Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD -
Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de
poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr.
Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da
Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Lição 9 – ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO
2 de março de 2013
TEXTO ÁUREO
"E [Jesus] transfigurou-se diante deles; e o seu
rosto resplandeceus como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a
luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele" (Mt
17.2,3). – A
transfiguração aqui descrita foi algo visível, afirmando a glória de Jesus,, o
Messias. O aparecimento de Moisés e Elias apontam para a Lei e os Profetas
aprovando a missão redentora de Jesus.
VERDADE PRÁTICA
O aparecimento de Moisés e Elias no Monte da
Transfiguração é um testemunhode que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo,
o Messias prometido.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 17.1-8
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
·
Descrever o episódio da
transfiguração de Jesus;
·
Explicar a tipologia
representada em Moisés e Elias; e
·
Conscientizar-se de que Jesus era o
Messias esperado.
Palavra Chave
Transfiguração
1. Ato ou efeito de transfigurar ou de se
transfigurar.
2. Transformação, metamorfose instantânea.[a]
COMENTÁRIO
introdução
Concluindo o estudo sobre
o ministério do profeta Elias, estudaremos a sua aparição quando da
transfiguração de Cristo Jesus. O evento descrito nestes versículos,
habitualmente chamado de “a transfiguração”, é um dos mais notáveis na história
do ministério terreno de nosso Senhor. É uma passagem que sempre devemos ler
com especial gratidão. Remove uma parte do véu que permanece sobre as coisas
referentes ao mundo por vir e esclarece algumas das verdades mais profundas do
cristianismo. No Monte da Transfiguração, vemos que o objetivo do ministério de
Elias concretiza-se em Cristo Jesus, o único que pode restaurar espiritualmente
o ser humano de forma definitiva. Note que além do nome de Moisés, fica
evidente também o nome de Elias, ainda que, diferentemente das lições estudadas
até aqui, Elias deixa de ser a figura central. O centro agora é o Profeta de
Nazaré e não mais o profeta de Tisbe. Cristo, o Messias prometido, é a figura
principal para quem apontaram os ministérios de Moisés e de Elias. Vale lembra
que, Moisés passou pela morte do corpo, Elias foi transladado.Venham
comigo! Tenhamos todos uma excelente, proveitosa e abençoada aula!
I. ELIAS, O MESSIAS E A
TRANSFIGURAÇÃO
1. Transfiguração. Registrada
em três Evangelhos (Mt 17.1-8; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36) e atestada por Pedro e
João (cf 2Pe 1.16-18; Jo 1.14), a Transfiguração foi uma revelação da divindade
de Jesus. A resplandecente luz que brilhou de Jesus, quando seu rosto foi
transfigurado (Lc 9.29), era a glória intrínseca a ele como o Filho divino. A
palavra “transfiguração” no grego é “metamorphóomai”, que significa “transformar”,
“transfigurar”. Nós só podemos compreender a transfiguração de Jesus a
partir da Sua encarnação. “O Verbo se fez carne e tabernaculou entre os homens,
cheio de graça e de verdade”. Quando o Filho de Deus veio a este mundo, Ele
tomou sobre Si a carne humana e essa carne serviu como um véu sobre Ele. Por
esta razão, enquanto estava na Terra, quando os homens olhavam para Ele, viam
apenas um Homem. Não viam a glória do Filho de Deus porque Ele estava coberto
pelo véu. Aquele véu que cobria a Sua glória, era a Sua carne. Lemos em Hebreus
10.20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua
carne. O mundo não podia ver Sua glória como a glória do Unigênito do Pai. O
que o mundo via era Ele como homem natural, mas Sua glória moral como o Filho
do Homem não podia também ser ocultada. Durante toda a Sua vida, Jesus estava
sob aquele véu (Mc 7.24). Apenas uma única vez em Sua vida aquele véu foi
aberto e a Sua glória brilhou por meio da Sua carne humana, e essa vez foi no
monte da transfiguração. Foi apenas por um período curto de tempo e, então,
aquele véu caiu sobre Ele novamente até que foi rasgado na cruz do
Calvário. Lembramos-nos que, quando Ele foi crucificado, o véu no templo foi
rasgado em dois, de alto abaixo e, então Sua glória foi manifestada plenamente.
A aparição de Moisés e Elias significa que a Lei e os Profetas apoiam Jesus em
sua missão de redenção.
2. Glória divina. o
“resplendor da glória”: “Ele, que é o resplendor da glória e a
expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu
poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade, nas alturas” (Hb 1.3). No monte da transfiguração quando os
discípulos acordaram totalmente e viram que Moisés e Elias iam se retirando,
Pedro ficou desesperado. Estava muito bom estar ali e não desejavam que Moisés
e Elias partissem. Então, ele falou precipitadamente sem saber o que dizia: Ao
se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro: Mestre, bom é estarmos aqui;
então, façamos três tendas: uma será tua, outra, de Moisés, e outra, de Elias,
não sabendo, porém, o que dizia (Lc 9.33). Pedro gostaria de estar ali para
sempre, isto era o céu. No entanto, subitamente, uma nuvem os cobriu, e eles
ficaram assombrados. Esta nuvem não era uma nuvem comum; era uma nuvem
brilhante. Era o “Shekinah” da glória de Deus. Shekhinah ou Shekiná (hb שכינה; "habitação",
"assentamento") é a grafia em português de uma palavra
gramaticalmente feminina em hebraico e é utilizada para designar a habitação ou
presença de Deus, especialmente no Templo em Jerusalém. A glória de Deus os
cobriu e uma voz disse: Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os
envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado,
em quem me comprazo; a ele ouvi (Mt 17.5). [http://ibpalavradacruz.blogspot.com.br/2012/09/a-gloria-da-transfiguracao-de-jesus_2.html]
Donald Carson, em seu comentário ao Evangelho de Mateus, destaca que: “A
“nuvem” é associada, no Antigo Testamento e no judaísmo interbíblico, com a
escatologia (SI 97.2; Is 4.5; Ez 30.3; Dn 7.13; Sf 1.15; cf. 2 Baruc 53.1-12; 4
Ed 1.3; 2 Mac 2.8; b Sanhedrin 98ª; cf Lc 21.27; 1 Ts 4.17) e com o Êxodo (Êx
13.21,22; 16.10; 19.16; 24.15-18; 40.34-38). Dos sinóticos, só Mateus diz que a
nuvem era “resplandecente”, detalhe que lembra a glória shekiná [ http://euvoupraebd.blogspot.com/2013/02/licao-9-elias-no-monte-da-transfiguracao.html#ixzz2M3AYzDAz]. A Bíblia revela um Deus
unido, composto de três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. João 1.1-2
diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus”. Jesus estava com o Pai desde o princípio, compartilhando
de sua natureza divina. Então, Jesus deixou o céu e veio à terra. "E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1.14). Fisicamente, Jesus
tinha todas as características de um homem; espiritualmente, ele compartilhava
da natureza de Deus. Na transfiguração, sua glória interna tornou-se visível
externamente. Temos que chegar a ver em Jesus a glória de Deus. Uma razão por
que Jesus se tornou um homem foi para manifestar a natureza de Deus. Jesus é
"o resplendor da glória" de Deus e "a expressão exata do seu
Ser" (Hb 1.3). Ele reflete perfeitamente a natureza e o caráter de Deus.
Quando olhamos para Jesus, podemos ver "a glória do Senhor" (2Co 3.18
– 4.6). A conversa de Jesus com Filipe ilustra estes pontos: "Se vós me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o
tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens
conhecido? Quem vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês
que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as
digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras"
(Jo 14.7-10). Jesus é a revelação, a manifestação do Pai (Jo 1.18). Você já
pensou no que Deus faria, diria ou pensaria se fosse um homem? Olhe para Jesus.
Tudo o que Jesus disse e fez foi exatamente o que o Pai diria e faria se viesse
à terra como um homem. Que pensamento espantoso: Deus se revelou a nós em forma
humana. O reconhecimento da glória do Pai, em Jesus, torna o estudo da vida de
Cristo uma experiência profundamente comovente. [http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-eemp-1tr13-eliasnomontedatransfiguracao.htm].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A transfiguração provou para os discípulos e para nós aquilo que Jesus
sempre fora: o verbodivino encarnado.
II. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO
1. Tipologia. O
apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 10.6: “...e estas foram-nos feitas em
figura...”. A palavra grega tupos, aqui traduzida por “figura”, tem o sentido
de “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. Em 1 Coríntios 10.11, Paulo
observa: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para
aviso nosso...”. O quê? Neste caso, Paulo se refere a eventos relacionados ao
êxodo no Antigo Testamento. Assim, um tipo é um padrão bíblico, ou uma
ilustração bíblica, normalmente extraído do Antigo Testamento, que assume a
forma de padrões relacionados a pessoas, acontecimentos ou coisas. A transfiguração revela
que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a lei apontava
para Ele. Moisés
era seguido por muitos profetas genuínos, mas a sua profecia de que um dia um
profeta como ele iria aparecer teve o seu cumprimento em Jesus Cristo. Pedro,
em seu sermão registrado em Atos 3.22-23, cita essa profecia como sendo
cumprida em Cristo.
2. Escatologia. (do grego antigo εσχατος,
"último", mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia e filosofia
que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do
gênero humano. O nome “escatologia” baseia-se nas passagens da Escritura que
falam sobre “os últimos dias” (eschatai hemerai), Is 2.2; Mq 4.1, os “últimos
tempos” (eschatos ton chronon), 1 Pe 1.20, e “a última hora” (eschate hora), 1
Jo 2.18. É verdade que estas expressões às vezes se referem a toda a
dispensação do Novo Testamento, mas mesmo assim incorporam uma idéia
escatológica. A profecia do Velho Testamento distingue somente dois períodos, quais
sejam, “esta era” (olam hazzeh, gr. Aion houtos), e “a era vindoura” (olam
habba’, gr. Aion mellon). Visto que os profetas descrevem a vinda do Messias e
o fim do mundo como coincidentes, os “últimos dias” são os dias imediatamente
anteriores à vinda do Messias e ao fim do mundo [Teologia Sistemática - Louis
Berkhof]. Não devemos ter dúvidas de que esta maravilhosa visão
aconteceu com o propósito de encorajar e fortalecer os discípulos de nosso
Senhor. Eles tinham acabado de ouvir a respeito da crucificação e morte de seu
Senhor, do negar a si mesmos e dos sofrimentos aos quais teriam de sujeitar-se,
se desejassem ser salvos. Agora foram animados por meio de uma breve
contemplação “da glória que os seguiria” (1Pe 1.11) e da recompensa que todos
os fiéis servos de Cristo um dia receberiam. O Senhor lhes fizera ver o dia de
sua própria fraqueza; agora estavam contemplando, por alguns minutos, uma
amostra de sua glória futura. Outra vez, o principal motivo da visão no monte
da transfiguração é o de demonstrar que a Lei de Moisés e todos os profetas do
Antigo Testamento tiveram seu cumprimento na pessoa magnífica do Senhor Jesus
Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
No evento da transfiguração, Moisés prefigurava a Lei e Elias os
profetas.
III. ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO
1. O Messias esperado. Em Lucas 1:15-17, lemos
que João Batista viria "no espírito e virtude de Elias", ou seja,
para continuar o ministério profético que Elias desempenhou no Antigo
Testamento (e não que João Batista seria o próprio Elias): "E irá
adiante dele no espírito e virtude de Elias [e não sendo "o próprio
Elias], para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à
prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto."
(Lc 1.17). Na conversa depois da Transfiguração, Jesus afirmou que "Elias
já veio, e não o reconheceram". "Então, os discípulos
entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mt 17.12,13).
De fato, Jesus já havia dito que João cumpriu a profecia da vinda de Elias (Mt
11.14; veja Ml 4.5). A profecia de Malaquias é importante, porque mostra que
Deus enviaria um mensageiro para preparar o caminho de Jesus. Mas, algumas
pessoas dizem que João Batista era Elias reencarnado. Vamos ver a resposta da
Bíblia a essa noção. Devemos distinguir entre o sentido simbólico da profecia e
a afirmação literal que o próprio João fez em outro lugar. João agiu do mesmo
modo de Elias. Usava roupas de pêlos (Mc 1.6; 2Rs 1.8) e morava nos lugares
desertos e afastados (Mt 3.1; 1Rs 17.2-6). Elias introduziu uma nova época de
profecia, em que Deus julgou o povo rebelde e desobediente. João, também,
introduziu uma época de nova revelação, em que o Filho de Deus veio para julgar
o mundo. Mas, tudo isso não quer dizer que João era, literalmente, Elias.
Quando os sacerdotes e levitas perguntaram para João: "És tu Elias? Ele
disse: Não sou" (Jo 1.21). Ele afirmou que veio para cumprir algumas
profecias do Velho Testamento, mas deixou bem claro que não era Elias [http://www.estudosdabiblia.net/bd512.htm].
2. O Messias rejeitado. O Messias que os judeus
aguardavam era todo diferente daquele que agora se lhes apresentava. Eles não estavam interessados em um
libertador de ordem puramente espiritual. Queriam um libertador que se
apresentasse com as características de um Ciro, de um Josué, de um Sansão, de
um Nabucodonosor, ou ainda de um Pompeu. Um homem destro na guerra e corajoso,
capaz de vencer todos os impérios da terra, sem que alguém mais pudesse
levantar a cabeça debaixo do seu domínio. Quanto a Jesus, os judeus nenhuma
beleza viram nele para que o desejassem. Primeiro, o Messias que se lhes
apresentava nascera numa manjedoura onde animais mal-cheirosos eram
alimentados, quando aquele por quem esperavam deveria nascer infalivelmente num
palácio real rodeado de pompas e de honras, e nunca duma forma assim
desprezível - numa estrebaria. Quando se apresentou publicamente aos judeus, a
sua mensagem dirigida a todos, incluindo uma classe sacerdotal que se fazia
passar por muito santa, era esta: “vinde a mim...” expressão que os judeus
religiosos tomaram como uma afronta atrevida. E ainda, em vez de se dirigir aos
doutores da lei e aos escribas e fariseus, fez-se rodear dum grupo de doze
discípulos escolhidos entre a "ralé", o povo humilde, incluindo
pescadores, e até mesmo de um publicano (um odiado cobrador de impostos). Não
gostavam do que ouviam da boca de Jesus, que lhes dizia: “Eu sou a luz do
mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”; “Vinde a
mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”; “Eu e o Pai
somos um”. Ora, se o testemunho que Jesus, humanamente, podia dar de si mesmo
não agradava aos judeus, quanto mais dizer:
Eu e o Pai somos um. Isso não
podia ser tolerado e nem aceito. Isto
equivalia a fazer-se igual a Deus! Que blasfêmia! Por isso, mais uma vez
pegaram em pedras para o apedrejarem. [http://www.estudosgospel.com.br/diversos/reflexoes/por-que-os-judeus-nao-receberam-jesus.html]. Cremos que os judeus
vão aceitar a Jesus no final da grande tribulação exatamente porque Elias mesmo
estará ali como uma das duas testemunhas. Logo após isso eles clamarão por Jesus
e Ele virá para salvá-los, portanto o trabalho de Elias só findará com sua
morte e ressurreição no final da Grande Tribulação. Os judeus ainda esperam
Elias e para eles o Messias só virá após a aparição de Elias. Nós esperamos o
arrebatamento – eles esperam Elias. É somente após a confissão de Pedro, em
Cesaréia, dizendo que Jesus é o filho de Deus vivo que acontece a
transfiguração. Pedro, Tiago e João precisavam ver Elias para crerem na
ressurreição de Jesus, para crerem na glória de Deus, para terem esperança em
seu próprio futuro glorioso.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
IV. ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO
1. Humilhação. Como Elias não morreu os
judeus ainda o esperam antes da vinda do Messias, pois a palavra de DEUS diz
que Elias viria preparando o caminho de JESUS CRISTO. Na verdade João Batista
veio na mesma unção de Elias, ele mesmo disse que viera para preparar o caminho
do Messias, mas os judeus não o reconheceram e nem reconheceram aquele que veio
logo depois dele. Devemos nos fortalecer com o pensamento de que para todos os
verdadeiros crentes encontram-se entesouradas coisas boas, que compensarão as
aflições do tempo presente. Agora é o tempo de tomar a cruz e compartilhar da
humilhação de nosso Senhor. A coroa, o reino e glória ainda estão por vir. No
presente, Cristo e seu povo, assim como Davi, encontram-se na caverna de
Adulão, desprezados e considerados insignificantes pelo mundo. Parece não haver
beleza e formosura nEle e em sua obra. Mas vem a hora, e será em breve, quando
Cristo exercerá seu grande poder, reinará e colocará os inimigos debaixo de
seus pés. Então, a glória que, durante alguns minutos, foi vista apenas por
três discípulos no monte da Transfiguração será contemplada por todo o mundo e
não será mais ocultada por toda a eternidade.
2. Exaltação. Esta passagem nos mostra
a imensa distância que existe entre Cristo e todos os outros ensinadores que
Deus outorgou à humanidade. Lucas nos conta que Pedro, “não sabendo… o que
dizia”, propôs fazerem “três tendas”: uma seria para Jesus, outra,
para Moisés, e outra, para Elias; como se os três merecessem a mesma honra. Mas
esta proposta foi imediatamente censurada de maneira notável: “Veio uma voz,
dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi”. Aquela era a voz de
Deus, o Pai, reprovando e instruindo. Aquela voz proclamou aos ouvidos de Pedro
que, embora Moisés e Elias fossem grandes, ali estava Alguém que era maior do
que eles. Moisés e Elias eram apenas súditos, Jesus era o Filho do Rei. Eles
eram apenas pequenas estrelas; Jesus era o Sol. Eram apenas testemunhas; Jesus
era a própria verdade. Estas solenes palavras do Pai devem sempre ecoar em
nossos ouvidos e tornarem-se o conceito fundamental de nosso cristianismo.
Honremos os ministros do evangelho por amor ao Senhor deles. Sigamos os seus
ensinos até ao ponto em que eles seguem a Cristo. Entretanto, nosso principal
objetivo deve ser ouvir a voz de Cristo e O seguir por onde quer que Ele vá.
Outros podem ouvir a voz da igreja e se contentarem em dizer: “Escuto este ou
aquele pastor”. Jamais nos sintamos satisfeitos, a menos que o Espírito Santo
testifique em nosso coração que ouvimos a voz do próprio Cristo e somos discípulos
dEle.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Jesus deixou claro que a cruz faz parte do plano divino para restaurar
todas as coisas.
CONCLUSÃO
Com esta lição vimos que Moisés representava aqui a Lei – A
lei nos revela o pecado e a condenação, portanto nos convence de que precisamos
de um salvador; Elias representa aqui os profetas que falaram a respeito do
Messias que viria para salvar os homens de seus pecados. Jesus aqui representa
a graça de Deus que salva os homens pelo sacrifício na cruz, sem nenhum tipo de
mérito por parte dos homens que já estão condenados se permanecerem no pecado e
não reconhecerem em Jesus sua salvação. Como Pedro, Tiago e João não entendiam
nada do que estava acontecendo, começaram a falar de coisas terrenas, não
percebendo ali a glória e o poder de Deus e a finalidade daquele evento
sobrenatural - demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado e que tanto
a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, em Elias. N’Ele, que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom
de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Fevereiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor,
pronto e sincero (Calvino)
EXERCÍCIOS
1. Explique os fenomenos da
transfiguração descritos nos evangelhos.
R: A transfiguração
aponta claramente para a divindade de Jesus, mostrando que Ele era o Messias
esperado.
2. De que forma pode ser
explicado as aparições de Moisés e Elias no vento da transfiguração?
R: Podemos entender
que a presença de Moisés tem uma função tipológica, isto é, a sua missão
apontava para Jesus Cristo, assim comoa função de Elias estava relacionada à
escatologia.
3. Como o fenômeno da
transfiguração demonstra que Jesus era de fato o Messias esperado?
R: Serviu para
mostrar que João, o batista, era o Elias profetizado, e que, portanto, o seu
aparecimento era uma prova incontestável de que Jesus era o Messias esperado.
4. Como D.
A. Carson observa a profecia referente a Elias?
R: A exaltação do Messias revelado na transfiguração, conforme
lembrou posteriormente o apóstolo Pedro (2Pe 1.16-19), era uma prova inconteste
da veracidade da mensagem da cruz.
5. Comente, com suas
palavras, sobre a exaltação do Messias.
R: Resposta pessoal.
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=transfigura%C3%A7%C3%A3o;
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=transfigura%C3%A7%C3%A3o;
Autorizo
a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito,
tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria,
igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando
e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site,
impressão, etc.).
Francisco
de Assis Barbosa