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3º Trimestre de 2014
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Lição 13
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28
de Setembro de 2014
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Lição 13: A Atualidade dos Últimos Conselhos de
Tiago
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TEXTO ÁUREO
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“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns
pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus
efeitos" (Tg 5.16).
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VERDADE
PRÁTICA
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Se
vivermos os princípios da Epístola de Tiago teremos uma vida cristã que
agradará ao nosso Deus.
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HINOS
SUGERIDOS
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231,
299, 378.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 5.7-20.
Tiago 4
7. Sede pois, irmãos,
pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da
terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.
8. Sede vós também
pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está
próxima.
9. Irmãos, não vos
queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz
está à porta.
10. Meus irmãos, tomai
por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
11. Eis que temos por
bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes
o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
12. Mas, sobretudo,
meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer
outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que
não caiais em condenação.
13. Está alguém entre
vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14. Está alguém entre
vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com
azeite em nome do Senhor;
15. E a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados,
ser-lhe-ão perdoados.
16. Confessai as
vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A
oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17. Elias era homem
sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três
anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18. E orou outra vez,
e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19. Irmãos, se algum
dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,
20. Saiba que aquele
que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma
alma, e cobrirá uma multidão de pecados.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Compreender o
valor da paciência e da proibição de juramento;
- Saber a
respeito do real significado da unção dos enfermos, e
- Conscientizar-se da
importância da conversão de um irmão.
PALAVRA CHAVE
Conselho: Ensino ou aviso ao que cabe
fazer.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os principais
assuntos da Epístola de Tiago, nessa última lição do trimestre, chegamos às
seções finais da carta (vv.7-20). Nessa ocasião, analisaremos os ensinos
práticos e atuais que o meio-irmão do Senhor escreveu para os seus leitores.
São conselhos bíblicos práticos, perenes e necessários ao nosso relacionamento
com Deus e a uma boa convivência na igreja local bem como em sociedade.. [Comentário: Tendo falado do lugar da oração em relação à doença, Tiago oferece uma inferência
resumida que ilustra o poder da oração. As culpas que Tiago particularmente tem
em mente podem ser aquelas de uma pessoa doente, que poderiam ter sido a raiz
de sua doença, ou a dos crentes em geral. Independentemente, ele não recomenda
uma confissão pública geral de todos os pecados sem qualquer tipo de discrição.
Os crentes, na maioria da igreja, era pobre, eram explorados pelos ricos e
perseguidos por causa da sua fé. Tiago encorajou os crentes para que tivessem
paciência até à volta do Senhor. Ele descreve um tipo de paciência que não é
passiva, mas que envolve ação. Finalizando o estudo desta maravilhosa missiva, vamos
estudar a sessão em que Tiago exemplifica alguns recursos úteis para uma
aplicação pessoal. O princípio da paciência não significa muito, a menos que
nós possamos aplicá-lo à nossa vida. Convido você para mergulharmos mais fundo
agora, nesta ultima sessão de Tiago e vermos as muitas maneiras pelas quais
Deus nos dá direção e encorajamento.] Vamos?
I. O
VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)
1. O valor da paciência e da
perseverança (vv.7,8). No versículo sete Tiago evoca
uma imagem agrícola para exemplificar o valor da paciência e da perseverança.
Tal imagem é comum aos destinatários de sua época. O líder da Igreja em
Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto a perseverança são valores
que devem ser cultivados, não em alguns momentos, mas durante a vida toda. A
fim de vencermos as dificuldades, privações, inquietações e sofrimentos da
existência terrena, precisaremos da paciência e da perseverança. Essas
características também estão relacionadas à nossa esperança na vinda do Senhor.
Sejamos pacientes e perseverantes em aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as
Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37; 1 Jo 2.18; Ap 22.10,12,20). [Comentário: Tiago
começa esta ultima seção de sua carta recomendando um tipo diferente de paciência
aos crentes. Uma paciência ativa, que deve permanecer até à vinda do Senhor.
Exercer essa paciência deveria ser um grande desafio para aqueles crentes, e
não é menos desafiador para nós. Vinte e um séculos se passaram desde que o
Senhor Jesus prometeu retornar para buscar os seus, e a Igreja do Senhor tem
tido de conviver com um mundo que muda a forma de pensar sempre para pior, e
que diariamente descobre novas formas de transgredir os mandamentos divinos. Os
crentes devem ser pacientes mesmo em meio às injustiças. Precisamos ser
perseverantes, confiar em Deus em meio às dificuldades, e recusarmos a vingança
pelas injustiças que são cometidas contra cada um nós (Tg 1.2,12; Sl 37). Não é
uma paciência inativa! Há trabalho a ser realizado: servir a Deus, cuidar uns
dos outros, e proclamar as Boas Novas. Chegará o momento, uma ocasião em que a
paciência não será mais necessária: a vinda do Senhor, o momento em que tudo
será corrigido. Tiago, e a igreja primitiva, viviam em constante expectativa da
volta de Cristo, e é o que cada um de nós hoje, precisamos fazer. Como nós não
sabemos quando Cristo irá retornar, para trazer a justiça e remover toda a
opressão, devemos esperar com paciência (veja 2 Pe 3.8-10).]
2. O valor da tolerância de uns para
com os outros (v.9). Mais uma vez a Palavra do Senhor
reitera o cuidado com a língua, pois se não soubermos usá-la acabaremos por
cometer falsos julgamentos contra as pessoas. No versículo nove, Tiago
adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas! Ele sim
julgará com retidão e, justamente por isso, não podemos nos ocupar emitindo
opiniões e comentários falsos contra quaisquer pessoas, quer sejam estas parte
da igreja, quer não. [Comentário: Estes crentes, que estavam enfrentando a
perseguição de fora e os problemas de dentro da igreja, naturalmente poderiam
se achar resmungando e criticando uns aos outros. Tiago não quer que eles se
encham de ressentimentos e amarguras uns em relação aos outros — isto somente
destruiria a unidade de que eles precisam tão desesperadamente. Recusar-se a se
queixar uns contra os outros faz parte da virtude de ser paciente (5.7).
Queixar-se uns dos outros indica uma atitude descuidada em relação às palavras.
Tiago já mencionou o grande Juiz (4.12). Este Juiz não está longe, mas já está
à porta. Tiago está advertindo os crentes a que não estejam envolvidos em
julgamentos, brigas. críticas ou mexericos quando aquele a quem deveriam servir
retornar. O conhecimento da presença de Cristo não é apenas confortante; ele
também pode ser condenador – especialmente quando nós começamos a nos comportar
como se Ele estivesse longe. O foco aqui
muda da paciência com os pecadores fora da igreja para a paciência um com o
outro dentro da Igreja. Alguém escreveu o seguinte: Caminhar em amor com os
santos de cima será uma maravilhosa glória; Mas, caminhar com os santos aqui em
baixo, bem, isso já é uma outra história! Em tempos de dificuldades, a
paciência é provada e somos tentados a nos queixar (v. 9; lit., gemer, ou seja,
reclamar ou resmungar) uns contra os outros. Tiago adverte os cristãos a não
apontarem para os erros de outra pessoa, para que não sejais condenados. A
proximidade da vinda de Cristo serve como advertência contra o fracasso do cristão
bem como para a consolidação da sua constância. A. F. Harper. Comentário
Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 192.]
3. Aflição, sofrimento e juramento
(vv.10-12). O ensino desses três versículos,
primeiramente, alude à aflição e a paciência dos profetas que falaram em nome
do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata da paciência de Jó e o fim que
o Senhor lhe concedeu após tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb
11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser
comparados aos personagens do Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições,
eles sabiam que assim como Deus concedera graça a Jó (Jó 42.10-17), da mesma
forma daria a eles. No versículo doze, após o exemplo do poder de Deus em
relação aos seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos
no erro de jurar pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são poderosas para
garantir o juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua vontade. Tiago nos
ensina que não devemos fazer tais juramentos, pois a palavra do discípulo de
Jesus deve se resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!.
[Comentário:
O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Editora CPAD)
comentando este texto de Tiago, traz o seguinte: “Tiago está se referindo às
palavras de Jesus em Mateus 5.34-37. Jurar era um costume comum, e Tiago queria
que esta prática fosse suspendida entre os crentes. As pessoas ofereciam
garantias verbais desrespeitosas ou arrogantes que elas mesmas podiam reverter
através de alguns detalhes legais. Como garantias em negrito em um texto de boa
impressão, estes juramentos tinham a intenção de criar uma impressão de verdade
- mas as pessoas que os pronunciavam não esperavam realmente ficar presas a
eles. Os cristãos não deviam fazer nenhum juramento para garantir a veracidade
daquilo que diziam. A nossa honestidade deve ser inquestionável. Os crentes não
precisam fazer juramentos, pois as suas palavras devem ser sempre verdadeiras.
Não deve haver motivo para que eles precisem reforçar as suas palavras com um
juramento. Deus irá julgar as suas palavras. Será que devemos fazer juramentos
no tribunal? Os juramentos proibidos aqui são aqueles das conversas normais, e
não os juramentos formais feitos em um tribunal. Os juramentos legais têm o
objetivo de colocar quem os faz em uma obrigação legal. O perjúrio é um crime
grave. A maioria dos estudiosos conclui que Tiago não deseja que nós nos
recusemos a fazer juramentos no tribunal. Uma pessoa que tenha a reputação de
exagerar ou de mentir não pode conseguir que alguém creia nela somente através
de sua palavra. Por exemplo, esta pessoa poderia dizer: “Eu prometo!”, ou: “Eu
juro!” Os cristãos não devem nunca ser assim. Seja sempre honesto, para que os
outros creiam nos seus simples “sim” e “não”. Evitando as mentiras, as
meias-verdades, e as omissões da verdade, você ficará conhecido como uma pessoa
digna de confiança.” Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 2. pag. 690.].
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Como cristãos devemos cultivar a paciência e a perseverança até a volta
de Jesus.
II. - A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg
5.13-18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, a Bíblia nos
recomenda a adorar a Deus. Se estivermos tristes e angustiados, devemos buscar
o Senhor em oração; se estivermos alegres, devemos cantar louvores a Deus. Em
ambas as situações, Deus deve ser adorado! Como é bom sermos acolhidos pelo
Senhor. Se tivermos de chorar, choremos na presença dEle; se tivermos de
cantar, entoemos louvores diante dEle. Dessa maneira, seremos maravilhosamente
consolados pelo Criador. [Comentário: É
comum que nos preocupemos com muitas coisas e que nos queixemos de tantas
outras; até mesmo chegamos a jurar vingança contra aqueles que nos causam sofrimento;
Talvez tenhamos deixado que a ira ardesse em nosso interior... Mas Tiago diz
que a resposta correta para o sofrimento é continuar orando sobre ele (Sl 30;
50.15; 91.15). Esta não será necessariamente uma oração pedindo o fim do
sofrimento, mas pedindo paciência e forças para suportá-lo. Se formos
suficientemente bem-aventurados, a ponto de nos sentirmos felizes, devemos
agradecer a Deus cantando louvores ao Senhor (1 Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16).
Pelo fato de nosso louvor ser dirigido a Deus, cantar é, na verdade, uma outra
forma de oração. Como diz Paulo em Ef 5.18-20, o louvor deveria estar em nossos
lábios quando a vida proporciona alegria; e deveria haver louvor mesmo debaixo
de pressão quando nos lembramos da bondade de Deus. Quando o homem natural, que
vive sem Deus, sofre, é comum que acuse a Deus e o mundo, que se ire e diga: “Agora
é que não creio em mais nada.” Quando vivemos de costas para Deus, o
sofrimento nos impele ainda mais para longe dEle; quando estamos voltados para
Deus, o sofrimento nos impele para mais perto dEle.]
2. A oração da fé (vv. 14,15). A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade
cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de
respeito que os crentes tinham com esses ministros. Os presbíteros serviam ao
povo de Deus com alegria. Isso também indica que a atitude de ungir o enfermo
com o óleo não deve ser banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas ungem bens
materiais, bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base bíblica em o Novo
Testamento fala do acolhimento ao enfermo para que ele seja curado. É a
"oração da fé" que, além de curar o doente, faz com que ele sinta
igualmente o perdão dos seus pecados. [Comentário: A oração em tempos de enfermidade não é apenas um dever do crente,
acima de tudo, é um privilégio em Cristo! Certamente, esta prática deveria ser
o normal em nossa vida! Tiago diz: Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da igreja, e orem sobre ele. O presbitério era constituído pelos líderes
reconhecidos ou apontados na congregação local desde os anos 40 e 50 d.C. (At
11.30; 14.23). Sua função não era muito diferente do pastor dos nossos dias.
Orar sobre ele significava orar estando em pé ao lado (“sobre”) do leito do
enfermo. Um significado secundário da palavra sobre (Gr. epi) poderia ser orar junto a, em vez de sobre ele. A
prática de ungir com azeite em conexão com cura é mencionada somente mais uma
única vez no Novo Testamento (Mc 6.13). É bom lembrar que para nós, essa unção
serve como um símbolo de obediência à admoestação da Palavra de Deus e como uma
forma de encorajamento à fé do doente. Nos tempos do Novo Testamento, esse pode
ter sido natural usado em cooperação com a oração. A unção era um meio de cura,
que tinha um significado espiritual, porque era para ser administrado em nome
do Senhor. Em todo caso, Tiago nos assegura que é a oração da fé que salvará o
doente, e o Senhor o levantará (v. 15).]
3. Oração e confissão (v.16-18). Esse é um texto maravilhoso, mas infelizmente, desprezado por muitos.
Ele rechaça a "confissão entre os irmãos". É um incentivo a koinonia,
ou seja, à união e ao amor fraternal entre os salvos. Como todos somos
pecadores, em vez de acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar confissões
públicas para ajudarmo-nos mutuamente. Uma vez confessada a nossa culpa e tendo
orado uns pelos outros, seremos sarados. Tiago lança ainda mão do conhecido profeta
Elias, para mostrar que até mesmo um homem como ele, que foi usado
poderosamente por Deus, era igual a nós e sujeito às mesmas paixões. Todavia, o
profeta orou e Deus ouviu o seu clamor. De fato, a oração de um justo pode
muito em seus efeitos. [Comentário: Não é o plano de Deus que o seu povo esteja só. Os membros do corpo de
Cristo devem poder contar com os outros para apoio e oração, especialmente quando
estão doentes ou sofrendo. “Confessai, pois, os pecados uns aos outros”: aqui o
foco principal é o enfermo. Que nos dias de enfermidade não apenas esperemos
uma “aprazível visita”, mas aproveitemos essa situação limítrofe em que nos
encontramos para um desnudamento total de nossa vida perante Deus, na qual os
irmãos são testemunhas e parceiros de oração! É melhor ser envergonhado um
pouco agora do que ser obrigado, por ocasião do grande dia, a “ser manifesto
com isso perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10). Quando ele perdoa nossos
pecados, eles serão eternamente esquecidos (cf. Mq 7.18s; Is 38.17; Sl 32.1s).
Por um lado, os irmãos visitantes não precisam (toda vez que prestam esse tipo
de serviço) também fazer uma confissão completa acerca de sua vida, mas por
outro lado deve ficar explícito que aquele que está sentado à beira do leito
depende do perdão de Deus tanto quanto o acamado. Os presbíteros devem estar
preparados para atender à necessidade de oração de qualquer membro, e a igreja
deve estar alerta para orar pela cura de qualquer pessoa que esteja enferma. Cada
pessoa que ora sabe que há tempos em que o Espírito Santo a ajuda em sua
oração. Mas Tiago deixa claro que as pessoas que têm suas orações respondidas
não precisam ser santos sobre-humanos, diferente das pessoas comuns. Tiago
apresenta um exemplo de oração do Antigo Testamento como já tinha apresentado
anteriormente exemplos de fé nos versículos 10-11. “Elias era humano como nós”
(v. 17, NVI. Cf. 1 Rs 17.1; 18.1, 42-45).5 Ele era um homem exatamente igual a
nós — com os mesmos recursos disponíveis de Deus que estão disponíveis para
nós. Todo verdadeiro cristão que serve a Deus, como os presbíteros, é
encorajado a orar a oração da fé. A admoestação de Tiago para orar por cura do
doente e sua ilustração da oração de Elias por chuva nos assegura que Deus
responde à oração num domínio natural. A oração não apenas nos transforma, mas
por meio dela, Deus também muda as coisas.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Precisamos acolher os enfermos com nossas interseções e orações.
III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os
outros (v.19). Nos versículos finais da
epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original
da qual alguém um dia se afastou. A mensagem é bem clara: só podemos alcançar
quem se desviou da verdade se formos em busca de tal pessoa. Para ir precisamos
exercer um cuidado especial e amoroso de uns para com os outros (Fp 2.4). [Comentário: Finalmente, Tiago está
pronto para encerrar sua carta, mas, ao fazê-lo, segue o costume generalizado
de mencionar seu propósito. Dirigindo-se aos crentes (meus irmãos), Tiago lhes
propõe uma situação: se algum dentre vós se desviar da verdade, e alguém o
converter. Falar de desviar-se é falar de um abandono sério da verdade, como a
idolatria (e.g., Isaías 9:16). A vida cristã pode ser descrita como um modo de
viver oposto à morte; desviar-se do caminho da vida é perambular pela larga
estrada que conduz ao inferno (Mateus 7:13-14). Os caminhos da vida e da morte
nunca se cruzam, visto que, como Tiago sustenta (4:4), o mundo e Deus
excluem-se mutuamente. Esta ilustração nos traz à memória O Peregrino de
Bunyan. A verdade não diz respeito a fatos intelectuais, mas a um modo de vida.
Tiago não está interessado em erros doutrinários, não quer “pôr os pingos nos
is” escatológicos, não almeja “arregaçar as mangas”, mas preocupa-se com uma
verdade central: Jesus é Senhor! O livro todo procura demonstrar o que
significa o senhorio de Jesus na vida concreta do povo de Deus. Se Jesus não
for obedecido, o crente terá perdido a verdade central, e ficará atolado num
pantanal de pecado e morte. Se um crente se desvia, o resto da comunidade não
deve simplesmente permitir-lhe que vá, mas deve tentar trazê-lo de volta (se
alguém o converter). Como ensinaram Paulo (Gálatas 6:1) e João (1 João
5:16-17), o objetivo não é o julgamento, mas a restauração. Entretanto, a
restauração e o perdão não podem sobrevir sem o arrependimento (cf. Lucas
17:3-4). Por isso, a primeira tarefa não é “aceitar” alguém que vai afundando,
mas alcançar essa pessoa, fazê-la cair em si, levá-la a dar as costas para seu
mau caminho e reconduzi-la ao bom caminho. Peter H. Davids. Comentário
Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 161-162.]
2. A proximidade do ensino de Tiago
com o de Jesus. É importante ressaltarmos que o
ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena harmonia com o Evangelho de
Jesus (Mc 12.30,31). Com muita clareza percebemos que o fio condutor que
perpassa toda a epístola é justamente o da Lei do Amor: "Amarás o Senhor
teu Deus de todo o coração" e o "o teu próximo como a ti mesmo". [Comentário: O erro do pecador
desgarrado é tão grave a ponto de levar à morte — à morte eterna e espiritual
-, se ele não for trazido de volta (veja I Co 11.30; I Jo 5.16). Mas, quando o
crente se arrepende e retorna para junto de Deus, Deus irá perdoar apagar e esquecer
os pecados desta pessoa (veja Sl 32.1; 1 Pe 4.8). O contexto é um tanto obscuro
sobre a identidade do desgarrado. Trata-se de um crente desviado, ou é uma
pessoa do grupo que não creu verdadeiramente e está se desviando? Os cristãos
discordam se é ou não possível que as pessoas percam a sua salvação, mas todos
concordam que aqueles que se afastam da sua fé ou que não a confessam
genuinamente tem problemas sérios e precisam se arrepender. Entretanto, fica
claro o que este versículo quer dizer: nós devemos trazer de volta o desgarrado
- não discutir sobre se a pessoa estaria ou não perdida se não o fizéssemos. O
que começou com um incentivo para suportar as dificuldades com alegria agora
tem a sua conclusão com um apelo para que uns cuidem dos outros. Os crentes
devem prosseguir na sua fé juntos. É Deus quem salva e protege, mas Ele permite
que estejamos envolvidos com a vida de outros cristãos. É um a experiência
inesquecível testemunhar a acolhida cristã oferecida a alguém que se desviou e
retornou, ver o perdão de Deus trabalhando por intermédio do corpo de Cristo
quando os crentes aceitam a pessoa que está arrependida. Sob o ponto de vista
da eternidade, deve ser realmente como se uma coberta fosse estendida sobre uma
multidão de pecados. A carta de Tiago é o cristianismo com as mangas
arregaçadas para o trabalho. É o guia prático de trabalho para a vida na fé
cristã. Ela expressa o que significa seguir a Jesus Cristo no dia a dia. Tiago
enfatiza a fé em ação. As teorias são para os teólogos, mas Tiago está
interessado na vida! A vida correta é a evidência e o resultado da fé. A igreja
deve servir com compaixão, falar afetuosamente e sinceramente, viver em
obediência aos mandamentos de Deus, e amar uns aos outros. O corpo de crentes
deve ser um exemplo dos princípios do céu aplicados na terra, levando as
pessoas a Cristo por meio do amor a Deus e do amor que uns têm pelos outros. Se
nós verdadeiramente acreditarmos na Palavra de Deus, nós a viveremos dia após
dia. A Palavra de Deus não é meramente alguma coisa que nós lemos, ou algo
sobre o que refletimos, mas é algo que colocamos em prática. Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 693.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Precisamos buscar aqueles que se desviaram e cuidar destes para que se
reconciliem com o Senhor e sejam restaurados.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do estudo panorâmico
e conciso da Epístola de Tiago. Que cada professor e, igualmente cada aluno,
não importando a idade, cresça mais e mais em Cristo, para a glória e o louvor
de Deus Pai. O nosso desejo é que a
Igreja do Senhor cresça diariamente no temor de Deus, em sua santidade,
demonstrando a fé em Cristo Jesus através das boas obras, pois esta é a vontade
do nosso Pai (Tg 1.22,23,25). [Comentário: Tiago nos leva a esforçar-nos,
em época de grande apostasia, com coração, lábios e mãos para que outros não
fiquem aquém das expectativas de Cristo e faz com que nós mesmos não fiquemos
aquém delas, mas superemos esse tempo repleto de tentações. É como quando
alguém se agita em uma noite fria de inverno, na qual todos correm o risco de
adormecer e congelar, visando mantê-los acordados; assim permanece pessoalmente
acordado e é salvo. – Na verdade a carta não encerra com um voto de bênção,
como outras cartas do NT, mas é com essa importante observação que Tiago
conclui sua carta tão benéfica para nosso cotidiano como cristãos e
particularmente para a multidão que corre em direção do alvo.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Campina Grande-PB
Setembro de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L; STRONSTD
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição.
RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. No versículo nove,
Tiago adverte-nos acerca do quê?
R. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O
Juiz está às portas!
2. Como se sentiam os
crentes a quem Tiago escreveu?
R. Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados
aos personagens do Antigo Testamento.
3. Diante das
adversidades, ou nos períodos de bonança, o que a Bíblia nos recomenda?
R. A Bíblia nos recomenda adorar a Deus.
4. O que denota a
orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para
orar por um enfermo e ungi-lo com azeite?
R. A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade
cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de
respeito que os crentes tinham com esses ministros.
5. Como a conversão é
ilustrada nos versículos finais da Epístola de Tiago?
R. Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como
literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Biblíológico
"A paciência de Jó (5.10,11)
Esses versos marcam a transição dos ensinamentos de
Tiago sobre a nossa responsabilidade por aqueles que estão fora da comunidade
da Igreja, para com os que estão dentro dela, à luz do julgamento de Deus. Faz
essa transição através de dois exemplos que os crentes devem seguir; 'os
profetas que falaram em nome do Senhor' (v. 10) e a fidelidade de Jó em suas
adversidades (v. 11). Nos dois exemplos, o ponto que Tiago deseja enfatizar é
que devemos considerar aqueles que perseveram como abençoados. Por saberem que
'o Senhor é muito misericordioso e piedoso', Jó e os profetas foram pacientes
frente às aflições que sofreram.
Os crentes precisam imitar o exemplo da perseverança
de Jó sem se 'desviarem da verdade' (5.19) de que Deus é a imutável fonte de
'toda boa dádiva e de todo dom perfeito' (1.17). Precisam imitar o exemplo dos
profetas falando 'em nome do Senhor', isto é, usando de seu discurso para
mostrar a divina 'misericórdia e piedade' (v.11) para que possamos trazer de
volta aqueles que se desviaram da verdade por atos pecaminosos ou por terem
acusados a Deus por suas dificuldades (1.13). Aqueles que assim fizerem serão
abençoados com a vida eterna e com o perdão de seus pecados (5.20)" (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro,
CPAD, 2004, p. 1687)
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Cobrindo uma
Multidão de Pecados (5.19,20)
Tiago conclui sua
carta encorajando-nos a fazer, por nossos semelhantes, o mesmo que ele fez por
meio de seus escritos ao povo de Deus, 'às doze tribos que andam dispersas'
(1.1). Se observarmos uma pessoa 'desviando-se da verdade', a vontade de Deus é
que façamos com que ela volte (v. 19), porque 'o Espírito que em nós habita tem
ciúmes' (4.5, nota NVI), quando 'segundo a sua vontade, ele nos gerou pela
palavra da verdade' (1.18). Dessa forma, nós também nos tornamos 'servos de
Deus e do Senhor Jesus Cristo' (1.1).
A 'verdade', da qual
alguns se 'desviavam', representa a convicção de Tiago de que Deus é a fonte de
'toda dádiva e de todo dom perfeito' (1.17), e de nada que seja mau ou
pecaminoso. Para Tiago, esse 'erro'
teológico (v. 20) tem profundas consequências éticas. Aqueles que creem que
Deus é a fonte de todas as coisas ruins em sua vida (1.13) duvidarão que Deus
esteja disposto e desejoso de lhes conceder como dádiva generosa, a sabedoria
de que necessitam (1.5-8). Seus esforços frustrados de aprender essa sabedoria
através das lutas da vida, mostrarão que
permanecem 'inconstantes', desejosos de agradar a Deus, mas ao mesmo tempo
possuidores de uma 'concupiscência' que tenta a 'pecar' (1.14,15). Tais pessoas
não podem ser trazidas de volta para Deus através de palavras de condenação
(4.11,12), somente sendo novamente convencidas de sua misericórdia serão
capazes de confiar nEle e de 'receber com mansidão a palavra nela
enxertada'" (1.21; cf. 4.7-10) (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro,
CPAD, 2004, p. 1689)..
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
nº59. p.42.Lição 13 -
A Atualidade dos últimos conselhos de Tiago
Caro professor, mais
um trimestre se finda. Nesta oportunidade é hora de fazermos um balanço da
nossa atividade de magistério cristão. É necessário que algumas perguntas sejam
feitas, tais como: Tenho alcançado os objetivos propostos em cada lição? Os
meus alunos têm crescido espiritualmente e como pessoas? Estas, são perguntas
que só você pode fazê-las e respondê-las
O autoexame sincero é
fundamental para nortear o nosso árduo trabalho no magistério cristão.
Antes de iniciar a
última lição faça uma síntese dos temas tratados ao longo de todo o trimestre.
É importante o professor fazer este procedimento para que os alunos percebam o
fio condutor da lição trimestral e saibam que cada lição está concatenada desde
a primeira até a décima terceira. Escolha os temas que, como professor, você
achar mais importante fazendo um sintético comentário sobre eles.Então poderás
anunciar o assunto da última lição que é a conclusão da carta de Tiago,
destacando os últimos conselhos que servem de auxílios atuais para a vida
cristã hoje. É necessário destacar os quatro os conselhos principais expostos
na presente seção da carta de Tiago (5.7-20): o valor da paciência; a proibição
de juramentos; a unção dos enfermos e a disposição de converter um irmão do
erro.
Vale a pena também
recordar que no início da epístola o tema da tentação foi evocado por Tiago
como um evento que gerava Paciência. Agora a paciência é retomada no capítulo
cinco. Aqui, um conselho de Tiago chama atenção: “Sede vós também pacientes,
fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima”. Num
tempo marcado pela dor, em que o povo de Deus vive, este conselho do meio-irmão
do Senhor continua atual e em plena vigência: “fortalecei o vosso coração”. Mas
para quê? Para não se enfraquecer com as ilusões da vida, os escândalos
divulgados, sabendo que o tempo que
precede a vinda de Cristo é um tempo marcado pela falta de fé e pela falta de
esperança em Deus. Por isso, o conselho para sermos pacientes!
Com paciência vamos
peregrinando a nossa vida aqui no mundo, amando a Deus e ao próximo. Buscando
viver a autenticidade da fé segundo o Evangelho de Cristo. Não abrindo mão da
nova aliança estabelecida por Deus a todos os quantos creem no seu Filho.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
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