Lição 5
Apostasia, fidelidade e diligência no
Ministério
2 de Agosto de
2015
TEXTO ÁUREO
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios” (1Tm 4.1).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia e a infidelidade a Deus são características marcantes dos
tempos do fim.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 7.15-O cuidado com os
ensinos dos falsos profetas
Terça — Hb 3.12-Que não haja em nós
um coração infiel
Quarta — 1Pe 2.2-Desejando o “leite
racional, não falsificado”
Quinta — 1Pe 1.15-Santos em toda a
nossa maneira de viver
Sexta — Jr 48.10-A maldição de se
fazer a obra do Senhor relaxadamente
Sábado — Hb 12.14-O cultivo da
santificação na nossa vida diária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo
4.1,2,5-8,12,16.
1 — Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios,
2 — pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a
sua própria consciência,
5 — porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
6 — Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus
Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7 — Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo
em piedade.
8 — Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para
tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
12 — Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na
palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.
16 — Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas;
porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
HINOS SUGERIDOS
210, 306 e 432 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a apostasia e a infidelidade a Deus são características do
tempo do fim.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os
seus respectivos subtópicos.
- I. Tratar a respeito da apostasia dos homens.
- II. Compreender que o bom ministro deve ser fiel ao Senhor.
- III. Refletir a respeito da diligência no ministério.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da apostasia, fidelidade e
diligência no ministério cristão. O termo apostasia vem do grego apostásis e
significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a
Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias vezes
apostatou da fé. Em tempos de apostasia, os profetas eram levantados pelo
Senhor para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta
tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo
perseguidos, muitos profetas foram fiéis ao Senhor e ao seu ministério, não
permitindo a apostasia do povo. Atualmente, o pastor, não pode se calar diante
da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as pessoas mediante o ensino
das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele
doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos
ensinos, apostando da fé. Atualmente, por falta de ensino, muitos estão
abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para
combater a apostasia, a liderança precisa investir no ensino bíblico. Jesus
certa vez, declarou: “Errais não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29)
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os
falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi
enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é
exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência. [Comentário: Paulo inicia esta carta
a Timóteo com alertas sobre falsos mestres “te
pedi quando parti para a Macedónia, espero que fiques aí em Éfeso para avisar
algumas pessoas que não ensinem outra doutrina“ (1Tm 1.3). Ele também
refutou alguns dos ensinamentos perigosos: “O
Espírito diz claramente que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” (1Tm 4.1). É
vital para a Igreja, especialmente na igreja local, vigiar constantemente o que
está sendo ensinado, porque é fácil para falsas doutrinas serem inseridas. “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho
sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes. Sejam pastores da
igreja de Deus, que Ele comprou com Seu próprio sangue. Eu sei que depois que
eu sair, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. Há
mesmo alguns de vocês que torcerão a verdade só para arranjar adeptos. Então
não baixe a guarda! Lembre-se que por três anos, eu nunca parei de alertar cada
um de vocês, noite e dia com lágrimas” (At 20.28-31). Foi esta a razão pela
qual Paulo deixou Timóteo em Éfeso. Paulo refere-se ao problema dos efésios
como “loquacidade frívola”, “fábulas” e “sabedoria falsa”, e
menciona genealogias como se os cristãos de Éfeso estivessem interessados em
descobrir suas origens. Através do Judaísmo daquela época, elaboradas
interpretações fantasiosas do Antigo Testamento estavam-se espalhando com
rapidez. E como os efésios estivessem numa posição que permitia o conhecimento
de tudo o que surgia, os cristãos estavam sempre contando novidades e
especulando como poderiam encaixar a última novidade em sua teologia eclética.
Deste modo, passavam o tempo falando e argumentando, mais do que realmente
realizando algo. Encontramos o mesmo perigo hoje! Precisamos saber reconhecer
um Falso Mestre: (1.3 a 11)
a. Falsos mestres ensinam doutrinas
diferentes
A palavra usada por Paulo para “diferente” é “heteros” que
significa radicalmente diferente, de outro tipo. Isso significa que estavam
ensinando algo completamente estranho à Palavra de Deus.
b. Falsos mestres se ocupam com supertições
e polêmicas
Falsos mestres gostam de fábulas, mitos, ficções e supertições.
Experiências místicas não são a base de nossa fé, mas a pura Palavra de Deus.
c. Falsos mestres gostam de especulações
inúteis
Falsos mestres vivem falando
de mistérios e coisas aparentemente profundas, mas que nada mais são que
especulações da mente humana.
d. Falsos mestres pretensiosamente falam do
que não entendem
A pretensão está sempre associada ao orgulho e arrogância. A
vaidade de alguns é vista na sua ambição:
· Desejam ser
reconhecidos como um pregador, que nada aprendeu com os demais.
· Desejam ser
reconhecidos como pessoas criativas.
· Desejam ser reconhecidos como o autor de
um novo conceito ou doutrina.
· Querem ser
reconhecidos como o fundador de um novo movimento.
e. Falsos mestres se apoiam na justiça
própria
Os versos 8 a 11 mostram que os falsos mestres que se
infiltraram na Igreja eram mestres judaizantes. Eles rejeitavam o ensino de que
a salvação é pela graça e fé somente, antes ensinavam que uma pessoa somente
poderia ser salva sendo bom o suficiente para agradar a Deus. Nada de errado em
querer ser bom e agradar a Deus, o problema é quando buscamos justiça própria
para sermos aceitos diante de Deus. A lei foi dada para mostrar o quanto somos
pecadores e não para nos tornarmos aceitáveis diante de Deus. A lei fora dada
para que buscássemos a graça de Deus]. Vamos
pensar maduramente sobre a fé cristã?
PONTO
CENTRAL
Na atualidade, muitos estão apostatando da fé genuína em Jesus Cristo
por falta de ensino das Sagradas Escrituras.
I. A
APOSTASIA DOS HOMENS
1. A apostasia. A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos falsos
mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com coragem e
ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele tomou todas
as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi incisivo ao
advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim de que os
irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia? Significa
“abandono premeditado e consciente da fé cristã”. Sabemos que no Antigo Testamento
foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para Deus a apostasia é
vista como um “adultério espiritual”. [Comentário: Do grego antigo
απόστασις [apóstasis], "estar longe de") tem o sentido
de um afastamento definitivo e deliberado, uma renúncia de sua
anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um
mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. O
apostata pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. No mundo do primeiro
século, a apostasia era um termo técnico para a revolta política ou deserção.
E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o Corpo de Cristo hoje. A
Bíblia adverte sobre pessoas como Ário (c. 250-336 AD), um sacerdote cristão de
Alexandria, Egito, que foi treinado em Antioquia no início do quarto século. Em
aproximadamente 318 d.C., Ário acusou o bispo Alexandre de Alexandria de adotar
o Sabelianismo, um falso ensino que afirmava que o Pai, o Filho e o Espírito
Santo eram apenas diferentes papéis ou modos assumidos por Deus em vários
momentos. Ário estava determinado a enfatizar a unidade de Deus. No entanto,
ele foi longe demais em seu ensinamento da natureza de Deus. Ário negou a
Trindade e introduziu o que aparentava ser, sobre a superfície, uma diferença
insignificante entre o Pai e o Filho. Ário afirmou que Jesus não era homoousios
(da mesma essência) como o Pai, mas sim homoiousios (de essência
semelhante). Apenas uma letra grega - o iota (i) - separava os dois. Ário
descreveu a sua posição desta forma: "O
Pai existia antes do Filho. Houve um tempo em que o Filho não existia.
Portanto, o Filho foi criado pelo pai. Portanto, embora o Filho tenha sido a
maior de todas as criaturas, ele não era da essência de Deus." Ário
era muito inteligente e fez o seu melhor para atrair as pessoas ao seu lado.
Chegou ao ponto de compor pequenas canções que ensinavam a sua teologia, as
quais ele tentou ensinar a todos que quisessem ouvir. Sua natureza cativante e
posição reverenciada como um pregador, assim como viver em negação de si mesmo,
também contribuíram para a sua causa. Com relação à apostasia, é fundamental
que todos os cristãos compreendam duas coisas importantes: (1) como reconhecer
a apostasia e professores apóstatas, e (2) por que o ensino apóstata é tão
mortal.]
2. Doutrinas de demônios (v.1). Os falsos mestres eram e continuam
sendo uma ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma igreja, na América Central,
cujo líder e fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse “falso Cristo” faleceu há
pouco tempo. Na igreja por ele fundada, um dos símbolos mais importantes é o
número 666, a quem atribuem perfeição e santidade, quando a Palavra de Deus diz
que tal número é símbolo que identifica “a besta” ou o Anticristo (Ap 13.18).
Isso é exemplo de “doutrina de demônio”. O líder precisa estar atento e alertar
suas ovelhas quanto a estas doutrinas. [Comentário: Nos dias de hoje
centenas de falsos ensinos assaltam tanto a igreja como a Escritura e,
portanto, isso exige um minucioso exame de como devem ser tratados os que
promovem as falsas doutrinas. Embora pessoa alguma, com um sincero desejo de
servir a Cristo, deseje ardentemente acusar outro irmão de estar cometendo
erros em seu ministério, os profetas do Velho Testamento, o próprio Senhor
Jesus Cristo e os apóstolos deixaram claro que muitos viriam em o nome do
Senhor, professando segui-Lo e, contudo, pelos seus ensinos fraudulentos,
negando-O ou apresentando uma imagem deturpada de Deus, bem diferente daquela
que nos é apresentada na Escritura Sagrada. Paulo disse: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também
digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo
Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas
terrenas” (Fp 3.18-19). Falsos mestres, falsos apóstolos, falsos profetas e
falsos irmãos podem danificar e até mesmo destruir a simplicidade da fé em
Cristo: “... tive por necessidade
escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”
(Jd 3). Jesus avisou que muitos seriam enganados por aqueles que afirmam falar
em o nome de Deus (Mt 24.5, 11, 24). Em relação às heresias, temos, digamos uma
fonte delas pairando sobre a Igreja. Parece que vivemos temporadas ou “modas”
de heresias. Já vimos a onda da “Batalha Espiritual”, também passamos pela
“Cura interior”, passamos pelos momentos das unções, “Unção do urso, do leão,
do riso, do papaguaio, da galinha caipira”, também vimos a “Confissão Positiva
ou Palavra de Vitória”, a “Teologia da Prosperidade”, “Maldição Hereditária”,
e, recentemente uma onda muito forte com os movimentos de crescimento da Igreja
com retorno a práticas judaizantes também trazendo de volta o uso do shofar,
candelabro e quase que o tabernáculo inteiro além das festas e rituais judaicos
para o culto. Novas teologias também gracejam em nosso meio. Teologias de cunho
neo-ortodoxo ou até mesmo liberal que dão novo significado às doutrinas
clássicas montando uma nova imagem de Deus, do homem e de seus relacionamentos.
Igualmente, temos o teísmo aberto, a teologia relacional, teologia da
libertação, teologia existencial, teologia da esperança, etc. Isso indica que
os desafios continuam sendo grandes para preservarmos a sã doutrina, mas
tenhamos em mente o que o apóstolo nos ensinou na carta aos Filipenses que
devemos estar “lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27). Não por uma fé
qualquer, mas a evangélica, que provém realmente do evangelho de Jesus Cristo..
O fundador da falsa igreja na América Central a quem o comentarista se refere,
é o Sr José Luis de Jesús Miranda (Ponce, 22 de abril de 1946 - Miami, 8 de
agosto de 2013), líder religioso porto-riquenho, fundador da Creciendo en
Gracia (Growing In Grace International Ministry, Inc.), um movimento que afirma
ensinar a "doutrina da Graça". Ele afirmava ser Jesus Cristo e também
o Anticristo, e possuir uma tatuagem do número "666" em seu
antebraço. Ele se autodenominava como "Jesucristo Hombre" (que
significa "Jesus Cristo Homem"). A sua igreja proclama-se o “Governo
de Deus na Terra” e possui um símbolo similar ao dos Estados Unidos. José
afirmava ter mais de 100 mil seguidores devotos pelo mundo. Afirmava ser o
anticristo, mandava os seguidores tatuarem o ‘número da besta’ (666) no corpo.
Ao contrário do que se possa pensar, é cada vez mais popular. O '666' tatuado é
associado ao mal, mas segundo José Luis, é um mal-entendido. Deus disse que o
'anticristo' é a melhor pessoa na Terra. O anticristo significa que não deve olhar
para Jesus Cristo pois ele não era cristão. Para saber mais, siga este link: http://www.napec.org/heresiologia/cresciendo-en-gracia/por-dentro-do-creciendo-en-gracia-escandalos-e-falsas-doutrinas/]
3. Espíritos enganadores. Os falsos mestres eram mentirosos e
faziam de tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso seguissem “espíritos
enganadores”. Sabemos que Satanás é enganador. Ele procura, de todas as formas,
iludir os crentes a fim de que estes abandonem a fé verdadeira. Atualmente,
temos visto a atuação de muitos espíritos enganadores. A internet tem
contribuído para disseminar muitas heresias e enganar muitos que são fiéis ao
Senhor. Uma das doutrinas malignas que se tornou comum, nos tempos atuais é a
desvalorização do casamento heterossexual (homem e mulher), enquanto o
casamento entre homossexuais vem sendo incentivado pelos meios de comunicação. [Comentário: Talvez a arma mais poderosa de satanás na sua guerra contra a
Igreja seja exatamente o erro religioso (Ef 6.10-20). Talvez não haja uma arma
mais eficaz do que esta: difundir o erro de tal forma que as pessoas fiquem
confusas e, assim, a verdade do Evangelho e o progresso da Igreja seja
obstaculado. Satanás tem comissionado seus demônios como “espíritos enganadores”
que se intrometem no seio da igreja para enganar. Não temos que adivinhar onde
estão e como operam tais espíritos, porque temos o Espírito Santo, que habita
na vida da Igreja para revelar os ardis e as obras de engano. O Pr Elienai
Cabral escre vem seu artigo intitulado “Espíritos Enganadors”: “A expressão espíritos enganadores pode ter
uma referência dupla, tanto a demônios literalmente como a homens que se tornam
agentes de demônios. A Bíblia os identifica como “homens maus e enganadores...
enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). Existem pessoas que
se colocam a serviço de Satanás para propagar e disseminar doutrinas falsas e
negar as verdades divinas. Essas pessoas tornam-se, indubitavelmente,
“espíritos enganadores”. “Últimos tempos” equivale à expressão “últimos dias”
do apóstolo Pedro em sua mensagem no Dia de Pentecostes (At 2.17). A palavra de
Paulo a Timóteo mostra que Satanás opera e manifesta o mistério da iniqüidade
nestes últimos tempos, quando se constata a exploração do misticismo em nome do
Evangelho de Cristo. “Espíritos enganadores” se intrometem no seio das igrejas
e produzem falsos sinais e prodígios para impressionar as pessoas. Aqueles
crentes incautos e símplices acabam se deixando levar pelo engano. A Palavra de
Deus é torcida e heresias surgem de modo assustador. Os espíritos de engano
envolvem a muitas pessoas, as quais acabam se tornando instrumentos de
iniqüidade sob o comando subjetivo de Satanás. Esse tipo de problema tem
produzido, também, racionalismo barato e incredulidade quanto aos milagres
sobrenaturais. Para deter a operação do espírito do engano, a liderança
evangélica precisa ensinar mais a Palavra de Deus ao povo. A liturgia de nossos
cultos está sendo sufocada por programações tão extensas e intensas que não há
mais espaço para a Palavra de Deus. Somente a Palavra poderá sufocar e deter ao
poder dos espíritos enganadores que se intrometem em nossas igrejas”. Disponível
em: http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/4/espiritos-enganadores.html]
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
Paulo advertiu a Timóteo para que ele combatesse os falsos mestres e
seus ensinos que levavam as ovelhas à apostasia.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos,
uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2Ts
2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o
evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca
resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de
Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda
vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo,
espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade
total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de
grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas
misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um
desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça
e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar
dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento
autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem-sucedido.
Deus prometeu que nos ‘últimos dias’ salvará todos quanto invocarem o seu nome
e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu
Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1870).
CONHEÇA MAIS
*”Consciência cauterizada” (1Tm 4.2)
“A consciência é o sentimento moral do ser humano. Ela nos condena
quando optamos em fazer o que sabemos ser errado. Sobre isso, Paulo sugere que
o tecido de uma cicatriz se formará sobre a consciência quando esta for violada
de maneira persistente. Nesse caso, a pessoa pode não mais se sentir culpada,
mas, sem dúvida, o será”. Leia mais em Guia
do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 836.
II. A
FIDELIDADE DOS MINISTROS
1. O bom ministro (v.6). Timóteo deveria dar instruções ao
rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário
Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é
a mesma palavra traduzida por ‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que
serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o
crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro
zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um
estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender
as palavras da prudência (Pv 1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as
ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida. [Comentário: O jovem pastor Timóteo
deveria expor (o termo no grego expressa a ideia de conselho, sugestão e não de
ordem) essas coisas. Se assim o fizer, Timóteo terá comprovado ser de fato um
bom ministro de Cristo. O apóstolo não usa, aqui, a expressão 'excelente ministro',
mas somente bom. Assim, Paulo deixa nítida a verdade de que ser considerado um
bom ministro de Cristo é a posição mais excelente que um obreiro pode lograr. Tornar-se
bom ministro de Cristo, depois de ser chamado, exige disciplina e prudência
gerais. Em primeiro lugar, é importante
considerar o fato de que a palavra “ministro”, usada nesse versículo, não se
refere apenas a pessoas que exercem um ofício ordenado no âmbito da Igreja.
Quando lemos essa palavra é comum pensarmos de imediato no Pastor. É verdade
que o Pastor é um Ministro, mas essa palavra possui sentido mais abrangente.
Seu significado é de “servo”, ou “aquele que serve”, de modo que ela não se
aplica unicamente aos servos ordenados e sim a todos que se dedicam na causa de
Cristo, ou seja, todos os cristãos. Neste sentido, o comentarista foi
restritivo ao Pastor, mas ele é abrangente, é para todos os crentes! Exorta: o
bom Ministro e que ele adverte as pessoas quanto ao erro e à mentira, para
isso, deve esmerar-se no estudo das Escrituras, dedica-se a um viver piedoso e
ao Miinistério.]
2. Rejeitando as fábulas profanas. “Mas rejeita as fábulas profanas e
de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (v.7). As “fábulas profanas e de
velhas”, segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam as superstições ou
mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo ensina a Timóteo que
tais crendices são profanas e não edificam a Igreja. Quando os crentes não são
orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam
como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos
cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela,
acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com
astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14). [Comentário: Se por um lado o
ministro deve advertir as pessoas quanto ao erro e a mentira, por outro ele não
deve praticar o erro e a mentira, mas a verdade. Fábulas profanas são histórias
não reais, inventadas para se opor ao que é santo. Fábula de velha caduca era o
modo da época de falar de uma história sem importância. A orientação bíblica é
para que o Ministro não gaste suas energias com a mentira, mas as rejeite, e
dedique-se ao conhecimento da verdade. Muitas pessoas investem tanta energia em
conhecer aquilo que contraria o Evangelho, que não conseguem se dedicar ao
conhecimento da Palavra de Cristo. Isso é o que Paulo condena nesse versículo.
O ministro de Cristo deve ser um perito no conhecimento da Palavra de Deus,
pois ela é a espada do Espírito, por meio da qual toda mentira e engano devem
ser eliminados.]
3. O exercício físico e a piedade (v.8). Paulo não estava
desaprovando a ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para uma
comunidade que valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é que
tais práticas, ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que “a
piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há
de vir” (v.8b). Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso,
precisa ser bem cuidado. [Comentário: O
que significa exercitar-se na piedade (vs.7b)? Quais resultados esse exercício
produz? O Ministério, independente da frente de trabalho em que estivermos, não
é apenas uma questão de princípio teórico. Ele é meio pelo qual servimos uns
aos outros, sendo canais que distribuem a graça de Deus. Na linguagem de Pedro,
somos “despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10). Por isso, não
é preciso apenas preparo intelectual, mas preparo integral. Eis a razão pela
qual Paulo disse a Timóteo que cuidasse tanto de si mesmo quanto de seu ensino.
Uma coisa jamais pode se dissociada da outra, pois uma das características de
um Ministro excelente é a piedade. Piedade traduz a ideia de conformidade à
vontade de Deus, a ideia de santidade. É digno de nota o fato de Paulo atribuir
a Timóteo o dever de se exercitar na piedade. A ideia é a de um esforço
contínuo em direção à santidade. Trata-se do ato diário de mortificar a si
mesmo, a fim de ser controlado pela vontade de Cristo Jesus. Em outros textos,
Paulo enfatiza a necessidade de esforço para alcançar uma vida de santidade (2
Co 7:1; Fp 2:12). A fim de incentivar Timóteo a se exercitar na piedade, Paulo
traça um paralelo entre o exercício físico e o exercício espiritual (1 Tm
4:8-9). Willian Hendricksen resume em dois pontos o ensino de Paulo. Segundo
ele, o que Paulo está dizendo é que: 4.1 – As bênçãos que procedem do exercício
físico, por maiores que sejam, são definitivamente inferiores à recompensa que
a vida piedosa promete. O primeiro, no melhor dos casos, promove a saúde, o
vigor, e a beleza física. Essas coisas são maravilhosas, e devem ser
apreciadas. O segundo, porém, promove a vida eterna. 4.2 – A esfera em que o
exercício físico é de proveito é muito mais restrita do que aquela em que a
vida eterna concede sua recompensa. O primeiro tem a ver com o aqui e agora; o
segundo tem a ver com o aqui e agora, mas também atinge o além. (Comentário do
Noto Testamento: 1 e 2 Timóteo e Tito, Cultura Cristã). A importância desse
tópico é ratificada pela expressão “fiel é esta Palavra e digna de inteira
aceitação”, usada apenas quatro vezes nas Cartas Pastorais, para enfatizar a
confiabilidade da Palavra de Deus em Suas promessas e exortações. O uso dessa
expressão, nesse ponto, indica que Paulo desejava que Timóteo olhasse para ele
de maneira especial. A disciplina espiritual é essencial àqueles que desejam
ser bons Ministros de Cristo Jesus. Texto extraído de http://www.ipbvilagerti.org.br/um-excelente-ministro]
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
A fidelidade do ministro no ensino da Palavra de Deus e no combate as
heresias.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes
administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como
responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o
dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a
igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará ‘limpo
do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por
ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
III. A
DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
1. O ensino prescritivo. “Manda estas coisas e ensina-as”
(v.11). Era uma determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse
na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se
espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os
dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo pela Palavra de Deus. [Comentário: Qual a importância da
autoridade do Ministro no ensino? De onde essa autoridade é derivada? A
necessidade da autoridade no ensino do Ministro é uma constante no ensino de
Paulo a Timóteo. Diferentes termos refletem isso: “prescreve” (1 Tm 5:7);
“repreende” (1 Tm 5:20); “exorta” (1 Tm 6:17). Ao apontar para essa autoridade,
ele não está defendendo um tipo de liderança autoritária; a Escritura orienta
os líderes cristãos a que liderem não como dominadores do rebanho, mas como
pastores (1 Pe 5:3). Assim, a exortação do apóstolo é para que os Ministros de
Deus orientem, repreendam e guiem os seus conservos, em nome de Deus, com
autoridade, chamando-os à sensatez. Essa autoridade procede essencialmente de
Cristo, que designa o Ministro ao trabalho, mas ela também é resultado de sua
seriedade para com a Palavra de Deus e de sua vida se conformar com essa
Palavra.]
2. O exemplo dos fiéis (v.12). Timóteo era um jovem pastor, com
cerca de 30 a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma igreja, onde já havia
anciãos ou presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o exorta a ser um
exemplo em tudo. O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter
consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa
ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir. [Comentário: A credibilidade de um
líder cristão e sua autoridade, dependem diretamente de uma vida exemplar.
Timóteo era um jovem Ministro, e Paulo o orienta a adquirir o respeito de seus
liderados (vs.12). “Ninguém despreze a tua mocidade”, não por meio de uma
imposição autoritária, mas mediante uma vida padrão. Assim, a vida de Timóteo
deveria ser modelo para os demais. Um Ministro de Cristo deve poder dizer como
o Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Co
11:1). O Ministro deve ser padrão no que diz (palavra), nas ações
(procedimento), na prática da caridade (amor), na confiança em Deus (fé), e nas
suas motivações cristãs (pureza).]
3. O cuidado que o ministro deve ter com o aprendizado. “Persiste em ler,
exortar e ensinar, até que eu vá” (v.13). Um ministro do evangelho precisa
estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a
Igreja. Infelizmente, há pastores que nunca leram a Bíblia toda. Além da Bíblia
é preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a
edificação da Igreja. É importante também ressaltar que neste versículo o
vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade.
Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender. [Comentário: Timóteo parece ter
ouvido as orientações apostólicas. Isso pode ser visto na confiança que o
próprio Apóstolo Paulo depositou no jovem Pastor. Sabemos que Timóteo foi
solenemente ordenado Ministro mediante a imposição de mãos do Presbitério, do
qual fazia parte o Apóstolo Paulo (1 Tm 1:6; 4:15). Além disso, Timóteo foi
companheiro de Paulo em algumas de suas viagens missionárias, e foi algumas
vezes enviado pelo Apóstolo para auxiliar algumas Igrejas, dentre elas as de
Corinto e Filipos. A recomendação de Paulo a respeito de Timóteo, quando o
enviou aos filipenses, resume-se nas seguintes palavras: “A ninguém tenho de
igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos
eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus. E conheceis o seu
caráter provado, pois serviu ao Evangelho, junto comigo, como filho ao pai.”
(Fp 2:20-22)]
SÍNTESE DO
TÓPICO (III)
O ministro de Deus deve ser diligente quanto ao aprendizado da Palavra
de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Ninguém despreze a sua mocidade [...]’ (1Tm 4.12). A palavra grega é neotes,
que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo,
não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus
30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para
os líderes.
Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e
judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser
qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade,
pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.
É significativa a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja
deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade
de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os
líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor,
na fé e na pureza” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do
Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.471).
CONCLUSÃO
Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e
se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os
falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao
rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a
fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as
igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que
antecedem a vinda de Jesus. [Comentário: Nunca se ouviu falar de tantos escândalos com obreiros de
Deus como nos últimos dias. Será que não primamos mais a excelência de “nosso
ministério” do que a excelência de Cristo? Ser um bom ministro de Cristo só
glorifica a Cristo, edifica, fortalece e afasta os hereges. Devemos viver o
ministério com esmero, primando a excelência deste, para ver se, de alguma
maneira, sejamos considerados “bons ministros”. Pois, em nenhum lugar do Novo
Testamento, com exceção do que sabemos do ministério do Salvador, houve algum
louvor à excelência do ministério apostólico, humano, ou outro qualquer servo.
O Senhor Jesus diz que, no último dia, chamará seus servos de “bom e fiel
servo”, não de "excelente" (Mt 25.21). Ser chamado de “bom e fiel” já
será uma excelência para todos os fiéis ministros!] NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2015
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Como Deus vê a apostasia?
Como um adultério espiritual.
Segundo a lição, qual doutrina maligna que vem se tornando comum nos
dias atuais?
A desvalorização do casamento hetero.
Quem é o bom ministro?
O bom ministro é aquele que serve a igreja, exortando, ensinando e
discipulando suas ovelhas.
De acordo com a lição, o que o bom ministro precisa fazer
constantemente?
Ele precisa estudar a Palavra de Deus, ler bons livros e estar sempre
aprendendo.
Qual o sentido da palavra “ensinar” no versículo 13?
O vocábulo ensinar tem o sentido de instruir doutrinariamente na
verdade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Apostasia, fidelidade e diligência no
Ministério
Muitos confundem “apostasia” com o desvio de uma pessoa em relação a uma
“instituição religiosa”. Não podemos insistir nesse tipo de dúvida, pois a
apostasia está descrita na Bíblia como um acontecimento sério e pouco comum.
Sim, não é comum quem teve um encontro pessoal com Deus, provando da sua boa
Palavra, apostatar-se da fé, mas é biblicamente possível também não podemos confundir
simples frequentadores de templos com lavados e remidos no sangue de Jesus.
A palavra “apostasia” vem do vocábulo do grego antigo apóstasis,
que significa “estar longe de”, isto é, no sentido de “revolta”, “rebelião”,
“afastamento doutrinário e religioso”, “apostasia da verdade”. Por isso,
apostasia se refere, ao contrário da crença popular, uma decisão deliberada,
consciente, aberta ou oculta, contra fé genuína do Evangelho.
Na “esteira” da apostasia precedem os ensinos falsos, malignos e
fantasiosos. São as “doutrinas de demônio” que o apóstolo Paulo menciona na
epístola. Uma das maneiras desses ensinos manifestarem-se na igreja é os seus
propagadores elegerem um tema da Bíblia como ênfase doutrinária, como se o fiel
que não conhecesse aquele assunto não teria acesso aos “mistérios de Deus”.
Assim, no interior do homem que influência outras pessoas com esses falsos
ensinos, nasce a egolatria e cresce a síndrome de autossuficiência.
O apóstata não se vê apóstata. Não reconhece nem considera a
possibilidade de ele ter-se transformado deliberadamente num apóstata da fé.
Por isso, o elemento fundamental para ele voltar atrás é quase impossível de
ocorrer: o arrependimento. Para os ministros de Cristo defenderem a Igreja da apostasia,
antes de tudo, eles precisam honrar a fé em Jesus Cristo, a simplicidade do
Evangelho, servindo a igreja com amor e fidelidade. Sendo arautos de Deus para
toda boa obra. Os ministros de Deus, os servidores da Igreja de Cristo, devem
estar aptos a ensinar e a contradizer os falsos ensinadores. Rejeitando as
“fábulas profanas”, ensinamentos que em nada edificam a Igreja de Cristo.
Portanto, aos ministros de Cristo cabe a diligência na fé, ensinando as
Sagradas Escrituras e apresentando-se como modelos ideais que estimulem os
fiéis a viver a fé. Persistirem na pesquisa, no estudo exaustivo e sistemático
das Escrituras Sagradas. Que o Senhor nosso Deus guarde o seu povo da
apostasia!
Que o Senhor guarde o seu povo!