TEMA: As Parábolas de Jesus – As Verdades e Princípios Divinos para uma
Vida Abundante
COMENTARISTA: Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Lição 2
14 de Outubro de 2018
Para Ouvir e Anunciar
a Palavra de Deus
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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"Mas o que foi
semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um
produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta." (Mt 13.23)
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É preciso falar de
Cristo e orar para que os ouvintes recebam a Palavra, e tornem-se seguidores
do Mestre.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
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Marcos 4.3-20
3
Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4 E
aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e
vieram as aves do céu e a comeram.
5 E
outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque
não tinha terra profunda.
6 Mas, saindo o sol,
queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.
7 E
outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu
fruto.
8 E
outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu
trinta, outro, sessenta, e outro, cem.
9 E
disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
10 E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze
interrogaram-no acerca da parábola.
11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus,
mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,
12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam,
para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
13 E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas
as parábolas?
14 O que semeia semeia a palavra;
15 e os que estão junto ao caminho
são aqueles em quem a
palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra
que foi semeada no coração deles.
16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a
palavra, logo com prazer a recebem;
17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo
tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
18 E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a
palavra;
19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de
outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
20 E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a
recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
INTRODUÇÃO
“Para ilustrar verdades espirituais, Jesus frequentemente
contava, por parábolas, histórias sobre os acontecimentos do dia a dia. A
parábola do semeador é uma das narrativas de Jesus encontrada nos três
Evangelhos sinóticos (Mt 13.1-9, Mc 4.3-9 e Lc 8.4-8) e relata de que forma a
mensagem de salvação será recebida no mundo. Um dos seus propósitos é prevenir
os discípulos com relação ao triste fato de a pregação da Palavra de Deus não
produzir "colheita de cem por cento" em todos os ouvintes. Além
disso, a parábola do semeador pode ser interpretada como "a parábola do
coração", pois mostra como é o interior de cada pessoa.” (LB CPAD, 4º Trim 2018,
Lição 1, 7 Out 18).
Ao ensinar a vida e
princípios do Reino, Jesus guia seus discípulos a pensar, viver e orar para que
seu Reino alcance todo o planeta (Mt 6.10). Isso é visto claramente nos ensinos
de suas parábolas no capítulo 13 de Mateus. A missão de pregar em ‘todos os
lugares’ que ‘o reino de Deus está chegando’ dada por Jesus aos discípulos
também reflete esse caráter expansivo do reino. Não podemos esquecer que a
intenção das parábolas é transmitir uma verdade eterna, então, usam elementos
diários de tal forma que ainda hoje, podem ser facilmente entendidas por todos.
Permanece ainda, a verdade de que sua compreensão só é possível mediante a
iluminação do Espírito Santo, por que as coisas de Deus só são perfeitamente
compreendidas por quem é espiritual. Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO
SEMEADOR
“1. A importância em compreender a
parábola. A parábola do semeador
é uma das mais importantes, não apenas por constar nos três primeiros
Evangelhos, mas também por ser fundamental para o entendimento de outras. Por
essa razão, é necessário comparar e contrastar as referências paralelas a cada
narrativa. Desse modo, teremos um quadro completo do que o Senhor Jesus disse
sobre o Reino do Céu, já que a narrativa refere-se ao Reino. Essa história fala
de um agricultor que lançou sementes em vários lugares com diferentes
resultados, dependendo do tipo do solo (Mc 4.3-20). Para se entender essa
parábola, é preciso recorrer ao contexto de Mateus 13.18-23, quando o próprio
Senhor Jesus a interpretou.” (LB
CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Como ensina o teólogo
Vincent Cheung, a Parábola do Semeador é uma parábola fundacional, é a primeira
parábola dita por Jesus e contém elementos para entendermos melhor as outras
parábolas, assim como o Reino de Deus; Jesus diz aqui que falhar em entender
essa parábola implica que a pessoa falhará também em entender todas as outras
parábolas. Agora, note que até mesmo os discípulos não entenderam essa parábola
até que receberam do Senhor a explanação detalhada. Portanto, é um engano dizer
que Jesus usou parábolas para tornar as verdades espirituais mais fáceis de
entender, visto que até mesmo aqueles que deveriam entendê-la falharam em
fazê-lo. Mas os discípulos parecem não ter tido nenhum problema para entender a
explicação da parábola, dada em discurso claro.
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“Os
três elementos que constituem essa parábola são: o semeador, a semente e o
solo. Hillyer H. Straton fala da "regra três" nos contos populares:
"Na história infantil há três tigelas de mingau, três cadeiras e três
ursos. O mesmo acontece nas parábolas. Três tipos de reação, na Parábola dos
talentos; três viajantes, no caminho para Jerico; três tipos de solo e três
proporções de crescimento". O dr. Straton também mostra que "a regra
dois" opera em algumas parábolas: os dois filhos, os dois devedores, o
fariseu e o cobrador de impostos, etc.” (ESTUDOS GOSPEL)
"Semearei a casa de Israel e a casa de Judá
com a semente de homens e com a semente de animais" (Jr 31.27) - Deus
compara-se a um semeador. Também Jesus é um semeador, como Ele mesmo compara-se
e proclama-se ‘O Semeador’. Em Mateus 13.37, Jesus fala de si mesmo como "O que semeia a boa semente, é o Filho do
homem". Esse título é muito apropriado a ele. A semente é a Palavra de
Deus (Lc 8.11) que o habilidoso semeador espalha por igual - a semente é,
indiscutivelmente, boa, mas a capacidade de germinação da semente depende da
natureza do solo, e este é o centro da parábola. Ainda que não seja a mensagem
primária desta parábola, o fato que a palavra de Deus é o poder que constrói o
reino de Deus precisa de ênfase.
“O
outro elemento decisivo é o terreno, que responde de diferentes maneiras
segundo a “qualidade” da terra. A boa disposição de cada pedaço da parcela
constitui o fator decisivo para o êxito do empreendimento. A semente é boa, mas
nem sempre o terreno, que deverá responder de maneira desigual. A vida humana,
por sua vez, é um portento, um fenômeno que não se compara a nenhuma outra
forma de vida, tantas são as experiências possíveis, algumas até prodigiosas,
que se dá a qualquer homem ou mulher. As que se perdem ou se diluem na memória,
e as que vencem as barreiras do tempo e permanecem vivas para sempre.” (ULTIMATO ONLINE)
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“3. Os diferentes tipos de solos
infrutíferos. As pessoas que
ouvem a Jesus são comparadas com vários tipos de solo (Lc 8.5-8). O solo duro e
compactado da estrada impediu que as sementes penetrassem, permitindo que
ficassem na superfície, expostas às aves que vieram e as comeram. Este solo
representa aqueles que "ouvem e não entendem" (Mt 13.19a), por isso
endurecem o coração para não receberem a Palavra (Mt 13.15). As aves representam
Satanás (Mc 4.15), que arrebata a Palavra dessas pessoas, cujos corações estão
endurecidos. As sementes que caíram sobre pedregais (vv.16,17), onde não havia
muita terra, e, como consequência, cresceram rapidamente, acabaram secas num
instante (v.6). Este solo raso representa as pessoas que ouvem a Palavra e a
recebem com grande alegria, porém, quando surgem as dificuldades, as
tribulações ou as perseguições por causa do Evangelho, elas não resistem e
imediatamente tropeçam (Mt 13.20,21). Daí a necessidade de um maior embasamento
na Palavra de Deus recebido através de um bom discipulado e frequência na
Escola Dominical. Já as sementes que caíram entre espinhos são sufocadas quando
estes crescem e roubam o alimento, a água, a luz e o espaço dos brotos. Infelizmente
existem forças capazes de sufocar a mensagem, de forma a torná-la infrutífera
(v.18). Este solo representa aqueles que "ouvem a palavra", mas cuja
capacidade para gerar fruto é sufocada. Jesus descreveu os espinhos como
"os cuidados deste mundo", "a sedução das riquezas" e
"os prazeres da vida" (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14; 12.29-32;
21.34-36). As distrações e os conflitos impedem os novos crentes de refletir e
aprender a Palavra de Deus a fim de crescerem. Essas coisas, produzidas pela
ambição das coisas materiais atormentaram os discípulos do primeiro século, da
mesma forma como acontece nos dias atuais, distraindo os crentes de maneira que
permaneçam infrutíferos, não produzindo nenhuma colheita.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
“O
trabalho habilidoso do semeador e a germinação da semente dependem da qualidade
e natureza do solo para ter sucesso. Havia vários tipos de terrenos na parábola
contada. Jesus fala de quatro tipos de solos: o solo impenetrável (beira do
caminho); o solo superficial (o rochoso); o solo ocupado (cheios de espinhos) e
o solo fértil (terra boa e frutífera). Nos três primeiros tipos de solo houve
uma resistência para a semente produzir. Há na parábola uma clara analogia
entre o solo e o coração. Isso porque o alvo da pregação da Palavra não é
apenas a mente, mas principalmente o coração. Se este estiver fechado, nada
adianta. Mas, quanto à pregação do Evangelho, não nos cabe escolher o tipo de
solo para semearmos. Devemos apenas semear sempre que tivermos oportunidade,
pois, em última instância, quem conhece os corações é o Senhor. Talvez por isso
Paulo, apóstolo, ordena a Timóteo para pregar quer seja ou não oportuno (2Tm
4.2). A grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um
esforço evangelístico temporário.”
(John Blanchard)”
“O
solo superficial. O coração descrito como solo rochoso representa aqueles que
não possuem profundidade. A semente chega a brotar, mas falta a estabilidade
que vem de raízes profundas. Abaixo da pequena camada de terra, o que existe
são rochas e lajeados. Não podendo aprofundar suas raízes, a planta tem curta
duração. Há gente assim: superficial, rasa, sem a estrutura que vem de um
alicerce profundo e firme. Falta dedicação, falta perseverança, falta
disposição de ir até o fim.
O
solo ocupado. Temos um terceiro tipo de solo: o solo congestionado. A semente
que caiu no meio do espinheiro germinou e cresceu, mas a concorrência pelos
nutrientes, pela água e pela luz solar por parte de plantas nocivas fazem com
que a planta se mantenha mirrada e murcha. Jesus interpreta a parábola e diz
que se trata do coração dividido com muitas outras paixões, como, por exemplo,
a sedução das riquezas. Em outras palavras, trata-se daqueles que, divididos e
distraídos por outros interesses, não creem nem se entregam exclusivamente a
Jesus como seu Salvador e Senhor.
Não
nos iludamos: no nosso terreno podem, sim, nascer e crescer espinhos que
sufocarão a ação e obra do Espírito Santo em nossas vidas. Interesses legítimos
podem ser perigosíssimos quando ocupam o espaço e a lealdade que pertence a
Cristo. Cedo ou tarde Jesus será expulso dessa vida. Ele não fica em um coração
que o trata como um coadjuvante ocasional.
O
solo fértil. Esse é o último dos terrenos. A semente cai aqui e nasce, floresce,
cresce e frutifica. Glória a Deus! Essa frutificação tem escalas, sendo uns
mais produtivos do que outros (trinta, sessenta e cem por um). Mas a mensagem
principal é essa: Deus nos chamou para sermos frutíferos. Nada é mais destoante
de um coração que anda com Deus do que a esterilidade. 0 solo estava preparado
e acolheu a semente, nele não havia concorrentes. Aqui o acolhimento foi
completo. Que sejamos assim.’
(Extraído
de: O SEMEADOR: QUE TIPO DE SOLO EU SOU? Disponível em: https://adarsenal.com.br/licao-2-o-semeador-que-tipo-de-solo-eu-sou/. Acesso em: 9 Out,
2018)
II – A IMPORTÂNCIA DE OUVIR O EVANGELHO
“1. O tipo ideal de solo. A parábola do semeador é uma descrição das
várias respostas ao "ouvir" a Palavra de Deus e, seguramente, retrata
as reações que Jesus encontrou no seu próprio ministério. A parábola adverte
contra o ouvir superficial, mas também alimenta a expectativa do ouvir real e
produtivo, que leva à obediência, e não devemos esquecer que o verbo grego
correspondente a "ouvir" é frequentemente traduzido como
"obedecer". Por isso, o Mestre falou que algumas sementes caíram em
boa terra (v.20). Tal terra tinha profundidade, espaço e umidade para crescer,
multiplicar e produzir uma boa colheita. Este solo representa as pessoas que
"ouvem" a Palavra e a "entendem", frutificando
abundantemente (Mt 13.23; Lc 8.15). Elas são como os bereanos que foram recomendados
"porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas
Escrituras se estas coisas eram assim" (At 17.11). São, na verdade, os
verdadeiros discípulos, aqueles que aceitaram Jesus, creram em sua Palavra e
permitiram que Ele fizesse a diferença em suas vidas (At 17.12).” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
O cerne da parábola é
justamente o tipo de solo onde a semente é lançada, ela descreve as várias
respostas ao “ouvir” a Palavra de Deus. Note que a semente foi lançada
zelosamente em todos os tipos de solos, mas os resultados foram muito
diferentes. “A semente é boa, mas nem
sempre o terreno, que deverá responder de maneira desigual. A vida humana, por
sua vez, é um portento, um fenômeno que não se compara a nenhuma outra forma de
vida, tantas são as experiências possíveis, algumas até prodigiosas, que se dá
a qualquer homem ou mulher. As que se perdem ou se diluem na memória, e as que
vencem as barreiras do tempo e permanecem vivas para sempre.” (ULTIMATO ONLINE). O tipo de solo ideal representa a
pessoa que acolhe a mensagem do reino dos céus no próprio coração.
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“2. O tipo ideal de ouvinte. Jesus mostrou que o ato de "ouvir"
representa um solo fértil para a mensagem do Reino. Se produzirmos frutos, isso
provará que ouvimos. Se aqueles a quem pregamos o Evangelho produzirem frutos,
isso mostrará que a semente que plantamos fincou raízes em seus corações. Jesus
inicia a parábola do semeador com a palavra "ouvi" (v.3a) e termina
com a seguinte advertência: "quem tem ouvidos para ouvir, ouça"
(v.9). Analisando o aspecto material, o solo não é culpado se estiver duro,
cheio de pedras ou de espinhos, enquanto que no aspecto espiritual, somos
responsáveis se o nosso coração estiver endurecido, ou seja, se não estiver
aberto para a Palavra de Deus arraigar-se profundamente, ou deixarmos as coisas
deste mundo sufocarem a Palavra.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Há em última análise,
só duas espécies de terreno: aquele que genuinamente recebe a palavra para
produzir fruto e aquele que não a recebe. Enquanto que nos outros terrenos as
sementes não tiveram como germinar, crescer e frutificar, neste último terreno
haverá bons resultados. Neste, a semente frutifica. Neste terreno, que
representa o coração receptivo à Palavra de Deus, a semente não será roubada
por Satanás; não será sufocada pelos espinhos; o calor das aflições não lhes
desanimará. É o terreno bom, fértil. Este é o tipo de ouvinte ideal. Importante
lembrar que é o Espírito Santo quem prepara este terreno, afinal, é Ele quem
convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
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“3. A importância de
"ouvir". Ao descrever o
tipo ideal de solo, Jesus destaca o melhor perfil de ouvinte, mas também a
importância de ouvir a Palavra e a conservar "num coração honesto e
bom" a fim de dar "fruto com perseverança" (Lc 8.15). Aqui há
uma lição para o ouvinte também. 0 fruto produzido depende da resposta à
Palavra. É importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A Palavra tem
que vir habitar em nós (Cl 3.16), para ser implantada em nosso coração (Tg
1.21). Temos que permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias
vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra de Deus.” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Paulo afirma em Romanos
10.17 que a fé vem pelo ouvir, só encontramos fé para sermos salvos quando
ouvimos, ou entramos em contato, com a verdade do Evangelho. A semente da
parábola precisa ser lançada para alcançarmos mais vidas, precisamos pregar a
palavra de Deus. Não sabemos qual o perfil de nossos ouvintes, esse papel cabe
ao Espírito Santo; o nosso papel é tão somente semear. Note que quando a
semente conseguiu encontrar uma boa terra, isto é, aquela que não possui os
acréscimos oferecidos por este mundo por meio dos homens, ela produziu fruto
bom. “Quanto melhor o indivíduo
compreende a vontade do Eterno (Ef 5.16,17), a recebe e conserva num coração
honesto e bom, maior a produtividade. E não pense que isto é apenas momentâneo.
Tais indivíduos dão fruto com perseverança. No entanto, a semente tem que
nascer, vingar, crescer para, então, dar fruto. Ou seja, só é possível alcançar
isto quando o indivíduo habita no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1,2), faz
Dele seu prazer (Sl 37.4), descanso (Sl 37.7; Mt 11.28-30), lugar de
permanência (Jo 15.9), refúgio e fortaleza (Sl 46.1). Quando Jesus semeia a Si
mesmo, à Sua Palavra e a Seus filhos neste tipo de coração, não existe
interesse neste mundo para gerar facção. A união se dá em torno dos valores
espirituais. Ou seja, o importante não é fazer obrar, mas sim desenvolver
conceitos e valores, a fim de que os mesmos possam ser vistos na perfeita
unidade (Jo 17.11,21-23), quando todos os envolvidos pensarem e sentirem a
mesma coisa (At 4.32; Rm 12.16; 1Co 1.10; Fp 4.2). O esforço é para preservar a
unidade do Espírito Santo pelo vinculo da paz (Ef 4.3-6)”. (Batalha da Fé)
IIl – O CHAMADO PARA ANUNCIAR O
EVANGELHO
“1. A obra da maior importância. Uma vez que a condição das pessoas sem Deus
é de ignorância espiritual, pois Satanás "encobre" os seus corações
para não ouvir o Evangelho (2 Co 4.3,4), o maior serviço que qualquer cristão
pode, e deve realizar, é semear a boa semente da Palavra de Deus (Ec 11.6).
Isso não apenas com os seus lábios, mas também através do testemunho pessoal e
da literatura (Fp 1. 18). Cristo morreu e ressuscitou para nos salvar de nossos
pecados. Agora, todo aquele que nEle crê, e for batizado, não mais será
condenado, antes receberá a vida eterna (Mc 16.16; Ef 1.13,14).” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Todo cristão foi
convocado para anunciar as Boas Novas; Pregar o Evangelho é a missão mais
urgente e importante nesses últimos dias, e por isso mesmo, é o dever de todo
Cristão. O caminho é estreito, porém, “quão
formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres
novas de boas coisas” (Rm 10.15). Podemos pregar de várias maneiras
diferentes. Algumas pessoas são
chamadas para pregar com sermões e estudos bíblicos mas todos podemos pregar de
outras maneiras:
Com a vida – muitas vezes as ações falam
mais alto que as palavras; viver o evangelho é uma forma de pregar o evangelho
Em conversas – uma conversa sobre Jesus e a
fé é uma forma de pregar a palavra de Deus
Com testemunho pessoal – você pode explicar
a palavra de Deus contando sobre sua experiência de vida com Jesus.
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“2. Jesus e a ordem para pregar. Recordando que Evangelho significa
"boas novas", "boa notícia", e que tal boa notícia nada
mais é que a salvação em Jesus (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18), todos precisam ouvir
o evangelho. Jesus nos encarregou de contar as boas notícias às pessoas à nossa
volta, pois o evangelho é uma notícia tão boa que não podemos guardar só para
nós!” (LB CPAD,
4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Em suas últimas
palavras, o Rei deu-nos a ‘Grande Comissão’, a incumbência máxima de ir a todas
as nações, ensinando e batizando a fim de integrá-las ao seu Reino. Escatologicamente,
Cristo afirma que o fim somente chegaria quando ‘este evangelho do Reino’ fosse
pregado ‘em todo o mundo’ (Mt 24.14). “Ide... ensinai...batizando”, estas
palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em
todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a autorga da tarefa
missionária da Igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a
todos de conformidade com a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e
dos apóstolos. Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar
missionários a todas as nações (At 13.1-4). O evangelho pregado centraliza-se
no arrependimento e na remissão de pecados (Lc 24.47), na promessa do
recebimento de ”o dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de
separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a
volta de Jesus, do céu (At 3.19, 20; 1Ts 1.10) (Adaptado de Bíblia de
Estudo Pentecostal, CPAD, Nota textual de Mt 28.19, p.1452).
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“3. A importância de pregar o
Evangelho. É muito importante
pregar o evangelho, para que mais pessoas ouçam, creiam e sejam salvas (Rm
10.14,15). Aplicando-se espiritualmente, todos aqueles que seguem a Cristo
devem estar sempre ensinando a Palavra, pois quanto mais ela é plantada nos
corações, maior a colheita (1 Co 3.6,7). É preciso, porém, saber que o que
semeia a Palavra (v.14) o faz em todas as qualidades de solo (Is 32.20; Mc
16.15), semeia a Palavra sem observar o vento, nem as nuvens (Ec 11. 4-6),
semeia a Palavra sem gastar tempo com outra coisa (2 Tm 2.4).” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
O próprio Cristo
instituiu a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da
Igreja. “E, quando saiam, encontraram um homem cirineu, chamado Simão, a quem
constrangeram a levar a sua cruz” (Mt 27.32) – esse texto nos lembra de que as
diferentes culturas foram representadas no Calvário e na Igreja:
1) Simão: homens
sábios de todas as idades teriam a honra de poder realizar a tarefa que era
concedida a Simão de Cirene, um homem negro do noroeste da África.
Independentemente de serem voluntárias ou obrigadas, as mãos negras foram
estendidas para ajudar o Salvador a carregar sua cruz;
2) O eunuco etíope da
África (At 8.26) foi o primeiro convertido gentio citado pelo nome nos Atos dos
Apóstolos. A história relata que ele retornou à Etiópia para fundar a Igreja
Cristã Abssínia, que existe até hoje (Adaptado de Bíblia de Estudo
Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,Dinâmica do Reino,
p.990). O termo grego ethne, traduzido por nações em Mateus 28.19,
significa ‘grupos de pessoas’ – hoje em dia estima-se que haja cerca de 24.000
etnias no mundo. A exemplo de Paulo, que centralizou seu esforço ministerial
nas missões, principalmente nas áreas onde o evangelho não tinha sido pregado
suficientemente e assim facultou áqueles que não tinham ouvido a oportunidade
de aceitarem a Cristo. Paulo questiona: “Como ouvirão, se não há quem pregue?”
(Rm 10.14). Um ‘púlpito’ pessoal é designado a cada crente – em casa, na
comunidade, no trabalho ou na escola – para mostrar e contar aos outros as boas
novas. Como diz Paulo: ‘eu sou devedor’, para demonstrar seu senso de obrigação
de anunciar o evangelho.
CONCLUSÃO
“Não há como perceber, nem entrar, no Reino de Deus, sem ter nascido de
novo (Jo 3.3-8), por isso, a salvação da alma é parte integrante das parábolas.
Você já renasceu? Já se arrependeu dos seus pecados e confiou em Jesus Cristo e
em seu sacrifício pelos seus pecados? Você conhece o Rei deste Reino? Seu
coração já se prostra diante deste Rei? Ou vive em rebeldia contra Ele ainda?
Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do Rei e submetem-se a ela” (LB CPAD, 4º Trim 2018, Lição 1, 7 Out 18).
Esta parábola mostra o
que acontece quando Jesus, Sua Palavra e Seus filhos são gerados no coração de
um homem. Este dá a luz à semente da vida na forma de um relacionamento sadio
com base na Palavra do Eterno.
Se o coração do
indivíduo que está a receber este relacionamento tiver sido muito pisado, esta
semente de relacionamento acabará sendo engolida pelos inimigos e acusadores
malignos enviados por Ha-Satan. Em outras palavras, só irá fortalecer o império
das trevas na vida do indivíduo.
Se o coração que
receber este relacionamento estiver repleto de entulho proveniente das
frustrações trazidas pelo mundo (é bom lembrar que o mundo só privilegia coisas
elevadas, as quais são abominação diante do Eterno – Lc 16.15), as quais
produzem sentimento de inferioridade ou medo de sofrer nos relacionamentos,
esta semente será queimada pelas lutas em virtude dos conceitos e valores da
Escritura Sagrada. Resultado: o indivíduo terminará na solidão de uma vida seca
e estéril, mesmo que esteja rodeado de indivíduos.
Se o coração que
receber este relacionamento possuir também semente espinhosa, o indivíduo pode
até conseguir relacionamentos duradouros produtivos, mas tal produção, além de
nunca dar sentido à vida, sempre trará algum desgosto em ambas as partes, o
qual terá que ser engolido para não comprometer o relacionamento.
Se o coração que
receber este relacionamento for puro e santo, o indivíduo experimentará uma
qualidade de relacionamento que o fará mudar interiormente e fazer dele alguém
cada vez mais parecido com Jesus (2Co 3.18), que realmente manifesta a glória
do Eterno por onde passa (Mt 5.14-16).
Percebeu que a ênfase
da parábola está no que o Eterno faz no coração do homem que crê e no de quem
recebe este em quem o Eterno trabalhou os conceitos e valores de Sua Palavra?
Daí ser Parábola do Semeador (e não do terreno).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor
Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Francisco
Barbosa
Campina
Grande-PB
Outubro
de 2018
PARA REFLETIR
“A respeito de “Parábola: Uma
Lição Para a Vida”, responda:
• O que significa “parábola”?
Significa, literalmente, “comparação”, e como
tal, comumente utilizada para indicar uma história breve, um exemplo esclarecedor
para ilustrar uma verdade.
• O que, na Galileia, determinava o
estilo da vida das pessoas?
O mar da Galileia, também chamado de mar de
Tiberíades ou lago de Genezaré.
• Qual o significado de “sinóticos”?
Significa “ver junto”, “ver da mesma perspectiva”,
“vistos de um ponto de vista comum”.
• Cite uma das questões mais
importantes a ser considerada quando se lê uma parábola.
Procurar entender os elementos culturais
operados em cada uma delas, pois apesar de elas serem uma síntese das
experiências humanas, são histórias contadas a partir de outra cultura e tempo.
• Quais são as perguntas necessárias
para se identificar uma aplicação prática de uma parábola?
Para quem a parábola foi contada? Por que a
parábola foi contada?
Qual é a moral da parábola? Existe algum ponto
culminante na parábola? Alguma interpretação é dada na passagem para a
parábola?”