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2º Trimestre de 2014
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Lição 11
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15
de junho de 2014
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O Presbítero,
Bispo ou Ancião
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TEXTO ÁUREO
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“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em
boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses
presbíteros [...]” (Tt 1.5).
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VERDADE
PRÁTICA
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O
presbitério deve ser constituído por pessoas idôneas para auxiliar na
administração da igreja local.
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HINOS
SUGERIDOS
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151,
344, 516.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tito 1.5-7; 1 Pedro 5.1-4.
Tito 1
5 - Por esta causa te
deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e,
de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
6 - aquele que for
irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam
ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
7 - Porque convém que
o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem
iracundo, nem dado ao vinho, nem espanca dor, nem cobiçoso de torpe ganância;
1 Pedro 5
1 - Aos presbíteros
que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e
testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de
revelar:
2 - apascentai o
rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
3 - nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
4 - E, quando aparecer
o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Conceituar o termo e a função do presbítero.
- Valorizar o ministério do presbítero.
- Apontar os deveres dos presbíteros.
PALAVRA CHAVE
Presbítero:
Ancião.
Pessoa madura na fé.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No início da Igreja do primeiro
século havia líderes que orientavam os crentes quanto ao Evangelho, bem como à
organização e desenvolvimento da igreja local. O Evangelho frutificou na vida
das pessoas, e por isso, surgiam cada vez mais novos crentes. Foi necessário, a
fim de garantir o discipulado integral da nova pessoa em Cristo, separar
crentes idôneos e maduros na fé para cuidarem desse precioso rebanho. Assim, os
apóstolos de Cristo passaram a estabelecer presbíteros para zelar pela
administração e a vida espiritual da igreja local. [Comentário: Primeiros
anos da era Cristã, a Igreja crescia rapidamente, surgiram os problemas
administrativos que tomavam tempo aos apóstolos. Foi preciso eleger homens
capacitados para servirem às congregações locais, cuidando do rebanho de Deus.
Hoje, teremos uma visão mais aprofundada acerca deste ofício tão especial para
a Igreja. Pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim
três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. Igrejas que
procuram manter distinções entre pastores, bispos e presbíteros não somente
fogem do padrão bíblico como também perdem a riqueza das palavras que o
Espírito Santo usou para descrever os guias do povo de Deus. “Presbítero” e
“pastor” não são dois ofícios diferentes. Como John Piper argumenta na seção
cinco do livreto “Biblical Eldership”, essas são simplesmente duas palavras
diferentes para o mesmo ofício. Ele dá três razões. Primeiro, em Atos 20.28, os
presbíteros são encorajados nos deveres “pastorais” de supervisionar e
pastorear. Segundo, em 1 Pedro 5.1-2, os presbíteros são exortados a
“pastorear” o rebanho de Deus que está aos cuidados deles, papel que é de um
pastor. Terceiro, em Efésios 4.11, a única vez que a palavra pastor ocorre no
Novo Testamento, os pastores são tratados como pertencendo ao mesmo grupo dos
mestres. Isso sugere que o papel principal do pastor é alimentar o rebanho por
meio do ensino, que é um dos papeis principais dos presbíteros (Tito 1.9).
Dessa forma, o Novo Testamento parece indicar que “pastor” é outro nome para
“presbítero”. Um presbítero é um pastor, e um pastor é um presbítero.] Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. A
ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS
1. Significado da função. De acordo com a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, o termo “presbítero” (do
gr. presbyteros) é uma forma comparativa da palavra grega presbys, “pessoa mais
velha”. Como substantivo, e no emprego dos judeus e cristãos, “presbítero” é um
título de dignidade dos indivíduos experientes e de idade madura que formavam o
governo da igreja local. É um sinônimo de bispo (gr. episkopos, supervisor); de
professor (gr. didaskolos); e de pastor (gr. poimēn). [Comentário: O termo ancião vem do latim antianus via
francês arcaico ancien referindo-se a pessoa de idade avançada, antigo, velho,
venerável, respeitável. A palavra hebraica equivalente é za·qen e identificava
os líderes do Antigo Israel, quer no Âmbito de uma cidade, da tribo ou em nível
nacional. Já presbítero vem do grego, πρεσβυτερος, presbyteros, pessoa de
idade, ancião. Daí derivam-se outros títulos como preste. Padre, significando
pai, é uma forma de tratamento que recebe o presbítero na Igreja Católica,
Igreja Ortodoxa e algumas correntes protestantes, como no anglocatolicismo ou
nas antigas congregações de língua portuguesa da Igreja Reformada Holandesa,
como o notável Padre João Ferreira de Almeida. Boa parte das igrejas
protestantes como a Igreja Metodista e Calvinismo chamam seus presbíteros
ordenados de pastores. Na Igreja Luterana os pastores são responsáveis pelo
rebanho cristão, e os presbíteros das igrejas locais fazem parte do governo
eclesiástico, se reunindo e deliberando no respectivo Sínodo Regional em
representação das suas comunidades. Nas Igrejas Reformadas e Presbiterianas
(ambas de matriz calvinista), o presbítero é o líder espiritual de uma
comunidade (ou paróquia) cristã. A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) afirma
em sua nota sobre "Dons Ministeriais para a Igreja" que: "Os
pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas
necessidades espirituais. Também chamados "presbíteros" (At 20.17; Tt
1.5) e "bispos" ou supervisores (1 Tm 3.1; Tt 1.17)".]
2. A liderança local. O apóstolo Paulo cuidou de organizar a administração das igrejas locais
por onde as plantava, separando um grupo de obreiros para tal trabalho. Quando
escreve ao seu discípulo, o jovem Tito, Paulo o instrui a estabelecer
presbíteros em diversos lugares, de cidade em cidade (Tt 1.4,5,7). Está claro,
assim, o aspecto pastoral da função exercida pelos presbíteros nas comunidades
cristãs antigas. [Comentário: Presbítero
(ancião em algumas versões da Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada. A
palavra é usada na Bíblia para identificar alguns dos líderes entre os judeus.
No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam
as igrejas locais foram freqüentemente chamados de presbíteros (veja Atos
11:30; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17; 21:18; 1 Timóteo 5:17,19; Tito 1:5;
Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1). São homens de idade suficiente
que tenham filhos crentes. Necessariamente são alguns dos mais maduros dos
cristãos na congregação. Usam seu conhecimento e experiência para servir como modelos
e ensinar o povo de Deus. O Pr Elinaldo Renovatos, Comentarista deste
trimestre, escreve em seu livro que serve de apoio à revista: “O crescimento
das igrejas, como fruto da evangelização e do discipulado, exige a delegação de
atividades a pessoas que tenham condições de liderar o rebanho do Senhor JESUS
(Tt 1.5,7). Os pastores não podem abarcar tudo para si, sob pena de não darem
conta das inúmeras responsabilidades que a igreja local requer. Como a
referência a presbíteros, no NT, sempre é feita no plural “presbíteros”,
“bispos” ou “anciãos”, dá a entender que, em geral, o presbítero não agia
isoladamente, mas como um corpo de ministros, ou de líderes, que cuidava da
igreja local. “Sempre são citados no plural, isto é, não é mencionada uma só
igreja onde houvesse apenas um presbítero (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg 5.l4;
1 Pe 5.1).” Certamente, pela inexistência de pessoas qualificadas com o dom
ministerial de pastor, havia a necessidade de uma liderança, formada por um
grupo de irmãos mais idosos, para cuidar da igreja local. Entende-se, assim,
que os presbíteros têm um ministério de grande importância, auxiliando os
pastores, designados por DEUS para apascentarem e cuidarem da Igreja do Senhor
sob seus cuidados”. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais
Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 131.]
3. As qualificações. Em o Novo Testamento, as referências aos presbíteros encontram-se no
plural: “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos” (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg
5.14; 1Pe 5.1). Como a liderança local era formada por um grupo de irmãos
experientes na fé para cuidarem da igreja, a função dos presbíteros era
pastoral. Portanto, o presbítero é um pastor, um apascentador de ovelhas! A
Palavra de Deus expressa qualificações bem objetivas para o exercício fiel
dessa função. Tais qualificações estão descritas em Tito 1.6-9 para presbítero,
assim como em 1 Timóteo 3.1-7 para “bispo”, denotando o aspecto sinonímico dos
dois termos. Uma leitura atenta das duas listas indica a importância da função
e como as igrejas não podem descuidar-se quando da ordenação de pessoas para
servi-la. O bom conselho do apóstolo Paulo ainda é a maneira mais segura para
se separar obreiros. [Comentário: O
ministro cristão deve ser pessoa que evita não só o mal, mas a própria
aparência do mal. Sob todos os aspectos de conduta, ele tem de estar acima de
repreensão. Suas relações matrimoniais não devem ter a mínima nódoa de
escândalo. Muitos na igreja primitiva consideravam que marido de uma mulher era
proibição de casar-se de novo por qualquer razão. O escândalo do divórcio tem
envenenado tão completamente o fluxo da ordem social de nossos tempos, que
devemos ser extremamente sensatos e cuidadosos nesta questão de segundo
casamento, “para que o nosso ministério não caia em descrédito” (2 Co 6.3,
NVI). Que tenha filhos fiéis (6) é expressão que requer algumas considerações.
Seu verdadeiro significado foi capturado pela tradução: “que tenha filhos
crentes” (BAB, RA; cf. NVI). Barrett observa que “a mudança do plural
(presbíteros) para o singular (bispo) é mais bem explicado não pela suposição
de que em cada cidade havia um grupo de presbíteros e só um bispo, mas pela
interpretação [...] de que, enquanto que presbítero descreve o cargo, bispo
descreve sua função: Os presbíteros que você designar devem ter certas
qualificações, pois o homem que exerce a supervisão tem de ser não soberbo, nem
iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância. A
qualidade da irrepreensibilidade — “caráter inatacável” (6) — ocorre novamente,
pois a responsabilidade do bispo é servir como despenseiro da casa de DEUS (7).
O termo despenseiro quer dizer, literalmente, “o administrador de uma casa ou
família” (Kelly). O bispo era o gerente financeiro da igreja local e por isso,
se por nenhuma outra razão, deve ser homem de extrema integridade. O apóstolo
alista cinco defeitos que devem estar visivelmente ausentes no bispo (7). São
falhas de caráter que, caso sejam toleradas em um líder eclesiástico, lhe causarão
ruína certa. O soberbo, o iracundo, nem dado ao vinho (“beberrão”, BJ), nem
espancador (“violento”, BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA), nem cobiçoso de torpe
ganância (“nem ávido por lucro desonesto”, NVI, cf. BJ, CH). Paulo faz uma
lista de seis virtudes a serem cultivadas pelos líderes da igreja: Dado à
hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante (8). O apóstolo
introduz no versículo 9 uma exigência adicional: Retendo firme a fiel palavra,
que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar
(“exortar”, BAB, RA) com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.
Este é um tema que aparece em 1 Timóteo, embora não com todo este grau de
ênfase. Em 1 Timóteo 5.17, Paulo destaca os presbíteros que “trabalham na palavra
e na doutrina” como “dignos de duplicada honra”. Mas aqui, na Epístola a Tito,
a competência nesta área é de todos os presbíteros. É a um ministério como este
que DEUS chama os homens quando os convoca a ir e pregar. E responsabilidade do
pregador “oferecer CRISTO aos homens”, como Carlos Wesley gostava de dizer.
Neste verso, ele descreve liricamente esta tarefa central de pregar: "Ofereço-lhe
meu Salvador; Amigo de publicanos e Advogado: Seus méritos e morte, ele advoga
por você; E intercede com DEUS pelos pecadores na terra" Mas pregar CRISTO
e oferecê-lo às pessoas é conhecer seguramente a Palavra de DEUS relativa a
CRISTO, mantê-la em consideração reverente e declarar sua verdade às pessoas.
Nestas Epístolas Pastorais, Paulo está vitalmente interessado na sã doutrina.
Por essa época, a mensagem da igreja tomara forma em credos e fórmulas
batismais. Vemos fragmentos dessas declarações de credo afloradas nas cartas a
Timóteo. Cada nova geração de líderes cristãos tem a necessidade de declarar
novamente as doutrinas básicas da fé cristã e justificá-las na mente e
consciência dos que as ouvem. Mas a sã doutrina também tem preceitos éticos,
que mostram como todos os cristãos, homens e mulheres, moços e velhos, escravos
e livres, devem viver em um mundo que rejeita CRISTO. Tudo isto faz parte da
tarefa de admoestar e convencer os contradizentes — os que negam e contradizem
a verdade. J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol.
9. pag. 545-547.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O termo presbítero (do gr. presbyteros) é um sinônimo de bispo (gr. episkopos), de professor (do gr. didaskolos) e de pastor (do
gr. poimēn).
Logo, a sua função é pastoral.
II. A
IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO
1. Significado do termo. “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com
a imposição das mãos do presbitério” (1Tm 4.14). Foi dessa forma que o apóstolo
Paulo lembrou Timóteo, aconselhando-o acerca do reconhecimento do ministério do
jovem pastor pelo conselho de obreiros. O Novo Testamento classifica esse corpo
de obreiro de “presbitério” (do gr. presbyterion, substantivo de presbítero, um
conselho formado por anciãos da igreja cristã). [Comentário:
Tm 4.14 Ninguém deveria desprezar
Timóteo (4.12), nem ele deveria desprezar a si mesmo. Paulo lembrou Timóteo de
que ele tinha os requisitos necessários para realizar aquela obra difícil em
Éfeso. Entre eles, estava um dom espiritual de Deus. Embora Paulo não defina
especificamente este dom, ele estava preocupado com a possibilidade de Timóteo
hesitar em usá-lo ou deixar de usá-lo. Quando virmos as capacitações de todos
os tipos (espiritual, relacional, técnica) como dons de Deus, será mais fácil
vermos a sua mão operando por meio dos esforços humanos. Ele poderia realizar a
tarefa porque Deus o tinha chamado para realizá-la, o tinha capacitado para
realizá-la, e estaria com ele durante a realização dela. Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 502. Para
Paulo o carisma está no começo e no centro de todo serviço e de toda a vida da
igreja. O carisma não é algo acrescentado ao ministério, nem mesmo algo que
somente possui certa importância à margem da verdadeira ordem eclesiástica.
Dons da graça foram dados a todos para todos, ainda que nem todos recebam os
mesmos dons. Em 1Co 12-14 Paulo não fala contra os dons da graça, mas somente
contra seu abuso. Timóteo não corre o risco dos carismáticos de Corinto. Pelo
contrário, a ele o apóstolo precisa dizer: não negligencies o dom da graça em
ti. O próprio DEUS o concedeu a você, não uma instância humana. Por isso
utilize esse dom, exercite-se nele, use-o diligentemente! Mediante profecia:
por meio de uma palavra profética; profecias que apontam para Timóteo; falam de
sua vocação. Desse chamado de DEUS lhe advém força para a luta. No começo do
serviço não está o cargo, mas o carisma. No começo do carisma não está a
ordenação, mas a vocação pelo próprio DEUS. Tanto o AT como o NT deixam
inequivocamente claro que os servos estabelecidos para um serviço específico
recebem a dádiva do ESPÍRITO antes de receber os dons do ESPÍRITO para o
serviço. Pela imposição de mãos: A imposição das mãos confirma o que aconteceu,
a saber, a vocação prévia por DEUS, profeticamente divulgada. A prática da
imposição das mãos situa-se no âmbito dos sinais visíveis que acompanham a fé. Paulo
lhe impôs as mãos em conjunto com os anciãos (QI 30). Assim como Tito deve
instalar presbíteros de cidade em cidade, assim o próprio Paulo havia instalado
Timóteo como presbítero. A instalação do presbítero não era uma ação arbitrária
do apóstolo, mas ele reconhecera no ESPÍRITO que DEUS já havia posto sua mão
sobre o jovem: o apóstolo então agiu de modo correspondente. Embora Timóteo fosse
jovem na idade, DEUS o havia chamado como “ancião” e o manifestou mediante
profecia. Concedeu-lhe o ESPÍRITO SANTO, incutiu-lhe o carisma para o serviço,
confirmou sua vocação pela imposição de mãos por Paulo perante muitas
testemunhas. Que carisma específico Timóteo havia, pois, recebido? Será que era
pastor, mestre ou evangelista? (“Faça a obra de um evangelista!” 2Tm 4.5).
Seria igualmente difícil definir um dom espiritual específico para Paulo. O dom
geral da “palavra”, i. é, a vocação para o “serviço à palavra”, podia abranger
proclamação, exortação, ensino e evangelização, mas apresentava ênfases
diferentes nos diversos servos. Dependendo também das circunstâncias com que se
deparavam, um ou outro serviço podia passar mais para o primeiro plano. Essencial
para todos os dons espirituais é que cada um carece de complementação. Por mais
abrangentes que sejam, ocorrem de forma apenas limitada em cada pessoa,
carecendo da permanente complementação por parte de outra. Hans Bürki.
Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.]
2. A atuação do presbitério. No Concílio de Jerusalém, em relação às sérias questões étnicas e
eclesiásticas que podiam comprometer a expansão da igreja, os apóstolos e os
anciãos (presbíteros) foram chamados para debater e legislar sobre o assunto
(At 15.2,6,9-11). Em seguida, os presbíteros foram enviados à Antioquia para
orientar os irmãos sobre a resolução dos problemas que perturbavam os novos
convertidos: “E, quando iam passando pelas cidades, lhes entregavam, para serem
observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos
em Jerusalém” (At 16.4). [Comentário: De acordo com o Novo Testamento, os
presbíteros são responsáveis pela liderança e supervisão de uma igreja local. A
função e o papel de um presbítero é bem resumida por Alexander Strauch em seu
livro Biblical Eldership: “Os presbíteros lideram a igreja [1Tm 5.17; Tito 1.7;
1 Pedro 5.1-2], ensinam e pregam a Palavra [1 Timóteo 3.2; 2 Timóteo 4.2; Tito
1.9], protegem a igreja de falsos mestres [Atos 20.17, 28-31], exortam e
admoestam os santos na sã doutrina [1 Timóteo 4.13; 2 Timóteo 3.13-17; Tito
1.9], visitam e oram pelos doentes [Tiago 5.14; Atos 20.35], e julgam questões
doutrinárias [Atos 15.16]. Em terminologia bíblica, presbíteros pastoreiam,
supervisionam, lideram e cuidam da igreja local”. No livro "Introdução à
Teologia Sistemática", de Eurico Bergstén, publicado pela CPAD em 1999,
lemos na pg. 270 (pg. 229 da atual edição): "Os presbíteros tomavam parte
ativa no apascentamento da igreja (cf. At 20.28) e também no ensino, pois uma
das qualidades exigidas do candidato ao presbitério era que fosse 'apto para
ensinar' (cf. 1 Tm 3.2). Os presbíteros constituíam um corpo auxiliar no
governo da igreja, sob a presidência do pastor. Convém salientar que os
ministros também se consideravam presbíteros. O apóstolo Pedro escreveu para os
presbíteros que ele também era presbítero (cf. 1 Pe 5.1), e o apóstolo João
considerava-se ancião (cf. 2 Jo 1) ou presbítero (cf. 3 Jo 1). Apesar de os
presbíteros não serem ministros da Palavra, os ministros, necessariamente, eram
presbíteros. Assim ficava distinguida a liderança que lhes fora dada por
Deus."]
3. A valorização do presbitério. O presbitério deve ser valorizado, pois desde os primórdios da Igreja
cristã, a sua existência tem fundamento na Palavra de Deus. O rebanho do Senhor
será ainda mais bem atendido se o presbitério das nossas igrejas for preparado
para uma atuação mais efetiva no governo da igreja e no ministério de ensino,
tal como instruiu o apóstolo Paulo: “Os presbíteros que governam bem sejam
estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na
palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O Novo Testamento mostra que, apesar de
haver um pastor titular, o governo de uma igreja não era exercido por um único
líder, mas pelo conselho de obreiros (At 20.17-37; Ef 4.11, 1Pe 5.1). O
presbitério é de vital importância ao desenvolvimento das igrejas locais e ao
bom ordenamento do Corpo de Cristo. [Comentário: As
palavras “anciãos” (1) e presbíteros (17; aqui quer dizer “pastores”, cf. BV)
são tradução da mesma palavra grega; os significados, embora distintos, estão
correlacionados. No versículo 1, significa os membros mais idosos da
congregação; mas aqui diz respeito aos indivíduos separados para a obra do
ministério: Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de
duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina (17).
Há comentaristas que entendem que este versículo antecipa a distinção entre
“pastores” que governam e “pastores que ensinam”, que é a prática em certas
igrejas reformadas. Mas isso é improvável, quando lembramos que Paulo já havia
declarado especificamente que todo bispo (ou pastor) tem de ser “apto para
ensinar” (3.2). O apóstolo está estipulando a Timóteo que o pastor que combina
igreja com o serviço fiel e talentoso como pregador e professor de honra. Junto
do honorário deve ser incluída a honra. Ainda não havia chegado o dia em que os
ministros da igreja seriam totalmente sustentados. O costume que então vigorava
era que os líderes da igreja se sustentassem, da mesma maneira que o apóstolo o
fazia. Na opinião de Paulo, o bom serviço merece reconhecimento e recompensa. Aquele
cujo tempo era tomado quase todo pelo trabalho da igreja deveria receber maior
compensação. Paulo sustenta seu conselho com um argumento que lembra 1
Coríntios 9.9: Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha.
E: Digno é o obreiro do seu salário (18). A primeira destas passagens é um
preceito do Antigo Testamento encontrado em Deuteronômio 15.4, e em sua
situação original é uma ordenação humanitária. Mas em outro texto Paulo
argumenta que tem um significado mais profundo: “Porventura, tem DEUS cuidado
dos bois? Ou não o diz certamente por nós?” (1 Co 9.9,10). O apóstolo também
cita outra passagem para a qual dá importância igual: Digno é o obreiro do seu
salário. Esta é declaração de nosso Senhor registrada em Lucas 10.7. O fato
surpreendente é que os estudiosos do Novo Testamento não conseguem achar
evidências para provar que o Evangelho de Lucas tinha acesso geral quando estas
palavras foram escritas. Provável é que o Evangelho de Lucas fosse conhecido
por Paulo e também por Timóteo. E. K. Simpson assume a posição, junto com B. B.
Warfield, de que “temos aqui uma citação verbalmente exata do Evangelho de
Lucas, tratada como porção integrante das Santas Escrituras”. Nesta passagem, o
apóstolo deixa clara sua opinião de que o serviço fiel e eficaz merece
reconhecimento e remuneração adequada. E óbvio que a igreja começava a mudar
rumando para um ministério assalariado. J. Glenn Gould. Comentário Bíblico
Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 490-491.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Fundamentado na Palavra de Deus desde os primórdios cristãos, o
presbitério atua no governo da igreja local junto ao pastor titular.
III. OS
DEVERES DO PRESBITÉRIO
1. Apascentar a igreja. Os presbíteros têm o dever de alimentar o rebanho de Deus com a exposição
da Santa Palavra. O apóstolo Pedro bem exortou aos presbíteros da sua época
acerca desta tarefa: (1Pe 5.2a). O apascentar as ovelhas do Senhor se dá com
cuidado pastoral, não pela força ou violência, como se os obreiros tivessem
domínio sobre o Corpo de Cristo. Esse ato ocorre voluntariamente, sem interesse
financeiro, servindo de exemplo ao rebanho em tudo (1Pe 5.2,3). Os presbíteros
formam o conselho da igreja local cujo objetivo maior é atuar na formação
espiritual, social, moral e familiar do povo de Deus. [Comentário: A Bíblia
de Estudo Pentecostal (CPAD) afirma em sua nota sobre "Dons Ministeriais
para a Igreja" que: "Os pastores são aqueles que dirigem a
congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também chamados
"presbíteros" (At 20.17; Tt 1.5) e "bispos" ou supervisores
(1 Tm 3.1; Tt 1.17)". "Obedecei a vossos guias, sendo-lhes
submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas;
para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria
útil" (Hb 13.17). Este versículo não diz especificamente
"presbíteros", mas o contexto trata dos líderes da igreja. Eles são
responsáveis pela vida espiritual da igreja. I Ped 5.2,3 O mandamento de Pedro
para que os presbíteros apascentem o rebanho de DEUS é uma repetição das
palavras que o Senhor JESUS disse ao próprio Pedro: “Apascenta as minhas
ovelhas” (Jo 21.16). A mesma palavra grega é usada nas duas passagens, significando
“guiar”, “atender”, “cuidar”, ou “pastorear”. O “rebanho” são os crentes; os
presbíteros tinham responsabilidades sobre as igrejas individuais e,
consequentemente, sobre uma certa parte do “rebanho” de DEUS. Os presbíteros
deviam ser como pastores, que conduzem, orientam e protegem as ovelhas que
estão sob os seus cuidados. Os crentes precisariam de bons líderes quando
enfrentassem a perseguição. Pedro esperava que eles fizessem a vontade de DEUS
à sua maneira, tentando agradar a DEUS com fervor. A fórmula que JESUS usava
sempre era que aqueles que lideram devem ser os melhores servos (Mc 10.42-45).
Os líderes devem ser exemplos de humildade e de servilismo. Os líderes não
devem intimidar nem coagir as pessoas. Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 732-733. “...admoesto eu”.
E, para reforçar essa exortação, ele lhes diz que é presbítero com eles, e
assim não impõe nada a eles que ele não esteja disposto a fazer também. Ele é
também “...testemunha das aflições de CRISTO”, tendo estado com Ele no jardim,
acompanhando-o ao palácio do sumo sacerdote, e muito provavelmente tendo sido
testemunha do seu sofrimento na cruz, à distância, entre a multidão (At 3.15).
Ele acrescenta que é também “...participante da glória” que em certa medida foi
revelada na transfiguração (Mt 17.1-3), e vai ser completamente desfrutada na
segunda vinda de JESUS CRISTO. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry
Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 882.]
2. Liderar a igreja local. A liderança da igreja local tem duas esferas principais de atuação: o
governo e o ensino. O presbítero, quando designado para essas tarefas, tem o
dever de exercê-las na “Igreja de Deus” (1Tm 3.5). Para isso, ele precisa saber
“governar a sua própria casa” e ser “apto a ensinar” (1Tm 3.2,4). Liderar o
rebanho de Deus, segundo o Novo Testamento, é estar disponível “para servir” e
“não para ser servido” (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45). Com o objetivo de exercer
competentemente esta função, o presbítero deve ser uma pessoa experiente,
idônea e pronta a ser exemplo na igreja local. Ensinar e governar com equidade
e seriedade é o maior compromisso de todo homem de Deus chamado para tão nobre
tarefa. [Comentário: “Indignaram-se contra os dois irmãos” ; não porque desejassem ser
preferidos antes deles - que foi o pecado de Tiago e João, pelo qual CRISTO se
entristeceu - , mas porque queriam ter a honra para si mesmos, o que revelava
descrédito em relação aos dois irmãos. Muitos parecem ter uma indignação pelo
pecado; porém, não a sentem pelo pecado em si, mas porque tal pecado os toca.
Eles se indignarão contra um homem que amaldiçoa; mas somente o farão se ele
lhes amaldiçoar, e lhes afrontar, não porque tal homem esteja desonrando a
DEUS. Esses discípulos estavam com raiva da ambição de seus irmãos, embora eles
mesmos fossem igualmente ambiciosos. E comum que as pessoas se enfureçam com os
pecados dos outros, os quais elas permitem e toleram em si mesmas. Aqueles que
são orgulhosos e cobiçosos não gostam de ver outros assim. Nada causa mais dano
entre irmãos, ou é a causa de mais indignação e contenda, do que a ambição e o
desejo de grandeza. Nós nunca encontramos os discípulos de CRISTO discutindo;
mas eles enfrentaram uma situação de contenda essa ocasião. B. A correção que
CRISTO lhes fez foi muito suave, por meio da instrução sobre o que eles
deveriam ser, e não por meio da repreensão pelo que eles eram. Ele havia
reprovado esse mesmo pecado antes (cap. 18.3), e lhes dissera que deveriam ser
humildes como crianças pequenas; no entanto, eles reincidiram nesse pecado, mas
CRISTO os repreendeu de forma moderada. “Então, JESUS, chamou-os para junto de
si”, o que sugere um grande carinho e familiaridade. Ele não lhes ordenou, com
raiva, que saíssem de sua presença, mas os chamou, com amor, para virem à sua
presença. Ele está sempre pronto a ensinar, e nós somos convidados a aprender
dele, porque ele é “manso e humilde de coração”. O que Ele tinha a ensinar
dizia respeito tanto aos dois discípulos como aos outros dez; portanto, ele
reúne todos. E lhes diz que enquanto estavam perguntando qual deles deveria ter
o domínio em um reino temporal, não havia realmente tal domínio reservado para
nenhum deles. Porque: (1) Eles não deveriam ser como os “príncipes dos gentios”.
Os discípulos de CRISTO não deveriam ser como os gentios, nem como os príncipes
dos gentios. O principado não torna ninguém ministro, da mesma forma que o
“gentilismo” não torna ninguém cristão. A pompa e a grandeza dos príncipes dos
gentios não convém aos discípulos de CRISTO. Então, se o poder e a honra não
foram planejados para estar na igreja, era uma insensatez deles estarem
disputando quem deveria tê-los. Eles não sabiam o que pediam. Em segundo lugar,
então qual será o relacionamento entre os discípulos de CRISTO? O próprio
CRISTO havia sugerido uma grandeza entre eles, e aqui Ele explica: “Todo aquele
que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal; e qualquer
que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo” (w. 26,27).
Observe aqui: 1. Que é dever dos discípulos de CRISTO servirem uns aos outros,
para a edificação mútua. Isto inclui tanto a humildade como a utilidade. O
grande apóstolo se comportou como servo de todos (veja 1 Co 9.19). 2. A
dignidade dos servos de CRISTO está relacionada ao fiel cumprimento dessa
obrigação. O modo de ser grande, e o primeiro, é ser humilde e servil. Assim
como o que quer ser sábio deve se fazer de tolo, quem quiser ser o primeiro
deverá se comportar como servo. O apóstolo Paulo foi um grande exemplo disso;
ele trabalhou mais abundantemente do que todos, tornou- se (como diriam alguns)
um escravo do seu trabalho. E ele não é o primeiro? Não o chamamos por
unanimidade de “o grande apóstolo”, embora ele se autodenomine o menor entre os
menores? E talvez o nosso Senhor JESUS estivesse pensando em Paulo quando
disse: “Haverá derradeiros que serão primeiros”; porque Paulo nasceu fora do
tempo devido, como um abortivo (1 Co 15.8). Talvez fosse para ele que o
primeiro posto de honra no reino de CRISTO estivesse reservado e preparado por
DEUS Pai, e não para Tiago e João, que o buscaram. [1] Nunca houve um exemplo
de humildade e condescendência como houve na vida de CRISTO, que não veio para
“ser servido, mas para servir”. Quando o Filho de DEUS entrou no mundo - o
Embaixador de DEUS para os filhos dos homens alguém poderia pensar que Ele
deveria ser servido, que deveria ter se apresentado em um aparato que estivesse
de acordo com a sua pessoa e caráter; mas Ele não fez isso; Ele não agiu como uma
celebridade, Ele não teve nenhum séquito pomposo de servos de Estado para
servi-lo, nem se vestiu em túnicas de honra, porque tomou sobre si a “forma de
servo”. Ele, na verdade, viveu como um homem pobre, e isto fez parte da sua
humilhação. Houve pessoas que o serviram com as “suas fazendas” (Lc 8.2,3); mas
Ele nunca foi servido como um grande homem. Ele nunca tomou a pompa sobre si,
não foi servido em mesas, como um dos grandes deste mundo. JESUS, certa vez,
lavou os pés dos seus discípulos, mas nunca lemos que eles tenham lavado os pés
dele. Ele veio para ajudar a todos quantos estivessem em aflição. Ele se fez
servo para os doentes e debilitados; estava pronto para atender aos seus
pedidos como qualquer servo estaria pronto para atender à ordem do seu senhor,
e se esforçou muito para servi-los. O Senhor JESUS serviu continuamente visando
este fim, negando a si até mesmo o alimento e o descanso para cumprir essa
tarefa. [2] Nunca houve um exemplo de beneficência e utilidade como houve na
morte de CRISTO, que “deu a sua vida em resgate de muitos”. Ele viveu como um
servo, e fez o bem; mas morreu como um sacrifício, e com isso Ele fez o maior
bem de todos. Ele entrou no mundo com o propósito de dar a sua vida em resgate;
isto estava primeiro em sua intenção. Os aspirantes a príncipes dos gentios
fizeram da vida de muitos um resgate para a sua própria honra, e talvez um
sacrifício para a sua própria diversão. CRISTO não age assim; o sangue daqueles
que lhe são sujeitos é precioso para Ele, e Ele não é pródigo nisso (SI 72.14);
mas, ao contrário, Ele dá a sua honra e a sua vida como resgate pelos seus
súditos. Então esse é um bom motivo para não disputarmos a precedência, porque
a cruz é a nossa bandeira, e a morte do nosso Senhor é a nossa vida. Esse é um
bom motivo para pensarmos em fazer o bem, e, em consideração ao amor de CRISTO
ao morrer por nós, não hesitarmos em “sacrificar as nossas vidas pelos irmãos”
(1 Jo 3.16). Os ministros devem estar mais ansiosos do que os outros para
servir e sofrer pelo bem das almas, como o bendito apóstolo Paulo estava (At
20.24; Fp 2.17). Quanto mais interessados, favorecidos e próximos estivermos da
humildade e da humilhação de CRISTO, mais prontos e cuidadosos estaremos para
imitá-las. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS
A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 260-262.]
3. Ungir os enfermos. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem
sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor” (Tg 5.14). O ato da unção
dos enfermos não pode ser banalizado na igreja local. Ele revela a proximidade
que o presbítero deve ter com as pessoas. O membro da igreja local tem de se
sentir à vontade para procurar qualquer um dos presbíteros e receber oração ou
uma palavra pastoral. Tal obreiro foi separado pelo Pai e pela igreja para
atender a essas demandas. [Comentário:
"Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem
sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor" (Tg 5.14). Um presbítero
biblicamente qualificado tem uma vida piedosa, e "a súplica de um justo
pode muito na sua atuação" (Tg 5.16). Uma das necessidades desse campo é
orar para que a vontade do Senhor seja feita, e espera-se que os presbíteros
façam isso. A unção com óleo é um ato de fé que acompanha a “oração da fé”,
feita por homens de Deus, que, liderando a igreja local, ou auxiliando os
pastores-líderes, atendem aos que se encontram enfermos, e oram por sua cura,
“em nome de Jesus” (Mc 16.18c). Orar pelos enfermos e curá-los é sinal de fé
para “os que crerem”, independente de serem obreiros regulares. Mas orar com
unção com óleo é confiado aos presbíteros. Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 137. Uma característica da igreja
primitiva era a sua preocupação com os doentes e o cuidado para com eles. Aqui
Tiago incentiva os doentes para que chamem os presbíteros da igreja, pedindo
aconselhamento e oração. Os presbíteros eram pessoas espiritualmente amadurecidas,
responsáveis pela supervisão das igrejas locais (veja 1 Pe 5.1-4). Os
presbíteros iriam orar sobre a pessoa doente, pedindo a cura ao Senhor. A
seguir, eles a ungiriam com azeite em nome do Senhor. Enquanto oravam, os
presbíteros deviam pronunciar claramente que o poder da cura residia no nome de
Jesus. A unção era frequentemente usada pela igreja primitiva nas suas orações
pedindo cura. Nas Escrituras, o azeite era tanto um remédio (veja a parábola do
bom samaritano, em Lucas 10.30-37) como um símbolo do Espírito de Deus (como
quando usado para ungir reis; veja 1 Sm 16.1-13). Desta forma, o azeite pode
ter sido um sinal do poder da oração, e pode ter simbolizado a separação da
pessoa enferma para a atenção especial de Deus. Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 691.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Apascentar a igreja de Cristo, liderar uma igreja local e ungir os
enfermos são algumas das muitas responsabilidades do presbítero.
CONCLUSÃO
Vimos que os termos presbítero,
bispo e pastor são sinônimos. Os presbíteros, ou bispos, sempre formaram um
corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a edificação da igreja
local. Eles exercem uma função pastoral. Nas Assembleias de Deus no Brasil, os
presbíteros exercem este serviço, pastoreando as congregações. Eles ainda
cuidam da execução das principais tarefas da Igreja: a evangelização e o ensino
da Palavra. Portanto, esses obreiros precisam ser bem selecionados e
valorizados pela igreja local. [Comentário:
Estamos habituados a ver uma categoria de líderes eclesiásticos que
querem estar acima de pastores/presbíteros: os chamados “bispos” de hoje. Quando
olhamos para as Escrituras, a evidência bíblica indica que “bispo” é
simplesmente outro termo para presbítero. Paulo se refere aos presbíteros em
Éfeso como “bispos” em seu sermão de despedida de Atos 20.17-35. Da mesma
forma, “bispo” em Tito 1.7 parece ser um sinônimo para o termo “presbítero”
usado no versículo 5. Na linguagem do Novo Testamento o mesmo ofício na Igreja
é chamado indiferentemente de ‘bispo [supervisor]’ (episkopos) e ‘ancião’ ou
‘presbítero’ (presbyteros)”. Meu entendimento é que os presbíteros não
constituíam apenas um "corpo auxiliar no governo da igreja sob a
presidência do pastor". Pelo que foi estudado, o presbítero poderia ser o
próprio pastor (1 Pe 5.1-4). O Termo "pastor" (poimen; ποιμήν; hb.
Ra’a), designa aquele que “alimenta”, que "cuida do rebanho", que “guiar”,
que “guarda e protege”. Para um “aprofundamento” acerca desse tema e a origem
do título hierárquico nas IEAD, sugiro uma leitura do excelente artigo do Pr
Altair Germano “PRESBÍTEROS SÃO MINISTROS DA PALAVRA? (2ª PARTE)”, no link http://www.altairgermano.net/2011/12/presbiteros-sao-ministros-da-palavra-2.html] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Junho de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
STRONSTAD,
Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Vol. 2: Romanos a Apocalipse. 4 ed., RJ: CPAD, 2009.
ARAÚJO, Isael. Dicionário do
Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição o que é um
presbítero?
R. É um título de dignidade dos indivíduos experientes e de
idade madura que formavam o governo da igreja local.
2. Qual o significado do termo
“presbitério”?
R. “Presbitério” vem do gr. presbyterion, substantivo de
presbítero, um conselho formado por anciãos da igreja cristã. O termo designa o
conjunto de presbíteros que administram uma igreja local.
3. Relacione os deveres dos
presbíteros.
R. Apascentar a igreja, liderar a igreja local e ungir os
enfermos.
4. Quais as duas esferas principais de
atuação da liderança da igreja local?
R. O governo e o ensino.
5. Qual é o maior compromisso de todo
homem de Deus chamado para ser presbítero?
R. Ensinar e governar com equidade e seriedade.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé
Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos
subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e
não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um
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