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4º
Trimestre de 2014
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Lição 7
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16 de Novembro de 2014
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Lição 7: Integridade em
tempos de crise
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TEXTO ÁUREO
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“Então, os príncipes e os presidentes procuravam
achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião
ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem
culpa” (Dn 6.4).
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VERDADE PRÁTICA
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A integridade deve ser a nossa marca,
compreendendo igualmente coração, mente e vontade.
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HINOS SUGERIDOS
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175, 310, 394.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 6.3-5,10,11,15,16,20.
3
- Então o mesmo Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque
nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o
reino.
4
- Então os príncipes e os presidentes procuraram achar ocasião contra Daniel a
respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era
fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
5
- Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este
Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
10
- Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua
casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três
vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus,
como também antes costumava fazer.
11
- Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante
do seu Deus.
15
- Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que
é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei
determine, se pode mudar.
16
- Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões.
E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves,
ele te livrará.
20
- E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei,
disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! dar-se-ia o caso que o teu Deus, a
quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido.
- Analisar o caráter íntegro de Daniel.
- Compreender porque Daniel foi parar na cova dos leões.
PALAVRA CHAVE
Integridade: Caráter, qualidade de uma
pessoa íntegra, honesta, incorruptível, cujos atos e atitudes são
irrepreensíveis.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O capítulo seis do
livro de Daniel, objeto de estudo desta lição, destaca o valor da integridade
moral e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario. Daniel
agora era um homem idoso, todavia, sua fé em Deus e sua fidelidade permaneceram
inabaláveis, mesmo diante das falsas acusações e da condenação que fizeram com
que ele enfrentasse a cova dos leões. [Comentário:
A lição desta história é a lição da lealdade aos mandamentos de Deus, É
a historia de um homem que se manteve integro durante sua vida independente das
circunstancias. A integridade parece ser uma virtude em extinção. Vivemos uma
crise de integridade sem precedentes no mundo. Mudam os governos, mudam os
partidos, mudam as leis, mas a corrupção continua instalada em todos os
segmentos da política nacional e internacional. As CPIs destampam os esgotos
nauseabundos de contínuos atos de corrupção nos corredores do poder, em que
transitam desavergonhadamente as ratazanas esfaimadas que mordem sem piedade o
erário público. Os escândalos se multiplicam. Políticos sem escrúpulo se
abastecem das riquezas da nação e deixam os pobres de estômago vazio. Há falta
de integridade na família. A fidelidade conjugal está ameaçada. A multiplicação
dos divórcios por motivos banais é proclamada como uma conquista. O Brasil
realizou, com ufanismo, a maior parada gay do mundo, com 1,5 milhão de pessoas,
em São Paulo, no ano de 2004, sob os aplausos de eminentes políticos da nossa
nação. Há falta de integridade moral nos vários segmentos da sociedade. A
integridade está ausente na escola, no namoro, no casamento, no comércio, na
vida financeira, nas palavras e nos acordos firmados, nos palácios e até nas
igrejas. Rui Barbosa chegou mesmo a vaticinar que chegaria o tempo em que os
homens teriam vergonha de ser honestos. Esse tempo chegou. A história, porém,
nos mostra que em meio à corrupção há pessoas que se mantêm íntegras. O homem
não é produto do meio como pensava o filósofo John Locke. Há abundantes
exemplos dignos de serem seguidos nessa área da integridade. O jovem José, do
Egito, foi íntegro ao preferir a prisão à liberdade do pecado. O profeta
Jeremias preferiu a prisão à popularidade. João Batista, o precursor de Jesus,
por ser íntegro, preferiu perder a cabeça a perder a honra. LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 79-80.] Convido você para mergulharmos
mais fundo nas Escrituras!
I.
DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)
Mais de sessenta anos já haviam se passado desde que Daniel e seus companheiros
foram levados para o palácio babilônio. Apesar disso, eles permaneceram
íntegros, e mantiveram a fé inabalável no Deus vivo, mesmo vivendo em meio à
idolatria e corrupção. Eles não se corromperam com as ofertas palacianas. [Comentário: Depois
da conquista medo-persa, Dario, era um tipo de vice-rei de Ciro, da Pérsia.
Entretanto, foi Dario, um rei sobre o reino, especialmente, sobre os caldeus. O
poder de mando era maior com Ciro, da Pérsia que era rei sobre todo o império,
e vários textos bíblicos comprovam esse fato (Is 44.21—45.5; 2 Cr 36.22,23; Ed
1.1-4). Independente da discussão sobre quem reinava, de fato, é o nome de
Dario que aparece no início do capítulo 6. Mais de 60 anos já se haviam passado
desde que Daniel e seus companheiros foram levados para o Palácio da Babilônia.
Eram jovens que, naquela época, demonstraram integridade na sua crença no Deus
Vivo e não se corromperam com as ofertas palacianas. Agora, com 80 anos,
aproximadamente, já era um ancião experimentado que tinha ganhado a confiança
dos reis que passaram por aquele reino. Estava agora, no início do segundo
Império, o medo-persa, sob o comando desses dois reis, Dario, o medo e Ciro, da
Pérsia. Daniel, por alguma razão especial continuou a gozar da confiança do
novo rei, especialmente, na Babilônia. Elienai Cabral. Integridade Moral e
Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag.
90.].
1. Dario reorganiza
o governo e delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3). Pareceu bem ao rei nomear 120 príncipes para
presidirem sobre todo o reino. Dentre estes, três seriam os principais. Os
outros teriam que prestar contas a esses. Daniel estava entre os três e, dentre
eles, logo se destacou e chamou a atenção do rei Dario, pois tinha “um espírito
excelente” (v.3). Assim, não demorou muito para que o rei, devido à aptidão de
Daniel, o constituísse sobre todo o reino (v.3). Tal decisão despertou ciúme e
inveja nos outros líderes, os quais logo se tornaram inimigos de Daniel (vv.4,5). [Comentário: Dn 6.1
Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino. O autor sacro recupera aqui o fio
de Dn 5.31, e agora nos diz como Dario, o medo, perpetrou um ato abominável
contra o profeta Daniel, instigado pelas classes governantes invejosas do
“cativo de Judá" que tinha subido tão alto no favor divino. Foi Dario I
quem estabeleceu satrapias (isto é, províncias), cada qual com seu governador.
Mas Dario aqui é o medo referido em 5.31. Em Dn 5.31 existem os problemas
históricos que circundam o Dario deste texto. A divisão do pais em satrapias
foi descrita por Heródoto [Hist. III.89-94), que afirmou que Dario I dividiu o
reino em vinte divisões. Essa mesma informação figura em inscrições da época.
As tradições judaicas, no entanto, aumentam esse número para 127 divisões (ver
Est. 1.1; 8.9). Josefo então aumentou o número das satrapias para 1201 (Antiq.
X.11.4). É provável que os judeus usassem o termo “satrapias” em um sentido
mais amplo do que faziam os persas. Note o leitor que o vs. 1 deste capítulo dá
o número judaico de 120 satrapias. Dn 6.2,3 E sobre eles três presidentes. “Uma
das primeiras responsabilidades de Dario foi reorganizar o reino da Babilônia
recentemente conquistado. Ele nomeou 120 sátrapas (cf. Dan. 3.2) para governar
o reino e colocou-os sob as ordens de três administradores, um dos quais era
Daniel. Os sátrapas eram responsáveis diante dos três presidentes ou
administradores, talvez 40 sátrapas para cada presidente. Daniel foi um
administrador extraordinário, em parte por causa de sua experiência de 39 anos
sob Nabucodonosor (ver Dan. 2.48). Assim sendo, Dario planejava torná-lo
responsável pela administração do reino inteiro. Isso, naturalmente, criou
atrito entre Daniel e os outros administradores e os 120 sátrapas" (J.
Dwight Pentecost, in loc.). Daniel tinha um “espírito excelente”, provável
alusão a como o espírito dos deuses (segundo a terminologia pagã) estava com
ele (ver Dan. 4.8,9,18). Cf. Dan. 5.12, que nos transmite a mesma mensagem.
Daniel era "preferido acima de outros administradores, ou, literalmente,
brilhava mais do que eles”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3397-3398. Um
homem íntegro num meio encharcado de corrupção (Dn 6.1-6) A Babilônia tinha
caído, um novo império tinha se levantado, mas os homens que subiram ao poder
continuavam corruptos. O absolutismo do rei no império babilônico mudou para a
descentralização do poder no império medo-persa. O regime de governo mudou, mas
não o coração dos homens. É um grande engano pensar que as coisas vão mudar
para melhor em virtude das mirabolantes promessas dos políticos. Mudam-se os
partidos. Mudam-se as figuras, mas o espírito e a cultura do aproveitamento são
os mesmos. O rei Dario estava preocupado com o problema da corrupção, por isso,
constituiu 120 prefeitos e três governadores. Constituiu fiscais do erário
público. Mas aqueles que deveriam vigiar e fiscalizar se corromperam. As
riquezas caíram no ralo dos desvios. A corrupção estava instalada dentro do
palácio, nas rodas mais altas do governo de Dario. Nesse mar de lama, floresce
um lírio puro. A vida de Daniel nos mostra que é possível ser íntegro mesmo
cercado por um mar de lama de corrupção. Daniel mantém-se íntegro a despeito do
ambiente. O homem não é produto do meio. Daniel não vende sua consciência. Ele
não negocia os seus valores absolutos. Ele não se corrompe. A base de sua
integridade é sua fidelidade a Deus. Concordo com a afirmação de Stuart Olyott:
“A espiritualidade de Daniel é o alicerce de sua fidelidade diante dos homens”.
Sua fé é a pedra de esquina de sua moralidade privada e pública. Os amigos de
Daniel apagaram as chamas do fogo pela fé. Agora, Daniel fecha a boca dos leões
pela fé. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora
Hagnos. pag. 80-81].
2. Daniel se torna
alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5). A inveja e o ciúme fizeram com que homens malignos, sedentos de poder,
tentassem derrubar Daniel. O problema era que por mais que os inimigos de
Daniel procurassem um motivo, político ou moral, para acusá-lo, nada
encontravam que pudesse manchar sua reputação. A integridade e a lealdade de
Daniel eram tão imbatíveis que seus inimigos resolveram armar uma situação
ardilosa contra ele, utilizando a própria fidelidade de Daniel a Deus (v.5). [Comentário: Dn 6.4
Então os presidentes e os sátrapas. Daniel voava alto demais; as coisas corriam
bem demais; o homem precisava ser submetido a teste. Ele era um administrador
bom demais para que seus rivais encontrassem falhas nele. Portanto, a solução
foi levantar o antigo espírito de perseguição religiosa. O homem sustentava sua
fé judaica em meio à idolatria pagã; seus inimigos manipulariam isso para
vantagem própria, e fá-lo-iam ser executado oficialmente pelo Estado, por meio
de Dario, o medo, naturalmente. Era preciso, porém, encontrar motivos para
acusar Daniel com uma ‘illah, ou seja, uma acusação legal. Eles não queriam
apenas diminuir o ritmo de Daniel. Queriam vê-lo morto. E buscaram encontrar
alguma talha (no hebraico, shehithah, “ação incorreta”) ou erro (no hebraico,
shalu, algum “deslize” ou “remissão”), mas Daniel e seu trabalho mostravam-se
imaculados. Cf. Ed 4.22 e 6.9, onde temos as ideias de negligência ou
relaxamento na execução das ordens oficiais. Daniel, porém, estava acima dessas
pequenas falhas humanas. Dn 6.5 Disseram, pois, estes homens. Daniel era
conhecido pelos frutos que produzia tanto em sua vida profissional como em sua
vida pessoal. Seus oponentes haveriam de distorcer as coisas, colocando-o em
uma situação perigosa. Tentariam desacreditá-lo e livrar-se dele, o que é o abc
da política. Eles diriam a “grande mentira', o instrumento mais usado pelos
políticos. Por outra parte, “a vida correta é mais importante que o rótulo
correto. O público, entretanto, por muitas vezes anela escolher o rótulo acima
da realidade” (Gerald Kennedy, in loc.).CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo
Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3398].
3. O perigo das
confabulações políticas. A intenção
do rei, de promover Daniel ao posto de maior destaque no governo, suscitou
raiva nos outros príncipes, pois um estrangeiro teria poder sobre eles. Os
príncipes se utilizaram da vaidade e do ego do próprio monarca para estabelecer
uma trama que prejudicasse Daniel. Invejosos se uniram e foram até o rei e
propuseram que fosse feito um edito real determinando que, durante o período de
trinta dias, ninguém fizesse oração a outro deus, ou homem, que não fosse ao
rei Dario. Tal edito agradou o vaidoso monarca que desejava ser adorado como um
deus (vv.6-9). Daniel não fora consultado sobre tal decreto, mas certamente
sabia que o objetivo era atingir a sua vida devocional e prejudicar sua
comunhão com Deus. Depois que o rei
aprovou o edito, os inimigos de Daniel ficaram na espreita, esperando o momento
em que ele estaria orando ao Senhor. Daniel seria apanhado em flagrante.
Entretanto, Daniel não ficou abalado ou preocupado com tal edito (v.10). Ele
não permitiria que nada viesse atrapalhar sua comunhão com Deus e suas orações. [Comentário: A vida
de Daniel nos ensina que a mesma pessoa que bajula é aquela que também maquina
o mal contra os justos (Dn 6.5-9). Sabiam que Daniel era um homem de oração,
bajularam o rei Dario, elevando-o ao posto de divindade por um mês. O projeto
trazia como isca a exaltação e a lealdade ao rei. Mas a intenção era outra. O
rei tornou-se refém de seu próprio orgulho e, por conseguinte, de seu próprio
decreto. E assim, sentenciaram à morte o homem de confiança do rei. Além da
bajulação, usaram a mentira (v. 7). Atingiram Daniel com essa manobra em que
ele era o alvo e a vítima. A vida de Daniel prova que um homem pode ser íntegro
tanto na adversidade como na prosperidade. Muitos fraquejam quando passam pelo
teste da adversidade. Daniel foi integro quando chegou a Babilônia como
escravo. Ele resolveu firmemente não se contaminar. Agora ele passa pelo teste
da prosperidade. Foi o primeiro ministro da Babilônia e agora é um governador
do reino medo-persa. Sua integridade é a mesma. Ele não se deixa seduzir pela
fama nem pela riqueza. Ele é um homem absolutamente confiável. A integridade
nem sempre nos ajuda a granjear amigos. Gente íntegra é uma ameaça ao sistema
de corrupção. Daniel incomodava a equipe de governo de Dario. Um funcionário
honesto é uma ameaça para o sistema viciado pela corrupção. Uma jovem que não
transige em seu namoro é vista como alguém antiquado. Um comerciante íntegro é
uma ameaça para o sistema de propinas. A vida de Daniel prova que a integridade
implica em você fazer o que é certo quando ninguém olha ou mesmo quando todos
transigem. Uma pessoa íntegra procura agradar a Deus mais que aos homens. Ela
não depende de elogios nem muda sua rota por causa das críticas. Uma pessoa
íntegra cumpre com a palavra empenhada e seu aperto de mão vale mais que um
contrato. Daniel mantém-se íntegro apesar de haver uma debandada geral no
governo de Dario. Ele sabia que sua integridade o tornava impopular diante dos
outros líderes, mas sua consciência era cativa ao Senhor e comprometida com a
verdade. Os opositores de Daniel odiaram-no não porque ele praticara o mal, mas
porque ele praticara o bem. Eles bajularam e se tornaram hipócritas para
alcançar o fim que desejavam, a morte de Daniel. Eles agiram em surdina,
maquinaram nos bastidores, tramaram na escuridão. Por ser fiel, você pode ser
perseguido com maior rigor. As trevas aborrecem a luz. Os que andam na verdade
perturbam os que vivem no engano. O íntegro é uma ameaça aos corruptos. LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 82-83.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Mesmo vivendo em uma sociedade pagã, corrompida
pelo pecado, Daniel se manteve íntegro.
II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM
DEUS (Dn 6.10-16)
1. Nenhuma trama
política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10). A palavra integridade pode ser definida como
“solidez, ou estado de ser inteiro, isto é, completo”. Ainda muito jovem Daniel
entendera que sua vida dependia de sua relação com Deus. A oração era a maneira
de ele ser orientado em suas decisões pessoais e políticas. Da mesma forma,
Deus nos orienta e revela a sua vontade por intermédio das nossas orações. [Comentário: Daniel tinha por costume orar três vezes ao
dia, e parte de seu ritual era recolher-se em seu pequeno quarto especial de
oração, abrir as janelas na direção de Jerusalém, sua terra natal e local do
templo de Yahweh, ajoelhar-se e orar. Parte de suas orações consistia em ações
de graças. Assim, estando agora ameaçado, ele continuou suas práticas, que eram
bem conhecidas. Agora, porém, o homem era vigiado, com o objetivo de constatar
se ele interromperia seus costumes de fé religiosa durante aquele período
crítico de 30 dias. Mas Daniel não interrompeu sua prática, pelo que foi
facilmente descoberto e acusado. Essas câmaras eram edificadas no eirado plano
das casas, provendo um lugar fresco e recluso para que ali o proprietário se
ocupasse da adoração, oração e meditação. Cf. Is 2.1; Sl 102.7; IRs 17.19; IIRs
1.2; Jz 8.5; At 1.13; 9.36,39. Daniel gostava de orar diante da janela aberta,
enviando suas orações na direção de onde estivera o templo de Jerusalém;
Berakhoth 4.1 menciona os três períodos de oração, e o costume se generalizou
no judaísmo posterior. O trecho de Ez 8.16 menciona o costume de orar na
direção do Oriente. ...se punha de joelhos. Esta é uma das posturas comuns na
oração, embora orar de pé parecesse ser a mais comum. Quando alguém ora de pé,
tem mais energia para orar e não dorme. Mas ajoelhar em oração indica humildade
e súplica intensa. Cf. IRs 8.54; IICr 6.13; Ed 9.5; Lc 22.41; At 9.40; 20.36;
21.5. Quanto à posição de pé na oração, ver Mt 6.5 e Mc 11.25. Diante do seu Deus.
É precisamente neste ponto que encontramos o “crime” de Daniel. Ele tinha
desobedecido à ímpia regra dos 30 dias, e logo estaria à mercê dos leões sem
misericórdia. Vemos pois o idoso homem Daniel, agora com mais de 80 anos,
perseverando até o fim em suas práticas piedosas, a despeito das perseguições
que lhe ameaçavam a vida. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3398-3399.]
2. A momentânea
vitória dos conspiradores. Daniel
soube do edito real, mas não abriria mão da sua fé, mesmo que tal resistência
lhe custasse a vida (v.10). Cientes da integridade de Daniel, os inimigos apenas
esperaram o horário costumeiro para fazer o flagrante do “infrator” (v.11). De
posse das provas, foram ao rei e reivindicaram que a lei dos medos e dos persas
fosse cumprida (vv.12,13). Só então Dario percebeu que havia sido usado para
que os inimigos de Daniel conseguissem o seu intento (vv.13-15) [Comentário: Daniel não foi poupado dos problemas, mas
nos problemas (Dn 6.11-17). Seus inimigos agiram com maldade, orquestrando e
tramando nos bastidores. Nesse processo, quatro coisas acontecem: em primeiro
lugar, a descoberta (Dn 6.11). Os orquestradores contra Daniel encontraram-no
orando. Era tudo que eles precisavam para levar adiante o plano de matá-lo. Em
segundo lugar, a informação (Dn 6.12-15). A informação estava cheia de veneno:
1) acentuava o preconceito, falando de Daniel como um exilado, mesmo depois de
setenta anos de integridade como o homem mais importante do governo; 2)
acrescentava uma informação falsa, afirmando que Daniel não fazia caso do rei;
e 3) ressaltava que tanto Daniel como o rei foram vítimas de uma trama. LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 86.]
3. Preservando a
integridade (Dn 6.18-22). Daniel nos
deixou o exemplo de que é possível permanecer íntegro mesmo vivendo em meio a
corrupção. Os servos de Deus são chamados para que sejam luz em meio às trevas.
Uma pessoa íntegra não é dividida, não age com duplicidade, não finge, não faz
de conta e, mesmo diante do perigo, não nega a sua fé. Daniel nunca escondeu
sua fé e o fato de que orava a Deus, pois segundo o texto bíblico, ele orava em
seu quarto com as janelas abertas (v.10). As pessoas íntegras não escondem nada
de ninguém. Suas vidas são transparentes. [Comentário: Dn 6.18 Então o rei se dirigiu para o seu
palácio. O pobre rei Dario ficou extremamente desanimado. Ele perdeu o apetite
e nada comeu. Talvez ele estivesse ocupado em um jejum religioso, mediante o
qual esperava salvar Daniel “de alguma maneira”. Naquela noite ele não quis que
houvesse a música, a dança e os entretenimentos que faziam parte regular das
“noites do rei”. Ele não dormiu, e suponho que ele muito orou ao Deus dos
judeus, a despeito do decreto restringidor. Sem dúvida o rei não estava
confiando em si mesmo naquela noite. Este versículo combina admiravelmente com
a experiência humana. Há tempos em que as coisas saem de nosso controle, e
somente Deus pode fazer alguma diferença. Mas existe uma profunda agitação “lá
fora”, pois as pessoas são envolvidas por situações impossíveis e não têm fé
suficiente para livrar-se delas. Dn 6.19 Pela manhã, ao romper do dia. O rei
agitou-se e rolou em seu leito real a noite inteira, em meio a uma ansiedade
nada real. Assim que o sol surgiu no horizonte, ele foi com coração pesado dar
uma olhada na miserável cova dos leões. Ele temia olhar para dentro da cova.
Talvez só houvesse ossos e pedaços do profeta Daniel. Porém, em seu desespero,
ele correu para a cova. Somos lembrados de com o certas mulheres, e então um
grupo de discípulos, correram para o túmulo de Jesus, pois se espalhara a
notícia de que ele tinha escapado daquele lugar miserável por meio de um
milagre (ver João 20.4). “Elevados oficiais, nos países do Oriente, moviam-se
com pomposa lentidão, como sinal de sua dignidade. Se alguém era uma grande
figura, não precisava andar com pressa. Portanto, a pressa, por parte do rei,
foi um elemento do efeito dramático deste relato” (A rthur Jeffery, in loc.).
“Dario esperava... que o idoso estadista teria sido salvo por Deus, a quem
servia (ver Dn 3.17; 6.16)” (J. Dwight Pentecost, in loc.). Dn 6.20 Chegando-se
ele à cova, chamou por Daniel com voz triste. Chegando à cova, o rei era um
destroço nervoso e, com voz chorosa, lamentável de ser ouvida, ele gritou pelo
buraco, na esperança de que um homem vivo ouvisse e respondesse. O rei estava
todo entusiasmado com a ideia de que o Deus vivo e verdadeiro dos judeus, sobre
o qual ele tinha ouvido, realmente teria algum poder, a ponto de reverter a
miserável situação de Daniel. Daniel tinha servido bem esse Deus e estava
disposto a ser um mártir, para evitar tornar-se um apostatado. Talvez por essa
razão, Deus tivesse baixado Sua mão poderosa e fechado a boca dos leões. Por
isso o rei perguntou: “Estás vivo, Daniel? Teu Deus fez algum grande feito em
teu favor? Grita de volta se puderes!". "Teu Deus, a quem sempre tens
adorado, te salvou dos leões?” (NCV). Dn 6.21 Então Daniel falou ao rei: Ó rei,
vive para sempre! Para profunda admiração do rei, uma voz saudável e forte, a
voz do próprio Daniel, respondeu. Ficam os homens sempre surpresos quando Deus
faz outro feito em nosso favor, que ultrapassa tudo quanto poderíamos fazer por
nós mesmos. De fato, continuamos a ser surpreendidos, sem importar quantas
vezes isso volte a acontecer. Portanto, Senhor, continua enviando surpresas. Um
homem tem de crer em tudo quanto vem de Deus, pois é Dele que os milagres
provêm. Sempre é melhor crer de mais do que crer de menos. Oh! Senhor,
concede-nos tal graça! Ademais, tudo quanto temos a fazer é pedir com fé.“...
foi algo tão grande, que encheu o rei de admiração. A coisa foi realmente
extraordinária e admirável" (John Gill, in loc.). Daniel introduziu o que
tinha a dizer acerca de sua libertação com uma típica saudação segundo a
cortesia da corte: “Ó rei, vive para sempre”. CHAMPLIN, Russell Norman,
Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
3399-3400. O livramento (Dn 6.18-23). Você não pode evitar que os homens
maus tramem contra você, mas você pode orar, e Deus pode frustrar o propósito
dos ímpios. Os perversos não contavam com a intervenção de Deus, com o
livramento do anjo do Senhor. Stuart Olyott narra essa situação da seguinte
maneira: Naquela noite, Satanás não incomodou Daniel, porque este lhe havia resistido.
Daniel teve a companhia do Senhor Jesus Cristo! O anjo do Senhor que guiou Jacó
do início ao fim de sua longa vida, o anjo que andou com Sadraque, Mesaque e
Abednego na fornalha de fogo - esse mesmo anjo abençoou Daniel, ficando ao seu
lado durante aquela noite. Aquele que, anos depois, mostraria Sua autoridade
sobre os ventos e as ondas do mar, naquela noite demonstrou Sua autoridade
sobre os leões ao restringir todos seus instintos naturais, a fim de não
matarem brutalmente a vítima que lhes fora apresentada! LOPES. Hernandes
Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 86-87.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A fé de Daniel contribuiu para que ele tivesse uma
vida devocional bem-sucedida.
III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)
1. Daniel preferiu
morrer a se dobrar diante de um edito maligno (Dn 6.16,17). Daniel não discutiu nem questionou com o rei o seu
edito. Quando soube da lei real, foi para o seu quarto e, como de costume, orou
a Deus (v.10). Na verdade, Daniel tinha certeza de que Deus poderia livrá-lo se
assim o quisesse. A grande lição é que sua integridade não o livrou da maldade
e da inveja dos seus inimigos, pois foi denunciado, preso e lançado na cova dos
leões (vv.16,17). [Comentário: Daniel
não discutiu, nem questionou sua condenação com o rei. Sua convicção era de que
o seu Deus o livraria se assim o quisesse. Então o rei ordenou que trouxessem a
Daniel. O rei, impotente, e confessando sua impotência, com relutância ordenou
que Daniel fosse trazido e lançado na cova onde os leões viviam, tal como os
três amigos do profeta tinham sido lançados na fornalha ardente. Quando Daniel
estava sendo arriado na cova dos leões, o rei expressou o desejo de que Deus o
protegesse, pois Daniel confiava Nele. A história, como é claro, exalta Judá e YAHWEH,
à custa do paganismo e de seus inúmeros deuses de nada. E Daniel, profeta
genuíno, também é exaltado, às expensas dos profetas do paganismo. O livro de
Daniel, em certo sentido, é uma apologia à fé de Daniel e de seus companheiros
que são monoteístas. (Dn 6.17) - Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da
cova. A cova dos leões era uma espécie de abismo, conforme a palavra usada dá a
entender. Ao que tudo indica, só havia uma saída, pelo que uma pedra tampou a
cova, impedindo que Daniel fugisse. Naturalmente, o idoso profeta não correria
muito, mesmo que os leões viessem em sua perseguição! A pedra foi selada com
argila, e o pobre rei “assinou” sobre ela com seu sinete, talvez fazendo uma
impressão no barro com seu anel real. Isso dizia às pessoas que se mantivessem
afastadas sob pena de morte. Ninguém ousaria tentar salvar Daniel, pois, se violasse
a marca do anel do rei, essa pessoa seria a próxima a descer à cova. Heródoto
(Hist. 1.195) mencionou o costume babilônico de fechar covas e selar a tampa, e
esse costume continuou com os persas (Et 3.12; 8.8,10). Dario afixou seu selo a
documentos oficiais, conforme informou Heródoto (ver Hist. 111.128). Cf. IRs
21.8 e Mt 27.66. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3399.
2. Daniel foi
protegido da morte pelo anjo de Deus (Dn 6.22,23). A firmeza de Daniel estava acima de qualquer trama
diabólica. Com essa confiança, resignadamente aceitou a sua arbitrária
condenação (vv.16,17). Porém, na cova, Daniel constatou o livramento do Senhor,
que enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, os quais não puderam devorá-lo
(v.22). O rei Dario ficou temeroso e triste ao ver que não poderia livrar seu
fiel súdito daquela situação (v.14). Porém, no seu íntimo, o rei sabia que o
Deus de Daniel poderia operar um milagre. Por isso, foi à cova para constatar o
livramento (vv.18-20). Ali, o monarca foi surpreendido pelos feitos do
Todo-Poderoso. Daniel foi retirado da cova sem nenhum ferimento (vv.22,23).
Então, o rei ordenou que todos aqueles que haviam tramado contra Daniel fossem
lançados na cova (v.24). Os inimigos experimentaram o castigo que eles mesmos
haviam preparado. [Comentário: Daniel
nos deixou o exemplo de que é possível permanecer íntegro mesmo quando somos
ameaçados e vítimas de conspiração contra nós. Integridade é uma palavra que
significa “inteireza, ser completo, ser inteiro”. Aprendemos que uma pessoa
íntegra não é dividida, não age com duplicidade, não finge, não faz de conta.
As pessoas íntegras não escondem nada porque são transparentes em seus
comportamentos. Champlin comenta Dn 6.22 assim: “O meu Deus enviou o seu anjo.
Deus, o Poder, a Deidade dos judeus, foi o libertador de Daniel, e o anjo foi o
Seu instrumento. O anjo tinha o poder de manter os leões tranquilos e sem
vontade de atacar o profeta, e foi isso o que ele fez, conforme se entende
pelas palavras “fechou a boca aos leões”. Este versículo ensina a realidade do
ministério do anjos. O fato de Daniel ter sido livrado deveu-se à sua inocência
diante de Deus e diante do rei. O rei é que tinha pecado, assinando o ridículo
decreto e assumindo uma posição divina, o que não é certo ao homem fazer. A
história de Daniel na cova dos leões ilustra um dos atos de fé, conforme
registra Hb 11. Ver o vs. 33. Daniel era inocente e leal a Deus, pelo que Deus
usou Sua graça para conceder aquele grande milagre. Dn 6.23 - Então o rei se
alegrou sobremaneira. Daniel nunca mais foi sujeitado a abusos. O rei ordenou
que tirassem o profeta daquele buraco miserável. Ele não tinha sofrido nenhum
dano físico, porquanto havia confiado em seu Deus, na hora de provação. Antes
disso, porém, havia demonstrado extraordinário grau de lealdade, pelo que era o
tipo de pessoa da qual se podia esperar um milagre. O paralelo, naturalmente, é
a história dos três amigos de Daniel que foram libertados da fornalha ardente,
e as mesmas qualidades morais governaram os dois incidentes. Cf. Sl 57.4-6 e
91.11,15. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3400.
3. Deus mais uma
vez foi glorificado através da vida de Daniel (Dn 6.22,23,25-28). Daniel não saiu da cova esbravejando e amaldiçoando
os conspiradores. Ao contrário, ele reafirmou sua inocência e disse que Deus
havia enviado o seu anjo para livrá-lo (v.22). Mediante a fidelidade de Daniel,
o rei Dario aprendeu uma importante lição e, por isso, decidiu honrar o Deus de
Daniel com um edito. Este decretava que todos os habitantes do império
babilônico temessem ao Deus de Daniel “porque ele é o Deus vivo e para sempre
permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele
livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou
Daniel do poder dos leões” (vv.26,27). Portanto, não há e nem houve um Deus
como o da Igreja. [Comentário: Então o
rei Dario escreveu aos povos. Champlin citando Arthur Jeffery, afirma: “Assim
como Nabucodonosor, no terceiro capítulo, sentiu-se impelido a assinar um
decreto no qual reconhecia a grandeza do Deus dos judeus e convocava todos os
seus súditos a respeitá-Lo, também Dario se sentiu impulsionado a fazer o
mesmo, depois do milagre que ocorreu com Daniel. De fato, os detalhes desse
decreto seguem de perto o padrão de Dn 3.29, usando palavras e frases que já
havíamos encontrado em Dn 2.44; 4.1-3 e 5.19” (Arthur Jeffery, in loc.). A
terra era o que eles conheciam. O império persa era bastante amplo e abarcava a
maior civilização da época. Foi irônico que o homem que tinha acabado de
assinar um decreto, tornando a si mesmo um deus pelo espaço de 30 dias, tenha
precisado admitir que existe um Deus verdadeiro, vivo e eterno, que governa o
tempo todo e para sempre e merece a adoração dos homens. A paz foi multiplicada
ao povo, quando foram libertados do primeiro decreto e sujeitados ao segundo. A
paz na terra resulta da paz espiritual, quando os homens endireitam os seus
caminhos diante de Deus (Rm 5.1). Dn 6.26,27 - Faço um decreto. O Deus dos
judeus faz-se sempre presente com os homens em Sua criação, punindo e
recompensando. Isso, no caso de Daniel, livrou-o de maneira miraculosa. O
relato é uma apologia em favor do Deus dos judeus e contra os não-deuses dos
pagãos (Cf. este versículo com Dn 3.29). O Deus libertador, que opera milagres
diante dos homens, é o Deus vivo, em contraste com os ídolos mortos que nada
podem fazer. Ele encabeça um reino que é permanente e eterno o tempo todo.
Embora a destruição seja a sorte dos reinos terrenos, ela não tem efeito sobre
o reino de Deus. Deus domina até o fim, até onde o olho pode enxergar ao longo
dos corredores do futuro, em contraste com os reis terrenos, que aparecem e
desaparecem . O rei tentara libertar Daniel, mas fora impotente para isso (vs.
14). Deus é quem salva tanto o corpo como a alma (cf. com o vs. 16 e Dn
3.28,29). Ele emprega sinais e maravilhas (ver Dn 4.2). “Que excelente elogio
ao grande Deus e ao Seu servo fiel!” (Adam Clarke, in loc.). Dn 6.28 - Daniel,
que por essa altura estava com aproximadamente 80 anos de idade, recebeu certo
número de anos a mais, a fim de terminar seu trabalho, prosperar e continuar a
buscar e a servir o seu Deus. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! Ele continuava
vivo no começo do reinado de Ciro. Essa informação já fora dada em Dn 1,21. Dn
10.3 mostra-nos que Daniel continuava vivo no terceiro ano do reinado de Ciro.
Daniel tinha prosperado e continuava a prosperar, porque o Espírito de Deus
estava com ele. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3400.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Daniel não se dobrou diante de um edito maligno.
Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões.
CONCLUSÃO
Daniel foi próspero
e abençoado durante todo o reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa (v.28).
Deus honrou a fé do seu servo. Ele também vai honrar a sua fé e o livrará de
todo o mal. Confie! Atualmente, os inimigos dos servos de Deus também procuram,
mediante articulações ardilosas, caluniar e mentir contra aqueles que servem ao
Senhor fielmente e se destacam no cenário político e eclesiástico. Estes lançam
calúnias a fim de denegrir a integridade daqueles que legislam e realizam seu
trabalho com excelência. Muitas vezes os íntegros também padecem diante de leis
injustas. A fé do profeta fez com que ele mantivesse sua comunhão com Deus
mesmo em tempo de crise. A fé em Deus nos dá paz e convicção interior para
enfrentar as situações adversas da vida. Como crentes, estaríamos dispostos a
sacrificar nossa vida e até morrer pelo nome de Jesus? O Mestre declarou que no
final dos tempos os verdadeiros discípulos seriam odiados, atormentados e
levados à morte. Temos pessoas como Daniel? Oremos a Deus para que sejamos como
este profeta. [Comentário: Quando cuidamos de nossa integridade, Deus cuida de
nossa reputação. Daniel não podia administrar a orquestração dos seus inimigos,
nem fazer o rei retroceder, nem mesmo se recusar a ir para a cova dos leões.
Ele não podia tapar a boca dos leões, mas podia manter-se íntegro. Ele podia
orar e pôr sua confiança em Deus. Isso ele fez. Cabe a nós manter-nos fiéis,
velar pelo nosso testemunho e honrar a Deus com nossa vida. Cabe ao Senhor nos
livrar das garras do inimigo. Daniel creu em Deus e o anjo fechou a boca dos
leões. Deus livrou Daniel em meio do problema e não do problema. Muitas vezes,
Deus não nos poupa das aflições, mas nos livra nelas ou mesmo na morte. Quando
cuidamos de nossa integridade, Deus defende nossa causa contra nossos inimigos
(Dn 6.24). Daniel saiu da cova dos leões. A maldição dos seus inimigos caiu
sobre a cabeça deles (v. 24). Daniel foi exaltado e honrado, enquanto seus
inimigos foram desmascarados e destruídos. Quando cuidamos de nossa
integridade, Deus nos exalta (Dn 6.28). Daniel viu a Babilônia cair. Ele foi
promovido no reino de Dario, o medo, e também no reino de Ciro, o persa. Deus
honra aqueles que o honram. Deus é quem exalta e também quem humilha. Quando
cuidamos de nossa integridade, o nome de Deus é exaltado (Dn 6.26,27). Mais do
que o nome de Daniel, o nome de Deus foi proclamado e exaltado em todo o
império medo-persa. O fim último de nossa vida é glorificar a Deus. Devemos
viver de tal maneira que os homens vejam nossas boas obras e glorifiquem ao
nosso Pai que está nos céus. Dario exaltou a Deus dizendo: 1) Ele é o Deus
vivo; 2) Ele é o Deus eterno que vive para sempre; 3) Seu reino jamais será
destruído; 4) o domínio de Deus jamais terá fim; 5) Ele é o Deus que livra,
salva e faz maravilhas; e 6) Ele é o Deus que livrou Daniel. LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 87-88.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Novembro de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B. (Ed).
Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que
destaca o capítulo seis de Daniel?
R.
O capítulo seis do livro de Daniel destaca o valor
da integridade moral e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de
Dario.
2. O que fez com que Daniel
se destacasse entre os demais presidentes?
R.
Ele tinha “um espírito excelente”.
3. Os inimigos de Daniel
confabularam contra ele buscando que tipo de falha?
R.
Falhas políticas ou morais.
4. Defina a palavra
integridade.
R.
A palavra integridade pode ser definida como
“solidez, ou estado de ser inteiro, isto é, completo”
5. Quem Deus enviou para
fechar a boca dos leões?
R.
Deus enviou seu anjo.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2014 - CPAD -
Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e
Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
Autorizo a todos que
quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente,
que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente,
a gentileza de um e-mail indicando qual o texto.