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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

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27 de fevereiro de 2013

Lição 9 – ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 9ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO


2 de março de 2013

TEXTO ÁUREO

"E [Jesus] transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceus como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele" (Mt 17.2,3). – A transfiguração aqui descrita foi algo visível, afirmando a glória de Jesus,, o Messias. O aparecimento de Moisés e Elias apontam para a Lei e os Profetas aprovando a missão redentora de Jesus.

VERDADE PRÁTICA

O aparecimento de Moisés e Elias no Monte da Transfiguração é um testemunhode que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 17.1-8

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Descrever o episódio da transfiguração de Jesus;
·         Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias; e
·         Conscientizar-se de que Jesus era o Messias esperado.

Palavra Chave
Transfiguração
1. Ato ou efeito de transfigurar ou de se transfigurar.
2. Transformação, metamorfose instantânea.[a]

COMENTÁRIO

introdução

Concluindo o estudo sobre o ministério do profeta Elias, estudaremos a sua aparição quando da transfiguração de Cristo Jesus. O evento descrito nestes versículos, habitualmente chamado de “a transfiguração”, é um dos mais notáveis na história do ministério terreno de nosso Senhor. É uma passagem que sempre devemos ler com especial gratidão. Remove uma parte do véu que permanece sobre as coisas referentes ao mundo por vir e esclarece algumas das verdades mais profundas do cristianismo. No Monte da Transfiguração, vemos que o objetivo do ministério de Elias concretiza-se em Cristo Jesus, o único que pode restaurar espiritualmente o ser humano de forma definitiva. Note que além do nome de Moisés, fica evidente também o nome de Elias, ainda que, diferentemente das lições estudadas até aqui, Elias deixa de ser a figura central. O centro agora é o Profeta de Nazaré e não mais o profeta de Tisbe. Cristo, o Messias prometido, é a figura principal para quem apontaram os ministérios de Moisés e de Elias. Vale lembra que, Moisés passou pela morte do corpo, Elias foi transladado.Venham comigo! Tenhamos todos uma excelente, proveitosa e abençoada aula!

I. ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO
1. Transfiguração. Registrada em três Evangelhos (Mt 17.1-8; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36) e atestada por Pedro e João (cf 2Pe 1.16-18; Jo 1.14), a Transfiguração foi uma revelação da divindade de Jesus. A resplandecente luz que brilhou de Jesus, quando seu rosto foi transfigurado (Lc 9.29), era a glória intrínseca a ele como o Filho divino. A palavra “transfiguração” no grego é “metamorphóomai”, que significa “transformar”, “transfigurar”. Nós só podemos compreender a transfiguração de Jesus a partir da Sua encarnação. “O Verbo se fez carne e tabernaculou entre os homens, cheio de graça e de verdade”. Quando o Filho de Deus veio a este mundo, Ele tomou sobre Si a carne humana e essa carne serviu como um véu sobre Ele. Por esta razão, enquanto estava na Terra, quando os homens olhavam para Ele, viam apenas um Homem. Não viam a glória do Filho de Deus porque Ele estava coberto pelo véu. Aquele véu que cobria a Sua glória, era a Sua carne. Lemos em Hebreus 10.20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne. O mundo não podia ver Sua glória como a glória do Unigênito do Pai. O que o mundo via era Ele como homem natural, mas Sua glória moral como o Filho do Homem não podia também ser ocultada. Durante toda a Sua vida, Jesus estava sob aquele véu (Mc 7.24). Apenas uma única vez em Sua vida aquele véu foi aberto e a Sua glória brilhou por meio da Sua carne humana, e essa vez foi no monte da transfiguração. Foi apenas por um período curto de tempo e, então, aquele véu caiu sobre Ele novamente até que foi rasgado na cruz do Calvário. Lembramos-nos que, quando Ele foi crucificado, o véu no templo foi rasgado em dois, de alto abaixo e, então Sua glória foi manifestada plenamente. A aparição de Moisés e Elias significa que a Lei e os Profetas apoiam Jesus em sua missão de redenção.
2. Glória divina. o “resplendor da glória”: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3). No monte da transfiguração quando os discípulos acordaram totalmente e viram que Moisés e Elias iam se retirando, Pedro ficou desesperado. Estava muito bom estar ali e não desejavam que Moisés e Elias partissem. Então, ele falou precipitadamente sem saber o que dizia: Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro: Mestre, bom é estarmos aqui; então, façamos três tendas: uma será tua, outra, de Moisés, e outra, de Elias, não sabendo, porém, o que dizia (Lc 9.33). Pedro gostaria de estar ali para sempre, isto era o céu. No entanto, subitamente, uma nuvem os cobriu, e eles ficaram assombrados. Esta nuvem não era uma nuvem comum; era uma nuvem brilhante. Era o “Shekinah” da glória de Deus. Shekhinah ou Shekiná (hb שכינה; "habitação", "assentamento") é a grafia em português de uma palavra gramaticalmente feminina em hebraico e é utilizada para designar a habitação ou presença de Deus, especialmente no Templo em Jerusalém. A glória de Deus os cobriu e uma voz disse: Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi (Mt 17.5). [http://ibpalavradacruz.blogspot.com.br/2012/09/a-gloria-da-transfiguracao-de-jesus_2.html] Donald Carson, em seu comentário ao Evangelho de Mateus, destaca que: “A “nuvem” é associada, no Antigo Testamento e no judaísmo interbíblico, com a escatologia (SI 97.2; Is 4.5; Ez 30.3; Dn 7.13; Sf 1.15; cf. 2 Baruc 53.1-12; 4 Ed 1.3; 2 Mac 2.8; b Sanhedrin 98ª; cf Lc 21.27; 1 Ts 4.17) e com o Êxodo (Êx 13.21,22; 16.10; 19.16; 24.15-18; 40.34-38). Dos sinóticos, só Mateus diz que a nuvem era “resplandecente”, detalhe que lembra a glória shekiná [ http://euvoupraebd.blogspot.com/2013/02/licao-9-elias-no-monte-da-transfiguracao.html#ixzz2M3AYzDAz]. A Bíblia revela um Deus unido, composto de três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. João 1.1-2 diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Jesus estava com o Pai desde o princípio, compartilhando de sua natureza divina. Então, Jesus deixou o céu e veio à terra. "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1.14). Fisicamente, Jesus tinha todas as características de um homem; espiritualmente, ele compartilhava da natureza de Deus. Na transfiguração, sua glória interna tornou-se visível externamente. Temos que chegar a ver em Jesus a glória de Deus. Uma razão por que Jesus se tornou um homem foi para manifestar a natureza de Deus. Jesus é "o resplendor da glória" de Deus e "a expressão exata do seu Ser" (Hb 1.3). Ele reflete perfeitamente a natureza e o caráter de Deus. Quando olhamos para Jesus, podemos ver "a glória do Senhor" (2Co 3.18 – 4.6). A conversa de Jesus com Filipe ilustra estes pontos: "Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras" (Jo 14.7-10). Jesus é a revelação, a manifestação do Pai (Jo 1.18). Você já pensou no que Deus faria, diria ou pensaria se fosse um homem? Olhe para Jesus. Tudo o que Jesus disse e fez foi exatamente o que o Pai diria e faria se viesse à terra como um homem. Que pensamento espantoso: Deus se revelou a nós em forma humana. O reconhecimento da glória do Pai, em Jesus, torna o estudo da vida de Cristo uma experiência profundamente comovente. [http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-eemp-1tr13-eliasnomontedatransfiguracao.htm].

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A transfiguração provou para os discípulos e para nós aquilo que Jesus sempre fora: o verbodivino encarnado.

II. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO
1. Tipologia. O apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 10.6: “...e estas foram-nos feitas em figura...”. A palavra grega tupos, aqui traduzida por “figura”, tem o sentido de “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. Em 1 Coríntios 10.11, Paulo observa: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso...”. O quê? Neste caso, Paulo se refere a eventos relacionados ao êxodo no Antigo Testamento. Assim, um tipo é um padrão bíblico, ou uma ilustração bíblica, normalmente extraído do Antigo Testamento, que assume a forma de padrões relacionados a pessoas, acontecimentos ou coisas. A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a lei apontava para Ele. Moisés era seguido por muitos profetas genuínos, mas a sua profecia de que um dia um profeta como ele iria aparecer teve o seu cumprimento em Jesus Cristo. Pedro, em seu sermão registrado em Atos 3.22-23, cita essa profecia como sendo cumprida em Cristo.
2. Escatologia. (do grego antigo εσχατος, "último", mais o sufixo -logia) é uma parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano. O nome “escatologia” baseia-se nas passagens da Escritura que falam sobre “os últimos dias” (eschatai hemerai), Is 2.2; Mq 4.1, os “últimos tempos” (eschatos ton chronon), 1 Pe 1.20, e “a última hora” (eschate hora), 1 Jo 2.18. É verdade que estas expressões às vezes se referem a toda a dispensação do Novo Testamento, mas mesmo assim incorporam uma idéia escatológica. A profecia do Velho Testamento distingue somente dois períodos, quais sejam, “esta era” (olam hazzeh, gr. Aion houtos), e “a era vindoura” (olam habba’, gr. Aion mellon). Visto que os profetas descrevem a vinda do Messias e o fim do mundo como coincidentes, os “últimos dias” são os dias imediatamente anteriores à vinda do Messias e ao fim do mundo [Teologia Sistemática - Louis Berkhof]. Não devemos ter dúvidas de que esta maravilhosa visão aconteceu com o propósito de encorajar e fortalecer os discípulos de nosso Senhor. Eles tinham acabado de ouvir a respeito da crucificação e morte de seu Senhor, do negar a si mesmos e dos sofrimentos aos quais teriam de sujeitar-se, se desejassem ser salvos. Agora foram animados por meio de uma breve contemplação “da glória que os seguiria” (1Pe 1.11) e da recompensa que todos os fiéis servos de Cristo um dia receberiam. O Senhor lhes fizera ver o dia de sua própria fraqueza; agora estavam contemplando, por alguns minutos, uma amostra de sua glória futura. Outra vez, o principal motivo da visão no monte da transfiguração é o de demonstrar que a Lei de Moisés e todos os profetas do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento na pessoa magnífica do Senhor Jesus Cristo.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
No evento da transfiguração, Moisés prefigurava a Lei e Elias os profetas.

III. ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO
1. O Messias esperado. Em Lucas 1:15-17, lemos que João Batista viria "no espírito e virtude de Elias", ou seja, para continuar o ministério profético que Elias desempenhou no Antigo Testamento (e não que João Batista seria o próprio Elias): "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias [e não sendo "o próprio Elias], para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." (Lc 1.17). Na conversa depois da Transfiguração, Jesus afirmou que "Elias já veio, e não o reconheceram". "Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mt 17.12,13). De fato, Jesus já havia dito que João cumpriu a profecia da vinda de Elias (Mt 11.14; veja Ml 4.5). A profecia de Malaquias é importante, porque mostra que Deus enviaria um mensageiro para preparar o caminho de Jesus. Mas, algumas pessoas dizem que João Batista era Elias reencarnado. Vamos ver a resposta da Bíblia a essa noção. Devemos distinguir entre o sentido simbólico da profecia e a afirmação literal que o próprio João fez em outro lugar. João agiu do mesmo modo de Elias. Usava roupas de pêlos (Mc 1.6; 2Rs 1.8) e morava nos lugares desertos e afastados (Mt 3.1; 1Rs 17.2-6). Elias introduziu uma nova época de profecia, em que Deus julgou o povo rebelde e desobediente. João, também, introduziu uma época de nova revelação, em que o Filho de Deus veio para julgar o mundo. Mas, tudo isso não quer dizer que João era, literalmente, Elias. Quando os sacerdotes e levitas perguntaram para João: "És tu Elias? Ele disse: Não sou" (Jo 1.21). Ele afirmou que veio para cumprir algumas profecias do Velho Testamento, mas deixou bem claro que não era Elias [http://www.estudosdabiblia.net/bd512.htm].
2. O Messias rejeitado. O Messias que os judeus aguardavam era todo diferente daquele que agora se lhes apresentava.  Eles não estavam interessados em um libertador de ordem puramente espiritual. Queriam um libertador que se apresentasse com as características de um Ciro, de um Josué, de um Sansão, de um Nabucodonosor, ou ainda de um Pompeu. Um homem destro na guerra e corajoso, capaz de vencer todos os impérios da terra, sem que alguém mais pudesse levantar a cabeça debaixo do seu domínio. Quanto a Jesus, os judeus nenhuma beleza viram nele para que o desejassem. Primeiro, o Messias que se lhes apresentava nascera numa manjedoura onde animais mal-cheirosos eram alimentados, quando aquele por quem esperavam deveria nascer infalivelmente num palácio real rodeado de pompas e de honras, e nunca duma forma assim desprezível - numa estrebaria. Quando se apresentou publicamente aos judeus, a sua mensagem dirigida a todos, incluindo uma classe sacerdotal que se fazia passar por muito santa, era esta: “vinde a mim...” expressão que os judeus religiosos tomaram como uma afronta atrevida. E ainda, em vez de se dirigir aos doutores da lei e aos escribas e fariseus, fez-se rodear dum grupo de doze discípulos escolhidos entre a "ralé", o povo humilde, incluindo pescadores, e até mesmo de um publicano (um odiado cobrador de impostos). Não gostavam do que ouviam da boca de Jesus, que lhes dizia: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”; “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”; “Eu e o Pai somos um”. Ora, se o testemunho que Jesus, humanamente, podia dar de si mesmo não agradava aos judeus, quanto mais dizer:  Eu e o Pai somos um.  Isso não podia ser tolerado e nem aceito.  Isto equivalia a fazer-se igual a Deus! Que blasfêmia! Por isso, mais uma vez pegaram em pedras para o apedrejarem. [http://www.estudosgospel.com.br/diversos/reflexoes/por-que-os-judeus-nao-receberam-jesus.html]. Cremos que os judeus vão aceitar a Jesus no final da grande tribulação exatamente porque Elias mesmo estará ali como uma das duas testemunhas. Logo após isso eles clamarão por Jesus e Ele virá para salvá-los, portanto o trabalho de Elias só findará com sua morte e ressurreição no final da Grande Tribulação. Os judeus ainda esperam Elias e para eles o Messias só virá após a aparição de Elias. Nós esperamos o arrebatamento – eles esperam Elias. É somente após a confissão de Pedro, em Cesaréia, dizendo que Jesus é o filho de Deus vivo que acontece a transfiguração. Pedro, Tiago e João precisavam ver Elias para crerem na ressurreição de Jesus, para crerem na glória de Deus, para terem esperança em seu próprio futuro glorioso.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.

IV. ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO
1. Humilhação. Como Elias não morreu os judeus ainda o esperam antes da vinda do Messias, pois a palavra de DEUS diz que Elias viria preparando o caminho de JESUS CRISTO. Na verdade João Batista veio na mesma unção de Elias, ele mesmo disse que viera para preparar o caminho do Messias, mas os judeus não o reconheceram e nem reconheceram aquele que veio logo depois dele. Devemos nos fortalecer com o pensamento de que para todos os verdadeiros crentes encontram-se entesouradas coisas boas, que compensarão as aflições do tempo presente. Agora é o tempo de tomar a cruz e compartilhar da humilhação de nosso Senhor. A coroa, o reino e glória ainda estão por vir. No presente, Cristo e seu povo, assim como Davi, encontram-se na caverna de Adulão, desprezados e considerados insignificantes pelo mundo. Parece não haver beleza e formosura nEle e em sua obra. Mas vem a hora, e será em breve, quando Cristo exercerá seu grande poder, reinará e colocará os inimigos debaixo de seus pés. Então, a glória que, durante alguns minutos, foi vista apenas por três discípulos no monte da Transfiguração será contemplada por todo o mundo e não será mais ocultada por toda a eternidade.
2. Exaltação. Esta passagem nos mostra a imensa distância que existe entre Cristo e todos os outros ensinadores que Deus outorgou à humanidade. Lucas nos conta que Pedro, “não sabendo… o que dizia”, propôs fazerem “três tendas”: uma seria para Jesus, outra, para Moisés, e outra, para Elias; como se os três merecessem a mesma honra. Mas esta proposta foi imediatamente censurada de maneira notável: “Veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi”. Aquela era a voz de Deus, o Pai, reprovando e instruindo. Aquela voz proclamou aos ouvidos de Pedro que, embora Moisés e Elias fossem grandes, ali estava Alguém que era maior do que eles. Moisés e Elias eram apenas súditos, Jesus era o Filho do Rei. Eles eram apenas pequenas estrelas; Jesus era o Sol. Eram apenas testemunhas; Jesus era a própria verdade. Estas solenes palavras do Pai devem sempre ecoar em nossos ouvidos e tornarem-se o conceito fundamental de nosso cristianismo. Honremos os ministros do evangelho por amor ao Senhor deles. Sigamos os seus ensinos até ao ponto em que eles seguem a Cristo. Entretanto, nosso principal objetivo deve ser ouvir a voz de Cristo e O seguir por onde quer que Ele vá. Outros podem ouvir a voz da igreja e se contentarem em dizer: “Escuto este ou aquele pastor”. Jamais nos sintamos satisfeitos, a menos que o Espírito Santo testifique em nosso coração que ouvimos a voz do próprio Cristo e somos discípulos dEle.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Jesus deixou claro que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas.

CONCLUSÃO

Com esta lição vimos que Moisés representava aqui a Lei – A lei nos revela o pecado e a condenação, portanto nos convence de que precisamos de um salvador; Elias representa aqui os profetas que falaram a respeito do Messias que viria para salvar os homens de seus pecados. Jesus aqui representa a graça de Deus que salva os homens pelo sacrifício na cruz, sem nenhum tipo de mérito por parte dos homens que já estão condenados se permanecerem no pecado e não reconhecerem em Jesus sua salvação. Como Pedro, Tiago e João não entendiam nada do que estava acontecendo, começaram a falar de coisas terrenas, não percebendo ali a glória e o poder de Deus e a finalidade daquele evento sobrenatural - demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado e que tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, em Elias. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Fevereiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

EXERCÍCIOS
1. Explique os fenomenos da transfiguração descritos nos evangelhos.
R: A transfiguração aponta claramente para a divindade de Jesus, mostrando que Ele era o Messias esperado.
2. De que forma pode ser explicado as aparições de Moisés e Elias no vento da transfiguração?
R: Podemos entender que a presença de Moisés tem uma função tipológica, isto é, a sua missão apontava para Jesus Cristo, assim comoa função de Elias estava relacionada à escatologia.
3. Como o fenômeno da transfiguração demonstra que Jesus era de fato o Messias esperado?
R: Serviu para mostrar que João, o batista, era o Elias profetizado, e que, portanto, o seu aparecimento era uma prova incontestável de que Jesus era o Messias esperado.
4. Como D. A. Carson observa a profecia referente a Elias?
R: A exaltação do Messias revelado na transfiguração, conforme lembrou posteriormente o apóstolo Pedro (2Pe 1.16-19), era uma prova inconteste da veracidade da mensagem da cruz.
5. Comente, com suas palavras, sobre a exaltação do Messias.
R: Resposta pessoal.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=transfigura%C3%A7%C3%A3o;

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

21 de fevereiro de 2013

Lição 8 - O LEGADO DE ELIAS



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 8 - O LEGADO DE ELIAS


24 de fevereiro de 2013

TEXTO ÁUREO

"E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias" (2 Rs 3.11). – Josafá, cético diante dos profetas bajuladores, fez a mesma pergunta ao rei Acabe em 1Rs 22.7.

VERDADE PRÁTICA

Através do ministério de Eliseu aprendemos que os grandes homens foram aqueles que aprenderam a servir.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 19.16,17,19-21

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Reconhecer o caráter divino da vocação e chamada de Elias;
·         Detalhar os princípios da exclusividade, autoridade da vocação e a chamada de Elias; e
·         Compreender como se deu a sucessão e o discipulado de Eliseu.

Palavra Chave
sucessor
adj (lat successore) 1 Que sucede a outrem. 2 Que herda. 3 Que tem a mesma dignidade ou os mesmos predicados que outrem teve.[a]

COMENTÁRIO

introdução

Na sequência de estudos sobre os ministérios de Elias e de Eliseu, veremos o trabalho do profeta Elias para a continuidade do ministério após a sua partida, o trabalho que Elias fez para que a obra do Senhor tivesse sua continuidade após a sua partida deste mundo. Como afirma o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (on line), “legado” é “o que é transmitido a outrem que vem a seguir”. Elias foi conscientizado pelo Senhor de que sua obra de manter a identidade de Israel como povo de Deus não se esgotaria com ele, mas deveria ter continuidade. Ao longo do trimestre, temos visto que o profeta Elias era extremamente zeloso com a Palavra de Deus. Neste zelo incondicional, nada mais óbvio que a preocupação com o seu sucessor e o ministério monoteístico do culto à YAHWEH. Neste estudo, não poderia me imiscuir de desmistificar algumas perícopes, descaradamente desvirtuadas em exegeses esdrúxulas e descabidas. Venham comigo! Tenhamos todos uma excelente, proveitosa e abençoada aula!

I. O LONGO PERCURSO DE ELIAS
1. Uma volta às origens. Elias realizou uma grande viagem para os padrões de sua época, em direção ao monte Horebe, cuja localização é incerta. A tradição o tem identificado como o monte Jabel Musa (Monte de Moisés), uma montanha de 2.300 metros no centro de uma faixa de granito, ao sul da penísula do Sinai. Em Êxodo 3.1 Horebe é chamado como o “Monte de Deus”, descrevendo a montanha como um santuário. Foi nesse monte que Deus se revelou a Moisés como o grande EU SOU (Ex 3.1). Ali Deus revelou a Israel seu nome pelo qual deveria ser invocado: YAHWEH (traduzindo em nossas Bíblias como SENHOR) e que dali em diante deveria ser usado na adoração. Aqui também o Senhor revelaria a Lei a Moisés (Êx 19.1-25; 20.1-26). Essa viagem era necessária e oportuna, haja visto o esmorecimento da fé em Israel, da eliminação dos profetas do Senhor, e da vida secreta que levavam os sete mil reservados que não se prostraram perante Baal. Num momento de fadiga, de esmorecimento, de desilusão, sem dúvida esse é o momento de retornar ao primeiro amor! É interessante o fato que o Senhor lhe perguntou: Que fazes aqui, Elias? (19,9). No versículo 7 o próprio Deus lhe avisa que a jornada seria longa e depois de alimentá-lo, Elias caminha 40 dias e 40 noites viajando por um vasto território até Horebe. Deus fez essa pergunta ao profeta para lembrá-lo de que ele poderia ter buscado ao Senhor em qualquer parte de Israel. Se o Senhor ouviu às suas orações e respondeu a elas no monte Carmelo, podia ouvi-las em qualquer lugar. Elias desejava buscar ao Senhor da aliança no lugar onde ele se encontrara com Moisés e Israel. O Senhor de Israel, porém, não é um Deus local, mais acessível no Sinai do que em qualquer outro lugar.”
2. Uma revelação transformadora. O Senhor não revelou a si mesmo a Elias da forma espetacular como a Moisés. A este profeta ancião, desencorajado e desesperançado, Deus responde com brandura. Deus agora atribui ao incansável profeta tres novas atribuições (vv 15-16) e assegura-lhe que ele não estava sozinho, na realidade havia ainda outros sete mil fiéis (1 Rs 19.18). Deus revelou a Elias ainda, a necessidade de um sucessor (1 Rs 19.16). A propósito, Charles Swindoll destaca que “graças ao modo gentil e bondoso de Deus, Elias arrastou-se para fora da caverna. “Partiu, pois, Elias dali”. De maneira graciosa Deus o alimentara e dera descanso, refrigério e sábios conselhos, fazendo que Elias se sentisse novamente parte significativa de seu plano. Isso é que é compaixão! Então Deus permitiu que Elias passasse seu manto para Eliseu, seu sucessor. Mas fez mais do que isso, muito mais, pois Eliseu “se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia”. Deus não deu a Elias apenas um sucessor: deu também um amigo próximo, pessoal, alguém que amava Elias e o compreendia suficientemente bem para servi-lo e encorajá-lo. [b]
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Precisamos nos conscientizar que na obra de DEUS não somos descartáveis, mas, de igual forma, ninguém é insubstituível.

II. ELIAS NA CASA  DE ELISEU
1. A exclusividade da chamada. Rayond B. Dillard destaca que “o chamado de Deus para todos nós é a sinceridade ao comprometimento. Para alguns, isso significa deixar um negócio ou emprego para seguir uma vocação profissional no ministério. Para outros, significa servir dedicadamente em muitos diferentes empreendimentos. Seja qual for o nosso trabalho, quer no ministério ou num emprego, o chamado de Deus para o serviço e compromisso deve eclipsar todos os outros.”[c]
2. A autoridade da chamada. Raymond Dillard destaca que “uma maneira na qual os escritores do Antigo Testamento descrevem a possessão pelo Espírito de Deus é dizer que o Espírito “revestia” um profeta. [Obs: Isso no original em hebraico; nas diversas versões, às vezes foram usadas outras palavras, como vemos a seguir — N.R.] (1 Cr 12.18-19 [“entrou”]; 2 Cr 24.20 [“se apoderou”]; Jz 6.34). Esse é o pano de fundo para o simbolismo envolvido quando Elias lançou o seu manto sobre Eliseu (1 Rs 19.19). Eliseu, como Elias, seria revestido com o Espírito de Deus, e introduzido na ordem dos profetas. Mais tarde, quando Elias foi levado para o céu, Eliseu apanhou o manto de Elias e dividiu as águas do rio Jordão e, então, o grupo de profetas que testemunhou essa ação, soube que “o espírito de Elias repousa sobre Eliseu” (2 Rs 2.13-15).”7 De nada adianta, portanto, o ofício se a unção não o acompanha! Não é, portanto, o ofício que determina a unção, mas a unção que valida o ofício! Eliseu de fato recebeu autoridade divina, pois possuiu um ministério marcado por milagres. Hoje há muita titulação, mas pouca unção!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
DEUS chama e prepara pessoas fiéis para a sua obra. A obra do Senhor é para os chamados e vocacionados.

III. ELIAS E O DISCIPULADO DE ELISEU
1. As virtudes de Eliseu. A história da chamada de Eliseu e como se deu o seu discipulado deveria ser o padrão para a sucessão de lideres hoje. A qualidade dos ministros atuais tem caído muito e, acredito, a fragmentação denominacional tem uma boa parcela de contribuição. Não é segredo que esse processo acontece pela disputa de domínio de determinado espaço ou território entre as lideranças, que não chegando a um consenso sobre as suas esferas de atuação, resolvem dividir de forma litigiosa determinado campo pastoral. Quando Elias lançou a sua capa sobre Eliseu, com esse ato disse-lhe que o escolhera para receber a autoridade e poder para o seu ofício.
2. A nobreza de um pedido. O pedido que Eliseu fez ao profeta Elias antes deste ser assunto aos céus é algo que merece uma reflexão à parte. Na verdade esse pedido de Eliseu revela a nobreza da sua chamada. No Novo Testamento encontramos o apóstolo Paulo dizendo: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja” (1Tm 3.1). Desejar ser um ministro da Palavra é um dos desejos mais nobres! Quando Eliseu pede a “porção dobrada”, na verdade, ele está requerendo o direito de progenitura sobre os demais profetas da escola de Elias. Elias foi líder de uma “escola de profetas”, e Eliseu era um dos seus alunos. O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (v. 3,5). Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso implicava mais responsabilidade para a manutenção da família. Donald J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de perpetuar o nome e o trabalho do pai”. Nesse sentido, a tradução da Nova Versão Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Eliseu era perseverante, se ele tivesse ficado pelo caminho, não teria sido o homem de DEUS que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim.

IV. O LEGADO DE ELIAS
1. Espiritual. Não dependia de Elias, mas cabia a Deus determinar se o ousado pedido de Eliseu seria atendido. De alguma forma Eliseu sabia que Elias estava para partir do mundo e estava determinado a segui-lo até ao fim. Elias havia chamado Eliseu para assumir o seu ofício e Eliseu estava determinado em segui-lo. Eliseu viveu nesse contexto, foi influenciado por ele e teve esse legado como herança.
2. Moral. Elias não foi um homem apenas de grandes virtudes espirituais, mas também portador de virtudes morais. E perceptível no relato bíblico que Elias possuía fortes valores morais. Elias denuncia os profetas que comiam da mesa de Jezabel (1 Rs 18.19). Como pode alguém comprado possuir autoridade para profetizar? A percepção do que era certo ou errado, do que era justo ou injusto também eram bem patentes na vida do profeta de Tisbe. Esses valores morais se tomam evidentes quando ele demonstra grande indignação diante da ação do rei Acabe. Acabe assassina Nabote para ficar com a vinha deste (1 Rs 21.17-20). Para Elias, Acabe havia se vendido para fazer o mal. Acerca dos valores fundamentais, o filósofo Battista Mondin destaca que eles são: “Os guias que o ajudam (o homem) a realizar o próprio projeto de humanidade. Eis, portanto, o critério para estabelecer a hierarquia de valores: ele é constituído pela contribuição que uma coisa, uma pessoa, uma ação pode dar para a realização do projeto-homem e do valor-homem. Uma realidade ocupa um degrau tanto mais elevado na hierarquia dos valores quanto maior é a sua contribuição nesse sentido e tanto mais baixo é menor sua contribuição. De fato, as hierarquias de valores foram estabelecidas por quase todos os estudiosos com esse critério. E, se as hierarquias aparecem tão contrastantes e disparatadas, deve-se somente ao desacordo que reina entre os filósofos em relação ao projeto-homem. Se aceitarmos o projeto nietzscheano, obtemos uma hierarquia que tem no ápice a vontade de poder. Se acolhermos o projeto marxista, o primeiro lugar na hierarquia de valores cabe ao trabalho. Se assumirmos um projeto freudiano, elaboramos uma hierarquia fundada sobre o primado do prazer [...] Um projeto-homem, para ser fiel a todos os dados de nossa experiência, leva em consideração também a experiência da transcendência e, portanto, no ápice da escala dos valores outro que não o próprio Deus. Ele, já digno da máxima estima, respeito e louvor por si mesmo, é também digno da máxima consideração em relação ao projeto-homem, porque só Ele é capaz de assegurar ao homem a atuação plena do próprio projeto de humanidade.” Eliseu aprendera que ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi, se não possuir valores morais e espirituais bem definidos. [c]

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi, se não possuir valores morais e espirituais bem definidos.

CONCLUSÃO

O legado de Elias e a dedicação exclusiva de seu sucessor Eliseu é ponto de luz e instrução para a liderança espiritual. Hoje há notadamente uma crise de liderança, as vidas de Elias e Eliseu se erguem como um memorial para o qual devemos olhar. Aprendemos que existe a hora de ir, mas também a de voltar (1 Rs 19.15). Aqui fito o recuo do líder espiritual romano - líderes também recuam! Aprendemos que além dos Elias, Deus também vê Eliseu. Aprendemos, pois, a história do reino é construída por homens que se dispõem em obedecê-lo, por homens que aprendem a depender somente dEle. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Fevereiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

EXERCÍCIOS
1. De que forma o Senhor corrigiu a compreensão que Elias possuía dos fatos?
R: Mostrando a ele que havia ainda sete mil fiéis e, portanto, ele não havia trabalhado em vão.
2. De que forma Eliseu reagiu à chamada divina?
R: Sacrificando os animais e deixando o convívio familiar para acompanhar Elias.
3. De que forma Eliseu demonstrou ser um homem virtuoso?
R: Demonstrando discernimento, perseverança e vigilância.
4. Cite os legados deixados pelo profeta Elias listados na lição.
R: Moral e espiritual.
5. Como podemos perceber o valor e coragem de Elias no relato Bíblico?
R: Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-os severamente.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -.
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=sucessor;
[b] -. SWINDOLL, Charles. Elias — um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2010;
[c] -.
DILLARD, Raymond B. Fé em Face da Apostasia — o evangelho segundo Elias e Eliseu. Editora Cultura Cristã;
[d] -.
http://euvoupraebd.blogspot.com/2013/02/licao-8-o-legado-de-elias.html#ixzz2LTcc0nL3.

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Francisco de Assis Barbosa