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19 de novembro de 2012

Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina



Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo.
Comentarista: Esequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa.

Lição 8
Naum — O limite da tolerância divina

25 de novembro de 2012

TEXTO ÁUREO

“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32). – A misericórdia de Deus é evidente no seu desejo de poupar a maioria pecadora em favor de apenas dez justos. Menos de dez poderiam ser individualmente salvos, como acontece em Gn 19. Em casos de punição especial infligido sobre cidades e nações, indivíduos justos eram, às vezes, separados para preservação (Js 6.25). [a]

VERDADE PRÁTICA

No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.1-3,9-14.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·                     Explicar o contexto histórico do livro de Naum;
·                     Apontar os limites entre tolerância e vindicação; e
·                     Conscientizar-se da existência do juízo divino.

Palavra Chave
Tolerância: 1. Condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir. 2. Boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. 3. [Medicina] Faculdade ou aptidão que o organismo dos doentes apresenta para suportar certos medicamentos.[b]

COMENTÁRIO

introdução

Cerca de cento e cinquenta anos antes de Naum, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, recebeu o perdão de YHWH, mediante o arrependimento de seu povo. Os ninivitas convertidos por Jonas não repassaram os ensinos aos seus filhos (3.1-4), a Assíria perdoada, progrediu rapidamente e embriagados por suas conquistas, aquela geração tornou-se ainda mais arrogante e cruel. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive contemporânea como uma cidade sanguinária e traidora. No futuro castigo, o profeta prediz o que a cidade ira sofrer como consequência de todo sangue derramado. Até então a Nínive invencível, foi submetida pelo imperador Nabopolasar da Babilônia no ano de 612 a. C. Assim, como profetizou Naum, Nínive, depois de sua destruição desapareceu da face da terra. O profeta surpreso pergunta: “Onde está agora o covil dos leões, e as pastagens dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filhote do leão, sem haver ninguém que os espantasse? O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina” .(Na 2.11,12). O propósito de Naum é o de pronunciar o julgamento de Deus sobre a Assíria e confortar Judá com esta verdade. Vale a pena ao estudante da Bíblia, que deseja mais compreensão e mais profundidade na Palavra de Deus, a leitura do livro de Naum. É um livro pequeno, mas que mostra todo o desgosto divino contra a cruel Assíria.Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. O LIVRO DE NAUM

1. Contexto histórico. Naum, cujo nome em hebraico significa "conforto, consolo" - e é esta a ênfase da mensagem do profeta, é o sétimo dos Profetas Menores. O nome é uma variação de Neemias, que significa “YAH consola”. É semelhante a Barnabé, “filho da consolação” no Novo Testamento (At 4.36). Viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias. A família de Naum era originária de uma aldeia que mais tarde recebeu o nome do profeta, em sua homenagem.
a) Origem do profeta. Nascido em Elcos, vila da área de Cafarnaum, na Galiléia, por isso também chamado de Elcosita (em hebreu “elgoshi”). A desconhecida Elcós parecer ser a Cafarnaum do Novo Testamento. Ou então a cidade de Cafarnaum recebeu este nome em homenagem a ele, pois o nome da cidade significa “vila de Naum” (é oportuno salientar que Naum lembra o cuidado de Deus pelo seu povo, e que Cafarnaum foi a cidade que viu os milagres de Jesus pelo seu povo, e não creu nele - Mt 11.23).
b) Período aceitável. Naum profetizou cerca de 50 anos antes da queda do império Assírio, ocorrido em 612 a.C. Isto coloca a profecia de Naum no ano 661 a.C. logo após a queda da cidade de No Amom (Tebas, em grego), a capital do sul do Egito, sob o rei Assurbanípal, da Assíria, no ano de 663 a.C., a que Naum se refere como um acontecimento passado, e a queda de Nínive, em 612 a.C., que Naum profeticamente prevê (3.5-10) [c].
c) Nínive (v.1). Nínive (em acadiano: Ninua; neo-aramaico assírio: ܢܝܢܘܐ; em hebraico: נינוה, Nīnewē; em grego: Νινευη; em latim: Nineve; árabe: نينوى, Naīnuwa), uma "cidade excessivamente grande", como é chamada no Livro de Jonas, jazia na margem oriental do rio Tigre, na antiga Assíria, através do rio da importante cidade moderna de Mosul, no estado de Ninawa, Iraque [d]. Nínive e Assíria, são intercambiados, usados para designar a mesma potência. A cidade era assustadora.  Além do poderio militar, que a fez assombrar o mundo por pelo menos meio milênio, Nínive era de uma incrível crueldade, além de seu grosseiro paganismo. Um de seus métodos para tratar os vencidos era o do empalamento: atravessar a pessoa com uma estaca afiada, que ia do ânus em direção ao tronco. O esfolamento, em que a pele da pessoa era tirada, com prática e com requintes de desumanidade, era um outro método de tratar os vencidos. Geralmente, conquistada uma cidade, alguns de seus habitantes eram levados como escravos para trabalhar na construção, mas outros, impossibilitados para o trabalho forçado, como doentes e idosos, eram levados como exemplo. Às portas de uma outra cidade sitiada, eram empalados ou esfolados, como sinal do que aconteceria aos moradores da cidade cercada se esta não se rendesse. Por tudo isto, Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pagavam pesados tributos para poder viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível [e].
2. Estrutura. O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três breves capítulos. É interessante notarmos que os 3 capítulos são as 3 divisões temáticas e teológicas deste livro. O livro é estruturado da seguinte forma: A certeza do destino de Nínive – descrevendo o caráter de Deus; 2. A conquista e captura de Nínive – ouve-se o barulho da batalha; 3. As razões para julgamento – a justiça de Deus.
3. Mensagem. O tema geral do livro de Naum é: “Deus jamais será iludido ou ridicularizado” Este tema é acompanhado de uma mensagem central, encontrada em 1.3 – “Deus é tardio em irar-se – grande em poder – e não irá absolver os culpados”. O livro enfatiza, teologicamente falando, quatro temas: (a) A soberania de Deus; (b) A justiça de Deus; (c) A graça de Deus; e (d) A esperança de Deus para Seu povo. É interessante notarmos que este tipo de movimento da justiça e misericórdia de Deus é visto em todas as profecias que tem o objetivo de corrigir atos do povo.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema do livro de Naum é a “queda de Nínive”. Ele descreve o juízo de uma cidade que deliberadamente rebelou-se contra Deus.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO

1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico nāqām, “vingança, vingado, disputa, discussão”. Este termo ‘e empregado para se referir a vingança humana. Mais frequentemente, no entanto, este termo hebraico se refere a retribuição divina (Lv 26.25; Dt 32.35,41,43; Ez 24.8; Mq 5.15). Por exemplo, o salmista encorajou os justos com a esperança de que um dia eles serão vingados, e Deus vai reparar as injustiças cometidas contra eles (Sl 58.10). Na verdade, Ele irá julgar os que agiram com vingança para com o seu povo (Ez 25.12,15). Em ultima análise, o juízo dos inimigos de Deus significará redenção para o seu povo (Is 34.8; 35.4; 47.3; 59.17; 63.4).[f]
2. Longanimidade. Deus é compassivo e “tardio em irar-se” (v.3a), do verbo hebraico ārekh, longo, longânimo, de asas longas, paciente, tardio [em irar-se]. Adjetivo que significa longo, prolongado ou lento. Esta palavra designa primariamente sentimentos pertencentes a uma pessoa: quer sendo de temperamento brando ou paciente; quando usada para descrever Deus, esta palavra significa tardio em irar-se, e é imediatamente contrastada com o grande amor, fidelidade e poder de Deus, demonstrando sua verdadeira natureza e paciência (Ex 34.6) [g]. Esta declaração revela o fato de que o Senhor pode retardar o momento em que começa o seu juízo. Contudo, podemos ter certeza de que, no final, Ele o realizará.
3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). Não poderemos ter correto conceito de Deus, se não pensarmos nEle como onipotente, igualmente como onisciente. Quem não pode fazer o que quer e não pode realizar o que lhe agrada, não pode ser Deus. Como Deus tem uma vontade para decidir o que julga bom, assim tem poder para executar a Sua vontade. "O poder de Deus é aquela capacidade e força pela qual Ele pode realizar tudo que Lhe agrade, tudo que a Sua sabedoria dirija, tudo que a infinita pureza da Sua vontade resolva. "... como a santidade é a beleza de todos os atributos de Deus, assim o poder é aquilo que dá vida e movimento a todas as perfeições da natureza divina. Como seriam vãos os conselhos eternos, se o poder não interviesse para executa-los! Sem o poder, a Sua misericórdia seria apenas uma débil piedade, as Suas promessas um som vazio, as Suas ameaças mero espantalho. O poder de Deus é como Ele mesmo: infinito, eterno, incompreensível; nao pode ser refreado, nem restringido, nem frustrado pela criatura. O profeta declara que o Senhor “tem o seu caminho na tormenta e na tempestade” (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus é tolerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia, a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS

1. Quem são os “inimigos”? As origens ninivitas remontam a Gênesis 10.9-12. O fundador de Nínive foi Ninrode [seu nome significa: nós nos rebelaremos; tradições judaicas o identificam como o construtor da torre de babel. Esse caçador e guerreiro é um arquétipo do ideal mesopotâmico para um rei], que surge assim na Bíblia: “Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor” (Gn 10.9). Ninrode, o poderoso caçador, fundou a cidade. O hebraico para “caçador” é tsayd, que tem sido interpretado por João Calvino como “caçador de homens”. Ele foi o primeiro escravista, o primeiro homem a fazer escravos e a dominar os outros. Foi assim que se tornou poderoso, caçando as pessoas, tornando-as escravas, oprimindo-as. As origens de Nínive estão na escravidão e na brutalidade. Nínive era temida pelas pequenas nações que lhe pagavam pesados tributos para poderem viver em paz. E assim entendemos o porquê da linguagem tão dura empregada pelo profeta, por ordem divina, à cidade. Deus pune a crueldade. E em matéria de crueldade, Nínive era imbatível.
2. O estilo de Naum. O livro, em linguagem poética, foi escrito para consolar Judá com referência ao seu feroz inimigo, a Assíria, profetizando a completa destruição de Nínive e a proteção de Judá (veja Is 14.24-27)
3. Reminiscências históricas? “conselheiro de Belial” e “Um que pensa o mal” é, provavelmente, uma referencia geral ao caráter habitualmente iníquo dos governantes assírios. Podia estar se referindo tanto a Senaqueribe, cujo ataque planejado contra Jerusalém em 701 a.C. foi impedido (2Rs 18), quanto a Assurbanipal, o ultimo grande rei da Assíria (669-627 a.C.), que conquistou o Egito e forçou o rei Manassés, de Judá, a se submeter como seu fantoche (2Cr 33.11-13).
4. A consolação de Judá. Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação. “Os destinatários eram os povos oprimidos de Israel e Judá. Que por mais de um século sofreram com as depravações brutais promovidas pelas forças armadas assírias. Como resultado disso, tiveram seus lares destruídos, as plantações queimadas, suas esposas e filhas estupradas e as crianças arremessadas contra as paredes. Essa opressão alcançou seu ponto culminante em 722 a.C, quando os assírios destruíram Samaria totalmente e levaram o povo de Israel para o cativeiro” (Guia do leitor da Bíblia, CPAD, pg.556). Assim como Deus havia, anteriormente, usado os assírios, ele usa os medos, os babilônios e os citas para fazer o sepulcro para Nínive. Ez 32.22-23 confirma essa profecia.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O castigo divino contra os inimigos de Judá trouxe-lhe consolação e o favor divino de misericórdia.

CONCLUSÃO

A leitura do livro de Naum nos enriquece com uma lição: a história tem suas rédeas nas mãos do Todo-Poderoso. Os homens levantam impérios tiranos e cruéis, mas sua queda não tarda. Deus retomará o que é seu, aniquilando o poder do Maligno e dá mostras disto derrubando reinos, nações e culturas quando estas se ensoberbecem: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos” (Dn 2.20-21). Deus é o Senhor da história. Há um Deus que pune o mal e que faz sua vontade prevalecer. Há um Deus que vê os adversários de seu povo e os julga no tempo soberanamente por Ele determinado. Por isto, confiemos no poder de um Deus que conduz a história e que a faz caminhar para onde ele deseja.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Recife, PE
Novembro de 2012,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R. A cidade de Cafarnaum.
2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.
3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina.
4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.
5. Quem são os “inimigos” em Naum?
R. Os assírios.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

- Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

OBRAS CONSULTADAS:
[a] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota textual de Gn 18.32; p. 36;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. Bíbia de Estudo Genebra
. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Introdução ao Livro de Naum; p. 1053;
[d] -. http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADnive ;
[e] -.
http://www.maravilhosagraca.com/index.php?option=com_content&view=article&id=66:o-profeta-naum&catid=50:os-profetas&Itemid=92;
[f] -.
Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011; Dicionário do Antigo Testamento, 5359 nāqām; pp. 1807 e 1808;
[g] -. Ibdem [f], 750 ārekh; p. 1539;

-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
- ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.
- KAISER JR., W. C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a igreja. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
- Quero Entender a Bíblia. CPAD, pg.205;
- BAXTER, J. Examinai as Escrituras. S. Paulo: Edições Vida Nova,  vol. 3, 1995, p. 228;
- SHEDD , Russel (ed.) O Novo Dicionário da Bíblia. S. Paulo: Edições Vida Nova, 2o.  vol. 1965, p. 1112


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Francisco de Assis Barbosa