Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD -
Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de
poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr.
Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da
Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
200º Subsídio!
Lição 10 – Há um milagre em sua casa
10 de março de 2013
TEXTO ÁUREO
“Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus
filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver
cheio” (2 Rs 4.4).
VERDADE PRÁTICA
A história da multiplicação do azeite da viúva
mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as
necessidades de seus filhos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1-7.
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
- Atentar para a real motivação de um milagre.
- Identificar os instrumentos de um milagre.
- Especificar os reais objetivos de um milagre.
Palavra Chave
Provisão: (latim
provisio, -onis) 1. Ato ou efeito de prover. = PROVIMENTO; 2. Fornecimento, abastecimento; 3. Conjunto de
alimentos de reserva. (Mais usado no plural.) = MANTIMENTO,
VITUALHAS, VÍVERES; 4. Conjunto de coisas necessárias a algo; 5.
Acumulação de coisas ou bens. = ABUNDÂNCIA;
6. Reserva de dinheiro ou valores (ex.: falta de provisão; cheque sem
provisão); 7. Carta pela qual o governo confere mercê, cargo, etc., ou
expede qualquer ordem ou providência; e 8. Nomeação para cargo ou função.[a]
COMENTÁRIO
introdução
Na continuidade do estudo da revista “Elias e
Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja”, veremos nesta lição cujo
tema é “Há um milagre em sua casa”, a revelação do amor, da compaixão e do
cuidado de Deus por uma pobre viúva de um profeta e seus dois filhos. Cada um
de nós como casa de Deus (Jo 17), tabernáculo, morada de Deus na terra, templo
do Espírito Santo (1Co 6.19), temos a responsabilidade de ministrarmos aos
outros o que recebemos, pois o poder de Deus reside em nós, como disse Jesus:
Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo. Caro leitor, se você crê
na atualidade dos dons espirituais, que Deus opera milagres também hoje, como
no passado, não terá dificuldades no preparo desta lição. Hoje, temos contato
com a narrativa de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa
da viúva (2 Rs 4.1-7). Esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas
para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Quero fazer
ressalva ao verbo hebraico ‘barah’ cujo significado vai muito mais além
que o seu correspondente em português ‘criar’. Barah é fazer aparecer
do nada, fazer existir algo onde nada existia. O homem não é capaz de tal
coisa, ele apenas modifica seu meio. Por isso, o verbo barah é aplicado
somente à Deus. A Sagrada Escritura e a tradição cristã ensinam claramente a
doutrina da criação a partir do nada (creatio ex nihilo). Somente Deus poderia
verter azeite de onde pouco havia. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus
torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é
o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os
corações daqueles que estão desesperados por um milagre. No decorrer da lição,
enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos
merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são
decorrentes da bondade divina – “Bondade e misericórdia certamente me
seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o
sempre” (Sl 23.6). Deus é bom! Vamos juntos desfrutar deste banquete
espiritual! Tenham todos uma abençoada aula!
I. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1.
A necessidade humana. O texto de 2 Rs 4.1-7 expõe a extrema penúria
na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e
agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não
quitasse uma dívida. Era viúva de um dos “filhos dos profetas”, expressão
referente à organização dos que eram profetas verdadeiros, aqueles chamados por
Deus, em escolas em Gibeá e Naiote, onde, talvez, fossem supervisionados por
Samuel (1Sm 10.10; 19.20). Em 2Rs 6.1-4 há um relato sobre a edificação de tal
escola, e Elias foi o líder desse grupo em particular. Era costume naqueles
dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho
servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente
que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o
profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v.1). A Escritura mostra
que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13). Na Septuaginta, uma
antiga tradução das Escrituras do Antigo Testamento para a língua grega, o
termo grego traduzido por “graça” é charis que significa “graça ou favor
imerecido”. As Escrituras Hebraicas não possuem nenhum termo hebraico equivalente.
Os termos originais hebraicos traduzidos na Septuaginta por charis
são chanan ou chen, que se traduzem por “graça”, “favor” ou
“misericórdia”. Essas duas palavras hebraicas são usadas no Antigo Testamento
para retratar o mesmo significado de charis: (1) mostrar misericórdia
para com o pobre (Pv 14.31); (2) proporcionar misericórdia àqueles que invocam
a Deus em tempo de angústia (Sl 4.1; 6.2; 31.9); (3) demonstrar favor a Israel
no Egito (Êx 3.21; 11.3; 12.36); e (4) conceder (Deus) Sua graça a determinadas
pessoas, tais como Noé (Gn 6.8), José (Gn 39.21), Moisés (Êx 33.12,17), e
Gideão (Jz 6.17). Além disso, a graça de Deus será derramada sobre a nação de
Israel no tempo da sua salvação (Zc 12.10). [http://www.chamada.com.br/mensagens/gloriosa_graca.html]. A lei mosaica permitia que
se vendessem filhos como escravos durante um período limitado de tempo (Êx
21.2,7; Lv 25.39-46; Dt 15.12-18). Infelizmente, essa disposição legal estava
sujeita a abusos constantes (Ne 5.5-8; Jr 34.8-22; Am 2.6; 8.6).
2. A misericórdia divina. O milagre ocorrido na
casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas
isso: ocorreu também graças à compaixão divina.
A "bondade" de Deus tem que ver com a perfeição da Sua natureza:
"... Deus é luz, e não há nele trevas nenhuma" (1Jo 1.5). Há uma
tão absoluta perfeição na natureza e no ser de Deus que nada Lhe falta, nada
nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode acrescentar para melhorá-lO. "Ele é
essencialmente bom, bom em Si próprio, o que nada mais é; pois todas as
criaturas só são boas pela participação e comunicação da parte de Deus. Ele é
essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a
bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência. Ele é
infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um
oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterna e
imutavelmente bom, porquanto Ele não pode ser menos bom do que é; como não se
pode fazer nenhum acréscimo a Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma
subtração" (Thomas Manton). Deus é summum bonum, o Sumo Bem. Outros termos
hebraicos, tais como, racham ou rachamim (i.e., “misericórdia”) e chesed (“amor
leal” ou “bondade”) muitas vezes ocorrem juntos no texto hebraico para
expressar o conceito da graça de Deus (Êx 34.6; Ne 9.17; Sl 86.15; 145.8; Jl
2.13; Jn 4.2). Graça, amor e misericórdia estão explicitados na aliança de Deus
com o rei Davi, a qual se estendeu a seu filho Salomão mesmo depois que este
veio a pecar no decurso de sua vida (2 Sm 7.1-17). O verbo hebraico clamar, é
tsã‘aq. Etimologicamente, tsã‘aq significa: “gritar”, “bradar”, “falar aos
gritos ou brados”, “rogar em altos brados”. Clamar, portanto, é mais que orar.
É muito mais que simplesmente pedir. As orações finais do povo hebreu no Egito,
portanto, eram verdadeiros “rogos em altos brados”.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma
carência humana e como resultado da compaixão divina.
II. A DINÂMICA DO
MILAGRE
1. Um pouco de azeite. Diante
do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer?
Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em
casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). A botija de azeite era
provavelmente uma vasilha para armazenar óleo de oliva, usado tanto como
combustível como para cozinhar. No Antigo Testamento as mulheres eram
consideradas inferiores. Esse milagre realizado por Eliseu demonstra o cuidado
fiel de Deus e a sua provisão para os vulneráveis e abandonados. A provisão foi
dada na medida da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de armazenamento.
2. Uma fé obediente. A
instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é
bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Tiago em 2.17 desafia
qualquer pessoa que tem fé a demonstrá-la, a fazê-la visível. A única evidência
visível aos olhos humanos são os atos de obediência. Embora Deus possa ler o
coração, a nossa única visão do coração vem através da presença de fruto
exterior. O fato de o profeta “chamar a viúva à ação” caracteriza esse desafio
de demonstrar a fé pela presença de fruto exterior: pedir vasilhas emprestadas.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus.
III. OS INSTRUMENTOS DO
MILAGRE
1. O instrumento humano.
Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta
Eliseu é chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). No processo de tornar-se
um “varão valoroso de Deus” o cristão precisa, como Gideão, alcançar um 7º
passo: dispor-se à luta e ao trabalho árduo. Isto será possível a partir do
momento em que ele aprender a confiar em Deus.
No capítulo 7 de Juízes lemos que o Senhor determinou que Gideão
dispensasse 99% do seu exército! (de
32.000 ficaram apenas 300!). Deus queria
que Israel reconhecesse que seria Ele a entregar a vitória a seu povo. O apóstolo Paulo escreveu, em II Co 4:7, que
na obra de Deus nós somos simples “vasos de barro” e que a “excelência do
poder” é de Deus e não nossa. Como
homens e mulheres valorosos temos que aprender que as vitórias e conquistas vêm
de Deus. Na galeria dos varões valorosos de Deus não há lugar para covardes,
tímidos, omissos, nem acomodados! De
pronto o Senhor mandou Gideão dispensar os medrosos da luta (v. 3). Em Deuteronômio 20, temos instruções do
Senhor para seu povo em guerra. Eis as
palavras que o sacerdote deveria dizer ao povo: Não se amoleça o vosso
coração; não temais nem tremais, nem vos
aterrorizeis diante deles; pois o Senhor
vosso Deus é o que vai convosco (vs. 3 e
4). Deus ainda instruiu os oficiais a
falarem ao povo: Qual é o homem medroso
e de coração tímido? Vá, e torne para
casa, a fim de que o coração de seus irmãos na se derreta com o seu
coração (V. 8). Observe os exemplos de confiança no poder do
Senhor e coragem para lutar em Davi (I Sm 17:24 e 42-44) e Jônatas (I Sm 14:6 e
14). Em Levítico 26, nós aprendemos que o medo é conseqüência de desobediência
ao Senhor! No verso 12, Deus promete:
Andarei no meio de vós, e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo. Entretanto, o Senhor avisa das conseqüências
de o seu povo não obedecer a seus mandamentos:
Eu lhes meterei pavor no coração nas terras dos seus inimigos; e o ruído de uma folha agitada os porá em
fuga; fugirão como quem foge da espada,
e cairão sem que ninguém os persiga... (vs. 36 e 37). O homem de Deus é um
soldado corajoso porque o Espírito que está nele não é o espírito de
covardia. Em II Tm 1:6-8, o apóstolo
Paulo afirma que Deus nos deu o Espírito: de poder, de amor e de
moderação. Isto é suficiente para nos
capacitar a testemunhar de nosso Senhor corajosamente e a enfrentar toda e
qualquer adversidade. [http://www.pregaapalavra.com.br/serie/soldado.htm]. Em 1Tm 6.11, o apóstolo
Paulo usa a expressão – “HOMEM DE DEUS” - dirigindo-se a um jovem chamado
Timóteo. Timóteo talvez estivesse passando por muitas pressões e possivelmente
era um jovem com muitas fragilidades, mas certamente elas não podiam impedir
que ele fosse esse Homem de Deus. Paulo via a Timóteo como um Homem de Deus
2. O instrumento divino.
Um sábio pode
salvar uma cidade inteira; um justo pode libertar multidões. Os crentes são o
sal da terra; graças à sua presença entre os ímpios, estes são poupados. Se os
filhos de Deus não atuassem como preservadores das massas, a raça humana não
mais existiria. Na cidade de Samaria, onde nosso texto (2 Rs 7.2) nos leva,
havia um justo: era Eliseu, homem de Deus. A piedade havia completamente
desaparecido da corte. O rei Jorão era um pecador mergulhado nos mais negros
vícios; suas iniqüidades eram gritantes e infames. Ele seguia o caminho de
Acab, seu pai, e servia publicamente aos falsos deuses. Como seu monarca, os
habitantes de Samaria tinham sido infiéis. Eles tinham abandonado a YAHWEH, e
esquecido o Santo de Israel. A antiga divisa de Jacó: O Eterno seu Deus é o único
Senhor (Dt 6.4), não era para eles mais que uma letra morta, e se curvavam
diante das divindades abomináveis dos pagãos. Por isso o Deus dos Exércitos fez
Israel cair sob as mãos de seus opressores; ele permitiu que Samaria fosse
atacada por um exército estrangeiro, ao mesmo tempo castigada por uma fome
terrível, de sorte que as maldições pronunciadas sobre o monte Hebal, se
cumpriram à letra, e se viu nos muros de Samaria a mulher mais suave e
delicada, que não teria, por delicadeza, tentado por a planta de seu pé sobre a
terra, olhar, com cobiça nos olhos, seus próprios filhos; e rendida ferozmente
pela fome, devorar o fruto de suas entranhas. (Dt 28.56-58). Entretanto, nesta
horrível conjuntura, o profeta do Altíssimo tornou-se um instrumento de
salvação para a cidade pecadora. Deus usou o sal para conservar Samaria; ele
foi o libertador de todo um povo sitiado. Por causa de Eliseu, de fato, e por
sua instrumentalidade, Deus prometeu solenemente que, a partir do dia seguinte,
os alimentos, que só se podiam obter a peso de ouro, seriam vendidos a preço
vil nas portas da cidade. Imaginem, meus irmãos, a alegria da multidão ao ouvir
esta predição sair da boca do santo homem. Todos reconheciam nele um profeta do
Eterno; suas credenciais estavam marcadas com o selo divino; tudo o que ele
havia predito se realizou. Assim, ninguém poderia duvidar, que nesta ocasião
ele estivesse, mais uma vez, falando em nome de Deus. Certamente os olhos do
monarca brilharam de alegria e a multidão esfomeada saltou de júbilo, à
perspectiva de uma libertação tão próxima. “A partir de amanhã, todos eles
devem ter gritado, a partir de amanhã nossa fome será saciada! A partir de
amanhã mataremos nossa fome!”
[http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/pecado_incredulidade_spurgeon.htm].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O
que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra.
IV. O OBJETIVO DO
MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento. Tomás de Aquino criou um
conceito clássico para a palavra milagre: " É algo superior, diferente ou
contrário à natureza. "Supra, praeter vei contra naturam". Em latim,
temos ainda outra definição para milagre: "miraculum", cujo radical é
"miror" e pode ser traduzido por prodígio, maravilha, fato estupendo
ou extraordinário. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que
eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2
Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7). No Gênesis Bíblico nasce o milagre, muitos milagres
que acontecem a partir do verbo de Deus que é Jesus: "No principio era o
Verbo e o verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram
feitas por intermédio dele e sem Ele nada do que foi feito se fez" João
1:1-2. O dunamis, poder dinâmico criador de todas as coisas, tão
enigmático para a ciência nos é revelado nas páginas da Bíblia Sagrada e só
pode ser compreendido através da fé. O segredo de tudo que somos, do visível e
do invisível, do possível e do impossível, do que é, foi e há de vir nos é
ofertado de forma extraordinária e simples ao mesmo tempo, porque está ao
alcance de todos.
2. Glorificar a Deus. As pessoas andam em busca de milagres sem saber
direito o que é milagre, e muito menos qual a sua finalidade. Na verdade, as
pessoas que andam em busca de milagres estão simplesmente procurando solução
para os seus problemas, e apenas isso. É como se os milagres acontecessem
exclusivamente para nos servir, e não é assim. As Escrituras não têm uma
palavra específica para milagre. O conceito geral de milagre é uma combinação
de ideias que abrange os termos maravilha (ou prodígio), obra poderosa e sinal.
Sabemos que Deus criou o universo e tudo que nele existe, do nada, e essa obra
poderosa é um milagre. Sabemos que pelo poder de Deus, Elias ressuscitou o
filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.17-24), e Eliseu ressuscitou o filho da
sunamita (2Rs 4.18-37). O sinal, o último termo abrangido no conceito de
milagre, é muito usado por João, e deixa claro que os sinais não têm finalidade
em si mesmos, antes, indicam ou significam alguma coisa, carregam alguma
mensagem, e apontam sempre para Cristo, que é a Palavra Revelada, o Verbo
encarnado. os milagres, antes de mais nada, tinham como finalidade, confirmar a
autoridade e a consagração daqueles que operavam os milagres, como mensageiros
da Palavra de Deus (Ex 4.1-9; 1 Rs 17.23,24; Jo 10.37,38; 14.11; At 2.22; 2 Co
12.12; Hb 2.3,4).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Todos os milagres realizados por Eliseu ocorreram em resposta a uma
necessidade humana e também ao sofrimento.
CONCLUSÃO
O "problema da dor", como o bem conhecido
estudioso crente, C. S. Lewis, uma vez o chamou, é a mais potente arma do
ateísmo contra a fé cristã. Eles dizem: "Como pode um Deus de amor permitir,
no Seu mundo, coisas como guerra, doença, dor e morte, principalmente quando os
seus efeitos são, frequentemente, sentidos mais severamente por aqueles que são
aparentemente inocentes? Ou Ele não é um Deus de amor e está indiferente ao
sofrimento humano, ou, então, Ele não é um Deus de poder e é, portanto, incapaz
de fazer alguma coisa sobre isto. Este milagre, assim como todos os demais
milagres registrados nas Escrituras, são o testamento do poder de Deus, que se
compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O Senhor Jesus Cristo,
que foi o único homem verdadeiramente "inocente" e "justo"
em toda a História, contudo sofreu mais do que qualquer que já viveu. E isto
Ele fez por nós! "Cristo morreu por nossos pecados" (1Co 15.3). Ele
sofreu e morreu, para que finalmente Ele pudesse livrar o mundo da maldição, e
para que, mesmo agora, Ele possa livrar do pecado e de sua escravidão [do
pecado] qualquer que recebê-Lo com fé como seu Senhor e Salvador pessoal.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8),
Recife, PE
Março de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu
coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o
que motivou a operação do milagre da multiplicação do azeite?
R. A
necessidade da viúva e a misericórdia divina.
2. Como a viúva
reagiu às instruções dadas pelo profeta Eliseu?
R. Agiu
com fé e obediência.
3. Com qual expressão
o cronista identifica o profeta Eliseu em seu relato?
R. “Homem
de Deus”.
4. Cite um dos
objetivos envolvidos na operação de um milagre.
R. Uma
resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.
5. Como Pedro e Paulo
destacam a relação dos milagres com o homem e Deus?
R. Eles
mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado nos milagres.
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
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Francisco
de Assis Barbosa