Lição 13: O destino final dos mortos
Data: 27 de Março de 2016
TEXTO ÁUREO
“Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
(1Co 15.19).
VERDADE PRÁTICA
Os
salvos, que morrerram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a
esperam no Hades, em sofrimento indizível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Dn 12.2 - Os que dormem no Senhor ressuscitarão
Terça — Sl 9.17 - Os ímpios serão lançados no lago de fogo
Quarta — Pv 15.24 - Para o tolo o caminho do inferno está “embaixo”
Quinta — Ap 14.13 - Felizes os que desde agora morrem no Senhor
Sexta — Fp 1.21 - O crente não teme a morte, pois para o salvo “o
morrer é ganho”
Sábado — Fp 3.21 - O corpo do salvo ressurreto será semelhante ao do
Senhor Jesus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 16.19-26.
19 — Ora, havia um homem rico, e
vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e
esplendidamente.
20 — Havia também um certo
mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 — E desejava alimentar-se com
as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as
chagas.
22 — E aconteceu que o mendigo
morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e
foi sepultado.
23 — E, no Hades, ergueu os olhos,
estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 — E, clamando, disse: Abraão,
meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do
seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 — Disse, porém, Abraão: Filho,
lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males;
e, agora, este é consolado, e tu, atormentado.
26 — E, além disso, está posto um
grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
HINOS SUGERIDOS
83, 187 e 206 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que os salvos vão aguardar a ressurreição no Paraíso de Deus e os ímpios a
esperam no Hades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- I. Explicar o estado intermediário dos mortos;
- II. Saber a real situação espiritual dos mortos;
- III. Mostrar o destino final dos mortos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a
graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as lições
tenham implantado nos corações de seus alunos a esperança de que Jesus voltará
a qualquer momento. Essa é a nossa real espera. Na lição de hoje, estudaremos a
respeito do destino final dos crentes e dos ímpios que já morreram. A Palavra de
Deus nos assegura que os mortos em Cristo ressuscitarão para a vida eterna ao
lado do Salvador. Esse é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão
ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá
dor, vergonha e tristeza. Que possamos anunciar o Evangelho, ganhando pessoas
para Cristo e livrando-as da condenação eterna.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição
de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e dos salvos em Jesus Cristo. A
Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus
Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para
os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação
eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus. [Comentário: “Em Lucas 16.23,
diz que o rico foi para o ‘Hades’ e Lázaro para o ‘Seio de Abraão‘. A pergunta
é: onde se situava um e outro lugar. Em primeira instância podemos declarar que
é impossível situar a localização geográfica destes dois lugares, por se tratar
da habitação dos espíritos. Todavia, apresentaremos a posição bíblica
analisando ambos, dentro do parâmetro contextual divino “além-túmulo”. Nas
Escrituras hebraicas, a palavra usada para descrever o reino dos mortos é
Sheol. Ela significa simplesmente o "lugar dos mortos" ou o
"lugar das almas/ espíritos que partiram." A palavra grega do Novo
Testamento usada para "inferno" é hades, que também se refere ao
"lugar dos mortos". A palavra grega gehenna também é usada no Novo
Testamento para "inferno" e é derivada da palavra hebraica hinnom.
Outras Escrituras no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar
temporário onde as almas dos infiéis são mantidas enquanto aguardam a
ressurreição e julgamento final no julgamento do Grande Trono Branco. Ao
morrerem fisicamente, as almas dos justos vão diretamente para a presença de
Deus - céu/paraíso/seio de Abraão (Lc 23.43; 2Co 5.8, Fp 1.23). Lázaro foi para
o seio de Abraão e o rico para o inferno. Eles permaneceram num estado
consciente, um está no lugar de punição e o outro no lugar de recompensa, e não
há possibilidade de saírem de onde estão. Essa parábola ensina que depois da
morte as almas dos salvos vão para o paraíso, enquanto que as almas dos
perdidos vão para o inferno. Só existem esses dois lugares e quem foi para um
deles não pode mais sair. Por três vezes em Marcos 9, Jesus adverte aos
discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e
cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus
também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA-
inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não
morre”. É sobre esta descrição terrível vindo da doce voz do Senhor, que
estudaremos hoje.] Dito isto, vamos
pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
Os
crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar para a vida eterna e os ímpios
para o castigo eterno.
I. O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que
é? É o
estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos
ímpios. Os salvos terão um destino diferente dos ímpios: “Não vos maravilheis
disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua
voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que
fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29). A Palavra de
Deus afirma que não existe purgatório e que também não há o “sono da alma”, nem
tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depois da morte segue-se o juízo
divino. [Comentário: A morte é a
cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma
vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra sepultado,
no momento da morte seu espírito vai imediatamente para a presença de Deus com
regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança
e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar
ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo
é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao
ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2
3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos comparecem para adorar
juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença
dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em
mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na sepultura,
pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo
será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente.
No ensino da Igreja Católica Romana, o purgatório é o lugar para onde a alma
dos crentes vai a fim de ser purificada do pecado, até que esteja pronta para
ser admitida no céu. De acordo com esse pensamento os sofrimentos do purgatório
são dados por Deus em substituição à punição dos pecados que os crentes
deveriam ter recebido nesta vida, mas não receberam. Essa doutrina romana não
tem respaldo bíblico e é contrária aos versículos citados anteriormente.]
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol
é um termo hebraico que pode significar sepultura ou “lugar ou estado dos
mortos”. Em o Novo Testamento, Sheol é
traduzido por Hades. Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios.
Deus livra o justo do Sheol ou da
sepultura (Sl 49.15). O Sheol (inferno) é
lugar de punição para os ímpios que não se arrependeram dos seus pecados e não
entregaram suas vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17). O vocábulo “paraíso” é de
origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos
tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece
apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2Co 12.4; Ap 2.7). [Comentário: No Antigo
Testamento a palavra Sheol ocorre sessenta e cinco vezes e é traduzida na
versão inglesa da Bíblia trinta e uma vezes como "sepultura", três
vezes como "abismo" e trinta e uma vezes como "inferno", o
que significa que os excelentes tradutores da versão inglesa de 1611 não
consideraram a palavra como tendo um significado uniforme. Ela aparece na
versão grega sessenta e uma vezes como Hades, duas vezes (2 Sm 22:6 e Pv 23:14)
como "morte" (thanatos), enquanto em duas passagens (Jó 24:19 e Ez
32:21) não exista uma contrapartida exata das referências hebraicas que esteja
reproduzida na Septuaginta, e por isso não há uma representação dessa palavra
nestes casos. Já nas passagens que se seguem (existem outras), como Gn 37:35;
Gn 42:38; Gn 44:29, 31: Nm 16:30, 33; 1 Rs 2:6, 9; Sl 49:15; Sl 141:7, a
palavra Sheol pode muito bem não significar nada além de "túmulo" ou
"sepultura", e é assim que aparece na Versão Autorizada (King James)
(exceto em Nm 16, onde aparece como "abismo"); enquanto nos demais
lugares costuma ser feita uma referência genérica como o lugar para onde vão os
espíritos que partiram. A sepultura recebe o corpo. Assim, no Antigo Testamento
a palavra Sheol (ou Seol) é usada para ambos receptáculos. Todavia, quando
vamos para o Novo Testamento essa indefinição desaparece, pois vida e
incorrupção são coisas que agora são desvendadas ao longo do evangelho. O
Hades, uma representação genérica da palavra Sheol (Seol) aparece no Novo
Testamento restrito ao mundo invisível dos espíritos separados, ou como
"morte", ou como a sepultura, e aplica-se (Ap 20) apenas ao corpo, e
não à alma ou ao espírito. É o corpo que morre; enquanto o espírito retorna
para Deus que o deu. O espírito e a alma nunca deixam de existir, seja para o
bem, seja para o mal. Além disso, o Hades recebe apenas os ímpios; enquanto o
crente, quando chamado a morrer, não vai para o Hades, mas para o Paraíso. http://www.respondi.com.br/2011/04/o-que-biblia-ensina-sobre-o-sheol-ou.html]
3. O
lugar dos mortos. Os
Teólogos entendem que “o lugar dos mortos”, o Hades,
estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o texto de Lucas
16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus,
foi levado para o “Seio de Abraão”, ou ao Paraíso, estando em repouso e
felicidade. O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer
Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol
(Sl 16.10; 49.15), “ao mundo inferior dos espíritos” (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e
libertou os santos do Antigo Testamento levando-os consigo para o paraíso
celestial (Ef 4.8-10). O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição
foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2Co 12.2). Desde então, os
espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a
condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima
(Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv
15.24b). [Comentário: Esse
entendimento não é unânime. Ao dizer que ficaria "o Filho do homem três
dias e três noites no seio da terra" (Mt 12.40), e que o Senhor
"tinha descido às partes mais baixas da terra" (Ef 4.9), é entendido como
a sepultura. O Senhor não apenas morreu, mas foi sepultado e ressuscitou no
terceiro dia. Jonas era um sinal disso. O Salmo 139.15 pode nos ajudar a nos
guardarmos de uma interpretação muito literal das palavras "partes mais
baixas da terra" que poderiam parecer indicar como algo fora de vista ou
um lugar escondido. Antes da vinda do Salvador o seio de Abraão representava o
ápice da bênção para o judeu piedoso, considerando que Abraão foi chamado de
amigo de Deus! Estar "com Cristo" é a perspectiva de bênção que o
cristão tem agora revelada para si. Isso ocorre no Paraíso de Deus, nas
alturas. O Paraíso não é o Hades, e tampouco Abraão esteve no Hades, mas é
visto "ao longe" das almas atormentadas que estão no Hades (Lc 16.23).
É loucura alguém pensar que o Senhor desceu ao Hades e libertou qualquer um que
estivesse ali. O Senhor não foi ao Hades, mas ao Paraíso. Tampouco as
Escrituras dão qualquer ideia de que exista uma libertação do Hades. Juízes 5.12;
Salmos 68.18, Efésios 4.8 falam, não de ter libertado prisioneiros, mas de ter
levado cativo o cativeiro e os poderes opressores do mal, aqui chamados de
"cativeiro". Cristo derrotou as potestades e principados (maus) e os
exibiu publicamente ao triunfar sobre eles (Cl 2.15). Ele levou cativo o
próprio cativeiro; não existe qualquer menção de ter livrado cativos do
inferno, como alguns querem entender. Assim, discordo da tese defendida por Myer
Pearlman e apresentada neste subtópico e sugiro que os leitores reflitam sobre
isso.]
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os
salvos em Jesus Cristo e os ímpios terão um destino final diferente.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Seol
O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para
descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego
como ‘hades’, e o Novo
Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16.23). Nas traduções do Antigo
Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente como ‘inferno’, ‘cova’
e ‘sepultura’. Seol pode ter
diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma confusão e
diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu significado. Seja
a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais das profundezas, a
antítese dos mais altos céus (Jó 11.8; cf. Pv 9.18). Seol também se refere a
um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de libertar” (LAHAYE, Tim.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008,
p.417).
II. A SITUAÇÃO DOS MORTOS
Qual é a
real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a
diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte. Vejamos: [Comentário: Classicamente, o
cristianismo tem defendido que, após a morte, enquanto o corpo vai para a
sepultura, o espírito vai para o chamado “Estado Intermediário”. Esse local diz
respeito a onde estão, por um lado, os que foram salvos em Cristo, no caso do
céu, e por outro, os que foram condenados por seus pecados, no caso o inferno.
Surgiram outras interpretações. Testemunhas de Jeová e Adventistas defendem o
chamado “sono da alma”, ou seja, que todas as almas, quer de ímpios quer de
crentes ficam dormindo até o dia da ressurreição.]
1. O
estado intermediário dos salvos. Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o
estado intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até
o Paraíso (v.22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem
recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: “Hoje estarás comigo
no Paraíso” (Lc 23.42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no
lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus. [Comentário: Depois da morte
as almas dos salvos vão para o paraíso, o seio de Abraão. Esta doutrina bíblica
é uma grande benção para o crente, já que nos assegura que ao ser chamado nosso
nome, de imediato estaremos no paraíso com o Senhor.]
2. Os
justos são recebidos pelo Senhor. É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito
dos justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está
narrado em Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar
gloriosamente os que o aceitaram como Salvador. Os que morreram em Cristo, bem
como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e
consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece,
falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc 9.30-32), ao lado de
Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias. A
despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é
um ganho: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. Paulo tinha o
“desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp
1.21,23).
[Comentário: O Rev Leandro Antônio de Lima, pastor da Igreja
Presbiteriana de Santo Amaro-SP, esclarece: “As almas dos que já morreram estão
no céu ou no inferno, e estão lá conscientes. Um dado interessante quanto a
isso, é que elas estão nesses dois lugares temporariamente. O estado em que
estão as almas depois da morte, seja o céu ou o inferno, é chamado de
intermediário porque não corresponde ao local definitivo onde, tanto os salvos
quanto os condenados, habitarão eternamente. As almas dos salvos no céu e as
almas dos condenados no inferno aguardam pelo último dia, o dia da
ressurreição. Naquele dia, de acordo com a Bíblia, todos ressuscitarão (Dn
12.2; Ver 1Co 15.52; 1Ts 4.16). Após a ressurreição os perdidos que estavam no
inferno irão para o lago de fogo (Ap 20.15), e os salvos que estavam no céu
para o novo céu e a nova terra (Ap 21.1). O motivo é simples: Deus não criou o
ser humano para viver sem corpo. Atualmente, tanto no céu como no inferno, as
almas estão despidas de seus corpos, o futuro lhes assegura que um dia se
reunirão a seus corpos.” http://www.cacp.org.br/para-onde-vao-as-almas-das-pessoas-que-morreram/.]
3. O
estado intermediário dos ímpios. Eles vão para o Sheol
ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu
destino final (Sl 9.17). Nesse “estado intermediário”, aguardam seu julgamento
final. O Hades é um lugar “embaixo”, ou
seja, oposto ao céu (“seio de Abraão”). O rico “ergueu os olhos”, vendo “ao
longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (v.23): “Para o sábio, o caminho da vida é
para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo” (Pv 15.24). Fato
é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em
“tormentos” (v.23) e clamava pedindo misericórdia (v.24). Os ímpios que
morreram sem Cristo estão “em prisão” (1Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos
que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem
ser consolados por ninguém: “E, além disso, está posto um grande abismo entre
nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam,
nem tampouco os de lá, passar para cá” (v.26). Fica, pois, evidente que aqueles
que descem ao Hades não podem se
comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade
de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (vv.27-31). [Comentário: O Concise Bible
Dictionary define: “Os que morrem vão para o hades, mas aguardam o juízo final
em um estado consciente de tormento. Somente após o Trono Branco (Apocalipse.
20) é que serão lançados no inferno propriamente dito, que será muito maior em
sofrimento do que o experimentado no Hades. Da mesma forma, os que morrem em
Cristo, vão à Sua bendita presença, como Paulo disse, "...partir (morrer)
e estar com Cristo" (Fl 1.3). Mas no arrebatamento, que será antes da
tribulação, os que morreram em Cristo serão ressuscitados dentre os mortos,
como Cristo, cujo corpo ficou sepultado três dias e três noites, mas disse ao
ladrão, "ainda HOJE estarás comigo no paraíso". Cristo é as primícias
dos que dormem, (1 Coríntios 15.20) ou seja, Ele ressuscitou primeiro, e nós
seremos igualmente ressuscitados pelo mesmo poder que O ressuscitou. Passaremos
por uma mesma experiência (1 Coríntios 15.23). O estado do crente após a sua
morte, é de gozo, mas não é igual ao estado que ele estará após a ressurreição,
que se dará, para os salvos, no arrebatamento”.]]
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O salvo em Jesus Cristo ao morrer é
conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“O Estado Final dos Ímpios
A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que
vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e
ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de
Deus (Mt 22.13; 25.30). É uma ‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo
pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua
(2Tm 1.9), e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre’ (Ap 14.11; cf.
20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo
aplicável a isso.
Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap
20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15),
será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre
a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co
15.26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)” (HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.642,43).
III. O DESTINO FINAL DOS MORTOS
Após
passarem pelo “estado intermediário”, os mortos ressuscitarão. Os salvos irão
para a “vida eterna” e os ímpios, “para desprezo eterno” (Jo 5.28,29).
1. O
estado final dos salvos. Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do
Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a
eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se
tornarão incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo que morreu será
transformado por Deus e ressuscitará “em glória”, semelhante ao corpo de Jesus
ao ressuscitar (Fp 3.21). [Comentário:
Wayne Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A
morte é a cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o
corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra
sepultado, no momento da morte sua alma (ou espírito) vai imediatamente para a
presença de Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz:
“Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o
Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele
também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”
(Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que estava à sua direita: “Hoje você estará
comigo no paraíso” (Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os cristãos
comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu,
mas também à presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23).
Contudo, como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo
para sempre na sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será
reunida ao corpo, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes
viverão com Cristo eternamente. Deus não deixará nosso corpo morto na sepultura
para sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito
(ou alma) — ele nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de
nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra redentora de Cristo a nós não será
completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e
trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de
nosso corpo ocorrerá somente quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os
mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela “redenção do nosso
corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O
estágio da aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo
ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se àquele dia futuro, Paulo
diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17). Além disso, quando
Paulo traça os passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a
glorificação: “E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também
justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30). Podemos definir
glorificação da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação
da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar e ressuscitar dentre os
mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e
reuni-los às respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que
permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes ao mesmo tempo um corpo
ressuscitado perfeito igual ao seu”. Extraído da Teologia Sistemática de Wayne
Grudem - Editora Vida Nova]
2. O
estado final dos ímpios. Os ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde “haverá pranto e ranger de
dentes” (Mt 22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do
Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam
impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram
de mal (2Ts 1.9). [Comentário: Wayne
Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A
Escritura nunca nos encoraja a pensar que as pessoas terão outra oportunidade
de confiar em Cristo após a morte. De fato, trata-se exatamente do contrário. A
parábola de Jesus a respeito do rico e de Lázaro não dá esperança alguma de que
as pessoas possam passar do inferno para o céu após terem morrido. Embora o
rico no inferno tivesse gritado : “Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda
que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque
estou sofrendo muito neste fogo”, Abraão lhe respondeu: “entre vocês e nós há
um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu,
ou do seu lado para o nosso, não conseguem”(Lc 16.24-26). O livro de Hebreus
associa a morte com a conseqüência do julgamento em uma seqüência imediata: “Da
mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo” (Hb 9.27). Além disso, a Escritura nunca apresenta o juízo
final como dependente de qualquer coisa feita após a nossa morte, mas
dependendo somente do que aconteceu nesta vida (Mt 25.31-46; Rm 2.5-10; cf. 2Co
5. 10) . Alguns argumentam a favor de outra oportunidade para se crer no
evangelho com base na pregação de Cristo aos espíritos em prisão em 1 Pedro
3.18-20 e na pregação do evangelho “a mortos” em 1 Pedro 4.6 , mas essas são
interpretações inadequadas dos versículos em questão e, numa análise mais
precisa, não dão apoio a tal pensamento. Devemos também perceber que a idéia de
que haverá outra oportunidade de aceitar Cristo após a morte é baseada na
suposição de que cada pessoa merece uma oportunidade para aceitar Cristo e que
a punição eterna vem aos que conscientemente decidem rejeitá-lo. Mas certamente
essa idéia não tem o apoio da Escritura; todos nós somos pecadores por natureza
e escolha, e realmente ninguém merece nenhuma graça de Deus nem nenhuma
oportunidade de ouvir o evangelho de Cristo — que vêm ao homem somente por
causa do favor imerecido de Deus. A condenação vem não somente por causa da
rejeição deliberada de Cristo, mas também por causa dos pecados que todos
cometemos e da rebelião contra Deus que esses pecados representam (v. Jo 3.18) Embora
os descrentes passem para o estado de punição eterna imediatamente após a
morte, o corpo deles não será ressuscitado até o dia do juízo. Naquele dia, o
corpo de cada um será ressuscitado e reunido à alma, e comparecerão perante o
trono de Deus para o juízo final que vai ser pronunciado sobre eles, incluindo
o corpo (v. Mt 25.31-46; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 20.12,1 5) . Isso nos conduz
à consideração da ressurreição do corpo do crente, que é o passo final de sua
redenção”. Extraído da Teologia Sistemática de Wayne Grudem - Editora Vida
Nova]
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O salvo em Jesus Cristo ao morrer é
conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“O Estado Final dos Justos
A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do
que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova
Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do
Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele sempre
nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão
com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o Pai, o
Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será
emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para
oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas
(Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para
explorarmos?” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.645).
CONCLUSÃO
O estudo
da Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os tempos,
principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender que a
vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento. Que você possa prosseguir
com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e
esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O
arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo. [Comentário:
Finalizamos assim, o estudo deste maravilhoso tema. Seu enfoque foi
consiso e necessita de um aprofundamento se quisermos ter um domínio adequado e
até mesmo, nos posicionarmos, dado que existem muitas outras visões sobre este
tema. Sugiro a leitura do Manual de Escatologia de J. Dwight Pentecost, Ed
Vida. Para concluir, quando Cristo retornar, ele nos dará novos corpos para que
sejam iguais ao seu corpo ressurreto: “... sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (lJo 3.2;
essa afirmação é verdadeira não somente no sentido ético, mas também em termos
de nosso corpo físico; cf. 1 Co 15.49; tb. Rm 8.29). Tal segurança proporciona
a afirmação clara de que a criação física de Deus é boa. Viveremos nos corpos
que terão todas as qualidades excelentes que Deus criou para que as tivéssemos
e, assim, para sempre seremos prova viva da sabedoria de Deus em fazer tudo na
criação material, desde o princípio, “muito bom” (Gn 1.31). Viveremos como
crentes ressuscitados no novo corpo,e ele será adequado para a nossa habitação
nos “novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pe 3.13).] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Francisco
Barbosa
Hoje, em Campina
Grande-PB
Março de
2016
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
O que é o estado intermediário?
É
o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos
ímpios.
O que significa Sheol?
Sheol
é um termo hebraico que pode significar sepultura ou “lugar ou estado dos
mortos”.
A quem é destinado o Hades?
Hades
é visto como um lugar destinado aos ímpios.
Qual o significado do vocábulo “Paraíso”?
O
vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e
harmonia.
Quem recebe os justos depois da morte?
É
o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O destino final dos mortos
A vida
após a morte dá margem para muitas especulações. Na religião, essas
especulações chegaram a graus absurdos. Para se ter ideia das especulações que
proliferaram ao longo da história da humanidade, dê uma olhada na tabela
abaixo, sugiro que o prezado professor a reproduza para introduzir o assunto, o
Estado Intermediário, no primeiro tópico:
Após
apresentar essas teorias, exponha o que a Bíblia diz sobre o estado chamado de
“intermediário”, conforme está na lição: situação após a morte, que não
significa um estado de purificação, ou retorno “eterno” ou de uma inconsciência
sem fim. A Palavra de Deus diz que quando nos encontrarmos com o Senhor
estaremos imediatamente com o Ele num estado de descanso (Ap 14.13), de serviço
(Ap 7.15) e de santidade (Ap 7.14).
O Estado
Eterno
As
Escrituras mostram com clareza que na morte não termina a vida; se inicia
outra. Há uma crise humana em lidar com a morte e a finitude da vida.
Inconscientemente, o ser humano.tem a “consciência” da eternidade. Portanto,
ouçamos a pergunta de Jesus, na parábola do rico insensato, e meditemos: “Mas
Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado
para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para
com Deus” (Lc 12.20,21; cf. 12.13-21).
O Destino
dos ímpios
São os
perversos em natureza, sem amor no coração, que vivem a vida com o objetivo de
fazer o mal e a perversidade para o outro, para a tristeza eterna, ouvirão do
Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o
diabo e seus anjos” (Mt 25.41; cf. 25.42-46; Dn 12.2; Ap 20.12; 21.8; 22.15).
O Destino
dos Justos
Mas
aqueles que pela fé foram alcançados pela graça de Deus, deram lugar a uma nova
natureza, com o amor no coração, vivendo com o objetivo de fazer o bem para o
outro, ouvirão do Senhor: “Vinde, benditos do meu Pai, possuí por herança o
Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34; cf.
25.35-40; Dn 12.2; Ap 21.5-7; 22.12-14).