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30 de julho de 2011

Lição 6 – A Eficácia do Testemunho Cristão

07 de agosto de 2011

Texto Áureo

“[...] e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8).

O texto áureo mostra uma estratégia de evangelismo que seria seguida por todo livro de Atos. O testemunho de Jerusalém (cap. 2) apresenta, em miniatura, o ministério mundial de Deus: os ‘judeus... de todas as nações’ (2.5) que ouviram e creram carregaram a mensagem para bem longe. No resto de Atos, o evangelho se espalha à Jerusalém, à Judeia e Samaria, à Antioquia da Síria e aos confins da terra[1].

Verdade Prática

Não fomos chamados apenas para usurfruir dos benefícios da salvação, mas também para testemunhar do Salvador a um mundo que jaz no malígno.

Leitura Bíblica em Classe
Mateus 5.13-16; Romanos 12.1,2

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que o cristão é o 'sal' da terra;
- Compreender que o crente é como luz no mundo, e
- Conscientizar-se da importância do testemunho cristão.

Palavra-chave
TESTEMUNHO

Demonstração da veracidade de um fato.

Comentário

(I. Introdução)

Em cinco referências do Novo Testamento, Jesus incumbe diretamente seus discípulos a ir e pregar o evangelho a todo o mundo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.45-48; Jo 20.21-23, e At 1.8). Certamente, a Igreja e o mundo são comunidades distintas. O mundo é tenebroso, sem luz. O mundo (humanidade não regenerada em Cristo), manifesta uma tendência à podridão, à imundícia, em função do domínio do pecado. A Igreja, apesar de distinta, permanece no mundo com duplo papel: como sal para interromper, ou pelo menos retardar, o processo da corrupção social; e, como luz, para desfazer as trevas. Nas bem aventuranças, Jesus ensinou aos seus discípulos acerca do caráter cristão que deve marcar suas vidas. Na última bem aventurança, Jesus chamou a atenção dos seus discípulos para a perseguição que eles haveriam de sofrer por evidenciarem em suas vidas o caráter do Reino. Essa perseguição é a reação de ódio do mundo contra os discípulos fiéis de Jesus Cristo. Assim o mundo reage em relação aos discípulos de Cristo. Como então, o cristão deve reagir em relação ao mundo em que vive? Será que os cristãos podem influenciar o mundo? Cristo nos ensina que sim. Logo depois de ensinar as bem aventuranças ele chama seus discípulos de “sal da terra” e “luz do mundo”. Boa Aula!

(II. Desenvolvimento)

I. O CRISTÃO COMO SAL DA TERRA

1. A função de preservar. Cristo identifica seus discípulos como o ‘sal da terra’. Precisamos saber qual é a função do cristão como sal da terra. Para isso é importante atentarmos para o valor e a função do sal. O termo sal vem do grego hals, halos, que tanto significam sal como mar. O valor primário do sal não estava em seu uso como condimento, mas na sua capacidade de preservar. Era utilizado para conservar carnes sem que estas apodrecessem e também, para dar sabor aos alimentos. Estas são as duas principais funções do sal: preservar e dar sabor (Jó 6.6). Acreditava-se que o sal possuía propriedades curativas (2Rs 2.19-22), sendo também usado nas ofertas sacrificiais (Lv 2.13). É importante salientar que, o sal como elemento químico pode perder seu sabor, pode tornar-se insípido e assim tornar-se inútil e sem nenhum valor (Mt 5.13). “Ao ser recolhido da região do Mar Morto, uma parte do sal era boa para salgar e cozinhar, mas a outra havia perdido o seu sabor. Esse sal, porém, não era jogado fora. Eles o guardavam no templo de Jerusalém e quando as chuvas de inverno tornavam escorregadios os pátios de mármore, o sal era espalhado pelo chão para reduzir o perigo de quedas. Portanto, o sal que perdeu o sabor é pisado pelos homens[2]. O sal, que difere do material ao qual é aplicado, mesmo em pequenas quantidades, permite que a matéria salgada seja preservada. O crente difere de todas as outras criaturas humanas. Nós somos tão diferentes daqueles não regenerados quanto Jesus era da sociedade de seu tempo. Os padrões morais atuais não se coadunam com o padrão do Evangelho. O crente como embaixador do Reino tem que ser santo em toda a sua maneira de viver (Mc 9.50). Se o crente perder o gosto, se tornará inútil como cristão (Mt 5.13). Nas beatitudes, Cristo descreve o caráter essencial dos cidadãos do Reino, e a metáfora do sal demonstra a influência benéfica dos crentes à medida que eles penetram a sociedade secular. O crente deve ser obstáculo à expansão da corrupção no mundo.

2. A função de temperar. Além de preservar, o sal tem a função de prover sabor. O mundo sem a mensagem do evangelho tornaria a vida insípida. O crente é chamado por Cristo de sal da terra porque ele tem a responsabilidade de transmitir sabor ao mundo. Assim como o sal tem a função de dar sabor aos alimentos em que é colocado, o crente tem a responsabilidade cristã de salgar (dá sabor) o mundo com a sua conduta. Como podemos transmitir sabor ao mundo com a nossa conduta? Evidenciando em nossa vida prática o caráter das bem aventuranças. Note que, para preservar, o sal é usado em grandes quantidades, enquanto que, para dar sabor seu uso deve ser equilibrado, racional, para não se tornar prejudicial à saúde. O organismo pode começar a ficar doente quando se ultrapassa a quantidade diária recomendada (3g); consumido de forma desequilibrada, há certamente conseqüências nefastas. Para temperar, o crente deve:
- Manifestar sua tristeza e ódio pelo pecado: não ria de piadas e músicas sujas, nem se deleite nos programas imorais da televisão; abomine os pecados que parecem ser normais para o mundo: homossexualismo, suborno, vingança, prostituição, etc.;
- Agir com mansidão no seu relacionamento com Deus e o próximo: confiança em Deus na adversidade, nenhum desejo de vingança diante das injustiças, disposição para perdoar;
- Buscar a paz em todos os seus relacionamentos: paz na igreja, no lar e na comunidade;
- Praticar a misericórdia para com todos: fazer o bem a todos num mundo egoísta para mostrar o amor de Cristo que é derramado sobre nós;
- Mostrar que é puro de coração por meio de sua honestidade e fidelidade: no casamento, no trabalho. (Ver Tg 2.14-26; Lc 7.31-35). O sal tinha uma função particular como parte da refeição. "Comer sal" era estar em paz - talvez porque curasse ferimentos (Mc 9.50); quando Jesus nos diz para sermos "salgados", ele está então nos dizendo para estarmos em paz com outros.

3. Preservando e temperando o mundo. Essa função de sal é outorgada ao crente individualmente, não à Igreja enquanto coletividade. Não é para a Igreja ser, é para os membros da Igreja, na sua individualidade, serem. A responsabilidade do crente em salgar e preservar não pode ser descuidada. Quando, pela graça de Deus, praticamos o ensino de Cristo nas bem aventuranças, estamos transmitindo ao mundo corrompido o sabor do evangelho de Cristo. A única saída para esta sociedade desprovida da glória de Deus (Rm 3.23) é o sal do evangelho de Cristo. O sal tem a característica de preservar os alimentos de sua corrupção. Da mesma forma, a conduta cristã é útil para refrear a corrupção do mundo. Somente o crente fiel pode transmitir sabor ao mundo. Que responsabilidade temos diante do Senhor. Ele quer nos usar como seus instrumentos para tornar seu evangelho conhecido no mundo e salvar outros pecadores. Por meio do testemunho pessoal dos membros do Corpo de Cristo, o Senhor está chamando pecadores do mundo corrompido para desfrutar das bênçãos do seu Reino. Que Deus nos ajude a transmitir o sabor do evangelho de Cristo com a nossa conduta para a glória do seu nome e o crescimento do seu Reino. De fato o mundo é corrupto e continuará sendo até o dia da volta de Cristo. Não é por causa de nossa boa conduta que o mundo vai deixar de ser corrupto. Porém, o mundo seria muito pior sem a presença influenciadora dos crentes fiéis através de suas orações e conduta. O Senhor nos chama a agir positivamente como o sal da terra.

Sinopse do Tópico (1)

Jesus utilizou o sal como símbolo para descrever a função do crente neste mundo pecaminoso: preservar e temperar.

II. O CRISTÃO COMO LUZ DO MUNDO

1. A luz. A primeira coisa criada por Deus foi a luz. O uso do termo luz (Gr fôs) é antitético ao termo trevas (Gr skotia), mas sua conceituação pode nos auxiliar a compreender o caráter de Deus. Em geral, o termo luz na teologia desenvolvida na literatura joanina apresenta a Cristo (Jo.8.12; 9.5; 12.36, 46) como verdadeira luz (Jo 1.9) enviado da parte de Deus (Jo 3.19; 12.46) e foi testificada pelos apóstolos (Jo 1.7, 8; cf 1Jo 1.1-3). Entretanto, alguns usos do termo podem nos ajudar a compreender melhor a visão de João ao denominar Deus como luz. Um dos usos que nos chamam a atenção é a expressão “andar na luz” utilizada em 1Jo.1.7: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado“. O verbo andar em João é usado de modo normal, como o ato de mover-se, andar, caminhar (Jo 1.36; 5.8, 9, 11, 12; 6.19) e como descrição de modo de vida. Esse é o caso desse verso: “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1Jo 2.6). Ou seja, aquele que afirma ser cristão deve andar como Cristo andou, ou viver como Ele viveu. A luz em muitos aspectos é como Deus (Tg 1.17; 1Jo 1.5). Ela é usada para representar a santidade, o conhecimento, e o poder criador de Deus. A criação da luz é também usada como uma figura do Novo Nascimento (2Co 4.6). Na salvação, Cristo traz luz a alma que estava em trevas (1Jo 5.20). Vida e luz pertencem ao vocabulário fundamental de João ao descrever a essência e a missão do Verbo encarnado. Louis Berkhof afirma que Cristo ofereceu um sacrifício auto-suficiente pelo pecado do mundo e que a grande e central parte da obra sacerdotal de Cristo está na expiação. Atente-se para o texto: “Nele estava a vida, e a vida era a luz...” Que vida? Que luz? Sem dúvida, a vida que estava no Verbo era a vida de Deus. Vida substancial, sem a qual nenhuma vida existiria no universo. Esta vida é também luz, para iluminar as criaturas humanas, que não conheciam o Deus verdadeiro. Por isso, continua o texto: “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5)[3]. "Portanto, não tenham medo deles. Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido. O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados.” (Mt 10.26,27-NVI). A palavra de Deus nos diz que sem a presença de Deus no coração, somos lançados no escuro. Tornamo-nos insensatos; ficamos incapazes de amar (a Deus e ao próximo). O homem natural nem se dá conta de seu real problema! – (Pv 4.19). O caminho dos ímpios é como a escuridão; tropeçam sem saber onde. Os olhos do sábio o dirigem, mas o tolo anda na escuridão (Ec 2.14). O homem perverte todos os padrões de verdade e moralidade (Is 5.20): (…) Ao mal chamam bem, e ao bem, mal; (…) transformam trevas em luz, e luz em trevas, e o amargo em doce, e o doce em amargo! A luz requer um órgão adaptado para sua percepção: 'A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz' (Mt 6.22). Quando não há a participação dos olhos, ou quando estes, por algum motivo, estão debilitados, a luz é inútil. O homem, naturalmente, é incapaz de perceber a luz espiritual, já que lhe falta a capacidade pelas coisas espirituais (1 Co 2.14). Por conseguinte, os crentes são chamados 'os filhos da luz' (Lc 16.8), não meramente porque receberam uma revelação de Deus, mas porque no novo nascimento eles receberam a capacidade espiritual para isso [4].

2. O 'Pai das luzes'. Em última análise, Deus é o autor da luz. Como luz, Deus revela a si mesmo em sua perfeita santidade e majestade. Deus é o padrão de Santidade, pois Ele é Luz e está na luz.Posicionalmente significa que não existe alguém (fora da Trindade) que se equipare a Ele em termos de Santidade. Ele não tem treva alguma em seu Ser, Ele é plenamente santo em todos os aspectos. Praticamente significa que tudo o que faz é permeado por sua Santidade, sendo que não faz nada antagônico à sua posição de santidade. Suas obras são obras de verdade, amor e claridade, pois sabe o que faz e para onde vai. Os luzeiros do firmamento variam em magnitude e são sujeitos a fases, eclipses e sombras. Nele, não há variações de brilho ou claridade. Não existem flutuações em seu caráter, Ele é imutável e sempre mantém suas promessas. A narrativa bíblica inicia-se com a criação da Luz e a conseqüente contraposição de luz e trevas. No Evangelho de João, o Cristo encarnado é a luz que continua a brilhar nas trevas de um mundo que procura excluí-lo. Os crentes deparam-se com uma escolha: ou andar na ‘luz’, vindo a ele e abrindo-lhe seus corações em confissão de pecado, ou ‘andar nas trevas’, negando que são pecadores. A oposição entre luz e trevas está inseparavelmente ligada àquela entre os que ‘praticam a verdade’ e concordam com Deus e os que fazem de Deus ‘um mentiroso’. É uma verdade inegável que cristãos pecam; o remédio para o pecado – confissão de pecado e purificação pelo sangue de Jesus – é a dádiva permanente e irrevogável de Deus aos que crêem.

3. A manifestação da luz pelas boas obras. A comunhão com esse Deus exige santidade. Assim, qualquer forma de treva (prática isolada ou modo de vida) acarreta na impossibilidade de relacionamento entre o homem e Deus. É por essa razão que faz-se tão necessário o perdão Dele após conversão. O resultado da comunhão com Deus é a comunhão com os irmãos. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). É comum o pensamento de que Deus nos colocou neste mundo para termos uma vida cristã piedosa e diferente, de obediência e temor ao Senhor, lendo e meditando na sua Palavra, participando na vida da igreja, sendo testemunhas suas de coisas maravilhosas que Ele operou nas nossas vidas, etc., e isso é verdade, mas a vida cristã não pode ficar limitada apenas a isso! O texto de Mt 5.16 apresenta-nos uma nova e bem mais ampla visão do que é esperado dos crentes: Nós precisamos ser luz na terra, a fim de que as pessoas saiam de imediato das trevas e venham para a luz. A luz traz discernimento apropriado, decisões corretas, leva-nos ao encontro do Pai, identifica de forma objetiva o inimigo e suas más intenções. Urge, pois, que eu e você sejamos, hoje, luz do mundo, para salvar vidas da perdição; Os cristãos estão repletos de boas obras, porque as virtudes de nosso Deus, estão presentes e ativas nas nossas vidas. Por onde o cristão andar, boas obras surgirão naturalmente. As pessoas vão perceber a manifestação evidente do amor de Deus em nós e, a seguir, irão querer o mesmo para si, para suas famílias, seu trabalho etc.; Há ainda uma terceira lição - e extremamente importante - dada por Jesus neste verso bíblico: A missão que Deus deu aos cristãos e cristãs é que eles Glorifiquem ao nosso Pai, que está nos céus! Queridos, se eu e você não estivermos glorificando, exaltando, engrandecendo o nome Santo, Poderoso e Onipotente do nosso Deus, lamento dizer-lhe, estamos falhando na nossa missão. Sim, estamos cumprindo apenas parte do que deveríamos fazer. Fomos constituídos instrumentos, servos, para transformar este mundo num lugar abençoado e restaurado, chamado de Reino de Deus! Note-se que a glorificação do nome de Deus não é uma tarefa em si: pelo contrário, ela é uma conseqüência natural de uma vida cristã pautada pela observância de sua Palavra; sim, de uma vida repleta da luz divina e que, por esse motivo, produz boas obras por onde passa, regularmente[5]. No dizer do ‘príncipe dos pregadores’, Charles Spurgeon: “Um cristão deve brilhar tanto em sua vida, que uma pessoa não possa viver com ele uma semana sem conhecer o evangelho”.

Sinopse do Tópico (2)

O crente deve difundir a luz de Cristo neste mundo.

III. O TESTEMUNHO DO CRENTE

1. No campo missionário. Em 2ts 1.10, a frase 'o nosso testemunho não foi crido entre vós', se refere ao fato de que os missionários, além de proclamar as verdades do Evangelho, tinham prestado testemunho ao poder dessas verdades. Strong define o termo 'testemunho', do gregomarturion, como prova, evidência, testemunho e proclamação de experiência pessoal; e o termo grego marturia como testemunho, atestado histórico, evidência, certificação judicial ou geral.Marturia descreve um testemunho baseado no que alguém viu, escutou ou sabe. O termo `martus`, de onde provém o português mártir e martírio, fala de alguém que testifica a verdade que viu, uma testemunha, alguém que tem conhecimento de um fato e pode dar informações a respeito [6]. Disto se entende que, o crente enquanto testemunha do Reino, proclama ao mundo não regenerado sua experiência pessoal com o Evangelho e o seu poder transformador. Todo crente verdadeiro é um missionário enviado ao mundo para dar testemunho de Cristo, para alcançar os perdidos onde possam ser encontrados e conduzi-los ao Salvador. João, o Batizador, testeficou de Jesus Cristo através de suas palavras, ações e vida. Dar testemunho de Cristo é obrigação de todo crente (Mt 4.19; 28.19,20; At 1.8). A exemplo do Batista, o crente deve falar a respeito da vida de Cristo, da sua morte, ressurreição, poder salvífico e da promessa do Espírito Santo. Produzir convicção quanto ao pecado, justiça e juizo (At 2.32, 37-40; 3.15; 7.51-54; 10.39-41, 43; 18.5; 26.16; 1Co 15.1-8). Ainda nesse paradigma, o crente deve testemunhar com uma vida de separação do mundo, uma vida de justiça e uma confiança total no Espírito Santo que resulta na sua manifestação com poder (1Co 2.4).

2. Em sua comunidade. As vezes parece assustador quando nos deparamos com passagens como Tg 4.17 “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. Sim, assustador pois, o pecado não é apenas fazer o que é errado; também é falhar passivamente naquilo que Deus quer que façamos de bom. Pecados da negligência e da omissão. A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal traz a seguinte nota de roda-pé deste texto: “Temos a tendência de pensar que fazer algo errado é pecado. Mas Tiago diz que também é pecado não fazer o que é certo (estes dois tipos de pecado às vezes são chamados de pecados de comissão e pecados de omissão). É pecado mentir, mas também pode ser um pecado saber a verdade e não dizê-la. É pecado falar mal de alguém; mas também é pecado evitar uma pessoa, quando você sabe que ele ou ela precisam de sua amizade. Você deve estar disposto a ajudar, conforme a direção que o Espirito Santo lhe conceder. Se Deus o dirigiu a praticar um ato de bondade, prestar um sarviço, ou restaurar um relacionamento, faça-o. Você experimentará uma vitalidade renovada e saudável para a sua fé cristã”[7].

3. Na igreja local. Nosso testemunho na igreja local pode ser percebido através do relacionamento travado com os demais membros da congregação. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do Novo Testamento, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neo-testamentária. Antes de tudo, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo (Rm 16.3,4; 1Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6). Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1Co 11.26). Uma igreja que declara basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos bem como noutros escritos do NT, deve primar com muita diligência pela comunhão entre seus membros, engajados uniformemente em idéias, opiniões, doutrina e ação. Em João 17.21, Jesus orou em favor da união entre os crentes, não uma união de igrejas ou organizações, mas uma união espiritual, baseada na permanência em Cristo, no amor a Cristo, na separação do mundo, em santificação na verdade, em receber a verdade da Palavra e crer nela; na obediência à Palavra e no desejo de levar a salvação aos perdidos. Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira Koinonia que Jesus pediu em oração. “Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7)”. Paulo quando escreveu ao seu filho na fé, o jovem Timóteo, fez uma afirmativa que julgo relevante e muito contemporâneo, quando pensamos sobre a igreja e a unidade do Corpo de Cristo. Declara Paulo: ‘Para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. ’(1Tm. 3.15) [8].

Sinopse do Tópico (3)

O crente é chamado a testemunhar e a realizar boas obras a fim que o nome de Deus seja exaltado.

(III. Conclusão)

A vida cristã no Reino de Deus é vivida no Espírito. Todos os crentes concordam nisso com alegria. Seria impossível ser crente, sem o ministério do gracioso Espírito de Deus. Tudo o que temos e somos como crentes devemos a Ele. Assim, cada crente tem uma experiência com o Espírito Santo desde os primeiros momentos da sua vida cristã. Para o crente, a vida começa com um novo nascimento, e o novo nascimento é um nascimento ‘no Espírito’ (Jo 3.3-8). Ele é o ‘Espírito da vida’, e é ele quem dá vida às nossas almas mortas. Mais que isto, Ele vem pessoalmente morar em nós, de maneira que a presença do Espírito é o privilégio que todos os filhos de Deus têm em comum. Paulo descreve com muita maestria a nova era iniciada por Jesus como ‘o ministério do Espírito’ (2Co 3.8). Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre os crentes através das escolhas e compromissos que fazemos. Paulo aponta esta nossa responsabilidade: Vocês estão unidos na paz por meio do Espírito. Esforcem-se, portanto, para continuar unidos desse modo. Podemos resumir que a igreja é um vínculo de amor a Deus e ao próximo no cultivo da comunhão verdadeira uns com os outros (amor o próximo). Qual tem sido o meu testemunho? Como temos demonstrado nosso amor? Apenas com palavras ou em atitudes práticas? Nós somos o sal da terra e a luz do mundo: o método de Deus e o reflexo do brilho da luz de Cristo no mundo. Por isso, a pergunta que fica é como a luz de Cristo tem brilhado em minha vida? O filósofo Friedrich Nietzsche*, um ateu convicto, afirmou: “Os cristãos deviam brilhar mais; então eu acreditaria no salvador deles. Nem todos os que se chamam cristãos são luzes. Uma vela ainda não é uma luz, a menos que esteja acesa”. Pense nisto!

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br

(*) Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu numa família luterana em 15 de outubro de 1844, filho de Karl Ludwig, seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor. Entretanto, Nietzsche rejeita a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filosofia afastam-no da carreira teológica.

Questionário

1. Qual a função do sal?
R. A função do sal e temperar e preservar.
2. O que a luz simboliza?
R. A luz simboliza clareza, transparência, conhecimento, direção e revelação divina.
3. De acordo com a lição, o que significa ser discípulo?
R. Ser discípulo segnifica difundir a luz de Cristo.
4. Qual deve ser o nosso campo missionário?
R. O mundo.
5. Você tem deixado a luz de Cristo brilhar em sua vida?
R. Resposta pessoal.

Notas Bibliográficas

[1]. Adaptado de Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999 p.1270.
[2]. GOWER, Ralph, Usos e Costumes dos Tempos Biblicos; Trad. Neyd Siqueira. CPAD, Rio de Janeiro, RJ; 1ª Edição, 2002; p. 56;
[3]. Adaptado de http://estudotextual.blogspot.com/2011/06/joao-14.html ;
[4]. Dicionário VINE, CPAD; p. 762;
[5]. Adaptado do texto Glorificando a Deus, de Humberto C Lago, disponível em cms.metodistacuritiba .com.br/;
[6]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Palavra-chave Jo 19.35 e Ap 1.5, pp.1097, 1345;
[7]. Extraído de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, Rio de Janeiro, RJ; Edição, 1995; p. 1759.
[8]. Extraído de http://auxilioebd.blogspot.com/2011/01/licao-4-o-poder-irresistivel-da.html
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).

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25 de julho de 2011

Lição 5 – O Reino de Deus Através da Igreja

31 de julho de 2011

Texto Áureo

“Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.” (Mt 11.5).

As atividades de Jesus descritas nesta perícope são o cumprimento de Is 35.5,6. Jesus se refere a este texto de Isaías como evidência do seu messiado. A vista dos cegos e a audição dos surdos foram bênçãos da primeira vinda de Cristo para o seu povo, ao passo que sua plena restauração ocorrerá na sua segunda vinda. Hoje, Cristo realiza sua missão messiânica, concedendo salvação mediante uma resposta às pregações. O julgamento esperado por João ocorrerá na consumação no tempo vindouro. Quando a Igreja deliberadamente dá lugar ao Espírito Santo, Ele concede poder para realizar ‘obras... maiores’, e Is 35.5,6 volta a acontecer da mesma forma como na Igreja primeva.

Verdade Prática

A Igreja do Senhor Jesus Cristo deve manifestar o Reino de Deus neste mundo, através da proclamação do Evangelho de Cristo.

Leitura Bíblica em Classe
Lucas 17.20,21; ateus 18.1-5; Marcos 10.42-45

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Reconhecer que a Igreja de Cristo representa o Reino de Deus no mundo;
- Compreender que o Reino de Deus está presente na Igreja, e
- Conscientizar-se de que fomos chamados para ser servos.

Palavra-chave
AGIR

Praticar ou efetuar algo na condição de agente; atuar; proceder.

Comentário

(I. Introdução)

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo...’ (1Co 12.13). O Espírito Santo introduz o crente no Corpo de Cristo – a Igreja, unindo-o a esse Corpo, fazendo com que ele seja um com os demais crentes. Com isso, o texto indica a base para o princípio da unidade dentro da diversidade. O dom do Espírito Santo é a vida comum dos crentes e uma dinâmica maior do que todas as características humanas. A dinâmica da vida e ministério cristãos encontra-se na compreensão do Reino de Deus, que não consiste em ‘comida e bebida’, mas na ‘justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo’ (Rm 14.17). Como agentes desse Reino, o caráter representativo não recai sobre a Igreja enquanto instituição, mas sobre o testemunho individual de crentes fiéis, que vivem a essência do Evangelho. Boa Aula!

(II. Desenvolvimento)

I. O REINO DE DEUS E A IGREJA

1. Igreja, representante do Reino. A Igreja é um corolário de homens e mulheres chamados para fora do sistema corrupto instalado no mundo a fim de pertencerem totalmente a Deus e de proclamarem o Evangelho de salvação para a glória e louvor d’Ele. Essa nova condição de possessão peculiar de Deus nos separa do povo deste mundo mas também, nos submete a uma responsabilidade, a de como embaixadores do Reino, representá-lo e defender seus interesses. O Reino de Deus tem um caráter presente, que existe agora, e outro futuro, na consumação dos tempos quando Deus restaurará o relacionamento perdido do ser humano com sigo mesmo e iniciará o governo divino. Agora, atuamos como embaixadores autorizados a oferecer a paz deste Reino e a reconciliação àqueles ainda não renovados em Cristo (2Co 5.20).

2. A Igreja é comissionada por Cristo. A igreja é uma diakonia espiritual. Ela ministra por meio de dons outorgados pelo Espírito Santo, alicerçando em firmes fundamentos a mensagem do Reino de Deus. Como portadores comissionados por Cristo, devemos ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação do Novo Testamento, e isto inclui a responsabilidade de enviar missionários a todas as nações. É digno de nota que, é responsabilidade do crente buscar incessantemente o Reino de Deus em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de Deus e zelo pela sã doutrina, inclusive a maneira pela qual a igreja ministra essa doutrina, que deve ser unicamente cristocêntrica, desvencilhada de qualquer humanismo hedonista tão frequente em pregações de muitas denominações.

3. A Igreja na sociedade. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam’ (Jo 1.5). O fato de que Jesus é a expressão eterna, definitiva de Deus, continua desconhecido da humanidade. O mundo, apesar da graça comum, é incapaz de apreender esse mistério. A função da igreja é apoiar e transmitir ao mundo a verdade que Deus revelou. É mediante o testemunho da igreja que os pecadores são alcançados pela mensagem do Evangelho, nascem de novo e passam a fazer parte do Corpo de Cristo (1Co 11.26). é interessante que, Jesus comissiona seus discípulos da mesma forma que Ele foi comissionado pelo Pai –‘Assim como o Pai me enviou, também eu envio a vós’ (Jo 20.21). Strong define o termo ‘enviou’, do grego ‘apostello’, como “comissionar, separar para um serviço especial, enviar uma mensagem através de alguém, enviar com uma missão a cumprir, equipar e despachar alguém com total apoio e autoridade de quem enviou” [1]. O evangelho de João apresenta a divindade de Jesus – o Filho de Deus. Como Deus, ele criou todas as coisas e, como Deus, ele veio para redimir a todos – trazer a totalidade do perdão. Esse aspecto de sua missão é transmitido a seus discípulos, bem como seu comissionamento: ir com o perdão. Começou aqui tanto um mandato como uma missão: ‘Eu vos envio a vós’. Precisamente, tanto como o Pai enviou o Filho para trazer a salvação como uma disponibilidade para todos os seres humanos (Jo 3.16), nós também somos enviados para garantir que a disponibilidade seja compreendida por todos [2].

Sinopse do Tópico (1)

A Igreja, uma vez comissionada por Cristo, representa o Reino de Deus na sociedade.

II. O REINO DE DEUS PRESENTE NA IGREJA

1. Na pregação Cristocêntrica. O conteúdo da pregação de Paulo não foi segundo o conhecimento humano, antes, concentrava sua atenção na verdade central do evangelho, ou seja, a redenção em Cristo Jesus, e no poder do Espírito Santo. Existe um antagonismo mútuo entre a sabedoria deste mundo e a sabedoria de Deus, e o conflito aparece supremamente na cruz de Cristo. O Evangelho é a revelação da verdade. Tanto o conteúdo quanto o estilo da pregação de Paulo se harmonizavam com caminhos de Deus conforme revelados na cruz. Ele não pregava para exibir suas habilidades oratórias e chamar a atenção para si mesmo, mas ele falava em temor, e em grande temor, uma figura de linguagem denotando o oposto de autoconfiança. O resultado foi a transformação ocorrida na vida daqueles que ouviram, longe de uma simples conversão intelectual através da sabedoria humana, eles encontraram o próprio Espírito Santo, que demonstrou sua presença através de vários dons espirituais. Começando em 1Co 2.10, Paulo elabora nossa necessidade da sabedoria e revelação concedidas pelo Espírito Santo e vincula isso firmemente ao nosso recebimento das ‘palavras... que o Espírito Santo ensina’ (2.13). Ele volta imediatamente dessas observações para uma confrontação sincera com a carnalidade dos coríntios, atribuindo-a à superficialidade deles da admissão da Palavra de Deus (‘porque ainda não podíeis [receber alimento sólido]’ (3.2); ver também Hb 5.12-14). A verdade exigente desta passagem é que nenhuma quantidade de discernimento ou visão espiritual supostos reflete um verdadeiro crescimento espiritual, se for separado de nosso crescimento básico no conhecimento da Palavra de Deus na Bíblia [3].

2. Na Comunhão. O termo comunhão, do grego koinonia, significa compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade. Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo. Em koinonia, o indivíduo compartilha o vínculo comum e íntimo de companheirismo com o resto da comunidade cristã. Koinonia une os crentes ao Senhor Jesus e uns aos outros. O crente é exortado a amar de um modo especial a todos os outros crentes verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. ‘Um novo mandamento... que vos ameis uns aos outros’ (Jo 13.34), é novo porque apresenta um novo padrão – o amor de Jesus. O amor zeloso, altruísta que os cristãos demonstram uns aos outros testemunham ao mundo que eles são verdadeiros cidadãos do Reino de Deus.

3. No Serviço.E, servindo eles ao Senhor...’ (At 13.2). Este é o comissionamento do grande ministério apostólico de Paulo. Servindo traduz um verbo usado pelo serviço sacerdotal oficial. Aqui refere-se ao seu ministério da adoração pública. O termo grego leitourgeo pode ser traduzido como realizar atos religiosos ou de caridade, cumprir uma tarefa, realizar uma função, oficiar como sacerdote, servir a Deus com orações e jejum. A palavra descreve o sacerdócio arônico ministrando serviços levíticos (Hb 10.11). Em Rm 15.27, é usado para atender necessidades financeiras dos cristãos, realizar um serviço ao Senhor ao fazê-lo. Aqui, os cristãos de Antioquia estavam cumprindo uma tarefa e dispensando uma função normal ao ministrar ao Senhor através de jejum e orações[4]. Aqueles crentes, mesmo estando longe dos seus irmãos de Jerusalém, resolveram enviar sua ajuda para atender as necessidades daqueles crentes distantes - um princípio que a igreja faria bem em observar hoje; o amor é mostrado não somente em um gesto heroico de dedicação, mas em uma vida diária de compaixão e de serviço.

Sinopse do Tópico (2)

O Reino de Deus se faz presente na Igreja através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.

III. QUEM É O MAIOR NO REINO DE DEUS

1. O “maior” em humildade. Podemos definir o termo humildade como a total ausência de arrogância, vaidade e insolência. O termo é uma combinação duas palavras gregas: tapeinos – humilde, e phren – mente. Apenas mediante a abstenção da auto exaltação, os membros da comunidade cristã podem manter a unidade e a harmonia. O caminho para o Reino de Deus se dá mediante a simples confiança e dependência de uma criança. É uma questão do nosso ser interior e do coração. É vista no crente que expressa sua fé e seu amor a Cristo, em sincera humildade, no desejo de servir a Deus, quanto aos homens, e na disposição de ser considerado o menos importante no reino de Deus.

2. O maior deve ser como uma criança. O Reino de Deus é somente para aqueles que vêm a Jesus em humildade, dependência e confiança, como crianças; isto é, de maneira tão singela e confiante, que nos voltamos contra o pecado e aceitamos Cristo como nosso Senhor e Salvador, e Deus como nosso Pai celestial. O Reino de Deus pertence a estes não por méritos, mas por Deus desejar dá-lo aos humildes e aos aparentemente insignificantes e sem importância. O para a grandeza acontece através da humildade de uma criança, expresso pelo serviço modesto (veja Mt 18.1-5).

3. O maior deve ser servo de todos. No que concerne àqueles separados para liderar a Igreja, o propósito de Jesus é que dirijam-na como servos, ajudando as pessoas sob sua orientação a cumprirem a vontade de Deus para suas vidas. Jesus reforça o principio que acabou de declarar dando seu próprio exemplo como aquele que serve. O maior deve ser servo de todos (Lc 22.25-27), esse padrão funciona ainda hoje. Os 'grandes' de nossa sociedade são aqueles que servem ao enfermo, ao necessitado e ao ferido. Esses são grandes porque eles deram de si próprios para servir aos outros. Jesus, nosso exemplo máximo, é grande porque ele se deu para pagar os pecados do mundo (Fp 2.1-11).

Sinopse do Tópico (3)

O “maior” no Reino de Deus é humilde, possui a sinceridade de uma criança e se faz servo de todos.

(III. Conclusão)

O Reino de Deus é uma dadiva que está presente tanto na Pessoa de Jesus Cristo quanto em seu Corpo, a Igreja. Nessa perspectiva, ela tem a responsabilidade de proclamar e demonstrar as virtudes do Reino de Deus como um espelho que reflete uma imagem. Um alto padrão é exigido – exemplificar Jesus Cristo em espírito e comportamento, bem como suas palavras e deveres. Os membros do Corpo são julgados não pelo que realizam mas pelo caráter que revelam – quem eles são diante daquilo que fazem. Homens falíveis foram escolhidos para serem discípulos de Jesus e como todos os homens, eles lutavam contra o orgulho e a ambição (Mt 20.20-23). Percebendo sua luta, Jesus toma o exemplo de uma criança, afirmando que, no Reino de Deus, os grandes devem ser como tal criança – humilde, confiante e fácil de ensinar (Mt 8.4). Em outra oportunidade, quando a preocupação deles por 'status' surgiu novamente, Jesus declara que o maior é servo de todos (Lc 22.25-27). Tudo gira em torno da maior virtude no Reino – Humildade. É a humildade que nos permite reconhecer que Deus tem o lugar principal em nossa vida, que somos mortais e falíveis. Ela é o principio da sabedoria (Pv 22.4). As verdades do Reino de Deus são somente percebidas por aqueles que são humildes (Tg 4.6; Mt 5.3). Que eu e você, possamos, como espelho, refletir o exemplo de Cristo e sermos verdadeiros representantes do Reino de Deus.

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Questionário

1. Quem é o representante do Reino de Deus na terra?

R. A Igreja do Senhor Jesus Cristo.

2. Como a Igreja deve apresentar Cristo a sociedade?

R. Como o único Salvador do mundo.

3. Como o Reino de Deus se faz presente na Igreja?

R. Através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.

4. De acordo com a lição, como o “Corpo de Cristo” expressa o Reino de Deus?

R. Pela proclamação, comunhão e do serviço.

5. Por que o Senhor Jesus apresentou uma criança aos discípulos?

R. Para demonstrar as características que os súditos do seu Reino precisam ter.

Notas Bibliográficas

[1]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,Palavra-chave, p.1099.
[2]. Ibidem, Dinâmica do Reino;
[3]. Ibidem, Dinâmica do Reino, p. 1172;
[4]. Ibidem, Palavra-chave, p. 1124;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site
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