26 de Julho de 2015
TEXTO ÁUREO
"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para
ensinar." (1 Tm 3.2)
VERDADE PRÁTICA
Os pastores e os
diáconos são líderes, escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem
do serviço cristão na igreja local.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Fp 1.1
Saudação
a todos os servos de Jesus Cristo
Terça - Mt 20.28
Jesus
veio não para ser servido, mas para servir
Quarta - Mt 27.55,56
Mulheres
que serviam a Jesus com dedicação
Quinta - Jo 12.26
Deus
honra a quem serve a Jesus com sinceridade
Sexta
- 1 Tm 2.10
Mulheres
que servem a Deus com boas obras
Sábado
- At 20.28
Constituídos
para apascentar o rebanho de Deus
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Timóteo 3.1-4,8-13
1
- Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja.
2
- Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3
- não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas
moderado, não contencioso, não avarento;
4
- que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia
8
- Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a
muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
9
- guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
10
- E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem
irrepreensíveis.
11
- Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis
em tudo.
12
- Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas
próprias casas.
13
- Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e
muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização de que o
pastorado e a diaconia são ministérios dados por Deus.
HINOS SUGERIDOS: : 337, 363, 600 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
1.
Tratar a respeito do episcopado.
2.
Apresentar as qualificações e atribuições de um líder.
3.
Refletir a respeito do diaconato.
4.
Conscientizar-se de que o serviço é a razão de ser do ministério.
INTERAGINDO COM
O PROFESSOR
Na lição de hoje
estudaremos a respeito dos pastores e diáconos. A palavra grega usada para
bispo no capítulo três de 1 Timóteo é episkopos. Esta mesma palavra é utilizada
como sinônimo de presbítero e ancião. Paulo mostra que aqueles que desejam o
episcopado, excelente obra desejam. Porém, logo a seguir ele apresenta as
qualificações morais e espirituais que este ministério exige. Paulo relaciona
quinze qualificações que podem ser vistas dos versículos 2 a 7 do capítulo
três. Estas qualificações não são obtidas nos seminários ou nos bancos das
universidades, mas são resultados de um caráter transformado e regenerado pelo
Senhor Jesus. O líder é alguém que influencia as pessoas, por isso, precisa ser
exemplo. É necessário que ele tenha uma vida ilibada e esteja disposto a
servir, pois ser líder é acima de tudo ser servo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo dá inicio ao
capítulo três da Primeira Epístola de Timóteo, falando a respeito do trabalho
pastoral. Ser pastor não é abraçar uma profissão, mas um ministério divino cuja
função primordial é cuidar das ovelhas do Senhor. Nenhum pastor tem condições
de cuidar do rebanho sozinho. São necessários ajudantes, por isso, neste mesmo
capítulo, o apóstolo Paulo fala a respeito do diaconato.
Na lição de hoje
estudaremos a respeito do pastorado e do diaconato, duas funções de extrema
importância para o crescimento do Reino de Deus. [Comentário: Strongs NT 1985: ἐπίσκοπος ἐπίσκοπος,
ἐπισκόπου, ὁ (ἐπισκέπτομαι), um supervisor, um homem incumbido do dever de ver
que coisas a serem feitas por outros são feitos com razão, qualquer curador,
tutor, ou superintendente. A palavra tem o mesmo sentido abrangente nos
escritos gregos de Homero Odys. 8, 163; Ilíada 22; Assim, no Novo Testamento
ἐπίσκοπον τῶν ψυχῶν, guardião das almas, aquele que cuida de seu bem-estar (1Pe
2.25; Hb 13.17), especificamente, o superintendente, superintendente de cabeça
ou de qualquer igreja cristã (At 20.28; Fp 1.1; 1Tm 3.2; Tt 1.7). A palavra
"episcopado" significa pastorado, dado que as palavras gregas "epíscopos", "poimen" e "presbítero" são de significado
idêntico - bispo, pastor, presbítero ou ancião. Paulo e Barnabé escolheram
irmãos em Cristo, os mais velhos, em cada igreja (At 14.19-23). Paulo orienta
Tito a escolher “homens mais velhos ( presbíteros)” (Tt 1.1-5), para que fossem
“supervisores (bispos)” (Tt 1.5-9). Os “supervisores (bispos)” das passagens
bíblicas eram "homens mais velhos ( presbíteros)", lembrando que a
palavra grega "presbítero" não significa necessariamente uma
"pessoa idosa" (compare o filho mais novo (neoteros) (Lc 15.13) com o
filho mais velho (presbuteros) (Lc 15.25). Assim, Paulo ensina que aquele que
anseia, deseja, o pastorado, ou o bispado, excelente obra deseja. De fato, o
pastorado é um ministério especialmente digno de nota. O pastor é aquele que
leva o rebanho às pastagens melhores e mais seguras. “Episkopoi” é o superintendente ou bispo e o trabalho que estes
tinham era o de supervisores, ou seja, os que detinham a nobre função episcopal
eram aqueles que visitavam, cuidavam e zelavam dos homens para o bem dos mesmos
(STRONG:1984). Em suma, estes eram os cuidadores dos cristãos e, traduzindo
para o nosso português, eles eram os atuais pastores.]. Vamos pensar
maduramente sobre a fé cristã?
I - QUEM DESEJA
O EPISCOPADO
1. "Excelente
obra deseja". "Esta é uma palavra fiel: Se
alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja" (v.1). Em sua carta a
Timóteo, Paulo assevera que almejar o episcopado, ou seja, o pastorado é
aspirar uma obra excelente. Contudo, é importante ressaltar que a função
pastoral não é uma profissão ou um meio para ascender social e economicamente.
[Comentário: O Pastor ou Bispo é um líder que cuida
principalmente da vida espiritual do seu rebanho, mas não descuida nenhum
aspecto da vida da comunidade. Para isto ele deve ser especialmente chamado e
vocacionado por Deus, e deve ter como prioridade servir abnegada e totalmente
ao Senhor na pessoa do rebanho que lhe foi confiado. Deve dar o exemplo de vida
cristã. Ser marido de uma só mulher (casado, portanto), vigilante, sóbrio,
honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não vicioso, nem espancador, não
avarento, nem ganancioso, mas moderado em todas as coisas. Estas qualificações
por si só, já descrevem o que é ser pastor. Diferentemente da ideia exposta
hoje, principalmente pelos defensores da teologia da prosperidade, aquele que
deseja o episcopado deve estar preparado para passar necessidades, sofrer
injúrias e calunias. Ser pastor é não ter outro interesse senão o pregar a
Cristo. É não se envolver nos negócios deste mundo, buscando riquezas, fama e
posição. É saber dizer não quando o coração disser sim. É não ir à casa dos
ricos em detrimento dos pobres. É não dar atenção demasiada para uns,
esquecendo-se dos outros. É não ficar do lado dos jovens, em detrimento dos
adultos e vice-versa. Ser pastor é não envolver-se em demasia com as pessoas,
ao ponto de se perder a linha divisória do amor e do respeito, do carinho e da
disciplina. Ser pastor é não aceitar subornos nem tampouco desprezar os não
expressivos. O pastorado é um ministério muito especial, com muitos espinhos e
dificuldades, mas também repleto das graças maravilhosas e incomparáveis.].
2. A chamada. O ministério pastoral
vem de Deus. É Ele que escolhe. Muitos são escolhidos e separados apenas pelos homens,
mas não por Deus. Paulo afirma que foi chamado pelo Senhor desde o ventre de
sua mãe (Gl 1.15). Deus também vocacionou Jeremias para ser profeta antes do
seu nascimento (Jr 1.5). Quem é chamado não só tem a convicção do convite, mas
apresenta um perfil que agrada a Deus. [Comentário: A chamada para o ministério Pastoral tem duas
características fundamentais: a) A
determinação de Deus (soberania) somente por sua graça; b) A incapacidade do
homem em exercer a missão, o ministério (2 Co 3.5). Erwin Lutzer define chamado
como “uma convicção interior, dada pelo
Espírito Santo e confirmada pela Palavra de Deus e pelo Corpo de Cristo” – “Tal é a confiança que temos diante de Deus,
por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em
nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou
para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois
a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Co 3.4-6). Ninguém ingressa no
ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e persuadida
para o mesmo. Este direcionamento da vontade é fruto da chamada de Deus, o que
é um fator decisivo. Ninguém pode, como tentou Simão (Atos 8.18-19), comprar um
dom espiritual. Deus chama e trabalha na vontade humana, direcionando-a ao
ministério. A declaração doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz no
capítulo 11 sobre o Ministério da Palavra: “Todos os crentes foram chamados por
Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo
e promover o seu Reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo
Espírito Santo. Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de
maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da
sua palavra. O pregador da palavra é um porta-voz de Deus entre os homens.
Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento
e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e
padrão supremo”. Charles Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores,
ponderou algumas coisas muitos pertinentes: “Homens que ousam declarar-se
embaixadores de Cristo precisam compreender mais profundamente que o Senhor
lhes ‘entregou’ a palavra da reconciliação (2 Co 5.18,19)...Preferiria que
vivêssemos em duvida e nos examinássemos muitíssimas vezes, do que tornarmos
empecilhos no ministério... Ser pastor sem vocação é como ser membro professo e
batizado sem conversão...”. Esse chamado, portanto, não é uma escolha pessoal,
uma profissão religiosa, mas uma chamada irresistível para servir ao Senhor em
Seu nome e para a Sua glória. Gosto muito do pensamento: “Deus não chamou
homens extraordinários para um trabalho comum, mas homens comuns para um
trabalho extraordinário”].
3. O preparo. Deus chama,
porém, o preparo cabe aos seus servos. O pastor precisa ter conhecimento
bíblico (o que deve saber), teológico e habilidades ministeriais (o que deve
ser capaz de fazer). Seu preparo não termina quando conclui um seminário
teológico, mas se dá durante toda a sua jornada. Em o Novo Testamento
vemos que os apóstolos foram chamados, mas só foram enviados após algum tempo
de aprendizado com Jesus (Mc 6.7; Mt 10.16; Lc 10.1). O exemplo de Paulo também
é bem significativo. Ele foi chamado, já possuía o conhecimento da Lei, pois
teve como professor o renomado Gamaliel, mas partiu para a Arábia e ali ficou
três anos se preparando para exercer seu ministério junto aos gentios (Gl
1.17,18). Paulo foi enviado pelo Espírito Santo (At 13.4). [Comentário: A chamada envolve a aceitação de alguns
atributos, de alguns postulados indispensáveis ao exercício do ministério
pastoral: fidelidade consciente à Palavra de Deus, crença inabalável no valor
da alma humana, convicção firme de que fora de Cristo não há salvação,
reconhecimento de que existe um inimigo pessoal e dedicação completa da vida ao
Espirito Santo. O ministério pastoral é uma obra de excelência e exige caráter
cristão maduro e estável e uma vida pessoal boa e ordenada. Não há pastores
perfeitos, mas o pastor há de ser alguém que persegue a perfeição, já que a
obra do Ministério da Palavra é uma obra excelente, que exige excelência. O
pastor tem como seu modelo e exemplo Jesus Cristo, o que faz com que tenha a
incumbência de apascentar o seu rebanho e treiná-lo no serviço da igreja. Já a
igreja tem a missão de expandir o Reino de Deus. Os pastores vão e vem, mas a
igreja, como corpo de Cristo, permanece. Quando o pastor é fervoroso, ativo e
eficiente os membros da igreja são espiritualmente vigorosos e ativos. Daí a
importância da pregação pastoral. É neste sentido que o apóstolo Paulo
desenvolve a doutrina do ministério cristão no texto de 2 Coríntios 2.14 a
7.16. Sem a convicção inabalável da incumbência divina ninguém deve entrar no
serviço ministerial. Com a certeza da sua vocação, a experiência do poder do Evangelho
na sua vida, o amor ao povo e o desejo ardente de servir como embaixador de
Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no preparo dos sermões
para a orientação de conforto espiritual do seu povo e no desenvolvimento da
sua igreja no cumprimento da missão. Texto
extraído de: http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=152:a-excelencia-do-pastorado&catid=28:artigos&Itemid=33;
acesso em 21 JUL 15].
PONTO CENTRAL
Deus vocaciona e separa homens para o
diaconato e para o ministério pastoral.
SÍNTESE DO
TÓPICO I
Almejar o episcopado é aspirar uma obra
excelente.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Se algum
homem deseja ser 'bispo', deseja um encargo nobre e importante. É necessário,
porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (1 Tm 3.1-10;
4.12) e pela igreja, porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos.
Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela
igreja segundo os padrões bíblicos. Isso significa que a igreja não deve
aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo,
sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem uma
visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses
preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente
em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da
honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do
pastor, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem
aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade
influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O
enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daqueles
que perseveram na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade
devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua
trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o
elevado padrão para o candidato, [isto é] que ele precisa ser um crente que se
tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e
que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e
pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em
Mateus 25.21 de que ser 'fiel sobre o pouco' conduz à posição de governar
'sobre o muito'" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 1867).
O ministério
pastoral vem de Deus. É Ele que escolhe. Muitos são escolhidos e separados
apenas pelos homens, mas não por Deus.
CONHEÇA MAIS
*O diácono
"Sua forma verbal
(diakonein) significa 'servir', particularmente 'servir às mesas'. Tem a
conotação de um serviço muito pessoal, intimamente ligado ao servir por amor.
Para os gregos, o serviço era raramente dignificado; o desenvolvimento próprio
deveria ser a meta de uma pessoa ao invés de humilhação. O judaísmo conserva
uma visão diferente sobre o serviço. Isso está exemplificado no segundo
mandamento. Foi isso que o nosso Senhor ensinou quando lavou os pés dos seus
discípulos" (Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 552).
O pastor deve
amar sua esposa "como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por
ela".
II -
QUALIFICAÇÕES E ATRIBUIÇÕES DOS PASTORES E DIÁCONOS (3.1-13)
1. Atribuições dos
pastores (vv. 1-7). Os que almejam o pastorado necessitam
conhecer as atribuições e qualificações que tal atividade exige. Na hora da
escolha de um candidato ao santo ministério da Palavra, o líder e a igreja de
um modo geral precisam ver no aspirante algumas características. [Comentário: ‘Não
entre no ministério se puder passar sem ele’, foi o conselho profundamente
sábio de um teólogo a alguém que procurou a sua opinião’ ....se não amar a sua
vocação, logo sucumbirá ou desistirá da
luta, ou prosseguirá descontente, sob o peso cego de uma monotonia tão
fastidiosa como a de um cavalo cego
girando um moinho. .. Cingidos desse amor, vocês serão intrépidos; despidos
desse cinto mais que magico da vocação irresistível, consumir-se-ão na desventura...Leia cuidadosamente as qualificações do bispo, registradas em 1
Timóteo 3.2-7 e Tito 1.6-9. Se esses dons e graças não estiverem em vocês, e
com abundancia, é possível que tenham bom êxito como evangelistas, mas como
pastores não terão nenhum valor”. Moisés e Jeremias se sentiram totalmente
incapazes para a missão de liderarem o povo de Deus. As expressões de Moisés:
“quem sou eu para ir a Faraó...?” (Ex 3.11); “Ah, Senhor! Eu nunca fui um bom
orador, nem antes, nem agora, que falaste ao teu servo, pois sou pesado de
língua...Ah, Senhor! Peço-te que envies outro que queiras enviar” (Ex 4.10,13);
e de Jeremias : “Ah, Senhor Deus! Eu não
sei falar, pois sou apenas um menino” (1.6), revelam a nossa incapacidade para
o exercício do ministério. John J. Jowett, falando aos alunos de Yale, sobre “A
Vocação do pregador”, disse: “Já trabalhei no ministério cristão mais de vinte
anos. Amo a minha vocação. Gozo ardente deleite nos seus serviços... Uma só é a
minha paixão e por ela tenho vivido: A obra absorventemente árdua , gloriosa
embora, de proclamar a graça e o amor de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo... O chamado do Eterno tem que ressoar através das recamaras da sua alma
de modo tão claro como o som dos sinos matinais ressoa pelos vales da Suiça,
convocando os compônios para a oração e louvor...A singularidade das nossas
circunstancias e a espantosa singularidade de nossas almas fornecem o meio pelo
qual ouvimos a voz do Senhor...A certeza de ser enviado é o elemento vital da
nossa comissão. Mas ouçamos de novo a Palavra de Deus: ‘ Não mandei profetas, e
todavia eles foram correndo; não falei a eles e, todavia, profetizaram’. Texto
extraído de : http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/oswaldo-jacob/4302-o-imperativo-do-chamado-para-o-ministerio-pastoral].
2. Qualificações espirituais
e ministeriais. Paulo apresenta uma lista de 15 qualificações. A
primeira, como não poderia deixar de ser, é ter uma vida irrepreensível (v. 2),
ou seja, santa. Viver em santidade não é fácil, mas é possível, pois o Espírito
que no crente habita quer operar a santificação. O pastor é o exemplo para o
rebanho, por isso, precisa ter uma vida ilibada. O pastor também precisa ter
conhecimento bíblico, sendo "apto a ensinar" (3.2); ter bom
testemunho diante da igreja e dos descrentes (3.7); não ser neófito,
inexperiente (3.6). [Comentário: Por que estudar sobre a qualificação dos
líderes?
1 Porque a Palavra de
Deus fala sobre este assunto;
2 Porque dará
discernimento à igreja para avaliar e confrontar seu(s) líder(es) (1Tm
5.19-21);
3 Porque serve para o
líder ou futuro líder fazer uma auto-avaliação;
4 Porque conseguiremos
diferenciar presbíteros de diáconos e conhecer outras expressões;
5 Porque a maior parte
dessas qualificações todo crente deve buscar, independentemente do desejo ou
possibilidade de ser líder;
6 Porque é a maneira
de Deus orientar a igreja para que ela reconheça ou não a pessoa como líder.
Note que a expressão
“é necessário” demonstra que as instruções de Paulo não são meras dicas. Na
verdade, são condições impostas àqueles que desejam ser ministros do evangelho.
Paulo elenca pelo menos, quinze quesitos como: ser irrepreensível, cônjuge fiel,
sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar
(intelectualmente, moralmente e didaticamente), moderado com a bebida, não
violento, amável, pacífico e não avarento ou cobiçoso. Além disso, deve ter uma
educação familiar exemplar e ser um ótimo marido. O ministério pastoral não
pode aceitar novos na fé e nem crentes imaturos. Resumindo: o candidato ao
ministério pastoral deve ter (e viver) uma boa reputação.].
3. Qualificações
familiares. Ser casado e ter uma vida conjugal saudável
(3.2). O pastor deve amar sua esposa "como Cristo amou a Igreja e a si
mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25). Precisa governar bem toda a sua
família, seus filhos precisam ser crentes e darem bom testemunho (3.4). Se o
pastor não cuida da sua família, que é seu primeiro rebanho, como cuidará do
rebanho do Senhor? [Comentário: Desde os primórdios da igreja os exegetas
tentam descobrir exatamente o que Paulo quer dizer com o seu "marido de
uma só mulher". A qualificação aparece nas duas listas. Há três
interpretações possíveis para “esposo de uma só mulher” em 1 Timóteo 3:2. (1)
Talvez essa passagem esteja dizendo apenas que um polígamo não é qualificado
para ser um pastor/ presbítero/ diácono. Essa é a interpretação mais literal da
frase, mas aparenta ser improvável já que poligamia era bem rara durante a
época que Paulo estava escrevendo. (2) A frase também pode ser traduzida como
“homem de uma mulher só”. Isso indicaria que um bispo deve ser completamente
leal à mulher com quem é casado. Essa interpretação se focaliza mais em pureza
moral do que em estado civil. (3) Essa frase também pode estar declarando que
para ser um pastor/presbítero/diácono, um homem só pode ter sido casado uma
vez, com exceção do caso de um viúvo que se casou de novo. As interpretações
(2) e (3) são as mais prevalentes hoje. Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZVFF8QC.
D. A. Carson - Em alguns aspectos essa é a mais difícil ou disputada
qualificação da lista. Ela tem sido interpretada de diversas formas. Alguns
pensam que significa que este homem deve ser casado - que ele deve ser um
marido. Essa interpretação é altamente improvável. Está claro que Paulo não era
casado, pelo menos naquele momento da vida dele, e certamente o Senhor Jesus
nunca foi casado. Em 1 Coríntios 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em
ser solteiro no ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no
ministério, e a condição de solteiro não deveria ser menosprezada. É altamente
improvável que esse texto, então, estipule que um presbítero tenha que ser
casado.].
4.
Qualificações morais. Ser honesto, sincero, verdadeiro (3.2);
hospitaleiro, ou acolhedor, sabendo tratar bem as pessoas (3.2); não dado ao
vinho, não usuário de bebidas alcoólicas (3.3); não espancador, ou seja não
violento, agressivo (3.3; Gl 5.22); não cobiçoso nem ganancioso (3.3); ser
sóbrio (3.2), simples, moderado (3.3); não contencioso (3.2; 2 Tm
2.24); não avarento (3.3; 6.10). Infelizmente, há igrejas que desprezam esses
aspectos na hora de separar pessoas ao ministério pastoral. [Comentário: A primeira qualificação de um
pastor/presbítero/diácono é que ele seja “irrepreensível” (1 Timóteo 3:2). Se
divórcio/ novo casamento resulta em um pobre testemunho para aquele homem em
sua igreja ou comunidade, talvez a qualificação de ser “irrepreensível” o
exclua, ao invés da exigência de “esposo de uma só mulher”. Um
pastor/presbítero/diácono é para ser um homem do qual a igreja e comunidade
podem se orgulhar e ter como exemplo de um líder que é como a Cristo e tem
liderança religiosa. Se seu divórcio/ novo casamento detrata desse objetivo,
talvez ele não deva exercer a posição de pastor/ presbítero/diácono. É
importante lembrar, no entanto, que só porque um homem é desqualificado de
servir como um pastor/presbítero/diácono, que isso não significa que ele não é
um membro valioso do Corpo de Cristo. Todo Cristão possui dons espirituais (1
Coríntios 12:4-7) e é chamado para edificar outros crentes com seus dons (1
Coríntios 12:7). Um homem que é desqualificado da posição de pastor/
presbítero/diácono ainda pode ensinar, pregar, servir, orar, louvar e fazer uma
parte importante da liderança da igreja.Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZW4Jug9.
A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto, é no grego
"anepleptos". Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim
3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar
nada contra, sem mancha, sem culpa inacusável. Independente ser ou não o
causador do divórcio ( se é que existe tal condição ), o homem que passou por
esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas e será usado pelo Diabo
para escandalizar e envergonhar o evangelho. Existe "pastor" que se
casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus
pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de
Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio
casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.].
SÍNTESE DO
TÓPICO II
A Palavra de Deus mostra as
qualificações que os que almejam o diaconato e o pastorado precisam ter.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
"Quinze
qualificações (3.2-7). Os versículos relacionam 15 qualidades a serem
consideradas quando da seleção de bispos. Observe que entre as qualificações,
não aparece a capacitação em seminário ou a posse de algum dom espiritual em
particular. Observe o breve esboço do caráter do bispo (3.2-7).
Irrepreensível:
inteiramente fiel à sua esposa;
Esposo
de uma só mulher; inteiramente fiel à sua mulher;
Temperante:
sóbrio, solícito e modesto;
Domínio
próprio: discipulado, moderado;
Respeitável:
modesto, honrado, bem-comportado;
Hospitaleiro:
que recebe bem os visitantes;
Apto
para ensinar; capacitado a explicar e aplicar os ensinamentos;
Não
dado à embriaguez; não dado ao vinho;
Não
violento; não dado à hostilidade, ao antagonismo;
Gentil:
bondoso, razoável, de boa família;
Não
contencioso: não combativo, inimigo de contendas;
Não
avarento: preocupado com as pessoas, não com as finanças;
Bom
governante de sua família: administra a vida familiar;
Não
seja um recém-convertido: maduro e humilde;
Reputação
imaculada: admitido pelos de fora"
(RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 835).
III - O
DIACONATO (8-13)
1.
Os diáconos. A palavra diácono significa "aquele que
serve". Assim como o pastor, eles são chamados para servir à Igreja do
Senhor. Os diáconos tiveram e têm um papel muito importante no crescimento da
Igreja. Infelizmente, hoje em algumas igrejas, o ofício de diácono parece ter
perdido sua importância. Em geral, são chamados para essa função os novos
crentes, todavia, esse não é o padrão do Novo Testamento. [Comentário: O termo diácono (do grego antigo διάκονος,
"ministro", "servo", "ajudante") Neste sentido
todos os membros da igreja são diáconos (servos) de Deus. Todos devem ministrar aos outros. Paulo
recomendou uma mulher chamada Febe, “a qual serve na igreja que está em
Cencréia,” Rm. 16:1. Ela não foi uma
diaconisa e que saibamos, não ocupou nenhum cargo na igreja. Mas era uma boa serva de Deus e muito útil
para o trabalho. Todos os membros devem servir uns aos outros. Devem fazer tudo necessário para o bem estar
da igreja. A palavra diácono sendo usada pela primeira vez em referência a
ajudantes da igreja no livro de Atos. "E os doze, convocando a multidão
dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e
sirvamos às mesas" (Atos 6:2). Os homens que estavam alimentando o rebanho
ao pregar e ensinar perceberam que não era certo abandonar essas atividades
para servir às mesas, por isso encontraram alguns outros homens que estavam
dispostos a servir e ministrar às necessidades físicas da igreja enquanto eles
ministravam às necessidades espirituais. Era uma melhor utilização dos recursos
e um melhor uso dos dons de cada um. Isso também envolvia mais pessoas no atendimento
e auxílio uma à outra.].
2.
Chamado para servir. Assim como os pastores, aqueles que
almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a Deus e aos irmãos. Hoje
muitos querem ser servidos, mas poucos seguem o exemplo de Jesus e querem
servir.
Em Atos 6.1-7
encontramos várias qualificações que foram exigidas dos primeiros diáconos.
Porém, na sua carta a Timóteo, Paulo indica outros importantes requisitos para
o diaconato.
3. Qualificações.
Aqueles que exercem a função de diácono necessitam ser honestos, não de língua
dobre (mentiroso, fofoqueiro), não dado ao vinho (que não tenha nenhum tipo de
vício), não cobiçoso, ganancioso, tendo uma boa consciência, que governem bem
sua família (vv. 8,9,12). Você tem estas qualificações? O ministério cristão é
algo muito sério. [Comentário: Hoje, para a igreja bíblica, esses papéis são
essencialmente os mesmos. Os presbíteros e pastores devem "pregar a
palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoestar, repreender, exortar, com
toda longanimidade e ensino" (2 Timóteo 4:2), e os diáconos devem cuidar
de tudo o mais. As responsabilidades de um diácono podem incluir tarefas
administrativas ou organizacionais, servir como atendente ou porteiro nos
cultos, cuidar da manutenção do edifício ou servir como tesoureiro da igreja.
Isso depende das necessidades da igreja e dos dons dos homens disponíveis.
As responsabilidades
de um diácono não são claramente listadas ou descritas nas Escrituras.
Assume-se que sejam todas as tarefas não realizadas pelos presbíteros ou
pastores. Entretanto, as qualificações para um diácono são claramente
delineadas nas Escrituras. Eles devem ser irrepreensíveis, marido de uma só
mulher, bons governantes de seus lares, respeitáveis, honestos, não viciados em
álcool e não gananciosos (1 Timóteo 3:8-12). De acordo com a Palavra, o ofício
de diácono é uma honra e uma bênção. "Porque os que servirem bem como
diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança na fé que há em
Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:13). Leia
mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/responsabilidades-diaconos-igreja.html#ixzz3gZaUJkXQ].
SÍNTESE DO
TÓPICO III
Cabe ao diácono servir a Igreja do
Senhor.
Assim como os
pastores, aqueles que almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a
Deus e aos irmãos. .
IV - SERVIÇO -
RAZÃO DE SER DO MINISTÉRIO
1. O exemplo do
Mestre. Para
cumprir sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se
temporariamente de sua glória plena (Jo 17.14; Fp 2.5-10). Paulo diz que Ele
assumiu a forma de servo, mais que isso, a forma de escravo (Fp 2.6-8). Jesus
lavou os pés dos discípulos para lhes ensinar uma importante lição. Sendo Ele
Senhor e Salvador, deu prova de que se comportava como servo (Jo 13.4,5). [Comentário: A Bíblia nos exorta a que tenhamos o mesmo
sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-8). Qual foi esse sentimento?
1. Subsistindo em
forma de Deus - literalmente, Paulo quer dizer que Jesus é Deus.
2. Não julgou como
usurpação o ser igual a Deus - isto é, não quis se aproveitar do fato de ser
Deus em benefício próprio.
3. A si mesmo se
humilhou - Jesus veio a este mundo para servir e não pra ser servido.
4. Tornando-se
obediente até a morte e morte de cruz - Ele foi servo até o último segundo de
vida.
Jesus nunca deixou nem
deixará de nos servir. Somos eternos beneficiários do serviço dele. Isso deve
despertar em nossos corações a vontade de servir às pessoas enquanto o
seguimos, visto que ele nos amou, entregou sua vida por nós e segue nos
servindo na trilha da vida. O coração daqueles que seguem os passos de Jesus
não é dominado pelo desejo de grandeza e de aplausos, mas sim pelo propósito de
servir mais e melhor aos que precisam de ajuda, não lhes importando o quanto
isso possa lhes custar (Lucas 10.25-35).].
2. O exemplo de Paulo. Paulo era um
servo fiel. Após seu encontro com Jesus sua vida foi utilizada em prol da
Igreja. Ele não mediu esforços para servir. Sua pregação foi sempre autêntica.
Ele jamais usou de fraudulência. Hoje há muitos falsos obreiros que se
aproveitam dos fiéis e da Igreja para obter ganho financeiro. Um dos requisitos
recomendado por Paulo a quem deseja ser pastor é ser obreiro "não
cobiçoso de torpe ganância" (1 Tm 3.3). No mesmo espírito, Pedro escreveu
que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor "tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância" (1 Pe 5.2). [Comentário: A palavra pastor
nunca aparece na Bíblia como sendo uma profissão, e sim, como um ministério. Em
Atos 20.17 e 28 aprendemos que os presbíteros da igreja deveriam pastorear o
rebanho. Pastorear não é exercer um cargo. e sim cuidar do estado espiritual
daqueles que foram salvos por Cristo Jesus. O apóstolo Paulo nos dá um exemplo
de como se age com pessoas, mesmo cheio de problemas - e até fazendo oposição
ao ministério, como foi o caso dos coríntios. A estes Paulo escreve: "Eu
de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas.
Se mais vos amo, serei menos amado?" (2Co 12.15). O pastor segundo o
coração de Deus não tem pena de si - ele se entrega e se gasta em beneficio das
ovelhas de Cristo.].
3. O exemplo de
Timóteo. Timóteo foi um pastor exemplar, que demonstrou ter um
caráter imaculado. Sua mãe Eunice e sua avó Loide eram crentes judias que muito
contribuíram para sua formação espiritual e moral.
Ele cuidou da Igreja
com zelo e não teve medo de se opor aos falsos mestres que estavam tentando
seduzir os crentes em relação à salvação pela fé em Jesus. O líder de uma
Igreja precisa ser corajoso e plenamente comprometido com Jesus Cristo. Ele
também demonstrou não buscar a glória para si. Infelizmente, há líderes que são
movidos a elogios, ou mesmo por lisonjas. Isso é perigoso para o ministério
pastoral de qualquer pessoa. [Comentário: Timóteo foi um dos líderes mais destacado da
igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas. Ele era jovem, tímido
e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra. A esse jovem
líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas espístolas. Sua mãe era judia e
seu pai grego (At 6.1). Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade e também
fora de seu domicilio (At 16.2). Timóteo foi educado à luz das Escrituras desde
sua infância (2Tm 3. 14,15). Tanto sua avó Loide, como sua mãe Eunice eram
mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter fé sem
fingimento desde a sua juventude (2 Tm 1.5). Em Filipenses capítulo 2. 19 a 24,
o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante líder
espiritual. Vejamos quais são essas marcas:
1. Timóteo, um líder
que cuida dos interesses do povo. O líder é um sevo. Ele não visa seus próprios
interesses, mas cuida dos interesses do povo de Deus. Timóteo não cuidava dos
interesses do povo para alcançar com isso algum favor pessoal. Ele não usava as
pessoas. Sua relação com as pessoas não era utilitarista. O apóstolo Paulo diz:
“Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos
interesses” (Fp 2.20). Jesus foi o maior de todos os líderes e ele disse que
não veio para ser servido, mas para servir. Quando seus discípulos disputavam
entre si quem era o maior dentre eles, Jesus tomou a bacia e a toalha e lavou
os pés dos dicípulos. Liderança cristã é influência por meio do serviço
abnegado.
2. Timóteo, um líder
de caráter provado. Timóteo era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em
Cristo. Ele era comprometido com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado
à igreja. Timóteo não buscava glória para si mesmo. Ele não construía
monumentos ao seu próprio nome. Ele buscava na igreja os interesses de Cristo.
Paulo denuncia o fato de existirem na igreja homens que buscavam interesses
próprios, porém Timóteo, diferente desses, buscava os interesses de Cristo.
Leiamos o registro do apóstolo: “…pois todos eles buscam o que é seu próprio,
não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21).
3. Timóteo, um líder
de caráter provado. Timóteo tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele
era um homem consistente na teologia e na conduta. Seu caráter era provado.O
apóstolo escreve: “E conheceis o seu caráter provado…” (Fp 2.22). Timóteo era
um homem irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja. A
vida do líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performace, mas
sobre tudo, integridade. John Maxwell definiu liderança como influência. Um
líder influencia sempre: para o bem ou para o mal. A liderança jamais é neutra.
Um líder é bênção ou maldição. Timóteo era uma bênção, pois sua vida
referendava seu ensino.
4. Timóteo, um líder
consagrado à causa do evangelho. Timóteo não era um líder subserviente a
homens. Ele servia ao evangelho. Paulo escreve: “…pois serviu ao evangelho,
junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2.22). Ele era servo de Deus, dedicado ao
serviço do evangelho. Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos
homens. Quem serve a Deus não depende de elogios nem teme as criticas. Quem
serve a Deus não anda atrás de holofotes. Servir a Deus é servir ao evangelho,
é colocar a vida a serviço do reino de Deus na proclamação e ensino do
evangelho.
Estamos nos preparando
para uma importante eleição de oficiais em nossa igreja. Que olhemos para o
testemunho de Timóteo e busquemos em Deus a direção para a escolha da nossa
liderança espiritual. http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/04/timoteo-um-lider-digno-de-ser-imitado/#.Va7ktKRViko].
SÍNTESE DO
TÓPICO IV
A razão de ser do ministério pastoral e
do diaconato é o serviço a Deus.
CONCLUSÃO
Os pastores e diáconos
são obreiros, instituídos pelo Senhor, para auxiliar os servos de Deus. Não
importa a função que você exerça na Igreja de Cristo, seja você um pastor ou um
diácono, o importante é que "todos sejam um" para a glória de Deus
(Jo 17.21), sabendo que para Ele todo serviço tem a sua importância e valor. [Comentário: O chamado é o começo de tudo. Podemos pensar
que ele acontece no momento da conversão ou também após (At 9.3-9). De qualquer
forma, é uma experiência marcante e decisiva que muda nossa vida e nossa
trajetória. Há alguns casos bem conhecidos na Bíblia como José, Abraão, Moisés,
Isaías dentre outros. Em todos esses casos houve uma mudança radical na vida e
trajetória dessas pessoas, ou seja, 1. eles nunca mais foram os mesmos. 2. seus
destinos foram determinados pelo Senhor Deus. 3. suas vidas obedeceram um
programa divino (Rm 8.30). Novamente, chama-nos a atenção a pessoa de Jesus.
Ele tinha muito clara a visão do seu chamado, a ponto de dizer “minha comida e
minha bebida é fazer a vontade do meu pai que está no céu”. De fato, o chamado
de Deus para nós, torna-se a razão da nossa vida... (2Co 5.14-15; 1Co 10.31).
Por fim, antes de pensarmos em serviço ou ministério, precisamos pensar se
somos ou não servos. Infelizmente, essa palavra praticamente caiu em desuso.
Quase não se ensina a respeito deste assunto. Por essa razão, a maioria dos
cristãos não vivem como servos.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2015
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Paulo
inicia o capítulo três falando a respeito de que assunto?
Ele
fala a respeito da função do pastor.
Qual
a função primordial do pastor?
Cuidar
das ovelhas do Senhor.
Quem
separa e escolhe o homem para o ministério pastoral?
Deus.
Quais
as principais qualificações morais de um pastor?
Ele
deve ser: honesto, sincero, verdadeiro, etc.
Qual
o significado da palavra "diácono"?
Significa
"aquele que serve".
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63,
p. 39.
Você encontrará mais subsídios para
enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE
LEITURA
Disciplinas para
o Homem Cristão
Embora a disciplina
seja mencionada com muita frequência na Bíblia, os escritores contemporâneos
têm se mostrado omissos a este respeito.
O Pastor e seu
Ministério
O autor aborda as
múltiplas funções do ministro do evangelho, abrangendo a administração da
Igreja, a vocação do obreiro para a obra ministerial, suas atividades no santo
ministério.
Manual do Diácono
Um manual para
subsidiar os diáconos no exercício de suas funções e como ser eficaz no serviço
do seu ministério. Um livro que procura
auxiliar com dicas e orientações.