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17 de julho de 2013

Lição 3 – O COMPORTAMENTO DOS SALVOS EM CRISTO



Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 3 – O COMPORTAMENTO DOS SALVOS EM CRISTO
21 de julho de 2013

TEXTO ÁUREO
"Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé no evangelho" (Fp 1.27).

VERDADE PRÁTICA
O Evangelho de Cristo produz em cada crente um comportamento digno e santo diante de Deus e do mundo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1.27-30; 2.1-4

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·                     Compreender as características comportamentais de um cidadão do céu;
·                     Contextualizar o comportamento digno do crente ante uma posição oposta, e
·                     Promover a unidade da igreja.

PALAVRA-CHAVE
Comportamento: Conjunto de atitudes e reações do indivíduo em face do meio social.

COMENTÁRIO

introdução
Muitas são as circunstancias adversas que enfrentamos em nossa caminhada cristã. Os ataques surgem tanto de fora quanto de dentro da igreja. Hoje, veremos que Paulo conclama a igreja dos Filipenses a lutar pela unidade. Paulo desafia seus ouvintes a tornarem sua alegria completa. Para ele, a alegria completa é que a igreja, que é a comunidade redimida, viva a realidade do evangelho. Tenham todos uma excelente e abençoada aula.

I. O COMPORTAMENTO DOS CIDADÃOS DO CÉU (1.27)
1. O crente deve “portar-se dignamente”. O comentarista da lição, Pr Elienai Cabral, destacou a palavra “dignamente” como palavra-chave do texto de Fp 1.27, contudo, destaco uma outra palavra, “portai-vos”. Normalmente, essa palavra descreve a vida de uma pessoa como cidadão. A cidade de Filipos prezava por sua cidadania romana, mas Paulo relembra seus leitores de que a conduta mais importante é portar-se de modo adequando aos cidadãos do Reino de Deus.
2. Para que os outros vejam. Paulo conclama os crentes à unidade e exorta os leitores a não esmorecerem sob a pressão dos que se opõem; em vez disso, exorta a exercerem sua própria pressão, ou seja, proclamar o evangelho no qual eles têm crido e foram selados como a marca indelével feita pelo anel de selar de um rei, o Espírito Santo os marcou interiormente e essa marca os distingue como propriedade de Deus (Ef 1.13) e dessa forma, devem viver de modo digno do mesmo.
3. A autonomia da vida espiritual. Vimos na lição anterior que Paulo viveu um dilema, ele queria estar com Cristo, mas também desejava permanecer na terra por causa da igreja, contudo, sua estadia na carne não se estenderia por muito tempo, ainda que, ele esperasse por uma libertação. A igreja deveria estar pronta para continuar sem sua presença. Jesus e os apóstolos enfatizaram que o mundo em que vivemos é uma "geração incrédula e perversa" (Mt 17.17; cf. 12.39; At 2.40). O povo deste mundo tem mentalidade errada, valores distorcidos, critérios imorais de vida e rejeitam as normas e padrões da Palavra de Deus. Os filhos de Deus devem separar-se do mundo e ser inculpáveis, puros de coração e irrepreensíveis, a fim de proclamarem ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo (Cf. 1 Jo 2.15). Paulo escreve para levar os membros da igreja a se esforçarem para conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz. Ele pretende que o amor dos filipenses resulte na capacidade de eles discernirem e escolherem o que moralmente é melhor. Como resultado, a vida deles será muito pura e eles impedirão os outros de tropeção. Eles eram alvo da oração de Paulo para que fossem “sinceros e sem escândalo algum” (1.10). "Sincero" significa "sem nenhuma mistura do mal"; "sem escândalo algum" significa "inculpável" diante de Deus e dos homens. Tal santidade deve ser o alvo supremo de todo crente, tendo em vista a iminente volta de Cristo. Somente com um amor abundante, derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5.5; cf. Tt 3.5,6) e com fidelidade total à Palavra de Deus, é que seremos "sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo".
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O comportamento de um cidadão do céu reflete a autonomia espiritual que o crente deve apresentar no relacionamento com o outro.

II. O COMPORTAMENTO ANTE A OPOSIÇÃO (1.28-30)
1. O ataque dos falsos obreiros. A igreja estava sob ataque pelo perigo dos falsos mestres (3.2). O judaísmo e o perfeccionismo atacavam a igreja. Paulo os chama de adversários (1.28), inimigos da cruz de Cristo (3.17). Ralph Martin diz que os mestres discutidos em Filipenses 3.12-14 são judeus. Eles se vangloriavam da circuncisão (3.2), a que Paulo replica com uma afirmação de que a igreja é o verdadeiro Israel (3.3).
2. O objetivo dos falsos obreiros. Eles se gloriavam na “carne”, cortada na execução do rito; Eles se orgulhavam de suas vantagens, especialmente de seu conhecimento de Deus. A justiça deles era baseada na lei (3.9); Os judeus buscavam e esperavam obter justiça; Esses falsos mestres viviam como inimigos da cruz – em seu comportamento, deificando seus apetites, honrando valores vergonhosos, só pensando nas coisas deste mundo (3.19).
3. Padecendo por Cristo. Paulo encoraja os crentes de Filipos com quatro afirmações: (a) a coragem deles face à oposição é um sinal do julgamento divino confrontando os perseguidores (2Ts 1.5-10); (b) tal coragem é também um sinal da própria salvação integral dos crentes, no sentido redentor (Rm 1.16; 13.11); (c) sofrer por Cristo é uma honra dada por Deus (3.10); (d) Paulo compartilha da luta deles e seu exemplo pode encorajá-los, assim como aos irmãos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O cidadão do céu enfrentará ataques de cristãos não comprometidos com o Evangelho, por isso, ele deve estar cônscio que o seu chamado é o de padecer por Cristo.

III. PROMOVENDO A UNIDADE DA IGREJA (2.1-4)
1. O desejo de Paulo pela unidade. A desunião dos crentes era um pecado que atacava o coração da igreja. Era uma arma destruidora que estava roubando a eficácia da igreja diante do mundo. Ralph Martin diz que a igreja filipense sofria com problemas de presunção (2.3), de vaidosa superioridade (2.3), que induziam ao egoísmo (2.4), quebrando a koinonia, espírito de boa vontade para com a comunidade. Isso gerava pequenas disputas (4.2) e espírito de reclamação (2.14). Havia um espírito individualista e elitista em alguns membros da igreja de Filipos que colocava em risco a harmonia na igreja. Havia partidarismo e vanglória. Havia falta de comunhão entre os crentes. Problemas pessoais interferiam na unidade espiritual da igreja. Até mesmo duas irmãs, líderes da igreja, estavam em desacordo dentro dela (4.2). Nas duas principais ocasiões quando Paulo chama os crentes de Filipos à unidade (2.2; 4.2), ele introduz seu mandamento alertando os crentes sobre dois fatos ou verdades sobre a igreja. Em Filipenses 2.1, Paulo os relembra de que eles estão em Cristo, que o amor do Pai foi derramado sobre eles e que, pelo Espírito, a eles foi dado o dom da comunhão. É essa obra trinitariana que fez deles o que são. Viver em desarmonia, em vez de em união, é um pecado contra a obra e a Pessoa de Deus. Em Filipenses 4.1, não é acidentalmente que Paulo se dirige a eles duas vezes, chamando-os de “amados” e uma vez de “irmãos”. Antes de exortá-los à unidade, ele os relembra de sua posição: eles pertencem à mesma família (irmãos) em que o espírito vivificador é o verdadeiro amor (amados). À luz desses fatos, a desunião é uma ofensa abominável [Motyer, J. A. The message of Philippians, 1991: p. 19.].
2. O foco no outro como em si mesmo.Farinha pouca, meu pirão primeiro” tem sido a tônica na sociedade e também na igreja. Depois de dar primazia a Cristo no capítulo 1, Paulo revela que o outro deve vir antes do eu. O amor não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O segredo da unidade é sempre pôr o interesse dos outros na frente do nosso. No capítulo 2, Paulo cita quatro exemplos daqueles que pensam no outro antes de pensar no eu: Cristo, ele próprio, Timóteo e Epafrodito. O orgulho é competitivo por natureza e tenta elevar uma pessoa acima das outras, promovendo conflitos em lugar de harmonia. Já a humildade aceita um lugar de serviço, preocupando-se com necessidades e interesses dos outros. O amor é essencial à humildade (1.9; 1Co 13.4,5).
3. Não ao individualismo. Abordando o orgulho que está na raiz da discórdia dos filipenses (1.27-2.4), Paulo aponta para Cristo como exemplo supremo de humildade. Mas Cristo não é só um exemplo (Rm 15.1-3; 2Co 10.1). Ele é antes de tudo, Senhor e Salvador (v.11; 3.20). Temos que, os maiores inimigos da unidade cristã são: o egoísmo, a vaidade pessoal e o “complexo messiânico” (a falsa ideia de que determinada pessoa foi chamada por Deus para resolver os problemas do mundo, e que todos lhe devem plena obediência; qualquer oposição às suas determinações é considerada como ataque do inimigo). Considerar os outros “superiores a si mesmos” não significa desenvolver um sentimento de inferioridade, baixa autoestima ou pieguice, mas, sim, - por amor cristão – considerar o próximo digno de toda deferência e atendimento preferencial (Rm 12.10; 15.1; Gl 5.13; Ef 5.21; 1 Pe 5.5).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cidadão do céu deve ter o foco no outro como o tem em si mesmo. Ali, não deve haver lugar para o individualismo.

CONCLUSÃO

A exortação de Paulo diz respeito à unidade dentro da igreja e apresenta quatro argumentos para a manutenção da unidade: (a) posição em Cristo e a responsabilidade nessa relação; (b) recursos de conforto e encorajamento, por causa do amor de Cristo; (c) a recompensada comunhão dentro do Corpo de Cristo; e (d) a oportunidade de se compadecer. Paulo não chamou a atenção para unidade à custa do compromisso com a verdade, mas deixou claro que sua própria alegria só seria completa se os crentes de Filipos tivessem um só pensamento. Paulo demonstra a importância dos relacionamentos que deve haver entre os irmãos, trazendo a visão dos efeitos que esta união vital dos membros traz à Igreja. A verdadeira essência da unidade do Espírito consiste em viver de modo digno (cf. Ef 4.1-3), permanecendo firme num só espírito e propósito (cf. Ef 4.3), combatendo lado a lado como guerreiros pela propagação e defesa do evangelho, segundo a revelação apostólica (v. 17; cf. Ef 4.13-15) e defendendo juntamente a verdade do evangelho contra aqueles que são "inimigos da cruz de Cristo" (3.18).
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por me io da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Campina Grande-PB
Julho de 2013.

EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, o que sugere o termo dignamente?
R. Este termo sugere a figura de uma balança com dois pratos, onde o fiel da pesagem determina a medida exata daquilo que está sendo avaliado.
2. Como a Palavra de Deus contradiz a teologia da prosperidade em relação ao sofrimento?
R. Desafiando o crente a sofrer por Cristo, pois de acordo com o ensino de Paulo, é um privilégio o cristão padecer por Jesus (v.29).
3. O que Paulo usa para argumentar a favor da unidade cristã?
R. O apóstolo utiliza vocábulos carregados de sentimentos afetuosos nos dois primeiros versículos (2.1,2).
4. A atitude de se preocupar com as necessidades do próximo remonta a qual ensino basilar do Evangelho?
R. “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31; cf. At 2.42-47).
5. O que você pode fazer, ou já tem feito, para superar tudo aquilo que rouba a humildade e o relacionamento sadio entre irmãos de sua igreja?
R. Resposta pessoal.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009;
-. STAMPS, D. C. (Ed.) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995;
-. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas / Hernandes Dias Lopes. - São Paulo: Hagnos, 2007. -- (Comentários expositivos Hagnos);

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Francisco de Assis Barbosa