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14 de dezembro de 2020

4 Tri 20 | Lição 12 Quando Deus se Revela ao Homem | Pb Francisco Barbosa

 

 

4º TRIMESTRE 2020

ANO 13 | EDIÇÃO Nº 685

L  I  Ç  Ã  O

 

Quando Deus se

12

Revela ao Homem

20 DEZ 20

A Fragilidade Humana e a Soberania Divina







LIÇÕES BÍBLICAS CPAD REVISTA ADULTOS  -  QUARTO TRIMESTRE DE 2020

 

Texto Áureo

“Então, o SENHOR respondeu a Jó desde a tempestade.” (Jó 40.6)

 

Verdade Prática

Mesmo transcendente, e distinto de sua criação, Deus se revela ao homem mortal

 

Leitura Bíblica em Classe

Jó 38.1-4;39.1-6; 40.15-18,24; 41.1-3

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição vamos estudar como Deus se revelou a ló e dialogou com o patriarca (Caps. 38- 41). Esse episódio marca o ápice do Livro de Jó, pois mostra a quebra do silêncio divino. Ao longo desse estudo veremos que as respostas de Deus não são precisas, segundo a objetividade que os humanos esperam. Jó, portanto, é desafiado a comparar sua habilidade e sabedoria com as divinas e a responder quem, de fato, age com justiça no mundo.

- Repetidas vezes Jó pediu que Deus comparecesse a um tribunal para comprovar a sua inocência. Deus finalmente veio para interrogar Jó a respeito de alguns comentários que ele havia feito a seus próprios acusadores. O Senhor estava prestes a se tornar o justificador de Jó, mas, primeiro, o levou a uma correta compreensão do seu ser. arei. Deus calou a arrogância de ló em constantemente desejar lhe fazer perguntas, tornando-se seu questionado. Deve ser observado que Deus nunca contou a Jó a razão do seu sofrimento, o conflito entre ele e Satanás, que havia sido o motivo para a sua provação. Ele nunca deu a Jó nenhuma explicação sobre as circunstâncias de suas aflições. Deus fez uma única coisa cm tudo o que disse: Perguntou se Jó era eterno, grande, poderoso, sábio e perfeito como ele. Se não, teria sido melhor que Jó ficasse calado e confiasse nele.

- Russell Norman Champlin escreve em ‘Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo’ (Hagnos): “Nessa confrontação com o Ser divino, encontramos a mais longa declaração feita por Deus, na Bíblia. Os críticos louvam a excelência das ideias e o modo de expressão. “Sua exuberante exaltação das maravilhas de Deus na natureza excede todas as outras exclamações de Seu poder criativo. Não admira que Jó tenha silenciado, humilhando-se e arrependendo-se!” (Roy B. Zuck, in loc.). Estamos tratando com um grande livro de poesia, que atingiu o clímax nos discursos que se seguem. A excelência poética das ideias e expressões do livro de Jó garantiu sua preservação através dos séculos, reservando para ele uma posição permanente no cânon hebraico das Sagradas Escrituras”. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2018).

- E o Comentário Bíblico Beacon (CPAD), comenta: “Jó deseja ter uma oportunidade de estar diante de Deus para poder justificar-se. Parece que ele acha que pode apelar para a natureza moral de Deus a fim de neutralizar a inimizade que Deus aparentemente exerce contra ele. E acerca dessa questão que Deus fala com Jó. Ele não entra numa disputa judicial com Jó, mas mostra a ele o verdadeiro relacionamento que sempre deve existir entre Deus e o homem, entre o infinito e o finito”. (Milo L. Chapman. Comentário Bíblico Beacon. Jó. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 88). Vamos pensar maduramente a nossa fé?

 

I – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PESSOAL

 

1. O Deus que tem voz. O Altíssimo havia falado nos dois primeiros capítulos, mas essa fala era totalmente desconhecida por Jó e seus amigos ao longo do livro. Assim, até o capítulo 38, houve muitas falas sobre Deus. Jó falou, sua mulher e seus amigos falaram. Todavia, Deus mesmo no falou durante todo esse período. Ele estava o tempo todo presente, mas sem dizer nada a Jó. Até que quebrou o silêncio: “Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho” (Jó 38.1).

- Finalmente Jó se encontra diante de Deus no tribunal. É importante frisar que, apesar do comentarista utilizar “Altíssimo” pare designar Deus, no texto bíblico o Senhor da aliança – Yaweh (Eu Sou o que Sou), foi o nome usado para Deus no prólogo do livro, onde o leitor foi apresentado a Jó e seu relacionamento com Deus, todavia, nos capítulos 3 ao 37, o nome Yaweh não é usado. Deus é chamado de El Shaddai, o Deus Todo-Poderoso. Nesse livro, a mudança toma-se um modo de ilustrar que Deus esteve separado e distante. O relacionamento fica restaurado em termos profundos quando Deus se revela a Jó usando o seu nome da aliança aqui, no texto em estudo.

- Como comenta Matthew Henry em ‘Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão’ (CPAD): “Observemos aqui: 1. Quem fala – é o Senhor, Jeová, não um anjo criado, mas o próprio Verbo eterno, a segunda pessoa da bendita Trindade, pois é por Ele que os mundos foram criados, e Ele não é outro; é o Filho de Deus. Aqui, fala a mesma pessoa que, posteriormente, falou do monte Sinai. Aqui, Ele começa com a criação do mundo, ali, com a redenção de Israel do Egito, e de ambas podemos deduzir a necessidade da nossa submissão a Ele. Eliú tinha dito: Deus fala aos homens, e “ninguém atenta para isso” (Jó 33.14); mas eles não puderam deixar de perceber isto, e temos a palavra mui firme dos profetas (2 Pe 1.19). 2. Quando Deus falou: “Depois disto”. Depois que todos eles tinham falado, e ainda assim não tinham atingido o seu objetivo, então foi o momento de Deus (cujo juízo é de acordo com a verdade) se interpor. Quando não sabemos quem está com a razão, e talvez tenhamos dúvidas se nós mesmos podemos estar, isto pode nos satisfazer: o dia do Senhor está perto, no vale da Decisão (J1 3.14). Jó tinha silenciado seus três amigos, mas não pôde convencê-los da sua integridade. Eliú tinha silenciado Jó, mas não conseguiu levá-lo a reconhecer que tinha se comportado mal nesta contenda. Mas agora, Deus vem, e faz as duas coisas, convence Jó, primeiramente, de suas palavras imprudentes, e o faz clamar, Peccavi – Agi mal; e, tendo humilhado Jó, Deus o honra, convencendo seus três amigos de que tinham sido injustos com ele. Estas duas coisas Deus fará, mais cedo ou mais tarde, pelo seu povo: Ele lhes mostrará os seus erros, para que possam se envergonhar deles, e mostrará aos outros as suas justiças, e a exibirá como a luz, para que possam se envergonhar de suas censuras injustas a eles”. (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 185-186).

 

2. A poderosa manifestação de Deus. A cena, sem dúvida, é impactante, parecida com a da pesca maravilhosa (Lc 5.1-11). Quando Simão Pedro, após seguir a orientação de Jesus, pegou uma grande quantidade de peixes ao recolher as redes que havia lançado, imediatamente exclamou: “Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador” (Lc 5.8). A Majestade divina impactou Pedro. Não foi diferente com o patriarca Jó. Ele ouviu a voz que tanto ansiava por ouvir. O Altíssimo revelou-se pessoalmente. Jó estava diante de uma manifestação teofânica de Deus, e Este falava-lhe do meio de um redemoinho. Essa forma de manifestação divina é confirmada ao longo das Escrituras, como, por exemplo, com Moisés (Êx 19.16-19). Isso mostra que Deus não é impessoal. Pelo contrário, Ele é um Ser que se revela e fala com homens. Jó teve a sua vida transformada depois de ouvi-lo.

- Antes de destrinchar o subtópico, esclareço uma redundância: “uma manifestação teofânica de Deus”; Teofania é uma manifestação de Deus, tangível aos sentidos humanos, na forma que Ele quiser. Alguns eruditos, definem Teofania como uma manifestação de Deus aparecendo, seja em forma humana, seja através de fenômenos da natureza gran­diosos e impressionantes, como parece ser o caso aqui. Então, falar em ‘manifestação teofânica de Deus’ é redundante, bastando apenas dizer: uma Teofania.

- Sobre esta Teofania, CHAMPLIM em obra já citada, vai afirmar que: “A tempestade de Jó foi visionária, e não física e, pela mesma razão, avassaladora. ‘ De acordo com o uso bíblico, o redemoinho é o meio das teofanias e designa uma tempestade de natureza específica (cf. Naum 1.3; Zac. 9.14; Sal. 18.7-15; 50.3; Eze. 1.4 e Hab. 3). Note o nome divino Yahweh, que mostra que o autor tencionava falar a uma audiência formada por hebreus” (Samuel Terrien, in loc.). A versão caldaica contém fala em “redemoinho de tristeza”, expressão alegórica ou mística, não um redemoinho formado de elementos físicos. O Targum concorda com essa avaliação. Jó estava sujeito a grande manifestação divina, e não a uma tempestade literal de vento e chuvas”. (CHAMPLIN, pag. 2018). Já o Comentário Bíblico beacon, também já citado, contradiz e afirma o seguinte: “O Senhor (1) é Yahweh (Javé), o Deus dos hebreus. De um redemoinho é literalmente “de uma tempestade”. Não está claro se o autor teve a intenção de ser literal ou figurado na linguagem que usa. No entanto, é a linguagem bíblica da teofania (veja SI 18.8-12; Ez 1.4, 28; mas veja também 1 Rs 19.11-12)”. (BEACON, pag. 89).

 

3. O Deus que está presente. Expositores bíblicos destacam que Deus se revela como “Jeová’, o Deus do pacto. Entre os capítulos 3 e 37 aparecem várias referências a Deus como El Shaddai, o Deus Todo-Poderoso. Na teologia tradicional exposta pelos amigos de Jó essa era uma forma fria e distante de se referir a Deus. Um Deus que existe, mas que está longe dos homens. Dessa forma El Shaddai era, no entendimento deles, o nome que identificava Deus como forte e poderoso, mas distante e indiferente. Essa visão tradicional de Deus acabou por exaltar sua soberania, mas diminuir sua compaixão e misericórdia. Nesse contexto, Jó clama por encontrar a Deus, chegar ao seu trono (Jó 23.3,8,9). Esse era o grande dilema do homem de Uz: pensar que Deus o havia abandonado. O patriarca nada sabia dos bastidores celestiais, onde o Diabo apostou na sua falta de integridade. Ele não sabia a razão do silêncio de Deus, daí toda a sua angústia e desespero por se sentir sozinho e abandonado. Para ele, o Criador se escondeu para não ouvir sua defesa. Mas o grande propósito do Livro de Jó revela que, mesmo quando estamos às escuras, andando somente por fé, e não por vista, Deus está presente e próximo de nós.

- Sobre esta utilização dos nomes divinos, já foi comentado anteriormente. É importante ressaltar que, apesar de não haver uma relação clara da aliança, o relacionamento entre Jó e Deus tem semelhança com outros relacionamentos Deus/indivíduo nas Escrituras. Logo, está claro que o Deus a quem Jó clama, questiona e desafia, é o Deus do Êxodo, o Deus que protege o pobre e resgata o oprimido. Aquele que tem relacionamento com o ser humano desde o início com Adão e Eva, depois com Noé e Abraão, Moisés e Davi. Que alcança o Novo Testamento, trazendo uma nova aliança.

- CHAMPLIN explica: “EL-SHADDAI Esse nome divino também nunca aparece em nossa versão portuguesa, a exemplo de El-Roí e de outros. Todavia, diferente do caso de El-Roí, El-Shaddai não é um erro textual e, sim, um dos nomes autênticos de Deus, dentro do texto hebraico. A nossa versão portuguesa a traduz sempre por «Deus Todo-Poderoso». Algumas referências bíblicas são: Gên. 17:1; 28:3; 35:11; 43:14; Êxo. 6:3; Núm. 24:4,16; Rute 1:20,21; Sal. 68:15; 91:1; Joel 1:15; Eze. 1:24. Somente no livro de Jó, a expressão é usada por trinta e uma vezes. Ver o artigo geral sobre Deus, Nomes de, onde esse nome é amplamente ventilado. O elemento isolado, Shaddai, deve ser traduzido por «Poderoso». Tem raízes na palavra hebraica sadad, «violento». A Septuaginta traduz a expressão inteira por pantokrátor, «todo-poderoso». Conforme pensam alguns estudiosos, é possível que originalmente o nome indicasse algum deus tribal (que vide); mas, firmando-se o monoteísmo, tornou-se apenas um título para o verdadeiro Deus, entre outros títulos, na concepção dos hebreus. Os trechos de Deuteronômio 32:17 e Josué 24:2 podem ser entendidos como alusivos a uma época ainda politeísta em Israel. O politeísmo foi-se modificando para o henoteísmo e este, por sua vez, para o monoteísmo. Não há como negar que o conceito de Deus foi se aprimorando com a progressão da história e da revelação escrita. E isso sucedeu tanto em Israel como entre muitos outros povos. Há documentos egípcios que confirmam esse título, embora com a forma de Shadai-’ammi Há estudiosos que pensam que shaddai seria uma referência aos seios femininos, dando a entender, simbolicamente, a ideia de nutrição e força. É possível que as primeiras representações da divindade que usava esse nome tivessem o formato de uma figura com muitos seios. Diana dos Efésios (ver Atos 19:24), segundo a arqueologia tem demonstrado, era uma figura feminina com mais de uma dúzia de seios. Ver o artigo sobre Artemis. Todavia, no que toca ao nome El-Shaddai, tudo isso é pura conjectura de alguns”. (CHAMPLIN, pag. 4222).

 

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II – A REVELAÇÃO DE UM DEUS SÁBIO

 

1. Na mecânica celeste. Deus convida Jó a contemplar o universo e vê-lo como funciona (Jó 38). Há uma mecânica celeste que rege os fenômenos naturais de forma que garanta sua perfeita regência. O Criador desafia Jó a contemplar tudo isso e ver como seu funcionamento harmônico atende a um propósito superior. De fato, o salmista disse que “os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1). Jó se comportara como um grande sábio, mas Deus mostrou-lhe que ele nada sabia. Por isso, o Criador o desafia a contemplar o mar e o sol (Jó 38.8-15), pois ele nada sabia da origem dos oceanos, da grandeza da luz solar e, menos ainda, das dimensões da Criação.

- Deus perguntou se Jó havia participado da criação, assim como ele. Foi uma pergunta esmagadora e humilhante cuja única resposta possível era um “não". A criação é descrita pelo uso de linguagem da construção de um edifício. Deus também indaga a Jó acerca da sua ligação com a criação dos oceanos. A pergunta básica ainda continua: “Onde estavas?”

- O Pastor Batista Antônio Neves de Mesquita, escreve em sua obra ‘Jó Uma interpretação do sofrimento humano’ (JUERP): “Ou, quem encerrou o mar com portas, quando irrompe da madre? (v. 8). Uma das grandes belezas da natureza é esse imenso lençol de água, contido dentro de um círculo de ferro, lutando para avançar terra adentro, e não conseguindo. Deus pôs portas e trancas ao mar, de maneira que não avança, a não ser quando há necessidade de Deus mostrar a sua soberania sobre tudo. Então temos um maremoto, um cataclismo qualquer. As maiores marés não conseguem vencer esta barreira. As nuvens são a sua vestidura, e a escuridão, as suas fraldas (v. 9). Bela frase poética. Deus pôs trancas e ferrolhos ao mar e deu ordens às ondas orgulhosas: Até aqui viras e não mais adiante (v. 11). Esta lei é a segurança da vida; se não fosse esta lei, quem confiaria construir cidades à beira do mar? Há uma cidade construída em cima do mar, Veneza, na Itália. As águas quase entram nas casas, e a porta de entrada de muitas fica virada para o mar. Quem seria capaz de dormir com o mar assim batendo na porta e não acordar sobressaltado? Todos dormem, e este autor quando dormiu duas noites naquela cidade, leu, na primeira, este trecho de Jó e dormiu seguro, certo de o mar não passar da medida que o Criador lhe deu. Ele obedece. As marés entram pela cidade a dentro e vão até a catedral de S. Marcos, uma das grandes belezas arquitetônicas do mundo, mas não passam dali. Bendito seja o Senhor e Criador, que assim ordenou a vida! O interessante é que os homens crêem instintivamente nestas coisas e vão adiante nas suas atividades; porém não creem naquele que orienta a natureza, de maneira que as suas obras são feitas em segurança.

2) Sobre a madrugada (vv. 12-15).

Acaso, desde que começaram os teus dias, deste ordem à madrugada e fizeste a alva saber o seu lugar? (v. 12). A madrugada infalível, que toda manhã ocorre, depois de a noite findar o seu circuito em volta de si mesma. Até que ponto o poeta entenderia este fenômeno das madrugadas, sucedendo-se à noite, não sabemos; entretanto, parece intuitivo, soubesse elas serem o resultado de uma revolução da terra em torno do seu eixo. Admitem alguns comentadores que esta observação estaria baseada no conhecimento de então de que o sol girava em volta da terra e se escondia depois de meia viagem. O certo nós ignoramos, pois qualquer das duas opiniões seria cabível aqui. Segundo a teoria Ptolemaica, a terra era imóvel, apoiada nalguma coisa, e o sol girava ao redor dela. Era isso que se sabia, antes de Galileu destronar a terra e a colocar no seu lugar de satélite do sol, e não o sol satélite da terra. Jó, diria Deus, desde que começaram os teus dias, deste alguma ordem à madrugada para que se pegasse às orlas da terra, às suas franjas? Jó era de ontem e as madrugadas eram muito velhas. É uma ironia. A seguir, descreve-se o efeito da madrugada sobre o ímpio, que só ama as trevas, onde vive cometendo os seus pecados. Para estes, a noite é sempre desejável, e não as madrugadas. Estas os sacodem dos seus amados refúgios de impiedade e indignidade. Os filhos da luz amam a luz (João 1:9). A terra, modelada como o barro debaixo do solo, toma a forma de um vestido, em que se torna a madrugada. Lindo! A beleza desta luz colorida, Deus a desvia dos Ímpios, e, como um lanceiro, de braço levantado, diz: Covil para todos vocês (v. 15). A madrugada é o sinal de alerta dos que trabalham e produzem, e a cintura dos perversos, que só vivem das trevas”. (Mesquita. Antônio Neves de. Jó Uma interpretação do sofrimento humano. Editora JUERP).

 

2. Na dinâmica da vida. Se Jó nada sabia sobre a ordem da criação, muito menos sabia sobre a providência divina para mantê-la (38.39-41). Jó deveria ser capaz responder às seguintes questões Como veio a existir a Criação? Como ela é preservada? Saberia Jó explicar como Deus faz para alimentar os leões e  seus filhotes? Como as cabras monteses Conseguiam dar cria a seus filhotes e protegê-los dos predadores (39.1-4)? E sobre o jumento e o boi selvagem? O avestruz? 0 cavalo de guerra? O falcão? A águia? Está claro que há uma providência divina que preserva as coisas criadas, pois todos esses animais foram projetados por um design inteligente com suas peculiaridades, modo de ser e de viver. Se Jó não sabia como explicar como eles viviam e se comportavam, o que o levava a pensar que poderia discutir com Deus de igual para igual? Era hora, portanto, de reconhecer o seu lugar e se humilhar diante da majestade divina.

- Deus fez perguntas humilhantes sobre a capacidade de Jó de cuidar do reino animal. Jó deve ter-se sentido cada vez mais insignificante diante da esmagadora acusação dessa comparação com Deus. CHAMPLIN diz que “todos os atos de Deus estão encobertos e os humanos enxergam apenas vislumbres do que Ele está fazendo. Para ele, a história de Jó mostra que o sofrimento realça a beleza de um plano muito maior, assim como num tapete o contorno escuro realça a beleza das cores que o completam. Tudo que vem de Deus é necessário, é bom, tudo faz parte de algo belo e maior, mas que aos olhos humanos só se compreende quando o “tapete” da vida está pronto”.( CHAMPLIN, Russell Norman. Antigo Testamento interpretado versículo por versículo: II Reis, ICrônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó. 2.ed. São Paulo: Hagnos, 2001, v. 3, p. 1859.)Deus se mostra soberano em cada vida e também na história, tanto os dias bons como os dias ruins foram feitos por Ele (Ec 7.14)”. (SEVERA, Zacarias de Aguiar. Manual de teologia sistemática: revisado e ampliado. 2.ed. Curitiba: A. D. Santos, 2014, p. 86. ).

- O Comentário Bíblico Beacon diz: “O panorama dos fenômenos naturais selecionados termina em 38.38. O restante do primeiro discurso do Senhor, e a maior parte do segundo, dedicam-se às coisas vivas mais próximas à observação do homem. É difícil relacionar estas criaturas extraordinárias com o homem, quanto ao propósito delas. Embora tenha sido colocado na posição de domínio sobre o mundo, nenhum homem caçaria uma presa para uma leoa! Deus, porém, fornece alimento para semelhante animal. Explique isto! Esta pequena poesia acerca do corvo tem sido colocada em dúvida, por estar encaixada entre as leoas e as cabras. Semelhante argumento tem pouca força. Os pintainhos do corvo são descritos implorando a Deus pedindo alimento, assim como faz o homem faminto na sua necessidade. Colocar estas aves indefesas lado a lado com a leoa rapace ressalta a benevolência de Deus para com todas as Suas criaturas. O homem pode, então, aprender a tomar seu lugar lado a lado com estas outras criaturas de Deus”. (Milo L. Chapman. Comentário Bíblico Beacon. Jó. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 279).

 

3. Na necessidade de se conhecer melhor a Deus. Era preciso que Jó contivesse seu orgulho. De fato, ele falou muita verdade sobre Deus, mas ignorou o quanto não sabia acerca do Criador. A revelação de Deus sobre a mecânica celeste e da vida não foi uma censura à integridade e sinceridade do patriarca. Aos olhos de Deus, ele permanecia um homem justo e íntegro, mas falto de humildade, pois agiu de forma presunçosa ao questionar a majestade divina. Era necessário, portanto, que conhecesse melhor a Deus. Cada contorno da Criação, cada formação de uma vida e cada ato de preservação da Criação é Deus dando-se a conhecer ao ser humano. Reconheçamos o agir do Criador no universo e em nossa vida.

- O livro de Jó engrandece a soberania de Deus. Desde o início, fica patente que Deus está no controle, pois também para Satanás diz o que pode ou não fazer. O leitor tem a impressão de que, no decorrer da discussão, Deus não está, mas, na realidade, sabe muito bem o que se passa no coração de Jó e o que ele e seus amigos dizem. Wiersbe destaca que Deus é chamado de “Todo-Poderoso” trinta e uma vezes no livro de Jó.( WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento –Poéticos. Trad. Susana E. Klassen. Santo André:Geográfica, 2006. V 3, p. 72) Apesar do mal que acontece na vida de Jó não ser esclarecido como permissão Divina, por esse mal vir de atos iníquos dos sabeus e dos caldeus e também de uma ventania (Jó 1.12, 15, 17, 19), Jó enxergou além e viu como ação da mão do Senhor: “O Senhor o deu e o Senhor o tomou” (Jó 1.21 NVI). E sem pecar (Jó 1.22) glorifica o nome Deus, reconhecendo a Sua soberania. (GRUDEM, Wayne A. Teologia sistemática. Trad. Norio Yamakami; Lucy Yamakami; Luiz A. Sayão; Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 256)

- Ainda WIERSBE, em outra obra, diz: “A providência de Deus é, sem dúvida, extraordinária. Em sua sabedoria e poder, Deus supervisiona todo o universo e se certifica de que todas as criaturas recebam os cuidados de que necessitam. Nós, seres humanos, temos dificuldade de manter o maquinário da vida operando corretamente, mas Deus dirige todo o universo com tal precisão que construímos nossas leis científicas sobre sua criação. O Senhor fez desfilar diante da imaginação de Jó uma série de seis feras (leoa, cabra, corça, jumento selvagem, boi selvagem e cavalo) e quatro aves (corvo, avestruz, falcão e águia). A providência de Deus é, sem dúvida, extraordinária (ver Sl 104). Em sua sabedoria e poder, Deus supervisiona todo o universo e se certifica de que todas as criaturas recebam os cuidados de que necessitam. Nós, seres humanos, temos dificuldade de manter o maquinário da vida operando corretamente, mas Deus dirige todo o universo com tal precisão que construímos nossas leis científicas sobre sua criação. “Então, Jó”, perguntou o Senhor, “se você não é capaz de ser bem-sucedido nem com esses animais, como pretende sair-se bem quando se encontrar comigo no tribunal? Quão forte pensa que é?(WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. III. Editora Central Gospel. pag. 79).

 

III – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PODEROSO E JUSTO

 

1. O Behemot o Leviatã. Nos capítulos 40 e 41, Deus faz referências a duas grandes criaturas. Ele chama a atenção de Jó para a natureza indomável desses animais, a fim de ilustrar seu poder divino. Algumas Bíblias traduzem esses termos como hipopótamo e crocodilo, respectivamente. Enquanto o Behemot representava a força bruta de um animal por excelência, o Leviatã se parece mais com uma criatura com poderes sobrenaturais. Ele se apresenta, por exemplo, dessa forma em Isaías 27. Assim, o Behemot e o Leviatã representam o ápice da força tanto natural como sobrenatural, assim como é o inexplicável e maravilhoso mundo criado por Deus. Mesmo poderosos, Behemot e Leviatã estavam debaixo da mão de Deus.

- A primeira resposta do Jó a Deus foi ''Sou culpado da acusação. Não direi mais nada”. Jó sabia que não deveria ter criticado o Todo-Poderoso. Sabia que não deveria ler insistido em sua própria compreensão. Não deveria ter achado que Deus era injusto. Assim, finalmente, limitou-se a ficar calado.

- Jó foi desafiado a responder iodas as perguntas que Deus lhe fcz. Deus não precisava saber as respostas, mas Jó precisava admitir sua fraqueza, inferioridade e incapacidade para até mesmo tentar desvendar a infinita mente de Deus. Tudo o que Jó precisava saber era que a sabedoria de Deus era superior, e seu controle soberano era total.

- O termo traduzido por hipopótamo é um termo genérico usado normalmente no Antigo Testamento para referir-se a grandes rebanhos ou animais terrestres, mas a descrição em Jó 40.15-24 sugere uma criatura extraordinária, e o hipopótamo tem sido sugerido por causa de detalhes nas passagens dos versículos 19 a 24. Alguns estudiosos acreditam que Deus está descrevendo o mais impressionante de seus animais terrestres, da espécie dos dinossauros, que exibe todas as características. Deus não estava dizendo que a criatura vivia no rio Jordão, mas, reconhecendo que esse rio era familiar a ló, usou esse exemplo para ilustrar quanta água esse animal podia ingerir. Ele podia engolir o Jordão! Foi uma palavra usada para referir-se a algo de tamanho descomunal e poder ameaçador. Em 41.1, o termo crocodilo aparece em outras quatro passagens do Antigo Testamento (Jó 3.8 ["monstro marinho"]; Sl 74.14; 104.26 ["monstro marinho"]; Is 27.1 ["monstro"]). Em cada caso, a palavra se refere a alguma criatura poderosa que pode dominar o homem, mas que não é páreo para Deus. Corno a criatura vive no mar entre navios (Sl 104.26), uma espécie de monstro marinho, é possível que seja algum antigo dinossauro. Alguns estudiosos acreditam que se tratava de um crocodilo, que tinha fileiras de escamas (v. 15), dentes terríveis (v. 14) e era veloz na água (v. 32). Outros têm considerado a possibilidade de ser uma baleia assassina ou um grande tubarão branco, pois é o maior predador de todos os outros animais (v. 34). Também pode ter sido algum dinossauro marinho.

- CHAMPLIN  diz que “É ridícula a tentativa de eliminar as descrições que ultrapassam qualquer animal, extinto ou vivo, chamando-as de “exageros poéticos”. Caros leitores, Jó não teria nenhuma razão para temer o hipopótamo (beemote) e o crocodilo comum (leviatã). Ver a exposição em Jó 3.8 para saber como devemos aproximar-nos de uma explicação. Não ignoremos o pensamento dos tempos antigos, impondo sobre tais passagens as ideias comuns que apreciamos, para aplicá-las a uma exegese, quando nosso conforto mental for ameaçado[...] A Identidade do Leviatã. 1. O crocodilo. Esta é a opinião mais comum dos intérpretes que querem evitar referências míticas. Mas devemos lembrar que o que é mítico para nós era assunto sério para os antigos, e os mitos eram e continuam sendo, pelo menos algumas vezes, veículos esplêndidos para comunicar verdades espirituais, tal como se dá no caso das parábolas. 2. Alguns intérpretes falam em um animal, atualmente extinto, parecido com um dragão. Como o fogo sai da boca e do nariz do leviatã (vss. 19-20), dificilmente ele pode representar um animal físico e real, sendo perfeito para retratar alguma fera mitológica. O lotão de sete cabeças da mitologia ugarítica é um bom candidato. 4. A baleia, o golfinho ou algum dinossauro marinho, atualmente extinto, são pobres conjecturas que não se ajustam ao contexto. O Caos. O texto sagrado certamente fala sobre os poderes do caos e, animais marinhos míticos com frequência tinham esse simbolismo nas histórias antigas. A mensagem é que Deus tem poder sobre o caos ou sobre qualquer outra força, visível ou invisível. Portanto, a providência divina é garantida para o governo do mundo e de todas as criaturas inteligentes, incluindo Jó, o homem que sofria como vítima inocente. Uma vez humilhado, Jó ainda seria restaurado pela graça e pela misericórdia de Deus. Seu caso parecia de solução impossível, mas não estava acima da providência de Deus”. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2032-2033).

 

2. Justiça e graça.  Se Jó não é capaz de lidar nem com Behemot nem com o Leviatã, então, como poderia tratar desse mundo complexo? Ele agiria com justiça ao tratar dos complexos dilemas humanos? Deus deseja mostrar a Jó o seu erro ao dizer que o Criador não havia sido justo com ele nem com o ímpio (Jó 6.29; 27.1-6; 21.29-31; 24.1-7). Nesse sentido, Jó seria capaz de tratar com o mundo de forma melhor que Deus, como deu indiretamente a entender nas sua argumentações? Ele não era capaz de domar sequer duas criaturas criadas por Deus. Logo, jamais poderia ser igual ou mais justo que o próprio Criador, nem, muito menos, auto justificar-se diante dEle. Só a graça de Deus poderia justificá-lo. Ele dependeria somente da graça divina. Não há nada que possa justificar o ser humano diante de Deus, senão a sua maravilhosa graça (Ef 2.8).

- O Beemot, como muitos acreditam que seja o hipopótamo, criatura que esteve muito presente na mitologia egípcia. Por somente Deus poder caçá-lo e domá-lo, o poeta ao descrever este animal fabuloso, coloca uma ironia diante de Jó, pois como alguém que nem de longe teria forças para agarrá-lo de frente ou atravessar-lhe o focinho com um gancho (Jó40.24), poderia pretender questionar o criador?

- CHAMPLIN escreve: “Acaso anularás tu, de Tato, o meu juízo? Vigésima Nona Pergunta. Seria Jó culpado de adoração e serviço divino egoístas? “As novas indagações de Yahweh peretram até o âmago do problema apresentado pelo livro de Jó e delineiam com grande clareza a sua configuração: o propósito do livro não era essencialmente discutir o sofrimento dos inocentes ou a prosperidade dos ímpios e, sim, meditar sobre o significado da religião pura (ver sobre 1.9) e, por conseguinte, sobre a justificação pela fé” (Samuel Terrien, in loc.). Naturalmente, o dr. Terrien exagera um pouco, porque o livro não aborda a questão da salvação da alma (sobre cuja questão não oferece nenhum ensinamento), mesmo porque isso seria anacronismo. Os princípios apresentados no livro, no entanto, podem tocar nesses elementos, quanto a essa maneira de pensar. Jó asseverou sua própria inocência, mas pôs em dúvida a questão da justiça de Deus. Ver Jó 19.6-7 e 27.2. Ele condenou Deus por fazê-lo sofrer e por fazer prosperar os ímpios. Ele tinha dito que o bem ou o mal não faziam nenhuma diferença. No fim, tanto o bom quanto o ímpio seriam destruídos pelo Deus de vontade arbitrária (ver Jó 9.22). Jó se apresentou como modelo de virtudes, mas suas amargas acusações o tomavam culpado de insolência teológica. Ele não era um transgressor, mas sua arrogância deixava atônitos os circunstantes, e o colocava em posição embaraçosa. Suas queixas modificariam sua adoração pura? Sua adoração era, verdadeiramente, desinteressada, ou Satanás tinha vencido em sua argumentação?(CHAMPLIN, pag. 2029-2030).

 

CONCLUSÃO

 

Neste estudo mostramos como Deus se revelou a Jó de uma forma maravilhosa. O que Jó tanto desejava finalmente aconteceu: o encontro com Deus. Este se revelou a Jó não para recriminá-lo, mas para revelar-lhe o quão imperfeito ele era e o quanto conhecia pouco acerca da majestade divina. O Criador mostrou a Jó que, apesar de seu silêncio, Ele sempre esteve presente e no controle de todos os acontecimentos. Cabendo, portanto, ao homem louvá-lo em toda e qualquer situação.

- Concluindo esta lição, é importante lembrar que não podemos cair no erro maniqueísta. Essa doutrina filosófica dualista acredita que no mundo predominam duas forças contrárias equivalentes, que existem de forma interdependente. Isso é o que se conhece de “bem e mal”, “luz e trevas”, “Deus e Satanás”. Doutrina esta que não tem qualquer amparo bíblico. O Pastor da Igreja Batista Nações Unidas em São Paulo-SP, Luiz Sayão, diz que a forma como o livro de Jó apresenta Satanás é totalmente ao contrário dessa filosofia. Pela Bíblia trazer o que se chama de revelação progressiva, ela não fala diretamente, no livro de Jó, o papel de Satanás como opositor de Deus e de suas obras, mas realça que ele não é o rei do inferno e muito menos deus do mal, mas sim uma criatura de Deus. Sayão também esclarece a questão de Satanás ter acesso ao trono de Deus ou aparentemente ao céu, dizendo que há uma dimensão no mundo espiritual – dos seres espirituais – a que Satanás também tem acesso, mas que este lugar não é o céu onde os justos irão morar e nem o lugar de onde foi expulso. (SAYÃO, Luiz. Comentário rota 66: Poéticos. São Paulo: RTM, 2008)

- “Deus tinha feito a Jó muitas perguntas humilhantes e perturbadoras, no capítulo anterior; agora, neste capítulo: I. Ele exige uma resposta a elas, [40] vv.1,2. II. Jó se submete em um silêncio humilde, vv.3-5. III. Deus passa a argumentar com ele, para a sua convicção, a respeito da infinita distância e desproporção entre ele e Deus, mostrando que Jó não era de modo algum páreo para Deus. O Senhor o desafia (vv.6,7) a competir consigo, se ousar, na questão da justiça (v.8), do poder (v.9), da majestade (v.10), e do domínio sobre a soberba (vv.11-14), e dá um exemplo do seu poder em um determinado animal, aqui chamado de ‘Behemot’, vv.15 24. [..] A descrição aqui apresentada do leviatã, um peixe muito grande, forte e terrível, ou animal marinho, tem o objetivo de convencer Jó ainda mais da sua própria impotência, e da onipotência de Deus, para que Jó possa ser humilhado pela sua loucura de se fazer tão ousado para com o Senhor. Para convencer Jó da sua própria fraqueza, ele é aqui desafiado a dominar e amansar este leviatã, se puder, e se fazer seu senhor (vv.1-9); visto que ele não pode fazer isso, deve reconhecer que é totalmente incapaz de permanecer na presença do grande Deus, v.10″(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.200-01).

 

PARA REFLETIR

A respeito de “Quando Deus se Revela ao Homem” responda:

• Como que o Altíssimo se revelou pessoalmente a Jó?

R: Jó estava diante de uma manifestação teofânica de Deus, e Este falando-lhe do meio de um redemoinho.

  Qual propósito o Livro de Jó revela?

R: O grande propósito do Livro de Jó revela que, mesmo quando estamos às escuras, andando somente por fé e não por vista, Deus está sempre próximo e presente.

  Qual o convite que Deus faz a Jó?

R: Deus convida Jó a contemplar o universo e vê-lo como funciona.

  Deus censurou Jó com a revelação da mecânica celeste e da vida?

R: A revelação de Deus sobre a mecânica celeste e da vida não foi uma censura a integridade e sinceridade do patriarca.

  O que Deus deseja mostrar a Jó?

R: Deus deseja mostrar a Jó o seu erro ao dizer que o Criador não havia sido justo com ele nem com o ímpio..

 

 

4 Tri 20 | Lição 12 Quando Deus se Revela ao Homem | Pb Francisco Barbosa