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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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21 de julho de 2015

Lição 4: Pastores e Diáconos

26 de Julho de 2015

TEXTO ÁUREO

"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar." (1 Tm 3.2)

VERDADE PRÁTICA
Os pastores e os diáconos são líderes, escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem do serviço cristão na igreja local.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Fp 1.1
Saudação a todos os servos de Jesus Cristo 
Terça - Mt 20.28
Jesus veio não para ser servido, mas para servir
Quarta - Mt 27.55,56
Mulheres que serviam a Jesus com dedicação
Quinta - Jo 12.26
Deus honra a quem serve a Jesus com sinceridade
Sexta - 1 Tm 2.10
Mulheres que servem a Deus com boas obras
Sábado - At 20.28
Constituídos para apascentar o rebanho de Deus


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 3.1-4,8-13
1 - Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
2 - Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 - não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
4 - que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
8 - Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
9 - guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
10 - E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 - Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
12 - Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
13 - Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização de que o pastorado e a diaconia são ministérios dados por Deus. 

HINOS SUGERIDOS: : 337, 363, 600 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
1.             Tratar a respeito do episcopado.
2.             Apresentar as qualificações e atribuições de um líder.  
3.             Refletir a respeito do diaconato. 
4.             Conscientizar-se de que o serviço é a razão de ser do ministério.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito dos pastores e diáconos. A palavra grega usada para bispo no capítulo três de 1 Timóteo é episkopos. Esta mesma palavra é utilizada como sinônimo de presbítero e ancião. Paulo mostra que aqueles que desejam o episcopado, excelente obra desejam. Porém, logo a seguir ele apresenta as qualificações morais e espirituais que este ministério exige. Paulo relaciona quinze qualificações que podem ser vistas dos versículos 2 a 7 do capítulo três. Estas qualificações não são obtidas nos seminários ou nos bancos das universidades, mas são resultados de um caráter transformado e regenerado pelo Senhor Jesus. O líder é alguém que influencia as pessoas, por isso, precisa ser exemplo. É necessário que ele tenha uma vida ilibada e esteja disposto a servir, pois ser líder é acima de tudo ser servo.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo dá inicio ao capítulo três da Primeira Epístola de Timóteo, falando a respeito do trabalho pastoral. Ser pastor não é abraçar uma profissão, mas um ministério divino cuja função primordial é cuidar das ovelhas do Senhor. Nenhum pastor tem condições de cuidar do rebanho sozinho. São necessários ajudantes, por isso, neste mesmo capítulo, o apóstolo Paulo fala a respeito do diaconato. 
Na lição de hoje estudaremos a respeito do pastorado e do diaconato, duas funções de extrema importância para o crescimento do Reino de Deus. [Comentário:  Strongs NT 1985: ἐπίσκοπος ἐπίσκοπος, ἐπισκόπου, ὁ (ἐπισκέπτομαι), um supervisor, um homem incumbido do dever de ver que coisas a serem feitas por outros são feitos com razão, qualquer curador, tutor, ou superintendente. A palavra tem o mesmo sentido abrangente nos escritos gregos de Homero Odys. 8, 163; Ilíada 22; Assim, no Novo Testamento ἐπίσκοπον τῶν ψυχῶν, guardião das almas, aquele que cuida de seu bem-estar (1Pe 2.25; Hb 13.17), especificamente, o superintendente, superintendente de cabeça ou de qualquer igreja cristã (At 20.28; Fp 1.1; 1Tm 3.2; Tt 1.7). A palavra "episcopado" significa pastorado, dado que as palavras gregas "epíscopos", "poimen" e "presbítero" são de significado idêntico - bispo, pastor, presbítero ou ancião. Paulo e Barnabé escolheram irmãos em Cristo, os mais velhos, em cada igreja (At 14.19-23). Paulo orienta Tito a escolher “homens mais velhos ( presbíteros)” (Tt 1.1-5), para que fossem “supervisores (bispos)” (Tt 1.5-9). Os “supervisores (bispos)” das passagens bíblicas eram "homens mais velhos ( presbíteros)", lembrando que a palavra grega "presbítero" não significa necessariamente uma "pessoa idosa" (compare o filho mais novo (neoteros) (Lc 15.13) com o filho mais velho (presbuteros) (Lc 15.25). Assim, Paulo ensina que aquele que anseia, deseja, o pastorado, ou o bispado, excelente obra deseja. De fato, o pastorado é um ministério especialmente digno de nota. O pastor é aquele que leva o rebanho às pastagens melhores e mais seguras. “Episkopoi” é o superintendente ou bispo e o trabalho que estes tinham era o de supervisores, ou seja, os que detinham a nobre função episcopal eram aqueles que visitavam, cuidavam e zelavam dos homens para o bem dos mesmos (STRONG:1984). Em suma, estes eram os cuidadores dos cristãos e, traduzindo para o nosso português, eles eram os atuais pastores.]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?

I - QUEM DESEJA O EPISCOPADO
1. "Excelente obra deseja". "Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja" (v.1). Em sua carta a Timóteo, Paulo assevera que almejar o episcopado, ou seja, o pastorado é aspirar uma obra excelente. Contudo, é importante ressaltar que a função pastoral não é uma profissão ou um meio para ascender social e economicamente.  [Comentário:  O Pastor ou Bispo é um líder que cuida principalmente da vida espiritual do seu rebanho, mas não descuida nenhum aspecto da vida da comunidade. Para isto ele deve ser especialmente chamado e vocacionado por Deus, e deve ter como prioridade servir abnegada e totalmente ao Senhor na pessoa do rebanho que lhe foi confiado. Deve dar o exemplo de vida cristã. Ser marido de uma só mulher (casado, portanto), vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não vicioso, nem espancador, não avarento, nem ganancioso, mas moderado em todas as coisas. Estas qualificações por si só, já descrevem o que é ser pastor. Diferentemente da ideia exposta hoje, principalmente pelos defensores da teologia da prosperidade, aquele que deseja o episcopado deve estar preparado para passar necessidades, sofrer injúrias e calunias. Ser pastor é não ter outro interesse senão o pregar a Cristo. É não se envolver nos negócios deste mundo, buscando riquezas, fama e posição. É saber dizer não quando o coração disser sim. É não ir à casa dos ricos em detrimento dos pobres. É não dar atenção demasiada para uns, esquecendo-se dos outros. É não ficar do lado dos jovens, em detrimento dos adultos e vice-versa. Ser pastor é não envolver-se em demasia com as pessoas, ao ponto de se perder a linha divisória do amor e do respeito, do carinho e da disciplina. Ser pastor é não aceitar subornos nem tampouco desprezar os não expressivos. O pastorado é um ministério muito especial, com muitos espinhos e dificuldades, mas também repleto das graças maravilhosas e incomparáveis.].
2. A chamada. O ministério pastoral vem de Deus. É Ele que escolhe. Muitos são escolhidos e separados apenas pelos homens, mas não por Deus. Paulo afirma que foi chamado pelo Senhor desde o ventre de sua mãe (Gl 1.15). Deus também vocacionou Jeremias para ser profeta antes do seu nascimento (Jr 1.5). Quem é chamado não só tem a convicção do convite, mas apresenta um perfil que agrada a Deus. [Comentário:  A chamada para o ministério Pastoral tem duas características fundamentais:  a) A determinação de Deus (soberania) somente por sua graça; b) A incapacidade do homem em exercer a missão, o ministério (2 Co 3.5). Erwin Lutzer define chamado como “uma convicção interior, dada pelo Espírito Santo e confirmada pela Palavra de Deus e pelo Corpo de Cristo” – “Tal é a confiança que temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Co 3.4-6). Ninguém ingressa no ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e persuadida para o mesmo. Este direcionamento da vontade é fruto da chamada de Deus, o que é um fator decisivo. Ninguém pode, como tentou Simão (Atos 8.18-19), comprar um dom espiritual. Deus chama e trabalha na vontade humana, direcionando-a ao ministério. A declaração doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz no capítulo 11 sobre o Ministério da Palavra: “Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu Reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua palavra. O pregador da palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo”. Charles Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores, ponderou algumas coisas muitos pertinentes: “Homens que ousam declarar-se embaixadores de Cristo precisam compreender mais profundamente que o Senhor lhes ‘entregou’ a palavra da reconciliação (2 Co 5.18,19)...Preferiria que vivêssemos em duvida e nos examinássemos muitíssimas vezes, do que tornarmos empecilhos no ministério... Ser pastor sem vocação é como ser membro professo e batizado sem conversão...”. Esse chamado, portanto, não é uma escolha pessoal, uma profissão religiosa, mas uma chamada irresistível para servir ao Senhor em Seu nome e para a Sua glória. Gosto muito do pensamento: “Deus não chamou homens extraordinários para um trabalho comum, mas homens comuns para um trabalho extraordinário”].
3. O preparo. Deus chama, porém, o preparo cabe aos seus servos. O pastor precisa ter conhecimento bíblico (o que deve saber), teológico e habilidades ministeriais (o que deve ser capaz de fazer). Seu preparo não termina quando conclui um seminário teológico, mas se dá durante toda a sua jornada.  Em o Novo Testamento vemos que os apóstolos foram chamados, mas só foram enviados após algum tempo de aprendizado com Jesus (Mc 6.7; Mt 10.16; Lc 10.1). O exemplo de Paulo também é bem significativo. Ele foi chamado, já possuía o conhecimento da Lei, pois teve como professor o renomado Gamaliel, mas partiu para a Arábia e ali ficou três anos se preparando para exercer seu ministério junto aos gentios (Gl 1.17,18). Paulo foi enviado pelo Espírito Santo (At 13.4). [Comentário:  A chamada envolve a aceitação de alguns atributos, de alguns postulados indispensáveis ao exercício do ministério pastoral: fidelidade consciente à Palavra de Deus, crença inabalável no valor da alma humana, convicção firme de que fora de Cristo não há salvação, reconhecimento de que existe um inimigo pessoal e dedicação completa da vida ao Espirito Santo. O ministério pastoral é uma obra de excelência e exige caráter cristão maduro e estável e uma vida pessoal boa e ordenada. Não há pastores perfeitos, mas o pastor há de ser alguém que persegue a perfeição, já que a obra do Ministério da Palavra é uma obra excelente, que exige excelência. O pastor tem como seu modelo e exemplo Jesus Cristo, o que faz com que tenha a incumbência de apascentar o seu rebanho e treiná-lo no serviço da igreja. Já a igreja tem a missão de expandir o Reino de Deus. Os pastores vão e vem, mas a igreja, como corpo de Cristo, permanece. Quando o pastor é fervoroso, ativo e eficiente os membros da igreja são espiritualmente vigorosos e ativos. Daí a importância da pregação pastoral. É neste sentido que o apóstolo Paulo desenvolve a doutrina do ministério cristão no texto de 2 Coríntios 2.14 a 7.16. Sem a convicção inabalável da incumbência divina ninguém deve entrar no serviço ministerial. Com a certeza da sua vocação, a experiência do poder do Evangelho na sua vida, o amor ao povo e o desejo ardente de servir como embaixador de Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no preparo dos sermões para a orientação de conforto espiritual do seu povo e no desenvolvimento da sua igreja no cumprimento da missão. Texto extraído de: http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=152:a-excelencia-do-pastorado&catid=28:artigos&Itemid=33; acesso em 21 JUL 15].

PONTO CENTRAL
Deus vocaciona e separa homens para o diaconato e para o ministério pastoral. 

SÍNTESE DO TÓPICO I
Almejar o episcopado é aspirar uma obra excelente. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 "Se algum homem deseja ser 'bispo', deseja um encargo nobre e importante. É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (1 Tm 3.1-10; 4.12) e pela igreja, porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem uma visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro. 
Os padrões bíblicos do pastor, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daqueles que perseveram na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, [isto é] que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mateus 25.21 de que ser 'fiel sobre o pouco' conduz à posição de governar  'sobre o muito'" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1867). 

 O ministério pastoral vem de Deus. É Ele que escolhe. Muitos são escolhidos e separados apenas pelos homens, mas não por Deus.

CONHEÇA MAIS
*O diácono
"Sua forma verbal (diakonein) significa 'servir', particularmente 'servir às mesas'. Tem a conotação de um serviço muito pessoal, intimamente ligado ao servir por amor. Para os gregos, o serviço era raramente dignificado; o desenvolvimento próprio deveria ser a meta de uma pessoa ao invés de humilhação. O judaísmo conserva uma visão diferente sobre o serviço. Isso está exemplificado no segundo mandamento. Foi isso que o nosso Senhor ensinou quando lavou os pés dos seus discípulos" (Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 552).
 O pastor deve amar sua esposa "como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela".

II - QUALIFICAÇÕES E ATRIBUIÇÕES DOS PASTORES E DIÁCONOS (3.1-13)

1. Atribuições dos pastores (vv. 1-7). Os que almejam o pastorado necessitam conhecer as atribuições e qualificações que tal atividade exige. Na hora da escolha de um candidato ao santo ministério da Palavra, o líder e a igreja de um modo geral precisam ver no aspirante algumas características. [Comentário:  ‘Não entre no ministério se puder passar sem ele’, foi o conselho profundamente sábio de um teólogo a alguém que procurou a sua opinião’ ....se não amar a sua vocação, logo sucumbirá  ou desistirá da luta, ou prosseguirá descontente, sob o peso cego de uma monotonia tão fastidiosa como a de um  cavalo cego girando um moinho. .. Cingidos desse amor, vocês serão intrépidos; despidos desse cinto mais que magico da vocação irresistível, consumir-se-ão  na desventura...Leia cuidadosamente  as qualificações do bispo, registradas em 1 Timóteo 3.2-7 e Tito 1.6-9. Se esses dons e graças não estiverem em vocês, e com abundancia, é possível que tenham bom êxito como evangelistas, mas como pastores não terão nenhum valor”. Moisés e Jeremias se sentiram totalmente incapazes para a missão de liderarem o povo de Deus. As expressões de Moisés: “quem sou eu para ir a Faraó...?” (Ex 3.11); “Ah, Senhor! Eu nunca fui um bom orador, nem antes, nem agora, que falaste ao teu servo, pois sou pesado de língua...Ah, Senhor! Peço-te que envies outro que queiras enviar” (Ex 4.10,13); e de  Jeremias : “Ah, Senhor Deus! Eu não sei falar, pois sou apenas um menino” (1.6), revelam a nossa incapacidade para o exercício do ministério. John J. Jowett, falando aos alunos de Yale, sobre “A Vocação do pregador”, disse: “Já trabalhei no ministério cristão mais de vinte anos. Amo a minha vocação. Gozo ardente deleite nos seus serviços... Uma só é a minha paixão e por ela tenho vivido: A obra absorventemente árdua , gloriosa embora, de proclamar a graça e o amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo... O chamado do Eterno tem que ressoar através das recamaras da sua alma de modo tão claro como o som dos sinos matinais ressoa pelos vales da Suiça, convocando os compônios para a oração e louvor...A singularidade das nossas circunstancias e a espantosa singularidade de nossas almas fornecem o meio pelo qual ouvimos a voz do Senhor...A certeza de ser enviado é o elemento vital da nossa comissão. Mas ouçamos de novo a Palavra de Deus: ‘ Não mandei profetas, e todavia eles foram correndo; não falei a eles e, todavia,  profetizaram’. Texto extraído de : http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/oswaldo-jacob/4302-o-imperativo-do-chamado-para-o-ministerio-pastoral].
2. Qualificações espirituais e ministeriais. Paulo apresenta uma lista de 15 qualificações. A primeira, como não poderia deixar de ser, é ter uma vida irrepreensível (v. 2), ou seja, santa. Viver em santidade não é fácil, mas é possível, pois o Espírito que no crente habita quer operar a santificação. O pastor é o exemplo para o rebanho, por isso, precisa ter uma vida ilibada. O pastor também precisa ter conhecimento bíblico, sendo "apto a ensinar" (3.2); ter bom testemunho diante da igreja e dos descrentes (3.7);  não ser neófito, inexperiente (3.6). [Comentário:  Por que estudar sobre a qualificação dos líderes?
1 Porque a Palavra de Deus fala sobre este assunto;
2 Porque dará discernimento à igreja para avaliar e confrontar seu(s) líder(es) (1Tm 5.19-21);
3 Porque serve para o líder ou futuro líder fazer uma auto-avaliação;
4 Porque conseguiremos diferenciar presbíteros de diáconos e conhecer outras expressões;
5 Porque a maior parte dessas qualificações todo crente deve buscar, independentemente do desejo ou possibilidade de ser líder;
6 Porque é a maneira de Deus orientar a igreja para que ela reconheça ou não a pessoa como líder.
Note que a expressão “é necessário” demonstra que as instruções de Paulo não são meras dicas. Na verdade, são condições impostas àqueles que desejam ser ministros do evangelho. Paulo elenca pelo menos, quinze quesitos como: ser irrepreensível, cônjuge fiel, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar (intelectualmente, moralmente e didaticamente), moderado com a bebida, não violento, amável, pacífico e não avarento ou cobiçoso. Além disso, deve ter uma educação familiar exemplar e ser um ótimo marido. O ministério pastoral não pode aceitar novos na fé e nem crentes imaturos. Resumindo: o candidato ao ministério pastoral deve ter (e viver) uma boa reputação.].
3. Qualificações familiares. Ser casado e ter uma vida conjugal saudável (3.2). O pastor deve amar sua esposa "como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25). Precisa governar bem toda a sua família, seus filhos precisam ser crentes e darem bom testemunho (3.4). Se o pastor não cuida da sua família, que é seu primeiro rebanho, como cuidará do rebanho do Senhor? [Comentário:  Desde os primórdios da igreja os exegetas tentam descobrir exatamente o que Paulo quer dizer com o seu "marido de uma só mulher". A qualificação aparece nas duas listas. Há três interpretações possíveis para “esposo de uma só mulher” em 1 Timóteo 3:2. (1) Talvez essa passagem esteja dizendo apenas que um polígamo não é qualificado para ser um pastor/ presbítero/ diácono. Essa é a interpretação mais literal da frase, mas aparenta ser improvável já que poligamia era bem rara durante a época que Paulo estava escrevendo. (2) A frase também pode ser traduzida como “homem de uma mulher só”. Isso indicaria que um bispo deve ser completamente leal à mulher com quem é casado. Essa interpretação se focaliza mais em pureza moral do que em estado civil. (3) Essa frase também pode estar declarando que para ser um pastor/presbítero/diácono, um homem só pode ter sido casado uma vez, com exceção do caso de um viúvo que se casou de novo. As interpretações (2) e (3) são as mais prevalentes hoje. Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZVFF8QC. D. A. Carson - Em alguns aspectos essa é a mais difícil ou disputada qualificação da lista. Ela tem sido interpretada de diversas formas. Alguns pensam que significa que este homem deve ser casado - que ele deve ser um marido. Essa interpretação é altamente improvável. Está claro que Paulo não era casado, pelo menos naquele momento da vida dele, e certamente o Senhor Jesus nunca foi casado. Em 1 Coríntios 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em ser solteiro no ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no ministério, e a condição de solteiro não deveria ser menosprezada. É altamente improvável que esse texto, então, estipule que um presbítero tenha que ser casado.].
4. Qualificações morais. Ser honesto, sincero, verdadeiro (3.2); hospitaleiro, ou acolhedor, sabendo tratar bem as pessoas (3.2); não dado ao vinho, não usuário de bebidas alcoólicas (3.3); não espancador, ou seja não violento, agressivo (3.3; Gl 5.22); não cobiçoso nem ganancioso (3.3); ser sóbrio (3.2),  simples,  moderado (3.3); não contencioso (3.2; 2 Tm 2.24); não avarento (3.3; 6.10). Infelizmente, há igrejas que desprezam esses aspectos na hora de separar pessoas ao ministério pastoral. [Comentário:  A primeira qualificação de um pastor/presbítero/diácono é que ele seja “irrepreensível” (1 Timóteo 3:2). Se divórcio/ novo casamento resulta em um pobre testemunho para aquele homem em sua igreja ou comunidade, talvez a qualificação de ser “irrepreensível” o exclua, ao invés da exigência de “esposo de uma só mulher”. Um pastor/presbítero/diácono é para ser um homem do qual a igreja e comunidade podem se orgulhar e ter como exemplo de um líder que é como a Cristo e tem liderança religiosa. Se seu divórcio/ novo casamento detrata desse objetivo, talvez ele não deva exercer a posição de pastor/ presbítero/diácono. É importante lembrar, no entanto, que só porque um homem é desqualificado de servir como um pastor/presbítero/diácono, que isso não significa que ele não é um membro valioso do Corpo de Cristo. Todo Cristão possui dons espirituais (1 Coríntios 12:4-7) e é chamado para edificar outros crentes com seus dons (1 Coríntios 12:7). Um homem que é desqualificado da posição de pastor/ presbítero/diácono ainda pode ensinar, pregar, servir, orar, louvar e fazer uma parte importante da liderança da igreja.Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZW4Jug9. A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto, é no grego "anepleptos". Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim 3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa inacusável. Independente ser ou não o causador do divórcio ( se é que existe tal condição ), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas e será usado pelo Diabo para escandalizar e envergonhar o evangelho. Existe "pastor" que se casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.].

SÍNTESE DO TÓPICO II
A Palavra de Deus mostra as qualificações que os que almejam o diaconato e o pastorado precisam ter. 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 "Quinze qualificações (3.2-7). Os versículos relacionam 15 qualidades a serem consideradas quando da seleção de bispos. Observe que entre as qualificações, não aparece a capacitação em seminário ou a posse de algum dom espiritual em particular. Observe o breve esboço do caráter do bispo (3.2-7).
Irrepreensível: inteiramente fiel à sua esposa;
Esposo de uma só mulher; inteiramente fiel à sua mulher;
Temperante: sóbrio, solícito e modesto;
Domínio próprio: discipulado, moderado;
Respeitável: modesto, honrado, bem-comportado;
Hospitaleiro: que recebe bem os visitantes;
Apto para ensinar; capacitado a explicar e aplicar os ensinamentos;
Não dado à embriaguez; não dado ao vinho;
Não violento; não dado à hostilidade, ao antagonismo;
Gentil: bondoso, razoável, de boa família;
Não contencioso: não combativo, inimigo de contendas;
Não avarento: preocupado com as pessoas, não com as finanças;
Bom governante de sua família: administra a vida familiar;
Não seja um recém-convertido: maduro e humilde;
Reputação imaculada: admitido pelos de fora" 
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 835).

III - O DIACONATO (8-13)  
1. Os diáconos. A palavra diácono significa "aquele que serve". Assim como o pastor, eles são chamados para servir à Igreja do Senhor. Os diáconos tiveram e têm um papel muito importante no crescimento da Igreja. Infelizmente, hoje em algumas igrejas, o ofício de diácono parece ter perdido sua importância. Em geral, são chamados para essa função os novos crentes, todavia, esse não é o padrão do Novo Testamento. [Comentário:  O termo diácono (do grego antigo διάκονος, "ministro", "servo", "ajudante") Neste sentido todos os membros da igreja são diáconos (servos) de Deus.  Todos devem ministrar aos outros. Paulo recomendou uma mulher chamada Febe, “a qual serve na igreja que está em Cencréia,” Rm. 16:1.  Ela não foi uma diaconisa e que saibamos, não ocupou nenhum cargo na igreja.  Mas era uma boa serva de Deus e muito útil para o trabalho. Todos os membros devem servir uns aos outros.  Devem fazer tudo necessário para o bem estar da igreja. A palavra diácono sendo usada pela primeira vez em referência a ajudantes da igreja no livro de Atos. "E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas" (Atos 6:2). Os homens que estavam alimentando o rebanho ao pregar e ensinar perceberam que não era certo abandonar essas atividades para servir às mesas, por isso encontraram alguns outros homens que estavam dispostos a servir e ministrar às necessidades físicas da igreja enquanto eles ministravam às necessidades espirituais. Era uma melhor utilização dos recursos e um melhor uso dos dons de cada um. Isso também envolvia mais pessoas no atendimento e auxílio uma à outra.].
2. Chamado para servir. Assim como os pastores, aqueles que almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a Deus e aos irmãos. Hoje muitos querem ser servidos, mas poucos seguem o exemplo de Jesus e querem servir. 
Em Atos 6.1-7 encontramos várias qualificações que foram exigidas dos primeiros diáconos. Porém, na sua carta a Timóteo, Paulo indica outros importantes requisitos para o diaconato. 
3. Qualificações. Aqueles que exercem a função de diácono necessitam ser honestos, não de língua dobre (mentiroso, fofoqueiro), não dado ao vinho (que não tenha nenhum tipo de vício), não cobiçoso, ganancioso, tendo uma boa consciência, que governem bem sua família (vv. 8,9,12). Você tem estas qualificações? O ministério cristão é algo muito sério. [Comentário:  Hoje, para a igreja bíblica, esses papéis são essencialmente os mesmos. Os presbíteros e pastores devem "pregar a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoestar, repreender, exortar, com toda longanimidade e ensino" (2 Timóteo 4:2), e os diáconos devem cuidar de tudo o mais. As responsabilidades de um diácono podem incluir tarefas administrativas ou organizacionais, servir como atendente ou porteiro nos cultos, cuidar da manutenção do edifício ou servir como tesoureiro da igreja. Isso depende das necessidades da igreja e dos dons dos homens disponíveis.

As responsabilidades de um diácono não são claramente listadas ou descritas nas Escrituras. Assume-se que sejam todas as tarefas não realizadas pelos presbíteros ou pastores. Entretanto, as qualificações para um diácono são claramente delineadas nas Escrituras. Eles devem ser irrepreensíveis, marido de uma só mulher, bons governantes de seus lares, respeitáveis, honestos, não viciados em álcool e não gananciosos (1 Timóteo 3:8-12). De acordo com a Palavra, o ofício de diácono é uma honra e uma bênção. "Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:13). Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/responsabilidades-diaconos-igreja.html#ixzz3gZaUJkXQ].

SÍNTESE DO TÓPICO III

Cabe ao diácono servir a Igreja do Senhor. 
 Assim como os pastores, aqueles que almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a Deus e aos irmãos. .

IV - SERVIÇO - RAZÃO DE SER DO MINISTÉRIO
1. O exemplo do Mestre. Para cumprir sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se temporariamente de sua glória plena (Jo 17.14; Fp 2.5-10). Paulo diz que Ele assumiu a forma de servo, mais que isso, a forma de escravo (Fp 2.6-8). Jesus lavou os pés dos discípulos para lhes ensinar uma importante lição. Sendo Ele Senhor e Salvador, deu prova de que se comportava como servo (Jo 13.4,5). [Comentário:  A Bíblia nos exorta a que tenhamos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-8). Qual foi esse sentimento?
1. Subsistindo em forma de Deus - literalmente, Paulo quer dizer que Jesus é Deus.
2. Não julgou como usurpação o ser igual a Deus - isto é, não quis se aproveitar do fato de ser Deus em benefício próprio.
3. A si mesmo se humilhou - Jesus veio a este mundo para servir e não pra ser servido.
4. Tornando-se obediente até a morte e morte de cruz - Ele foi servo até o último segundo de vida.
Jesus nunca deixou nem deixará de nos servir. Somos eternos beneficiários do serviço dele. Isso deve despertar em nossos corações a vontade de servir às pessoas enquanto o seguimos, visto que ele nos amou, entregou sua vida por nós e segue nos servindo na trilha da vida. O coração daqueles que seguem os passos de Jesus não é dominado pelo desejo de grandeza e de aplausos, mas sim pelo propósito de servir mais e melhor aos que precisam de ajuda, não lhes importando o quanto isso possa lhes custar (Lucas 10.25-35).].
2. O exemplo de Paulo. Paulo era um servo fiel. Após seu encontro com Jesus sua vida foi utilizada em prol da Igreja. Ele não mediu esforços para servir. Sua pregação foi sempre autêntica. Ele jamais usou de fraudulência. Hoje há muitos falsos obreiros que se aproveitam dos fiéis e da Igreja para obter ganho financeiro. Um dos requisitos  recomendado por Paulo a quem deseja ser pastor é ser obreiro "não cobiçoso de torpe ganância" (1 Tm 3.3). No mesmo espírito, Pedro escreveu que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor "tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância" (1 Pe 5.2). [Comentário: A palavra pastor nunca aparece na Bíblia como sendo uma profissão, e sim, como um ministério. Em Atos 20.17 e 28 aprendemos que os presbíteros da igreja deveriam pastorear o rebanho. Pastorear não é exercer um cargo. e sim cuidar do estado espiritual daqueles que foram salvos por Cristo Jesus. O apóstolo Paulo nos dá um exemplo de como se age com pessoas, mesmo cheio de problemas - e até fazendo oposição ao ministério, como foi o caso dos coríntios. A estes Paulo escreve: "Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas. Se mais vos amo, serei menos amado?" (2Co 12.15). O pastor segundo o coração de Deus não tem pena de si - ele se entrega e se gasta em beneficio das ovelhas de Cristo.].
3. O exemplo de Timóteo. Timóteo foi um pastor exemplar, que demonstrou ter um caráter imaculado. Sua mãe Eunice e sua avó Loide eram crentes judias que muito contribuíram para sua formação espiritual e moral. 
Ele cuidou da Igreja com zelo e não teve medo de se opor aos falsos mestres que estavam tentando seduzir os crentes em relação à salvação pela fé em Jesus. O líder de uma Igreja precisa ser corajoso e plenamente comprometido com Jesus Cristo. Ele também demonstrou não buscar a glória para si. Infelizmente, há líderes que são movidos a elogios, ou mesmo por lisonjas. Isso é perigoso para o ministério pastoral de qualquer pessoa. [Comentário:  Timóteo foi um dos líderes mais destacado da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas. Ele era jovem, tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra. A esse jovem líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas espístolas. Sua mãe era judia e seu pai grego (At 6.1). Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade e também fora de seu domicilio (At 16.2). Timóteo foi educado à luz das Escrituras desde sua infância (2Tm 3. 14,15). Tanto sua avó Loide, como sua mãe Eunice eram mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter fé sem fingimento desde a sua juventude (2 Tm 1.5). Em Filipenses capítulo 2. 19 a 24, o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante líder espiritual. Vejamos quais são essas marcas:
1. Timóteo, um líder que cuida dos interesses do povo. O líder é um sevo. Ele não visa seus próprios interesses, mas cuida dos interesses do povo de Deus. Timóteo não cuidava dos interesses do povo para alcançar com isso algum favor pessoal. Ele não usava as pessoas. Sua relação com as pessoas não era utilitarista. O apóstolo Paulo diz: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses” (Fp 2.20). Jesus foi o maior de todos os líderes e ele disse que não veio para ser servido, mas para servir. Quando seus discípulos disputavam entre si quem era o maior dentre eles, Jesus tomou a bacia e a toalha e lavou os pés dos dicípulos. Liderança cristã é influência por meio do serviço abnegado.
2. Timóteo, um líder de caráter provado. Timóteo era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em Cristo. Ele era comprometido com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado à igreja. Timóteo não buscava glória para si mesmo. Ele não construía monumentos ao seu próprio nome. Ele buscava na igreja os interesses de Cristo. Paulo denuncia o fato de existirem na igreja homens que buscavam interesses próprios, porém Timóteo, diferente desses, buscava os interesses de Cristo. Leiamos o registro do apóstolo: “…pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21).
3. Timóteo, um líder de caráter provado. Timóteo tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele era um homem consistente na teologia e na conduta. Seu caráter era provado.O apóstolo escreve: “E conheceis o seu caráter provado…” (Fp 2.22). Timóteo era um homem irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja. A vida do líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performace, mas sobre tudo, integridade. John Maxwell definiu liderança como influência. Um líder influencia sempre: para o bem ou para o mal. A liderança jamais é neutra. Um líder é bênção ou maldição. Timóteo era uma bênção, pois sua vida referendava seu ensino.
4. Timóteo, um líder consagrado à causa do evangelho. Timóteo não era um líder subserviente a homens. Ele servia ao evangelho. Paulo escreve: “…pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2.22). Ele era servo de Deus, dedicado ao serviço do evangelho. Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos homens. Quem serve a Deus não depende de elogios nem teme as criticas. Quem serve a Deus não anda atrás de holofotes. Servir a Deus é servir ao evangelho, é colocar a vida a serviço do reino de Deus na proclamação e ensino do evangelho.
Estamos nos preparando para uma importante eleição de oficiais em nossa igreja. Que olhemos para o testemunho de Timóteo e busquemos em Deus a direção para a escolha da nossa liderança espiritual. http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/04/timoteo-um-lider-digno-de-ser-imitado/#.Va7ktKRViko].

SÍNTESE DO TÓPICO IV
A razão de ser do ministério pastoral e do diaconato é o serviço a Deus. 

CONCLUSÃO
Os pastores e diáconos são obreiros, instituídos pelo Senhor, para auxiliar os servos de Deus. Não importa a função que você exerça na Igreja de Cristo, seja você um pastor ou um diácono, o importante é que "todos sejam um" para a glória de Deus (Jo 17.21), sabendo que para Ele todo serviço tem a sua importância e valor. [Comentário:  O chamado é o começo de tudo. Podemos pensar que ele acontece no momento da conversão ou também após (At 9.3-9). De qualquer forma, é uma experiência marcante e decisiva que muda nossa vida e nossa trajetória. Há alguns casos bem conhecidos na Bíblia como José, Abraão, Moisés, Isaías dentre outros. Em todos esses casos houve uma mudança radical na vida e trajetória dessas pessoas, ou seja, 1. eles nunca mais foram os mesmos. 2. seus destinos foram determinados pelo Senhor Deus. 3. suas vidas obedeceram um programa divino (Rm 8.30). Novamente, chama-nos a atenção a pessoa de Jesus. Ele tinha muito clara a visão do seu chamado, a ponto de dizer “minha comida e minha bebida é fazer a vontade do meu pai que está no céu”. De fato, o chamado de Deus para nós, torna-se a razão da nossa vida... (2Co 5.14-15; 1Co 10.31). Por fim, antes de pensarmos em serviço ou ministério, precisamos pensar se somos ou não servos. Infelizmente, essa palavra praticamente caiu em desuso. Quase não se ensina a respeito deste assunto. Por essa razão, a maioria dos cristãos não vivem como servos.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2015


PARA REFLETIR
 A respeito das Cartas Pastorais:
Paulo inicia o capítulo três falando a respeito de que assunto?
Ele fala a respeito da função do pastor.
Qual a função primordial do pastor?
Cuidar das ovelhas do Senhor. 
Quem separa e escolhe o homem para o ministério pastoral?
Deus.
Quais as principais qualificações morais de um pastor? 
Ele deve ser: honesto, sincero, verdadeiro, etc. 
Qual o significado da palavra "diácono"?
Significa "aquele que serve". 
CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 39. 
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

Disciplinas para
o Homem Cristão
Embora a disciplina seja mencionada com muita frequência na Bíblia, os escritores contemporâneos têm se mostrado omissos a este respeito.
O Pastor e seu 
Ministério
O autor aborda as múltiplas funções do ministro do evangelho, abrangendo a administração da Igreja, a vocação do obreiro para a obra ministerial, suas atividades no santo ministério. 
Manual do Diácono


Um manual para subsidiar os diáconos no exercício de suas funções e como ser eficaz no serviço do seu ministério. Um livro que procura auxiliar com dicas e orientações.