Lição 3: Igreja, agência evangelizadora
Data: 17 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da terra” (At 1.8). [Comentário: Jesus quer dizer que o Espírito
Santo mostrará o seu controle sobre eles com manifestações visíveis: o sopro de
um vento veemente, o aparecimento de línguas de fogo e o falar em línguas
estranhas. O livro de Atos segue a estratégia traçada aqui. O testemunho de
Jerusalém apresenta em miniatura o ministério mundial de Deus: “judeus... de
todas as nações” (2,5) que ouviram e creram carregaram a mensagem para bem
longe. No resto de Atos, o evangelho se espalha a Jerusalém (3.1-8.1), à Judéia
e à Samaria, a Antioquia da Síria (8.1-12.25) e aos confins da terra
(13.1-28.31).]
VERDADE
PRÁTICA
A Igreja
de Cristo, em virtude de sua natureza e vocação, é a agência evangelizadora e
missionária por excelência.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19,20 - A grande comissão da Igreja: evangelizar o mundo
Terça — At 1.8 - Revestidos para evangelizar o mundo
Quarta — At 2.41 - A Igreja nasce ganhando almas
Quinta — At 4.18-20 - Evangelizar: um mandato soberano de Deus
Sexta — At 8.1-4 - Evangelizando mesmo em meio à perseguição
Sábado — At 13.1-12 - Antioquia, igreja missionária
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Atos
1.1-14.
1. Fiz o primeiro tratado, ó
Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar,
2. até ao dia em que foi
recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos
apóstolos que escolhera;
3. aos quais também, depois de
ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto
por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de
Deus.
4. E, estando com eles, determinou-lhes
que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que
(disse ele) de mim ouvistes.
5. Porque, na verdade, João
batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito
depois destes dias.
6. Aqueles, pois, que se haviam
reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a
Israel?
7. E disse-lhes: Não vos
pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio
poder.
8. Mas recebereis a virtude do
Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
9. E, quando dizia isto, vendo-o
eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
10. E, estando com os olhos fitos
no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos
de branco,
11. os quais lhes disseram:
Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós
foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
12. Então, voltaram para
Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à
distância do caminho de um sábado.
13. E, entrando, subiram ao
cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu
e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
14. Todos estes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e
com seus irmãos.
HINOS
SUGERIDOS
16, 147 e
149 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Explicar
que proclamar Cristo é a tarefa prioritária da Igreja.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Apresentar a fundamentação evangelizadora da Igreja.
- II. Mostrar que a evangelização é missão prioritária da Igreja.
- III. Saber que Antioquia era uma igreja missionária.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
A Igreja
do Senhor tem uma missão social e educativa para cumprir neste mundo, porém a
sua missão principal sempre será a evangelização. Infelizmente, muitas igrejas
já não dão a devida importância à ordenança de Cristo para a sua Igreja (Mt
28.19,20). Muitos estão preocupados apenas em erguer grandes templos. É
importante ressaltar que não há nada de errado em erguer um templo bonito e
confortável para cultuarmos ao nosso Deus. O que não podemos é utilizar todos
os nossos recursos e energia somente em uma construção, deixando de lado a
pregação do Evangelho. Nenhuma outra atividade ou evento é mais importante e
urgente do que ganhar almas para Cristo. Que cada crente venha cumprir com a
sua tarefa evangelística, pois o mundo que jaz do maligno carece da Verdade que
liberta — Jesus Cristo. Mas como ouvirão se não há quem pregue?
Aproveite
este trimestre para despertar nos seus alunos o desejo de evangelizar e ganhar
vidas para o Senhor Jesus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Igreja
de Cristo é a agência evangelizadora por excelência. Desde a sua fundação, no
Dia de Pentecostes, até hoje, ela é conhecida, antes de tudo, por seu amor às
almas perdidas. Se ela, por conseguinte, descumprir a sua tarefa básica, em
breve perderá a sua condição de Corpo de Cristo, reduzindo-se a uma mera
organização humana. Nesta lição, veremos que, frente à Grande Comissão, não
temos alternativa senão cumprimos plenamente o ide de Jesus. Nossos dias exigem
um retorno imediato, ousado, enérgico e amoroso à missão evangelizadora da
Igreja. Menos que isso é inaceitável. [Comentário: A estória: Quando Cristo terminou
sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um
anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai
contar essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixei doze
homens preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles
falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro método”. Hernandes
Dias Lopes em A grande Comissão, uma missão
inacabada.
Encontramos em todos os quatro Evangelhos e no livro de Atos, a ênfase à grande
comissão. Ao ser assunto aos céus, Jesus deu-nos suas últimas palavras, que
ficaram conhecidas como a Grande Comissão. A Grande Comissão, na tradição
cristã, é a instrução dada pelo Jesus ressuscitado aos seus discípulos para que
eles espalhassem seus ensinamentos para todas as nações do mundo. Ela se tornou
um ponto chave da teologia cristã sobre o trabalho missionário, o evangelismo e
o batismo. A grande comissão envolve toda a igreja, como bem definiu o
Congresso de Lausane: “O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja,
em todo o mundo, a toda criatura”. Nas palavras de Charles Spurgeon, "todo
cristão ou é um missionário ou é um impostor". Esse é o grande chamado do
Senhor Jesus - pregar as boas novas de salvação]. Dito isto, vamos pensar maduramente a fé
cristã?
PONTO
CENTRAL
A missão
suprema da Igreja de Cristo é a evangelização.
I. A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
Após a
sua ressurreição, Jesus permaneceu com os discípulos por quarenta dias, durante
os quais os instruiu acerca da fundação pentecostal da Igreja e sobre a
evangelização mundial.
1. A
resposta escatológica. Pouco
antes de sua ascensão, Jesus foi inquirido por seus seguidores quanto ao futuro
de Israel. O Senhor, porém, conscientiza-os de que, naquele momento, a sua
preocupação não deveria ater-se aos últimos dias, mas ao que estava prestes a
acontecer: “[...] Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai
estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7). Não há tempo a perder. Sabemos
que em breve Jesus virá, e precisamos evangelizar hoje. [Comentário: O projeto de Deus
é o evangelho todo, por toda a igreja, a toda criatura, em todo o mundo. O
evangelho de Cristo é o único remédio para a doença do homem. O pecado é uma
doença mortal. O pecado é pior do que a pobreza. É mais grave do que o
sofrimento. É mais dramático do que a própria morte. Esses males todos, embora
sejam tão devastadores, não podem afastar o homem de Deus. Mas, o pecado afasta
o homem de Deus no tempo, na história e na eternidade. Não há esperança para o
mundo fora do evangelho. Não há salvação para o homem fora de Jesus. As
religiões se multiplicam, mas a religião não pode levar o homem a Deus. As
filosofias humanas discutem as questões da vida, mas não têm respostas que
satisfazem a alma. As psicologias humanas levam o homem à introspecção, mas nas
recamaras da alma humana não há uma fresta de luz para a eternidade. O mundo
precisa de Cristo; precisa do evangelho. Chegou a hora da igreja se levantar,
no poder do Espírito Santo e proclamar que Cristo é o Pão do céu para os
famintos, a Água viva para os sedentos e a verdadeira Paz para os aflitos.
Jesus é o Salvador do mundo! Rev Hernandes Dias Lopes, http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/06/evangelizacao-a-urgencia-de-uma-tarefa/#.V4UpnBJtzc1]
2. A
resposta pentecostal. A
resposta do Senhor aos seus discípulos não foi apenas escatológica, mas
pentecostal: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Sem o poder do Espírito Santo, os
discípulos jamais poderiam cumprir, em sua plenitude, o mandato evangelizador
da Igreja. Eles teriam de testemunhar em ambientes hostis, como Jerusalém; em
lugares nada amistosos, como Samaria; e, finalmente, até os confins da Terra.
Portanto, o poder do Espírito Santo era-lhes imprescindível. [Comentário: Nos últimos dias
de suas orientações para os apóstolos, Jesus lhes falou para esperarem em
Jerusalém para receber o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5). Ele, também,
descreveu as principais etapas da missão que lhes deu de pregar o evangelho ao
mundo: "sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra"
(At 1.8). A sequência descrita por Jesus em Atos 1.8 (Jerusalém Judéia Samaria
Confins da Terra) serve para esboçar o trabalho dos seus discípulos durante as
décadas seguintes. Eles começaram a pregar em Jerusalém e Judéia (At 2-7),
levaram a palavra à Samaria (At 8) e, depois, aos confins da terra (At 9 a 28).
O trabalho missionário foi tão intenso, que Paulo afirmou cerca de 30 anos
depois da morte de Jesus, que o evangelho "foi pregada a toda criatura debaixo do céu" (Cl 1.23). Os
apóstolos foram fiéis em cumprir a missão que Jesus lhes deu. Hoje, temos o
privilégio de divulgar a mesma mensagem. Vamos ser fiéis e dedicados neste
trabalho!]
3. A
fundação da Igreja. Passados
dez dias, desde a ascensão do Senhor, os discípulos achavam-se reunidos, num só
lugar, quando veio o Espírito Santo sobre eles. Revestidos de poder, passaram a
falar noutras línguas, dando ocasião à primeira colheita de almas da Igreja (At
2.1-4,41). A fundação da Igreja foi pentecostal e evangelizadora. Isso
significa que só viremos a cumprir plenamente a Grande Comissão se buscarmos e
vivermos no poder do Espírito Santo. Sem o poder do Espírito Santo, a
evangelização jamais será eficiente (Lc 24.49). [Comentário: Inicialmente, esclarece-se que o
termo ‘evangelização eficiente’ refere-se aos meios, não aos fins. Sabendo que
é o Espírito Santo quem convence do pecado, da justiça e do juízo, em qualquer
método que empregamos para anunciar as boas novas, o Espírito Santo aperfeiçoa
e segundo a sua boa vontade, opera. Quero dizer com isso que as propostas de
evangelismo não são garantia de maior alcance de resultados, mas certamente
irão proporcionar a transmissão de uma mensagem mais consistente e precisa.
Sobre o início da Igreja, a maioria dos protestantes crê que a primeira
assembleia local foi a de Jerusalém e que ela teve início real exatamente em
Pentecostes (At 2). Em Atos 2.41<<Assim que, os que de boa mente receberam a sua palavra, foram batizados;
e FORAM ACRESCENTADOS naquele dia, À IGREJA, quase três mil almas>>, almas foram acrescentadas à assembleia local que estava reunida em
Jerusalém, assim, esta assembleia local já existia, ainda que de forma dispersa.
A igreja foi explicitamente nomeada em Mateus 18.17, com verbos no tempo
presente. "E, se não as escutar,
dize-o à IGREJA ; e, se também não escutar a IGREJA, considera-o como um gentio
e publicano." Portanto, seguramente, a assembleia local já existia
durante os dias de Cristo. A palavra "ekklesia" aparece pela primeira
vez em Mt 16.18 "Pois também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha IGREJA, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela;". Pentecostes foi, sem dúvida,
a capacitação para anunciar com virtude do Espírito Santo, as boas-novas do
Evangelho, mas não foi ali o início da Igreja. A Igreja foi iniciada durante o
ministério do Cristo sobre a terra .Os discípulos ainda faltavam receber batismo
com o Espírito Santo, em Pentecostes. Mas tanto este batismo como também a
habitação pelo Espírito Santo (iniciada em João 20.21-22 "... E, havendo dito isto, assoprou sobre
eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.") nunca foram ditas ser
pré-requisitos indispensáveis para que, mesmo durante os dias do Cristo sobre a
terra, os salvos pudessem compor e ser uma igreja. Em todas as épocas, Deus planejou
reunir um corpo de pessoas que se assemelhariam à imagem de seu Filho; as quais
chamaria, justificaria e glorificaria (Rm 8.29-30); as quais seriam compradas
pelo sangue de seu Filho (At 20.28); seriam santificadas e purificadas,
libertas da mancha, da ruga e do defeito, sendo a noiva de seu Filho (Ef 5.25-27);
as quais seriam "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus" (1Pd 2.9); as quais seriam uma demonstração
de sua multiforme sabedoria, não só para os homens, mas para os principados e
as potestades nas regiões celestes (Ef 3.10-11). Com a pregação corajosa e
incisiva de Pedro a um público judeu, o efeito do sermão foi poderoso, pois os
ouvintes "compungiu-se-lhes o coração" (At 2.37) e foram instruídos
por Pedro a “Arrependei-vos e seja batizado” (At 2.38). A narrativa termina com
três mil almas sendo adicionadas à comunhão, com o partir do pão e orações, com
sinais apostólicos e maravilhas e com uma comunidade formada na qual as
necessidades de todos eram atendidas.]
SÍNTESE DO
TÓPICO (I)
A
fundamentação evangelizadora da Igreja foi estabelecida pelo Senhor Jesus antes
de Ele ascender aos céus.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“A Igreja e Missões
A evangelização do mundo é o imperativo do Novo Testamento. ‘O evangelho
deve ser proclamado [anunciado] entre todas as nações’ (Mc 13.10, tradução
livre). O Advogado a realizar a tarefa é o Espírito Santo, enquanto que a
instituição escolhida divinamente para a proclamação é a igreja de Jesus
Cristo. Essas são afirmações sérias e bíblicas. Até mesmo uma leitura
superficial do Novo Testamento irá convencer o leitor da relevância da igreja
na atual administração de Deus. Cristo amavaa igreja e deu-se a si mesmo por
ela. Somos assegurados de que no momento Ele está edificando sua igreja eque,
por fim, irá ‘apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, mas
santa é irrepreensível’. Tudo isso está de acordo com o propósito eterno que
Deus tinha em Cristo Jesus nosso Senhor: ‘Para que agora, pela igreja, a
multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos
céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor’ (Ef
5.25-27; 3.10,11). A igreja é a geração eleita, sacerdócio real, nação santa e
povo adquirido por Deus. O propósito desse grande chamado é que a igreja
exponha as virtudes dEle, que a tirou da escuridão para sua maravilhosa luz. A
igreja é uma criação proposital em Cristo Jesus; ela é o corpo de Cristo (sua
manifestação visível) e o templo do Espírito Santo. Ela foi criada no dia de
Pentecostes para personificar o Espírito Santo na realização do propósito de
Deus neste mundo. Missões não é uma imposição feita à igreja, pois faz parte de
sua natureza e deveria ser tão natural para ela quanto as uvas são naturais
para os galhos que se dependuram no vinhedo. Missão flui da constituição, do
caráter, chamado e designo da igreja” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de
Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.244).
II. A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
Quando a
Igreja evangeliza, cumpre integralmente a sua missão, pois integralmente
promove o ser humano.
1.
Evangelização. A
Igreja, tão logo foi estabelecida, saiu de imediato a proclamar o Evangelho,
pois ganhar almas é a sua prioridade máxima. Quanto mais evangelizava, mais o
Senhor operava sinais, prodígios e maravilhas (At 4.29,30). A oração daqueles
crentes pela evangelização do mundo era tão poderosa, que, certa vez, fez
tremer o lugar onde estavam reunidos (At 4.31). A igreja precisa manter o
pentecostes genuíno: sem misticismos, sincretismos e sem alvos mercadológicos. Por
conseguinte, nenhum evento eclesiástico é tão importante quanto a
evangelização. A Igreja deve sair às ruas, aos becos e às comunidades pobres e
esquecidas, a fim de anunciar a Cristo a todos, em todo tempo e lugar. [Comentário: A Igreja iniciou
sofrendo muitas perseguições. Os apóstolos foram presos, alguns apedrejados,
outros mortos e tudo isto porque eles davam testemunho de Jesus Cristo. Eles
pregavam era que Jesus havia ressuscitado, subido ao céu e que voltaria.
Pregavam que era necessário o arrependimento dos pecados e entregar a vida a
Jesus Cristo para obter a salvação. Cristo nos comissiona a evangelizar quatro
lugares: “Jerusalém, Judéia, Samaria e Confins da Terra”. Está claro que a
igreja deve ser um agente transformador da sociedade tanto local, como
globalmente. A única maneira de o mundo ver a Cristo é através da Igreja, que é
o seu corpo. A igreja sou eu e você, portanto temos uma grande responsabilidade
e devemos corresponder ao chamado que Jesus nos confere. Quando seguimos o
modelo fornecido pelo Novo Testamento, a igreja será suficiente para fazer a
obra e terá fartura de obra para fazer. Não há a necessidade nem temos a permissão
para envolver a igreja em outros projetos, organizações ou obras inventados
pelos homens. Assim como Deus rejeitou o fogo oferecido por Nadabe e Abiú (Lv
10.1-7), ele rejeitará obras estranhas que os homens introduzem nas igrejas.
Tão certo como o Senhor desagradou-se quando Uzá estendeu uma mão de ajuda para
fazer o que lhe parecia direito (2Sm 6.1-11), ele não quer nossa
"ajuda" para encontrar um modo mais eficaz de fazer sua obra. Em
ambos os casos de pecados fatais, o problema fundamental foi uma falta em
seguir exatamente o que Deus tinha instruído. Se desconsideramos suas
instruções, não podemos esperar melhor sorte. "Há caminho que ao homem
parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Pv 14.12).]
2.
Missões em Atos. A Igreja
Primitiva não demorou a fazer missões. Após a dispersão dos crentes de
Jerusalém, Filipe desceu a Samaria, onde, com poder e ousadia, pregava o Cristo
ressurreto. As multidões ficavam atentas ouvindo a mensagem pregada por Filipe
e os sinais que ele fazia (At 8.6,7). Em seguida, os discípulos chegaram a
Antioquia que, conforme veremos, seria conhecida como a igreja missionária. De
ação em ação, a Igreja de Cristo veio a alcançar, em apenas uma geração, os
lugares mais remotos daquela época (Cl 1.6). [Comentário: Nenhum plano evangelístico, ainda
que elaborado, terá êxito a menos que retornemos ao cenáculo. Sem o batismo com
o Espírito Santo, não teremos o poder necessário para anunciar o evangelho de
Cristo. Evangelismo e pentecostes são temas gêmeos, inseparáveis. O poder do
alto é insubstituível na vida da igreja. Em Lucas 24 Jesus promete enviar-nos
um consolador, que é o Espírito Santo, e que viria sobre a Igreja em Atos 2 de
forma mais permanente. Ali a Igreja seria revestida de poder. O termo grego
utilizado para ‘consolador’ é ‘parakletos’ e literalmente significa ‘estar ao
lado’. É um termo composto por duas partículas: a preposição ‘para’ - ao lado
de - e ‘kletos’ do verbo ‘kaleo’ que significa chamar. Portanto vemos aqui a
pessoa do Espírito, cumprimento da promessa, habitando a Igreja, estando ao seu
lado para o propósito de Deus. Segundo John Knox a essência da função do
Espírito Santo é estar ao lado da Igreja de Cristo, fazê-la possuir a Face de
Cristo e espalhar o Nome de Cristo. Nesta percepção, O Espírito Santo trabalha
para fazer a Igreja mais parecida com seu Senhor e fazer o nome do Senhor da
Igreja conhecido na terra. A essência da pessoa do Espírito e sua função na
conversão dos perdidos. A Igreja plantada mais rapidamente em todo o Novo
Testamento foi plantada por Paulo em Tessalônica. Ali o apóstolo pregava a
Palavra aos sábados nas sinagogas e durante a semana na praça e o fez durante 3
semanas, nascendo ali uma Igreja. Em 1Ts 1.5 Paulo nos diz que o nosso
evangelho não chegou até vos tão somente em palavra (logia, palavra humana) mas
sobretudo em poder (dunamis, poder de Deus), no Espírito Santo e em plena
convicção (pleroforia, convicção de que lidamos com a verdade).]
3.
Promoção social. A Igreja
Primitiva encarregava-se de promover os novos convertidos integralmente. Ela
não se descuidava das necessidades dos pobres e necessitados; amorosamente as
supria. Se, por um lado, dava-lhes o pão do céu, por outro, não lhes negava o
pão que brota da terra. Isso é evangelização integral. [Comentário: Ainda que a
expressão “missão integral” esteja na moda, o modelo de missão que ela
representa não é recente. Além disso, há muitas igrejas que a praticam sem
necessariamente usar a expressão para referir-se ao que estão fazendo. Por missão
integral entende-se, pela perspectiva bíblica, que não basta falar do amor de
Deus em Cristo Jesus: é preciso vivê-lo e demonstrá-lo em termos de serviço. A
igreja que se compromete com a missão integral entende que seu propósito não é
chegar a ser grande, rica ou politicamente influente, mas sim encarnar os
valores do reino de Deus e manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito
pessoal como em âmbito comunitário. Enquanto a importância da obra da igreja é
claramente espiritual, há também um nítido aspecto material. Em Atos 4.32-37,
os discípulos contribuíram para aliviar as necessidades dos santos. A igreja de
Jerusalém ajudou as viúvas pobres de seu meio (At 6.1-2). Quando as
necessidades dos santos excederam a capacidade da igreja local, outras congregações
enviaram dinheiro para ajudá-los (At 11.29-30; Rm 15.25-26; 1Co 16.1; 2Co 8.4;
9.1-2; etc.) Deste modo, as igrejas mais ricas ajudavam as mais pobres,
demonstrando a verdadeira fraternidade do amor que deverá caracterizar as
igrejas de Cristo. O modelo de Atos 1.8 implica uma ação conjunta, ou seja,
evangelizando Samaria, Judéia e os confins da terra ao mesmo tempo. Jesus não
ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judéia, em
seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu plano-diretor era bem
claro e objetivo: "e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra". Isso implica uma ação
da Igreja (At 13.1-5). Todo os cristãos são chamados para realizar obras de
misericórdia e compaixão. Confiando no mandamento de Deus para amar ao próximo,
os cristãos devem responder com generosidade e compaixão a todas as formas de
necessidades humanas (Mt 25.34-40; Lc 10.25-37; Rm 12.20-21). Jesus curou
doentes, alimentou famintos e ensinou a ignorantes (Mt 15.32; 20.34; Mc 1.41;
10.1), e os que são novas criaturas em Cristo devem por em prática a mesma
compaixão. Ao agirem assim, darão credibilidade ao evangelho que pregam a
respeito de um Salvador cujo amor transforma pecadores naqueles que amam a Deus
e ao próximo (Mt 5.16).]
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
A
evangelização é a missão prioritária da Igreja de Cristo.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“À medida que revisamos o mandato da Grande Comissão, podemos resumir a tarefa
da igreja em várias afirmações que apresentam o padrão e o propósito de
missões. A Grande Comissão declara enfaticamente a soberania do Senhor e assume
completamente a singularidade, finalidade, suficiência, integridade,
universalidade, e o aspecto inclusivo e exclusivo do Evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo. A igreja cristã tem a solene obrigação de fazer o seguinte:
1. Apresentar a Cristo de forma viva, clara, eficaz e persuasiva ao mundo
e ao indivíduo como o Salvador enviado por Deus, o Senhor soberano do Universo
e futuro Juiz da humanidade.
2. Guiar os povos a uma relação de fé com Jesus Cristo a fim de que possam
experimentar perdão dos pecados e renovação de vida. O homem deve nascer
novamente, se quiser herdar vida eterna e amizade eterna com Deus.
3. Separar e congregar os crentes através da realização do batismo,
estabelecendo-os em igrejas atuantes. O companheirismo constitui uma parte
vital da vida cristã.
4. Firmar os cristãos na doutrina, nos princípios e nas práticas da vida,
amizade e serviço cristão, ensinando-os a observar todas as coisas. Isso é
instrução, a criação de discípulos cristãos, a cristianização do indivíduo.
5. Treiná-los a viver no Espírito Santo. Já que a vida cristã contém
exigências e ideais sobrenaturais, ela só pode ser vivida através de uma
confiança plena no Espírito Santo. Se as lições não forem aprendidas cedo, a
vida cristã fica cercada de frustração e torpor; a apatia instala-se, ou as
pessoas acomodam-se a uma vida cristã anormal. Essa é a tragédia de inumeráveis
cristãos que nem mesmo esperam concretizar os ideais bíblicos” (PETERS, George
W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.260).
III. ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
Não
sabemos quem fundou a igreja em Antioquia. Aqueles obreiros anônimos, porém,
souberam como edificá-la na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo.
Dentre os seus membros, saíram os primeiros missionários transculturais do
Cristianismo. [Comentário: A Fundação da
igreja deu-se através dos dispersos por causa da perseguição e morte de Estevão
em Jerusalém (At 7.54-8.2). Eles foram até a Fenícia, Ilha de Chipre e
Antioquia, evangelizando especialmente os judeus. Alguns convertidos na Fenícia
e Chipre se dirigiram para Antioquia e lá anunciaram o evangelho em grego.
Estes missionários gregos de Chipre e Fenícia eram comerciantes e artesãos que
viajavam muito pelo mundo da época. Nesta ocasião foram até Antioquia, que era
um importante centro comercial, para vender seus produtos e, enquanto faziam
isto, anunciavam as maravilhas que haviam presenciado em Jerusalém. A mão do
Senhor era com eles (At 11.21) de tal maneira que muitos se converteram ao
Senhor. A eles se juntaram cristãos vindos de Chipre e Cirenaica, que migraram
também para a cidade. Foi ali que os seguidores de Jesus passaram a ser
chamados de "cristãos". E lá também Paulo iniciou as suas três
viagens missionárias, tema principal dos Atos dos Apóstolos.]
1. Uma
igreja completa. Em
Antioquia, o ministério era completo. Ali, havia profetas e doutores (At 13.1).
Eles souberam como preparar a igreja para evangelizar os gregos, romanos e
bárbaros. A obra missionária deve ser nossa prioridade, ou não conseguiremos
dar cumprimento à Grande Comissão. [Comentário: Diz o texto
sagrado: "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se
converteu ao Senhor" (v. 21). A peculiaridade da Antioquia da Síria
consistia no fato de os discípulos pregarem para os gentios, os quais de bom
grado receberam a mensagem. O número deles agora era considerável. A Igreja
crescia e se expandia, pois não estava mais limitada somente aos judeus. Muitos
haviam se convertido e o Cristianismo havia conquistado pessoas ilustres da
sociedade: "Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e
doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e
Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo" (13.1). Dos
nomes acima mencionados, dois foram escolhidos para a obra missionária: Barnabé
e Saulo. O interessante é que o Espírito Santo escolhe o melhor para as
missões. A Igreja em Antioquia da Síria certamente sentiu falta dos serviços
que eles lhe prestavam, mas, no entanto, os enviou. Certamente, contava com o
trabalho deles ainda por muito tempo. Porém, os caminhos de Deus nãos são os
nossos e muito menos os seus pensamentos (Is 55.8, 9).]
2. Uma
igreja missionária. Enquanto
a igreja e os seus obreiros oravam, jejuavam e serviam ao Senhor, disse o
Espírito Santo: “Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado” (At 13.2). De imediato, o ministério local impôs as mãos sobre os
novos missionários, despedindo-os sob os cuidados do Senhor. A partir daquele
momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a partir do Oriente Médio,
universaliza-se até chegar a você e a mim. [Comentário: A grande ênfase da Igreja de
Antioquia era sua preocupação com a evangelização. Desde o início esta
característica está de forma clara na vida dos cristãos daquela cidade. O apelo
missionário falava mais alto, a ponto de abrirem mão daqueles que por um ano
ensinaram uma multidão: Paulo e Barnabé. O capítulo 13 de Atos conta esta
história. John Stott comenta que “De
acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que
anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas
de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos,
os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como “deixou-os
ir”, livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes
Lucas usa o verbo “adulou” no sentido de soltar. Mas ele também o usa no
sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os
enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido
instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O
primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção
pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a
tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas
pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito.” O que levou a igreja em Antioquia a fazer Missões, por John R. W. Stott,
disponível em http://www.monergismo.com/textos/missoes/missoes_stott.htm]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Antioquia
era uma igreja que tinha uma visão missionária bíblica. De Antioquia saíram os
primeiros missionários transculturais do cristianismo.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Os despediram (At 13.3)
Com estas palavras começa o grande movimento missionário da igreja ‘até
aos confins da terra’ (At 1.8). Os princípios missionários vistos no capítulo
13 de Atos são um modelo para todas as igrejas que enviam missionários.
(1) A atividade missionária é originada pelo Espírito Santo, através de
líderes espirituais que estão profundamente dedicados ao Senhor e ao seu reino,
buscando-o com oração e jejum.
(2) A igreja deve estar atenta ao ministério e atividade proféticos do
Espírito Santo e sua orientação.
(3) Os missionários que são enviados, devem fazê-lo segundo a chamada e a
vontade específica do Espírito Santo.
(4) Mediante a oração e o jejum, a igreja, buscando constantemente estar em
harmonia com a vontade do Espírito Santo, confirma a chamada divina de
determinadas pessoas à obra missionária. O propósito é que a igreja envie somente
aqueles que forem da vontade do Espírito Santo.
(5) Pela imposição de mãos e o envio de missionários, a igreja indica que
se compromete a sustentar e assistir os que saem à obra. A responsabilidade da
igreja que envia missionários inclui demonstrar amor e cuidado para com eles de
um modo digno de Deus, orar por eles e sustentá-los financeiramente. Isso
inclui ofertas especiais de amor para necessidades específicas deles. O
missionário é uma projeção do propósito, interesse e missão da igreja que os envia.
Essa igreja fica sendo, portanto, uma cooperadora da verdade (Fp 1.5)” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, pp.1659,1660).
CONCLUSÃO
A missão
da Igreja de Cristo é evangelizar. Retornemos, pois, ao cenáculo, a fim de que,
no poder e na virtude do Espírito Santo, alcancemos os confins da Terra. Nenhum
evento, enfatizamos, é mais importante e urgente do que ganhar almas para
Cristo. Pense nisto. Busque ganhar para Jesus aqueles que estão morrendo sem
ter esperança de ver Deus. [Comentário: Quando Jesus ficou
diante de Pilatos para ser julgado, ele descreveu a natureza espiritual de seu
reino: "O meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os
meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos
judeus; mas agora o meu reino não é daqui" (João 18:36). Aqueles que saem
do "império das trevas" são transferidos para o "reino do
Filho" (Colossenses 1:13). Jesus "é a cabeça do corpo, da
Igreja" (Colossenses 1:18), e seus súditos gozam de "toda sorte de
bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1:3). Os
soldados que vão batalhar para avançar a causa deste reino espiritual usam a
armadura e as armas espirituais (Efésios 6:10-17; 2 Coríntios 10:3-6) quando
buscam cumprir sua missão espiritual. Usando a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus, servos de Cristo ensinam outros sobre o Senhor e sua graça
salvadora (Romanos 1:16; 2 Timóteo 2:2), "levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). Estes discípulos de Cristo
compartilham o plano eterno de Deus "para que pela igreja, a multiforme sabedoria
de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares
celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso
Senhor" (Efésios 3:10-11).] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina
Grande-PB
Julho de 2016
PARA
REFLETIR
A respeito da igreja como agência evangelizadora, responda:
Por que a Igreja é a agência evangelizadora por excelência?
Porque
Cristo estabeleceu a Igreja e deu a ela uma missão suprema, anunciar o
Evangelho a toda criatura.
O que recomendou Cristo aos apóstolos antes de ser levado aos céus?
Leia
Atos 1.8.
Como a Igreja Primitiva evangelizava?
A
Igreja Primitiva não se descuidava das necessidades dos pobres e necessitados.
Se, por um lado, dava-lhes o pão do céu, por outro, não lhes negava o pão que
brota da terra.
Por que Antioquia é conhecida como a igreja missionária?
Porque
de entre os seus membros saíram os primeiros missionários transculturais do
Cristianismo.
Quando a Igreja começou a universalizar-se?
Quando
a igreja de Antioquia, orientada pelo Espírito Santo, enviou os primeiros
missionários. A partir daquele momento, a Igreja de Cristo, irradiando-se a
partir do Oriente Médio, universaliza-se até chegar a nós.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Igreja, uma agência evangelizadora
A
Teologia Sistemática classifica a Igreja de Cristo com dois conceitos que se
encontram nas Escrituras: igreja visível e igreja invisível. A igreja visível
está identificada com aquele grupo de pessoas que se reúnem em nome de Jesus em
várias partes do globo terrestre. É a igreja geográfica, étnica, forjada num
tempo, numa história e numa cultura. É a igreja que celebra a Cristo em várias
partes do planeta (cf. At 2.1; 13.1,2). Em relação à igreja invisível, as
Escrituras Sagradas se referem a ela como a Igreja, Corpo de Cristo, formada
por milhares de pessoas de todos os tempos e lugares. Essa Igreja é atemporal e
sem limites geográficos. Nela, estão presentes crentes do passado, do presente
e do futuro. A Bíblia chama essa Igreja de o Corpo Místico de Cristo; nome dado
à Igreja Universal que Jesus fundou, onde Ele se fez o “cabeça” da Igreja, a
“pedra de esquina”.
Uma
comunidade escatológica e pentecostal
O Corpo
de Cristo, a Igreja, nasceu historicamente no dia de Pentecostes, conforme
narrado pelo evangelista Lucas, em Atos capítulo 2. Aquele evento foi posterior
ao questionamento dos discípulos a Jesus Ressurreto acerca do futuro,
principalmente a restauração do reino ao povo judeu (At 1.6-11): “Senhor,
quando restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”. A resposta a essa
pergunta desembocou na grande promessa feita a respeito da volta do Senhor:
“Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como
para o céu o viste ir” (v.11). A Igreja é uma comunidade escatológica porque ela
nasceu historicamente debaixo da promessa da vinda do nosso Senhor. Uma
promessa confirmada também no Pentecostes, conforme a profecia de Joel
pronunciada pelo apóstolo Pedro em sua pregação à multidão (Jl 2.31,32; At
2.20,21). Judeus de diversas partes do mundo ouviram aquela mensagem poderosa.
A Igreja
de Cristo é pentecostal porque historicamente nasceu sob o derramamento do
Espírito Santo (At 2.1-13). Num pequeno cenáculo, pessoas foram cheias do
Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, a profetizar e a tomar uma
consciência de coragem e ousadia para proclamar as maravilhas de Deus à
humanidade (At 2.14-36). Por isso, a natureza da atividade evangelística da
Igreja deriva dessa consciência escatológica e pentecostal que produziu
quebrantamento e uma conversão nunca dantes vista por aquela comunidade (v.37).
O Evangelho tomara a mente e os corações das pessoas!