VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Este Blog não é a palavra oficial da Igreja ou da CPAD. O plano de aula traz um reforço ao seu estudo. As ideias defendidas pelo autor do Blog podem e devem ser ponderadas e questionadas, caso o leitor achar necessário. Obrigado por sua visita! Boa leitura e seja abençoado!

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)

27 de março de 2011

Lição 01 - Quem é o Espírito Santo


03 de abril de 2011










TEXTO ÁUREO




"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16).


- Outro: [Do Gr. Allos; Strong 243]: Alguém além de; outro da mesma espécie. A palavra mostra semelhanças, porém diversidade de operação e ministérios. O uso que Jesus faz de allos para enviar outro Consolador equipara-se a ‘alguém além de mim e em adição a mim, mas alguém como eu. Na minha ausência, ele fará o que eu faria se estivesse fisicamente presente com vocês’. A Vinda do Espírito garante a continuidade do que Jesus fez e ensinou[1].









VERDADE PRÁTICA


O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é Deus.








LEITURA BÍBLICA EM CLASSE





João 14.16, 17, 26; 6. 13-15



OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:


- Conhecer os principais pontos da doutrina bíblica do Espírito Santo;


- Explicar o que é a aseidade do Espírito Santo, e



- Saber que o Espírito Santo tem personalidade.








PALAVRA-CHAVE





ESPÍRITO SANTO: - [Do heb. Ruah Kadosh; do Gr. Hagios Pneumthos]. Terceira pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.



COMENTÁRIO



(I. INTRODUÇÃO)



Após concluirmos o estudo do livro de Atos dos Apóstolos, onde aprendemos que o Espírito Santo dado à Igreja no dia de Pentecostes, orientou a expansão do evangelho por todo o mundo conhecido àquela época, iniciamos um segundo trimestre estudando acerca desse Espírito que foi derramado sobre os discípulos naquele dia, o fundamento da fé pentecostal que professamos. O espírito Santo que opera como Consolador para a Igreja, não é impessoal. Todas as características de uma personalidade lhes são intrínsecas. Seu ministério é predominantemente orientado a Cristo, parte do qual é ensinar e lembrar aos discípulos o que Jesus ensinou em pessoa. A importância do estudo do Espírito Santo deve-se a quem ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da humanidade. Entendemos que o Espírito Santo é Deus, e aquilo que se conhece verdadeiramente do Senhor, só é possível por sua pessoa. Mark D. McLean afirma: ‘A tarefa dada à Igreja do século XX é pregar a totalidade do Evangelho. O que necessitamos não é um Evangelho diferente, mas a plenitude do Evangelho conforme registrado no Novo Testamento. Destacamos esse fato, porque o Espírito Santo tem sido negligenciado no decurso dos séculos. Temos a tarefa de entender de novo a Pessoa e a obra do Espírito Santo, conforme reveladas na Bíblia e experimentadas na vida da Igreja hoje’[2]. Boa aula!



(II. DESENVOLVIMENTO)



I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO


1. A doutrina do Espírito Santo. Em Teologia Cristã, pneumatologia se refere ao estudo do Espírito Santo. Pneumatologia, do gr. Pneumatos, Espírito, e Lógos, revelação; palavra; discurso; doutrina; raciocínio. O termo significa, então, ‘doutrina do Espírito’. Nesta doutrina Cristã, o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Algumas formas de Cristianismo negam que o Espírito Santo seja pessoal, embora assegurando que pode, em algumas ocasiões, influenciar as pessoas. Apesar de nos dizer em Jo 4.24 que Deus é Espírito, o nome se aplica mais particularmente à terceira pessoa da trindade. O termo hebraico com o qual ele é designado é ruach, e o grego é pneuma, ambos como o vocábulo latino spiritus, derivam de raízes que significam ‘soprar’, ‘respirar’. Daí também podem ser traduzidos por ‘sopro’ ou ‘fôlego’ (Gn 2.7; 6.17; Ez 37.5,6), ou ‘vento’ (Gn 8.1; 1Rs 19.11; Jo 3.8).


2. O Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento. O Espírito Santo existia antes do Pentecostes como a terceira pessoa da Trindade, e nessa qualidade esteve sempre ativo, mas o período que antecedeu a este dia, não foi os de sua atividade especial. O período do Antigo Testamento foi de preparação e espera. As verdades conhecidas então, eram verdades simples e dadas por meio de lições objetivas. Só havia e só podia haver bem pouco contato pessoal entre o homem e Deus. Ocasionalmente, um patriarca ou profeta falava face a face com Ele, naturalmente que o Espírito esteve ativo durante aquele período; Ele descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa ficava terminada, não permanecia com os homens nem neles habitava. Existem várias referências ao Espírito Santo de Deus distribuídas pelo Velho Testamento. Mesmo que a doutrina da Trindade não esteja muito clara no Velho Testamento, a personalidade e a divindade do Espírito Santo ali são reveladas. No primeiro versículo da Bíblia (Gen. 1:1), a palavra hebraica para Deus, é usada no plural. Em Gen. 1:2, o Espírito é expressamente mencionado. Deus também refere-se a si mesmo no plural (Gen. 1:26; 11:7) e em Is 48:16, as três pessoas da Trindade são mencionadas juntas. Muitos dos títulos atribuídos ao Espírito Santo podem ser encontrados no Velho Testamento (Salms 51:11; Zac 12:10, Jó 33:4). O Antigo Testamento geralmente emprega o termo ‘espírito’ sem qualitativos, ou fala do ‘Espírito de Deus’ ou ‘Espírito do Senhor’ e utiliza a expressão ‘Espírito Santo’ somente em Sl 51.11; Is 63.10,11, enquanto no Novo testamento esta veio a ser uma designação da terceira pessoa da Trindade. Louis Berkhof afirma que “é um fato notável que, enquanto o Antigo Testamento repetidamente chama a Deus ‘o Santo de Israel’, o Novo testamento raramente aplica o adjetivo ‘santo’ a Deus em geral, mas o utiliza freqüentemente para caracterizar o Espírito. Com toda a probabilidade isso se deve ao fato de que foi especialmente no Espírito e sua obra santificadora que Deus se revelou como o Santo. É o Espírito Santo que faz sua habitação nos corações dos crentes, que os separa para Deus e que os purifica do pecado[3].


2. O Espírito Santo na atualidade. O estágio atual, período que se estende do dia de Pentecostes até os nossos dias, pode legitimamente ser chamado de ‘dispensação do Espírito’. A partir dali marcou o raiar de um novo dia nas relações com a humanidade. Desde então habitou nos homens, e na Igreja; Todo o trabalho eficaz que a Igreja tem feito tem sido realizado no poder do Espírito. Ela é o verdadeiro corpo de Cristo, habitado pelo Espírito Santo, e como tal é indestrutível, idêntica ao reino e trono de Deus. A obra do Espírito Santo na atualidade caracteriza-se por Ele habitar no crente (1Co 6.15-19; 3.36; Ro 8.9). O Espírito Santo vem habitar ou fixar residência na vida do crente, por ocasião da regeneração, e ali permanece, seja qual for o grau de imperfeição ou imaturidade desse crente. Assim Ele possibilita o crescimento da nova vida iniciada. Ele gera a certeza de salvação (Ro 8.16; 2Co 1.22; Ef 1.14). O Espírito não só testemunha aos crentes da filiação atual, mas dá garantia de salvação final. A presença do Espírito em nossos corações proporciona um antegozo do céu e é uma garantia de que receberemos a herança incorruptível e impoluta, que não fenece, reservada no céu (1Pe 1.4,5). Ele sela os seus (Ef 1.1-14; 4.30). Ele sela divinamente o pecador, no momento em que crê, tornando-o então propriedade sua, e dando a garantia da herança eterna. Ele liberta (Jo 8.32,36; Ro 7.9-24, 8.2). Ele liberta o homem, da lei do pecado e da morte. É obra dele livrar-nos do domínio desta lei, e capacitar-nos a andar em harmonia com Deus. Ele fortalece (Ef 3.16-19). Os resultados desse fortalecimento são claramente vistos. O seu poder se torna operante em nossas vidas corporificando e entronizando realmente Cristo, o que é descrito como sua habitação em nossos corações. Ele enche o crente (Ef 5.18-20). Ser cheio do Espírito, não é limitado a uma única experiência, mas pode ser repetida incontáveis vezes.




SINÓPSE DO TÓPICO (1)


A doutrina do Espírito Santo está presente no Antigo e no Novo Testamento.



II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO


1. A aseidade do Espírito Santo. Uma das razões porque se atribui personalidade ao Espírito Santo é o fato de que a Bíblia lhe concede certos nomes. Um dos Seus grandes títulos é o CONSOLADOR (Jo 14.16,26; 16.7-13). Consolador significa “alguém chamado para estar ao lado”, indicando o ministério confortador do Espírito Santo. A palavra grega “Paracleto” significa: para = ao lado, e kaleo = chamar ou pedir. O espírito Santo hoje é o nosso Paracleto e Consolador. As Escrituras ensinam enfaticamente a Divindade do Espírito Santo. Isto se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, sendo co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho. As Escrituras não apenas revelam o Espírito Santo como uma Pessoa, mas também atesta a sua divindade, quando afirma que Ele é Deus. O incidente da tentativa do logro praticada por Ananias e Safira em Atos 5 serve para ilustrar a divindade do Espírito Santo. Pedro acusou Ananias de ter mentido ao Espírito Santo (v. 3). No versículo seguinte Pedro disse: “mentiste a Deus”.


2. Atributos incomunicáveis do Espírito Santo. Outra prova da divindade do Espírito encontra-se nas qualidades divinas atribuídas a Ele: Eternidade—Hb 9:14; Onipresença — Sl.139:7-10; Onipotência - Lc 1:35; Rm 15:18-19; Onisciência — I Co 2:10; Jo 14:26, 16:13; Amor—Rm 15:30; Verdade—Jo 16:13; Soberania—I Co 2:11. No Seu próprio nome “Espírito Santo”, vemos a santidade. Somente Deus possui estas qualidades. Notemos também o poder criativo do Espírito Santo: na criação do mundo o Espírito trouxe a vida — Gn 1:2; Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30.4.


a. Onipresença. Isto é, Ele está presente em todos os lugares a um só tempo.


b. Onisciência. Ele sabe todas as coisas. Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos.


c. Onipotência. Isto é, Ele é Todo-Poderoso e detém autoridade sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas.



SINÓPSE DO TÓPICO (2)


Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoesxistente. Os seus atributos incomunicáveis confirmam sua aseidade.



III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO


1. O Espírito Santo tem personalidade. Muitas pessoas pensam que o Espírito Santo é uma mera força intocável, ou apenas uma misteriosa influência que ninguém define. Essa opinião está bem longe da verdade, pois o Espírito Santo é uma pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade (Jo 14.1,9,17; Mt 3.13-17). Ter personalidade implica na qualidade ou fato de ser uma pessoa. Quanto ao Espírito Santo, isto é um fato descrito na Bíblia, tanto quanto a personalidade do Pai e do Filho. As igrejas primitivas o conheciam como uma pessoa Divina, que poderia ser seguida (At 13.2), e com quem poderiam ter comunhão (2Co 13.13; 1Jo 5.7). Pode se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, auto-consciência e auto-determinação. Quando um ser possui atributos, propriedades e qualidades de personalidade, então esta se pode atribuir a esse ser inquestionavelmente. Características pessoais são atribuídas ao Espírito Santo. Por características não nos referimos a mãos, pés ou olhos, pois essas coisas denotam corporeidade, mas, antes, qualidades como: conhecimento, sentimento e vontade, que indicam personalidade. Uma forma corpórea não se faz necessário para que haja personalidade. Entretanto, encontramos os três seguintes atributos numa personalidade:


a.Intelecto — habilidade para pensar (Rm 8 27; I Co 2:10,11 13; 12:8).


b.Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30).


c.Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11).


2. O Espírito Santo tem emoções. Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). Habitando no ‘homem interior’ (Ef 3.16), se Ele está triste, o crente será o primeiro a saber. Ele pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio Jesus sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35).


3. O Espírito Santo tem vontade. Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). Vontade é a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões. O Espírito Santo tem vontade própria. Isto está evidenciado em suas atitudes, tanto no Antigo como no Novo Testamento:


a) No repartir os dons liberalmente (1Co 12.11): “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.”;


b) No permitir ou impedir (At 16.7): O Espírito tem a direção da vida do crente. Todo aquele que é guiado por Ele deve estar pronto para fazer a sua vontade. Ele pode permitir, assim como impedir, aquilo que desejamos fazer;


c) No convidar (Ap 22.17) Quando alguém realiza uma festa, convida a quem quer para participar. O Espírito convida o homem para aceitar Jesus, que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, Mt 11: 28, e


d) No orientar (At 13.2) Quando há oração e consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo orienta.



SINÓPSE DO TÓPICO (3)


As ações do Espírito Santo evidenciam que Ele é uma pessoa, a Terceira da Santíssima Trindade.



(III. CONCLUSÃO)



A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento pentecostal. Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam tanto a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade, afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal. Um dos primeiros argumentos usados para defender esta idéia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio dele, e ele habitar em alguém? Esta é a importância do estudo do Espírito Santo, pelo o que Ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da Igreja. Ele é o alicerce da vida do crente; Enquanto o mundo associa-o ao fanatismo, ele no entanto se mantém ativo em todas as áreas da vida, sendo dela o criador. Também trabalha na providência, na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la. Sua vinda ao mundo era tão necessária à nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito Santo nossa religião é vã e não temos provas de nossa salvação (Rm. 8.9,16). É ele quem nos dá a vida física (Jó 33.4), espiritual e ressurreta (Jo 3.5; Rm 8.11), sendo Ele o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gl 5.19-22).



APLICAÇÃO PESSOAL



Em épocas passadas, a impressão de um selo indicava a resolução do proprietário do selo como sinal de que alguma coisa lhe pertencia. Os crentes são propriedade de Deus, e a habitação do Espírito Santo neles é a prova desta possessão divina (Rm 8.9). Quando Jesus foi sepultado, os principais sacerdotes pretenderam manter a Sua sepultura em segurança, selando-a e conservando-a sob guarda (Mt 27.66). Violar aquele selo implicava afrontar o governo romano. Assim, aquele que fere um filho de Deus, selado com o Espírito Santo, fere a autoridade do Governo Celestial que nos tem autenticado como verdadeiros Filhos de Deus. O Espírito Santo investido em nós é o título de Deus para nos possuir inteira e eternamente (Ef 1.14).


N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),


Francisco A Barbosa


auxilioaomestre@bol.com.br




NOTAS BIBLIOGRAFICAS


[1]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Palavra-Chave Jo 14.16; p. 1091;


[2]. HORTON, Stanley M., Teologia Sistemática, 1. Ed. – Rio de Janeiro; CPAD, 1996; p. 383;


[3]. BERKHOF, Louis 1932. Teologia Sistemática, 3. Ed. – São Paulo; Cultura Cristã, 2009; p. 90;


Lições Bíblicas 2º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Movimento Pentecostal – As doutrinas da nossa fé, PP. 3-9;


Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;


Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.






EXERCÍCIOS




1. O que é pneumatologia?


R. É o estudo da pessoa, obra e ministério do Espírito Santo.


2. Cite algumas referencias bíblicas que comprovam a atuação do Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento.


R. Gn 1.2; Is 40.12-14; Lc 1.35; Jo 21.25.


3.Após o Pentecostes, o que os discípulos passaram a fazer?


R. Passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum.


4. O que significa a aseidade do Espírito Santo?


R. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente, ou seja, não depende de nada fora de si para existir.


5.Quais são os principais atributos que caracterizam a personalidade do Espírito santo?.


R. Vontade e emoção.


Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).


auxilioaomestre@bol.com.br

22 de março de 2011

LIÇÃO 13

Lição 13

27 de março de 2011

Paulo Testifica de Cristo em Roma

TEXTO ÁUREO

Na noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: "Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma". (At 23.11).

- Paulo está ansioso e apreensivo quanto às coisas que lhe acontecerão. Poderá ser morto em Jerusalém e, assim, seus planos de levar o evangelho até Roma, e daí para o Ocidente, talvez nunca se realizem. Deus lhe aparece nesse momento crítico, encoraja o seu coração e assegura que ele dará testemunho da sua causa em Roma. As Escrituras registram que Deus apareceu a Paulo três vezes para reafirmar-lhe isso (18.9,10; 22.17,18; 23.11; cf. 27.23-24).

VERDADE PRÁTICA

A principal e a mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 27.18-25

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Narrar os principais acontecimentos da viagem de Paulo a Roma;

- Compreender que Paulo, com ousadia, proclamou o evangelho de Cristo em Roma, e

- Conscientizar-se de que a principal e mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.

PALAVRA-CHAVE

TESTEMUNHA: - [do grego martyr; do latim testimonia]. O que atesta a veracidade de um fato.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Paulo, em Roma, permaneceu em prisão domiciliar por dois anos. Tinha licença de receber visitas, às quais pregava o evangelho. Paulo discutiu com os judeus em Jerusalém os quais o acusaram de profanar o Templo (At 21.26-34). Ele foi posto sob custódia romana em Cesaréia durante dois anos, mas após apelar para César, foi enviado por navio a Roma. Após deixar a ilha de Creta, os companheiros de Paulo naufragaram em Malta devido a uma forte tempestade. Três meses depois, ele finalmente chegou à capital do império. O que aconteceu a Paulo depois, segundo geralmente se crê, é o que se segue: durante esses dois anos, Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e a Filemom. Em 63 d.C., aproximadamente, Paulo foi absolvido e solto. Durante uns poucos anos continuou seus trabalhos missionários, e talvez tenha ido até à Espanha, conforme planejara (Rm 15.28). Durante esse período, escreveu 1 Timóteo e Tito. Foi preso de novo cerca de 67 d.C., e levado de volta a Roma. 2 Timóteo foi escrita durante esse segundo encarceramento em Roma. A prisão de Paulo só terminou ao ser ele decapitado, sofrendo o martírio sob o imperador romano Nero. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. VIAGEM DE PAULO A ROMA (At 27.1-28-10)

Paulo não reconhece nenhuma das acusações feitas a ele pelos judeus. Paulo na verdade, podia-se considerar um fariseu, zeloso da lei moral do AT (21.24). Mesmo assim, Paulo não guardava a Lei como um conjunto de códigos ou padrões mediante o qual se tornaria justo. Como ensinou em suas epístolas, uma vida justa requer a obra do Espírito Santo no coração e na alma do crente. Paulo, cônscio de sua missão, como havia recebido ordens do Senhor para testemunhar do Evangelho em Roma, Clama pelo tribunal de César. Cidadão romano, tinha ele o direito de apelar para César, e tomada a resolução ninguém poderia revogar. Como era dos desígnios de Jesus que Paulo seguisse para Roma, onde teria que dar testemunho da sua Palavra, após a visita do rei Agripa a Cesaréia, o Governador Festo fê-lo seguir para a Itália. Pode-se avaliar como as viagens por mar eram perigosas pelo exemplo desta viagem – a quarta viagem missionária de Paulo. Os passageiros eram na realidade adições à carga transportada, proviam sua alimentação e não havia acomodações a bordo para dormirem (At 21.3,7,8). Navegar, só em determinadas épocas do ano, havia uma lei romana que proibia viagens no período entre 10 de novembro e 10 de março. At 28.11 se refere a um barco que foi apanhado no mar em um período perigoso. Ele passou o inverno em Malta. Paulo viajou num navio graneleiro alexandrino, carregado e que estava a caminho de Roma (At 27.6)

1. De Cesareia a Roma (27.1-44). Esse é o início da quarta viagem missionária de Paulo, ainda que preso, contudo cônscio de sua missão: levar o evangelho a Roma. Diz Lucas, o qual também fez parte do comitê de viagem, que Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião da coorte Augusta, chamados Júlio, o qual tratou muito bem o Apóstolo, permitindo-lhe em Sidon ir ver os seus amigos e receber deles bom acolhimento. “Eles embarcaram em Cesaréia, num navio de Adramitio, que seguia a costear as terras da Ásia. Aristarco, macedônio de Tessalônica os acompanhou. Aportaram em Sidon, dali seguiram a sotavento de Chipre, por serem contrários os ventos, e tendo atravessado o mar que banha a Cilícia e a Panfília, chegaram a Mirra, cidade da Lícia. Aí o centurião, encontrando um navio de Alexandria que estava de viagem para a Itália, fez com que embarcassem. Navegaram vagarosamente por vários dias e tendo chegado com dificuldade à altura de Cnido, não permitindo o vento seguirem viagem, navegaram a sotavento de Greta, na altura de Salmone; e costeando com dificuldade, chegaram a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséa”. Essa viagem, como se vê, foi muito demorada, os ventos não eram favoráveis e tudo parecia difícil.

2. Paulo na Ilha de Malta (At 28.1-10). Malta (grego Melita; significa Refúgio em língua fenícia), é formada por um pequeno arquipélago situado no mar Mediterrâneo: Malta (a maior das ilhas), Gozo, Comino, e as desabitadas Cominotto e Filfla. Situa-se a 93km ao sul da Sicília, a 290km ao norte da Líbia e a cerca de 290km a leste de Túnis. As ilhas têm uma superfície total de 316km2. Esse naufrágio na ilha de Malta não foi a primeira vez que Paulo correu risco de vida no mar. Poucos anos antes, ele escreveu: “Três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no profundo.” Disse também que havia corrido “perigos no mar”. (2Co 11.25-27). As viagens marítimas o ajudaram a cumprir a função que Deus lhe deu como “apóstolo para as nações” (Rm 11.13). A passagem de Atos 28.2,4 chama os habitantes da ilha de bárbaros; mas isso significa, meramente, que eles não falavam o grego, ou, pelo menos, que o grego não era a língua nativa deles, embora talvez compreendessem bem o grego, segundo também se verificava na maior parte do mundo antigo, dentro e mesmo fora do império romano, naquela época. Os habitantes de Malta falavam um dialeto fenício, também chamado púnico. Públio um dos chefes da ilha, chamado no sétimo versículo deste vigésimo oitavo capítulo de «homem principal», provavelmente, derivava a sua autoridade do propraetor da Sicília. O título que é conferido aqui a ele (no grego, protos), é confirmado por muitas inscrições.

3. Paulo chega a Roma (Mt 28.11-15). Paulo tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma (Rm 15.22-29), e era da vontade de Deus que ele assim o fizesse (23.11). Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim depois dos reveses, tempestades, naufrágio e muitas outras provações. Eles tinham que esperar três meses em Malta até que a temporada de navegação começasse, a partir de fevereiro. Note que o emblema do navio no qual embarcaram era Castor e Pólux, (em grego Dióscuros: “os gêmeos”, filhos de Zeus), as divindades patronas da navegação. Este era outro navio cargueiro que transportava grãos da África para a Itália. Embora Paulo fosse fiel, Deus não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas. Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de Deus, ser inteiramente fiéis a Ele, e mesmo assim sermos dirigidos por Ele através de caminhos desagradáveis, com aflições. No meio de tudo isso, sabemos, porém, que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Navegaram os 120 quilômetros até Siracusa, capital da Sicília, sem incidentes de nota e ali permaneceram por três dias. Continuando viagem, pararam por um dia em Régio, e, aproveitando o vento favorável seguiram até Potéoli, principal porto de Roma, no litoral norte da baía de Nápoles, a cerca de trezentos quilômetros de distância. Ali encontraram irmãos cristãos. A seu convite tiveram oportunidade de passar uma semana com eles, antes de continuar a sua viagem de duzentos e cinquenta quilômetros por terra até Roma, numa das grandes estradas construídas pelos romanos através da Europa.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

Paulo sofreu m naufrágio em sua viagem a capital do império romano, porém, Deus guardou a vida do seu servo, livrando-o da morte.

II. O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (AT 28.16-31)

De 60 a 62 a.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensinando a qualquer um que quisesse ouvir, enquanto aguardava o julgamento perante Nero. Talvez Paulo houvesse esperado ser inocentado e solto (Fp 1.25; 2.24; Fm 22). Paulo tinha a firme convicção de que a mensagem do Evangelho deveria seguir no seu livre curso, sem impedimento algum, em triunfo. Mesmo em cadeias, o missionário não deixou de “ensinar, exortar e consolar a tempo e fora de tempo”.

1. Prisão domiciliar (28.16). Quando chegaram a Roma, o Centurião o entregou ao prefeito do pretório. Paulo recebeu a permissão de se alojar fora do campo pretoriano, é o regime especial da custodia militaris: o prisioneiro arranja um alojamento por conta própria, mas deveria ter o braço direito sempre ligado, por uma corrente, ao braço esquerdo do soldado que o vigiava [1]. Como cidadão romano que não havia cometido nenhuma ofensa flagrante e que não tinha aspirações políticas contrárias ao império, Paulo cumpre essa prisão domiciliar. Paulo morava em sua própria casa alugada, onde podia receber seus amigos e ministrar para grupos tais como os judeus romanos.

2. Apologia entre os judeus (28.17-22). A comunidade judaica de Roma nada tinha ouvido a respeito de Paulo de Tarso, mas já haviam ouvido relatos negativos sobre a seita do Caminho. David H Stern afirma que esses líderes judeus tinham a mente muito aberta, mais do que os de hoje normalmente têm [2]. Paulo objetivou regularizar sua situação o mais depressa possível diante da comunidade judaica de Roma. Faz um resumo do seu processo e protesta pela última vez sua fidelidade ao judaísmo. O procedimento de Paulo com esses líderes foi o mesmo adotado com o povo judeu de todos os lugares: ele apelou à Tanakh, usando tanto á torah quanto os profetas a fim de persuadi-los acerca de Jesus e o reino de Deus. Alguns converteram-se mas outros recusaram-se a crer.

3. Progresso do evangelho em Roma (28.23-31). A partir do capítulo 1.8 vemos que a intenção de Atos foi a de mostrar que o evangelho se espalharia até os confins da terra, alcançando os goiym. A nova crença disseminou-se de Jerusalém a Roma, a capital do império. Os romanos eram politeístas, grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, possuindo qualidades e defeitos humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família. Os principais deuses romanos eram Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco. Em Roma, Paulo dirige a mensagem primeiro aos de sua raça, depois aos gentios, e assim, a chegada de Paulo a Roma consuma um programa de evangelização (Lc 24.47; At 1.8), originando uma nova expansão do cristianismo a partir da capital do mundo.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Paulo foi conduzido pelas autoridades até Roma. Ali, em prisão domiciliar, ele prego o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

(III. CONCLUSÃO)

Não se sabe ao certo e o NT não indica de modo claro o que aconteceu depois deste período. Geralmente os estudiosos aceitam que Paulo fora liberto, talvez através de um ato de clemência aos quais Nero não era estranho. Se assim foi, Paulo pode então concretizar seu desejo de ir até a Espanha (Rm 15.24). Uma fonte segura afirma que Paulo fora martirizado em Roma sob Nero, em 64 ou 65 d.C. Assim, a proclamação do evangelho até aos confins da terra, chegou a uma etapa que, sem ser derradeira (Rm 15.23-24) é contudo, definitiva (28.31).

APLICAÇÃO PESSOAL

Em Atos, encontramos o registro das primeiras conversões à fé em Jesus Cristo, com detalhes sobre a mensagem apostólica e a responsabilidade dos crentes. A promessa do dom do Espírito Santo é descrita de forma que entendemos que era comum à igreja experimentar o cumprimento dessa promessa. Não há amparo bíblico-teológico para pregar uma mensagem diferente hoje, mensagens vazias do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, vazias do dom do Espírito Santo e da vida que Ele produz. Ao findar este trimestre, aprendemos que a leitura de Atos dos Apóstolos é indispensável para aqueles que querem aprender os princípios de liderança e virtude cristãs. Atos nos intima a possuirmos uma fé confiante, assim mesmo como aqueles homens e mulheres, os quais viveram em inteira dependência e confiança na provisão divina e puderam entregar-se plenamente à execução dos planos divinos, e sem os quais não estaríamos hoje estudando Atos dos Apóstolos! Acredite firmemente que Deus vai cumprir tudo que prometeu em sua Palavra!

"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” (Fp 1.6),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

[1]. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulinas, p. 1952;

[2]. David H. Stern, Comentário Judaico do Novo Testamento; Templus, São Paulo, 2008;

Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;

Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora;

Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;

Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).

auxilioaomestre@bol.com.br