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3º Trimestre de 2014
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Lição 12
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21
de Setembro de 2014
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Lição 12: Os pecados de Omissão e de Opressão
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TEXTO ÁUREO
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“Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e
destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).
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VERDADE
PRÁTICA
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Os
pecados de omissão e opressão são tão repulsivos diante de Deus quanto às
demais transgressões.
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HINOS
SUGERIDOS
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5,
50, 155.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 4.17; 5.1-6.
Tiago 4
17 - Aquele, pois, que
sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
Tiago 5
1 - Eia, pois, agora
vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.
2 - As vossas riquezas
estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça.
3 - O vosso ouro e a
vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e
comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
4 - Eis que o salário
dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído
clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos
Exércitos.
5 - Deliciosamente,
vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num
dia de matança.
6 - Condenastes e
matastes o justo; ele não vos resistiu.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Conscientizar-se dos perigos do pecado de omissão.
- Mostrar que adquirir bens à custa da exploração alheia é pecado.
- Saber que Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados
PALAVRA CHAVE
Pecado de
comissão: Realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a
contundente reprimenda da Palavra de Deus à opressão dos ricos contra os
pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos profetas do Antigo Testamento:
de Isaías, de Ezequiel, de Amós, de Miqueias e de Zacarias (Is 3.14,15; 58.7; Ez
16.49; Am 4.1; 5.11,12; 8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10) contra os senhores que
oprimiam os pobres. É importante refletirmos sobre este assunto, pois alguns
pensam que as advertências dos santos profetas ficaram restritas à época da Lei
(Lv 25.35; Dt 15.1-4,7,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do ensinamento do
próprio Senhor Jesus (Lc 6.24,25). Igualmente, o livro de Atos nos informa que
a Igreja do primeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). Isso significa que
o tema abordado nesta lição é atual e urgente. [Comentário:
Tiago exorta agora, acerca das consequências trágicas da omissão de
crentes mais abastados quanto à condição humilde de outros irmãos (Tg 1.27; 2.15,16).
Interessante notar que Tiago , ainda que indiretamente, acusa os omissos de
assassinos enquanto o seu pecado é responsável pelas mortes desnecessárias
entre os mais necessitados, por não atenderem ‘as suas necessidades (Tg 4.3; 5.4,6).
Esta missiva foi escrita por Tiago durante a grande fome que abateu a Judeia,
por volta do ano 46 d.C., assim, o apostolo vê que a morte de alguns irmãos
poderia ser poupada se não fosse a omissão dos mais ricos. Os bens fazem as pessoas se
sentirem autossuficientes e julgarem ter encontrado a felicidade que estavam
procurando. Aqueles que escolhem o conforto presente e não o caminho de Deus
têm a sua consolação agora. Aqueles que tentam encontrar satisfação por
intermédio da riqueza irão descobrir que a riqueza é a única recompensa que
terão e que não durará. Vamos esmiuçar esta exortação de Tiago e aplica-la ‘a
nossa vida?] Convido você para mergulharmos
mais fundo nas Escrituras!
I. O
PECADO DE OMISSÃO (Tg 4.17)
1. A realidade do pecado. Um dia o homem resolveu voluntariamente desobedecer a Deus (Gn 3.1-24).
O pecado, então, tornou-se uma realidade fatal. A partir dessa atitude rebelde,
todas as relações dos seres humanos entre si, com o Criador e com a criação,
foram distorcidas (Rm 1.18-32). Assim, a humanidade e a criação sofrem e gemem
como vítimas da vaidade humana (Rm 8.19-22). Não somos capazes de, por nós
mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode
ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim,
resgatasse-nos da miséria do pecado (Rm 8.3; Hb 10.1-39). [Comentário: Segundo
1Jo 3.4, pecado é iniquidade. A lei contra a qual se estima o pecado não é
simplesmente a lei mosaica, mas sim toda e qualquer revelação de Deus durante
todos os tempos. O pecado é descrito na Bíblia como transgressão à lei de Deus e
rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Lúcifer, a “estrela brilhante, o filho
da manhã”, foi o primeiro a transgredir. Não satisfeito com sua glória, desejou
tomar o lugar do Eterno, esta foi a causa de sua queda e o começo do pecado (Is
14.12-15). Tornou-se adversário de Deus e foi o causador da queda humana no
Jardim do Éden, onde ele tentou Adão e Eva com a mesma fascinação: “sereis como
Deus”. Gênesis 3 nos conta a respeito da rebelião de Adão e Eva contra Deus e
contra Seus mandamentos. Daquele nefasto momento em diante, o pecado tem sido
passado através de todas as gerações. Romanos 5.12 nos diz que através de Adão,
o pecado entrou no mundo e assim a morte veio a todos os homens, porque “o
salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Pecado não é somente alguma coisa
contrária ao que Deus disse que o homem não deveria fazer, mas é também algo
contrário ao que Deus não quer que o homem faça, com base nos princípios
revelados. Dessa forma, uma definição completa e inclusiva do pecado seria: o
pecado é tudo o que é contrário ao caráter de Deus. Como a glória de Deus é a
revelação do seu caráter, o pecado é uma insuficiência do homem em relação à
glória ou ao caráter de Deus (Rm 3.23). J. C. Ryle escreve em sua obra Santidade
– Sem a Qual Ninguém Verá o Senhor (Editora Fiel): “...Naturalmente,
não preciso dizer, a qualquer um que lê a sua Bíblia com atenção, que um homem
pode quebrar a lei de Deus em seu coração e em seus pensamentos, mesmo quando
não há qualquer ato externo e visível de iniquidade Nosso Senhor resolveu a
questão sem deixar dúvidas, ao proferir o Sermão do Monte (Mt 5:21-28). Até
mesmo um de nossos poetas disse, com toda a verdade: “Um homem pode sorrir,
sorrir e ainda ser um vilão. Porém, penso que é necessário relembrar aos
leitores que um homem pode cometer um pecado e, no entanto, fazê-lo por
ignorância, julgando-se inocente, quando na realidade é culpado. Não consigo
perceber qualquer garantia bíblica para a moderna afirmativa de que “o pecado
não é pecado, enquanto não o percebermos e tomarmos consciência dele”. Pelo
contrário, nos capítulos quarto e quinto daquele livro muito negligenciado,
Levítico, bem como em Números 15, vejo Israel sendo distintamente instruído de
que havia pecados de ignorância que tornavam as pessoas imundas e que
precisavam ser expiados (Lv 4:1-35; Lv 5:14-19; Nm 15:25-29). E também encontro
o Senhor ensinando expressamente que o servo que não soube da vontade do seu
senhor, e não agiu conforme essa vontade, não será desculpado pela sua
ignorância, mas castigado (Lc 12:48). Faríamos bem em relembrar que, ao fazer
de nosso conhecimento e de nossa consciência miseravelmente imperfeitos a
medida de nossa pecaminosidade, estamos pisando em terreno perigoso. Um estudo
mais profundo do livro de Levítico nos faria muito bem."...J. C. Ryle
- Santidade – Sem a Qual Ninguém Verá o Senhor, Editora Fiel - p.28-29].
2. O pecado de comissão (Gn
3.17-19). A partir da realidade do pecado
algumas formas de pecados podem ser verificadas nas Escrituras. Uma delas é o
pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por
Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore
do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente
o que Deus de antemão condenou é um atentado a sua santidade e justiça (Sl
106.6). [Comentário: Quando Deus colocou o homem no jardim, Ele lhe
deu duas tarefas: lavrá-lo e guardá-lo. Em contexto agrícola, lavrar significa
cultivar, ação que inclui o ato de podar videiras. Quando ordenou o Senhor Deus
ao homem, Ele deixou claro sua relação soberana com o homem e a relação
subordinada do homem com Ele. Deus tinha este direito, porque Ele é o Criador e
o homem é a criatura. Para expressar proibição, aqui é empregada a maneira mais
forte possível em hebraico para colocar a árvore da ciência do bem e do mal fora
da alçada do homem. Visto que o discurso direto é inerentemente pessoal, a
ordem: Não comerás, é pessoal e a qualidade do negativo hebraico a coloca em
negação permanente. A importância da ordem é aumentada pela severidade do
castigo. Isto é muito forte na sintaxe hebraica, sendo que a força é um tanto
quanto mantida na tradução com a palavra certamente.].
3. O pecado de omissão (Tg 4.17). Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir
as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as
consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mt
25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que
incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem,
pecamos contra Deus e a sua justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24). [Comentário: Somos
ensinados a viver à altura das nossas convicções em toda a nossa conduta, e,
não importa se estamos tratando com Deus ou com os homens. Que nos empenhemos
em nunca agir contra o nosso próprio conhecimento (v. 17): “Aquele, pois, que
sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. E o pecado agravado; é pecado com
testemunha; e significa ter a pior testemunha contra a sua própria consciência.
Observe: (1). Isso está imediatamente conectado com a lição clara de dizer: “Se
o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. Eles talvez estejam
dispostos a dizer: “Isso é uma coisa muito óbvia; quem não sabe que todos
dependemos do Deus Todo-poderoso para viver, para respirar e para todas as
coisas?” Se você de fato sabe isso, então sempre que você agir de forma
contrária a essa dependência, lembre-se disto: “Aquele, pois, que sabe fazer o
bem e o não faz comete pecado”. (2). Os pecados de omissão serão julgados,
assim como os pecados cometidos. Aquele que não faz o bem que ele sabe que deve
fazer e aquele que faz o mal que ele sabe que não deve fazer serão condenados.
Que então nos empenhemos para que a consciência seja corretamente informada, e
que então seja fiel e continuamente obedecida. Pois, “...se o nosso coração nos
não condena, temos confiança para com Deus” (1 Jo 3.21); mas se “...dizeis:
Vemos (e não agimos de acordo com nossa vista), por isso, o vosso pecado
permanece” (Jo 9.41). HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo
Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 846. A
fim de resumir seu pensamento, Tiago acrescenta um provérbio conclusivo que
alguns supõem poderia ter sido um ensino de Jesus, por causa do tom e do tema:
Aquele, pois, que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado.
Aparentemente, apenas reprova o pecado da omissão: Quando uma pessoa sabe o que
deveria fazer (e.g., dar algo a um pobre), mas negligencia esse ato de
caridade, não desperdiçou apenas uma oportunidade de obedecer — tal pessoa
pecou. No entanto, o contexto levanta esse ensino da arena da verdade genérica
e coloca-o nas vidas desses negociantes. Há claramente algo que eles “sabem”
que “devem” fazer e pelo que são responsáveis (Lucas 12:47-48), que é obedecer
a Deus e segui-lo nos negócios. Entretanto, seus interesses comerciais com
frequência os induzem a planejar segundo os padrões do mundo, e a acumular
bens, à semelhança do rico louco (Lucas 12:13-21). Nas Escrituras, fazer o bem
frequentemente é praticar atos de caridade (Tiago 1:21-25 e Gálatas 6:9).
Portanto, Tiago pode estar sugerindo que eles planejam segundo o mundo porque
são motivados pelo mundo, visto que Deus tem seu próprio modo de investir
dinheiro: dá-lo aos pobres (Mateus 6:19-21). Se levassem a Deus em
consideração, não estariam, com certeza, tentando melhorar seu padrão de vida;
Deus os conduziria ao alívio dos que sofrem ao seu redor, isto é, a fazer o
bem. Tendo falado a cristãos cujos corações estavam sendo seduzidos pelo mundo,
Tiago dirige a atenção, a seguir, aos incrédulos ricos. Tiago os condena sem
rebuços, com linguagem parecida à do Senhor Jesus (Lucas 6:20-26), a fim de
desviar os cristãos da sedução das riquezas, e prepará-los para suportar o
teste do sofrimento nas mãos dos ricos. Peter H. Davids. Comentário
Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 148.].
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Deus é santo e abomina tanto o pecado de comissão como o de omissão.
II. O PECADO DE ADQUIRIR BENS ÀS CUSTAS DA EXPLORAÇÃO ALHEIA
(Tg 5.1-3)
1. O julgamento divino sobre os
comerciantes ricos (v.1). Não é a primeira vez que Tiago
menciona os ricos em sua epístola (Tg 1.9-11; 2.2-6). Entretanto, aqui há uma
particularidade. Enquanto nos outros textos o meio-irmão do Senhor faz
advertências ou denúncias contra os ricos, o quinto capítulo apresenta o juízo
divino contra eles. Da forma em que o texto da epístola está construído,
percebemos que não há indício algum de que a sentença divina é exclusiva para
os que conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes” de fora do juízo divino.
O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes, que conduzem os seus
negócios de maneira desonesta e opressora contra os menos favorecidos. [Comentário: O Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Editora CPAD), comentando Tg 5.1, afirma
o seguinte: “Estes ricos provavelmente
não são crentes, mas pessoas não-crentes e ricas (talvez as mesmas pessoas a
que se fez referência em 2.6). Muito provavelmente, os ricos proprietários de
terras são o objeto da repreensão mordaz de Tiago. Estas pessoas vivem em
ambientes de luxo, repletas de alimentos e dinheiro. Mas há terríveis misérias,
que sobre eles hão de vir não se tratando de sofrimentos terrenos, mas eternos
-, e eles devem se lamentar de tristeza pelo que perderão. As palavras “chorai
e pranteai” eram frequentemente usadas no Antigo Testamento pelos profetas para
descrever a reação dos ímpios quando o Dia do Senhor (o dia do juízo de Deus)
chegasse (veja Is 13.6; 15.3; Am 8.3). Jesus disse que entre aqueles que fossem
excluídos do reino de Deus haveria pranto e ranger de dentes (Mt 8.12; 22.13;
24.51; 25.30)”. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687. Russell Norman Champlin escreve: «...Atendei
agora...» Literalmente temos aqui «Vinde, agora...», no sentido de «Vede,
agora...», uma incisiva chamada à atenção, no estilo da diatribe. «... chorai
lamentando...» Em Tg. 4:9, a lamentação e o choro são vinculados ao
arrependimento, o que conduz à restauração da alma. Em contraste com isso, aqui
temos uma lamentação provocada pelo julgamento inevitável. Não há aqui qualquer
chamada ao arrependimento. «As lamentações, diferentemente de Tg. 4:9, não são
uma expressão de humilde arrependimento, e, sim, de remorso e terror sem
alívio» (Poteat, in loc.). Tudo isso, naturalmente, mostra a intensidade com
que o autor sagrado sentia os erros sociais em que os pobres eram oprimidos
pelos ricos. Não é verdade que muitos são reduzidos a escravos virtuais, que
recebem salários ridículos por um trabalho árduo, que lhes consome longas
horas? O avanço do comunismo no mundo não tem resultado essencialmente do fato
de ser um bom sistema econômico, pois a experiência não tem demonstrado isso;
pelo contrário, seu progresso se deve aos abusos do capitalismo. Consideremos
os aluguéis que são cobrados, o preço das consultas aos médicos, etc. Nessas, e
noutras áreas, exerce-se uma feroz pressão econômica, que muitos governos não
conseguem controlar, ou se recusam a fazê-lo. «...chorai...» No grego é Maio»,
«chorar», com frequência usada com o sentido de «chorar pelos mortos», sentido
tristeza e desespero. Esse é: o choro daqueles que antecipam um juízo severo, e
não o choro dos penitentes. (Comparar com Ap 6.15-16 e Jl 1.5). «...lamentando...»
No grego, «ololudzo», termo usado para indicar «chorar em voz alta», «uivos de
lamentação». Era termo usado para descrever a palavra anterior. O «choro» será
em altos uivos de lamentação. «...desventuras...» No grego é «talaiporia»,
«misérias». Há uma alusão direta aos «sofrimentos dos condenados», ao
julgamento, embora certas tristeza, provocadas pelo infortúnio, talvez não
estejam excluídas do pensamento do autor sagrado. «...sobrevirão...» No grego é
usado o particípio presente—agora mesmo elas começam a concretizar-se,
imediatamente antes da «parousia» (ou segundo advento de Cristo). CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 73.].
2. O mal que virá (v.2). De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos? A Bíblia afirma
que a confiança dos ricos está amparada nos bens que possuem (Pv 10.15; 18.11;
28.11). Não atentando para a brevidade da vida e a transitoriedade dos bens
materiais, eles orgulham-se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr
9.23; 1Tm 6.9,17). Tiago diz que as riquezas dos ricos desonestos e arrogantes
estão apodrecidas e as suas roupas comidas pela traça, isto é, brevemente elas
se mostrarão ineficazes para garantir-lhes o futuro. Os ricos opressores terão
uma triste surpresa em suas vidas! [Comentário: Note o seguinte: “gastos
de ferrugens” - ouro e prata não se desgastam pela ferrugem (que é o resultado da oxidação do ferro que em
contato com o oxigênio se oxida e se deteriora pouco a pouco), pelo que
sabemos que o autor sagrado falava sobre a ferrugem sobrenatural, sobre o
eventual poder consumidor do julgamento, que reduzirá as falsas riquezas dos
homens ao nada. riqueza de vocês apodreceu, e as traças corroeram as suas roupas (Tg 5.2) Ambos
os verbos deste versículo e o primeiro verbo do versículo seguinte (enferrujaram)
estão no tempo perfeito. Figuram a verdadeira inutilidade desta riqueza à vista
daquele que conhece o valor do que é permanente e eterno. A riqueza deve ser
usada para bons propósitos, não entesourada. Para aqueles ricos a quem Tiago se
referia, era muito melhor guardar esses estoques do que dá-los aos pobres (Sl
41.2; Pv 19.17; Sir 4.1-6; Mt 5.42; 25.40; Lc 6.38; Gl 6.9s; Hb 13.16). Talvez
também se visasse aguardar tempos em que se poderia vendê-los a preços vis. –
“Vossas roupas estão comidas de traças”: os antigos não tinham dinheiro em
moeda, como hoje. Acumulavam-se sobretudo valores materiais, tecidos, vestes
preciosas etc. Também João Batista convocou – de forma audível para muitos em
Israel – a um comportamento diferente (Lc 3.11). Novamente somos lembrados aqui
do Sermão do Monte (Mt 6.20).].
3. A corrosão das riquezas e o juízo
divino (v.3). Jesus de Nazaré falou do mesmo
assunto no Sermão da Montanha, ao advertir que “não [devemos ajuntar] tesouros
na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam” (Mt 6.19). Sabemos que nos dias atuais, muitos ignoram esta admoestação
do Senhor, dizendo que não é bem isso que Ele quis dizer. Ora, então do que se
tratava o assunto do nosso Senhor, senão do perigo de se acumular bens neste
mundo? A arrogância demonstrada pelo rico insensato revela esse desvario do
nosso tempo (Lc 12.15-21). Olhando para os dois textos citados, tanto o de
Mateus quanto o de Lucas, é impossível não atentarmos para essas duas
perspectivas: a denúncia para o mal da riqueza e a revelação profética do juízo
divino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15; 13.16). [Comentário: No capítulo 5, Tiago mais uma vez chama a
atenção para a transitoriedade e a deterioração natural das riquezas. Ele já
havia feito essa alusão no capítulo 1, usando como analogia a beleza passageira
da flor (w. 10,11). E nota ao texto de Tg 5.3, o Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal (Editora CPAD) afirma: “Os metais preciosos acumularam-se
e estragaram-se sem ter sido usados. Quando a riqueza não é usada para ajudar
os outros, ela perde o seu valor. Tiago nos adverte de que até mesmo o que
parece ser mais indestrutível (ouro e prata) estará condenado se não for
colocado em um bom uso. A inutilidade do ouro e da prata acumulados os comerá
como fogo no inferno. Então, se revelará a avareza, o egoísmo e a maldade dos
ricos. Eles deixaram de fazer o bem com o que tinham, e isto é pecado (4.17). Poucas
pessoas no mundo ocidental podem ler esta passagem com entendimento e não ficar
pelo menos marcadas pela sua verdade. Nós provavelmente adicionamos uma nova
dimensão ao problema, porque não acumulamos para preservar para mais tarde, mas
acumulamos para gastar, ou até mesmo para desperdiçar. Os crentes da atualidade
encontram-se participando da tendência da sociedade de consumir tanto quanto
possível sem considerar as condições em outras partes do mundo, ou até mesmo o
que vamos deixar para os nossos filhos e netos. Será que a nossa ferrugem não
dará testemunho contra nós nos últimos dias?” Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687-688.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A Palavra de Deus condena àqueles que adquirirem riquezas às custa da
exploração dos pobres e necessitados.
III. O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg
5.4-6)
1. O clamor do salário dos
trabalhadores (v.4). O Evangelho alcança pessoas de
todos os tipos e classes sociais. Muitos que constituem a classe alta econômica
de nossa nação têm crido em Cristo. Outros filhos do nosso meio têm emergido e
alcançado altos patamares econômicos. De funcionários, tornaram-se patrões,
juízes, políticos, etc. Por isso, é preciso advertir que a Bíblia tem conselhos
divinos claros para a ética do homem cristão que se tornou rico ou do rico que
se tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o líder da igreja
de Jerusalém levanta-se como um profeta veterotestamentário bradando contra a
injustiça social (Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a Lei,
isto é, utiliza a Escritura do primeiro testamento para fundamentar a sua
redação epistolar (Dt 24.14,15). O meio-irmão do Senhor adverte que o
Todo-Poderoso certamente se levantará contra toda a sorte de opressão e
injustiça! [Comentário: Os trabalhadores descritos em Tg 5.4,
trabalhavam e deveriam receber seu salário ao fim da jornada daquele dia. Caso
o patrão não efetuasse o pagamento daquela jornada, certamente toda a família
passaria fome. Se o proprietário se recusasse a pagar, havia pouca coisa ou
nada que o trabalhar pudesse fazer. O dinheiro que deveria ter sido entregue ao
trabalhador também era uma evidência contra estas pessoas ricas. O clamor pelo
salário retido dos trabalhadores e dos que ceifaram entraram nos ouvidos do
Senhor dos Exércitos. O único recurso que os pobres tinham era clamar a Deus.
Se estivermos enfrentando a opressão, a fé exige que nós nos lembremos de que Deus
é a nossa força e o nosso defensor. Circunstâncias temporárias não alteram a
soberania de Deus. Deus nos protegerá do mal espiritual nesta vida e nos dará
as alegrias que nós desejamos na vida porvir. Ele nos assegurará que a justiça
será feita e julgará os opressores.].
2. A regalia dos ricos que não temem
a Deus cessará (v.5). O versículo cinco lembra a
denúncia proferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor fala acerca do
mendigo Lázaro e do rico opressor: uma vida regalada que não se importava com o
futuro e com o próximo, vivendo festejos como se o fim nunca fosse chegar.
Deleitando-se em suas riquezas, mal pensava o rico que entesourava para si
juízos de Deus. [Comentário: Os estilos de vida dos ricos e famosos podem
interessar aos meios de comunicação, mas são nocivos para Deus. Estes ricos,
que tomaram as terras dos pobres e depois se recusaram a pagar os seus
merecidos salários, mostraram uma enorme falta de consideração e um grande
egoísmo. A isto, eles acrescentaram uma atitude de desperdício e
autoindulgência que Deus detesta. Uma vida de luxo e de satisfação de cada
capricho não tem basicamente nenhum valor. O dinheiro não significará nada
quando Cristo retornar, de modo que nós devemos passar o nosso tempo acumulando
tesouros que terão valor no reino eterno de Deus. O dinheiro em si não é o
problema; os líderes cristãos precisam de dinheiro para viver e sustentar as
suas famílias; os missionários precisam de dinheiro para ajudar a transmitir o
Evangelho; as igrejas precisam de dinheiro para realizar eficazmente o seu
trabalho. E o amor ao dinheiro que leva à iniquidade (I Tm 6.10) e que faz com
que alguns subjuguem a outros para conseguir mais. Esta é uma advertência a todos
os cristãos que são tentados a adotar padrões mundanos em lugar dos padrões de
Deus (Rm 12.1,2) e um encorajamento a todos aqueles que são oprimidos pelos
ricos. Para estas pessoas ricas, o seu tesouro é a riqueza mundana. Elas
aproveitaram a vida, banqueteando-se como no dia da matança de um animal.
Ironicamente, Tiago diz que elas são como animais gordos preparados para a
matança, no dia em que vier o julgamento de Deus (veja Jr 12.1-3). Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 688. O
mal do versículo 5 é mais uma faceta do espírito egoísta refletido nos
versículos 2-3. As riquezas condenam todo aquele que as usa para um prazer
puramente pessoal. A Bíblia Viva parafraseia as palavras de forma correta:
“Vocês gastaram seus anos aqui na terra divertindo-se, satisfazendo todos os
seus caprichos”. Há várias interpretações da frase num dia de matança (cf. Jr
12.3). As diferenças dependem do significado da preposição. Num (em um) pode
significar “em”, “no”, “por meio de”, “para”. Matthew Henry viu nessa frase uma
referência às festas judaicas em que muitos sacrifícios eram oferecidos. “Vocês
vivem como se cada dia fosse um dia de sacrifícios, uma festa; e, dessa forma,
seus corações são engordados e nutridos para a estupidez, imbecilidade, orgulho
e insensibilidade, em detrimento da miséria e aflição dos outros”. De acordo
com o contexto parece que a preposição en em relação ao dia do julgamento pode
ser melhor traduzida por “para”. Uma tradução recente interpreta esse versículo
da seguinte maneira: “Vocês viveram na terra luxuosamente, engordando-se como
gado — e o dia para a matança chegou”. Moffatt ressalta e aguça o conceito:
“como para o dia de matança”. A finalidade dessa seção inteira é resumida por
Moffatt da seguinte maneira: “Vocês precisam pagar com a sua vida pelo deleite
cruel que custou a vida de suas vítimas, as vítimas da sua opressão social e
judicial”. A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD.
Vol. 10. pag. 190.].
3. O pobre não resiste à opressão do
rico (v.6). Há severas condenações no Antigo
Testamento contra a opressão dos menos favorecidos (Êx 23.6; Dt 24.17). O fato
de essa advertência aparecer em o Novo Testamento indica a gravidade dessa
atitude (1Tm 6.17-19). Muitos podem se perguntar por que a Bíblia é tão dura
contra os ricos injustos. Uma vez que eles estão economicamente bem
posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à sua opressão, restando a eles
apenas Deus para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado de opressão continue
sendo consumado, entendemos biblicamente que o Senhor dos Exércitos continua a
ouvir o clamor dos pobres! [Comentário:
A condenação e a morte de pessoas justas provavelmente eram tanto ativas
como passivas. As pessoas inconvenientes podem realmente ter sido assassinadas,
mas é mais provável que as pessoas pobres que não podiam pagar as suas dívidas
fossem lançadas na prisão ou forçadas a vender todas as suas posses. Sem meios
de sustento, e sem oportunidades até mesmo para trabalhar para pagar suas
dívidas, estas pessoas pobres e suas famílias frequentemente morriam de fome. Deus
também considerava isto um assassinato. De uma maneira ou de outra, no sistema
injusto, isto era legal. O pobre não tinha como resistir. O seu único recurso
contra os ricos iníquos era clamar a Deus. As condições que Tiago está
descrevendo podem parecer desesperadoras. Muitos dos ricos não se arrependerão.
Entretanto, os crentes podem viver com esperança, porque Cristo está voltando.
Ele trará juízo e justiça. Tiago agora passa a falar a respeito da volta de Cristo.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2.
pag. 688-689. O versículo 6 reflete a riqueza desonesta adquirida por
meio de ações fraudulentas da justiça. Em 2.6, Tiago refere-se aos ricos que
“vos arrastam aos tribunais”. Ele não vos resistiu provavelmente significa que
o pobre não tinha uma defesa legal adequada. Nos tribunais, os ricos influentes
têm “condenado e devastado” o pobre que não tem condições de pagar o salário de
um advogado ou o suborno para o juiz. O desamparo da vítima somente aumenta a
culpa do opressor. Quando o desejo por riqueza se torna tão intenso a ponto de
planejar tirar a vida de outra pessoa, a ganância tornou-se assassina. O poder
propiciado pela riqueza também é malversado em relação à liberdade, honra e
vida de terceiros.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados. Ele é justo e não
aceita nenhuma forma de opressão e injustiça.
CONCLUSÃO
As advertências de Tiago são
relevantes e oportunas para os nossos dias. Quanto engano tem sido cometido por
ensinamentos deturpados em nome de uma suposta prosperidade. Tal teologia tem
levado muitas pessoas a tornarem-se materialistas. Tiago nos exorta a
demonstrarmos uma fé verdadeira, não apenas de palavras, mas principalmente em
obras (Tg 2.14-26). De igual maneira, conforme a lição de hoje, o nosso desafio
é vivermos um estilo de vida segundo o Evangelho, onde a simplicidade, a
modéstia e o contentamento devem ser as suas marcas. [Comentário: Tiago
não demoniza a riqueza, mas se opõe ao coração centrado nelas. A Bíblia Sagrada
traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas
materiais (Sl 49.6,7). Tiago defende que a nossa confiança deve está posta em
Deus, que tudo pode e graciosamente derrama Suas chuvas de bênçãos sobre o Seu
povo. O crente jamais deve esquecer que os que confiam no Senhor serão como o
monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre! (Sl 125.1), somente
Ele pode conceder aos Seus a segurança eterna, paz, prosperidade, proteção e
vida abundante tanto nesta vida como na vindoura!]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Setembro de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON,
French L; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2.
4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. O que é o pecado de
comissão?
R.
É realizar aquilo que é expressamente condenado por
Deus.
2. O que é o pecado de
omissão?
R.
Quando omitimo-nos de fazer o bem.
3. O que Tiago apresenta
no quinto capítulo?
R.
O quinto capítulo apresenta o juízo divino contra
os ricos opressores.
4. De modo gerai, onde
se encontra a confiança dos ricos?
R.
Nos seus bens materiais.
5. Cite uma referência
bíblica no Antigo Testamento e uma em o Novo que mostram as severas condenações
contra a opressão dos menos favorecidos.
R.
Êxodo 23.6 e 1 Timóteo 6.17-19.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Biblíológico
“Por que contra o
rico? (5.1-6)
Em Jerusalém, eram
poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis ao Evangelho.
Enquanto crescia a perseguição contra a igreja primitiva, muitos crentes
perderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos.
As investidas de Tiago contra os ricos são: 1) eles anseiam aumentar a riqueza
com o sofrimento dos outros; 2) defraudam seus empregados; 3) vivem de maneira
extravagante, e amam a boa vida; e, 4) matam os justos.
Temos condições de ser
pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dos exploradores da riqueza.
Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9)” (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 9ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.875).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Riqueza
A Bíblia Sagrada traz
muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas
materiais (Sl 49.6,7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas.
Tiago deixou
registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também
servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se
referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso
de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que
possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários
crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um
pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os
meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente,
aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da
exploração dos trabalhadores” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F.
(Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1680).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Os Pecados de omissão e de opressão
O amor cristão deve se
manifestar em todo e qualquer ambiente que demanda o relacionamento humano.
Principalmente nos círculos cristãos. Naturalmente, o amor de Cristo, não é nem
pode ser um amor de viés obrigatório, pois amor compelido não é amor
verdadeiro. O amor demonstrado por Jesus nos designa a ser um e somente um
corpo com Ele. Por isso podemos destacar alguns desdobramentos do amor na
relação profissional entre funcionário e patrão.
Enquanto funcionários
de uma empresa, nossa real motivação deve ser a do respeito, pois somos
chamados a viver numa dimensão de serviço a Deus, mas também aos homens. De
sorte, não há como honrar a Deus se a minha dimensão relacional com os homens
de autoridade está confusa ou quebrada. É impossível viver um dualismo entre
“servir a Deus” e “não servir o próximo”.
O discípulo de Jesus é
convidado a fazer o bem e a se aperfeiçoar naquilo que faz, não somente por
causa do patrão, mas acima de tudo por Cristo. E aí que se revela a própria realização
humana, pois patrão e funcionário têm um mesmo Senhor! Não há favoritismo de
Deus nessa relação. O mesmo Senhor que auxilia o patrão é o mesmo que auxilia o
funcionário. NEle, ambos são irmãos.
Prezado professor,
trabalhe estas questões com a classe perguntando o seguinte: Se você é patrão o
que pensar sobre o que a Palavra diz a respeito da tua relação com o teu
funcionário? E você que é funcionário, como enxergar esta relação com o teu
patrão? Certa feita o nosso Senhor disse que o mais forte subjugava o mais
fraco no mundo gentílico, e isso, era perfeitamente normal. Mas entre nós, não!
Entre os cristãos, o amor mútuo dos irmãos é o que deve sobrepujar. Cada qual
exercerá o seu próprio papel, seja na função de patrão ou na de funcionário.
Ambos não podem
esquecer: “Sujeitai-vos um ao outro em amor” a qualquer tempo e em qualquer
dimensão profissional, seja ou não cristã. Professor lembre a classe de que o
que Tiago está condenando em sua epístola é a injustiça, a exploração econômica
e toda sorte de males que os ricos deste mundo, crentes ou não, poderiam evitar
se assumissem a consciência “de ter fome e sede de justiça” que emana do
Evangelho.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos
subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e
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