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30 de janeiro de 2013

Lição 5: Um Homem de Deus em depressão



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 5 Um Homem de Deus em depressão


3 de fevereiro de 2013

TEXTO ÁUREO

"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos" (2 Co 4.8,9). A mão providencial de Deus estava controlando as perseguições de Paulo, mantendo-as em proporções manejáveis. O grande evangelista e teólogo também enfrentou grandes desencorajamentos[a].

VERDADE PRÁTICA

Os conflitos de Elias o levaram a enfrentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 19.2-8.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender a humanidade do profeta Elias;
  • Identificar as causas e os sintomas da depressão de Elias; e
  • Detalhar o tratamento de Deus à depressão de Elias.

Palavra Chave
Depressão: (latim depressio, -onis)
s. f.
1. Abaixamento de nível.
2. [Figurado] Enfraquecimento, abatimento, físico ou moral.
3. Achatamento, cavidade pouco profunda.
depressão atmosférica: nos países temperados, área ciclônica.
depressão mental: perturbação mental caracterizada pela ansiedade e pela melancolia.
depressão nervosa: estado patológico de sofrimento psíquico assinalado por um abaixamento do sentimento de valor pessoal, por pessimismo e por uma inapetência face à vida. [b]


COMENTÁRIO

introdução

Na sequência do estudo sobre o ministério do profeta Elias, analisaremos hoje o seu momento de fuga, o momento em que foi acometido pela depressão. O capítulo 18 de 1º Reis apresenta a expressão da fé de Elias, e as suas vitórias sobrenaturais, e logo em sequencia apresenta o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel - com o uso da máquina estatal - de destruir a vida do profeta (v. 2). O profeta não recebeu nenhuma orientação divina para permanecer em Jezreel, agora sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (18.1). Partiu imediatamente para o monte Horebe (o mesmo monte Sinai). Esta fuga forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de DEUS, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome do Senhor. O episódio da depressão de Elias, mostra-nos que a depressão é doença que pode nos acometer, sem que, por isso, deixemos de ser servos do Senhor. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I -  ELIAS – UM HOMEM COMO OS OUTROS

1. Um homem espiritual. O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima” (Pv 12.25 NVI); “As preocupações roubam a felicidade da gente, mas as palavras amáveis nos alegram” (Pv 12.25 BLH). Na verdade o que o sábio está querendo dizer é que quando nos deixamos levar pela ansiedade (incerteza aflitiva), nos tornaremos frustrados (inúteis, iludidos) e com um espírito de derrota. É nesse momento que precisamos de uma palavra de ânimo que renove as nossas forças. Jesus sempre tinha e ainda hoje tem por meio da Igreja, uma palavra amiga às pessoas que estão convivendo com um espírito de derrota. Eu acredito que Jesus por meio de Seu Corpo na terra, a Igreja é a grande esperança para aqueles que estão sobrecarregados e sem um caminho de vitória na vida. O desespero e a depressão tomam conta de muitas vidas e às vezes, daqueles que se relacionam de um modo mais íntimo com Deus. Ninguém está livre de problemas e dos sintomas que eles causam em nossa área psicológica, mas com a ajuda de Deus podemos superar esses momentos.
2. Um homem sentimental. Mas Elias não era apenas um homem espiritual, ele não era um super-homem. Vejamos o contraste entre os capítulos 18.46 onde a mão do Senhor veio sobre Elias e ele correu milagrosamente mais do que o carro de Acabe, e 19.3 onde Elias está preocupado consigo mesmo tratando de fugir para salvar a sua vida. Tiago apresenta bem essa situação quando registra as suas palavras: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos...” (Tg 5.17). Até o capítulo 19, Elias apresenta-se extremamente forte, determinante. Causa-me espanto o contraste entre o padrão de crente apresentado na Bíblia e atuais “super-crentes”que aparentamos ser. Muitos de nós se esforça para apresentar às pessoas que tudo está bem. Muitas igrejas até usam o lema: “para de sofrer”. A lição do profeta Elias agora, para nós, é que não somos super-heróis, o desespero e a depressão tomam conta de muitas vidas e às vezes, daqueles que se relacionam de um modo mais íntimo com Deus. Ninguém está livre de problemas e dos sintomas que eles causam em nossa área psicológica, mas com a ajuda de Deus podemos superar esses momentos. Mais ainda: Deus usa pessoas normais!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intempéries da vida.

II - AS CAUSAS DOS CONFLITOS DE ELIAS

1. Decepção. A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida. [Saiba mais]. A depressão pode ter como causa os fatores psico-sociais, biológicos, físicos e outros (causas da depressão). Nosso profeta de Tisbe sofreu com o aparente insucesso do desafio do monte Carmelo. O insensível Acabe conta à sua mulher tudo o que fizera Elias, o fogo que desceu do céu e a morte dos profetas de Baal (cf. 1Rs 18.20-40). O relato, em vez de provocar admiração e conversão, leva Jezabel, irada, a ameaçar de morte o profeta. A cegueira espiritual dominou a rainha, o dominado rei e o povo ainda assim continuou obstinado.
2. Medo. Este trecho diz, antes de tudo, que a fuga de Elias é uma fuga para salvar-se, mas no contexto do caminho, percebe-se que a Elias desapareceu a vontade de viver. É interessante, pois a Bíblia apresenta Elias como um grande lutador, É importante lembrar que o nome de Elias quer dizer “O meu Deus é YAHWEH”. Toda a vida de Elias foi um luta pelo monoteísmo e retorno de Israel ao Senhor, uma luta contra toda qualquer forma de idolatria e de sincretismo. Apesar disso, neste trecho, parece que Elias perdeu a vontade de viver. Acabe relatou o ocorrido no monte Carmelo a sua mulher, Jezabel, que enfurecida, determina a morte do profeta Elias; ela afirma sob juramento que da mesma forma como ele destruiu e matou os profetas de Baal, assim faria com ele. Elias sentiu medo diante da ameaça de Jezabel. E esse medo vai desencadear uma depressão que faz com que Elias, o grande herói e vencedor, se prostre em total desânimo! Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a DEUS que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial. Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com Cristo" (Fp 1.23), ou dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15). Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado: Aparente fracasso; ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (vv. 1-4). Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de DEUS (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo.

III - AS CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS

1. Fuga e isolamento. “Então, Jezabel mandou um mensageiro...” Não foi nem o rei, nem a rainha e nem mesmo o seu exercito. Apenas um mensageiro foi o bastante para lançar lias numa grande depressão. “ Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar a sua vida, se foi...” (19.3). No hebraico a palavra “temendo” ‘e o verbo “ver”. No inglês esse texto está escrito de forma mais origina;: “ Elias viu isso e se foi para salvar a sua vida...” O que ele viu que o fez ter medo? Ele viu a sua sentença de morte. Pela leitura dessa passagem, notamos que o profeta Elias, perseguido pelo rei Acabe e por sua mulher Jezabel, foge para o deserto do Sinai e sobe o monte Horebe, onde tem um encontro com o Senhor. Este é o sentido literal. Uma palavra apenas tirou o profeta do momento de ápice espiritual e o lançou na masmorra do sofrimento emocional.
2. Autopiedade e desejo de morrer. Elias olhou para este problema e o imaginou maior do que era. Sua emoção se abalou de tal modo, que ele passou a fugir. Quando não controlamos nossas emoções, passamos a fugir de nós mesmos e das pessoas – nossa vida vira um tremendo vazio e perdemos o sentido de quem somos. “Não sou melhor que meus pais”. Esta é a motivação que Elias coloca para pedir a Deus a morte. A vida tem sentido quando o sucesso é alcançado. Quando este objetivo desaparece, desaparece também a vontade de viver. Elias, então, parece ter chegado ao topo da vida. Deita-se e dorme. Este sono é como uma antecipação da morte pedida. É uma maneira de aplacar a consciência, de adormecer o sentido de falimento, de fracasso total da vida que Elias está sentindo. Este sentimento negativo tira de Elias toda a energia psíquica e espiritual para continuar a viver. Elias perdeu por um instante o sentido de sua vida, esquecendo-se de que era um profeta escolhido “diretamente” por Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Algumas características que podem descrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e desejo de morrer.


IV - O SOCORRO DIVINO

1. Provisão física. O socorro do Senhor chegou até o profeta na forma de provisão física e material: "E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come" (1 Rs 19.5). Zimbro é um arbusto característico do deserto, cresce até cerca de 2,75m e projeta uma boa sombra que protege do escaldante calor desértico. Depois de estabelecer com a ajuda de Deus uma luta titânica contra os profetas de Baal, na qual se saiu perfeitamente vencedor, Elias ficou desanimado e deprimido. Embora o Senhor tivesse derrotado a Baal, Elias tornou-se um fugitivo de Acabe e Jezabel. Nessa fuga desesperadora, ele precisava alimentar-se e Deus fez com que isso fosse providenciado: "E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se" (1 Rs 19.6). Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6). Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7). Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13). Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18). Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de Deus enfrenta o desânimo, no desempenho que Deus mesmo lhe confiou, ele pode suplicar-Lhe, em nome de Jesus, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25). Em 1Rs 19.8, alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Êx 34.28) e o de Jesus (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, na presença de Deus e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2; 6.16).
2. Provisão espiritual. DEUS cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). Diante da ameaça concreta de Jezabel, Elias teve medo e fugiu para salvar a própria vida. Certamente Elias tinha consciência de que YAHWEH o escutava, mas sua reação foi igual a de qualquer homem diante do perigo, partindo para bem longe. No deserto, não suportando mais, clama pela a morte. Parece até incoerência ele fugir com medo da morte e pedir para morrer. Mas Deus, que perscruta o mais íntimo de cada um, prepara para ele algo muito maior. Envia primeiro um anjo com água e um alimento tão forte que o sustenta por quarenta dias e quarenta noites. Seu destino é a fenda da rocha, ou uma caverna, para outros tradutores. Lá, o Senhor lhe pergunta: “Que fazes aqui, Elias?” Este se rende e responde: “Eu me consumo de ardente zelo pelo Senhor...”. “Vem para fora e fica diante de mim...”. Veio um furacão, um terremoto e um fogo... Mas o Senhor não estava no furacão, no terremoto nem no fogo... Veio então um murmúrio de uma brisa suave e Elias cobriu o rosto. Ele compreendeu que Deus tinha (e tem) absoluto controle da natureza, mas se manifestava na simplicidade.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O socorro divino trouxe provisão física e espiritual ao profeta Elias.


CONCLUSÃO

Sentir-se abatido de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. Mas quando o vazio e o desespero tomam conta do seu dia-a-dia, tornando-se permanente, afetando-lhe a motivação e o sentido da vida, pode ser depressão. A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. O crente não está imune a esse mal e precisa de tratamento tanto quanto qualquer mortal. Aprendemos com Elias três importantes ensinamentos: (a) nós não somos super-heróis, devemos aprender a discernir nossas limitações; (b) palavras são sementes, devemos aproveitar o melhor delas; (c) nossos olhos precisam estar fixos no Senhor da glória! N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Janeiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)


EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que deve ser destacado sobre o lado humano de Elias?
R. Como homem, Elias possuía sentimentos, não somente se alegrava, mas também se entristecia.
2. Cite pelo menos duas causas da depressão de Elias.
R. Decepção e medo.
3. Além de “fuga” e “isolamento”, quais foram as outras consequências da depressão de Elias ?
R. Autopiedade e desejo de morrer.
4. De que forma o Senhor mostrou o seu cuidado para com o profeta Elias?
R. Provendo recursos materiais e espirituais.
5. Que forma de auxílio diferenciado o servo de Deus conta?
R. Ele não está sozinho neste mundo.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-.
http://abibliainterpretada.blogspot.com.br/2010/12/reflexao-sobre-o-profeta-elias.html;
-.
http://www.atosdois.com.br/print2.php?codigo=533;
-.
http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=5338;
-. http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao;
-. http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas-causas-tratamento/


TEXTOS UTILIZADOS:
[a] -.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 2Co 4.8,9, p. 1202 (com adaptações);
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

23 de janeiro de 2013

Lição 4 Elias e os profetas de Baal



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.


Lição 4
Elias e os profetas de Baal

27 de janeiro de 2013

TEXTO ÁUREO

“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1 Rs 18.21).. O clássico desafio de Elias, até quando coxeareis, revela o coração dividido do povo. Eles deviam seguir ao Senhor de todo o coração ou não segui-lo em absoluto[a].

VERDADE PRÁTICA

O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 18.36-40.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses;
  • Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas; e
  • Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.

Palavra Chave
Falso: adj.
1. Não verdadeiro; não verídico.
2. Fingido, simulado.
3. Enganoso; mentiroso.
4. Desleal, traidor.
5. Adulterado, falsificado.
6. Suposto, que não é o que diz verdade.
7. Pessoa falsa.
8. Esconderijo; vão dissimulado debaixo de uma escada, de um móvel, etc.
adv.
9. Com falsidade; em falso.
em falso: errando o passo, a pancada, o movimento, etc. [b]


COMENTÁRIO

introdução

Elias depois de transmitir a mensagem a Acabe, retirou-se, conforme a palavra de YAHWEH, para um lugar alto junto ao ribeiro de Querite, além do Jordão, onde foi alimentado por corvos. Quando o ribeiro secou, YAHWEH o envia a uma viúva em Sarepta, cidade de Sidom, cujas provisões já eram escassas porém, viu o Deus de Israel provê alimentado para ela, seu filho e o profeta, que permaneceu com ela durante dois anos. Neste período de tempo, o filho da viúva morreu e foi ressuscitado por Elias (1Rs 17.2-24). Ao fim desse período de retiro, Elias encontrou-se com Obadias, o intendente do palácio de Acabe, a quem o rei enviara à procura de pastagens para os animais e que Elias enviou de volta ao seu senhor para que lhe dissesse que ele estava ali. Acabe não demora em encontrar-se com Elias e acusa-o de ser o perturbador de Israel. Elias desafia-o, então, que se oferecessem sacrifícios públicos, com o objetivo de se determinar quem era o verdadeiro Deus. O monte Carmelo foi o palco onde o povo caiu sobre o seu rosto, chorando: "Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!" Elias conclui dessa forma o seu importantíssimo ministério, restabelecendo o culto monoteísta de YAHWEH. O profeta ainda ordena a morte de todos os profetas de Baal (dono, senhor, marido, deus da água, do fogo, da fertilidade), nenhum deles escapou. Então, imediatamente os céus se abriram e a chuva caiu sobre a terra, de acordo com a palavra proferida por Elias e em resposta à sua oração (Tg 5.18). Hoje, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração. Elias estava entre os maiores profetas bíblicos. Quando a nação de Israel mergulhou em sua mais profunda degradação, Elias foi o instrumento de Deus para desafiar o povo inconstante a retornar. Sua tarefa foi tremenda! Seus inimigos eram poderosos. O povo era ignorante e vacilante. No meio da terrível confusão religiosa do reinado de Acabe, Elias tentou realizar um renascimento espiritual muito necessário. Consideremos como os desafios que ele fez a Israel precisariam ser ouvidos nos dias de hoje. Tenham todos uma excelente e abençoada aula!

I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES

1. Conhecendo o falso deus Baal. Elias propôs um desafio não apenas à Baal, mas também à Aserá (também conhecido como Astarte, Asterote, árvore da vida, poste-ídolo, esposa de Baal, deusa da feritlidade, mãe, esposa de Baal), sua consorte, as duas divindades cananéias importadas naquela época, as quais descreveremos agora. O termo hebraico (בַּעַל) “Baal”, na sua origem, significava “senhor”, ou “possuidor”, mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Baal era filho de Dagon. Adorado como o deus da natureza. Alguns mitos descrevem a sua batalha contra a morte, a esterilidade e as inundações. Muitas vezes Baal significa simplesmente divindade e não necessariamente um nome próprio. De fato encontramos, muitas vezes, um adjetivo que qualifica o substantivo: Baal-berith (senhor da aliança); Belzebu (senhor das moscas), etc. Quando os israelitas entraram em Canaã, notaram que cada trecho da terra tinha sua própria divindade. Dessa forma, constatamos o relato de vários Baais, cuja forma plural foi traduzido por Baalins (1Rs 18.18). Na maioria das vezes, o sobrenome da divindade variava de acordo com a localidade. Um exemplo disso é Baal-Peor, divindade de uma área correspondente a uma montanha na região ao norte do Mar Morto e defronte de Jericó (Nm 25.3).
2. Identificando a falsa divindade Aserá. Asera, Astarte ou Astarote são três termos correlatos que tratam da deusa-mãe com aspectos de deusa da fertilidade, do amor e da guerra, conhecida dos israelitas por meio dos cananeus (1Rs 11.5). Os israelitas adotaram a adoração a Astarote juntamente com a adoração a Baal logo após chegarem à terra prometida (Jz 2.13). Era uma adoração comum no tempo de Samuel (1Sm 7.3,4; 12.10), tendo recebido sanção real por parte de Salomão (1Rs 11.5). Outra expressão correspondente a Asera é “poste-ídolo”. O Antigo Testamento se refere algumas vezes ao poste-ídolo como uma deusa (2Rs 23.4 – Almeida Revista e Atualizada), interessante que a NVI (Nova Versão Internacional) traduz essa mesma expressão por “Aserá”, o poste-ídolo também é usado acerca de uma imagem feita para essa deusa (1Rs 15.13 – Almeida Revista e Atualizada). Em hebraico, transliterado, temos Ashtoreth (em ugarítico ‘Attart e em acádico As-tar-tu). Era adorada sobretudo na região do atual Líbano (Tiro, Sidom e Biblos), pelos cananeus (1Rs 11.5), mas também em Malta, Sardenha, Sicília, Chipre e Egito. No mundo latino foi identificada com Vêneris; no Egito com Ísidis. Em época helenística foi identificada com Afrodite ou com a deusa Síria. Tinha como símbolos o leão, o cavalo, a esfinge e a pomba. Era a deusa da fertilidade, do amor e da guerra. Aparece diversas vezes no Antigo Testamento e o vocábulo hebraico usado reconduz ao termo hebraico “vergonha”, mostrando o juízo negativo do povo hebreu em relação ao culto dessa deusa.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A crença popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.

II. CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

1. Profetizavam sob encomenda. ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais’ (1Co 2.15,13). Aqueles profetas de Baal, sustentados pelo estado, tinham como propósito agradar o rei em tudo. Eram profetas sim, contudo, profetas de uma falsa divindade. Mas não nos é estranho encontrarmos profetas do Deus Único que em nada diferem daqueles que cercavam a mesa de Acabe. No dizer de Paulo, estes tais serão discernidos pelos espirituais! Nos dias de Jesus existiam ministros que ‘exteriormente pareciam justos aos homens’ (Mt 23.28). Mas interiormente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecaminosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)”. Claro está que temos a obrigação de julgar os profetas pelos seus frutos, isto também fica claro nos escritos de Paulo e João (1Ts 5.21; 1Jo 4.1; 1Co 14.29).
2. Eram mais numerosos. O relato Bíblico afirma que os profetas de Baal eram 450, e os profetas de Aserá eram 400 (1Rs 18.19), ampla maioria se comparado ao único profeta de YAHWEH nesse desafio do monte Carmelo. Apesar dessa maioria numérica no Carmelo, estes oitocentos e cinquenta profetas ficaram confundidos e envergonhados, pois somente o Deus de Elias respondeu com fogo e dissipou toda dúvida do coração do povo (1Rs 18.38,39). Não se pode esquecer que, Elias não estava só enquanto servo de YAHWEH, ainda havia sete mil que não se corromperam com o falso deus cananeu.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO

1. Em que ela imita a verdadeira. O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar. As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se, prostrar-se (#7812, Strongs), como em Êx 20.5. As palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica (#4352, Strongs), como em Mt 4.10 e Jo 4.24. Adoração então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se expressa com ações singulares de reverência e culto. Qual é a adoração que Deus realmente espera de nós? Qual é o som e a canção que Ele verdadeiramente espera de nós? Será que nossos dons e talentos fazem algum barulho no trono de Deus? Será que Ele consegue ouvir canções e vozes lindas, mas corações ocos e vazios? Qual é o verdadeiro som que ecoa no céu? João Calvino chamou, de maneira apropriada, o coração humano de “uma fábrica de idolatria”, querendo dizer que a adoração fiel não acontece naturalmente nos seres humanos caídos. Pecadores se tornam idólatras porque Deus plantou tão profundamente a necessidade dEle mesmo nos corações humanos, que quando não conhecemos ao Deus verdadeiro, inventamos falsos deuses, falsa religião e falsa adoração. Deus adverte contra tal adoração idólatra no primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim”. A adoração idólatra de falsos deuses é condenada por toda a Bíblia.[c]
2. No que ela se diferencia da verdadeira. Seria um engano severo achar que toda e qualquer expressão verdadeira de adoração é oriunda do homem. Do homem não pode emanar a verdade pura. O homem possui um coração enganoso e uma mente limitada (Jr 17.9; Is 55.8,9). Essas duas coisas geram um erro que não é percebido facilmente pelo homem, especialmente quando a maioria ao seu redor está envolvida no erro (2Tm 4.3,4). Não é sabedoria colocar base de sustentação naquilo que é enganoso e limitado. Devemos usar o que é firme e eterno. Se essa sustentação não vem do homem, tem que vir do que não é contaminado pelo homem. Somente a Bíblia, por ser dada pela inspiração do Espírito Santo, é a base firme para estipular o que é a adoração verdadeira. Se a Bíblia por escrito for a base; ela será a base "mui firme" (2Pe 1.19; Hb 4.12). Se as Escrituras Sagradas forem a nossa única regra de fé e prática, então tudo o que não concorda com elas será julgado como falso (Is 8.20). Não é válido estipular uma parte exclusiva da Palavra de Deus para a nossa sustentação do que é adoração verdadeira, pois "Toda a Escritura é inspirada e proveitosa" (2Tm 3.16; Rm 15.4). Por ser a Bíblia completamente dada por Deus, é ela que define para nós o que é a adoração verdadeira. Todos os cristãos precisam cultivar uma vida com Deus que está em crescimento e desenvolvimento. Se não estivermos crescendo, estagnaremos ou morreremos. A adoração coorporativa, oficial, do povo de Deus é um meio crucial e essencial que Deus deu para nos ajudar a crescer. Pense sobre as palavras de Hebreus 10.19-22: “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos inaugurou, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa.” Esta passagem chama os cristãos para se achegarem a Deus através de Cristo, visto que, mesmo como cristãos, experimentamos uma distância entre nós mesmos e Deus, que somente a obra de Cristo pode superar. Precisamos nos achegar a Ele pessoalmente e individualmente em devoção, meditação e oração; mas nós também precisamos nos achegar a Ele, encontrando-O na comunhão do Seu povo, onde Deus promete estar especialmente presente (Mt 18.20). Nos encontramos com Deus quando o povo de Deus se reúne junto, ora junto, canta junto, e ouve a Sua palavra junto. O Cristianismo é uma religião na qual indivíduos se tornam uma parte integral do corpo de Cristo. Não somos simplesmente uma associação de indivíduos, mas estamos organicamente unidos uns aos outros (1Co 12.12-27; Ef 1.22-23). Expressamos que somos o corpo de Cristo, especialmente quando encontramos a Deus juntos em adoração pública.[c]
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.


IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL

1. O perigo do sincretismo religioso. Precisamos ouvir o convite da Escritura para promover a adoração santa e fugir da idolatria. Mas a adoração de falsos deuses não é somente o único tipo de idolatria condenada na Bíblia. O segundo mandamento nos ensina que a idolatria não é somente uma questão de adorar falsos deuses, que é proibido no primeiro mandamento. É também uma questão de adorar o verdadeiro Deus falsamente. O segundo mandamento diz, “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos” (Êx 20.4-6). Este mandamento claramente proíbe o uso de imagens de Deus na adoração, mas também implicitamente proíbe toda invenção humana na adoração. A proibição contra imagens significa que devemos adorar o verdadeiro Deus somente nas formas que Lhe agrada. O povo de Israel reivindicou que eles estavam adorando o Senhor como o verdadeiro Deus quando eles fabricaram o bezerro de ouro. Eles consideravam a imagem como Jeová (Êx 32.5-6). Mas tal falsa adoração ofendeu a Deus e trouxe julgamento sobre o povo. A história do bezerro de ouro nos lembra que o próprio povo de Deus pode cair em idolatria em sua adoração dEle. Podemos querer ser criativos e originais na adoração, mas essa criatividade pode conduzir à idolatria. Repetidamente no Antigo Testamento, Deus julgou Seu povo por causa de falsa adoração. Os filhos de Aarão, Nadabe e Abiú, foram fulminados e caíram mortos, por causa de oferecer “fogo não autorizado perante o SENHOR, contrário ao seu mandamento” (Lv 10.1). Jeroboão, o primeiro rei do reino norte de Israel, e seus herdeiros foram consistentemente criticados como idólatras por causa das imagens e dos falsos templos e cultos dedicados ao Senhor. O povo de Deus foi censurado nestas ocasiões, não porque adoraram falsos deuses, mas porque adoraram o verdadeiro Deus falsamente. O Novo Testamento também adverte contra agradar a nós mesmos com a falsa adoração. Paulo escreveu ao Colossenses condenando suas novidades e experiências como “adoração auto-imposta” (Cl 2.23). Jesus advertiu contra permitir que tradições dominem e subvertam a Palavra de Deus: “E assim por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus” (Mt 15.6). Jesus não estava falando sobre adoração quando ele fez esta declaração, mas então ele usou Isaías 29.13, que é sobre adoração, para confirmar suas palavras: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (vv. 8-9). Ele estava dizendo que o nosso culto a Deus, seja na vida em geral ou na adoração coorporativa, não deve ser determinada pela tradição, mas deve seguir o ensinamento de Deus na Bíblia. Paulo especificamente advertiu os Coríntios contra a falsa adoração na forma que eles estava administrando a Ceia do Senhor. Os pecados e os erros que infectavam sua adoração levaram Paulo a acusá-los de destruir este sacramento: “De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor” (1Co 11.20). De fato, Deus se preocupa tanto sobre a adoração que Paulo registra que Deus visitou os Coríntios com julgamento por causa dos seus abusos na adoração, relacionados a este sacramento: “Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”. A Bíblia nos lembra que nem nossos instintos, nem nossas tradições e nem nossas experiências são guias confiáveis para a adoração. A própria Bíblia é nosso único guia confiável. Uma das ironias do nosso tempo é que muitos cristãos que afirmam a inerrância da Bíblia não a estudam realmente para descobrir o que ela diz sobre adoração. Nós devemos examinar as Escrituras para encontrar a vontade de Deus para nos guiar em nossa adoração. A Declaração de Cambridge faz a seguinte declaração: “Somente a Bíblia ensina o que é necessário para nossa salvação do pecado e qual é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser medido”.[c]
2. A resposta divina ao sincretismo. A Bíbia de Estudo Shedd apresenta a seguinte nota textual: "Este ato de matar ofenderia sensibilidade do homem moderno, pois que já estamos na era da graça de Cristo; mas para aquele povo, naquela situação histórica se justificava por vários motivos: 1) Vingava a morte dos profetas do Senhor; 2) Era o cumprimento do julgamento do Senhor contra os falsos profetas em Israel (Dt 13. 1-5); 3) Era uma guerra autêntica, dos servos de Baal contra o Senhor e seus seguidores (Bíblia de Estudo Shedd, pp 515)." Israel era uma teocracia, uma sociedade fundada e contida sob Deus. Deuteronômio 13.1-5 determina a execução dos falsos profetas. Deuteronômio 13.13-18; 17.2-7 prescreve a morte de qualquer um que abrace a idolatria ou incite outros a se tornarem idólatras.

SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.


CONCLUSÃO

Elias demonstrou ser um homem de fé ao lançar o desafio contra os profetas de Baal, e além disso, convocando o povo para uma demonstração que revelaria quem era o mais poderoso: YAHWEH ou Baal Melkart. E se Deus não mandar fogo? – poderia titubear Elias... Todos ali aprenderam às custas do estado que Baal era o deus que respondia com fogo! Simbolizava as forças produtivas da natureza! Ainda mais, o desafio seria no monte Carmelo, local onde o culto a Baal e Aserá era mais forte. Não na visão de um homem que vive pela fé como Elias; Carmelo era o lugar ideal para confrontar os baalins e mostrar a superioridade de YAHWEH, o Soberano de Israel sobre todos os ídolos humanos. Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade. Muitas pessoas em nossos dias precisam responder à mesma pergunta que Elias fez no Monte Carmelo. Muitos estão coxeando,quer por falta de ensino bíblico consistente, quer por negligência, ou outro qualquer motivo. Elias nos legou o exemplo de como devemos lidar com o pecado: mostrou que essa mazela deve ser tratada como convém e que a decisão de extirpá-la deve ser tomada com firmeza. Não é de mais dizer ainda, que essa luta continua hoje, muita coisa em nosso meio necessita ser levada ao vale de Querite para ser estirpada com firmeza! A falsa adoração, falsa piedade cristã e pseudo-profetas devem ser alvos de uma igreja triunfante que levanta a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Janeiro de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)


EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, quais as duas divindades pagãs principais no reino do Norte?
R. El e Aserá.
2. Explique como alguém pode deixar de ser uma voz profética.
R. Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do sistema vigente.
3. Como a verdadeira adoração se diferencia da falsa?
R. A adoração verdadeira se firma na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto; pela Palavra de Deus.
4. Defina “sincretismo”.
R. Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais.
5. Por que o desafio entre Elias e os profetas de Baal foi muito além de uma guerra entre o bem e o mal?
R. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e merecedor de toda adoração.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. A Bíblia da Mulher. São Paulo e Barueri, Mundo Cristão e Sociedade Bíblica do Brasil, 2008;
-. La Bíble – Traduction oecuménique de La Bible - TOB, © Les Éditions Du Cerf et Societé Biblique Française, Paris, 1988;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. LAHAYE, T.; HINDSON, E. (Eds.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. RJ: CPAD, 2008.
-. SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento.
1 ed., RJ: CPAD. 2009.
-. http://pt.scribd.com/doc/21991078/A-Vida-de-Elias-capitulos-1-a-8-A-W-Pink

TEXTOS UTILIZADOS:
[a] -.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. Nota textual de 1Rs 18.21, p. 375;
[b] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;
[c] -. http://www.monergismo.com/textos/liturgia/adoracao_godfrey.htm

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Francisco de Assis Barbosa