Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a
Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.
Lição 1
A apostasia no Reino de Israel
6 de
janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu
que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate),
ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e
serviu a Baal, e se encurvou diante dele” (1 Rs 16.31). – Esse casamento
do filho de Onri com a filha de Etibaal pode ter sido arranjado por Onri devido
a razões políticas. A presença de Jezabel trouxe apoio oficial, na nação de
Israel, à adoração a Baal. Baal significa “senhor”ou “marido”. Baal era um deus
da tempestade, uma divindade dominante da religião Cananéia. Ele era
considerado providencial por enviar chuvas e fertilidade à terra, semeando
assim a vida. [a]
VERDADE PRÁTICA
A apostasia na história
do povo de Deus é um perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 16.29-34.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Identificar as causas e os agentes da apostasia em Israel;
- Conscientizar-se sobre os perigos da apostasia; e
- Compreender quais foram as consequências da apostasia para Israel.
Palavra
Chave
Apostasia: (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21;
2Ts 2.3) e em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido “apartar”). O termo
grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou
afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.
COMENTÁRIO
introdução
Damos início a mais um ano letivo em nossa escola dominical. Foi a
misericórdia do Senhor que nos trouxe até aqui e espero nEle que, neste ano,
nossas escolas se encham de alunos ávidos por conhecer mais as Escrituras; espero sinceramente que, em 2013, em todo o Corpo de Cristo, cada crente se torne um aluno da escola dominical. Nesta primeiríssima aula,
estudaremos acerca do período mais sombrio na história do reino do Norte,
Israel, sob a regência de Acabe, filho de Onri, o sétimo Rei de Israel (o reino
do Norte). Casado com a princesa fenícia filha do rei dos Sidônios Etbaal,
Jezabel. Durante seu reinado, prosperou o culto à Baal sob o patrocínio da
rainha Jezabel, que não apenas continuou a adorar os deuses fenícios, mas
passou a combater o culto a YAHWEH, Deus de Israel. Recorreu ao erário público
para sustentar os 450 sacerdotes de Baal como também os 400 profetas da deusa
fenícia da fertilidade Ishitar (Gr Astarte – Αστάρτη; heb עשתרת - personagem do panteão fenício e na tradição
bíblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidônios (1Reis 11.2). Era a mais
importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos, deusa da lua, da
fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro
e Biblos). No palácio real havia um templo dedicado a Baal. Acabe,
aparentemente sentiu-se atraído pelo culto destes deuses, relegando YAHWEH à
segundo plano. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou então
tiveram que se exilar no deserto devido à perseguição promovida pela rainha.
Procurou estabelecer alianças com Ben-Hadade II, Rei da Síria de Damasco, e com
Josafá, Rei de Judá. Acabe liderou a Batalha de Carcar, numa coligação
síro-palestina anti assíria liderada por Ben-Hadade II contra o expansionismo
do Rei Shalmaneser III. Esta batalha é datada como ocorrida em 853 a.C.. Foi
gravemente ferido na Batalha de Ramote Gileade contra Ben-Hadade II. Morreu
durante o combate, depois de ter reinado durante 22 anos. Seu filho Acazias,
sucede-lhe no trono como rei. Sua filha, Atália, casa-se com Jeorão, filho de
Josafá, Rei de Judá. Segundo algumas cronologias, viveu de 897 a.C. a 817 a.C.
e reinou a partir de 874 a.C.. Sua história é contada na Bíblia em livros I e
II Reis. Acabe governou entre os anos 874 e 853 a.C, e o seu reinado foi
marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a
adoração israelita. Uma primeira leitura dos capítulos 16.29 — 22.40 do livro
de 1 Reis, revela que essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na
prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso
Baal [Baal (em hebraico בַּעַל) é uma
palavra semítica que significa Senhor, Lorde, Marido ou Dono (Dom). Baal é
representado em grego como Belos e em latim como Belus. Esta palavra em
hebraico é cognata de outra em acádio, Bel, com o mesmo significado. A forma
feminina de Baal é Baalath, o masculino plural é Baalin, e Balaoth no feminino
plural. Esta palavra não tinha conotação exclusivamente religiosa, podendo ser
empregada em relações pai e filhos (por exemplo) não sendo obrigatória uma
separação hierárquica.], trazendo como consequência uma apostasia sem
precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a Deus. Em Canaã, os Hebreus lutaram em várias épocas contra a adoração a Baal.
No Livro dos Juízes, Gideão destrói os altares de Baal e a árvore sagrada
pertencente aos Midianitas. Agora, Elias é levantado por YAHWEH para condenar o
mau procedimento de Acabe por adorar Baal. Tenhamos todos uma excelente e
abençoada aula!
I. AS CAUSAS DA APOSTASIA
1. Casamento misto. Pode uma forma degradante de
adoração enganar alguém? Que motivos induziram um povo a contaminar a adoração
pura com a falsa? A resposta a estas perguntas pode ser vista no que aconteceu a
Israel à época de Acabe, Jezabel, Elias e Eliseu. O texto bíblico põe o
casamento misto de Acabe com Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios, como
uma das causas da apostasia no reino do Norte (1 Rs 16.31). É compreensível que
YAHWEH quisesse proteger seu povo escolhido contra o abominável e degradante Baalismo.
Sua Lei dada mediante Moisés tornava a idolatria uma violação que merecia a
morte (Dt 13.6-10). YAHWEH ordenou que os israelitas destruíssem todos os
vestígios de falsa adoração e se isentassem de alianças com idólatras (Dt 7.2-5).
Em Seu cuidado e zelo, determinou que os israelitas sequer ‘mencionassem o nome
de outros deuses’ (Êx 23.13). O reino de Israel havia caído em idolatria. A
adoração de Baal se tornara a religião oficial. Os israelitas foram avisados de
antemão sobre isso: “[Os] deuses [cananeus] servirão de laço para vós.” — Jz. 2.3.
Um dos fatores responsável pelo envolvimento com os deuses falsos foi o
casamento misto. Até mesmo o sábio rei Salomão se desviou da adoração
verdadeira por se casar com mulheres que serviam a falsos deuses e deusas (1Rs
11.1-8). . Este casamento não fora
realizado pelos sacerdotes diante do Senhor, mas pelos sacerdotes de Baal,
diante desta mesma divindade (1Rs 16.31). A confiança de Acabe não estava mais
em YAHWEH, mas nos acordos diplomáticos. Por isso casou-se com Jezabel, a fim
de ratificar o acordo diplomático feito por Onri, seu pai. O adultério
espiritual de Israel não começou com Acabe e Jezabel, com eles, foi apenas
institucionalizada. Esta união, no entanto, trouxe a ruína moral, espiritual e
social ao reino do norte, Israel. A capital Samaria tornara-se a partir de
então o centro religioso do culto a Baal e a Astarte, contendo no palácio 450
profetas de Baal e 400 sacerdotisas de Astarote ou Asera (1Rs 18.4). Isto
significa que não apenas foram mortos os profetas, mas também muitos sacerdotes
fiéis a YAHWEH. Neste período lúgubre, o palácio transformou-se em antro de
luxúria, malandragem, excessos e vícios sexuais. Tudo com a participação do rei
Acabe, da rainha Jezabel e dos profetas e sacerdotisas de Baal e Astarte. O
paganismo de Jezabel unia prostituição e homossexualismo com religião e
religiosidade. Esta é uma das principais razões pelas quais Jezabel é conhecida
como prostituta. E na verdade o era, entretanto, uma hieródula, ou prostituta
sagrada. É impossível desassociar o culto pagão ao casal herogâmico Baal e
Astarte da prostituição sagrada, da falolatria, dos sacrifícios de crianças, das
ervas alucinógenas, feitiçaria entre outros desvios (2Rs 9.22). E, segundo a
tradição fenícia e canaanita, o rei e a rainha eram elementos indispensáveis
nessas festividades, pois a presença deles assegurava o favor das divindades
cultuadas. A rainha Jezabel incitava o rei Acabe para fazer o que era “mau aos
olhos do Senhor”, diz o redator das crônicas dos reis (1 Rs 21.25)[b].
2. Institucionalização da idolatria. Nos dias de
Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. Elias é enviado
ao Rei Acabe para anunciar que iria começar um período de seca. A Bíblia diz o
seguinte de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do
SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (1Rs 16.30,31). Acabe contraiu
matrimônio com Jezabel, filha do rei dos sidônios; casamento este, jamais
aprovado por Deus. Tendo uma mulher idólatra, Acabe serviu ao deus Baal e o
adorou e conduziu a nação de Israel à idolatria: “Também Acabe fez um poste-ídolo
de madeira e cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel.”
1Re 16.33. O baal introduzido em Israel por Acabe foi Baal-Melkart. Mas havia
outros como Baal-Zebube, o nome Belzebu (usado frequentemente no Novo Testamento
para definir o príncipe dos demônios) nada mais é do que uma pronúncia mais
fácil do mesmo nome.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Tanto no Antigo como em o
Novo Testamento as Escrituras condenam o casamento misto.
II. OS AGENTES DA APOSTASIA
1. Acabe. Onri, pai de Acabe e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874
a.C, política e militarmente, Onri foi muito bem sucedido. A pedra moabita, ma
inscrição de um dos vizinhos de Israel, declara que Onri subjulgou Moabe e
capturou Medeba. Muito mais tarde, os anais do rei assírio, Tiglate-Pileser III
(cerca de 732 a.C.) continuavam descrevendo Israel como “casa de Onri”. Mas foi
um desastre como líder espiritual do povo de Deus (1 Rs 16.25,26). Acabe foi um
rei politicamente forte e muito poderoso, mas muito fraco na moralidade
pessoal. Ele fez alianças com Fenícia, Judá e Síria e levantou Israel como uma
nação. No entanto, ele permitiu que sua esposa e rainha, Jezabel, uma mulher
estranha para Israel, tanto na nacionalidade quanto na prática religiosa,
promovesse idolatria em Israel. Isso provocou a ira de Deus e levou à queda de
Acabe. O pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi
um seguidor de Jeroboão, filho de Nebate (1 Rs 16.26) e também ter aderido aos
maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa, Jezabel (1 Rs 16.31). Ele
juntou-se a sua rainha na prática de idolatria, no entanto se humilhou diante
de Deus ocasionalmente. Ele morreu em batalha em 853 a.C. Devemos ser imitadores
do que é bom e não daquilo que é mau.
2. Jezabel. Do hebraico, 'Iyzebel, “casta”,
todavia essa rainha é conhecida na história bíblica como mulher impudica e
idólatra. Talvez, ela tenha sido uma alta sacerdotisa do culto à deusa Astarte,
divindade consorte de Baal. No culto a esses deuses eram praticados todos os
tipos de orgias e, embora a Lei Mosaica proibisse o casamento com povos pagãos,
Acabe contraiu essa aliança com a mais poderosa e vil mulher da Fenícia. Uma
das primeiras iniciativas da rainha Jezabel foi exterminar os profetas do
Senhor e colocar no palácio os sacerdotes, sacerdotisas e profetas de Baal e Astarte.
Depois, preocupou-se em matar os poucos servos de Deus que lhe resistiam o
poder inconteste. Assim, começa a perseguir Elias, o único profeta ainda a lhe
resistir o poder publicamente (1Rs 18 e 19) e, mais tarde, o indefeso Nabote
(1Rs 21.14) [c].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Em Israel, Acabe e Jezabel
foram os agentes mais eficazes da apostasia.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA
APOSTASIA
1. A perda da identidade
nacional e espiritual. O profeta Elias
desafiou o povo a deixar de coxear entre dois pensamentos. As palavras de
Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” (1 Rs 18.21), revela a
crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baal havia
sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente
dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor? Sabemos
pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores,
mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre
fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa
identidade. Muitas pessoas em nossos dias precisam responder à mesma pergunta
que Elias fez no Monte Carmelo. Talvez quando você ouvir isto, perceberá que é
um daqueles que tentam ficar em cima do muro, quando se apresenta a palavra de
Deus. De um lado, você vê as crenças costumeiras e as tradições religiosas do
povo. Talvez você tenha confiança no fato que foi batizado e educado na fé
tradicional de seus pais e avós. Talvez você confie na sabedoria e no conhecimento
de seu pastor ou padre. Você pode reconhecer o fato que as doutrinas dele nem
sempre concordam totalmente com a Bíblia, mas você se agarra a essa fé
tradicional porque ele é o pastor e você é uma ovelha submissa[d].
2. O julgamento divino. Nesse contexto de reis ímpios e idólatras – Surge Elias – o profeta. É um
dos personagens bíblicos mais extraordinários e comoventes da Bíblia. Era um
homem simples em sua aparência e no vestir. Em 2 Rs 1.8 temos: “Homem vestido
de pelos, com os lombos cingidos com um cinto de couro....” Como tal, é um protótipo
de João Batista. No Novo Testamento, quando os evangelhos narram a transfiguração
de Jesus .... Elias apareceu junto com Moisés. Ele era Tesbita ou seja ....
natural de Tisbe, que se encontrava na região de Gileade, situada a leste do
Rio Jordão [e]. Elias foi chamado para servir como porta-voz
de Deus na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte
posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em
Jerusalém. [...] Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de
uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia
ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em
seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse
lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne
milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse "ribeiro"
(nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o
suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído
a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva
de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das
chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de
Deus foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi
restaurado à vida" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009, pp.628-29) [f].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As consequências da apostasia
à nação de Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o
julgamento divino.
IV. APOSTASIA
1. Um perigo real. Apostasia (Gr απόστασις [apóstasis], "estar
longe de") não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à
sua fé e à prática religiosa. Tem o sentido de um afastamento definitivo e
deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação.
Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. O termo grego é definido como
decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que
antes se estava ligado. À época do rei Acabe, esse abandono deliberado da nação
do culto à YAHWEH para seguirem aos deuses cananeus é exemplo crasso de
apostasia. Apostatar, no Novo Testamento, é afastar-se de Deus como resultado
de uma mudança de pensamento, e levantar-se em rebelião aberta contra ele e
contra a sua verdade revelada, com o objetivo de pervertê-la. Os escritores do
Novo Testamento continuamente advertem os crentes quanto aos perigos da
apostasia. Em suas cartas, Paulo frequentemente trata do assunto. Aos
Colossenses, o apóstolo assegura que os crentes serão apresentados diante de
Deus, santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se não se afastarem do Evangelho
que lhes havia pregado (Cl 1.22,23). Aos Tessalonicenses Paulo relembra o
surgimento da apostasia, substanciada na aparição do anticristo, precedendo o
fim (2Ts 2.3). O apóstolo descreve esse evento futuro em termos de um desvio e
rebelião contra a verdade. A apostasia não é, entretanto, um fenômeno reservado
apenas para o fim dos tempos. Desde o início da presente era, os últimos
tempos, ela tem estado em operação, conforme Paulo ensina nas Pastorais,
referindo-se a mestres que apostataram da fé, seguindo doutrinas de demônios
(1Tm 4.1), os quais se desviaram da fé professando o falsamente chamado “saber”,
uma provável referência de Paulo ao gnosticismo (1Tm 6.21), levados pela cobiça
(1Tm 6.10). Paulo os considera “homens desviados da verdade” (Tt 1.14)[g].
2. Um mal evitável. O Juízo divino, proferido através de Elias, mudou a
atitude de Acabe. Os atos de rasgar as vestes e de usar pano de saco eram
sinais de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37.34; 2Sm 3.31; 2Rs 6.30;
Lm 2.10; Jl 1.13). Essa atitude de Acabe retardou o castigo. Deus reviu a
punição que tinha decretado em 1Rs 21.21-24. A penalidade não foi rescindida,
mas foi adiada por uma geração, devido à misericórdia de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A apostasia é um perigo real,
mas também é um mal evitável através da vigilância do crente.
CONCLUSÃO
A Bíblia adverte fortemente quanto à
possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de
abandonar nossa união com Cristo, como para nos motivar a perseverar na fé e na
obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve
ser enfraquecido pela idéia que afirma: “as advertências sobre a apostasia são
reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências
são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las
um alerta, se quisermos alcançar a salvação final. John Owen destacou três
áreas nas quais a apostasia normalmente começa: doutrina, estilo de vida e
adoração. Owen relacionou a apostasia doutrinária com a falta de experiência
cristã. Ele disse que quando alguém não tem uma experiência de necessidade
pessoal, nenhum senso da justiça de Deus, nenhum vislumbre da glória de Deus,
nenhuma submissão à soberania de Deus e nenhum temor à Palavra, então a
apostasia estará logo ali na próxima esquina. Owen ressaltou que um estilo de
vida sem santidade é mais capaz de levar a apostasia do que o abandono das doutrinas
cristãs. Ele enxergava tanto o legalismo quanto a falta de normas como
eventuais caminhos para a apostasia. Owen também argumentou que se negligenciarmos,
não obedecermos ou acrescentarmos regras além do necessário à adoração, a
apostasia não tarda a chegar. Isso realmente deve ser pregado antes que a apostasia
ocorra, para evitar que as pessoas sejam pegas de surpresa quando de fato
acontecer. Todo o Antigo Testamento é a história da apostasia de Israel. No
Novo Testamento, vemos apostatas como Judas e Demas. Alguns em Corinto negaram
a ressurreição e alguns na Galácia voltaram à lei como forma de salvação. Não é
surpresa que os Apóstolos alertavam a igreja quanto a essa possibilidade (Atos
20.29,30; 1 Coríntios 11.19; 1 Timóteo 4.1; Judas; 1 João 2.19). Esta lição
deve nos encorajar, em qualquer esfera de atuação no Corpo de Cristo, a delatar
qualquer indício de apostasia, por parte de qualquer membro deste Corpo. N’Ele,
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem
de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Novembro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a
lição, quais foram as causas da apostasia?
R. O casamento misto e a institucionalização
da idolatria.
2. De que forma
Acabe e Jezabel se tornaram agentes da apostasia em Israel?
R. Promovendo a adoração ao falso deus Baal e
procurando suplantar o verdadeiro culto a Deus.
3. A apostasia
trouxe como consequência a perda da identidade nacional e o julgamento divino.
De que forma Deus usou Elias para atuar nesse processo?
R. Deus usou o profeta para predizer um
período de grande fome e dessa forma fazer o povo refletir sobre o seu pecado.
4. Sobre o rei
Acabe, o que o cronista destaca?
R. Que “ninguém houve, pois, como Acabe, que
se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher,
o instigava” (1 Rs 21.25).
5. Faça um breve
comentário sobre os perigos da apostasia.
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
OBRAS CONSULTADAS:
[a] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota 1Rs 16.31, p. 416;
[b] -. http://cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/?POST_1_10_JEZABEL:+INTRIGANTE+RAINHA.html;
[c] -. Ibdem [b];
[d] -. http://www.estudosdabiblia.net/d36.htm;
[e] -. http://www.ipiavare.org/2008/modelo.php?id=42&autor=Levi%20Franco%20Alvarenga&tipo=estudosbiblicos&assunto=Serm%F5es%20&%20Estudos%20B%EDblicos;
[f] -. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-eemp-1tr13-aapostasianoreinodedeus.htm;
[g] -. http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII__2003__2/a_nicodemus.pdf;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota 1Rs 16.31, p. 416;
[b] -. http://cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/?POST_1_10_JEZABEL:+INTRIGANTE+RAINHA.html;
[c] -. Ibdem [b];
[d] -. http://www.estudosdabiblia.net/d36.htm;
[e] -. http://www.ipiavare.org/2008/modelo.php?id=42&autor=Levi%20Franco%20Alvarenga&tipo=estudosbiblicos&assunto=Serm%F5es%20&%20Estudos%20B%EDblicos;
[f] -. http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-eemp-1tr13-aapostasianoreinodedeus.htm;
[g] -. http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII__2003__2/a_nicodemus.pdf;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
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Francisco de Assis Barbosa