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2º Trimestre de 2014
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Lição 12
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22
de Junho de 2014
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O Diaconato
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TEXTO ÁUREO
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“Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para
si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (1Tm
3.13).
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VERDADE
PRÁTICA
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Embora
o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o
crente.
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HINOS
SUGERIDOS
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115,
175, 394.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 3.8-13.
8 - Da mesma sorte os
diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não
cobiçosos de torpe ganância,
9 - guardando o
mistério da fé em uma pura consciência.
10 - E também estes
sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 - Da mesma sorte as
mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
12 - Os diáconos sejam
maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
13 - Porque os que
servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança
na fé que há em Cristo Jesus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Analisar o estilo de vida diaconal de Jesus.
- Explicar a instituição do ministério do diácono.
- Discorrer sobre o perfil e a função do diácono.
PALAVRA CHAVE
Diácono: Aquele que serve por amor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No primeiro século da era cristã, a
Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma
medida em que cresceu, surgiram também problemas na esfera social, demandando
urgentes providências. Por uma sábia e unânime decisão, em assembleia, a igreja
de Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espírito Santo,
para administrarem esse “importante negócio” (At 6.3). Nesta lição estudaremos
esse importante ministério de serviço que, por causa de uma crise étnica na
igreja, levou os apóstolos a propor medidas que serviram de base para instituir
a função diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas
igrejas cristãs. [Comentário:
No estudo dos dons ministeriais, passamos, desde a lição anterior, a
analisar as “funções eclesiásticas”, ou seja, as posições sociais na igreja
local mediante as quais se exercem os dons ministeriais com reconhecimento de
todos os membros daquele grupo social. Nesta lição, estudaremos a função de
diácono. Lucas registra em Atos 6 a separação dos primeiros diáconos, a quem
foi confiada a função de administrar as coisas materiais e se ocupavam do
suprimento dos necessitados na igreja. Por que existe o ministério do diácono?
Qual a sua função e importância na vida da igreja local? São questionamentos
que veremos hoje. Hoje em dia, há muitos que não entendem o assunto, “O
Diaconato,” e existe muita confusão a
respeito. Há igrejas pequenas com muitos
diáconos. Há igrejas com nenhum. Há irmãos que pensam que o pastor tem que ser
diácono antes de ser pastor. Outros
acham que “Uma vez diácono, sempre diácono,” e também que quando um diácono
muda de uma igreja para a outra, é automaticamente considerado diácono da igreja de destino. Há igrejas que têm diácono, mas usam um outro
membro como tesoureiro. Algumas igrejas
pensam do diácono como líder espiritual, um irmão que deve decidir apenas as
questões de natureza administrativa da igreja.
Muitos irmãos querem consagrar um diácono no lugar de pastor. Outros não provam o candidato antes da
consagração ao diaconato. Será que não
devemos repensar a nossa posição sobre o diácono e sua atuação na igreja?
http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/DiaconoESuaAtuacao-Montgomery.htm] Tenhamos todos uma excelente e
abençoada aula!
I. A
DIACONIA DE JESUS CRISTO
1. Significado do termo. O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”. A vida
inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em
todos os seus aspectos. Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o
quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc 24.19),
evangelista (Lc 4.18,19), pastor (Jo 10.11), mas principalmente, diácono por
excelência (Mt 20.28). O apóstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo
a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo”
denota o sentido de uma condição humilde. [Comentário:
A palavra "diácono" vem de uma palavra grega (diakonos) que é
encontrada algumas 30 vezes no Novo Testamento. Palavras semelhantes são
diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar).
"Diácono" quer dizer "atendente" ou "servente". A
mesma palavra descreve escravos, empregados e obreiros voluntários. A ênfase
não está na posição da pessoa, mas no servo em relação ao seu trabalho. No
Léxico do Novo Testamento Grego/Português de F. Wilbur Gingrich e de Frederick
W. Danker, é dito que “diákonos” significa “servo” (Mt. 20.26; 22.13; Mc 9.35);
especificamente “garçom” (Jo 2.5,9); “agente” (Rm 13. 4; Gl 2.17); “auxiliar”,
pessoa que presta serviço como cristão: a) a serviço de Deus, Cristo ou a outro
cristão (2Co 6.4; 11.23; Ef 6.21; Cl 1.23,25; 1Tm 4.6); b) em caráter oficial
ou semioficial (Rm 16.1; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12)....” (op.cit., p.53). Em seu
Dicionário do Novo Testamento Grego, oferece-nos W.C. Taylor a seguinte
definição de diácono: garçom, servo e administrador. Na Grécia clássica,
diácono era o encarregado de levar as iguarias à mesa, e manter sempre
satisfeitos os convivas. Na septuaginta, eram os servos chamados de diáconos,
porém não desfrutavam da dignidade de que usufruíram seus homônimos do NT, nem
eram incumbidos de exercer a tarefa básica destes: socorrer os pobres e
necessitados. Não passavam de meros serviçais. Aos olhos judaicos, era esse um
cargo nada honroso. A palavra diácono aparece cerca de trinta vezes no NT. É uma sublime função que passou a existir na
Igreja Primitiva a partir de Atos, capítulo seis. Valdemir P. Moreira.
Manual do Diácono.. Eles devem ser como o próprio Mestre; e é muito
apropriado que eles o fossem, pois, enquanto estivessem no mundo, deveriam ser
como Ele foi quando estava no mundo. Porque para ambos o estado atual é um
estado de humilhação; a coroa e a glória estavam reservadas para ambos no
estado futuro. Eles precisavam considerar que “o Filho do Homem não veio para
ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (v.
28). O nosso Senhor Jesus aqui se coloca diante dos seus discípulos como um
padrão de duas qualidades anteriormente recomendadas: a humildade e a
utilidade. 1] Nunca houve um exemplo de humildade e condescendência como houve
na vida de Cristo, que não veio para “ser servido, mas para servir”. Quando o
Filho de Deus entrou no mundo - o Embaixador de Deus para os filhos dos homens
alguém poderia pensar que Ele deveria ser servido, que deveria ter se
apresentado em um aparato que estivesse de acordo com a sua pessoa e caráter;
mas Ele não fez isso; Ele não agiu como uma celebridade, Ele não teve nenhum
séquito pomposo de servos de Estado para servi-lo, nem se vestiu em túnicas de
honra, porque tomou sobre si a “forma de servo”. Ele, na verdade, viveu como um
homem pobre, e isto fez parte da sua humilhação. Houve pessoas que o serviram
com as “suas fazendas” (Lc 8.2,3); mas Ele nunca foi servido como um grande
homem. Ele nunca tomou a pompa sobre si, não foi servido em mesas, como um dos
grandes deste mundo. Cristo, certa vez, lavou os pés dos seus discípulos, mas
nunca lemos que eles tenham lavado os pés dele. Ele veio para ajudar a todos
quantos estivessem em aflição. Ele se fez servo para os doentes e debilitados;
estava pronto para atender aos seus pedidos como qualquer servo estaria pronto
para atender à ordem do seu senhor, e se esforçou muito para servi-los. O
Senhor Jesus serviu continuamente visando este fim, negando a si até mesmo o
alimento e o descanso para cumprir essa tarefa. [2] Nunca houve um exemplo de
beneficência e utilidade como houve na morte de Cristo, que “deu a sua vida em
resgate de muitos”. Ele viveu como um servo, e fez o bem; mas morreu como um
sacrifício, e com isso Ele fez o maior bem de todos. Ele entrou no mundo com o
propósito de dar a sua vida em resgate; isto estava primeiro em sua intenção.
Os aspirantes a príncipes dos gentios fizeram da vida de muitos um resgate para
a sua própria honra, e talvez um sacrifício para a sua própria diversão. Cristo
não age assim; o sangue daqueles que lhe são sujeitos é precioso para Ele, e
Ele não é pródigo nisso (SI 72.14); mas, ao contrário, Ele dá a sua honra e a
sua vida como resgate pelos seus súditos. Note, em primeiro lugar, que Jesus
Cristo sacrificou a sua vida como um resgate. A nossa vida perdeu o direito nas
mãos da justiça divina por causa do pecado. Cristo, entregando a sua vida, fez
a expiação pelo pecado, e assim nos resgatou. Ele foi feito “pecado” e uma
“maldição” por nós, e morreu, não só para o nosso bem, mas “em nosso lugar” (At
20.28; 1 Pe 1.18,19). Em segundo lugar, foi um resgate por muitos. Ele foi
suficiente para todos, mas eficaz para muitos; e se foi eficaz para muitos,
então diz a pobre alma duvidosa: “Por que não por mim?” Foi por muitos, para
que por ele muitos pudessem ser feitos justos. Esses muitos eram a sua semente,
pela qual a sua alma sofreu (Is 53.10,11). “De muitos”, assim eles serão quando
forem reunidos, embora parecessem então um pequeno rebanho. Então esse é um bom
motivo para não disputarmos a precedência, porque a cruz é a nossa bandeira, e
a morte do nosso Senhor é a nossa vida. Esse é um bom motivo para pensarmos em
fazer o bem, e, em consideração ao amor de Cristo ao morrer por nós, não
hesitarmos em “sacrificar as nossas vidas pelos irmãos” (1 Jo 3.16). Os
ministros devem estar mais ansiosos do que os outros para servir e sofrer pelo
bem das almas, como o bendito apóstolo Paulo estava (At 20.24; Fp 2.17). Quanto
mais interessados, favorecidos e próximos estivermos da humildade e da
humilhação de Cristo, mais prontos e cuidadosos estaremos para imitá-las. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 261-262.]
2. Serviço de escravo. Na véspera da sua crucificação, o Senhor Jesus reuniu os seus doze
discípulos para comer a última ceia. Tomando uma toalha e uma bacia com água,
ele começou a lavar os pés dos discípulos, um a um (Jo 13.4,5). Não há atitude
mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés, demonstrando serviço,
exemplo e humildade. A “diaconia da toalha e da bacia” é a convocação
cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17). [Comentário: Diaconia significa “ministério, serviço”. Jesus
Cristo foi exemplo para a Igreja em todos os aspectos. Em sua Diaconia, Ele foi
“apóstolo... da nossa confissão” (Hb 13.1). Foi profeta (Lc 24.19); foi
evangelista (Lc 4.18-19); foi Pastor (Jo 10.11) e também foi diácono. Ele
demonstrou seu caráter e sua personalidade, dando exemplo de humildade. Para
cumprir sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se
temporariamente de sua glória plena (Jo 17.14). Paulo diz que Ele assumiu a
forma de servo, mais que isso, a forma de “escravo”. Jesus, “... sendo em forma
de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, fazendo- se semelhante aos homens-, e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de
cruz” (Fp 2.6-8 — grifo nosso). A expressão “tomando a forma de servo”,
“significa aparecer em uma condição humilde e desprezível”. Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 140.]
3. O discípulo é um serviçal. Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de destaques, “à
direita” e “à esquerda” de Jesus, quando da implantação do seu Reino (Mc
10.35-37). Os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A
proposta do Nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder
temporal para a sua igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a
eles: “entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser
grande será vosso serviçal [diakonos]. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o
primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45). [Comentário: O diácono é um homem recompensado por Deus (1Tm
3.13). “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa
preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus”. Jesus foi o diácono por
excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca somos tão
grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de
Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam, mas aqueles a
quem Deus enaltece. Nesse ínterim é mister esclarecer que o diaconato não deve
ser entendido como o primeiro degrau de uma carreira ministerial, se há este
entendimento, ele é equivocado. Outra vez, Jesus surge como ápice exemplar;
enquanto Ele estava pensando em uma cruz, Tiago e João estavam pensando em
coroas. O fardo do Senhor se confrontava com a cegueira deles, e o seu
sacrifício com o egoísmo que demonstravam. Ele só queria dar, mas eles só
queriam receber. A motivação dele era servir; a deles era a própria satisfação
pessoal. Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes (literalmente,
“aqueles que parecem governar”) delas se assenhoreiam. Os discípulos sentiram o
aguilhão dessas palavras ao se lembrarem das táticas opressoras dos
governadores das províncias. Mas entre vós não será assim. O grande entre os
seguidores de Jesus será aquele que quiser ser um serviçal (ministro) e servo
(escravo) de todos. Mas por que teria que ser assim? “Porque o próprio Filho do
Homem não tinha vindo para ser servido, mas para servir”. Nisto, Cristo nos
deixou o exemplo que devemos imitar, seguindo as Suas pisadas (1 Pe 2.21). Ralph
Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 288-289.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A diaconia de Jesus Cristo está centralizada na disponibilidade em servir
o próximo.
II. A
INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS
1. O conceito da função. A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o Dicionário Vine, refere-se
àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos exemplos dos criados
domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a
função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do
diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos.
Esta refere-se a “um servo” ou “um escravo” (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Portanto, a
ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário
prestado, pelo “ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém. [Comentário: diakonos
(em português, “diácono”), denota primariamente "criado", quer aquele
que faz trabalhos servis, ou o ajudante que presta serviços voluntários, sem
referência particular ao seu caráter. A palavra está provavelmente relacionada
com o verbo diõkõ. “apressar-se após, perseguir" (talvez dito
originalmente acerca de um corredor). "Ocorre no Novo Testamento em alusão
aos criados domésticos (Jo 2.5.9); ao governante civil (Rm 13.4); a Cristo (Rm
15.8; Gl 2.17); aos seguidores de Jesus em sua relação com o Senhor (Jo 12.26:
Ef 6.21; Cl 1.7; 4.7); aos seguidores de Jesus em relação uns com os outros (Mt
20.26: 23.11: Mc 9.35; 10.43); aos servos de Cristo no trabalho de orar e
ensinar (1 Co 3.5: 2 Co 3.6: 6.4; 11.23: Ef 3.7; Cl 1.23.25: 1 Ts 3.2; I Tm
4.6); àqueles que servem nas igrejas (Rm 16.1 [usado acerca de uma mulher só
aqui no Novo Testamento]; Fp 1.1; 1 Tm 3.8.12); aos falsos apóstolos, servos de
Satanás (2 Co 11.15). O termo diakonos é usado uma vez onde. aparentemente, a
referência é aos anjos (Mt 22.13); em Mt 22.3. onde a referência é aos homens,
o termo doulos é usado** (extraído de Notes on Thessalonians, de Hogg e Vine.
p. 91). O termo diakonos deve, falando de modo geral, ser distinguido do termo
doidos, "servo, escravo”: o lernio diakonos encara o servo em relação ao
seu trabalho: o termo doidos o vê em relação ao seu mestre. Veja. por exemplo.
Mt 22.2-14; aqueles que chamam os convidados e os trazem (Mt 22.3.4.6.8.10) são
os douloi: aqueles que executam a sentença do rei (Mt 22.13) são os diakonoi. Nota:
Quanto aos termos sinônimos, leitourgos denota "aquele que executa deveres
públicos"; misthios e misthôtos, “servo contratado"; oiketes, “servo
doméstico**; huperetes. “funcionário subordinado que serve seu superior"
(designava, originalmente. o remador da fileira de baixo numa galera de
guerra); therapon, aquele cujo serviço é o de liberdade e dignidade. Os
denominados “sete diáconos" em At 6 não são mencionados por esse nome,
embora o tipo de serviço no qual estavam engajados era do caráter daquele consignado
para tal. W. E.
VINE; Merril F. UNGER; Wllliam WHITE Jr. Dicionário VINE. Editora CPAD. pag. 563.]
2. Origem do diaconato. “A bênção”, “problema” e “reivindicação” são palavras-chave para o
advento do ministério formal dos diáconos em o Novo Testamento. A bênção foi o
extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém. A questão étnica
causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente
envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era o
problema. A reivindicação pode ser vista na manifestação verbal destas viúvas
que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma de
discriminação dos líderes da igreja de Jerusalém, cobraram sua assistência (At
6.1). [Comentário: Matthew Henry em seu Comentário do Novo
Testamento, escreve o seguinte: “ausa-nos desalento descobrir que o crescimento
do número dos discípulos (v. 1) dá oportunidade para discórdias. Até agora,
todos eles eram unânimes em uma mesma opinião. Esta. observação frequente
significava uma honra para eles. Mas agora que cresciam em número, começaram a
murmurar, semelhantemente ao que ocorreu no velho mundo. Quando os homens
começaram a multiplicar-se, eles se corromperam (Gn 6.1,12). Houve uma
murmuração, não uma desavença aberta, mas um ressentimento secreto. (1) Os
queixosos eram os gregos, ou helenistas, contra os hebreus (v. 1). Os gregos
eram os judeus que se espalharam pela Grécia e outras regiões, falavam
comumente a língua grega e liam o Antigo Testamento na versão grega, não no
original hebraico. Muitos deles estavam em Jerusalém para a festa quando
aceitaram a fé cristã e foram acrescentados à igreja. Estes murmuraram contra
os hebreus, que eram os judeus nativos que usavam o original hebraico do Antigo
Testamento. Alguns pertencentes a cada um desses grupos se tornaram cristãos, mas,
pelo visto, essa aceitação conjunta da fé não teve sucesso, como deveria, em
extinguir os poucos ciúmes que tinham uns dos outros antes da conversão. Eles
retiveram um pouco do fermento velho e não entenderam ou não se lembraram de
que em CRISTO JESUS não há nem grego nem judeu (Cl 3.9). Portanto, não há
distinção entre hebreus e helenistas, mas todos são igualmente acolhidos em
CRISTO, e deveriam ser, por causa dele, queridos uns dos outros. (2) A
murmuração destes gregos era que as suas viúvas eram desprezadas no ministério
cotidiano (v. 1), quer dizer; na distribuição de refeições, e as viúvas
hebreias eram mais bem cuidadas. É pena que as pequenas coisas deste mundo
sejam pontos de discórdia entre os que admitem ter relações com as grandes
coisas do outro mundo. Os apóstolos fizeram a distribuição, obviamente, com a
mais absoluta imparcialidade, e nem de longe intentaram respeitar os hebreus
mais que os gregos. Contudo, houve queixa deles, que diziam estarem as viúvas
gregas sendo desprezadas. Embora elas fossem aptas a receber esse tipo de
assistência social, os apóstolos não lhes deram o suficiente, ou não
contemplaram todas, ou não deram exatamente a mesma soma oferecida às viúvas
hebreias. [1] Talvez esta murmuração (v. 1) fosse infundada e injusta, sem
motivo algum. Mas aqueles que, por qualquer razão, se encontram em situação
desfavorável (como estavam os judeus gregos em comparação com os que eram
hebreus de hebreus), são susceptíveis a, por ciúme, acharem que estão sendo
desprezados quando na verdade não estão. É erro comum de pessoas pobres que, em
vez de serem gratas pelo que recebem, se queixem e reclamem. Tendem a pensar
que recebem pouco, ou que os outros ganham mais que elas. Há inveja e cobiça,
raízes de amargura que se encontram tanto entre os pobres quanto entre os
ricos, apesar das situações humilhantes em que estão e às quais devem se
adaptar. [2] Partamos do pressuposto de que havia motivo para a murmuração. Em
primeiro lugar, certos estudiosos sugerem que os outros pobres no grupo dos gregos
tinham a subsistência provida, embora as suas viúvas fossem desprezadas (v. 1).
Essa falha acontecia porque os gerentes administravam de acordo com uma regra
antiga observada entre os hebreus: a viúva deve ser sustentada pelos filhos do
seu marido (veja 1 Tm 5.4). Em segundo lugar, as viúvas, ao meu ver, são
citadas no lugar de todos os pobres, porque muitos desses que estavam nos
registros da igreja e recebiam esmolas, eram viúvas que tinham sido fartamente
sustentadas pelas atividades dos seus maridos enquanto estavam vivos, mas que
caíram em grandes dificuldades financeiras quando faleceram. Os que administram
a justiça pública devem de uma maneira particular proteger as viúvas de
injustiças (Is 1.17; Lc 18.3), assim os que administram os fundos da caridade
pública devem de uma maneira particular sustentar as viúvas no que for
necessário (veja 1 Tm 5.3). Perceba que estas viúvas e os outros pobres
recebiam uma ajuda diária (v. 1). Talvez, após um cálculo prévio, sabiam que
não podiam acumular sua porção para o futuro. Então os administradores dos
fundos, num gesto de bondade, davam-lhes dia a dia o pão necessário. Eles
dependiam do quinhão do dia para viver. Pelo visto, as viúvas gregas foram,
comparativamente, desprezadas. Talvez os que distribuíam o dinheiro
consideraram que os hebreus ricos contribuíam mais para o fundo do que os
gregos ricos, que não tinham propriedades para vender, como os hebreus. Por
conseguinte, os gregos pobres deveriam ter menos direito ao fundo. Embora
houvesse certa dose de tolerância, tratava-se de procedimento cruel e injusto.
Veja que mesmo na igreja mais bem organizada do mundo sempre haverá algo
impróprio, administração incompetente, queixas ou, pelo menos, algumas
reclamações”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 59-60.]
3. A escolha dos diáconos. Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apóstolos
separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria
para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisão de
caráter pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em
permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão
reconhecendo o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele
momento. Assim, eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma
questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém. [Comentário: O Pr
Altair Germano escreve o seguinte em seu Blog: “- Boa Reputação (gr.
martyrouménous): boa fama, alguém de quem se fala bem, louvado, recomendável
(esposa, filhos, vizinhos, patrão, igreja, pastor, etc.); Cheios do Espírito
(gr. plêreis pneúmatos): repletos, plenos do Espírito (c/ Ef 5.18). O termo
“Santo” não aparece nas edições críticas da Vulgata e no N.T. Grego (27ª ed.
Nestle-Aland). Pode estar implícito aqui o Batismo com o Espírito Santo (At
2.1-4), a manifestação dos dons do Espírito (1 Co 12-14) e o fruto do Espírito
(Gl 5.22-25). De Sabedoria (gr.sophías): habilidade, tato, bom senso, juízo
sensato, experiência nas questões da vida (Tg 1.5-7). Negócio (gr. chréias):
trabalho, serviço, tarefa necessária. O termo “importante” foi traduzido na
versão ARC para dar ênfase ao serviço http://www.altairgermano.net/2014/06/o-diaconato-subsidio-para-licao-biblica.html. O Manual do Diácono, de Valdemir P. Moreira, traz o seguinte: “Na
versão Revista e Corrigida de Almeida, lemos: “Escolhei, pois, irmãos, dentre
vós, sete varões (...) aos quais constituamos sobre este importante negócio”
(At 6.3). A versão atualizada, porém, buscando maior aproximação com o grego,
usa a seguinte expressão: “aos quais encarreguemos deste serviço”. É o
diaconato, afinal, um serviço ou um importante negócio? Ambas as coisas, pois estão certas ambas as
versões. A palavra grega chréia tanto pode ser traduzida como serviço quanto
como negócio. Ela pode ser compreendida, ainda, como “um serviço para suprir
auxilio em caso de necessidade”. Portanto, nenhum erro cometeu os revisores
dessas versões. Servir a Igreja, a Noiva do Cordeiro, é de fato um importante
negócio! Pense nisso, diácono, e conscientize-se de sua responsabilidade”. Valdemir
P. Moreira. Manual do Diácono.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, descreve a instituição do
ministério de diácono.
III. O
PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO
1. Qualificações do diácono. As qualificações dos diáconos descritas no livro de Atos e na primeira
carta a Timóteo revelam que em nada elas diferem da atribuição ética exigida
aos bispos (1 Timóteo e Tito).
a) Caráter
moral (1Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e
íntegras. Não pode haver “língua dobre” neles, isto é, a sua palavra deve ser
sim, sim e não, não. A ganância por dinheiro tem de passar longe da sua vida,
pois sua função é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja
local, como auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as viúvas e os pobres da
Igreja do Senhor.
b) Caráter
espiritual (1Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O
diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor
(cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local devem avaliar o
candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e espiritual.
c) Caráter
familiar. O candidato deve ser marido de uma mulher, fiel à sua esposa e bom
pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu lar, amar as
suas esposas com amor sacrifical. Devem respeitar os seus filhos, para obterem
deles o mesmo respeito. O “serviço” do diácono à sua família revelará como ele
servirá a igreja local. [Comentário: Ainda o Pr Altair Germano, sobre o diaconato, escreve: “8 Da mesma sorte
os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não
cobiçosos de torpe ganância, 9 guardando o mistério da fé em uma pura
consciência. 10 E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem
irrepreensíveis. (1 Tm 3.8-10, ARC). 12 Os diáconos sejam maridos de uma mulher
e governem bem seus filhos e suas próprias casas. 13 Porque os que servirem bem
como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há
em Cristo Jesus. (1 Tm 3.12-13, ARC). a) Honestos (gr. semnous): respeitável,
honorável, digno. Envolve condição interior e postura exterior.[8] b) Não de
língua dobre (gr. mê dilogous): sem palavra, não de duas palavras, que tenha
uma só palavra. Que não muda de opinião por conveniência.[9] c) Não dados (gr.
proséchontas, inclinados) a muito vinho: sobriedade. d) Não cobiçosos de torpe
ganância (gr. aischpokepdeís): Uma advertência em relação às tentações que
poderiam ficar expostos na administração das esmolas, à assistência aos pobres
e às finanças da congregação em geral.[10]Paganelli comenta que: “A advertência
de Paulo não proíbe diáconos terem riquezas [...]. O problema reside no modo
como tal riqueza é adquirida [...]".[11] e) Guardando o mistério da fé
(gr. mystêrion tês písteos): devem ter convicções ortodoxas, pois “mistério”
representa a soma total de todas as verdades reveladas da fé.[12] f) Provados
(gr. dokimazésthosan): Experimentados. Apenas depois de uma triagem (exame)
cuidadosa a respeito do seu caráter, da sua conduta, e da sua adequabilidade,
se mostrarem irrepreensíveis (gr. anégkletoi, inculpáveis, não acusáveis),
devem ter licença para exercer o diaconato.[13] Andrade, apropriadamente
adverte: “[...] muitos pastores, não sabendo como provar, ou experimentar, os
seus aspirantes ao ministério, acabam por confundir as legítimas e bíblicas
provações com caprichos acintosamente humanos.”[14] g) Maridos de uma mulher e
governem (gr. proistámenoi, liderem, dirijam, cuidem) bem seus filhos e suas
próprias casas: Stott, em seu comentário acerca de 1 Tm 3. 2, cita cinco
possibilidades de interpretação quanto a “maridos de uma mulher”: (1) Os que
nunca se casaram; (2) Os polígamos; (3) Os que se divorciaram, e casaram-se de
novo; (4) Os que tendo enviuvado, casaram-se novamente; (5) Os que cometem o
pecado da infidelidade no casamento. Não existe, nem mesmo na perspectiva
intradenominacional, unanimidade acerca da questão. Quanto a questão de governo
ou liderança, aquele que não é bom administrador de sua própria casa,
certamente reproduzirá os mesmos erros no trato com a congregação (igreja
local) http://www.altairgermano.net/2014/06/o-diaconato-subsidio-para-licao-biblica.html.]
2. A função dos diáconos em Atos 6. Quando foram instituídos diáconos, setes homens de fala grega foram
separados para assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como
as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que houvesse injustiças de
caráter social na igreja do primeiro século. A função do diaconato era
fundamentalmente de caráter social. [Comentário:
Quanto ao total de sete homens separados para a função, Champlin escreve
o seguinte: “Alguns têm suposto que tal número foi regulado pela circunstância
de que a cidade de Jerusalém, naquela época, estava dividida em sete distritos.
Porém, acerca disso não há qualquer evidência comprobatória. Talvez esse número
tenha sido escolhido por ser considerado um número sagrado segundo o pensamento
dos hebreus”. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag.135.. O Rev
Hernandes Dias Lopes escrevendo em seu Blog acerca das Qualificações Bíblicas
do Diaconato, afirma: “Depois de elencar as virtudes que devem ornar a vida do
presbítero, o apóstolo Paulo passa a falar dos atributos do diácono (1Tm
3.8-13). Muitas das qualificações do diácono são as mesmas do presbítero. O
diácono, diákonos, é o servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e
ao ministério da palavra. Os primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos
apóstolos. Há dois ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a
diaconia da palavra (At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho. O
ministério das mesas não substitui o ministério da palavra, nem o ministério da
palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior
ao outro. Ambos são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias
do Espírito Santo para exercê-los. A única diferença está na forma que cada
ministério assume, exigindo dons e chamados diferentes” http://hernandesdiaslopes.com.br/2014/03/qualificacoes-biblicas-do-diacono/#.U6BhDSineAQ. Atos 6.2 nos mostra que os homens que estavam alimentando o rebanho ao
pregar e ensinar perceberam que não era certo abandonar essas atividades para
servir às mesas, por isso encontraram alguns outros homens que estavam
dispostos a servir e ministrar às necessidades físicas da igreja enquanto eles
ministravam às necessidades espirituais. Era uma melhor utilização dos recursos
e um melhor uso dos dons de cada um. Isso também envolvia mais pessoas no
atendimento e auxílio uma à outra.Leia mais:
http://www.gotquestions.org/Portugues/responsabilidades-diaconos-igreja.html#ixzz34wAR40Lp]
3. A função dos diáconos hoje. Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar a igreja local
através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os
enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas
espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor,
recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas)
e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem como de outras
tarefas já mencionadas. [Comentário: Não é preciso dizer aqui que esta função hoje é mal utilizada. Hoje, em
uma Igreja que se julga bíblica, a função diaconal é essencialmente a mesma. Os
presbíteros e pastores devem "pregar a palavra, instar a tempo e fora de
tempo, admoestar, repreender, exortar, com toda longanimidade e ensino"
(2Tm 4.2), e os diáconos devem cuidar de tudo o mais. As responsabilidades de
um diácono podem incluir tarefas administrativas ou organizacionais, servir
como atendente ou porteiro nos cultos, cuidar da manutenção do edifício ou
servir como tesoureiro da igreja. É lógico que tudo isso depende das
necessidades da igreja local e dos dons dos homens disponíveis. Como os demais
dons ministeriais são dados a algumas pessoas (Ef 4.11), não são todos que
recebem o dom de diácono. A frase
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós...” usada em Atos 6.3 nos mostra
isso. Todavia, a “função de servir” no grego “diaconia”, é peculiar a todos os
outros dons ministeriais. “Todo ministro começa como diácono. Isto é uma
verdade. Mas ele jamais cessa de ser um diácono. O ministro continua sendo um
diácono” CHAMPLIN, p. 130, 2005. Logo são diáconos: (a) os apóstolos
(At 20.19; 1Co 3.5); (b) os profetas(At 13.1); (c) os pastores (1Pe 5.2); (d)
os evangelistas (2Tm 4.5); e (e) os presbíteros (At 20.28).]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Para o perfil e a função do diácono deve-se levar em conta o caráter
moral, o caráter espiritual e o caráter familiar do candidato.
CONCLUSÃO
O diaconato foi instituído pelos
apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas
que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam
atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos
diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e
reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido
lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus. [Comentário: Não há dúvidas que o diácono é o auxiliar mais
direto de que dispõe o pastor e deve ser assim reconhecido. Sua origem, na
Igreja Primitiva, deveu-se ao fato da necessidade dos apóstolos se manterem afeitos
à oração e à palavra. Não deve ser encarado como um primeiro degrau na
“carreira” ministerial, e muito menos, como geralmente acontece, ser
desempenhada visando ser “visto” pelo pastor e consequentemente “promovido” a
cargos mais elevados. É lamentável quando observamos alguém que, enquanto
Diácono, exercia sua função com maestria, depois de alçado ao presbitério,
“apaga-se”, evidenciando tão somente que a sua busca era carreirista. É
importante, ainda, o esmero em aprimorar-se intelectualmente, ser um
frequentador assíduo do culto de doutrina e da escola dominical, e ser um homem
de oração. Note que entre os sete homens escolhidos para servir como diáconos
estão Estêvão e Filipe (os únicos dois sobre quem Lucas apresenta detalhes).
Filipe se destaca como pregador (At 8.4-8,26-40; 21.8); ele é o primeiro a
fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito como ‘homem cheio de
fé’, sem dúvida significando a fé que faz milagres. Ele faz ‘prodígios e
grandes sinais entre o povo’, e seus oponentes não sabem como lidar com a
pregação que ele faz. O ministério destes dois homens ilustra os ministérios
dos diáconos, os quais se estendem muito além das preocupações práticas do dia
a dia da Igreja.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Junho de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, Claudionor de. Manual do
Diácono. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
STOTT, John R. W. Cristianismo
Equilibrado. 1 ed., RJ, CPAD, 1995.
EXERCÍCIOS
1. Qual o significado do termo grego
“diaconia”?
R. “Ministério” ou “serviço”.
2. Qual o significado da “diaconia da
toalha e da bacia”?
R. Significa a convocação cristocêntrica para uma vida de
serviço humilde (Jo 13.12-17).
3. Quais as qualificações para o
diaconato?
R. Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar.
4. Qual a função dos diáconos em Atos
6?
R. Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica
como as de fala grega.
5. Qual a função dos diáconos hoje?
R. Auxiliar a igreja local através das orientações do seu
pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os
desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como
distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção
da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do
culto, bem como de outras tarefas para as quais for designado.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé
Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
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