz parte da missão
evangelizadora da igreja.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- I. Mostrar que o Evangelho de Jesus Cristo é inclusivo.
- II. Conscientizar de que precisamos evangelizar as prostitutas.
- III. Saber que devemos pregar o evangelho aos homossexuais.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Evangelho de Jesus Cristo é inclusivo. O Salvador
veio para todos. Jesus pregou para as mulheres em uma cultura onde elas não
eram valorizadas. Ele evangelizou senhoras de bem, mas também evangelizou
algumas, como a samaritana, cuja reputação não era boa. Ele acolheu os cegos,
os aleijados, os publicanos e os pobres. Sua atitude de amor foi duramente
criticada pelos líderes religiosos de sua época. Ele foi chamado de amigo de pecadores:
“Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e
beberrão, amigo de publicanos e pecadores [...]” (Mt 11.19). Jesus não aprovou
o pecado, mas sempre se mostrou acessível ao pecador e as suas necessidades. O
Salvador não excluiu ninguém. Seu convite generoso ainda está aberto para todos
que se sentem rejeitados, cansados e oprimidos (Mt 11.28). Sigamos o exemplo do
Mestre alcançando os grupos desafiadores do nosso tempo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A igreja
do século 21 tem um grande trabalho pela frente: evangelizar os grupos
desafiadores, dentre os quais destacamos as prostitutas, os homossexuais, os
criminosos e os viciados. Tais pessoas não podem ser ignoradas em nossas ações
evangelísticas. Diante desse desafio, que exige uma ação concentrada de toda a
igreja, saiamos a ganhar, para Cristo, os que se acham nos becos, sarjetas,
prostíbulos, presídios e cracolândias. Jesus nunca deixou um marginalizado sem
consolo e alívio. Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). [Comentário: A missão principal da igreja é o avanço do Evangelho,
cumprir o “Ide” da Grande Comissão, e cocomitante a isso/enquanto cumpre o
“Ide”, colaborar para a transformação da sociedade. Paulo Florencio e Silva diz
que a tarefa da igreja é a pregação do evangelho, contudo quando o povo sofre a
negligência do Estado, cabe à igreja denunciar tal negligência, afirma ainda
que é papel da igreja dar o alimento espiritual e o alimento material, pois “Deus
não quer que o homem morra de fome em razão da negligência do Estado”. O
pacto de Lausanne resume muito bem como deve ser esta pregação do evangelho:
Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos
pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele
agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os
que se arrependem e crêem. Podemos entender então que a igreja tem uma
importante missão a luz do ministério de Jesus, resgatar e restaurar os
oprimidos e os marginalizados, levando a cada um deles uma mensagem integral. A
igreja deve levar ao ser humano de hoje, o evangelho que restaura a dignidade e
o contato com a sociedade que faça com que os excluídos, possam voltar a ser
incluídos na sociedade.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO
CENTRAL
Como Igreja do Senhor, precisamos alcançar com o evangelho os grupos
desafiadores.
I. JESUS
ANUNCIA O EVANGELHO DA INCLUSÃO
A
narrativa da pecadora que, além de ungir Jesus, lavou-lhe os pés com as
lágrimas, enxugando-os com os próprios cabelos, mostra a ação inclusiva do
Evangelho de Cristo.
1. A
reação do fariseu, o incluído. Vendo a pecadora adorando o Salvador, o fariseu
pôs-se a murmurar contra o caráter e a missão de Jesus (Lc 7.39). Ele
julgava-se bom, justo e repleto de boas obras. Aos próprios olhos, já estava
incluso no Reino de Deus. Por esse motivo, achava-se no direito de excluir
aquela prostituta, condenando-a ao fogo do inferno. Assim agiam os adeptos do
farisaísmo (Lc 18.11). Será que não estamos agindo de igual maneira frente aos
que necessitam ouvir o Evangelho amoroso e inclusivo de Cristo? Não devemos
excluir os que Deus quer incluir. [Comentário: ensinamento de Jesus sobre perdão tem sido pouco
entendido em nossos tempos. A graça de Deus tem sido ampla e entusiasticamente
pregada, mas freqüentemente com tal irrelevante presunção que seu custo a Deus
e sua demanda de nós de um profundo sentimento da necessidade de perdão e uma
profunda gratidão por isso são pouco tratados. Jesus aborda esta matéria
crítica na parábola dos Dois Devedores (Lc 7.36-50). A mulher pecadora quebrou
todos os protocolos e passou por cima de todo e qualquer tipo de convenção
quando entrou naquela casa cheia de fariseus e de pessoas que queriam ouvir
Jesus. Um fariseu jamais receberia uma pecadora em sua casa mas ela,
corajosamente, entrou na casa de Jairo trazendo com ela um vaso de alabastro
cheio de ungüento. Chegando até onde Jesus estava. ela "... começou a
regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e
beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento" (Lc 7.38). O que mais
perturbou o dono da casa não foi tanto a presença dela mas, principalmente,
aquilo que ela fez. Ele, realmente, deixou transparecer revolta, e uma grande
perturbação. Não sabemos se por ela está usando em Jesus o ungüento que era tão
caro ou porque não achava Jesus digno de ser ungido assim como eram os reis.
Jesus, que é Deus, onisciente, com certeza conhecia o coração de Jairo e sabia
o porquê da sua revolta. Apesar das mulheres do tempo de Jesus usarem cabelos
presos, esta mulher não se importou com o que iriam dizer mas, com os próprios
cabelos, que estavam soltos, enxugou os pés do nosso Senhor. Não é à toa que a
quem muito se perdoa, muito se ama (Lc 7.47)]
2. A
reação da mulher, a excluída. Àquela pecadora não restava outra coisa senão
chorar e adorar a Jesus com seu unguento e lágrimas (Lc 7.38). Ela nada podia
alegar em sua defesa, pois todos sabiam quem era ela e o que fazia. Não podemos
desprezar, pois, os que, ao nosso redor, choram envergonhados de seus pecados. [Comentário: Ela chorou. A única coisa não planejada nos atos desta
mulher pecadora foi o súbito fluxo de lágrimas que seu coração, partido mas
agradecido, enviou cascateando abaixo para os pés de Jesus. Apressadamente ela
enxuga as gotas ofensivas com suas tranças soltas, e agora se aproxima, beija
seus pés em gratidão e homenagem. É provável que somente depois de se compor
ela derrama sobre ele o frasco de alabastro de óleo aromático que ela tinha
trazido em honra a ele. Fora a crucificação, não há uma cena mais comovente na
Bíblia e, por causa dela, Jesus nos deu a parábola dos Dois Devedores.]
3. Reação
de Jesus, o amor inclusivo. Diante da insensibilidade do fariseu, o Senhor mostra a fé operosa
daquela pecadora (Lc 7.44-46). Em seguida, diante de todos, Jesus inclui a
mulher no Reino de Deus: “Os teus pecados te são perdoados. A tua fé te salvou;
vai-te em paz” (Lc 7.48,50). [Comentário: Jesus percebendo que aquele homem ainda estava preso as
suas doutrinas o qual de certo modo estava impedindo-o de avançar, ou seja, de
ver o que o Senhor queria mostrar-lhe. Ele então o leva a refletir de maneira
que ampliasse um pouco a sua visão contando-lhe uma história que dizia: “Certo
credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos denários, e o outro,
cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual
deles, portanto, o amará mais? Respondeu Simão: Suponho que aquele a quem mais
perdoou. Replicou-lhe: julgaste bem (Lc 7.41-43). Precisamos compreender que Deus
não está preocupado com o tamanho do pecado por nós cometido; nesta parábola de
Lc 7.41-43, o importante não era o tamanho da dívida daqueles dois homens, ele
conhecia a condição de cada um. O que Ele via realmente é que tanto um quanto o
outro necessitava de perdão. Semelhantemente a mulher e o fariseu foram perdoados
pelo Senhor, mas ela que devia um valor maior demonstra mais amor e gratidão ao
Senhor. Todos, independente de quão perdido esteja, precisa ouvir esta
mensagem!]
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
Jesus,
o Filho de Deus, não excluiu ninguém. Ele anunciou o Evangelho da inclusão.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Embora Jesus seja amigo dos
desterrados e pecadores, seu ministério às pessoas menosprezadas não exclui
interesse nos membros respeitáveis da sociedade. Eles também precisam do
Evangelho. Jesus quer compartilhá-lo com pessoas de todas as convicções.
O relato do jantar de Jesus na casa
de Simão, o Fariseu, ilustra seu ensino sobre o pecado e a salvação. Uma mulher
entra na casa de Simeão sem ser convidada. Lucas a chama de bamartolos, melhor entendido aqui por ‘prostituta’. Ela sabe que Jesus está lá; a
refeição de que Ele está participando não é particular. Como era comum naqueles
dias, outros tinham acesso a uma refeição em honra de um mestre distinto, ainda
que esta mulher nunca fosse bem-vinda na casa de um fariseu. Obviamente esta
mulher tem pouca ou nenhuma preocupação com a opinião pública. Ela esqueceu que
uma mulher decente não solta os cabelos em público. Parece justo dizer que ela
já conhece Jesus como seu Salvador. Ela pode ter estado entre as pessoas que
ouviram os ensinos de Jesus e foram convencidas dos seus caminhos maus. Ela se
arrependeu, e Ele mudou a vida dela e a pôs no caminho do autorrespeito. Como
pecadora perdoada ela conhece o real significado da tristeza pelo pecado” (Comentário
Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD,
2009, p.361).
CONHEÇA MAIS
Lucas 7.39
“Nesse texto a mulher é identificada como uma ‘pecadora’ [hamartolos], significando que
era uma prostituta, ou a esposa de um homem cujo trabalho era considerado
desonrado. Como o versículo 47 relata que Jesus falou dos ‘seus’ muitos
pecados, devemos aparentemente preferir a primeira possibilidade.
Ao se abaixar e se inclinar sobre os pés de Jesus, a mulher de repente
se tornou o foco da atenção de todos. A maneira de cada um interpretar seu ato,
e as conclusões a que chegaram, nos ensina mais sobre cada pessoa do que sobre
esta mulher”. Para conhecer mais, leia Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento, CPAD, p.159.
II. O
EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS
Na
evangelização das prostitutas, há duas perguntas a responder. Por que e como
evangelizá-las? [Comentário: Não há como negar a atualidade e relevância de temas
como estes: a evangelização de prostitutas e homossexuais. São pessoas
alienadas de nossa sociedade e, infelizmente, pouco ou quase nada estamos
fazendo para alcançá-las.]
1. Por
que evangelizar as prostitutas. A resposta a esta pergunta é mais do que óbvia.
Devemos evangelizá-las porque Jesus morreu por elas também (Jo 3.14-16). Logo,
como já deixamos claro no tópico anterior, estejamos aptos a falar-lhes de
Cristo. Várias são as mulheres que, libertas de pecados sexuais, tornaram-se
heroínas da fé, como Raabe e a mulher pecadora na casa de Simão (Hb 11.31; Lc
7). [Comentário: Sabemos que ainda que os nossos pecados sejam como a
escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como
o carmesim, tornase-ão como a lã (Is 1.18); para quem crer na origem divina
desta palavra há motivos para compartilhar as boas-novas à todos os que estão à
margem da sociedade. O Senhor Jesus Cristo andava no meio dos publicanos e
pecadores (Mt 9.10). Sentava-se com eles. Bebia e comia com eles (Mt 11.19). É
claro que se isso fosse hoje chamaríamos Jesus de imprudente. Talvez até o
excluíssemos da comunhão dos santos, porque ele foi longe demais. Mas Jesus era
um homem livre. Os escribas e fariseus, que Jesus chamou de hipócritas não
conseguiram colocar cabresto em sua boca. Infelizmente, o que tais líderes
religiosos conseguiram foi matá-lo. Mas Cristo Jesus venceu a morte. O amor de
Jesus Cristo para com os pecadores, os grupos alienados da sociedade,
incomodava os líderes religiosos. Há uma história eloqüente a respeito desse
amor de Jesus pelos prostitutas, em solene contraste com a atitude
preconceituosa dos líderes religiosos de seu tempo.]
2. Como
evangelizar as prostitutas. Embora nada impeça que um homem crente evangelize uma prostituta,
recomenda-se, sempre que possível, que esse trabalho seja acompanhado por uma
equipe feminina. Seja como for, que essas mulheres ouçam o Evangelho de Cristo.
Todavia, acautelemo-nos daquelas que, embora aprendam sempre, jamais chegam ao
conhecimento da verdade, em consequência de seu amor à vida pecaminosa (2Tm
3.7).
[Comentário: Além da
prudência recomendada neste tópico, em primeiro lugar, é necessário saber que
ninguém nasce ‘predestinado’ a ser prostituto(a) ou homossexual. Não temos o
direito de tratar ou olhar para pessoas que estão nessa condição assim deste o
ventre da mãe. O cristão que vai evangelizar esse grupo precisa também tomar
consciência de que, embora Deus ame a essas pessoas, Deus reprova o
comportamento delas. Para evangelizar esse grupo, temos que vencer
preconceitos, não só para a fase da evangelização, como para a fase da
integração dos que se converterem.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
As
prostituas também precisam ser alcançadas pelo Evangelho de Jesus Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Nos tempos bíblicos, o meretrício
era praticado com finalidades mercenárias e religiosas. Esse fato deve ser
observado no uso das várias palavras hebraicas que se referem a uma meretriz. A
palavra hebraica zona normalmente se refere a uma mulher que se ocupa dessa prática com
finalidades monetárias. A prostituta religiosa era normalmente chamada de g
desha, palavra que designava uma mulher
pertencente a uma classe especial de indivíduos religiosamente consagrados.
Tanto na época do Antigo Testamento como do Novo Testamento, era muito comum
que os sistemas religiosos pagãos empregassem regularmente prostitutas em seus
rituais religiosos nos santuários de seus ídolos, e as religiões não faziam
exceção a esse costume. Era um sistema que endeusava os órgãos e as forças
reprodutoras na suposição de que a reprodução e a fertilidade da natureza eram
controladas pelas relações sexuais entre deuses e deusas. Nesses santuários, os
adoradores dessas seitas participavam de relações sexuais com prostitutas
religiosas (do sexo masculino e feminino) do santuário acreditando que elas
iriam induzir os deuses e as deusas a fazer o mesmo trazendo, dessa forma,
fertilidade e produtividade, aos campos e aos rebanhos.
A Bíblia defende consistentemente a
pureza moral e mantém uma posição firme contra a prostituição de qualquer tipo.
Várias proibições podem ser encontradas na lei mosaica (Lv 19.29; 21.7,14; Dt
22.2)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1254).
III. O
EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
Ao
contrário do que alguns supõem, Cristo também liberta e salva os homossexuais.
Este grupo precisa ser incluído em nossas ações evangelísticas.
1. Homossexuais
em Corinto. Entre os
crentes de Corinto, havia também ex-homossexuais que, ao se arrependerem de
seus pecados, deixaram as velhas práticas. E, agora, achavam-se entre os santos
daquela igreja (1Co 6.10,11). Sua conversão não era propaganda enganosa, mas
real e constatável. Basta esse único caso para comprovar o poder do Evangelho. [Comentário: Convenhamos, este não é um assunto fácil de ser
abordado. Os homossexuais de um modo geral chegaram a esta situação por algo
ocorrido em sua formação/educação. Alguns foram presos demais, tendo sempre que
viver com meninas e nunca com meninos. Outros, sem qualquer vigilância dos
pais, foram explorados por meninos mais fortes na escola ou pela comunidade, e
tiveram que acomodar essas pressões de outrem para relações sexuais. E por não
ter diálogo em casa, nunca revelaram nada aos pais. Existem alguns casos
patológicos e orgânicos, mas não são muitos, segundo os melhores especialistas.
Sugiro a leitura do artigo “Qual é a causa do homossexualismo? -
Circunstâncias, Determinismo Psíquico, Genes ou... Escolha?”, por Martin Bobgan,
seguindo este link: http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/VidaAmorosa/QualCausaHomossexualismo-MBobgan.htm.]
2. Como
evangelizar os homossexuais. Os homossexuais, tanto homens quanto mulheres,
devem ser abordados direta, mas respeitosa e amorosamente. Devemos vê-los como
as demais pessoas carentes da graça de Deus. Se crerem no Evangelho e
arrependerem-se de seus pecados, certamente serão salvos. Já convertido, o
ex-homossexual será devidamente discipulado e integrado à igreja. E, bem
orientado, começará uma vida nova que, em todas as coisas, glorificará o nome
de Deus.
[Comentário: A Palavra de
Deus diz: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças
como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas
iniqüidades como um vento nos arrebatam" (Is 64.6); "pois todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23); "Portanto,
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm
5.12); "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que
noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira, como os outros também " (Ef 2.1-3). Enquanto o mundo procura
desculpas/explicações para a homossexualidade, ele ignora o que Deus disse
sobre a raça humana: NASCIDA EM PECADO e PECAMINOSA POR NATUREZA. Sem a
intervenção de Deus pela graça e Sua dádiva de nova vida, qualquer pessoa
nascida neste mundo está determinada a ser um pecador. A mensagem a esse grupo
não pode ser diferenciada, ele deve ser aquela que a “Grande Comissão”
recomenda: o Evangelho - "Evangelizar significa proclamar a verdade";
boas novas.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (III)
Jesus
ama os homossexuais, por isso, precisamos alcançá-los com o Evangelho.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, aproveite a temática do
tópico para enfatizar que o crente não deve jamais atacar os homossexuais. Não
podemos julgar ou discriminar as pessoas. Nosso objetivo deve ser anunciar aos
homossexuais o grande e puro amor de Deus, manifestado no sacrifício vicário de
Jesus Cristo. Temos que aprender a amar o pecador e a odiar o pecado. Que
jamais venhamos nos esquecer, como Igreja do Senhor, que Jesus morreu por toda
a humanidade. O Salvador não morreu somente pelos heterossexuais.
Mostre que “o ato sexual com alguém
do mesmo sexo é ‘abominação’ ao Senhor. Isto é, tal ato é, sobretudo,
detestável e repulsivo a Deus (Lv 18.22).
Em Romanos 1.27, o apóstolo Paulo,
certamente, considerou a abominação homossexual do homem e da mulher como a
evidência máxima da degeneração humana, resultante da imoralidade e do abandono
da pessoa por Deus. Qualquer nação que justifica o homossexualismo ou o
lesbianismo, como modo aceitável de vida, está nas etapas finais da corrupção
moral” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009,
pp.213,1697).
IV. O
EVANGELHO AOS CRIMINOSOS
Nossas
prisões acham-se abarrotadas de homens e mulheres que precisam ouvir a verdade
libertadora do Evangelho (Jo 8.32). [Comentário: O Senhor Jesus está interessado em salvar não apenas os
enfermos, mas igualmente os presos. Vejamos porque devemos evangelizar nos
presídios, e depois vejamos como nós podemos fazer isso. O ministério de Jesus
consistia em proclamar libertação aos cativos (Lc 4.18). Ele espera que a sua
igreja visite os presos. O Senhor Jesus está identificado não apenas com os
enfermos, mas também com os presos. É por isso que Ele disse: "Estive na
prisão, e fostes ver-me" (Mt 25.36). Então os cristãos perguntarão:
"Quando te vimos na prisão, e fomos visitar-te ?" E então responderá
Jesus: "Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais
pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25.40)]
1. A
capelania de Paulo e Silas. Os primeiros capelães carcerários da Igreja de Cristo foram Paulo e
Silas. Presos como criminosos comuns, realizaram um trabalho incomum na
penitenciária de Filipos. Ali, através de seu testemunho e proclamação,
ganharam o carcereiro e sua família para Jesus, além de evangelizar os outros
presos (At 16.19-34). [Comentário: Deus age em toda e qualquer situação para o bem daqueles
que o amam, além de transformar toda e qualquer situação em bem para aqueles
que vivem para a Sua glória. Não foi diferente com Paulo e Silas na prisão.
Estes homens adoravam, mesmo em ferros, porque tinham essa convicção e Deus não
os envergonhou.]
2. A
capelania da igreja atual. Num país como o Brasil, há um vasto campo no âmbito da capelania
carcerária. A Igreja deve se esforçar para evangelizar os presídios e os
menores que estão sofrendo medidas socioeducativas. Além disso, não deve se
ausentar das áreas de risco, levando o Evangelho de Cristo às pessoas que
traficam drogas e dependentes químicos. [Comentário: Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim
também há normas para visitar nos presídios. Os cristãos devem respeitar essas
normas. Elas visam à boa ordem nos presídios e à segurança de todos. Infringir
tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não permitirá que
coisa alguma de mau aconteça é imprudência. Procure saber sobre quantas pessoas
podem ir ao presídio, se pode levar instrumentos, se pode cantar, se há um
lugar para culto com todos os presos, quanto tempo disponível para tal visita,
se pode distribuir literatura, etc. A evangelização nos presídios deve contar
com literatura especial. A literatura usada na evangelização nos hospitais não
é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a esta regra. Isto é,
há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos. Portanto,
leia o material a ser distribuído nos presídios, e certifique-se se tal
material é o mais indicado. Cuidados com os textos bíblicos a serem usados. Não
se recomenda pregar numa festa de aniversário no texto da morte de Lázaro. Em
culto de bodas de casamento, normalmente não se prega sobre a besta do
Apocalipse. Cuidado para não apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus
como uma arma ou um juiz implacável contra os pecadores. Lembre-se que nós
todos somos pecadores. Não são pecadores apenas aqueles que estão nos
presídios. A evangelização nos presídios requer muito cuidado e sabedoria do
cristão. Pode acontecer o fato de o preso procurar um visitante para dizer de
sua inocência. É possível que o preso lhe diga que está ali injustamente. É
possível também ser isso verdade. Mas esse é um caso para advogado. Peça que
ele converse com o seu advogado sobre isso, e se a igreja tiver algum serviço
nessa área, diga ao preso que pedirá ao advogado para conversar com ele. Não
obstante, não se esqueça de dizer ao preso que tanto você quanto ele são
pecadores diante de Deus e precisam do perdão de Jesus, da paz de Deus. http://www.altissimo.com.br/portal/modules.php?name=News&file=print&sid=2]
SÍNTESE DO
TÓPICO (IV)
Precisamos alcançar os crimosos com o
Evangelho.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Servir ao Senhor não é apenas um
dever cristão, é também um privilégio. Deus podia usar outros meios para levar
a mensagem de salvação ao pecador. Ele assim faz quando lhe apraz, mas isto não
é regral geral; é exceção. Seu método é usar homens para falar a homens. O
trabalho de ganhar almas para Deus é um privilégio que Ele nos concede para
obtermos galardão no dia de Cristo (Fp 2.16).
Há, neste sentido, uma solene
declaração da Bíblia em Provérbios 11.30. A salvação é dádiva de Deus, mas
galardão é recompensa que o crente obtém sua atividade na obra do Senhor”
(GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ:
CPAD, p.23).
V. O
EVANGELHO AOS VICIADOS
Dizem que
o número de viciados em crack, no Brasil, pode chegar à casa do milhão. Se isso
for verdade, estamos diante de uma tragédia social. [Comentário: Creio que os viciados, toxicômanos e alcoólatras sejam
um dos grupos mais difíceis de serem evangelizados. Mas isso não significa que
sejam impossíveis de serem ganhos para Cristo. Aquilo que é impossível para os
homens é possível para Deus (Mt 19.25,26). O vício das drogas e do álcool já se
encontra espalhado ao redor do mundo. Há milhões de pessoas que só se sentem
bem através do álcool ou das drogas. Para evangelizar os viciados, toxicômanos
e alcoólatras, você não precisa ser um conhecedor profundo do mundo das drogas
e do álcool. Mas precisa estar possuído por um profundo amor por eles. Precisa
estar convencido de que Deus os ama. Precisa crer na possibilidade de Deus
curá-los, salvá-los e libertá-los. (Jo 8.32,36).]
1.
Viciados libertos. Na
igreja em Corinto, havia também muitos irmãos libertos do álcool que, à
semelhança de outras drogas, vinha minando as bases do Império Romano.
Entretanto, os que dantes eram escravos do vício levavam, agora, uma vida
produtiva e digna (1Co 6.10,11). O mesmo aplica-se aos que, hoje, vivem
aprisionados à cocaína, ao crack, ao haxixe e outras substâncias nocivas. [Comentário: Os marginalizados neste mundo precisam ser vistos de
forma diferente da que nos acostumamos a vê-los. Essas pessoas são ovelhas, mas
sem pastor. Perceba a maneira como Jesus as vê. Não as chama de lobos, mas de
ovelhas. O potencial delas é para o bem. Elas podem ser alcançadas. Vivemos
numa sociedade discriminatória, mas a igreja tem os seus olhos diferentes dos
do mundo. Os olhos da igreja são os olhos de Jesus. Não podemos continuar olhando
com os olhos de reprovação e condenação, mas com os olhos de compaixão. Para
desenvolvermos uma ação evangelizadora e missionária com grupos específicos
precisamos ter esse olhar. Olhar com os olhos de Jesus significa um olhar
terno, apurado e constante. Esse olhar perseverante é preciso porque pensamos
que, quando os de grupos específicos chegam, de imediato queremos ver mudança
de comportamento e de seu trejeito. Não nos precipitemos com a nossa maneira
imediatista de querer ver as coisas baseados numa ignorância de conhecimento
social desses grupos.]
2. Como
evangelizar os viciados. Não é fácil expor o Evangelho aos que vivem nas cracolândias. Muitos
deles já não têm qualquer discernimento; comportam-se como mortos-vivos. Para
alcançá-los, exige-se uma equipe evangelística especializada e assistida por
profissionais competentes. As medidas de segurança não podem ser desprezadas. [Comentário: É PRECISO RECONHECER QUE ESSAS PESSOAS PRECISAM DA AÇÃO
TERAPÊUTICA DA IGREJA (Mt 9.35b) Cura é o que muita gente precisa. Cura física,
cura emocional e espiritual. A igreja precisa exercer sua função terapêutica
neste tempo de tanta carência. Jesus nunca se preocupou com o que uma pessoa
era ou deixava de ser. O alvo de Jesus era resgatar todas. Temos os exemplos da
mulher samaritana, da prostituta, de Zaqueu e tantos outros. Jesus via nesses
as oportunidades de salvação e restauração. Os de grupos específicos são seres
humanos criados à imagem e semelhança de Deus e que precisam dessa semelhança e
imagem restauradas pelo poder do evangelho. Paulo declara que: “O evangelho é
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Todos
precisam da nova vida, que é Cristo. A Bíblia diz: “Aquele que está em Cristo
nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”
(2Coríntios 5.17). Eles precisam de cura da alma, de seus traumas. Essa ação
terapêutica envolve também a restauração da dignidade humana, que um dia
perderam por causa dos vícios e de suas atitudes não éticas. Jesus combatia o
pecado e não o pecador. Não acusemos porque essa não é a nossa função. Jesus
disse para a mulher: “Onde estão os teus acusadores?” (João 8.10). Jesus não a
condenou, mas mostrou um caminho e opção diferente. A igreja precisa trabalhar
para atender as necessidades básicas do pecador em tais situações. É preciso
oferecer roupa, comida, médico, medicamentos, e, em alguns casos, internação.
Esse é um grande desafio missionário com grupos específicos. Um simples banho
num morador de rua ajuda-o a se ver de forma diferente. Um banho pode fazê-lo
entender a mensagem do evangelho, que purifica o coração e a alma. É preciso
ensinar a Palavra, mas é preciso fazer essas pessoas sonharem o sonho da
dignidade do viver e o sonho da eternidade. Jesus declarou dizendo que veio
para os pecadores e não para os justos (Mateus 9.13). É preciso explicar que
nunca perderam o seu valor para Deus. Jesus veio para os doentes e não para os
sãos, pois os sãos não precisam de remédio, mas os doentes. http://ibatebenezer.blogspot.com.br/2011/02/como-evangelizar-grupos-especificos.html]
SÍNTESE DO
TÓPICO (V)
Como
Igreja do Senhor, não pode deixar de pregar o Evangelho aos viciados.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Há sempre uma porta aberta para se
falar da salvação. No caso da samaritana, o assunto do momento era água e sede,
e logo Jesus falou da água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso
idêntico em Atos, capítulo 8. Aí o assunto era leitura e logo o servo de Deus
iniciou a conversa com uma pergunta também sobre leitura. Em João, capítulo 2,
quando Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma brisa, e logo Ele
usou o vento como figura” (GILBERTO, Antônio. A Prática do Evangelismo
Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.33).
CONCLUSÃO
Há outros
grupos desafiadores que não foram mencionados, mas que estão a requerer igual
assistência. Busque conhecer as reais carências de sua cidade. O momento atual
exige uma ação prioritária e urgente da Igreja de Cristo. Nenhum segmento
social pode ficar de fora de nossa ação evangelística. [Comentário: São muitos os grupos específicos que, por algum motivo,
estão aquém do alcance evangelístico atualmente, quer sejam os mais ricos, por
sua inacessibilidade, quer sejam os mais pobres, pelo preconceito e/ou medo. Não
podemos deixar de promover ações missionárias entre os grupos específicos ou
dar desculpas por não fazê-lo porque não se tem estrutura necessária. Comecemos
já, comecemos agora e façamos o que está ao nosso alcance. É preciso ter visão
das necessidades e vencer barreiras do preconceito e da falta de conhecimento.
A igreja não pode ser ignorante quanto à realidade do mundo.] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Agosto de 2016
PARA REFLETIR
A respeito dos grupos desafiadores, responda:
Por que o Evangelho de Cristo é inclusivo?
Porque
Jesus ama a todos. Seu sacrifício na cruz foi para todos.
Quais são os principais grupos desafiadores?
As
prostitutas, homossexuais, viciados.
O que mostra a igreja coríntia?
Mostra
que entre os crentes de Corinto, talvez, houvesse também ex-homossexuais que,
ao se arrependerem de seus pecados, deixaram as velhas práticas. E, agora,
achavam-se entre os santos daquela igreja (1Co 6.10,11).
O que ensina a igreja coríntia?
Que
os homossexuais podem ser evangelizados e salvos por Jesus Cristo.
Como se pregar aos grupos desafiadores?
Esses
grupos devem ser abordados direta, mas respeitosa e amorosamente. Devemos
vê-los como pessoas carentes da graça de Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A evangelização dos grupos desafiadores
A
evangelização dos grupos desafiadores
No mundo
inteiro, uma agenda progressista e revolucionária nos costumes invade a cultura
ocidental, de modo a causar graves confrontos de ideias, até mesmo físicos.
Todo estudioso sério sobre a cultura mundial sabe que a partir de Antonio
Gramsci, sobretudo, da queda do Muro de Berlim, em 1989, há uma proposta
hegemônica em curso para fazer uma revolução, não mais por intermédio das armas
ou da violência física, mas pela via cultural. Uma revolução que ganhe a
consciência, o sentimento e a alma do indivíduo ao ponto de ele começar a
pensar sem discernir a origem daquele pensamento, onde sua individualidade e
consciência fossem dissolvidas no “mar das lutas coletivas”. Por isso
assistimos a intensificação da agenda ideológica da defesa do aborto, da
ideologia de gênero, do homossexualismo como doutrinação, da legalização e
naturalização da prostituição, do controle do Estado sobre o indivíduo, do
enfraquecimento do conceito de propriedade privada, etc. Tudo isso faz parte de
uma grande agenda contra a herança civilizatória ocidental. Esta é resulta da
simbiose entre a filosofia grega, o direito romano e o cristianismo bíblico.
Por isso se pode dizer que o tripé do Ocidente está constituído em três grandes
cidades: Atenas, Roma e Jerusalém. A proposta dessa agenda é implodir esse
tripé.
O que
isso tem a ver com a evangelização da Igreja?
Para quem
não tem a esperança em Cristo, o quadro é de caos no mundo. Por isso, uma vez
portadora dessa consciência histórica, a Igreja deve exercer um papel
profético, se dirigindo aos meandros de uma sociedade sem Deus, mas não se
envolvendo em guerras abertas sobre temas periféricos em que em nada contribui
para a ação evangelizadora.
A Igreja,
sob o ponto de vista moral, deve se declarar a favor da vida, do modelo de família
estabelecido por Deus, da dignidade da pessoa humana, se posicionando
claramente contra a ideia da prostituição, etc. Mas por outro lado, ela deve
ter o cuidado de não transformar isso numa guerra contra pessoas por intermédio
da política partidária, pois a natureza primária da evangelização é alcançar
todos os povos e, principalmente, as pessoas mais excluídas da sociedade (Lc
4.18-19). Devemos reconhecer que há prejuízo para a prática da evangelização
quando os confrontos são radicalizados. Neste sentido, devemos amar os grupos
desafiadores por intermédio do amor do Pai derramado em nossos corações.