Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a
Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no
Brasil, Campina Grande-PB;
Lição 4
Elias e os profetas de Baal
27 de
janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Então, Elias se
chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o
Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu
nada” (1 Rs 18.21).. – O clássico desafio de
Elias, até quando coxeareis, revela o coração dividido do povo. Eles deviam
seguir ao Senhor de todo o coração ou não segui-lo em absoluto[a].
VERDADE PRÁTICA
O confronto entre Elias e
os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a
falsa adoração em Israel.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 18.36-40.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses;
- Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas; e
- Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.
Palavra
Chave
Falso:
adj.
1. Não verdadeiro; não verídico.
2. Fingido, simulado.
3. Enganoso; mentiroso.
4. Desleal, traidor.
5. Adulterado, falsificado.
6. Suposto, que não é o que diz verdade.
7. Pessoa falsa.
8. Esconderijo; vão dissimulado debaixo de uma
escada, de um móvel, etc.
adv.
9. Com falsidade; em falso.
em falso: errando
o passo, a pancada, o movimento, etc. [b]
COMENTÁRIO
introdução
Elias depois
de transmitir a mensagem a Acabe, retirou-se, conforme a palavra de YAHWEH,
para um lugar alto junto ao ribeiro de Querite, além do Jordão, onde foi
alimentado por corvos. Quando o ribeiro secou, YAHWEH o envia a uma viúva em
Sarepta, cidade de Sidom, cujas provisões já eram escassas porém, viu o Deus de
Israel provê alimentado para ela, seu filho e o profeta, que permaneceu com ela
durante dois anos. Neste período de tempo, o filho da viúva morreu e foi
ressuscitado por Elias (1Rs 17.2-24). Ao fim desse período de retiro, Elias
encontrou-se com Obadias, o intendente do palácio de Acabe, a quem o rei
enviara à procura de pastagens para os animais e que Elias enviou de volta ao
seu senhor para que lhe dissesse que ele estava ali. Acabe não demora em
encontrar-se com Elias e acusa-o de ser o perturbador de Israel. Elias
desafia-o, então, que se oferecessem sacrifícios públicos, com o objetivo de se
determinar quem era o verdadeiro Deus. O monte Carmelo foi o palco onde o povo
caiu sobre o seu rosto, chorando: "Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é
Deus!" Elias conclui dessa forma o seu importantíssimo ministério,
restabelecendo o culto monoteísta de YAHWEH. O profeta ainda ordena a morte de
todos os profetas de Baal (dono, senhor, marido, deus da água, do fogo, da
fertilidade), nenhum deles escapou. Então, imediatamente os céus se abriram e a
chuva caiu sobre a terra, de acordo com a palavra proferida por Elias e em
resposta à sua oração (Tg 5.18). Hoje, estudaremos como o profeta Elias foi usado
pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo
com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração. Elias estava entre os
maiores profetas bíblicos. Quando a nação de Israel mergulhou em sua mais
profunda degradação, Elias foi o instrumento de Deus para desafiar o povo
inconstante a retornar. Sua tarefa foi tremenda! Seus inimigos eram poderosos.
O povo era ignorante e vacilante. No meio da terrível confusão religiosa do
reinado de Acabe, Elias tentou realizar um renascimento espiritual muito
necessário. Consideremos como os desafios que ele fez a Israel precisariam ser
ouvidos nos dias de hoje. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!
I.
CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES
1. Conhecendo o falso deus Baal. Elias propôs um desafio não
apenas à Baal, mas também à Aserá (também conhecido como
Astarte, Asterote, árvore da vida, poste-ídolo, esposa de Baal, deusa da
feritlidade, mãe, esposa de Baal), sua consorte, as duas divindades cananéias
importadas naquela época, as quais descreveremos agora. O termo hebraico (בַּעַל) “Baal”, na sua origem, significava “senhor”, ou “possuidor”,
mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua
mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Baal era filho de Dagon.
Adorado como o deus da natureza. Alguns mitos descrevem a sua batalha contra a
morte, a esterilidade e as inundações. Muitas vezes Baal significa simplesmente
divindade e não necessariamente um nome próprio. De fato encontramos, muitas
vezes, um adjetivo que qualifica o substantivo: Baal-berith (senhor da
aliança); Belzebu (senhor das moscas), etc. Quando os israelitas entraram em
Canaã, notaram que cada trecho da terra tinha sua própria divindade. Dessa
forma, constatamos o relato de vários Baais, cuja forma plural foi traduzido
por Baalins (1Rs 18.18). Na maioria das vezes, o sobrenome da divindade variava
de acordo com a localidade. Um exemplo disso é Baal-Peor, divindade de uma área
correspondente a uma montanha na região ao norte do Mar Morto e defronte de
Jericó (Nm 25.3).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. Asera,
Astarte ou Astarote são três termos correlatos que tratam da deusa-mãe com
aspectos de deusa da fertilidade, do amor e da guerra, conhecida dos israelitas
por meio dos cananeus (1Rs 11.5). Os israelitas adotaram a adoração a Astarote
juntamente com a adoração a Baal logo após chegarem à terra prometida (Jz
2.13). Era uma adoração comum no tempo de Samuel (1Sm 7.3,4; 12.10), tendo
recebido sanção real por parte de Salomão (1Rs 11.5). Outra expressão
correspondente a Asera é “poste-ídolo”. O Antigo Testamento se refere algumas
vezes ao poste-ídolo como uma deusa (2Rs 23.4 – Almeida Revista e Atualizada),
interessante que a NVI (Nova Versão Internacional) traduz essa mesma expressão
por “Aserá”, o poste-ídolo também é usado acerca de uma imagem feita para essa
deusa (1Rs 15.13 – Almeida Revista e Atualizada). Em hebraico, transliterado,
temos Ashtoreth (em ugarítico ‘Attart e em acádico As-tar-tu). Era adorada
sobretudo na região do atual Líbano (Tiro, Sidom e Biblos), pelos cananeus (1Rs
11.5), mas também em Malta, Sardenha, Sicília, Chipre e Egito. No mundo latino
foi identificada com Vêneris; no Egito com Ísidis. Em época helenística foi
identificada com Afrodite ou com a deusa Síria. Tinha como símbolos o leão, o
cavalo, a esfinge e a pomba. Era a deusa da fertilidade, do amor e da guerra.
Aparece diversas vezes no Antigo Testamento e o vocábulo hebraico usado
reconduz ao termo hebraico “vergonha”, mostrando o juízo negativo do povo hebreu
em relação ao culto dessa deusa.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença popular cananita
dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, e Aserá
era a deusa-mãe.
II. CONFRONTANDO OS FALSOS
PROFETAS
1. Profetizavam sob encomenda.
‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando
as coisas espirituais com as espirituais’ (1Co 2.15,13). Aqueles profetas de
Baal, sustentados pelo estado, tinham como propósito agradar o rei em tudo.
Eram profetas sim, contudo, profetas de uma falsa divindade. Mas não nos é
estranho encontrarmos profetas do Deus Único que em nada diferem daqueles que
cercavam a mesa de Acabe. No dizer de Paulo, estes tais serão discernidos pelos
espirituais! Nos dias de Jesus existiam ministros que ‘exteriormente pareciam
justos aos homens’ (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de
hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros
motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus
corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)”.
Claro está que temos a obrigação de julgar os profetas pelos seus frutos, isto
também fica claro nos escritos de Paulo e João (1Ts 5.21; 1Jo 4.1; 1Co 14.29).
2. Eram mais numerosos. O relato Bíblico afirma que os profetas de Baal eram 450, e os profetas
de Aserá eram 400 (1Rs 18.19), ampla maioria se comparado ao único profeta de
YAHWEH nesse desafio do monte Carmelo. Apesar dessa maioria numérica no
Carmelo, estes oitocentos e cinquenta profetas ficaram confundidos e
envergonhados, pois somente o Deus de Elias respondeu com fogo e dissipou toda
dúvida do coração do povo (1Rs 18.38,39). Não se pode esquecer que, Elias não
estava só enquanto servo de YAHWEH, ainda havia sete mil que não se corromperam
com o falso deus cananeu.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os falsos profetas de Acabe
eram mais numerosos e profetizavam por encomenda
III. CONFRONTANDO A FALSA
ADORAÇÃO
1. Em que ela imita a
verdadeira. O dicionário Aurélio define adoração como
culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define
o verbo adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar. As
palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se,
prostrar-se (#7812, Strongs), como em Êx 20.5. As palavras que definem
adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar
reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito
ou súplica (#4352, Strongs), como em Mt 4.10 e Jo 4.24. Adoração então é uma
atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se expressa com ações
singulares de reverência e culto. Qual é a adoração que Deus realmente espera
de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera de nós? Será que
nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus? Será que Ele
consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios? Qual é o
verdadeiro som que ecoa no céu? João Calvino chamou, de maneira apropriada, o
coração humano de “uma fábrica de idolatria”, querendo dizer que a adoração
fiel não acontece naturalmente nos seres humanos caídos. Pecadores se tornam
idólatras porque Deus plantou tão profundamente a necessidade dEle mesmo nos
corações humanos, que quando não conhecemos ao Deus verdadeiro, inventamos
falsos deuses, falsa religião e falsa adoração. Deus adverte contra tal
adoração idólatra no primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de
mim”. A adoração idólatra de falsos deuses é condenada por toda a Bíblia.[c]
2. No que ela se diferencia da
verdadeira. Seria um engano severo achar que toda e
qualquer expressão verdadeira de adoração é oriunda do homem. Do homem não pode
emanar a verdade pura. O homem possui um coração enganoso e uma mente limitada
(Jr 17.9; Is 55.8,9). Essas duas coisas geram um erro que não é percebido
facilmente pelo homem, especialmente quando a maioria ao seu redor está
envolvida no erro (2Tm 4.3,4). Não é sabedoria colocar base de sustentação
naquilo que é enganoso e limitado. Devemos usar o que é firme e eterno. Se essa
sustentação não vem do homem, tem que vir do que não é contaminado pelo homem.
Somente a Bíblia, por ser dada pela inspiração do Espírito Santo, é a base
firme para estipular o que é a adoração verdadeira. Se a Bíblia por escrito for
a base; ela será a base "mui firme" (2Pe 1.19; Hb 4.12). Se as Escrituras
Sagradas forem a nossa única regra de fé e prática, então tudo o que não concorda
com elas será julgado como falso (Is 8.20). Não é válido estipular uma parte exclusiva
da Palavra de Deus para a nossa sustentação do que é adoração verdadeira, pois
"Toda a Escritura é inspirada e proveitosa" (2Tm 3.16; Rm 15.4). Por
ser a Bíblia completamente dada por Deus, é ela que define para nós o que é a
adoração verdadeira. Todos os cristãos precisam cultivar uma vida com Deus que
está em crescimento e desenvolvimento. Se não estivermos crescendo,
estagnaremos ou morreremos. A adoração coorporativa, oficial, do povo de Deus é
um meio crucial e essencial que Deus deu para nos ajudar a crescer. Pense sobre
as palavras de Hebreus 10.19-22: “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no
santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos
inaugurou, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote
sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza
de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água
limpa.” Esta passagem chama os cristãos para se achegarem a Deus através de
Cristo, visto que, mesmo como cristãos, experimentamos uma distância entre nós
mesmos e Deus, que somente a obra de Cristo pode superar. Precisamos nos
achegar a Ele pessoalmente e individualmente em devoção, meditação e oração;
mas nós também precisamos nos achegar a Ele, encontrando-O na comunhão do Seu
povo, onde Deus promete estar especialmente presente (Mt 18.20). Nos
encontramos com Deus quando o povo de Deus se reúne junto, ora junto, canta
junto, e ouve a Sua palavra junto. O Cristianismo é uma religião na qual
indivíduos se tornam uma parte integral do corpo de Cristo. Não somos
simplesmente uma associação de indivíduos, mas estamos organicamente unidos uns
aos outros (1Co 12.12-27; Ef 1.22-23). Expressamos que somos o corpo de Cristo,
especialmente quando encontramos a Deus juntos em adoração pública.[c]
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira adoração
firma-se na revelação de Deus na história.
IV.
CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
1. O perigo do sincretismo
religioso. Precisamos
ouvir o convite da Escritura para promover a adoração santa e fugir da
idolatria. Mas a adoração de falsos deuses não é somente o único tipo de
idolatria condenada na Bíblia. O segundo mandamento nos ensina que a idolatria
não é somente uma questão de adorar falsos deuses, que é proibido no primeiro mandamento.
É também uma questão de adorar o verdadeiro Deus falsamente. O segundo
mandamento diz, “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança
do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da
terra. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há
em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. E faço
misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos”
(Êx 20.4-6). Este mandamento claramente proíbe o uso de imagens de Deus na
adoração, mas também implicitamente proíbe toda invenção humana na adoração. A
proibição contra imagens significa que devemos adorar o verdadeiro Deus somente
nas formas que Lhe agrada. O povo de Israel reivindicou que eles estavam
adorando o Senhor como o verdadeiro Deus quando eles fabricaram o bezerro de
ouro. Eles consideravam a imagem como Jeová (Êx 32.5-6). Mas tal falsa adoração
ofendeu a Deus e trouxe julgamento sobre o povo. A história do bezerro de ouro
nos lembra que o próprio povo de Deus pode cair em idolatria em sua adoração
dEle. Podemos querer ser criativos e originais na adoração, mas essa
criatividade pode conduzir à idolatria. Repetidamente no Antigo Testamento,
Deus julgou Seu povo por causa de falsa adoração. Os filhos de Aarão, Nadabe e
Abiú, foram fulminados e caíram mortos, por causa de oferecer “fogo não
autorizado perante o SENHOR, contrário ao seu mandamento” (Lv 10.1). Jeroboão,
o primeiro rei do reino norte de Israel, e seus herdeiros foram consistentemente
criticados como idólatras por causa das imagens e dos falsos templos e cultos
dedicados ao Senhor. O povo de Deus foi censurado nestas ocasiões, não porque
adoraram falsos deuses, mas porque adoraram o verdadeiro Deus falsamente. O
Novo Testamento também adverte contra agradar a nós mesmos com a falsa
adoração. Paulo escreveu ao Colossenses condenando suas novidades e
experiências como “adoração auto-imposta” (Cl 2.23). Jesus advertiu contra
permitir que tradições dominem e subvertam a Palavra de Deus: “E assim por
causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus” (Mt 15.6). Jesus não
estava falando sobre adoração quando ele fez esta declaração, mas então ele
usou Isaías 29.13, que é sobre adoração, para confirmar suas palavras: “Este povo
se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu
coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos dos homens” (vv. 8-9). Ele estava dizendo que o nosso culto a Deus,
seja na vida em geral ou na adoração coorporativa, não deve ser determinada
pela tradição, mas deve seguir o ensinamento de Deus na Bíblia. Paulo
especificamente advertiu os Coríntios contra a falsa adoração na forma que eles
estava administrando a Ceia do Senhor. Os pecados e os erros que infectavam sua
adoração levaram Paulo a acusá-los de destruir este sacramento: “De sorte que,
quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor” (1Co 11.20).
De fato, Deus se preocupa tanto sobre a adoração que Paulo registra que Deus
visitou os Coríntios com julgamento por causa dos seus abusos na adoração,
relacionados a este sacramento: “Por causa disto há entre vós muitos fracos e
enfermos, e muitos que dormem”. A Bíblia nos lembra que nem nossos instintos,
nem nossas tradições e nem nossas experiências são guias confiáveis para a
adoração. A própria Bíblia é nosso único guia confiável. Uma das ironias do
nosso tempo é que muitos cristãos que afirmam a inerrância da Bíblia não a
estudam realmente para descobrir o que ela diz sobre adoração. Nós devemos
examinar as Escrituras para encontrar a vontade de Deus para nos guiar em nossa
adoração. A Declaração de Cambridge faz a seguinte declaração: “Somente a
Bíblia ensina o que é necessário para nossa salvação do pecado e qual é o padrão
pelo qual todo comportamento cristão deve ser medido”.[c]
2. A resposta divina ao
sincretismo. A Bíbia de Estudo Shedd apresenta a seguinte nota
textual: "Este ato de matar ofenderia sensibilidade do homem moderno, pois
que já estamos na era da graça de Cristo; mas para aquele povo, naquela
situação histórica se justificava por vários motivos: 1) Vingava a morte dos
profetas do Senhor; 2) Era o cumprimento do julgamento do Senhor contra os
falsos profetas em Israel (Dt 13. 1-5); 3) Era uma guerra autêntica, dos servos
de Baal contra o Senhor e seus seguidores (Bíblia de Estudo Shedd, pp
515)." Israel era uma teocracia, uma sociedade fundada e contida sob Deus.
Deuteronômio 13.1-5 determina a execução dos falsos profetas. Deuteronômio
13.13-18; 17.2-7 prescreve a morte de qualquer um que abrace a idolatria ou
incite outros a se tornarem idólatras.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O Deus de Israel é
rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.
CONCLUSÃO
Elias demonstrou ser um homem de fé ao
lançar o desafio contra os profetas de Baal, e além disso, convocando o povo
para uma demonstração que revelaria quem era o mais poderoso: YAHWEH ou Baal
Melkart. E se Deus não mandar fogo? – poderia titubear Elias... Todos ali
aprenderam às custas do estado que Baal era o deus que respondia com fogo!
Simbolizava as forças produtivas da natureza! Ainda mais, o desafio seria no
monte Carmelo, local onde o culto a Baal e Aserá era mais forte. Não na visão
de um homem que vive pela fé como Elias; Carmelo era o lugar ideal para
confrontar os baalins e mostrar a superioridade de YAHWEH, o Soberano de Israel
sobre todos os ídolos humanos. Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia
preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente
propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do
Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade. Muitas pessoas em
nossos dias precisam responder à mesma pergunta que Elias fez no Monte Carmelo.
Muitos estão coxeando,quer por falta de ensino bíblico consistente, quer por
negligência, ou outro qualquer motivo. Elias nos legou o exemplo de como
devemos lidar com o pecado: mostrou que essa mazela deve ser tratada como
convém e que a decisão de extirpá-la deve ser tomada com firmeza. Não é de mais
dizer ainda, que essa luta continua hoje, muita coisa em nosso meio necessita
ser levada ao vale de Querite para ser estirpada com firmeza! A falsa adoração,
falsa piedade cristã e pseudo-profetas devem ser alvos de uma igreja triunfante
que levanta a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça. N’Ele, que
me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Janeiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor,
pronto e sincero (Calvino)
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais
no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por
conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração
verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do
adorador no culto; pela Palavra de Deus.
4. Defina “sincretismo”.
R. Fusão de elementos
culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando
perceptíveis alguns sinais originais.
5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito
além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para
demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. A Bíblia da Mulher. São Paulo e Barueri, Mundo Cristão e Sociedade Bíblica do Brasil, 2008;
-. La Bíble – Traduction oecuménique de La Bible - TOB, © Les Éditions Du Cerf et Societé Biblique Française, Paris, 1988;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. LAHAYE, T.; HINDSON, E. (Eds.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
-. http://pt.scribd.com/doc/21991078/A-Vida-de-Elias-capitulos-1-a-8-A-W-Pink
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. A Bíblia da Mulher. São Paulo e Barueri, Mundo Cristão e Sociedade Bíblica do Brasil, 2008;
-. La Bíble – Traduction oecuménique de La Bible - TOB, © Les Éditions Du Cerf et Societé Biblique Française, Paris, 1988;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. LAHAYE, T.; HINDSON, E. (Eds.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
-. http://pt.scribd.com/doc/21991078/A-Vida-de-Elias-capitulos-1-a-8-A-W-Pink
TEXTOS
UTILIZADOS:
[a] -. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 1Rs 18.21, p. 375;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. http://www.monergismo.com/textos/liturgia/adoracao_godfrey.htm
[a] -. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 1Rs 18.21, p. 375;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. http://www.monergismo.com/textos/liturgia/adoracao_godfrey.htm
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não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um
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Francisco de Assis Barbosa