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8 de julho de 2013

Lição 2 - Esperança em meio à adversidade



Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Comentarista: Elienai Cabral
Elaboração, pesquisa e postagem no Blog: Francisco A Barbosa,
Para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande-PB.

LIÇÃO 2
Esperança em meio à adversidade
14 de Julho de 2013

TEXTO ÁUREO

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21). - Para o apóstolo Paulo, Cristo é a sua razão de existir.

VERDADE PRÁTICA

Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do Evangelho.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 1.12-21.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho;
  • Explicar as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho, e
  • Compreender que o significado da vida consiste em vivermos para o evangelho.


PALAVRA CHAVE
Adversidade: infelicidade, infortúnio, revés. Qualidade ou caráter adverso

COMENTÁRIO

introdução

A prisão de Paulo em Roma foi crucial para a propagação do Evangelho. Nesta lição, entenderemos as motivações que levaram o apóstolo a entregar-se inteiramente à sua missão, sem olhar para as adversidades, mas, usando-as como elemento propulsor, levou a mensagem das boas novas, e deixou boa parte dos escritos do Novo Testamento. Sem as adversidades pelas quais Paulo passou, nós não teríamos este tesouro! Hoje, temos a oportunidade de compreendermos porque as adversidades afligem os filhos de Deus. O maior perigo que qualquer um de nós enfrenta é o desanimo diante das dificuldades, como Paulo, então, diante desse inimigo, poderemos exclamar: “Porque sei que disto me resultará salvação” (1.19). Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
1. Paulo na prisão. O texto de Atos 2.30 e 31 afirma que Paulo permaneceu sob a custódia da guarda Pretoriana, prisioneiro por dois anos na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o Evangelho, com intrepidez e sem impedimento algum. Paulo soube, pelo poder do Espírito Santo em sua vida, transformar uma situação – aparentemente vexatória, humilhante e dolorosa – em grande testemunho e oportunidade para pregar o evangelho aos soldados e oficiais da famosa guarda pretoriana que, em Roma, somava um efetivo de mais de 9.000 homens. A Bíblia King James Atualizada publica em nota explicativa ao texto de At 28.31 (pág. 2151) que a tradição da Igreja registra que Paulo chegou a ser solto desse encarceramento. Paulo escreveu a várias igrejas com a expectativa de ser liberto a qualquer momento (Fp 2.24; Fm 22). Muitos detalhes nas cartas pastorais revelam que Paulo teve uma oportunidade de voltar à Ásia Menor, a Creta e à Grécia. A segunda epístola a Timóteo, por exemplo, fala de um ministério de Paulo não historiado no livro de Atos. E, por fim, alguns escritos tradicionais e respeitáveis da Igreja, como as cartas de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.), narram Paulo em plena atividade ministerial, na Espanha antes de sua morte pelas mãos de Nero (cerca de 67 d.C.).
2. Uma porta se abre através da adversidade. – Em vez de retardar a disseminação do evangelho, a prisão de Paulo lhe deu oportunidade para testemunhar, em especial entre a elite do exercito romano. Sua experiência também estimulou os outros a pregar com mais confiança, mesmo que alguns tivessem intenções erradas. Paulo não tem nenhum comentário sarcástico para essas pessoas, pois a doutrina deles está correta. Sua reação foi bastante diferente em relação aos agitadores referidos em Fp 3.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A prisão de Paulo foi uma porta aberta para a proclamação do Evangelho


II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1, 12, 13)
1. O poder do Evangelho. O termo “Evangelho”, designação preferida de Paulo para a sua mensagem, ocorre nove vezes em Filipenses (proporcionalmente, mais do que em qualquer outra carta). Paulo e os filipenses estão unidos pelo compromisso comum com o Evangelho. Confiar em Jesus, o Messias, dá a Paulo uma confiança que o leva a pregar confiadamente, sem temor (v. 14; Cl 1.26) e consolo que, longe de fazer com que necessite receber isso de outras pessoas, ele mesmo pode, de sua cela na prisão, fortalecer os irmãos que estão livres e consolar aqueles que se preocupam com ele tendo a certeza de que as boas-novas estão obtendo avanço, e que a sua própria situação é uma alegria.
2. A preocupação dos filipenses com Paulo. Em virtude da prisão de Paulo, o evangelho transitou irresistivelmente por toda a guarda do palácio e mesmo para além dela. A prisão de Paulo por pregar o evangelho tornou-se conhecida não somente dos soldados a serviço do imperador, mas também da casa imperial (cf. 4.22) onde Paulo se refere não aos familiares do imperador, mas sim, a todos os militares, serviçais e escravos que, por meio do testemunho do apóstolo, agora serviam ao Senhor Jesus - entre os mais chegados cooperadores estava Timóteo (1.1,13,14,16) - e, talvez, também da população romana. Não acredito que os filipenses temessem que a prisão de Paulo fosse prejudicial à causa cristã, também não vi nenhum outro comentarista afirmar isso, e o relato do que Deus estava fazendo através de Paulo na “Casa de Cézar” afastou de vez – caso houvesse esse temor – e deu ânimo aos filipenses para imitarem a sua entrega total à causa do Evangelho.
3. Paulo rejeita a autopiedade Paulo tem absoluta certeza da sua salvação (tradução literal da palavra ‘libertação’) eterna em Cristo (Rm 8.28) e fé em seu livramento da prisão, por meio das orações dos filipenses e da vontade do Espírito Santo (veja v. 25; 2.24). Ele esperava sair da prisão, mas não tinha certeza disso, mas de uma coisa ele estava certo: Deus o libertará pelos meios que tiver escolhido, quer humanos como divinos. Na teologia paulina, mesmo em momentos difíceis e de sofrimento, mesmo em amargas decepções, mesmo quando tratados de maneira errada, os crentes podem saber que Deus operará em meio a essas situações, para cumprir seu bom decreto em seus filhos. A situação pode ou não ser diretamente mudada por Deus, mas, mesmo que elas se tornem difíceis, Deus garante bons resultados definitivos, incluindo o amadurecimento do caráter daqueles que são chamados. Nesse pensamento, não há espaço para a autocomiseração, Deus está no controle!

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela sua rejeição a autopiedade e a sua fé no poder do Evangelho


III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava. São elas:
1. A motivação positiva. “De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares” (v.13). O termo ‘manifestas’ (aberto à visão) sugere uma visibilidade que dá ao observador uma capacidade de definir imediatamente o que é visto. Aqui, Paulo declarou que a injustiça de sua prisão era patente aos olhos de todos. Muitos mestres cristãos reconheciam os verdadeiros motivos das perseguições, açoites e prisões de Paulo e pregavam o evangelho ainda com mais amor, lealdade e bravura.
2. A motivação negativa. Mas havia outros, que dando vazão à inveja que alimentavam contra o apóstolo, usavam estes fatos de forma fraudulenta e maldosa, com o propósito de destruir a reputação de Paulo e fazer prevalecer seus ensinos sobre Cristo, projetar suas próprias imagens e conquistar ambições meramente egoístas. Paulo usa a expressão grega ‘aumentar o sofrimento’, que significa literalmente ‘fricção’, numa figura de linguagem sugerida pelo ‘atrito’ das algemas em suas mãos e pés. Contudo, o apóstolo do Senhor não se deixava deprimir, pois sabia que a mensagem é sempre maior do que o mensageiro. Alegria é a palavra chave dessa carta de Paulo, aparecendo no texto mais de quinze vezes.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Infelizmente eram duas as motivações que predominavam na igreja de Filipos: (1) a positiva (pregação com destemor e coragem) e (2) a negativa (pregação pelo interesse pessoal).


IV. O DILEMA DE PAULO
1. Viver para Cristo. Para o apóstolo, Cristo é a sua razão de existir. Paulo não anseia pela morte, mas por uma presença mais próxima de Cristo que a morte trará. Enquanto isso, ele tem uma forte sensação de que deve permanecer entre eles para que eles cresçam e amadureçam na fé. A palavra partir também é usada para tirar pequenas estacas de barraca ou a âncora de um barco. Para Paulo, a morte significa apenas levantar acampamento e continuar, ou içar as velas para outro porto. Ao invés de desfazer a união que Paulo tem com Cristo, a morte vai introduzir Paulo em uma experiência mais profunda dessa união.
2. Paulo supera o dilema. Paulo quer estar com Cristo, mas também deseja permanecer na terra por causa da igreja. Este é o dilema. Contudo, a decisão está nas mãos de Deus! Eis a razão da entrega total de Paulo a missões! Paulo está confiante de que Deus tem mais trabalho para ele entre os filipenses (vs 24,25), então, a escolha de Paulo é permanecer vivo, “por amor de vós”, porque os filipenses precisam dele. Exatamente devido a sua fé, Paulo não ignora as necessidades deste mundo; embora reconheça os benefícios para si mesmo da vida eterna, ele escolhe permanecer na carne e ministrar a outros. “Estar com Cristo” esclarece sobre a natureza do estado intermediário (isto é, a condição da pessoa no período entre a morte física e a ressurreição).


SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O dilema de Paulo era, imediatamente, “estar com Cristo” ou “viver na carne” para edificar os filipenses.


CONCLUSÃO
Paulo exorta os leitores a não esmorecerem sob a pressão dos que se opõem; em vez disso, exorta a exercerem sua própria pressão, ou seja, proclamar o evangelho no qual eles têm crido (Ef 1.13) e viver de modo digno do mesmo. Paulo encoraja os crentes de Filipos com quatro afirmações: (a) A coragem deles face à oposição é um sinal do julgamento divino confrontando os perseguidores (2Ts 1.5-10). (b) Tal coragem é também um sinal da própria salvação integral dos crentes, no sentido redentor (Rm 1.16; 13.11). (c) Sofrer por Cristo é uma honra dada por Deus (3.10). (d) Paulo compartilha da luta deles e seu exemplo pode encorajá-los, assim como aos ‘irmãos’ (v.14).

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Campina Grande, PB
Julho de 2013,

Graça e Paz a todos os que estão em Cristo Jesus.

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere.


EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, qual foi a principal contribuição da prisão de Paulo para o Evangelho?
R. Foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo.
2. Como Paulo via o sofrimento?
R. Para o apóstolo, a soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro, pois os infortúnios servem para encher-nos de esperança, conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
3. Cite e explique as motivações que predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo atuava.
R. A primeira motivação era positiva, caracterizada pela disposição dos filipenses pregarem o Evangelho com destemor e coragem. A segunda era negativa, pois a sua principal característica era os pregadores que usavam a prisão do apóstolo para garantir vantagens pessoais.
4. Qual era o maior dilema de Paulo apontado na lição?
R. “Estar com Cristo” ou “viver na carne”.
5. Você está pronto a trabalhar na causa do Senhor mesmo que isso signifique enfrentar oposições de falsos crentes, além das privações materiais ou físicas?
R. Resposta pessoal.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos. Título: Filipenses — A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja, Comentarista: Elienai Cabral; CPAD, 2013 (apenas os tópicos e subtópicos).


OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA. Estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA (BEP - CPAD);
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998;
-. ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.

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FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA