12 de Julho de 2015
TEXTO ÁUREO
“[...] contanto que
cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus,
para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).
VERDADE PRÁTICA
O evangelho da graça
de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do
sacrifício salvífico de Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Tm 1.7
Falsos doutores da lei
que não compreendiam o que ensinavam
Terça — 1Tm 1.9,10
A Lei não foi feita
para os justos, mas para os injustos
Quarta — 1Tm 1.17
A Deus honra e glória
para sempre
Quinta — 1Tm 1.20
Entregues a Satanás
para que aprendam a não blasfemar
Sexta — 2Tm 4.7
Combatendo o bom
combate da fé cristã
Sábado — Gl 1.15
Paulo foi chamado pela
graça de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 1.3-10.
3 — Como te roguei,
quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns
que não ensinem outra doutrina,
4 — nem se deem a fábulas
ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de
Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.
5 — Ora, o fim do
mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé
não fingida.
6 — Do que desviando-se
alguns, se entregaram a vãs contendas,
7 — querendo ser
doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.
8 — Sabemos, porém,
que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente,
9 — sabendo isto: que
a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os
ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e
matricidas, para os homicidas,
10 — para os
fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os
mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina.
HINOS SUGERIDOS
27, 156, 464 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Explicar o que é o evangelho da graça de
Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar porque as falsas doutrinas
corrompem o evangelho da graça.
II. Conscientizar-se de que a graça superabundou com a fé e o amor.
III. Compreender o significado do bom
combate.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Paulo foi escolhido e
enviado pelo Senhor para anunciar e ensinar o verdadeiro significado da graça.
No Antigo Testamento apenas Israel era o povo eleito de Deus. Porém, como prova
do seu amor altruísta, Deus enviou seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz
por toda a humanidade. Jesus veio trazer salvação a todos. Em Cristo não há
judeu, gentio, servo, livre, homem ou mulher (Gl 3.28). O evangelho da graça,
diferente do judaísmo, não exclui ninguém. Todos são alvos do favor de Deus.
Somos salvos não pelas obras da Lei, nem pelas obras que realizamos, mas
recebemos o presente da salvação unicamente pela graça. Que você, juntamente
com seus alunos, louvem a Deus por sua infinita e abundante graça.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao se despedir dos
anciãos de Éfeso, Paulo expressou seu sentimento de preocupação com o rebanho
de Deus, pois tinha receio de que na sua ausência as ovelhas do Senhor fossem
atacadas (At 20.29,30). Sem dúvida, foi um sentimento dado pelo Senhor, pois
sete anos depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso, para combater os
“lobos cruéis”, que queriam “devorar” o rebanho sob seus cuidados pastorais. Nos
dias de hoje, há igrejas que abrigam falsos obreiros, que pervertem a sã
doutrina matando ou dispersando as ovelhas. [Comentário: Quando Paulo despediu-se dos presbíteros de
Éfeso, fez um dos mais belos discursos de sua carreira. Com palavras
eloquentes, desafiou os líderes daquela igreja a assumirem um compromisso
solene com Deus, com a Palavra e com a igreja. Para encorajá-los, deu seu
próprio testemunho, como segue: “Porém, em nada considero a vida preciosa para
mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do
Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24). O
ministério é regido por um ideal mais alto do que a própria vida. “… para
testemunhar o evangelho da graça de Deus”. Quando o ideal é maior do que a
vida, vale a pena dar a vida pelo ideal. Testemunhar o evangelho da graça era o
grande vetor da vida de Paulo. Ele respirava o evangelho. Vivia pelo evangelho.
Estava pronto a se sacrificar e a morrer pelo evangelho. Nenhuma outra
motivação governava sua vida. Não buscava grandeza para si mesmo. Não cobiçava
ouro nem prata. Não buscava para si riquezas nem fama. Mesmo sofrendo ameaças e
passando parte de sua vida encarcerado, jamais perdeu o entusiasmo de viver nem
o senso de urgência de proclamar o evangelho. Considerava-se prisioneiro de
Cristo e embaixador em cadeias. Mesmo diante das mais terríveis adversidades,
Paulo tinha o coração ardente, os pés velozes e os lábios abertos para
proclamar Cristo, a essência do evangelho. Adaptado
de “O Compromisso com o Evangelho da Graça”, Rev Hernandes Dias Lopes - http://hernandesdiaslopes.com.br/2013/08/o-compromisso-com-o-evangelho-da-graca/#.VZsophtViko. Mas o que é esse
Evangelho da Graça pelo qual Paulo ‘gastou’ sua vida? Alguém já disse que se
fosse definir, diria que o evangelho “é o anúncio da graça”. E o grande
apóstolo Paulo escreveu em Romanos que o evangelho da graça “é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crer” (Rm 1.16 -18). O evangelho da graça é
o evangelho de Cristo. O evangelho que livra o homem das algemas da
religiosidade, do farisaísmo ferrenho, do tradicionalismo que mata, dos dogmas
religiosos que muitas vezes nos oprimem. Em seu livro O Evangelho da Graça (Cultura Cristã), o teólogo
americano e ex-pastor da 10ª Igreja Presbiteriana de Filadélfia, James
Montgomery Boice, afirma “existir para chamar a Igreja, no meio de nossa
cultura decadente, a se arrepender do seu mundanismo, recuperar e confessar a
verdade da Palavra de Deus como os reformadores o fizeram e ver tal verdade
incorporada em doutrina, culto e vida” (p 14).]. Vamos pensar maduramente sobre
a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Os falsos ensinos corrompem o Evangelho
da graça de Deus.
I. AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA
1.
O evangelho da graça. É o Evangelho libertador que Cristo
trouxe ao mundo, por bondade de Deus, independente das obras humanas (Ef
2.8,9). Paulo se referiu a esse Evangelho de maneira muito eloquente (At
20.24). Ele conhecia esse Evangelho, não apenas na teoria, mas por experiência
própria. De modo inexplicável, o blasfemo e perseguidor dos cristãos, foi
escolhido para ser um dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo (1Tm
1.12-14). Será que daríamos oportunidade a um indivíduo com tal histórico? [Comentário: A nossa salvação é pela graça de Deus e de
Cristo (Ef 2.8). E esta graça representa um favor não merecido. O apóstolo
anteriormente havia escrito sobre quem ele era alguém que não merecia a
misericórdia de Deus, mas que este graça divina lhe alcançou. Sobre o Senhorio
de Cristo, podemos encontrar em Filipenses 2.11 e Romanos 1.4. Nesta aliança de
misericórdia divina e falhas humanas, entramos com a nossa fé, e o Senhor entra
com sua superabundante graça, que supera os nossos pecados, e saímos ganhando
em tudo. Assim, a religiosidade legalista mata e maltrata, ao
contrário do evangelho da graça, que é libertador, restaurador (Jo 8.32).
Trata-se de um evangelho que traz vida abundante (Jo 10.10). Não o evangelho do
peso, nem do jugo (Mt 11.28-30), mas do alívio, da cura, da terapia, do
refrigério e da restauração. Não da religiosidade da acusação, mas da graça
libertadora do perdão: “Onde é que estão os teus acusadores? Nem eu tão pouco
te condeno, vai-te e não peques mais” (Jo 8.9-11). No Evangelho da Graça Cristo
pagou, quitou uma vez por todas para nos trazer libertação plena e completa:
“Quando ele tomou o vinho, disse: “tudo está completado”. Tudo está quitado e
pago” (Jo 19.30).]
2.
As falsas doutrinas (v.3). Os falsos mestres seriam presbíteros, a
quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (1Tm 5.17; 3.2). As falsas
doutrinas eram apresentadas como “fábulas ou genealogias intermináveis” (1.4).
As “fábulas” (gr.mythoi) eram narrativas imaginárias, lendas, ficção. Na
literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não deve haver espaço para fábulas
ou mitos. No texto, não fica claro qual o conteúdo das “genealogias”, mas, ao
lado das fábulas, eram ensinos que traziam especulações e controvérsias inúteis
que não edificavam os irmãos em nada. Timóteo foi o mensageiro, enviado por
Paulo, para enfrentar e combater tais ensinos. Há igrejas evangélicas que
aceitam esse tipo de ensino e permitem que o emocionalismo tome lugar do
verdadeiro avivamento espiritual. [Comentário: Note-se que Paulo não está proibindo o uso do
recurso didático ‘fábulas’ (A fábula é uma
narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante, protagonizado
por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém geralmente uma parte
narrativa e uma breve conclusão moralizadora, onde os animais se tornam
exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral.) durante uma exposição
das Escrituras ou o ensino delas, mas ele fala de pessoas que estariam se
apegando a fábulas como elas fossem um fim ou a verdade em si mesmas. Em outras
traduções, ao invés de "fábulas" encontramos "mitos" e
"lendas", o que parece fazer mais sentido. Como ele fala de doutrina
no versículo 3, acredito que uma leitura mas atual seria: "nem se deem a doutrinas fantasiosas, mitos,
lendas ou a genealogias". “OU A GENEALOGIAS INTERMINÁVEIS” - Os Judeus
se gastavam em suas intermináveis comprovações genealógicas para demostrarem de
que pertenciam as mais importantes linhagens familiares. Usando instrumentos
legalistas da antiga aliança é que se ufanavam de pertencerem às tribos das
personagens que se destacaram na história de Israel. Já os gnósticos se
utilizavam das árvores genealógicas para batizarem seus filhos em nome dos
heróis históricos de suas nações. Na atualidade os mórmons são praticantes
destes rituais, é tanto que em Salt Lake, nos Estados Unidos, possuem os mais
completos registros genealógicos do mundo e que pertencem aos mórmons. Tudo
isso o apóstolo refuta como descartáveis comparados ao evangelho de Cristo. “QUE
MAIS PRODUZEM QUESTÕES” - Coisas mais importantes do que as fábulas judaicas e
as intermináveis genealogias era se voltar para as coisas que pertencem ao
evangelho de Cristo. O religioso se ocupa de coisas pequenas que não levam a
nada, enquanto que o cristão verdadeiro se aplica as coisas que produzem
edificação espiritual. As escrituras falam sobre mandamentos de homens que são
regras religiosas dos líderes tentando dominar os outros com suas intermináveis
filosofias e ideologias pessoas. O evangelho é simples e qualquer pessoa que
tem o Espírito de Deus tem condições de entender sua mensagem principal. A
principal função do gnosticismo dentro das igrejas era para deturpar o
evangelho de Cristo. “DO QUE EDIFICAÇÃO DE DEUS” - O evangelho genuíno, esse
sim produz na vida da igreja a benéfica edificação espiritual. A tentativa de
implantar no cristianismo os elementos confusos da antiga aliança de Deus com
Israel, só trazia confusão e divisão dentro da comunidade cristã. Assim como a
bagagem mitológica do gnosticismo, nada de bom acrescentava no bem estar da
igreja. Pelo contrário, estes chamados mistérios ocultos produzidos por mentes
diabólicas, mas trazem confusão e destruição do que edificação da de Deus. Nem
tudo que há nas igrejas vem da parte de Deus. “QUE CONSISTE NA FÉ, ASSIM O FAÇO
AGORA” - O evangelho de Cristo tem um fator primordial no crescimento de nossa
fé, e na esperança que temos segundo nos promete a nova aliança de Deus com a
humanidade. Tendo feito muitas atividades missionárias, agora, Paulo se ocupava
na edificação das igrejas por ele fundadas. Transmitindo os ensinos do reino de
Deus e provando que Cristo era o Messias prometido.]
3.
O “fim do mandamento” e a finalidade da Lei. Paulo chamou a atenção
de Timóteo, seu enviado a Éfeso, para a doutrina de Deus e de Cristo, a que ele
resumiu no “mandamento”, e sua finalidade (1Tm 1.5,6). Em seguida, Paulo ensina
acerca do objetivo da Lei, e para quem ela se destinava, discriminando, no
texto, uma longa lista de tipos de pessoas ímpias que eram alvo dos preceitos
legais (1Tm 1.9-11). [Comentário: “SABENDO ISTO, QUE A LEI NÃO FOI FEITA PARA O
JUSTO” - Os justos no tempo da nova dispensação da graça, diz respeito daqueles
que foram comprados pelo sacrifício vicário do Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo. Justo, não porque é bom ou perfeito, mas porque é justificado
por Cristo perante a justiça divina. Então, a lei, seja ela a de Moises ou dos
homens, não foi feita para os remidos por Cristo, porque aquele que vive
piamente para o reino de Deus, não vive transgredindo nem as leis religiosas nem
as leis governamentais. Quem é verdadeiramente convertido faz sempre o que for
possível para viver corretamente. Para quem foi feita a lei? “MAS PARA OS
INJUSTOS E OBSTINADOS” - Conforme as escrituras, os injustos são todos aqueles
que vivem no paganismo, sem Deus na vida, vivendo sem limites nem regras.
Biblicamente falando, os injustos são aqueles que vivem como se Deus não
existisse para eles, são os ateus confessos ou práticos. São os incrédulos que
vivem para o mundo conforme suas próprias vontades, pensando que não haverão de
prestar contas perante o Criador. Já os obstinados, sobre os quais o escritor
se refere, diz respeito aos que se mantem conscientemente no sentimento de
rebelião contra Deus. São os alienados das coisas do reino de Deus e das coisas
que são de cima. “PARA OS ÍMPIOS E PECADORES” - Conforme os mandamentos e
estatutos de Deus, os ímpios são todos aqueles que são dominados pelo mau e
pelos prazeres nas coisas erradas da vida. Os ímpios são todos aqueles que
vivem continuamente em busca de oportunidades para prejudicar ao seu próximo.
São os que tem prazer em fazer o mal aos outros só para tirar proveito de todas
as situações. Os pecadores que Paulo cita neste texto, são aqueles que não têm
sentimento de erro em suas ações maléficas. Estes nunca se arrependem dos seus
atos malignos praticados contra o seu semelhante. Estes são chamados de
pecadores obstinados, porque erram por prazer. “PARA OS PROFANOS E IRRELIGIOSOS”
- Estes profanos dos quais fala o apóstolo são aquelas pessoas que vivem longe
de Deus, voltados completamente para as coisas do mundo, para a devassidão dos
vícios e os prazeres da carne. Os irreligiosos são aqueles que desprezam as
sagradas escrituras, e nunca se volta para o verdadeiro cristianismo. Ignoram
os mandamentos de Deus e não se preocupam em como agradar ao criador. A
religião não salva, mas tem ajudado as pessoas a serem melhores. “PARA OS
PARRICIDAS E MATRICIDAS, PARA OS HOMICIDAS” - A lei é feita na tentativa de
coibir os erros dos injustos e obstinados, dos ímpios e dos prevaricados, dos
profanos e dos que não dão importância às coisas de Deus, dos que tiram a vida
dos seus próprios progenitores e tem prazer em derramar o sangue do seu
próximo, tirando-lhe a vida. Se não fossem as leis, este mundo seria um verdadeiro
caos. “PARA OS DEVASSOS” - O escritor continua enumerando a lista dos
transgressores para quem foi feita a lei. Estes devassos aos quais Paulo fala
diz respeito aos impuros no tocante aos pecados sexuais. São aqueles que
valorizam mais os prazeres sexuais desregrados do que os mandamentos de Deus
que falam sobre como viver o sexo de forma pura e correta. Certamente o
escritor estava denunciando a prostituição, que é o sexo fora do casamento. O
adultério que é o sexo entre duas pessoas casadas, mas não entre o marido e
mulher, legalmente casados. A prevaricação que é o sexo entre uma pessoa casada
e outra solteira. E a fornicação que é o sexo entre duas pessoas solteiras, sem
serem casadas, conforme manda a lei do matrimônio. “PARA OS SODOMITAS” -
Conforme as sagradas escrituras, este tipo de pecado sexual, diz respeito ao
homossexualismo. De acordo com a bíblia esta palavra trata do ato sexual entre
dois homens ou duas mulheres, coisa que é reprovada pelas sagradas escrituras e
por consequente por Deus, porque as sagradas escrituras expressão a vontade de
Deus. Em (Romanos 1:26-27) o apóstolo ataca de forma radical o homossexualismo
masculino, como também o feminino. Esta expressão aparece nesta lista de vícios
para indicar um desvio sexual irracional e maligno referindo se a um uso
extremamente depravado do impulso sexual. Sodomita, também se refere ao que
ocorreu com a cidade de Sodoma que foi destruída por causa do homossexualismo. “PARA
OS ROUBADORES DE HOMENS” - Em uma interpretação mais simplista, poderia dizer:
Para os que roubam os homens. Tanto na época em que foi escrito este conteúdo
da epístola pastoral de Paulo a Timóteo, Como nos tempos mais remotos da
história da humanidade, era comum a prática da venda de escravos. Felizmente
este mal foi extirpado das civilizações modernas. Mas, o escritor se refere aos
que capturavam seres humanos para serem vendidos como se fosse uma mercadoria
qualquer. Nos tempos das guerras antigas, nações inteiras eram deportadas para
os países saqueadores, e os deportados eram transformados em escravos.
“PARA OS MENTIROSOS” -
A lei foi escrita para combater os mentirosos. A mentira é vista pelas sagradas
escrituras como algo maligno e associada ao Diabo, que é o pai da mentira (João
8:44). A pessoa que é dominada por essa falha grave em sua conduta se torna
alguém absolutamente desprovido de credibilidade. A pessoa mentirosa, até mesmo
quando fala uma verdade, os outros custam a acreditar em suas palavras. Já se
diz que a mentira é amiga gemia da falsidade. A mentira também tem tudo a ver
com o falso testemunho, isso quando se inventa algo que não aconteceu só para
prejudicar a alguém. Mas, como se diz um ditado popular: A mentira tem pernas
curtas, ela só prevalece ate quando a verdade não aparece. Só se vence a
mentira com a verdade. “PARA OS PERJUROS, E PARA OS QUE FOREM CONTRÁRIOS À SÃ
DOUTRINA” - A lei foi feita contra os perjuros, ou seja, para aqueles que fazem
juramentos falsos para prejudicarem suas vítimas. E para os que são contrários
a sã doutrina. O escritor não se refere a um código de ética cristã, mas as
boas novas do evangelho de Cristo Jesus.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo alerta a
respeito das falsas doutrinas, pois elas acabam corrompendo o evangelho da
graça.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Sete anos antes de
Paulo escrever esta epístola, advertira os presbíteros de Éfeso de que os
falsos mestres procurariam distorcer a verdadeira mensagem de Cristo. Agora que
isso já estava acontecendo, Paulo exorta Timóteo a confrontá-los com coragem.
Este jovem pastor não devia transigir com esses falsos ensinos que corrompiam
tanto a lei quanto o evangelho. Ele deveria travar contra eles o bom combate
mediante a proclamação da fé original, conforme o ensino de Cristo e dos
apóstolos (2Tm 1.13,14). A expressão ‘outra doutrina’ vem do grego heteros e
significa ‘estranha’, ‘falsificada’, ‘diferente’” (Bíblia de Estudo
Pentecostal, CPAD, p.1864).
II. A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
1.
Gratidão a Deus. Uma das características marcantes do caráter de Paulo
é o ser grato a Deus (Rm 7.25; 1Co 1.4; 14.18; 2Tm 1.3). Nesta parte da
Epístola, ele expressa sua gratidão a Cristo por tê-lo escolhido e posto no
ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível opositor do
Evangelho de Jesus (1Tm 1.12,13). É mais uma demonstração do que o “evangelho
da graça de Deus” pode fazer na vida de um homem. Deus tem seus santos
caminhos. O evangelho é a expressão do amor de Deus, em Cristo Jesus, que
alcança um homem no mais baixo nível de pecado e o faz uma “nova criatura” (2Co
5.17), e mais, ainda, o faz parte da “família de Deus” (Ef 2.19). Paulo
reconhece que “[...] a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que
há em Jesus Cristo” (1 Tm 1.14). Foi Jesus quem o salvou e o transformou
mediante sua graça. [Comentário: Graça – eucharisteuo;
Strong 2168: De eu, “bem”, e charizomai, “dar livremente”. Ser grato,
expressar gratidão, estar agradecido. Onze das trinta e nove ocorrencias da
palavra no Novo Testamento referem-se à participação na Cia do Senhor, enquanto
que vinte e oito ocorrências descrevem as palavras de louvor ditas ao Ente
Supremo. Durante o século II, “Eucaristia” tornou-se o termo genérico para a
Ceia do Senhor. Não há pensamento mais maravilhoso e mais rico em conforto do
que este de sabermos que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo superabundou,
pela fé, em nossas vidas. Deus não apenas a fez abundar (a graça), mas a fez
superabundar em nós. Paulo estava considerando o seu passado de blasfemo,
perseguidor, opressor, mas a quem Deus expressou a Sua misericórdia, fazendo
habitar nele a Sua superabundante graça. A sua religião judaica tinha sido
insuficiente, mas a sua fé em Jesus levou-o ao perdão e à maravilhosa graça de
Deus.]
2.
Humildade. Paulo não era mais um novo convertido ou neófito
quando escreveu suas cartas a Timóteo. Ele não estava usando de falsa modéstia
quando declarou ser o principal pecador que Jesus veio salvar (1Tm 1.15). Paulo
tinha convicção de que fora salvo pela graça, e não por seus méritos. Mesmo na
condição de salvo, o crente deve saber que não merecíamos o dom (presente) da
salvação.
Como salvos em Jesus
Cristo, não temos mais prazer no pecado. Aquele que ainda tem prazer no pecado,
não experimentou o novo nascimento: “Qualquer que é nascido de Deus não vive na
prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver
pecando, porque é nascido de Deus” (1Jo 3.9). [Comentário: Cristo veio salvar os “pecadores”. E estes
pecadores que são beneficiados com a salvação do Cristo de Deus são justamente
os que reconhecem que são fracos e falhos e que precisam do perdão de Cristo.
São os que se arrependem dos seus pedados e se convertem dos seus maus caminhos
para se tornarem em uma nova criatura. Paulo se achava o pior deles. Paulo não
se caracterizou assim antes de sua conversão. Pelo contrário, na medida em que
crescia em Cristo, Paulo tornou-se mais e mais consciente de sua própria
pecaminosidade. Ele não esqueceu o havia sido; não se gloriava em si mesmo, mas
sim, no Deus que o redimira e que o mudara! O texto de 1 João 3.9, se não
entendido corretamente, entrará em choque com o que ele escreve em 1.8: “Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”, e 1.10: “Se dissermos
que não pecamos, fazemo-lo mentiroso (DEUS), e a sua palavra não está em nós”. É
fato bíblico que o crente peca (Pv 20.9; 24.16; Ec 7.20), pois, ele é
enfraquecido pela carne (Jo 3.6, “O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”).
Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto à nova
natureza são vistas claramente na doutrina da santificação que envolve a
correção de Deus (Hb 12.5-13). O texto de 1º João 3.9 afirma claramente que uma
pessoa nascida de Deus não pode pecar. Isto não quer dizer, como alguns
ensinam, que tal pessoa não peca. O versículo afirma que aquela parte nascida
de Deus, do crente em Jesus Cristo, não pode pecar. É óbvio que se uma pessoa é
incapaz de pecar, ela não pode perder a salvação. Há quem ensine que uma pessoa
pode se tornar santificada - a tão chamada segunda bênção - o batismo no
Espírito Santo - quando a pessoa é capaz de viver sem pecar. Mas, estes também
ensinam que uma pessoa que é capaz de não pecar, também pode pecar e se perder.
Mas, nosso texto diz enfaticamente que uma pessoa nascida de novo – nascida de
Deus – não pode pecar, isto é, não é capaz de pecar.]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Paulo reconhece que a
graça de Jesus superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Não obtemos por boas
obras (a essência da religião legalista) o direito à libertação do pecado e da
morte. Jamais! Graça significa que tudo começa e termina com Deus. A salvação
é, então, um presente de nosso Criador. Nós criamos a nossa própria ruína, mas
nele reside nosso socorro. O Criador restaura com as próprias mãos sua
obra-prima arruinada. Enquanto a graça é a origem ou fonte da nossa salvação, a
fé é o seu meio ou instrumento. A fé não faz reivindicações, para que não seja
dito que foi por ‘mérito’ ou ‘obra’” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição.
Volume 9. RJ: CPAD, 2006, p.136).
III. UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE (vv.18-20)
1.
A boa milícia. Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de
combater as heresias, na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo,
encorajamento e incentivo ao jovem pastor. Como um verdadeiro “pai na fé”, o
apóstolo diz: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as
profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia” (1Tm 1.18).
Paulo lembra a Timóteo que seu ministério foi confirmado por profecia.
Deduz-se, do texto, que as profecias eram tão consistentes, que Timóteo deveria
militar “a boa milícia”, ou o bom combate, com base naquilo que Deus lhe havia
falado (1Tm 1.18). [Comentário: Paulo passa a fazer suas recomendações a seu
filho na fé Timóteo de como ele devia proceder para combater os legalistas e os
falsos mestres do gnosticismo filosófico grego infiltrados no meio da igreja. O
fato de o apóstolo falar em termos de mandamento, nos dá a entender que era
mesmo uma ordem ou um decreto apostólico de sua parte para que o líder da
igreja de Cristo em Éfeso fosse revestido de autoridade em defender a genuína
fé crista, em detrimento aos falsos ensinos dos gnósticos. A maioria dos
comentaristas bíblicos concordam de que o ministério de Timóteo foi sendo a
cada dia confirmado por meio de profecias a seu respeito e do que ele se
tornaria no reino de Deus e de Cristo. Neste tempo em que Paulo lhe envia esta
epístola pastoral ele já era a uma das principais lideranças da igreja de
Cristo em Éfeso, mas isso não foi por um acaso, nem do dia para a noite. Sendo
ele Filho na fé do grande apóstolo Paulo, isso não era suficiente para ocupar posições
de destaques o quanto ele vinha galgando. Fazia-se necessário a confirmação de
Deus para tanto, por meio de profecias. Diante das constantes oposições que se
levantavam contra ele naquela igreja, Timóteo precisava desta palavra de apoio
da parte de Paulo. O apóstolo usa uma metáfora militar para indicar a
tonalidade da tarefa a que o seu filho na fé devia executar. Neste caso, ele
Paulo seria um comandante, enquanto que Timóteo seria um soldado, que cumpriria
suas ordens. E a ordem dada era que o soldado, combatesse diligentemente contra
as heresias que estavam na igreja.]
2.
A rejeição da fé e suas consequências (1Tm 1.5). Quem rejeita “a fé
não fingida” e a “boa consciência” cristã colhe os resultados de sua má
escolha. O resultado é o “naufrágio na fé”. Paulo toma como exemplo Himeneu e
Alexandre, obreiros que entraram por esse caminho. Quanto a Himeneu, sua
postura é tão terrível que ele é citado em 2 Timóteo 2.17. Seu nome deriva
deHimen, “deus do casamento”, na mitologia grega. Não se sabe ao certo qual
“doutrina” falsa ele semeava. Estudiosos dizem que ambos eram representantes do
gnosticismo no meio da igreja de Éfeso. Com relação a Alexandre, aliado de
Himeneu na semeadura das falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o
considera desviado ou “naufragado” na fé. Sua influência era tão maliciosa que
Paulo os entregou “a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).
Que o Senhor livre sua Igreja dos falsos mestres. [Comentário: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os
quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20). A
maioria dos teólogos entende que o texto aponta para uma espécie de disciplina
ou exclusão da comunhão com a Igreja, O Corpo de Cristo. Como entender o fato
de Paulo mandar entregar dois obreiros da Igreja a Satanás? na igreja de Éfeso. Por conta disso, o
apóstolo Paulo lhe escreveu uma carta encorajando-o a manter a ordem entre os
irmãos. Os falsos mestres estavam deturpando os ensinos originais nos quais a
igreja tinha sido instruída e, entre os tais, Paulo cita dois nomes: Himeneu e
Alexandre. Quando recebeu o ministério eclesiástico pela imposição das mãos do
presbitério, o jovem Timóteo recebeu juntamente a responsabilidade de combater
as heresias que possivelmente surgiriam no seio da igreja (1Tm 1.18; 4.14;
6.12). Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles
dois falsos obreiros se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a
Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O
contexto sugere que esses obreiros estavam envolvidos com questões pertinentes
ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em 2Timóteo 2.17,18 como
que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido, alegorizando-a e minando
a esperança futura dos irmãos. A sentença para esses obreiros seria que fossem
“entregues a Satanás”, o que a maioria dos teólogos entende como uma espécie de
disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este
procedimento visava tanto a correção como a punição. Quanto a este fato, a
Bíblia de estudo de Genebra afirma o seguinte: “Portanto, foram devolvidos ao
mundo – domínio de Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2)”. No mesmo
sentido, a Bíblia de estudo Pentecostal considera: “Ser desligado da Igreja;
por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e
satânicos (Jó 2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”. Aprofunde-se mais em http://www.icp.com.br/72responde.asp]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Paulo convida Timóteo a combater o bom
combate, mesmo diante das dificuldades.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Conforme Timóteo
1.18, houve profecias concernentes à vontade de Deus para o ministério de
Timóteo na igreja (1Co 14.29). Paulo exorta a Timóteo a permanecer fiel àquela
vontade revelada para sua vida. Como pastor e dirigente da igreja, Timóteo
devia permanecer leal à verdadeira fé apostólica e combater as falsas doutrinas
que estavam penetrando insidiosamente na igreja.
Paulo adverte Timóteo
várias vezes a respeito da terrível possibilidade da apostasia e abandono da
fé” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1865).
CONCLUSÃO
O cristianismo nasceu
debaixo de perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na
consolidação de igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que
oferecer resistência e ação decidida contra os “lobos vorazes”, que haveriam de
surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. Com a
graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo
fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho
iniciado e desenvolvido em muitas igrejas cristãs. [Comentário: Paulo cuidou zelozamente das igrejas que
fundou, isso fica claro nos textos de sua autoria. Não obstante esse cuidado do
apóstolo, vemos já em apocalipse, Jesus glorifiacado fazendo uma análise
sincera das igrejas, “tenho porém contra
ti ... abandonaste o teu primeiro amor”. Esta igreja tinha mais de quarenta
anos quando Jesus ditou esta carta. Outra geração havia surgido. Os filhos não
experimentavam aquele entusiasmo intenso, aquela espontaneidade e o ardor que
havia revelado os pais quando tiveram o primeiro contato com o evangelho. Não
apenas isso, mas faltava à geração seguinte a devoção a Cristo. A igreja de
Éfeso tornou-se farisaica, pois ela deixou de herança o zelo pela Palavra, mas
como se fosse uma lei, mas não deixou de herança o amor que é o vínculo da perfeição.
A igreja havia abandonado o seu primeiro amor. O problema da igreja de Éfeso é,
com certeza, o problema da maioria das igrejas de hoje: fazer as coisas sem
solidariedade amorosa. Não são poucas as amarras que dificultam o viver em
liberdade. Absorvidos por uma sociedade consumista e midiática, somos
pesonagens interpretando um roteiro mal escrito e mal dirigido. Quando
abandonamos o primeiro amor, significa que abrimos mão de algo e elegemos
outras coisas em seu lugar. Quando fazemos as coisas por fazer, por causa da
instituição ou da denominação, pela sedução do crescimento numérico da igreja,
pela fama e pelo status que se obterão na cidade ou coisas do tipo, essas são
provas evidentes de que nossas motivações são impuras e estão prostituídas.
Pense e ajude seus alunos a pensar maduramente a fé cristã!]. NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2015
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Segundo a lição, o que
é o evangelho da graça?
É
o evangelho libertador de Cristo.
Como eram apresentadas
as falsas doutrinas?
Eram
apresentadas como fábulas ou genealogias.
De acordo com a lição,
cite uma característica marcante do caráter de Paulo?
Sua
gratidão a Cristo.
O ministério de
Timóteo havia sido confirmado mediante o quê?
Havia
sido confirmado por profecia.
Segundo a lição, qual
o resultado da rejeição à fé?
O
resultado é o naufrágio na fé.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Evangelho da Graça
Professor, iniciando a
aula, leia o seguinte versículo: “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Faça uma reflexão com os
alunos mostrando que se hoje estamos firmes com Cristo é porque um dia nós
fomos alcançados pela maravilhosa Graça de Deus. Além de nos salvar pelo ato da
sua graça, Deus nos preparou as boas obras para que andássemos por elas.
Explique que as boas obras não salvam, mas dá um poderoso testemunho diante da
sociedade sobre o quanto fomos alcançados pela graça divina.
A doutrina da Graça de
Deus é uma das verdades mais gloriosas das Sagradas Escrituras. A convicção de
que não há nada na pessoa humana capaz de preencher o vazio da alma, isto é, o
restabelecimento da nossa ligação com Deus e o significado do sentido último da
vida, e saber que só Deus é capaz de fazer esse milagre em nós, mostra-nos o
quão miserável nós somos e quão misericordioso Deus é.
A doutrina da Graça
apresenta-nos o misericordioso Deus, que em Jesus Cristo estava reconciliando o
mundo consigo mesmo (2Co 5.19), operando em nós para o reconhecermos Pai
amoroso. Por isso, apresentar a doutrina da Graça ao pecador é conceder-lhe
libertação da prisão do pecado, a autonomia da fé em Cristo e o privilégio em
sabermos que não há nada que pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8.33-39).
Caro professor, quando
falamos da Graça de Deus, inevitavelmente, chegaremos ao tema da eleição
divina. Como a graça de Deus nos alcançou? A graça de Deus é arbitrária sem
levar em conta a responsabilidade humana? Qualquer estudo sobre a eleição
divina tem de partir obrigatoriamente da Pessoa de Jesus. Em Jesus não achamos
qualquer particularidade divina em eleger alguns e deixar outros de fora,
resultado de uma escolha divina arbitrária e individualizada antes da fundação
do mundo. A escolha de Deus se deu em Jesus (Ef 1.4; Rm 8.29). Nele, a salvação
é oferecida a todos (2Pe 3.9; cf. Mt 11.28), e, pela sua presciência, o nosso
Senhor sabe quem há de ser salvo ou não. A eleição de Deus leva em conta a
volição humana, pois é um dom dEle mesmo à humanidade. Assim, quando levamos em
conta a volição humana não esvaziamos a soberania de Deus e da sua Graça. Pelo
contrário, afirmamos a sua soberania, pois Deus escolheu fazer um homem
autônomo. Afirmamos também que a graça de Deus opera, restaurando a capacidade
do homem de se arrepender e crer no Evangelho (1Tm 4.1,2; Mt 12.31,32).
Revista Digital Lições Bíblicas Mestre - 3º
Trim./2015, www.licoesbiblicas.com.br
Tema: A
Igreja e o seu Testemunho - As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima