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4 de julho de 2013

Lição 1 – PAULO E A IGREJA EM FILIPOS



Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 1 – PAULO E A IGREJA EM FILIPOS
7 de julho de 2013

TEXTO ÁUREO
"E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento" (Fp 1.9). Paulo relata aos filipenses que ora por eles (v 4) e qual é o conteúdo dessa oração. A fé cristã encontra expressão no amor cristão e em um procedimento sincero e sem culpa.

VERDADE PRÁTICA
Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de Filipos; por isso suas orações e ações de graças por essa igreja eram constantes.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1.1-11

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Introduzir a Epístola aos Filipenses destacando a cidade, a data e o local da autoria.
·         Explicar o propósito, a autoria e os destinatários da epístola.
·         Compreender os atos de oração e ação de graças do apóstolo Paulo.

PALAVRA-CHAVE
Epístola: Cada carta ou lições dos apóstolos às comunidades cristãs primitivas.
COMENTÁRIO

introdução
Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. Em muitos aspectos, a Carta aos Filipenses é a mais bela carta de Paulo, repleta de ternura, gratidão, calor e afeição. Seu estilo é espontâneo, pessoal e informal. Filipenses apresenta-nos um diário íntimo das próprias experiências de Paulo. Esta carta foi escrita em circunstâncias difíceis, enquanto o grande apóstolo estava prisioneiro. Diferente de muitas das cartas de Paulo, Filipenses não foi escrita primeiramente devido a problemas ou conflitos na igreja. Sua tônica básica é de cordial afeição e apreço pela congregação. Paulo, embora fosse um prisioneiro, era muito feliz, e incentivava e ainda incentiva seus leitores para sempre se regozijarem em Cristo. A alegria apresentada em Filipenses envolve uma ardente expectativa da iminente volta de Cristo. Tenham todos uma excelente e abençoada aula.

I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos. Filipos era uma cidade estratégica pela sua geografia. Ela ficava entre o Oriente e o Ocidente. Era a ponte de conexão entre dois continentes. William Barclay diz que Filipe da Macedônia (pai do grande imperador Alexandre Magno, de quem recebeu o nome) fundou a cidade, que levava seu nome por uma razão muito particular. Em toda a Europa, não existia um lugar mais estratégico. Há aqui uma cadeia montanhosa que divide a Europa da Ásia, o Oriente do Ocidente. Assim, Filipos dominava a rota da Ásia à Europa. Filipe da Macedônia tomou a cidade dos tracianos por volta do ano 360 a.C., na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu. Nos dias de Paulo, era uma cidade romana privilegiada, tendo uma guarnição militar. A igreja de Filipos foi fundada por Paulo e sua equipe de cooperadores (Silas, Timóteo, Lucas) na sua segunda viagem missionária, em obediência a uma visão que DEUS lhe dera em Trôade (At 16.9-40). Um forte elo de amizade desenvolveu-se entre o apóstolo e a igreja em Filipos. Várias vezes a igreja enviou ajuda financeira a Paulo (2 Co 11.9; Fp 4.15,16) e contribuiu generosamente para a coleta que o apóstolo providenciou para os crentes pobres de Jerusalém (cf. 2 Co 8-9). Parece que Paulo visitou a igreja duas vezes na sua terceira viagem missionária (At 20.1,3,6)
2. O Evangelho chega à Filipos. A primeira igreja estabelecida na Europa, na colônia romana de Filipos, nos revela o poder do evangelho em alcançar pessoas de raças diferentes, de contextos sociais diferentes, com experiências religiosas diferentes, dando a elas uma nova vida em Cristo. De todas as igrejas que Paulo plantou, essa foi a mais ligada ao apóstolo e a que nasceu num parto de mais profunda dor. Filipe fundou essa cidade para dominar a rota do Oriente ao Ocidente. Alcançar Filipos era abrir caminhos para a evangelização de outras nações. A evangelização e a plantação de novas igrejas exigem cuidado, critério e planejamento. Precisamos usar de forma mais racional e inteligente os obreiros de Deus e os recursos de Deus.
3. Data e local da autoria. Da prisão (1.7,13,14), certamente em Roma (At 28.16-31), Paulo escreveu esta carta aos crentes Filipenses para agradecer-lhes pela sua oferta generosa, cujo portador foi Epafrodito (4.14-19) e para informá-los do seu estado pessoal. Além disso, escreveu para transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de DEUS na sua prisão (1.12-30), para assegurar à igreja que o mensageiro por ela enviado (Epafrodito) cumprira fielmente a sua tarefa e que não estava voltando antes do devido tempo (2.25-30), e para levar os membros da igreja a se esforçarem para conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo dirigia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar.

II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo. Há um enunciado formal, enriquecido com significado teológico, pela simples inclusão dos nomes dos homens de DEUS. Timóteo é incluído em face de sua associação com Paulo em seu cativeiro; 2:19-24 deixa bem claro, também, que Timóteo tinha uma ligação especial com os filipenses, e era o emissário de confiança, de Paulo, que brevemente seria enviado a Filipos. O nome dele é mencionado na saudação como abertura para a menção posterior dos planos de Paulo, no capítulo 2. Paulo e Timóteo são chamados pelo título de servos de CRISTO JESUS, para ficar marcado seu senso de responsabilidade, sob a direção de DEUS. Este título denota a autoridade que DEUS lhes deu para falarem e agirem em Seu nome, como Seus genuínos representantes. “Ser um servo, na linguagem religiosa do judaísmo, significava ser alguém escolhido por DEUS” (Lohmeyer, sobre 2:7). “servo de CRISTO JESUS”, que é um sinal de seu senso de autoridade apostólica (cf. 2 Co 10:8), o qual permeia toda a carta. Não há qualquer indicação de que o nome de Timóteo aparece porque ele era o amanuense, ao lado de Paulo, quando a carta foi escrita, como imaginam alguns comentaristas.
2. Os destinatários da carta: “todos os santos”. A comunidade cristã que veio a existir em seguida ao “evangelismo inicial” de Paulo, em Filipos (At 16:12ss.), é descrita como todos os santos em CRISTO JESUS que vivem em Filipos. O plural é intencional, visto que este adjetivo, aplicado aos crentes em CRISTO, é encontrado em referência a um grupo, somente, na literatura do Novo Testamento. A igreja do NT estava bem ciente de seu lugar como sucessora da comunidade sagrada de Israel (1 Pe 2:9,10) e, mui ousadamente, apropriou-se do título de “santos de DEUS” como marca deste destino. Contudo, “santidade” não é piedade fechada, nem distintivo de merecimento. Os crentes são santos em CRISTO JESUS, isto é, mediante sua união com Ele, que os reivindicou como Seu povo, e que se tornou a base de sua nova vida.
3. Alguns destinatários distintos: “bispos e diáconos”. Paulo destaca, para menção especial, os bispos e diáconos. Eles são líderes da congregação filipense, e há muita probabilidade de que a explicação para esta menção, logo ao introito da carta, é que, de alguma maneira eles desempenharam um papel importante na coleta da oferta enviada a Paulo. Será que eles eram conhecidos como “superintendentes e serviçais”, porque desempenhavam estes tipos de serviço na comunidade? Ou será que eles eram oficiais da igreja, no sentido técnico (posteriormente), encontrado nas epístolas pastorais (1 Tm 3)? Outras cartas paulinas fornecem evidências do sentido funcional de seus títulos, por ex.: 1 Tessalonicenses 5:12s.; 1 Coríntios 12:28-31; Romanos 12:6-8. 
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar de Timóteo aparecer como o coautor da carta, a autoria da epístola é do apóstolo Paulo.

III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. As razões pela ação de graças. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (v.3). A alegria é parte integrante da nossa salvação em CRISTO. É paz e prazer interiores em DEUS Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem: (1) A alegria está associada à salvação que DEUS concede em CRISTO (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e com a Palavra de DEUS (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). (2) A alegria flui de DEUS como um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em CRISTO (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o ESPÍRITO SANTO nos transmite um profundo senso da presença e do contato com DEUS em nossa vida (cf. Jo 14.15-21; ver 16.14). JESUS ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). (3) A alegria, como deleite na presença de DEUS e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8). A confiança de Paulo nos Filipenses, baseia-se não somente na boa obra que DEUS efetuou neles, como também no zelo e na abnegação deles em prol da fé (vv. 5,7; 4.15-18). A fidelidade de DEUS é uma bênção perene para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver 2.13; 2 Tm 2.13). Essa é uma carta de gratidão à igreja pelo seu envolvimento com o velho apóstolo em suas necessidades. Essa igreja foi a única que se associou a Paulo desde o início para sustentá-lo (4.15). Enquanto Paulo esteve em Tessalônica, eles enviaram sustento para ele duas vezes (4.16). Enquanto Paulo esteve em Corinto, a igreja de Filipos o socorreu financeiramente (2Co 11.8,9). Quando Paulo foi para Jerusalém depois da sua terceira viagem missionária, aquela igreja levantou ofertas generosas e sacrificais para atender os pobres da Judéia (2Co 8.1-5). Quando Paulo esteve preso em Roma, a igreja de Filipos enviou a ele Epafrodito com donativos e para lhe prestar assistência na prisão (4.18).
3. Uma oração de petição (vv.9-11). Após agradecer a Deus pelos filipenses, o apóstolo passa a rogar a Deus por eles:
a) Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento (v.9). A caridade, se procede de CRISTO, deve basear-se na revelação e no conhecimento bíblicos. (1) No NT, "ciência" (gr. epignosis) significa conhecimento espiritual no coração e não simplesmente no intelecto. Trata-se da revelação de DEUS, conhecida experimentalmente, incluindo a comunhão pessoal com Ele e não um simples conhecimento intelectual de fatos a respeito dEle (vv. 10,11; Ef 3.16-19). (2) Logo, conhecer a Palavra de DEUS (cf. Rm 7.1), ou conhecer a vontade de DEUS (At 22.14; Rm 2.18), subentende um conhecimento que se expressa na comunhão, na obediência, na vida e no andar com DEUS (Jo 17.3; 1 Jo 4.8). Conhecer a verdade teológica deve ter como objetivo o amor a DEUS e o livramento do pecado (Rm 6.6). "Em todo o conhecimento" significa o crente discernir o que é bom e o que é mau.
b) Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo (v.10). "Sincero" significa "sem nenhuma mistura do mal"; "sem escândalo algum" significa "inculpável" diante de DEUS e dos homens. Tal santidade deve ser o alvo supremo de todo crente, tendo em vista a iminente volta de CRISTO. Somente com um amor abundante, derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 5.5; cf. Tt 3.5,6) e com fidelidade total à Palavra de DEUS, é que seremos "sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de CRISTO".
c) Cheios de frutos de justiça (v.11). Não é só o pecador justificado pela f é em Cristo (v 9) como o “fruto de justifica”, a vida reta que segue, ‘e “mediante Jesus Cristo” através da obra do seu Espírito (Gl 5.22,23), “para a gloria e louvor de Deus”, o Pai. Atuam na santificação dos crentes o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A atitude de ação de graças e petição pela igreja de Filipos é o tema que predomina na introdução da epístola.

CONCLUSÃO

A confiança de Paulo nos Filipenses, baseia-se não somente na boa obra que DEUS efetuou neles, como também no zelo e na abnegação deles em prol da fé (vv. 5,7; 4.15-18). A fidelidade de DEUS é uma bênção perene para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver 2.13; 2 Tm 2.13). Paulo demonstra a importância dos relacionamentos que deve haver entre os irmãos, trazendo a visão dos efeitos que esta união vital dos membros traz à Igreja.
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Recife-PE
Julho de 2013.

EXERCÍCIOS
1. Faça um resumo a respeito da cidade de Filipos.
R. A cidade de Filipos foi fundada por Felipe II, localizada no Norte da Grécia. Além de ser uma importante colônia romana (At 16.12), era um importante centro mercantil entre a Europa e a Ásia.
2. Qual a data mais provável em que foi escrita a Epístola aos Filipenses?
R. De acordo com os especialistas do Novo Testamento, a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C.
3. Quem é o coautor e autor da carta aos filipenses?
R. Timóteo e Paulo.
4. Quem são os destinatários da carta aos filipenses?
R. Aos crentes de Filipos, chamados santos, e “bispos e diáconos” da Igreja.
5. Quais são as três petições de Paulo apresentadas na lição em favor dos filipenses?
R. Que os filipenses crescessem em amor e ciência, tivessem sinceridade e que dessem frutos de justiça.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009;
-. STAMPS, D. C. (Ed.) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995;
-. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas / Hernandes Dias Lopes. - São Paulo: Hagnos, 2007. -- (Comentários expositivos Hagnos);
-. CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS FILIPENSES (BEP -CPAD).

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Francisco de Assis Barbosa