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UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

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28 de março de 2013

Lição 13 – A Morte de Eliseu



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 13A Morte de Eliseu
31 de março de 2013

TEXTO ÁUREO
"E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés" (2 Rs 13.21).

VERDADE PRÁTICA

O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 13.14-21.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
·         Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.
·         Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.

Palavra Chave
Morte: Término das atividades vitais do ser humano sobre a terra.

COMENTÁRIO
Texto de Josafá R. Lima em http://pensarfazmuitobem.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-de-eliseu.html

A morte de Eliseu

    “E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre seus pés” (2 Rs 13.21). 

introdução

Na lição de hoje, acompanharemos os últimos momentos da vida deste gigante da fé que foi o profeta Eliseu. Aprenderemos com sua velhice, enfermidade e morte algumas lições sobre a brevidade da vida terrena e as vicissitudes por que todos os mortais estão destinados a passar: nascer, crescer e morrer, independente da posição espiritual que ocupa. Veremos também qual propósito de Deus em realizar o último milagre por meio do profeta Eliseu quando este já estava morto e qual o inestimável legado deixado pelo profeta de Abel-meolá.

I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU

A vida é o dever que trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas. Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal! Quando se vê, já terminou o ano! Quando se vê, já se passaram cinquenta anos (...). Mário Quintana.

1.  A velhice de Eliseu, sua doença e sofrimento.

Cerca de cinquenta anos haviam se passado desde que o jovem Eliseu fora escolhido para suceder Elias. Meio século de ministério frutífero havia impactado nada menos que quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria, ministério diferenciado por manifestações extraordinárias do poder Deus. “Mas o tempo”, frase que costumamos ouvir das pessoas no dia-a-dia, “passa rápido” e Eliseu já tinha cerca de oitenta anos. A velhice havia chegado para o profeta, e com a velhice os problemas e saúde, o sofrimento e a iminência da morte.
Com a velhice a doença e o sofrimento. A Bíblia afirma que Eliseu encontrava-se doente de sua doença de que morreu, passando por sofrimento tamanho que comoveu o coração de Joás, rei de Israel. “E Joás, rei de Israel desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: “Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!” O grande profeta de Israel experimentou plenamente as agonias próprias do envelhecimento e morte, fato comum a todos os mortais.

1.1 A experiência de Eliseu nos mostra que, por mais nobres e grandes que os homens sejam, eles não se livram de sua condição de mortais. Homem de reputação irrepreensível, Eliseu gozava de comunhão singular com Deus evidenciada nos milagres que realizou, sempre em favor de pessoas extremamente necessitadas. De fato, Eliseu foi um homem singular na história de Israel. Pessoas assim são amadas, reverenciadas e idealizadas como se fossem sobre-humanas, e soa inconsequente que elas passem pelo mesmo processo natural da vida por que passam o comum dos homens. Mas, via de regra, a velhice e a doença chegam para todos, e com a doença a morte.
Lembro-me de um colega que precisava apresentar um trabalho acadêmico diante de grandes vultos do saber de uma renomada universidade de São Paulo. Na hora da apresentação, o seu temor e nervosismo se faziam perceber nos tremores de suas mãos. Um amigo dele se aproximou e cochichou no seu ouvido: “Não esqueça que seus avaliadores são da mesma espécie que você. Eles e nós temos muita coisa em comum, acredite”.  Pois é isso mesmo. Por maior que seja o homem, por incríveis que sejam as suas realizações, ainda são meros mortais fadados à lei inexorável do processo natural da vida: nascemos, crescemos e morremos. A grande diferença está no como vivemos e não no como morremos. Como bem lembra o pastor José Gonçalves, “às vezes idealizamos de tal forma os homens de Deus que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. Eliseu fora um grande homem de Deus e ainda era nos dias de sua enfermidade, mas ainda assim era um homem”.

1.2 A experiência de Eliseu nos alerta sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.“Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido.” (Salmo 103.15-16).
“Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta o quanto sou frágil” (Sl 34.9).
“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento” (Eclesiastes 12.1).
 Os homens de todas as épocas e lugares se debateram com a angústia de pensar sobre a rapidez com que a vida passa. Por outro lado, a coletânea de pensamentos que nos legaram sobre a própria finitude é uma advertência contra a tentação de nos esquecermos desta realidade: A vida passa muito rapidamente. Tiago a comparou a um simples vapor (Tg 4.14), o profeta Isaías à erva do campo (Is 40:6), o rei Davi a comparou a um sopro (Sl 144.4), e  Moisés a compara a um conto ligeiro (Sl 90:9,10).
Mas em contraste com a brevidade da vida humana, há uma eternidade que se desenrola por trás das cortinas da existência terrena. A Bíblia afirma que Deus colocou a eternidade no coração do homem (Ec 3.11). Cada dia vivido aqui nos põe mais perto do fim desta dimensão e nos projeta para mais perto da eternidade (ver 2Co 5.1; 1Jo 2.7). A maneira como vivemos esta vida, como gastamos nossos dias e talentos, como nos relacionamos com Deus determinará o estado de nosso futuro eterno. Eliseu foi um grande exemplo de alguém que em sua curta existência viveu para servir a Deus a ao próximo.

II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU

1. A ação de Deus na profecia. É muito comum vermos nos cultos pentecostais de hoje uma onda de otimismo que leva ministros a profetizarem toda sorte de bênçãos e vitórias sobre os fiéis da igreja, principalmente sobre aqueles que mais contribuem financeiramente com os projetos da igreja. Muitos usam como referencial o relato bíblico em que Elias profetizou que não choveria em Israel “segundo a minha palavra”, disse o profeta. Já ouvi muitos pregadores, num arroubo de emoções, dizerem no púlpito que, se Elias profetizou segundo a sua própria palavra, e Deus cumpriu o que disse o profeta, ele também tinha autoridade para determinar a bênção sobre o seu ouvinte, crente de que Deus assinaria embaixo. Todavia, do que podemos aprender da Bíblia sagrada, nenhum ministro tem autoridade para determinar o que quer que seja na vida de alguém se não houver recebido determinação do próprio Deus. O caso de Elias não foge a esta regra.  Como informa o pastor José Gonçalves, nenhuma profecia que se ajuste ao modelo bíblico tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).
No caso do profeta Eliseu, ao profetizar a vitória do rei Joás sobre os sírios, ele apenas expressa a vontade do coração de Deus, não a sua própria vontade. Isso está bem evidenciado na expressão “flecha do livramento do Senhor” (2Rs 13.17). A expressão “Assim diz o Senhor”, amiúde usada pelos profetas veterotestamentários, inclusive pelo profeta Eliseu (2Rs 2.21; 3.16), reflete o desígnio divino na profecia e mostra que a origem da profecia está na vontade soberana de Deus e não no homem.

2. A participação humana na profecia (2Rs 13.17-19). Eliseu revelou o desígnio de Deus de que Joás venceria os sírios, mas a profecia dependia da obediência de Joás em atender a ordem do profeta, Primeiramente a ordem para atirar com sua flecha pela janela a esmo, sem ainda mesmo saber do que se tratava. Segundo, a intensidade com que feriria seus inimigos dependeria do número de vezes que o rei, atendendo uma segunda ordem de Eliseu, feriria a terra com seu arco.  Isso nos mostra que, a despeito de a profecia ter sua origem na vontade soberana de Deus, a participação humana no que diz respeito a obediência a Palavra de Deus, empenho e dedicação a causa de Deus, discernimento e perseverança é de fundamental importância. O relato bíblico mostra que Eliseu muito se indignou com Joás porque este feriu a terra poucas vezes, demonstrando pouquíssimo discernimento, falta de fé e perseverança. Mais uma vez recorremos ao comentário feliz do Pastor José Gonçalves para dizer que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida, verdade ressaltada por Jesus no Novo Testamento (Mt 9.9).


III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

1. A eternidade e a fidelidade de Deus. Deus é soberano e eterno e faz coisas que a razão humana não consegue atingir. No texto bíblico da lição de hoje temos o caso de um milagre realizado postumamente por Eliseu. Depois de morto o homem de Deus, e já sepultado, um defunto foi lançado na cova do profeta e, entrando em contato com seus ossos, ressuscitou (2Rs 13.19,20).
É claro que Deus não faz nada sem um propósito firme relacionado às suas criaturas.  Deus não brinca de fazer milagres. Essa passagem revela dois atributos de Deus e está relacionada à promessa feita a Joás antes de Eliseu morrer (2 Rs 13.14-21). Contra o desespero do rei em razão da morte do profeta (sempre fica uma sensação de desamparo quando morre alguém que servia de suporte espiritual para nós), Deus mostra com este último milagre que o encerramento da vida do profeta não põe fim às suas ações, pois o seu poder subsiste a tudo e a todos (Hb 1.8).


“A incondicional prioridade de Deus em seu universo é uma verdade no Antigo e no Novo Testamento. O profeta cantou essa verdade em linguagem de êxtase: ‘Não és tu desde a eternidade, ó Senhor meu Deus, ó meu Santo?’ O apóstolo João a expõe com cuidadosas palavras de denso significado: ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.’[...] Não podemos pensar certo sobre Deus enquanto não começamos a pensar nele como estando sempre ali, e ali primeiro, sempre existente antes de tudo mais. Josué teve que aprender isso. Ele fora servo de Moisés, servo de Deus, e com tanta segurança recebera em sua boca a Palavra de Deus, que Moisés e o Deus de Moisés se fundiram na mente dele, em fusão tal que ele mal podia separar os dois pensamentos; por associação sempre apareciam juntos em sua mente. Agora Moisés estava morto e, para que o jovem Josué não seja abatido pelo desespero, Deus lhe fala para dar-lhe segurança: ‘Como fui com Moisés, assim serei contigo.’ Moisés estava morto, mas o Deus de Moisés continuava vivo. Nada mudara e nada se perdera. De Deus nada morre quando morre um homem de Deus.” (A. W.Tozer ,2000, pp.l 1,12)

Em segundo lugar, este último milagre evidencia a fidelidade de Deus. Ele não depende de circunstância, profeta A ou profeta B para cumprir seus propósitos. É verdade que ele instrumentaliza pessoas, algumas de maneira extraordinária, mas é Ele quem opera tudo em todos. Morrendo o profeta, trocando-se o sacerdócio, mudando-se os tempos e os reinos, suas promessas continuam de pé.  Portanto, “ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Joás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele” - palavras do pastor José Gonçalves.

2. A honra de Eliseu. Há homens que deixam marcas indeléveis na história e são honrados, lembrados e amados séculos depois de sua morte. Em se tratando de grandes homens de Deus, como Eliseu, o próprio Deus dá testemunho deles depois de finda a sua vida aqui. É assim que o eterno dá testemunho de Noé, Moisés, Samuel, Daniel e Jó, séculos depois da morte destes:

“Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo” ( Jeremias 15:1)

“(...) ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça, livrariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor Deu” (. Ezequiel 14:14).

No caso do milagre póstumo realizado por Eliseu, além do objetivo de mostrar sua fidelidade e eternidade, Deus objetivava honrar a memória de seu servo, honrando-o mesmo depois de morto. Séculos depois de sua morte, o nome de Eliseu continuaria sendo lembrado como um homem de Deus. Existem sempre algumas peculiaridades envolvendo a vida e a morte de grandes homens de Deus. Como destacado pelo pastor José Gonçalves, Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre de Eliseu mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos e que, portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de homens cujas ações continuam falando mesmo depois de suas mortes (Hb 11.4).

IV. O LEGADO DE ELISEU

1. Legado sociocultural. O legado sociocultural de Eliseu está bem apresentado nas palavras do pastor José Gonçalves. Já estudamos que Eliseu supervisionava a escola de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus grandes legados. Todavia Eliseu fez muito mais. Ele teve uma participação ativa na vida social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus não podemos viver isolados da vida social da nação, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

2. Legado espiritual. As façanhas realizadas por Eliseu em nome do Deus de Israel seriam contadas e recontadas no decorrer da história, para fortalecer e enlevar a fé  dos crentes. Tais façanhas enunciam o legado espiritual de um homem que viveu para fazer a vontades de Deus. Ouvi de certo pregador a seguinte afirmativa: “O mundo precisa ver o que Deus pode fazer com um homem totalmente entregue em suas mãos”. Os contemporâneos de Eliseu viram Abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); a multiplicação do azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); a ressurreição do filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a cura da panela envenenada (2 Rs 4.38-41); A multiplicação dos pães e das sementes (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5); o machado que flutuou (2 RS 6.1-7); o caso de Dotã (2 Rs 6.11-23); escassez e festa em Samaria (2 Rs 6.24—7.20); revelação a Hazael (2 Rs 8.7-15); profecia ao rei Jeoás (2 Rs 13.14-19) e a ressurreição de um homem (2 Rs 13.21). É, de fato, um grande legado espiritual.


CONCLUSÃO
Ouvi de certo pregador a seguinte afirmativa: “O mundo precisa ver o que Deus pode fazer com um homem totalmente entregue em suas mãos”. Os contemporâneos de Eliseu viram de perto. Nós vemos através do relato bíblico.

BIBLIOLOGIA
GRUDEM, Wayne. O Dom de Profecia — do Novo Testamento ao nossos dias. Editora Vida.
SORMS, C. Samuel. In: Cessaram os Dons Espirituais? — quatro pontos de vista. Org. Wayne Grudem. Editora Vida.
TOZER, A. W. A Conquista Divina: a necessidade de ter Cristo como Senhor na vida. Editor Mundo Cristão, São Paulo, 2000.
Lições Bíblica CPAD / Elias e Eliseu, um ministério de poder para a igreja / 1° trimestre de 2013.
Postado por Josafá R. Lima em http://pensarfazmuitobem.blogspot.com.br/2013/03/a-morte-de-eliseu.html

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Recife-PE
Março de 2013,

EXERCÍCIOS
1. Faça um breve comentário sobre a velhice de Eliseu.
R.
2.  Por que Eliseu se indignou contra o rei?
R.
3.  De acordo com a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?
R.
4. Cite dois dos legados do profeta Eliseu.
R.
5. Cite pelo menos três obras do legado de Eliseu.
R.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

20 de março de 2013

Lição 12 – Eliseu e a Escola de Profetas



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 12Eliseu e a Escola de Profetas
24 de março de 2013

TEXTO ÁUREO

“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graca que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2 Tm 2.1,2). – Paulo estabelece um modelo para a preservação e transmissão do evangelho. A doutrina apostólica deve ser passada a sucessivas gerações sem acréscimos ou alterações.

VERDADE PRÁTICA

A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 6.1-7.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender o real propósito das escolas de profetas;
  • Saber a respeito do currículo da escola de profetas; e
  • Relacionar alguns dos métodos utilizados nas escolas de profetas.

Palavra Chave
Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

COMENTÁRIO

introdução

Eliseu (hebraico אֱלִישַׁע, “Meu Deus é salvação”), discípulo e sucessor do ministério profético de Elias, no reino do norte. Elias foi líder de uma “escola de profetas”, e Eliseu era um dos seus alunos. O ambiente da escola lembrava uma fraternidade onde os membros eram chamados de “filhos dos profetas” (v. 3,5). A expressão “filhos dos profetas” (hb. bene ba-nabiim) significa que eram membros de uma ordem profética, não que eram descendentes genealógicos dos profetas. Observamos pelas Escrituras que os filhos dos profetas estavam radicados em locais como Betel, Jericó e Gilgal (1 Rs 20.35; 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1). Ora, com a trasladação de Elias quem seria o seu substituto? Ou seja, quem havia de ser o novo líder? Então, Eliseu baseado na lei mosaica (cf. Dt 21.17) pede a Elias a “porção dobrada”, ou seja, os direitos de um filho primogênito. O primeiro filho recebia o dobro das riquezas do pai em relação aos seus irmãos, e isso implicava mais responsabilidade para a manutenção da família. Donald J. Wiseman lembra que esse filho primogênito “tinha a responsabilidade de perpetuar o nome e o trabalho do pai”. Nesse sentido, a tradução da Nova Versão Internacional (NVI) traz mais luz para a interpretação do texto de 2Rs 2.9: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: ‘O que posso fazer por você antes que eu seja levado para longe de você?’ Respondeu Eliseu: ‘Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético’". A “porção dobrada”, portanto, em um primeiro momento, não significava “mais poder” para milagres. Significa, isso sim, mais responsabilidade como o novo líder a representar o legado do antigo líder. Essas escolas de profetas não tinham a intenção de ensinar a profetizar, a profecia é um dom de Deus. Elas objetivavam passar às novas gerações a herança moral, cultural e espiritual que YAHWEH havia entregado a nação através de sua Palavra. Nessa perspectiva, nossas escolas dominicais são semelhantes a essas escolas de profetas! Temos a responsabilidade de passar, na igreja, a herança moral e espiritual que o Senhor tem dado a sua igreja através de Sua Palavra. Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef 4.11). O Senhor nos entregou a tarefa de fazer discípulos de todos os povos, línguas, tribos e nações. Desde que a recebemos, já passaram dois milênios. E ainda há muita terra para conquistar... Hoje, temos como fonte de estudo, quatro perspectivas dessas escolas: a instituição, seus objetivos, currículo e método de ensino. A relação íntima de Eliseu com as escolas dos profetas mostra que o ministério de poder não nos imiscui do estudo sistemático e da meditação nas Escrituras. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Noção de organização e forma. Não há elementos para uma explicação detalhada acerca da existência real, funcionamento e objetivos dessas escolas. Há pesquisadores que acreditam que “escolas de profetas” é linguagem figurada, mas não que tenha sido uma organização. Apesar disso, os textos das Sagradas Escrituras nos dão algumas informações sobre o assunto. As Escolas de Profetas do Antigo Testamento eram agremiações destinadas a congregar jovens crentes em torno dos profetas de Deus para treiná-los na lei divina e ensinar-lhes a ficar à disposição do Senhor, submissos, para o seu serviço. As escolas de profetas surgiram com Samuel (1Sm 10.5,10; 19.20) e foram consolidadas pelos profetas Elias e Eliseu (2Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 6.1; 9.1). Assim, as “escolas dos profetas” eram um espaço, um local onde as pessoas deixavam de fazer as suas tarefas cotidianas e ordinárias e se dedicavam ao estudo da lei do Senhor, dedicavam-se às coisas de Deus, a aprender os mandamentos, a se dedicar à oração, à busca do Senhor. No tempo em que a escola de profetas foi estabelecida, ao que parece, à época de Samuel, o SENHOR era o governante de Israel através de seu profeta, não havia rei em Israel – o governo era teocrático, ou seja, Deus mesmo é que governava tudo, tendo como administrador o profeta Samuel. O ofício profético organizado em Israel remonta aos dias do profeta Samuel. Foi ele quem deu origem ao ofício de profeta como uma ordem ou classe organizada. Nesse sentido, ele é “o primeiro dos profetas” – distinção que as Escrituras neotestamentárias reconhece perfeitamente: “E todos os profetas desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (At 3.24 cf. 13.20; Hb 11.32). Depois surgiram novas escolas de profetas e no tempo de Elias e Eliseu pelo menos quatro se destacaram: Gilgal - Betel - Jericó e Jordão. Cremos que antes de haverem tantas escolas, como havia no tempo de Elias e de Eliseu, existiram apenas duas escolas bem definidas, a de Ramá, residência de Samuel (1 Sm 8.4; 1 Sm 25.1) e a de Quiriate-Jearim (1 Sm 7.2; 1 Cr 13.5), residência provisória da arca de Deus. A manutenção das escolas era dada pelos próprios profetas em seu trabalho agrícola, manual ou com a ajuda do povo em geral. 6.1 o lugar em que habitamos. Alguns entendem o termo "habitar" no sentido de "viver". Isso leva a conclusão de que os discípulos dos profetas, aqueles orientados especificamente por Eliseu, vivam juntos num alojamento comunitário. Entretanto, o termo "habitar" também pode ser entendido como "assentar-se diante". Esse termo foi usado com esse sentido quando Davi sentou-se diante do Senhor para adora-lo (2Sm 7.18) e quando os anciãos se sentaram diante de Ezequiel para ouvir o seu conselho (Ez 8.1; 14;1). Portanto, o "lugar" aqui se refere ao dormitório onde Eliseu também orientava os discípulos dos profetas. O crescente numero de homens que desejavam ser ensinados criou a necessidade de um edifício maior [MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.483].
2. Noção de organismo e função. Essas escolas eram centros de vida religiosa, onde se buscava a comunhão com Deus mediante a oração e meditação. É evidente que estudavam as profecias, inquirindo sobre o tempo de seu cumprimento (1 Pd 1.10-12), além de recordarem os grandes feitos de Deus no passado. Através dessas escolas, cresceu em Israel uma ordem profética reconhecida (2 Rs 2.3,5). Notamos, portanto, que esta instituição nasceu nos dias de Samuel e tinha por finalidade a preparação de pessoas que queriam servir a Deus para que fossem capazes de não só viver segundo a lei, mas também ensinar o povo como deveria se viver de forma agradável ao Senhor. Era um espaço destinado à transmissão da lei a pessoas que queriam servir ao Senhor, não só para que aprendessem a respeito de Deus mas que fossem aptos para também ensinar a outros. s escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual que lhes dava orientação. Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1 Sm 10.5,10; 19,20) e, posteriormente, consolidaram-se com a monarquia nos ministérios de Elias e Eliseu. No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Treinamento. O texto de 2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa. Os discípulos mostram disposição para o trabalho. “Vamos”, dizem eles. Exercem uma liderança contagiosa. Motivam todos a uma empreitada no bosque, ao pesado trabalho de extração de madeira, matéria-prima para a ampliação da casa. “ Cada um de nós tome uma vida” – Ninguém haveria de ser preguiçoso.Ninguém faria corpo-mole. É a unidade no trabalho. No lar, se cada membro fizer a sua parte, a família prosperará! Em outras situações observamos que os filhos dos profetas cumpriam outras funções como no caso em que Eliseu ordenou a Geazi cingir os lombos, tomar o bordão de Eliseu na mão, e colocá-lo sobre o rosto do filho morto da sunamita (2Rs 4.29), ou quando enviou mensageiro a Naamã mandando-o que se lava-se sete vezes no Jordão para que sua carne fosse curada (2Rs 5.10). O discípulo aprende com a prática!
2. Encorajamento. O profeta é o “Homem de Deus” – símbolo do divino. Logram êxito aqueles que convidam Deus para se fazer presente em suas jornadas, seus empreendimentos! Os soberbos, auto-suficientes, excluem Deus de seus projetos e seus labores diários. Jacó foi um homem que prosperou, mas não nos esqueçamos de como ele agia, com relação a Deus, em seus planos (Gn 28.18 a 22). Quando convidamos e incluímos Deus em nossos projetos, Ele, solicitamente aceita a nossa petição. O texto traz a resposta de Eliseu, que disse: - Eu irei. “E foi com eles”. Quando ao cortar madeira no bosque para ampliar a cas onde se reunião, um dos profetas perdeu a cabeça do machado que havia emprestado de alguém, recorreu a Eliseu, que prontamente o encorajou e apresentou-lhe a solução: “Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o ferro.” Aqui está uma metáfora carregada de poesia e de dor. De profecia e de história: O plano da Salvação. O modo como se daria a redenção do homem. Como Deus tornaria a adquirir o que se havia perdido. Este lenho, é o símbolo da cruz ! O madeiro cortado, que seria lançado no lugar das nossas perdas. No meio das muitas águas, isto é: povos ! Isaías, o profeta, anteviu este momento e profetizou (Is 53.4 ). Na ordem natural dos elementos, madeira não é imã. Não tem a propriedade de atrair o ferro. Mas, no milagre de Deus, a madeira faz flutuar o ferro. A mensagem é: “ Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
As escolas de profetas forneciam instrução e encorajamento aos alunos a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus.

III. OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. A Escritura. As escolas de profetas jamais produziram profetas, não há nenhum registro bíblico de que houvesse profeta oriundo dessas escolas. Estas instituições não tinham como propósito ensinar os alunos a profetizarem. Elas eram compostas por homens comuns que ansiavam por aprender as Escrituras e viver próximo ao homem de Deus. Alguns deles eram casados, e tinham os seus próprios lares (2Rs 4.1). A profecia e um dom divino, por isso, somente o Senhor pode ensinar os seus servos quanto ao profetizar. Todavia um dos objetivos era passar as gerações mais novas a herança cultural e espiritual da nação. Isto posto, o currículo aplicado eram as Escrituras que possuíam na época, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de YAHWEH com o seu povo. Eu fico completamente absorto como, nos dias de hoje, é comum ouvir tanta gente dizer tanta coisa com tanta certeza sem qualquer embasamento objetivo. Muitas vezes, grande parte do que é dito simplesmente não pode ser comprovado. Infelizmente, isso também é fato no contexto do ensino e pregação das Escrituras. Qual tem sido o currículo aplicado em nossos cursos? Em nossa EBD? Em nossos cultos de doutrina? Há alguma indicação de que havia música sacra e poesia, envolvida no currículo, ou, pelo menos, que pessoas habilidosas nesses campos, associavam-se com os estudantes de teologia (1Sm 10.5). A música espiritual de boa qualidade tem efeitos benéficos sobre o espírito dos homens, da mesma maneira que a música de má qualidade corrompe.
2. A experiência. Os alunos são aqueles que foram impactados pelo homem de Deus, profeta Eliseu. São vocacionados ao ministério da Palavra. Quando Deus vai fazer crescer a igreja, primeiro levanta os “pais espirituais”. Crentes que serão chamados para evangelistas, pastores, professores e mestres, etc..., que ensinarão as Escrituras e com sua experiência, serão o paradigma dos discipulandos. Lanço mão aqui de uma frase dita pelo já falecido escritor português José Saramago: "Aprender com a experiência dos outros é menos penoso do que aprender com a própria." Aprender algo ouvindo conselhos, lendo, frequentando palestras é uma forma de obter informações que ajudam a impulsionar as ações, mas retemos muito pouco daquilo que ouvimos. Torna-se mais fácil fazer escolhas quando você adquire conhecimento sobre um determinado assunto e principalmente se há muito interesse por ele. Nesse ponto, a experiência se torna muito importante. Qual tem sido a nossa experiência cristã? Conhecemos a Deus só por ler as Escrituras ou por experiências com Ele? Pense nisso.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O currículo da Escola de Profetas era em especial o livro de Deuteronômio, pois especificava os princípios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo.

IV. A METODOLOGIA DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Ensino através do exemplo. O título (’ish ha’Elohim) exprime o conceito que os homens tinham dos profetas e expressa a estreita associação da respectiva pessoa com Deus; Eliseu recebeu esta designação cerca de vinte e nove vezes. Este título foi dado primariamente a Moisés e continuou sendo empregado até o fim da monarquia. A intenção era expressar a diferença de caráter entre o profeta e os demais homens. Isto é deixado perfeitamente claro nas palavras ditas pela mulher sunamita: “Vejo que este... é santo homem de Deus...” (2 Rs 4.9). As Escolas de Profetas tinham como objetivo a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. Eliseu demonstrou o poder de Deus com milagres realizados, mas também ensinou pelo seu próprio exemplo. Geazi era seu aluno, e convivia com o profeta, vendo milagres. Não é exagero dizer que Eliseu aprendeu muitas coisas com o convívio que teve com Elias, e Geazi também observou os atos de Eliseu. Mas aqui cabe uma observação: Ao passo que Eliseu aprendeu coisas com Elias e teve um ministério frutífero, Geazi optou pelo caminho oposto. Na ocasião em que esteve com o capitão siro Naamã, Geazi demonstrou que não estava apto para o ministério profético pois foi seduzido pelos presentes que Naamã, já curado, ofereceu a Eliseu.
2. Ensino através da Palavra. Eliseu não foi um profeta literário, o que sabemos dele é pelo que outros escreveram. Mas sabemos que ele herdou o ministério profético de Elias e juntamente com isso, a liderança da escola de profetas. De fato ele usou a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas. Profetas e alguém que transmite a mensagem de Deus. Enquanto o Senhor mandou que muitos profetizassem certos eventos, o que Deus mais queria era que eles instruíssem e inspirassem o povo para viver fielmente ao Senhor. Ao ouvirem as inspiradas palavras de Saul, seus amigos exclamaram: “Esta também Saul entre os profetas?” Esta era uma expressão de surpresa pelo lato de um mundano ter se tornado religioso. Seria equivalente a; "O que? Ele se converteu?" [APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo. Editora CPAD. pag.381]. Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos. Sozinho e solitário ele lastimou sua sorte diante do Senhor. Se essas palavras não fossem enunciadas em Um estado de angústia, teriam sido indesculpáveis. Mas Deus trata com amor seus filhos quando estão esgotados. As palavras do profeta tomadas ao pé da letra o que não podemos fazer praticamente acusam Deus de infidelidade. E eu fiquei só. [MOODY. Comentário Bíblico. 1 Reis pag. 66].
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação.

CONCLUSÃO

Os tempos mudam e a cultura também. Hoje sabemos que a educação secular possui grande importância e infelizmente para muitos é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação humanista, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento. A criação da escola dos profetas por Samuel, e o estabelecimento dela através de Elias e Eliseu, deve servir de motivação para investimos no ensinamento bíblico-teológico em nossas igrejas. Para tanto, devemos não apenas repassar conteúdos, mas, sobretudo, oportunizar momentos espirituais, nos quais os nossos alunos possam ter uma experiência profunda com o Senhor. Uma igreja que não investe no ensino não está cumprindo a Grande Comissão, que a de fazer discípulos, e instruí-los na Verdade, que é o próprio Cristo. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Recife-PE
Março de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que podemos aprender sobre o aspecto institucional da Escola de Profetas?
R. Que a educação possui forma e função.
2. Destaque dois dos objetivos da Escola de Profetas?
R. Treinamento e encorajamento.
3. De acordo com a lição, que conteúdos faziam parte do currículo da Escola de Profetas?
R. A Escritura e a experiência.
4. Cite dois dos métodos educacionais usados na Escola de Profetas.
R. Ensino através da palavra e do exemplo.
5. O que podemos observar através do ministério de Eliseu?
R. Observamos que as escolas de profetas eram dedicadas ao ensino formal.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;

MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag.483
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. pag. 445, 446.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo. Editora CPAD. pag.381
MOODY. Comentário Bíblico. 1 Reis pag. 66

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Francisco de Assis Barbosa