TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5).Fronte: Era costume entre as
prostitutas romanas usarem ao redor da cabeça uma tira que continha o seu nome
(cf. Jr 3.3), a fim de exibir aos olhos de todos a própria desonra. A fronte da
prostituta traz o emblema de um tríplice título descritivo do último sistema
religioso do mundo;
Mistério: Um mistério
neotestamentário é uma verdade anteriormente velada, revelada no Novo Testamento.
A verdadeira identidade da Babilônia ainda está por ser revelada. Assim, os
detalhes exatos de como ela será manifestada ao mundo não são ainda conhecidos.
Babilônia, a Grande: Essa
Babilônia é distinta da cidade de Babilônia histórica e geográfica (que ainda
existia no tempo de João). O s detalhes da visão de João não podem ser
aplicados a nenhuma cidade histórica.
MÃE DAS MERETRIZES: Toda falsa
religião encontra, em última análise, suas raízes em Babel, ou Babilônia (Gn 11).
VERDADE PRÁTICA
A igreja
deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve
ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de
Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 17.1-6
INTRODUÇÃO
O Apocalipse
é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar “as coisas
que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b). Por ser de natureza escatológica, o
livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer que, nesta
lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os eventos da
Grande Tribulação. Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais
do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que vivemos.
- O termo grego do qual a palavra "apocalipse"
provém significa, literalmente, "desvendar ou revelar". Quando se refere
a uma pessoa, significa que ela se torna claramente visível. Os Evangelhos
desvendam a vinda de Cristo em humilhação; Apocalipse o revela na exaltação:
1) em ardente glória (vs. 7-20);
2) sobre sua igreja, com o Senhor dela (caps. 2—3);
3) na sua segunda vinda, com o aquele que retoma a
terra do usurpador, Satanás, e estabelece o seu reino (caps. 4—20); e
4) dá início ao estado eterno (caps. 21—22).
O s escritores do Novo Testamento ansiosamente
antecipam esse desvendamento (1Co 1.7; 2Ts 1.7; 1Pe 1.7). Como recompensa da
perfeita submissão e expiação de Cristo, o Pai agora o presenteia com a grande
crônica de sua futura glória (cf. Fp 2.5-11). Os leitores espreitam a dádiva
desse livro do Pai para seu Filho. Em breve, termo empregado aqui no v. 1, significa
primariamente "logo" (cf. 2.5,16; 3.11; 11.14; 22.12; 2Tm 4.9)
sublinha o iminente retorno de Cristo.
Nessa seção uma forte ênfase é dada à grande
Babilônia. Isso, porque esse foi e é um tema fundamental para a igreja de
Cristo. o fato dessa ser a mais longa de todas as visões do Apocalipse revela a
importância que o tema “Babilônia” tinha e tem para as igrejas.
O livro de Apocalipse nos mostra cinco inimigos de
Cristo: O dragão, o anticristo, o falso profeta, a grande meretriz e os homens
que têm a marca da besta. Esse quadro é apresentado nos capítulos 12 a 14.
João recebe uma visão e ele pode contrastar essa
visão com outra (21:9). Ele é chamado para ver a queda da falsa igreja e o
triunfo da igreja verdadeira.
I. BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
1. A Grande Prostituta. A personagem é apresentada
como a grande meretriz com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2).
No texto bíblico destacam-se três termos gregos: pórne (prostituta); pornéuo
(prostituir-se); e porneia (prostituição). Na mensagem dos profetas do Antigo
Testamento, essas expressões apontam para a idolatria, isto é, a prostituição
espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5). Em Apocalipse, as muitas
águas onde a prostituta se assenta simboliza multidões seduzidas pela
idolatria, paganismo e sua oposição à fé cristã (Ap 17.15). Assim, a prostituta
é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso
representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5).
- Prostituição frequentemente simboliza idolatria ou
apostasia religiosa (cf. Jr 3.6-9; Ez 16.30ss.; 20.30; O s 4.15; 5.3; 6.10;
9.1). Nínive (Na 3.1,4), Tiro (Is 23.17) e até mesmo Jerusalém (Is 1.21) também
são retratadas como cidades meretrizes. Figuradamente “sentada sobre muitas águas”, enfatiza o poder soberano da meretriz.
A figura é de um governante sentado no trono, dominando as águas, que simbolizam
as nações do mundo (veja v. 15). A meretriz se aliará aos líderes políticos do
mundo. Aqui prostituição não se refere a pecado sexual, mas a idolatria. Todos
os governantes do mundo serão absorvidos pelo império do falso cristo de Satanás,
vinho da sua devassidão. A influência da meretriz se estenderá para além dos
governantes do mundo para incluir o restante da humanidade (cf. v. 15;
13.8,14). A imagem não descreve vinho e pecado sexual como tais, mas retrata o
povo do mundo sendo engolfado na intoxicação e no pecado de um falso sistema de
religião.
A religião prostituída está presente em todos os
povos. Onde Deus tem uma igreja verdadeira, Satanás levanta a sua sinagoga. A
Babilônia não é apenas cultura sem Deus, mas também cultura contra Cristo. Ela
sempre entra em conflito com os seguidores do Cordeiro. Ela sempre tomará um
rumo anticristão se a igreja for verdadeiramente igreja.
2. A Mulher e a besta Escarlata. A mulher montada sobre a Besta
é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a). Ela se veste de púrpura e de
escarlata (Ap 17.4a) o que significa reinado e luxo (Mt 27.28; Mc 15.17; Lc
16.19). Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas e pérolas (Ap 17.4b), o
que sinaliza o materialismo e o poder econômico. O cálice em sua mão diz
respeito às abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c), o que
representa toda a forma obscena e impura de contaminação moral e espiritual da sociedade.
A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1).
Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2 Ts
2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo
(Ap 13.6; 17.3b). Suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do
mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro
(mulher) e a montaria (besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso,
econômico e político do “espírito da Babilônia”.
- A meretriz do v. 1, Babilônia, besta escarlate. O
anticristo (cf. 13.1,4; 14.9; 16.10), que durante algum tempo apoiará e usará o
falso sistema religioso para obter a unidade do mundo. Depois assumirá controle
político (cf. v. 16). Escarlate é a cor da luxúria, do esplendor e da realeza
Por causa de sua autodeificação estará repleta de nomes da blasfêmia (cf. 13.1;
Dn 7.25; 11.36; 2Ts 2.4). “com sete
cabeças e dez chifres” retrata a extensão das alianças políticas do
anticristo. Púrpura e de escarlata são cores da realeza, da nobreza e da
riqueza. A mulher é retratada como uma prostitua que se aplicou no seu negócio
com sucesso e ficou extremamente rica. Prostitutas muitas vezes se vestem com
roupas finas e usam preciosas joias a fim de seduzir suas vítimas (cf. Pv
7.10). A prostituta religiosa Babilônia não é diferente, adornando-se para
atrair as nações para sorverem em seu cálice de ouro, mais um a evidência da
grande riqueza da prostituta (cf. Jr 51.7); mas o ouro puro é contaminado pela
sujeira de sua imoralidade. Assim como uma prostituta primeiramente embriaga a
sua vítima, do mesmo modo o sistema prostituto engana as nações para cometer
fornicação espiritual com ela. A religião prostituída, o mundo, faz ostentação
da sua riqueza e do seu luxo. Este quadro é uma descrição perfeita do mundo à
parte de Cristo, blasonando sobre sua riqueza, alimentação, banquetes, carros,
equipamentos, vestuário e toda a sua beleza e glória. A meretriz é atraente e
repulsiva ao mesmo tempo.
3. Mistério: a Grande Babilônia. Na sequência da revelação, o nome
da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a). O termo
“mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas
simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto
alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b).
Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da
sociedade. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das
testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a
desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas
de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema
global deliberadamente anticristão.
- Como já explicado acima, o termo “Mistério”
significa algo não revelado. Essa Babilônia é distinta da cidade de Babilônia
histórica e geográfica (que ainda existia no tempo de João). O s detalhes da
visão de João não podem ser aplicados a nenhum a cidade histórica. Toda falsa
religião encontra, em última análise, suas raízes em Babel, ou Babilônia (cf. G
n 11).
Essa meretriz é personificada como a cidade de Roma na
época de João (17:18). A cidade imperial atraía com seus prazeres os reis das
nações. Roma era uma cidade louca pelos prazeres. No fim, a besta vai se voltar
contra essa própria igreja apóstata para destruí-la, visto que desejará ser
adorada como se fosse Deus (17:16).
II. O ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1. No sistema religioso. O “espírito da Babilônia” faz com
que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2). Nesse
sentido, o culto ao ego torna o ser humano amante de si mesmo, do dinheiro e
dos deleites (2 Tm 3.2-4). Além disso, o argumento de “liberdade” estimula a
devassidão por meio do afrouxamento da moral (2 Pe 2.19); o ecumenismo
doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl 1.6,8); o relativismo rejeita
a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (2 Tm 4.3); o humanismo
reinterpreta e ressignificar os mandamentos divinos (2 Pe 3.16); o sincretismo
mistura o sagrado e o profano (2 Co 6.16,17). Assim, tudo passa a ser permitido
e a verdade é desconstruída (2 Tm 3.7). Em consequência disso, a Igreja
verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9).
- A grande meretriz é conhecida pela sua sedução
(17:2,4,5). A igreja falsa sempre se uniu aos reis e governos mundanos numa
relação promíscua e devassa.
O estado sempre procurou se unir à religião para conseguir
os seus propósitos. Essa meretriz não se prostitui apenas com os reis, mas dá a
beber do vinho da sua devassidão a todos os habitantes da terra. Ela é uma
religião popular. Ela atrai as multidões. Ela não impõe limites.
As heresias, o liberalismo e o sincretismo são
expressões dessa grande meretriz que seduz os homens a viverem na impiedade e
na devassidão. A Babilônia simboliza a concentração do luxo, do vício, e do
encanto deste mundo. E o mundo visto como a personificação da “concupiscência
da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 Jo 2:16).
O copo é de ouro, mas no interior do copo tem devassidão
(17:4b). O significado disso é a baixa moral mundana contraposta aos elevados
padrões morais das Escrituras. Sensualismo desenfreado, o luxo, a fama, o poder
mundano, as concupiscências da carne, a liberdade para dar vazão aos desejos
mais recônditos do coração caído e à parte do Criador. Os governos anticristãos
não destroem todos os edifícios da igreja, ao contrário, mudam alguns deles em lugares
de diversão mundana. O mundo ao mesmo tempo que seduz os ímpios, persegue os
cristãos. A ordem de Deus para os fiéis é sair do meio dela (18:4).
2. No sistema político e cultural. O “espírito da Babilônia” exerce
forte influência na política e na cultura (Mt 13.38;1 Jo 5.19). Pautas
progressistas de inversão de valores são impostas em afronta à cultura cristã,
tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas e da
prostituição (Is 5.20). Logo, o patrulhamento ideológico estigmatiza como
“fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas (Lc 6.22; 1Pe 4.4); há censura
contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; 1 Tm 6.3-5); a grande
mídia, as artes, a literatura e a educação promovem o doutrinamento contrário à
fé cristã (Jo 15.19). Coagida pelo “politicamente correto”, a sociedade
assimila e defende a “nova cultura” (1Jo 4.5,6). Nesse contexto, cristãos são
perseguidos e julgados (Lc 21.16,17).
- A grande meretriz é conhecida pela sua violência
(17:6). A meretriz que vive no luxo tem duas armas: sedução e perseguição. Ela
seduz, mas também mata. Ela atrai, mas também destrói. Ela está embriagada não
de vinho, mas do sangue dos santos e dos mártires. Não podemos fazer distinção
entre o sangue dos santos e o sangue dos mártires. Eles são santos porque
pertencem a Deus; são mártires porque morreram por ele.
A Babilônia não é apenas cultura sem Deus, mas também
cultura contra Cristo. A Babilônia é o mundanismo em todo tempo, em todo lugar,
que seduz e destrói aqueles que amam a Deus. A meretriz é aquela que sempre se
opõe à Noiva. A meretriz sempre quis destruir a Noiva do Cordeiro. Ela tem
perseguido e matado muitos crentes ao longo da história. Essa meretriz era Roma
nos dias de João (17:18). Os santos eram despedaçados em seus circos para a
diversão e passatempo do público.
Não demora muito, e “o povo do Livro” também será
perseguido, execrado; o Santo Livro será proibido ou modificado, pois suas
pautas morais impedem o pleno exercício da liberdade mundana. Não se admirem
se, em dentro de cinco anos, a Bíblia seja proibida e considerada subversiva,
homofóbica e perigosa!
3. No sistema econômico. O Livro de Apocalipse registra
o enriquecimento dos mercadores por meio da exploração da luxúria e da
licenciosidade do “espírito da Babilônia” (Ap 18.3). Ele mostra como o comércio
e o governo subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder (Mq 2.1-3; Ap
18.12,13); as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e
imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11); a sociedade é extorquida em
troca da satisfação dos prazeres pecaminosos e consumismo desenfreado (Is 55.2;
Lc 12.15). Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a autossuficiência
conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1 Tm 6.9,10, 17) e os que
controlam a economia impõe embargos, tributos e multas em desfavor do cidadão
impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17).
- O sistema religioso e econômico da Babilônia poluiu
o mundo todo. Esse sistema intoxicou as pessoas do mundo inteiro, levando as
pessoas a adorarem o dinheiro e se prostrarem diante de outros deuses. Os
homens tornaram-se mais amantes dos prazeres do que de Deus (2 Tm 3:4). O
dinheiro é o maior senhor de escravos do mundo. Ele é mais do que uma moeda ou
um instrumento de transação comercial, ele é um deus. Os homens embriagados
pelo espírito da Babilônia amaram o mundo e as coisas que há no mundo. Foram
dominados pela concupiscência dos olhos, da carne e pela soberba da vida (1 Jo
2:15-17). Mas esses prazeres jamais puderam satisfazer o coração dos homens. No
dia em que esse sistema cair, eles ficarão totalmente desolados.
III. A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1. Não negociar a ortodoxia bíblica. A palavra ortodoxia vem do
grego orthos que significa “correto” e da expressão dóxa, do verbo dokéo, com o
sentido de “crer”. A junção dos termos traz a ideia de “crença correta”. Nesse
aspecto, a ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como a suprema e
inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Por conseguinte, a Igreja
precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável (Sl 100.5;
Mt 24.35). Assim, por meio do estudo bíblico, sistemático e doutrinário,
torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito da Babilônia”
e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã com mansidão,
temor e boa consciência (1 Pe 3.15,16).
- “Vivemos em
um mundo cheio de reivindicações de verdades concorrentes. Todos os dias, somos
bombardeados com declarações de que uma coisa é verdadeira e a outra, falsa.
Dizem-nos no que acreditar e no que não acreditar. Pedem-nos que nos
comportemos de um jeito ao invés de outro. Em sua coluna mensal “O que eu sei
com certeza”, Oprah Winfrey nos diz sobre como lidar com as nossas vidas e
relacionamentos. A página editorial do New York Times nos diz regularmente qual
abordagem devemos usar nas grandes questões morais, jurídicas ou de políticas
públicas de nossos dias. Richard Dawkins, o ateu e evolucionista britânico, nos
diz como pensar a respeito de nossas origens históricas e nosso lugar no
universo.” https://ministeriofiel.com.br/artigos/sola-scriptura/
Um
dos brados da Reforma Protestante foi “somente as Escrituras - Sola Scriptura. O
termo Sola Scriptura é o princípio segundo o qual a Bíblia tem absoluta
primazia, sendo ela a única regra de Fé e Prática que todo ser humano deve
seguir.
A
ordem de Deus é para Sua igreja sair desse sistema do mundo (18:4). Em todo o
tempo, a igreja de Deus deve apartar-se do mal, do sistema do mundo, da falsa
religiosidade. No pecado nunca existe verdadeira comunhão. Não ganhamos o mundo
sendo igual a ele. Esse êxodo ou sair não é geográfico, assim como essa Babilônia
não é geográfica. Essa Babilônia não é nenhuma cidade específica da terra,
visto que o povo de Deus está espalhado por todo o mundo. Esta Babilônia tem dimensões
mundiais. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Sair da Babilônia significa
não participar dos seus pecados, não ser enganado por suas tentações e
seduções.
2. Formar o caráter de Cristo. O caráter cristão refere-se à nova
vida, modo de pensar e agir daqueles que pertencem a Cristo (Ef 4.22-30). Nesse
aspecto, torna-se necessário enfatizar que é o Fruto do Espírito que desenvolve
o caráter do salvo (Gl 5.22-25). Jesus ensinou que é pelo fruto que se conhece
uma árvore (Mt 12.33). Não por acaso, o apóstolo Paulo observa que o melhor
antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17). A
falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela
carne (Jd 1.12,13). Portanto, a igreja que prima pelo estudo e aplicação da Palavra
de Deus produz crentes espiritualmente maduros, capazes de resistir o “espírito
da Babilônia” presente no cenário global (Rm 8.35,38,39).
- Caráter é como uma marca impressa que distingue o
ser humano, é a soma total de todas as influências positivas ou negativas
aprendidas no decorrer da vida. Ele se manifestará através de valores,
motivações, atitudes e sentimentos. O caráter refletirá os traços da natureza
pecaminosa (influenciado pelo mundo), ou os traços da natureza divina
(influenciado pela Palavra de Deus). Em Hebreus 1:3 está escrito que Cristo é o
próprio caráter de Deus “O qual, sendo o
resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa”. O caráter de
Deus que foi impresso em Jesus Cristo precisa ser impresso nos discípulos (nós)
para que, desta forma, o mundo creia em Deus. Nossa primeira decisão é crer e
depois sermos feitos conforme a Sua própria imagem, sendo assim identificados
como cristãos “Porque os que dantes
conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho”
Romanos 8:29, “Assim como tivemos a
imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial” 1
Coríntios 15:49. O propósito de Deus é que o ser humano se torne à imagem do
seu Filho, o Senhor Jesus Cristo.
Participar da Babilônia significa ser igual a ela e
afundar-se com ela. O crente não pode tornar-se participante dos pecados do
mundo. Ele é santo, separado, diferente. Ele é sal e luz. Ele foi resgatado do
mundo. Está no mundo, mas não é do mundo. Agora é luz no meio das trevas.
3. Aguardar a volta de Cristo. A dispensação da graça termina com
o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulação (1 Co
15.51,52; 1 Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2 Ts 2.6-10). Acerca dos sinais que precedem
a volta de Cristo, destacamos: a apostasia, a inversão de valores, perseguição,
guerras, fomes, pestes e terremotos (Mt 24.5-12,24; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Diante
desses eventos, o cristão é exortado a não viver despercebido, mas a esperar o
seu Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33). Ainda, requer-se do salvo,
enquanto aguarda a bendita esperança, a renúncia à impiedade, às paixões
mundanas e a viver neste presente século uma vida de autodomínio, integridade e
santidade (Tt 2.12,13).
- São os filhos de Deus que aguardam a volta de
Cristo, Sua manifestação. Os filhos de Deus são aqueles que creem no nome de
Jesus (João 1.12). Os filhos de Deus são alvos do amor de Deus e é justamente
por isso que o mundo não os conhece (1 João 3.1). Inclusive, somos informados
pelo próprio Senhor Jesus que os amados do Pai são odiados pelo mundo (João
15.18, 19). Jesus Cristo virá buscar aqueles que receberam o amor do Pai para
serem completamente transformados à Sua semelhança. O texto de 1 João 3.2, 3
deixa claro que somos filhos de Deus, mas que ainda existem aspectos de quem
somos que não foram completamente manifestos. A consumação de nossa salvação se
dará na segunda vinda de Jesus. Por isso, ansiamos pela Sua volta, nossa
esperança e salvação.
Aguardar a volta de Cristo não é uma experiência
abstrata ou mística. A Palavra de Deus coloca a postura de quem aguarda a volta
de Cristo em termos práticos: “E a si
mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro”
(1 João 3.3). João chama o cristão a esperar
pela manifestação de Jesus Cristo em santidade.
CONCLUSÃO
Vivemos um
período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência na sociedade
global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico, cultural e
religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias
aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio, é dever da
Igreja oferecer resistência ao mal (2 Ts 2.6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mt
28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se para a vinda
do Senhor (Hb 12.14).
- Os prazeres do mundo terminam em desilusão, fracasso,
ruína, derrota e perdição eterna. Aqueles que se deixam seduzir pela riqueza,
prazeres do mundo, ao fim, estarão fascinados pela besta em vez de serem
seguidores do Cordeiro. Aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida
enfrentarão vitoriosamente tanto a sedução do mundo como a sua violência. Eles
vencerão com o Cordeiro, pois a vitória de Cristo é completa e final!
REVISANDO O CONTEÚDO
1-
O que o termo “Mistério” indica? R.
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico,
mas simbólico.
2-
O que é o “espírito da Babilônia”? R. O “espírito da Babilônia” é um sistema global
deliberadamente anticristão.
3-
Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no
sistema religioso.
R. O relativismo e o sincretismo.
4-
Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no
sistema político e cultural. R.
Patrulhamento ideológico e o politicamente correto.
5-
Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no
sistema econômico.
R. Exploração da luxúria e a extorsão da sociedade.