LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 3º Trimestre de 2016
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar
as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 4: O
trabalho e atributos do ganhador de almas
Data: 24 de Julho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Mas
tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre
o teu ministério” (2Tm 4.5). [Comentário: Uma exortação à
fidelidade, mesmo que outras pessoas se desviem. No texto que compreende os
versículos 3 a 8, Paulo baseia seu apelo urgente no fato de que as pessoas
preferirão as fábulas à verdade, e na realidade de sua morte iminente a partir
do versículo 6. Em vista da situação contemporânea, a responsabilidade de
Timóteo era ser fiel em cumprir seu ministério.]
VERDADE PRÁTICA
A missão
do evangelista é falar de Cristo a todos, em todo lugar e tempo, por todos os
meios possíveis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda Ef 4.11 - Evangelista, ministério
primordial
Terça Mt 4.23 - Jesus, o evangelista por
excelência
Quarta Pv 11.30 - Evangelista, um obreiro sábio
Quinta At 21.8 - Filipe, o evangelista
Sexta 2Tm 4.5 - O trabalho de um evangelista
Sábado 2Tm 4.2 - Evangelizando em todo tempo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.26-40.
26. E o
anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul,
ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.
27. E
levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace,
rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e
tinha ido a Jerusalém para adoração,
28. regressava
e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.
29. E
disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.
30. E,
correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?
31. E ele
disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que
subisse e com ele se assentasse.
32. E o
lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro;
e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua
boca.
33. Na
sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração?
Porque a sua vida é tirada da terra.
34. E,
respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De
si mesmo ou de algum outro?
35. Então,
Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
36. E,
indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui
água; que impede que eu seja batizado?
37. E
disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse:
Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
38. E
mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou.
39. E,
quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu
mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.
40. E
Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as
cidades, até que chegou a Cesareia.
HINOS SUGERIDOS
127, 147 e 355 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender o real significado da missão de
evangelista.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Compreender que o evangelista é um ganhador de almas.
- II. Mostrar os atributos de um evangelista.
- III. Saber em que consiste o trabalho de um evangelista.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, já na introdução da aula procure
enfatizar que todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar pessoas
para Cristo. Porém, na lição de hoje, vamos tratar a respeito do dom de
evangelista. Este é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo Espírito Santo.
Os que recebem esse dom são impulsionados, pelo Espírito Santo, a proclamar a
salvação. Paulo, na epístola aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, apresenta o
dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância.
Atualmente, diante da iminente volta de Jesus, a Igreja necessita muito de
evangelistas, pessoas comissionadas por Deus para anunciar o evangelho aos que
estão perdidos, longe de Deus. Ore com seus alunos e peça que o Senhor levante
evangelistas em sua classe.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ganhar
almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos
evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever
de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e
redime plenamente o pecador. Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado
por Deus, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico.
Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas
eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e
com objetivos bem definidos. Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro
tão essencial à expansão do Reino de Deus. [Comentário: O trabalho de
pregar o evangelho é dos crentes individualmente. Cada cristão é responsável
por testemunhar de Cristo e esta responsabilidade é dada numa medida especial
àqueles que receberam o dom de evangelista. Neste sentido, temos a ordem dos
dons claramente indicada em Atos 11 onde os evangelistas pregam o evangelho
(vs. 19 e 20), pessoas crêem
(v. 21), recebem um irmão com o dom de pastor (vs. 22‑24) que os reúne como faz o pastor às
ovelhas, cuidando delas e exortando‑as a permanecerem unidas ao Pastor que é Cristo.
Vêm então a necessidade de alimento mais sólido para aquelas almas e Paulo
(além do próprio Barnabé) vêm exercer o dom de mestres ou doutores (vs. 25‑26) ensinando‑os. O Dom de Evangelista é a
capacidade especial dada pelo Deus Triuno para a sua Igreja, assim como todos
os outros Dons, o Dom de Evangelista também opera para crescimento e edificação
do Corpo de Cristo, também opera na capacitação individual do cristão para o
viver a nova Vida em Cristo Jesus, todavia, talvez seja o Dom mais objetivo na
questão do “Testemunhar” que é a característica de espelhar as atitudes de
Jesus em nossas vidas, em toda e qualquer situação. Como muitos são os Dons
Espirituais em operação na igreja local, o Dom de Evangelista incide em um
percentual pequeno nos membros da igreja local, porém, grande tem sido os
personagens que o recebem e exercem este Dom: Felipe (30 d.C): Primeiro chamado
para o Serviço Diaconal, depois, enviado como evangelista (At 8.39-40); John
Wesley (séc. XVIII): Evangelista inglês, revolucionou sua época com pregações e
apelos públicos à santidade; C. H. Spurgeon (séc. XIX): Pastor Batista inicia
jornada de pregação aos 17 anos, pregando nos EUA e Inglaterra, não somente em
igrejas, mas, teatros, escolas, e praças livres; Billy Graham (séc. XX): Pastor
Batista, conhecido por suas cruzadas internacionais, falando a mais de 2
bilhões de pessoas em muitos países no mundo. Conforme Atos 1.8 – todos que
recebem o Poder do Espírito Santo são enviados à Testemunhar de Cristo, o
Evangelista tem a habilidade irresistível não apenas de Testemunhar (o que
Cristo fez na sua vida pessoal) mas de Apresentar o plano de Salvação Completo (o
que Cristo fez na vida da humanidade).] Dito isto,
vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Evangelista é um dom ministerial.
I. EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
Se a
nossa principal missão é ganhar almas, é inadmissível uma igreja desprovida de
evangelistas. Sem esse ministério, a igreja definha e perde a sua mais preciosa
razão de ser. [Comentário: Já vimos que quem
tem esse dom tem a habilidade sobrenatural dada por Deus para conduzir pessoas
não crentes a Cristo, pois esse dom é primário na igreja, ele visa o
crescimento da igreja]
1.
Definição. A
palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes,
define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à
Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de
Salvação (Ef 4.11; At 8.6). [Comentário: O termo
“evangelista” (gr. ευαγγελιστης << euaggelistēs >>), literalmente
“mensageiro do bem”, deriva do verbo grego euangelizo (evangelizar) e significa
transmitir as boas-novas; é o terceiro a ser indicado pelo apóstolo Paulo na
relação de Efésios 4.11. Como dom, refere-se àquele que é chamado para anunciar
o Evangelho. É concedido por Deus mediante uma capacitação ministerial
objetivando propagar o Evangelho de Cristo para toda a humanidade (Ef 4.11). O
evangelista é aquele que demonstra paixão pela salvação dos perdidos. Ele
esmera-se por buscar da parte de Deus mensagens inspiradas para tocar os
corações e quebrantar a alma dos pecadores. Evangelista, portanto, é a pessoa
que proclama o Evangelho aos que não o aceitaram ainda, com o fim de levar as
boas novas a eles. O evangelista é um porta-voz de Deus. Ele fala aos outros
sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Salvador. O evangelista, em outras
palavras, anuncia a Cristo. Não há nenhuma mensagem mais importante para se
pregar, pois o Evangelho é “o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16).]
2. O
evangelista no Antigo Testamento. A palavra hebraica que designa o portador de
Boas-Novas é basar, que, entre outras
coisas, significa mensageiro e pregador (Is 40.9; 52.7). Em hebraico, a palavra
evangelho é besorah, que também significa
boas notícias, a exemplo de sua congênere em língua grega.
3. O
evangelista em o Novo Testamento. Na Igreja Primitiva, o primeiro discípulo de
Cristo a receber o título de evangelista foi o diácono Filipe (At 21.8).
Todavia, conforme podemos observar por todo o livro de Atos, a igreja, como um
todo, agia e reagia evangelisticamente, haja vista a dispersão dos crentes de
Jerusalém. Por onde passavam, anunciavam as Boas-Novas do Reino (At 8.4). [Comentário: A Bíblia fala
muito pouco sobre esse dom ministerial. A palavra “evangelista”, que é muito
rara na literatura não cristã, embora fosse bastante comum nos escritos
cristãos primitivos, é encontrada tão somente três vezes no Novo Testamento, e
nenhuma delas realmente define com detalhes o que um evangelista é (At 21.8; Ef
4.11; 2Tm 4.5). Nem por isso o ministério de evangelista pode ser considerado
de somenos importância, no contexto dos dons ministeriais, que devem contribuir
para o crescimento e para a edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo. E isto
porque os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas,
pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a
construção da Igreja (Ef 4.11-16).]
4. O
evangelista na era da Igreja Cristã. A História da Igreja Cristã mostra que, em todos
os reavivamentos, o Espírito Santo destaca a evangelização como o principal
evento da igreja. Haja vista o ministério de Wesley, Daniel Berg, Gunnar
Vingren e Bernhard Johnson. Ore para que o Senhor da Seara continue a despertar
a Igreja a um novo avanço evangelístico. [Comentário: Com alguma
frequência, alguns afirmam que o ministério de evangelista é um cargo com
função hierárquica inferior à de pastor e superior à de presbítero. Porém, à
luz da boa hermenêutica dos textos bíblicos, podemos constatar que isso não é
verdade. O evangelista consta da lista dos dons ministeriais, que são dons de
Deus, concedidos por Cristo aos salvos, após sua retumbante vitória sobre a
morte (Ef 4.8-11). Nenhum dom ministerial é superior ou inferior a outro no
Reino de Deus (Rm 12.5). Os cinco dons ministeriais mencionados por Paulo envolvem
as ações e funções dos que são chamados, e não os seus títulos. Eles são
chamados para liderarem e treinarem outros seguidores de Cristo.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O evangelista é chamado e vocacionado
pelo Senhor para ganhar almas.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Evangelistas
No Novo Testamento, evangelistas eram
homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho,
as boas-novas de salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra
numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da
salvação (Rm 1.16).
Filipe, o ‘evangelista’ (At 21.8),
claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do Novo
Testamento. Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35). Muitos foram
salvos e batizados em água. Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos
malignos acompanhavam as suas pregações. Os novos convertidos recebiam a
plenitude do Espírito Santo.
O evangelista é essencial no
propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o
ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de
Deus. Tornar-se-á uma igreja estática e indiferente à obra missionária. A
igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos
perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1815).
II. ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
Do
obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes
atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade
plena e disponibilidade.
1. Amor
às almas. Paulo
tinha um amor tão grande pelas almas que, por estas, chegava a sentir dores
intensas, como se estivesse a dar filhos à luz (Gl 4.19). Por essa razão,
afirmou que não poderia deixar de anunciar o Evangelho (1Co 9.16). Foi esse
amor que constrangeu Filipe a evangelizar Samaria e a dirigir-se “ao caminho
que desce de Jerusalém para Gaza” para falar com um etíope (At 8.26). O
evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E,
de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua
missão. [Comentário: Paulo compara sua ansiedade em
relação aos gálatas ao trabalho de uma mãe no parto. Paulo dá um testemunho
emocionante do profundo sentimento que nutria para com os que havia conduzido à
fé em Cristo. É lógico que o amor deve ser norteador na vida de qualquer
crente, contudo, aquele que foi escolhido por Deus para o ofício de
Evangelista, além do amor, é preciso saber que aqueles a quem for enviado, se
levantarão contra ele. No tempo de Jesus, os evangelistas, enfrentariam
situações comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os
setenta puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem
ter sido rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos
dias atuais, os que são enviados por Cristo, para levarem a mensagem do
evangelho a certas regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde
o século passado, e no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de
sua fé, uma é cristã. Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em
toda a história de Igreja de Cristo. Daí, porque a maior parte dos missionários
está radicada onde já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a
lugares inóspitos e ameaçadores. E compreensível, até certo ponto, mas Jesus mandou
pregar o evangelho a toda criatura. E a tendência da perseguição aos servos de Jesus
é de acentuar-se cada vez mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem
levantado a perseguição institucional, através de governos, dos legislativos e
do Judiciário, mediante a elaboração e aprovação de leis que dificultam e
ameaçam a liberdade para a pregação do evangelho. São “as portas do inferno”,
através das “leis injustas” (Is 10.1). Elas não prevalecerão, como profetizou Jesus,
mas perturbarão e causarão grandes problemas à missão da Igreja. Mas será por
um tempo. Quando Jesus intervier, na sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e
aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.]
2.
Conhecimento da Palavra de Deus. Conhecendo profundamente a Palavra de Deus, Filipe
soube como conduzir a Cristo o mordomo-mor de Candace que, de volta à Etiópia,
vinha lendo o profeta Isaías. Eis como ele foi eficiente: “Então, Filipe,
abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). Lembre-se:
o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da
Palavra da Verdade (2Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e
temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3.15). [Comentário: “Manejar bem a Palavra”,
na linguagem de Paulo, significa “fazer um corte reto”. O pedreiro constrói a
parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor
ara a terra em linhas retas. Semelhantemente, o obreiro do Senhor que
interpreta a Bíblia, terá que interpretá-la corretamente, em linha reta! A
palavra “procura (“spoudason”) significa “apressar-se, ser diligente”. Manejar
bem significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías
1.18, onde Deus convoca Seu povo, “Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor”.
Comentando Atos 8.35, o Pr Elinaldo Renovato escreve: “A mensagem do evangelista foi tão impactante, que o homem converteu-se
e desejou ser um seguidor de Cristo. Após a bem-sucedida evangelização, ao lado
do alto dignitário etíope, Filipe deve ter-lhe falado sobre a necessidade do
batismo em águas. Sem perda de tempo, o novo convertido a Jesus quis logo ser
batizado em águas. Diz o texto (At 8.36, 37). Ali, na estrada deserta, entre
Jerusalém e Gaza, três coisas importantes ocorreram, na vida do evangelista
Filipe. Ele pregou o evangelho, na unção do Espírito Santo; o atento ouvinte
aceitou a Cristo como Salvador; o discipulado foi tão eficaz, que o novo
decidido quis logo batizar-se em águas; e Filipe mostrou qual é a condição para
um novo crente ser batizado: “E lícito, se crês de todo o coração ’. “E mandou
parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou” (At 8.38). O novo convertido foi batizado no mesmo dia em que ouviu a
mensagem evangelística. Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.”]
3.
Espiritualidade plena. O batismo com o Espírito Santo é imprescindível ao exercício eficaz do
ministério evangelístico (At 1.8). Filipe era um homem cheio do Espírito (At
6.2-4). E, por essa razão, teve um ministério pontilhado de milagres e atos
extraordinários (At 8.6,7). Quem evangeliza não se contenta com uma vida
espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em
todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução. [Comentário: O Pr Elinaldo
Renovato, escreve: “Os discípulos estavam
preparados para a Missão, pois aprenderam aos pés de Jesus, ao longo de uma
convivência de cerca de três anos. A virtude do Espírito Santo era o que estava
faltando aos apóstolos ou evangelistas. Eles já eram salvos, mas teriam que
aguardar “a virtude do Espírito Santo”, para serem testemunhas corajosas,
enviadas ao meio de “lobos devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento veio sobre
os discípulos, no Dia de Pentecostes, quando receberam o batismo com o Espírito
Santo (At 2.1-13). Elinaldo Renovato. Dons espirituais
& Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 98-100. É notável a diferença em Pedro antes e depois de
Pentecostes. O revestimento de poder do Espírito Santo trouxe encorajamento,
alegria e fé para pregar destemidamente o evangelho do Jesus vivo e ressurreto;
o resultado, foi um imensa colheita de almas! O Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal (CPAD), traz o seguinte: “Deus
deu a Jesus todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, Jesus disse
aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA, pregando, batizando e
ensinando. “Fazer discípulos” significa educar novos crentes sobre como seguir
a Jesus, submeter-se à soberania de Jesus e assumir a sua missão de serviço
misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a Jesus Cristo em sua
morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida. O batismo
simboliza a submissão a Cristo, a disposição para viver segundo a vontade de Deus,
e a identificação com o povo da aliança de Deus. Batizar em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo é um gesto que afirma a realidade da Trindade, o
conceito que veio diretamente do próprio Senhor Jesus. Ele não disse para
batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Embora
em missões anteriores Jesus tivesse enviado os discípulos somente aos judeus
(10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é
chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham
visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de
todo o mundo a guardar todas as coisas que Jesus tinha mandado. Isto também
mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de Jesus e
a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de Jesus tinham uma
missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de Jesus
para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa. As boas novas do
Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com este mesmo poder e
autoridade, Jesus ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e
os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à porta ao lado ou a
outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a
todos os que chamam Jesus de “Senhor”. Quando obedecermos, sentiremos conforto
sabendo que Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da
presença do Espírito Santo na vida dos crentes. O Espírito Santo será a
presença de Jesus que nunca os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). Jesus continua a
estar conosco hoje, por meio do seu Espírito. Da mesma maneira como este
Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, “Deus conosco” (1.23). As
profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam
as credenciais de Jesus que o qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder
militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado, mas o
Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada
pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais.
Precisamos fazer de Jesus o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador,
Rei e Senhor”. Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.]
4.
Disponibilidade. Embora
fosse casado, o evangelista Filipe estava sempre disponível a cumprir com
excelência o seu ministério. Em Atos 8, encontramo-lo em quatro lugares
diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. E, nem por isso, descuidou de sua
família; suas quatro filhas eram profetisas (At 21.8,9). Filipe evangelizava
tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo. [Comentário: Além da disponibilidade,
há de ter-se prazer neste serviçp. Ninguém merece crédito por fazer a sua
obrigação. Paulo diz: "Pois me é
imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (1Co
9.16). Sem dúvida, ele está se referindo à missão especial que havia recebido
no caminho de Damasco (At 9.6). Ele havia sido um “vaso escolhido” para levar o
nome de Cristo diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel (At 9.15)
e havia sido separado pelo Espírito Santo para esse trabalho especial (13.2).
Portanto, seria impossível fazer outra coisa, a não ser pregar o evangelho, sem
se rebelar diretamente contra Deus (Rm 1.14; G11.15). Pregar era a própria vida
de Paulo, e ele “não podia parar de fazê-lo, da mesma forma como não podia
parar de respirar”. A palavra imposta significa “fortemente impulsionado”.
Assim, pregar era uma “função que ele foi forçado a executar”. Ser Evangelista
é nada menos que isso!]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O
evangelista possui alguns atributos que lhe são concedidos por Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Para auxiliar na compreensão do
tópico, reproduza o quadro abaixo. Inicie fazendo a seguinte indagação: “Quais
são os atributos de um evangelista?”. Ouça os alunos com atenção. À medida que
forem falando as qualidades, vá relacionando no quadro.
III. O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
O
trabalho básico de um evangelista consiste na proclamação do Evangelho, na
apologia da fé cristã e na integração plena do novo convertido.
1.
Proclamação do Evangelho. O trabalho prioritário e intransferível do Evangelista, enfatizamos, é
pregar Cristo a todos, em todo tempo e lugar. Por esse motivo, não deve ele
perder-se em burocracias inúteis e paralisantes. Noutras palavras, que o
evangelista faça, de fato, o trabalho de um evangelista (2Tm 4.5). Quem foi
chamado ao ministério evangelístico deve permanecer fiel à sua vocação (1Co
7.20). [Comentário: O Comentário Bíblico de Matthew Henry
(CPAD), comenta o seguinte: “Porque, se
anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E meu encargo, meu negócio;
é o trabalho para o qual eu fui constituído apóstolo (cap. 1.17). Este é um
dever expressamente colocado sobre mim. Não é em grau algum um assunto de
liberdade. É me imposta essa obrigação. Eu seria falso e infiel à minha crença,
eu violaria uma ordem clara e expressa, e ai de mim se não anunciar o
evangelho!” Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo
de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem. Disso nada é esperado. Quando
ele renuncia ao seu direito por causa do evangelho e das almas dos homens,
embora ele não faça mais que a obrigação, ainda assim nega-se a si mesmo,
renuncia a seu privilégio e direito; ele faz mais do que seu encargo e ofício
em geral (e todas as vezes) o obriga a fazer. Ai dele se não pregar o
evangelho. Note que é uma alta realização na religião renunciar a nossos
próprios direitos para o bem de outros; isto dará direito a uma recompensa
peculiar da parte de Deus”. HENRY. Matthew.
Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.
Editora CPAD. pag. 465.]
2.
Apologia da fé cristã. A proclamação do Evangelho compreende igualmente a apologia da Fé
Cristã (Fp 1.15,16). O verdadeiro evangelista deve estar sempre preparado,
objetivando defender a fé cristã ante as nações e os poderosos. Os últimos
capítulos de Atos mostram como Paulo, além de anunciar Cristo, soube como
defender a esperança evangélica diante das autoridades judaicas e romanas.
Destacamos, outrossim, o seu discurso no Areópago de Atenas (At 17). Não se
furte ao seu dever de apresentar a apologia da fé cristã. Estude, prepare-se e
confie na presença do Espírito Santo. [Comentário: Paulo avisa contra
o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em 2Co 4.2, dizendo: “… rejeitamos as coisas que, por vergonhosas,
se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus…” “Adulterar”,
no original, é “dolos”, que significa “pegar com isca”. Portanto, tem o
sentido de falsificar e corromper. Na antigüidade falsificavam ouro e vinho. Em
todos os tempos levantaram-se falsos “mestres”, e falsos “profetas” que por
ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna
destruição da alma. Pedro referiu-se às epístolas de Paulo dizendo que nelas
haviam “certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis
deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição
deles.” (2Pe3.15,16). Como, então, é importante que saibamos, não “deturpar”,
mas sim interpretar corretamente a Palavra de Deus. Isso significa que todas as
idéias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que a própria
Bíblia seja o intérprete de si mesma. Além disso, é necessário estar pronto
para defender a fé que duma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3). O
termo "apologia" que significa "dar uma defesa", define
a ciência de defender da fé Cristã. Há muitos céticos que duvidam da existência
de Deus e/ou atacam a crença no Deus da Bíblia. Há muitos críticos que atacam a
inspiração e inerrância das Escrituras. Há muitos falsos professores que
promovem doutrinas falsas e negam as verdades básicas da fé Cristã. A missão da
apologética Cristã é combater esses movimentos e promover o Deus Cristão e a
verdade Cristã.]
3. Integração
do novo convertido. Embora o
evangelista não tenha responsabilidades pastorais efetivas, ele não pode
descuidar-se da integração plena do novo convertido. Que cada alma ganha seja
discipulada e incorporada também à igreja visível. O lado social do converso
não pode ser ignorado. [Comentário: Há quem diga que a
porta de saída da igreja é mais larga do que a de entrada, e de fato, isso é
verdade. De cada cem pessoas que aceitam a Cristo, apenas dez descem às águas
batismais, e dessas, apenas três permanecem após o primeiro ano do batismo. Uma
das razões principais para isso é a falta de integração do novo convertido ao
seio da igreja. A igreja não cresce com o simples ato de convidar as pessoas ou
quando elas se decidem a Cristo. Este é apenas o ponto de partida para a vida
cristã. O que leva as pessoas a permanecerem na igreja é quando elas se sentem
amadas e quando se relacionam e são envolvidas com outros (1Jo 1.3; 3.18). Se
alguém aceita a Cristo, o que a igreja fará por ela durante a próxima semana?
Infelizmente pouco fará, ou quase nada fará, pois são deixadas em segundo plano
sem se quer dar-se conta de que estão presentes no culto. A palavra
"discípulo", mathetés, é usada 269 vezes nos
Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou
"treinada", aluno, aprendiz. O Evangelista tem seu quinhão neste
trabalho.]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O evangelista tem como função proclamar
o evangelho.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Evangelista
Aquele que é chamado para pregar o
Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verbo euangelizo. Evangelizar significa trazer boas-novas a alguém, especificamente
anunciar informações a respeito da salvação cristã (1Co 15.1-4). A palavra é
encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados
junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são
chamados para compartilhar a construção da igreja. Filipe foi chamado de ‘o
evangelista’ (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os
apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente
notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e
pregou com grande sucesso. Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da
corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. Então
pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40).
Timóteo, o jovem ministro, foi
exortado a realizar o trabalho de um evangelista como um acompanhamento de sua
supervisão pastoral. Está claro que, embora os apóstolos e outros
compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que Deus chamava
especialmente para essa tarefa.
Nos anos posteriores, os escritores
dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de
forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de Cristo” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.725,726).
CONCLUSÃO
Filipe destacou-se como o maior
evangelista da Igreja Primitiva. Evangelizando a Judeia, chegou a Samaria.
Portanto, que todos nós façamos com excelência o trabalho de um evangelista. A
responsabilidade é de todos. Então, proclamemos Cristo a tempo e fora de tempo. [Comentário: O terceiro ofício
listado por Paulo em Efésios é o de evangelista. Este ofício é freqüentemente
mal-interpretado hoje, isso é notório na hierarquia de nossas igrejas quando o chamado
Evangelista é o ocupante de um cargo equivalente ao de Pastor. O moderno
“evangelista” é alguém que prega o evangelho onde ele ainda não é conhecido.
Assim, os plantadores de igreja, missionários e pregadores de rua são freqüentemente
chamados de evangelistas. De fato, o evangelista moderno gasta a maior parte do
tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo, mesmo o título de “evangelista” estando
ainda em uso hoje, se deve fazer distinção entre o ofício de evangelista do
Novo Testamento e seu conceito moderno. Biblicamente, é um dom de Deus,
concedido através da capacitação espiritual e ministerial para a propagação do
evangelho de Cristo a todas as pessoas que estiverem ao alcance da mensagem do
obreiro que tem a chamada para cuidar da evangelização, como prioridade em sua
missão. O evangelista esmera-se em buscar de Deus mensagens inspiradas e cheias
de unção para tocarem os corações dos pecadores. O evangelista é por excelência
o pregador das Boas-Novas de salvação. O salmista viu o trabalho dos
evangelistas, em mensagem profética: “O Senhor deu a palavra; grande era o
exército dos que anunciavam as boas-novas” (Sl 68.11). Nos dias presentes, há
muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo afora, difundindo a
pregação do evangelho de salvação em Cristo Jesus. Seus corações ardem de amor
pelas almas perdidas, e elaboram mensagens, com oração, jejum e estudo da
Palavra, para que, na hora do sermão, sejam instrumentos nas mãos de Deus para
alcançar a mente e o coração dos que precisam de Cristo. Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora
CPAD. pag. 101.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Julho de 2016
PARA REFLETIR
A respeito da missão do evangelista, responda:
Defina o evangelista.
A
palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro
vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo,
visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação.
Segundo a lição, qual o maior evangelista da Igreja Primitiva?
Filipe.
Em Atos 8, quais os lugares evangelizados por Filipe?
Em
Atos capítulo 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza,
Azoto e Cesareia.
Quais os atributos de um evangelista?
Amor
às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e
disponibilidade.
Quais as funções de um evangelista?
Proclamação
do Evangelho, apologia da fé cristã e integração do novo convertido.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Evangelista, o agente das Boas Novas
Amar sem
reservas a pessoa toda e não economizar esforços para alcançá-la em todas as
esferas da sua existência é a razão da vida de todo evangelista. Este é o
portador das Boas Novas, o arauto do Reino de Deus numa sociedade dominada
pelas ideias e cosmovisões que afrontam o propósito do Altíssimo para a
humanidade. Amar, amar, amar... É a palavra-chave do evangelista!
Antigo e
Novo Testamento: a fundamentação bíblica do ministério do Evangelista
No Antigo
Testamento, o ministério que lembra o do Evangelista neotestamentário é o de
Profeta. A palavra hebraica que aparece em Isaías 40.9 e 52.7 traz a ideia de
“mensageiro” e “pregador”. Note que o ministério do profeta veterotestamentário
visava convencer o rei ou o povo dos seus pecados e os estimulava a fazer o
caminho do arrependimento em amor e sinceridade.
Em o Novo
Testamento, o ministério de Evangelista é apresentado claramente pelo diácono
Filipe. O livro de Atos nos conta que este evangelista evangelizou uma cidade
inteira: Samaria (At 8.4-7), além de levar o maior tempo individualmente com o
eunuco (At 8.26-40). “Entedes o que lês?”, foi a pergunta do evangelista ao
eunuco. Percebendo a inabilidade do eunuco com as Escrituras, o evangelista
passou-lhe a explicar a Escritura.
Sagradas
Escrituras: o fundamento de quem evangeliza
Tanto o
Antigo quanto o Novo Testamento nos mostram que as Escrituras Sagradas são o
fundamento do evangelista. O seu trabalho vai desde o anúncio do Evangelho à
integração do novo convertido, passando obrigatoriamente pela apologia da fé
evangélica. Essas frentes de trabalho passam pelas Escrituras como o esteio do
ministério do evangelista. A Igreja de Cristo precisa de evangelista
carismático que honrem a Deus e ame o próximo.
O
Evangelista consciente do seu ministério
Não nos
referimos aqui necessariamente a um ministério baseado na itinerância, até
porque a itinerância contemporânea se dá muito mais para ministrar a crentes do
que para ministrar entre não-crentes. Portanto, a itinerância do evangelista é
fundamentalmente uma itinerância secular, no sentido de encontro com os
seculares, com os não-crentes, os que não conhecem o Evangelho. O evangelista
consciente do seu ministério não é necessariamente midiático, mas comunitário.
Ele vai de comunidade em comunidade, rua a rua, casa a casa, pessoa a pessoa. Ele
vai a lugares que ninguém vai. Ele prega onde Cristo nunca foi anunciado.