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3º Trimestre de 2014
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Lição 2
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13
de Julho de 2014
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O propósito da
tentação
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TEXTO ÁUREO
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“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias
tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2,3).
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VERDADE
PRÁTICA
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O
triunfo sobre a tentação fortalece-nos espiritualmente e nos torna mais
íntimos de Deus.
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HINOS
SUGERIDOS
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34,
195, 246.
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LEITURA DIÁRIA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 1.2-4,12-15.
2 - Meus irmãos, tende
grande gozo quando cairdes em várias tentações,
3 - sabendo que a
prova da vossa fé produz a paciência.
4 - Tenha, porém, a
paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem
faltar em coisa alguma.
12 - Bem-aventurado o
varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
13 - Ninguém, sendo
tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e
a ninguém tenta.
14 - Mas cada um é
tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15 - Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
- Conceituar
a tentação.
- Pontuar
a origem da tentação.
- Compreender
o propósito da tentação.
PALAVRA CHAVE
Tentação: Impulso para a prática de
alguma coisa censurável ou não recomendável.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Definitivamente, o homem moderno não
está preparado para sofrer. Os membros de muitas igrejas evangélicas, através
da Teologia da Prosperidade, têm se iludido com a filosofia enganosa do “não
sofrimento”. O resultado é que quando o iludido sofre o infortúnio, perde a fé
em “Deus”. Mas, que se entenda bem, num “deus” que nada tem com as Escrituras!
A lição dessa semana tem o objetivo de resgatar esse ensinamento evangélico (Tg
1.2). Aprenderemos acerca da tentação, do sofrimento e da provação, não como
consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas como o caminho
delineado por Deus para o nosso aperfeiçoamento. Ninguém melhor do que Jesus
Cristo, com seu exemplo de vida, para nos ensinar tal lição (Hb 5.8). O convite
do Mestre é um chamado ao sofrimento por amor do seu nome (Jo 16.33; Mt 5.10-12).. [Comentário: Alguns
cristãos são mais provados do que outros, mas todos são provados de alguma
forma. Quem nunca se perguntou, porque estou passando por isso? São as provas
que exercitam a nossa fé! É assim que Deus nos forja, é através de provações na
vida dos seus filhos. As vezes penso que sou um filho queridinho de Deus e
assim, privado de situações ruins... na verdade, Deus não mima os seus filhos.
Quando mimamos nossos filhos, eles se estragam, eles crescem com um caráter
defeituoso. É a disciplina que aperfeiçoa o caráter da criança, como Salomão
enfatiza inúmeras vezes no Livro de Provérbios. Da mesma forma, são as
provações que aperfeiçoam a fé e o caráter cristãos. Como assevera o apóstolo
Pedro: “agora importa, sendo necessário,
que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova
da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo,
se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe
1.6,7).] Tenhamos todos uma excelente e
abençoada aula!
I. O
FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
1. O que é tentação. O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego, peirasmos,
para tentação, significa “prova”, “provação” ou “teste”. A expressão pode estar
relacionada também ao conflito moral, isto é, a uma incitação ao pecado. De
fato, como mostram as Escrituras, a tentação é uma provação, uma espécie de
teste. O pecado, por sua vez, já se trata de um ato imoral consumado. Por isso,
a tentação não é, em si mesma, pecado, pois ninguém peca quando passa pelo
processo “probatório”. A própria vida terrena do Senhor Jesus demonstra, com
clareza, a distinção entre tentação e pecado. A Epístola aos Hebreus afirma que
Jesus, o nosso Senhor, em tudo r foi tentado. Ele foi provado e testado em
todas as coisas. Todavia, o Mestre não pecou (Hb 4.14-16). Portanto, confiantes
de que Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote perfeito, devemos nos aproximar,
com fé, do trono da graça sabendo que Ele conhece as nossas tentações e pode
nos dar a força necessária para resistirmos (1Co 10.13). [Comentário: Há uma palavra hebraica e duas palavras gregas,
envolvidas neste verbete, a saber: 1. Massah,
"teste". "provação". 2. Peirasmôs, "teste", "prova". 3. Peirázo, ''testar'', "submeter à
prova". No original grego, tentação é "peirasmos", que significa
"teste", "provação", "tentação para a prática do
mal". Esse vocabulário pode incluir ou não a ideia de alguma questão moral
envolvida. Pode simplesmente indicar um teste difícil, uma prova, e não alguma
tentação tendente à prática do mal, uma incitação ao pecado. Por outro lado,
essa palavra pode envolver a ideia de incitação ao pecado. Essa foi exatamente
a palavra utilizada pelo Senhor Jesus, em sua oração, no trecho de Mt 6.13,
onde ele diz: " ... e não nos deixeis cair em tentação...". É também
o mesmo termo usado para indicar as tentações que Satanás lançou contra o
Senhor Jesus, no deserto (Lc 4. 13). Na passagem de Tg 1.12 essa mesma palavra
é empregada para indicar, bem definidamente, a tentação à prática do mal. É
lógico acreditarmos, por conseguinte, que a tentação referida neste versículo
tem por intuito incluir questões tanto "morais" como
"amorais", isto é, tentações para a prática do pecado (o que é
evidente no próprio contexto), mas igualmente, certos períodos de dificuldades,
o que também se evidencia quando consideramos, no contexto, o que Paulo mesmo
esperava para o fim desta era, refletindo uma doutrina judaica comum, de que
haveria um período geral de tribulações, em todos os sentidos, quando se
aproximasse o fim da presente dispensação (1 Pd 4. 12 e Ap 3. 10 quanto a essa
mesma ideia, nas páginas do N.T.). Deus não tenta a homem algum para a prática
do mal (Tg 1.12), embora ele permita que as tribulações nos sobrevenham (Ml 6.13),
e destas últimas o Senhor Jesus orou pedindo livramento. Satanás foi capaz de
tentar ao Senhor Jesus com o mal; nada disso o diabo jamais teria podido fazer,
sem a permissão divina. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia
Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 350-351.]
2. Fortalecimento após a tentação
(v.2). Do mesmo modo que o ouro precisa
do fogo para ser refinado ou purificado, o cristão passa pelas tentações para
se aperfeiçoar no Reino de Deus (1 Pe 1.7). Quando tentado, o crente é posto à
prova para mostrar-se aprovado tal como Cristo, que foi conduzido ao deserto
para ser tentado por Satanás e embora debilitado e provado espiritualmente,
saiu do deserto vitorioso e fortalecido, tendo em seguida iniciado seu
ministério terreno de pregação a respeito do Reino de Deus (Lc 4.1-13). À luz
do exemplo de Cristo, compreendemos bem o que Tiago quer dizer quando
exorta-nos a termos “grande gozo quando [cairmos] em várias tentações”. Tal
conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentação, além de paciente
e maduro, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de Deus. [Comentário: Em Tg 1.2 “Por várias provações”, apresenta os
momentos altos e baixos, a aflição na vida pessoal e na vida dos semelhantes,
as dificuldades econômicas e profissionais, as pessoas com as quais lidamos
diariamente e que nos dificultam as coisas. Alés destas situações, o crente
enfrenta, ainda, aflições específicas: ridicularizados, criticados, perseguidos,
rejeitados, hostilizados. Essas tribulações são “várias”, “multiformes”. Vêm de
todos os lados. São “coloridas”, como também se pode traduzir. Às vezes a
situação se torna “variada” demais para nós. Note que o versículo traz “Entrardes”,
denotando uma situação tempestuosa e repentina. É verdade que a Bíblia nos diz
que não precisamos ocultar quando também estamos tristes em diversos tormentos
(1Pe 1.6). Sim, ela nos diz que o próprio Jesus esteve triste quando atribulado
(Mt 26.38; Hb 5.7). Mas Tiago escreve: a rigor, deveis e podeis vos alegrar com
vossas tribulações. A questão é: como pode alguém ter grande gozo ao passar por
tentações ou provações? Tiago é formidável! devemos decidir ficar alegres em
situações em que a alegria seria, naturalmente, a nossa última reação. Quando
reconhecemos a soberania de Deus, devemos exibir uma resposta positiva e
radicalmente diferente diante dos eventos difíceis da vida. O Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal diz
que é “Por meio das provações,[que] Deus queima a nossa autossuficiência e as
nossas atitudes egoístas, para que a nossa autenticidade possa refletir a sua
glória e lhe traga louvor. Como as provações provam a força e a pureza da fé de
alguém? Uma pessoa que vive uma vida confortável pode achar muito fácil ser um
crente. Mas conservar a fé diante do ridículo, da calúnia, da perseguição ou
até mesmo da morte prova o verdadeiro valor daquela fé. Esta fé resulta em
louvor, honra e glória concedidos aos crentes pelo próprio Deus, quando Jesus Cristo
retornar (na revelação) para julgar o mundo e levar os crentes para casa.” Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 706.]
3. Felicidade pela tentação (v.12). Quando o cristão é submetido às tentações há uma tendência de ele
entregar-se à tristeza e à angústia. Mas atentemos para esta expressão:
“Bem-aventurado o varão que sofre a tentação”. Em outras palavras, como é
feliz, realizado ou atingiu a felicidade aquele crente que é provado, não em
uma, mas em várias tentações (v.2). Ser participantes dos sofrimentos de Cristo
e ao mesmo tempo felizes parece paradoxal. A Bíblia, porém, orienta-nos a que
nos alegremos em Deus porque a tribulação produz a paciência, e esta, a
experiência que, finalmente, culmina na esperança (Rm 5.3-5). Isto mesmo!
Vivemos sob a esperança de receber diretamente de Jesus a coroa da vida. Uma
recompensa preparada de antemão pelo nosso Senhor para os que o amam. Você ama
ao Senhor? É discípulo dEle? Então, não tema passar pela tentação. Há uma
promessa: Você “receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que
o amam”. Alegre-se e regozije-se em ser participante das aflições de Cristo,
pois é justamente nessa condição — de felicidade verdadeira —, que Ele nos
deixará por toda a eternidade quando da revelação da sua glória (1Pe 4.12,13)!.
[Comentário: A justificação não apenas nos prepara para o
céu, mas também nos equipa para vivermos vitoriosamente aqui na terra. Paulo
não está tratando de algo apenas para o porvir, mas de algo que nos capacita a
viver vitoriosamente em meio às tensões da vida. Nas palavras de John Stott, há
paz, graça e glória, sim! Porém, há também sofrimento Aquele que foi
justificado demonstra gloriosa alegria não apenas na esperança da glória, mas
também no sofrimento. A força do verbo grego kaucometha indica que nos
alegramos com grande e intenso júbilo. Tanto as tribulações presentes como a
glória vindoura são objetos de júbilo do cristão. Em outras palavras,
regozijamo-nos não somente no alvo, a glória, como também nos meios que
conduzem a ela, isto é, nos sofrimentos. Nestas duas coisas encontramos
alegria. Nessa pedagogia divina, quatro estágios devem ser observados. Em
primeiro lugar, nós nos gloriamos nas próprias tribulações (5.3). Não somos
masoquistas, como aqueles a quem agrada a dor; tampouco estoicos impassíveis e
sofridos. Não nos gloriamos no sofrimento ou por causa do sofrimento, mas por
seus frutos, por seus resultados. Nossa esperança da glória não pode ser
obumbrada ante as angústias e provações que agora nos cercam. O cristão não
olha para a vida com uma visão romântica, pessimista ou irreal. Não nega a
existência da dor e do sofrimento. Não murmura nem se insurge contra DEUS por
causa do sofrimento. Sabe que o sofrimento é proposital e pedagógico. As
tribulações devem ser vistas à luz de suas consequências eternas (IPe 4.12,13).
O cristão não crê em acaso, coincidência, sorte, azar ou determinismo. Não tem
medo de sexta-feira 13 nem de passar debaixo de escada. Sabe que nem um fio de
cabelo da sua cabeça pode ser tocado sem que DEUS saiba, permita e tenha um
propósito. Concordo com Geoffrey Wilson quando ele diz que “não existe atalho
para a glória; a cruz sempre precede a coroa (Fp 1.29,30). Este gloriar-se na
tribulação é um fruto da fé. Não é o efeito natural da tribulação, que, como
vemos, leva grande parte da humanidade a murmurar contra DEUS, e até mesmo a
amaldiçoá-lo. E apenas o conhecimento de que essas tribulações são conformes a
determinação de seu Pai celeste, que capacita o cristão a regozijar-se nelas,
pois em si mesmas elas são más, aflitivas, e não causa de júbilo (Hb 12.6;
Ap3.19). A palavra “tribulação”, no grego thlipsis, significa “pressão”. John
Stott diz que essa palavra se refere especificamente a oposição e perseguição
por parte de um mundo hostil. No sentido preciso, não se trata aqui de
enfermidade, dor, tristeza ou aflição, mas da pressão de um mundo posto no maligno.
A vida cristã é o enfrentamento de muitas pressões: do diabo, do mundo, de
nossas fraquezas. JESUS deixou claro que no mundo teremos aflições (Jo 16.33) e
o apóstolo Paulo diz: “[...] através de muitas tribulações, nos importa entrar
no reino de DEUS” (At 14.22). A palavra “tribulação” vem do latim tribulum, o
lugar onde se descascava o trigo, separando o grão da palha. O tribulum. era um
pedaço pesado de madeira com cravos de metal usado para debulhar cereais. Ao
ser arrastado sobre os cereais, o tribulum separava o grão da palha. Quando
passamos por tribulações e dependemos da graça de DEUS, as dificuldades nos
purificam e nos ajudam a eliminar a palha. As tribulações na vida do salvo não
vêm para destruí-lo, mas para purificá-lo. Elas não agem contra ele, mas a seu
favor. As tribulações não operam por si mesmas, à revelia, na vida dos salvos,
mas são trabalhadas pelo próprio DEUS, para o nosso bem. Por meio das
tribulações, DEUS esculpe em nós a beleza de CRISTO. Em segundo lugar, sabemos
que a tribulação produz perseverança (5.3). A tribulação é pedagógica. Ela gera
paciência triunfadora. Não poderíamos exercer a paciência sem o sofrimento,
porque sem este não haveria necessidade de paciência. A paciência nasce do
sofrimento. A palavra grega hupomone significa “paciência triunfadora”.
Trata-se de uma paciência vitoriosa, que não se entrega nem é passiva, mas
triunfa alegremente diante das intempéries da vida. Hupomone é paciência diante
das circunstâncias adversas. E o espírito que enfrenta as coisas e as supera.
Não é o espírito que resiste passivamente, mas o que vence e conquista
ativamente as provas e tribulações da vida. Isso significa saber que DEUS está
no controle, forjando em nós o caráter de CRISTO no cadinho das provas. As
grandes lições da vida, nós as aprendemos no vale da dor. O sofrimento é não
apenas o caminho da glória, mas também o caminho da maturidade. O rei Davi
afirmou: “Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus
decretos” (SI 119.71). O patriarca Jó disse que antes do sofrimento conhecia a
DEUS só de ouvir falar, mas por meio do sofrimento seus olhos puderam
contemplar o Senhor (Jó 42.5). Em terceiro lugar, sabemos que perseverança
produz experiência (5.4). A palavra grega dokime, traduzida por “experiência”,
significa literalmente algo provado e aprovado. Essa palavra era usada para
descrever o metal submetido ao fogo do cadinho com o propósito de remover-lhe
as impurezas e torná-lo um metal provado, legítimo e puro. William Hendriksen
diz que, assim como o fogo purificador do ourives livra o ouro e a prata das
impurezas que no estado natural a ele aderem, também a paciente resignação ou
perseverança dos filhos de DEUS os purifica. A palavra dokime, portanto,
significa caráter provado e aprovado como resultado de um teste de julgamento.
Um bom exemplo disso é a experiência vivida por Davi. Ele não quis a armadura
de Saul porque nunca a havia provado, não a havia submetido à prova. O que
Paulo nos está ensinando é que não devemos ter uma fé de segunda mão. Devemos
conhecer a DEUS não apenas de ouvir falar. Devemos conhecê-lo pessoalmente,
profundamente, experimentalmente. Em quarto lugar, sabemos que a experiência
produz esperança (5.5a). Esta não é uma esperança vaga nem vazia. E uma
esperança segura, que não nos decepciona nem nos deixa envergonhados. Mas como
saber que essa esperança não é uma fantasia nem uma ficção? A resposta de Paulo
é meridianamente clara: porque o amor de DEUS é derramado em nosso coração pelo
ESPÍRITO SANTO que nos foi outorgado. O apóstolo Paulo diz que o fundamento
sólido sobre o qual descansa nossa esperança de glória é o amor de DEUS. Há uma
efusão do amor de DEUS em nosso coração. Nesse momento o céu desce à terra e
somos inundados pelas profusas torrentes do amor divino. A justificação não é
apenas um ato jurídico de DEUS feito no céu; tem também reflexos concretos e
reais na terra. O resultado da justificação é uma bendita experiência de
transbordamento do amor de DEUS em nosso coração. LOPES. Hernandes Dias.
ROMANOS O Evangelho segundo Paulo. Editora Hagnos. pag. 207-211.]
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A tentação é uma espécie de prova ou teste, que uma vez vencido,
fortalece a vida do crente.
II. A
ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
1. A tentação é humana. Embora a tentação objetive provar o crente, as Escrituras afirmam que
ela não vem da parte de Deus, mas da fragilidade humana (Tg 1.13). O ser humano
é atraído por aquilo que deseja. A história de Adão e Eva nos mostra o primeiro
casal sendo tentado por aquilo que lhe atraía (Gn 3.2-6). Mesmo sabendo que não
poderiam tocar na árvore no centro do Jardim do Éden, depois de atraídos pelo
desejo, Adão e Eva entregaram-se ao pecado (Gn 3.6-9). A Epístola de Tiago
aplica o termo “gerar”, utilizado no versículo 15, à ideia de que ninguém peca
sem desejar o pecado. Assim, antes de ser efetivamente consumada, a
transgressão passa por um processo de gestação interior no ser humano.
Portanto, a origem da tentação está nos desejos humanos e jamais no Altíssimo,
“porque Deus [...] a ninguém tenta”. [Comentário:
Tg 1.13 Precisamos ter uma visão
correta de Deus para podermos perseverar durante os períodos de provações.
Especificamente, precisamos compreender a visão que Deus tem das nossas
tentações. As provações e tentações sempre se apresentam a nós com escolhas. Deus
quer que façamos boas escolhas, não más. As dificuldades podem produzir
maturidade espiritual e levar a benefícios eternos, se suportadas com fé. Mas
também se pode fracassar nos testes. Nós podemos ceder às tentações. E, quando
fracassamos, frequentemente usamos todos os tipos de desculpas e razões para os
nossos atos. O mais perigoso deles é dizer: “De Deus sou tentado”. É crucial
que nos lembremos de que Deus testa as pessoas para o bem; Ele não tenta as
pessoas para o mal. Mesmo durante as tentações, podemos ver a soberania de Deus
ao permitir que Satanás nos tente para melhorar a nossa fé e nos ajudar a
crescer na nossa confiança em Cristo. Em lugar de perseverarmos (1. 12), nós
podemos ceder ou desistir diante das provações e, desta forma, culpar a Deus
pelo nosso fracasso. Desde o início, a reação humana normal é inventar
desculpas e culpar os outros pelo pecado (veja Gn 3.12,13). Uma pessoa que
inventa desculpas está tentando transferir a culpa para outra coisa ou pessoa.
Um cristão, por outro lado, aceita a responsabilidade pelos seus erros,
confessa-os, e pede perdão a Deus. Por Deus não poder ser tentado pelo mal. Ele
não pode ser o autor da tentação. Tiago está argumentando contra a visão pagã
dos deuses, na qual o bem e o mal coexistiam. Deus não deseja o mal para o
povo; Ele não causa o mal; Ele não tenta enganar as pessoas - Ele a ninguém
tenta. A esta altura, uma pergunta pode ser feita acertadamente: “Se Deus
realmente nos ama, por que Ele não nos protege da tentação?” Um Deus que nos
protege da tentação é um Deus que não está disposto a nos permitir crescer.
Para que um teste seja uma ferramenta eficiente de crescimento, ele deve poder
permitir o fracasso. Na verdade. Deus prova o seu amor, protegendo-nos na
tentação, em vez de nos proteger da tentação (1Co 10.13). Tg 1.15 Tiago mostra
o resultado da tentação quando uma pessoa cede a ela. Observe que os dois
primeiros passos da tentação (havendo a concupiscência concebido, dá à luz o
pecado) enfatizam a natureza interna do pecado. Quando nos entregamos à
tentação, o nosso pecado coloca os eventos mortalmente em movimento - o pecado
gera a morte. Para abandonar o pecado, não basta deixar de pecar. O estrago já
foi feito. Decidir “não mais pecar' pode cuidar do futuro, mas não cura o
passado. Esta cura deve vir por meio do arrependimento e do perdão. Algumas
vezes, é necessário fazer uma reparação. Por mais amargo que pareça o remédio,
nós podemos ficar profundamente gratos pelo fato de que existe um remédio. Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 666-667.]
2. Atração pela própria
concupiscência. O texto bíblico é claro ao dizer
que “cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência” (v.14). A tentação exterioriza o vício, os desejos, a
malignidade da natureza humana, isto é, a concupiscência. Ser tentado é
sentir-se aliciado pela própria malícia ou os sentimentos mais reclusos de
nossa natureza má. Você tem ouvido o ressoar das suas malícias? Elas te atraem?
Ouça a Epístola de Tiago! Não dê vazão às pulsões interiores, antes procure
imitar Jesus afastando-se do pecado. Assim, não darás luz ao pecado e viverás. [Comentário: Alguns
crentes pensavam que, como Deus permitia as provações. Ele também deveria ser a
origem da tentação. Estas pessoas podiam desculpar os seus pecados, dizendo que
a culpa era de Deus. Tiago corrige isto. As tentações vêm de dentro, do engodo
da nossa própria concupiscência. Tiago destaca a responsabilidade individual
pelo pecado. Os desejos podem ser alimentados ou deixados morrer de fome. Se o
próprio desejo é mau, precisamos negá-lo. Isto depende de nós, com a ajuda de Deus.
Se incentivarmos os nossos desejos, eles logo se tornarão atos. A culpa pelo
pecado é somente nossa. O tipo de desejo que Tiago está descrevendo aqui é o
desejo descontrolado. Ele é egoísta e sedutor. Será que tira Satanás do aperto,
colocando a responsabilidade pela tentação sobre os nossos desejos? Não.
Podemos ser levados pelos nossos desejos, mas é o diabo que está por trás dos
impulsos quando nós estamos seguindo uma direção errada. A tentação vem dos
desejos maus dentro de nós, e não de Deus. Podemos montar e colocar a isca na
nossa própria armadilha. Ela começa com um mau pensamento e torna-se pecado
quando permanecemos no pensamento e permitimos que ele se transforme em uma
ação. Como uma bola de neve rolando ladeira abaixo, o pecado cresce e torna-se
ainda mais destruidor á medida que nós lhe damos mais liberdade. A melhor hora
para interromper uma tentação é antes que ela seja grande demais, ou esteja se
movendo rápido demais, fora de controle (veja Mt 4.I-I1; 1 Co 10.13; e 2 Tm
2.22, para mais informações sobre como escapar das tentações). Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 666.]
3. Deus nos fortalece na tentação. Embora a tentação seja fruto da fragilidade humana, quando ouvimos o
Espírito Santo, Deus nos dá o escape em tempo oportuno: “Não veio sobre vós
tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do
que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar” (1Co 10.13). O Santo Espírito nos fará lembrar a Palavra de Deus para
não pecarmos contra o nosso Senhor Altíssimo (Is 30.21; Jo 14.26). Todavia,
para que isso seja uma realidade em nossa vida, precisamos cultivara Palavra de
Deus em nossos corações (Sl 119.11). [Comentário: As
tentações acontecem na vida de todos os crentes — ninguém está livre delas. A
tentação em si não é um pecado; o pecado só passa a existir quando a pessoa
cede à tentação. Os crentes não devem ficar assustados ou desanimados, ou pensar
que estão sozinhos nas suas fraquezas. Eles devem, antes, entender as suas
fraquezas e se voltar a Deus, para que possam resistir às tentações. Suportar
as tentações traz grandes recompensas (Tg 1.12). Mas Deus não abandona o seu
povo aos caprichos de Satanás, pois Deus é fiel. Ele não irá eliminar todas as
tentações porque enfrentá-las e permanecer forte na fé pode representar uma
experiência de crescimento. Entretanto, Deus promete evitar que elas se tornem
tão fortes, que não possamos lutar contra elas. O segredo de resistir à
tentação é reconhecer a sua fonte, e então reconhecer a origem da força que é
capaz de combater contra ela. Além disso. Deus promete dar também o escape para
que possamos suportar e não cair em pecado. Será necessário ter autodisciplina
para procurar esse “escape” até no meio da tentação e então utilizá-lo, assim
que for encontrado. O escape é sempre difícil e muitas vezes exige a ajuda dos
outros. Uma das formas que Deus nos dá para que consigamos fugir da tentação é
o bom senso. Se um crente sabe que será tentado em certas situações, então deve
se afastar delas. Outra forma é através dos amigos cristãos. Em vez de tentar
enfrentar sozinho a tentação, o crente pode explicar o seu dilema a um amigo
cristão que lhe seja íntimo e confiável e pedir a sua ajuda. Esse amigo poderá
orar sensibilizar a pessoa, e dar valiosos conselhos e opiniões. A verdade é
que Deus ama tanto o seu povo, que irá protegê-lo das tentações insuportáveis.
E sempre irá oferecer uma saída. A tentação nunca deverá inserir uma barreira
de separação entre o crente e Deus, e cada crente deve ser capaz de dizer:
“Obrigado, Senhor Deus, por confiar tanto em mim. O Senhor me considera capaz
de enfrentar essa tentação. Agora, o que o Senhor quer que eu faça?” Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 149.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A origem das tentações é a fragilidade humana, a atração pela própria
concupiscência. Todavia, Deus é a fonte do nosso fortalecimento na tentação.
III. O
PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
1. Para provar a nossa fé (v.3). Na época de Tiago, os cristãos estavam desanimados por passarem duras
provas de perseguição. No versículo três, o meio-irmão do Senhor utiliza então
o termo “sabendo”, o qual se deriva do verbo grego ginosko e significa saber,
reconhecer ou compreender, para encorajá-los a compreenderem o propósito das
lutas enfrentadas na lida cristã: Deus prova a nossa fé (Tg 1.12). À semelhança
do aluno que estuda e pesquisa para submeter-se a uma prova e, em seguida, ser
aprovado e diplomado, os filhos de Deus são testados para amadurecer a fé uma
vez dada aos santos (Jo 16.33; Jd 3). O capítulo 11 da epístola aos Hebreus
lista inúmeras pessoas que tiveram sua fé provada, porém, terminaram vitoriosas
e aprovadas. Por isso o referido texto bíblico é conhecido como a “galeria dos
heróis da fé”. [Comentário: A prova da sua fé é a pressão contínua que a vida exerce sobre você. A
paciência, como uma pedra preciosa, é o resultado desejado deste teste. A
paciência não é uma submissão passiva às circunstâncias; é uma resposta forte e
ativa aos eventos difíceis da vida, mantendo-lhe em pé à medida que você
enfrenta as tempestades. Não é simplesmente a atitude de suportar as provações,
mas sim a capacidade de convertê-las em glória e superá-las. Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 663. Aprova
da nossa fé (v. 3) fortalece nossa paciência. Jesus disse: “E na vossa
paciência que ganhareis a vossa alma” (Lc 21.19). Tiago não nos dá este
conselho com base na sua autoridade pessoal. Sabendo que significa: “Descubram
por conta própria”. O tempo do verbo sugere uma ação progressiva e contínua —
descobrindo continuamente. O apóstolo diz, na verdade: “Procurem ser alegres e
perseverantes e vejam se não é a melhor maneira de lidar com as suas
provações”. E por que deveríamos continuar provando? Tasker responde: “Para que
os cristãos sejam perfeitos e completos, avançando até alcançar a vida
equilibrada de santidade perfeita e íntegra”. Essa é a vontade de Deus para o
cristão. A exortação aponta para uma santidade representando o alvo mais elevado
da maturidade cristã. Mas essa maturidade não deve estar dissociada do
cumprimento do mandamento do nosso Senhor e da sua provisão para alcançar esse
elevado nível de santidade. A palavra perfeitos é a mesma que Jesus usou quando
instruiu seus seguidores: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso
Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). A. F. Harper. Comentário Bíblico
Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 155.]
2. Produzir a paciência (vv.3,4). No grego, “paciência” deriva de hupomone e denota a capacidade de
perseverar, ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis. A
palavra aparece em o Novo Testamento ao lado de “tribulações” (Rm 5.3),
aflições (2Co 6.4) e perseguições (2Ts 1.4). Mas também está ligada à esperança
(Rm 5.3-5; 15.4,5; 1Ts 1.3), à alegria (Cl 1.11) e, frequentemente, à vida
eterna (Lc 21.19; Rm 2.7; Hb 10.36). O termo ilustra a capacidade de uma pessoa
permanecer firme em meio à alguma pressão, pois quem é portador da paciência
bíblica não desiste facilmente, mesmo sob as circunstâncias das provas extremas
(Jó 1.13-22; 2.10). Tiago encoraja-nos então a alegrarmo-nos diante do
enfrentamento das várias tentações (v.1), pois a paciência é resultado da prova
da nossa fé. [Comentário: “Pois tendes o conhecimento de que o teste de autenticidade de vossa fé
produz paciência.” O termo grego para “paciência”, hypomoné, significa também
“perseverança”, “constância”, literalmente “permanecer por baixo”, debaixo das
condições difíceis, das tarefas onerosas, dos sofrimentos físicos e psíquicos
etc., permanecer debaixo de Deus e de sua vontade, no lugar em que ele nos
colocou. Nossa natureza humana perde a paciência diante das adversidades. Mas
em que sentido, afinal, as tribulações produzirão paciência nos cristãos? Paulo
escreve: “Estais radicados nele”, em Cristo (Cl 2.7). As tribulações são
capazes de nos prestar o serviço de nos ensinar a enraizar-nos cada vez mais
profundamente em Deus, a agarrar-nos cada vez mais firmemente a ele. É como as
árvores fazem na natureza: as de raízes rasas são derrubadas, uma depois da
outra, pela tempestade. As faias solitárias sobre os montes agarram-se cada vez
mais firmemente às rochas nas ventanias. Consequentemente, nossa constância se
fortalece cada vez mais nos testes de autenticidade. – Igualmente colhemos
experiências com nosso Senhor, como p. ex.: “Ele tira a vida e a dá; faz descer
à sepultura e faz subir, ele empobrece e enriquece; abaixa e também exalta”
(1Sm 2.6s). Em novas provações saberemos por experiência própria: não há
motivos para resignar. Sabemos o que podemos esperar de Deus nas provações,
qual é o método de nosso Deus: ele socorre na aflição e, na hora certa, também
ajuda a sair dela. Em certas circunstâncias, outros, ainda iniciantes na fé,
poderão aprender algo com a tranquilidade, serenidade e certeza daqueles que há
muito vivem com seu Senhor e em muitas provações já colheram numerosas
experiências com ele. “… que têm sido exercitados” (Hb 12.11). Ademais é
importante que preservemos as experiências de tribulações anteriores para a
atualidade e o futuro, para nós e outros (Sl 77.12) e as façamos frutificar em
determinadas ocasiões. Fritz Grünzweig. Comentário Esperança Carta De
Tiago. Editora Evangélica Esperança.]
3. Chegar à perfeição. A habilidade de perseverar ou desenvolver a paciência não acontece da
noite para o dia. Envolve tempo, experiência e maturidade. O meio-irmão do
Senhor destaca na epístola a paciência para que o leitor seja estimulado a
chegar à perfeição e, consequentemente, à completude da vida cristã, que se
dará na eternidade. A expressão “obra perfeita” traz a ideia de algo gradual,
em desenvolvimento constante, com vistas à maturidade espiritual. O motivo pelo
qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na vida cristã e
atinja o modelo de perfeição segundo Cristo Jesus (Sl 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13). [Comentário: Em f 4.13, a palavra “até” indica que o
processo descrito em 4.12 deve continuar até que um certo objetivo seja
alcançado – quando todos os crentes chegarem (conseguirem, alcançarem) à
unidade da fé. Isto quer dizer a unidade na crença no próprio Cristo, e essa
crença relaciona-se intrinsecamente com o nosso conhecimento dele. O objetivo
inclui a realização de um esforço unido para viver e proclamar essa fé. Unidade
em nosso conhecimento refere-se ao mais completo e total conhecimento
experimental. Cada crente deve ter um relacionamento íntimo e pessoal com Jesus
Cristo. Paulo o chamou aqui de Filho de Deus, mostrando que o seu conhecimento
inclui um entendimento apropriado do novo relacionamento com o Pai que foi
concedido pelo Filho (Rm 8.10-17). Este corpo unificado dos crentes é dito
maduro e completamente adulto, à medida da estatura completa de Cristo. O foco,
neste versículo, está em nós - cada crente como parte do corpo completo. Esta
metáfora quer dizer que a igreja, como o corpo de Cristo, deve se adequar à
Cabeça em desenvolvimento e maturidade. Isto não se refere à perfeição
(impossível nesta vida), mas ao crescimento - como crianças tornando-se
adultas, o que leva ao próximo conselho referente a esse crescimento. Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 337.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O propósito das tentações é amadurecer o crente, para que este desenvolva
a paciência e chegue à perfeição.
CONCLUSÃO
Sabemos que todo cristão passa por
aflições e tentações ao longo da vida. Talvez você esteja vivendo tal situação.
Lembre-se de que o nosso Senhor Jesus passou por inúmeras tribulações e
tentações, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de vida para os seus
seguidores. Cada tentação vencida pelo crente significa um avanço rumo ao
amadurecimento espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de varão perfeito à
medida da estatura de Cristo (Ef 4.13). Este é o nosso objetivo na jornada
cristã! Deus nos recompensará! Estejamos firmes no Senhor Jesus, pois Ele já
venceu por nós e por isso somos mais que vencedores. [Comentário: Note o dualismo: tentação = amadurecimento, até
atngirmos ...a medida da estatura da
plenitude de Cristo...; em outras palavras, a perfeição. A obtenção da
«perfeição», na realidade, consiste em assumirmos a total medida da plenitude
de Cristo. Essa expressão também define o que deve ser o «homem perfeito».
Ninguém poderá ser «perfeito» enquanto não for tudo quanto Cristo é. Trata-se
de elevada doutrina, que nos ensina profunda verdade. Essa elevação,
entretanto, está oculta da moderna igreja evangélica, que não pode elevar-se
acima de pensamentos como ficarmos livres do pecado. Porém, estarmos sem pecado
não nos torna perfeitos. Pois os anjos, que não caíram, são impecáveis, mas nem
por isso participam da perfeição de Deus Pai e de Deus Filho. O evangelho,
porém, expõe ante os homens essas perfeições, que transcendem infinitamente a
mera impecabilidade que muitos veem aqui.]
“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere!
Hoje, em Recife-PE
Julho de 2014.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard,
F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Segundo as Escrituras
o que é tentação?
R.
O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico,
massah, quanto no grego, peirasmos, para tentação, significa “prova”,
“provação” ou “teste”.
2. Quais são as origens
das tentações?
R.
Os desejos humanos. O ser humano é atraído por
aquilo que deseja.
3. Qual é a ideia que a
expressão “obra perfeita” traz?
R.
A expressão “obra perfeita” traz a ideia de algo
gradual, em desenvolvimento constante, com vistas à maturidade espiritual.
4. Qual é o motivo pelo
qual o cristão é provado?
R.
O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro
senão para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo
Cristo Jesus (Sl 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13).
5. O que significa cada
tentação vencida pelo crente?
R.
Cada tentação vencida pelo crente significa um
avanço rumo ao amadurecimento espiritual.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé
Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos
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