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1 de março de 2021

Lição 10 – O Senhor Jesus Cura Hoje | Pb Francisco Barbosa

 

 

 

1º TRIMESTRE 2021

ANO 13 | EDIÇÃO Nº 702

              L  I  Ç  Ã  O

 

O Senhor Jesus

10

 

Cura Hoje

 

7 MAR 21

O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO

 

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD REVISTA ADULTOS  -  PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021









 

 

Texto Áureo

É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades. (Sl 103.3)

 

Verdade Prática

A cura de enfermidades é um dos benefícios da obra redentora do Calvário.

 

Leitura Bíblica em Classe

Isaías 53:4-6; Mateus 8:16,17

 

INTRODUÇÃO

Assim como Jesus fez no passado, Ele deseja atualmente curar e libertar os enfermos e os oprimidos. Ele demonstrou misericórdia e compaixão ao tomar sobre si as nossas enfermidades e dores. O caráter e a compaixão de Jesus permanecem na atualidade. Deus é fiel para curar as nossas enfermidades.

- Sim, Deus ainda cura hoje em dia. Deus tem todo poder e Ele não muda. Ele pode fazer milagres e curar até doenças incuráveis, mesmo nos dias atuais. Mas Deus também sabe o que está fazendo quando não cura. A maior cura que Deus oferece é a cura da morte. Hoje, milhares de igrejas cristãs em todo o mundo pregam a cura divina, proclamam o poder físico de Cristo e colecionam muitos testemunhos impressionantes. O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, às consequências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Assim, podemos dividir essas causas em dois tipos:

(a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (Jo 5.5,14), e

(b) Satanás (At 10.38; Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11; At 19.11,12).

-  Jesus Cristo, que curou tão abundantemente quando estava na terra, não mudou. Ele não perdeu seu poder. O que ele fez naquele tempo pode fazer agora. A salvação nas Escrituras é uma realidade completa, abarcando tanto alma como corpo. Não são bíblicas as ideias de salvação para a alma só, fora ou à parte do corpo. Perde-se a bênção onde falta a fé e onde os dons divinos não são procurados. "Nada tendes, porque não pedis", diz Tiago. "Pedi e dar-se-vos-á", disse Jesus. Mas Mateus nos diz que em Nazaré, onde Jesus fora criado, o Mestre não pôde fazer muitos milagres, por causa da incredulidade deles! Vamos pensar maduramente a nossa fé?

 

I –  A CURA DIVINA NA BÍBLIA

 

A cura divina na Bíblia tem a ver com a saúde pública no Antigo Testamento, a prevenção de doenças como uma orientação bíblica e as curas de Jesus no Novo Testamento.

 

1. A saúde pública no Antigo Testamento. Em Israel, a saúde era uma promessa de Deus, mas o povo tinha que fazer a sua parte. Deus garantiu a saúde dos filhos de Israel desde que eles cumprissem os termos do Pacto do Sinai: “nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR, que te sara” (Êx 15.26). A vida dos israelitas era centrada no seu Deus (Dt 6.4-9; 30.20). A cura de enfermidades em Israel era essencialmente milagrosa, principalmente acerca das doenças graves. O remédio não estava nos médicos como nos povos vizinnos, mas em Deus (Jr 17.14; 30.17).

- No Antigo Testamento, Deus se revelou à Israel como Jeová-Rafá, o Senhor, que te sara. Desde que é isso o que ele é, o Senhor que te cura! Obediência à instrução e orientação divinas obviamente trarão cura, não a consequência de pragas como aquelas que afligiram o Egito. Deus cura aos que Lhe são obedientes. Entre as bênçãos da espiritualidade achamos a bênção da cura física. O autor sagrado temia as enfermidades próprias do Egito, incluindo suas diversas doenças endêmicas. Ele queria que os israelitas não fossem inoculados por essas doenças (Nm 21.4-9; Dt 7.15; 28.27,60; Sl 103.3). O Senhor desafiou o Seu povo a evitar as pragas do Egito, para que aprendessem bem as lições que Ele lhes estava dando.

- A Enciclopédia da Bíblia, de Merrill C. Tenney, (Cultura Cristã), traz o seguinte: “Em notável contraste, os israelitas gozavam comparativamente de boa saúde. Eles haviam recebido promessas de Deus de que, guardando os seus mandamentos, nenhuma das doenças que afligiram os egípcios cairia sobre eles (Êx 15.26). A. Importância das leis do Pentateuco para a saúde de Israel. Considerando o fato de que Moisés foi instruído em toda sabedoria dos egípcios (At 7.22), é surpreendente que nenhuma das panacéias fantásticas do período aparecem no Pentateuco. McMillen conclui que há apenas uma única resposta para isto: que as instruções médicas do Pentateuco realmente foram dadas a Moisés por Deus, como ele diz que foram. Além disso, é notável que o que Moisés registrou tem suportado o teste do tempo. Na verdade, o mecanismo pelo qual a raça judaica tem sido preservada através dos séculos é, sem dúvida, encontrado nas medidas sanitárias observadas pelos judeus na Europa, durante os flagelos terríveis que oprimiram os vizinhos de Israel nos períodos antigo e medieval. Essa sobrevivência ocorreu a despeito dos guetos abarrotados das grandes cidades, que estavam cheias de tuberculose. Short comenta que sem dúvida esta sobrevivência é um atestado da providência divina, enquanto que, de um ponto de vista secular, foi descrita como possível pelos hábitos saudáveis da vida baseados nas instruções médicas do Pentateuco”. (MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 1310).

 

2. A prevenção de doenças é bíblica. A alimentação saudável e a higienização adequada são bons hábitos que contribuem para a boa saúde. Quando a lei de Moisés instrui o povo sobre o padrão de higiene em Levítico 15 e os preceitos dietéticos no capítulo 17, embora parte da purificação fosse cerimonial, o objetivo principal era saúde da população. Isso mostra o interesse divino na saúde pública e individual (Jr 8.22). A religião, nesse caso, se constitui num veículo eficaz para a conscientização coletiva. O Novo Testamento mostra que a finalidade era uma questão de saúde pública e não purificação espiritual para a salvação ou santificação (Mt 15.17-20; Rm 14.2; lTm 4.3-5).

- “A primeira enfermidade a ser reportada, e que se encontra mais frequentemente citada na Bíblia, é a esterilidade (Gn 11.30: Sarai; 25.21: Rebeca; 29.31: Raquel...). Ao Senhor da vida e da morte competia tornar a mulher fecunda ou estéril. Por vezes acentua-se o caráter de castigo da esterilidade, como em Gn 20.17-18: “Abraão intercedeu junto de Deus e Deus curou Abimelec, sua mulher e seus servos, a fim de que pudessem ter filhos. Pois Javé tornara estéril o seio de todas as mulheres na casa de Abimelec, por causa de Sara, a mulher de Abraão”. Até os tempos do NT, a esterilidade era motivo de vergonha para a mulher (Lc 1.25: Isabel; cf. Gn 30.23: Raquel). Em  razão  da  enormidade  do  sofrimento,  do  abandono  e  do  significado  religioso  da doença, vêm em primeiro lugar os leprosos. Na visão do povo da Bíblia, a lepra era castigo de Deus por antonomásia, comparável à morte. [...] Segundo Smith, o que mais caracterizava o povo da Bíblia e o distingue de todos os outros povos por sua visão do mundo – que abrange os diversos campos da vida familiar, social, cultural, ético, religioso e político –é sua fé no Deus único, vivo e verdadeiro, infinitamente bom e justo, criador de tudo o que existe. Ele é a fonte da vida. Sua voz onipotente chamou à existência todas as coisas, e todas são boas e cantam sua glória. Com amor todo particular ele plasmou o ser humano, inspirando-lhe o sopro da vida, que só ele pode dar e retirar: “Escondes tua face e eles se apavoram, retiras deles a respiração, e xpiram, voltando a seu pó. Envias teu sopro e eles são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104. 29-30).6Afastar-se de Deus é afastar-se da vida, é ir ao encontro da morte. Mais que uma punição, a morte é uma consequência lógica, interna, do pecado. Isso quis dizer o javista (Gn 1.4b-3.24) num modo figurado, simples, dinâmico e profundo. Quem se afasta de Deus, fonte da vida, torna-se um agente de morte, como Caim que matou seu irmão (Gn 4.7-8) e como Lamec, homem violento, de vingança fácil e selvagem (Gn 4.23-24). Diz o salmista: “Os ímpios empunharam e retesaram o arco para abater o humilde e o pobre,para degolar aquele que anda na retidão” (Sl 37.14)( http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/ensaios/article/viewFile/156/190).

- O Comentário Bíblico Beacon. Jeremias. Editora (CPAD) traz o seguinte: “Podemos sentir a profunda dor no coração do profeta quando ele volta a se expressar: Porventura, não há unguento (bálsamo) em Gileade? (22). A resposta esperada é: Sim. Gileade era conhecida, de longa data, pelo bálsamo feito da resina da almecegueira. Não há lá médico? Novamente, a resposta esperada é: Sim. Visto que há um médico por perto, e um remédio à mão, por que, pois, não há cura? Só existe uma resposta. O povo não buscou a ajuda do Médico. Eles não procuraram o remédio. Eles negligenciaram a única fonte segura de ajuda. Negligentes, cegos e teimosos, eles se precipitam impetuosamente em direção ao precipício da ruína” (C. Paul Gray. Comentário Bíblico Beacon. Jeremias. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 288).

 

3. O Novo Testamento: as curas de Jesus. Israel dependia mais de Deus, e a sua garantia da saúde estava na obediência. O número de enfermos era alto, e as curas efetuadas por Jesus logo chamaram a atenção do povo (Mt 4.23- 25). Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (1 Tm 1.15), no entanto, por causa da miséria humana, operou muitos milagres, prodígios e maravilhas. 0 Senhor se compadecia dos enfermos, dos oprimidos e de todos os de espírito abatido, porque essas pessoas andavam como ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36; Mc 6.34). A compaixão era a principal motivação de Jesus para ministrar ao povo, e isso não mudou com o tempo, pois a promessa de cura divina continua valendo (Mc 16.17-20).

- “Com a vinda de Cristo houve mudança profunda no conceito de Deus e do ser humano e do mútuo relacionamento entre eles. O que no AT era apenas intuição dos místicos e profetas e se apresentava mais como uma utopia, tornou-se estupenda realidade. Em Cristo, Deus se manifesta não somente como Criador e Soberano Senhor, mas, sobretudo, como Pai misericordioso, cheio de amor e ternura; o homem não só é chamado filho de Deus, mas o é realmente, participando da natureza divina (cf. 2 Pd 1.4): “Vede que prova de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus, e nós de fato o somos!” (1 Jo 3.1).Como filhos e filhas, somos chamados a viver em comunhão com ele e entre nós, no amor e na solidariedade: “Nisto conhecemos o amor: ele deu sua vida por nós. E nós também devemos dar a vida pelos irmãos... Nisto reconheceremos que somos da verdade e diante dele tranquilizaremos nosso coração, se nosso coração nos acusa, porque Deus é maior que nosso coração e conhece todas as coisas” (1 Jo 3.16; 19-20).Partindo desses conceitos fundamentais, pouco a pouco vai mudando a visão dos doentes da parte dos que creem. No Evangelho ainda encontramos resquícios da mentalidade do AT, à qual o Cristo adapta sua linguagem, introduzindo, porém, os conceitos novos com suas atitudes e com suas palavras. De pecador, causa de seus males, o doente passa a ser considerado vítima e, como tal, merecedor de compaixão que se exprime em amoroso serviço. Por isso não é de se estranhar que os doentes ocupem lugar privilegiado nos Evangelhos e nos atos dos apóstolos. Cerca de uma quinta parte dos Evangelhos é dedicada à atividade de Jesus em favor deles e às discussões que se originaram a partir das curas que ele realizava. “Dos 3.779 versículos dos quatro Evangelhos, 727 referem-se especificamente à cura de doenças físicas ou mentais e à ressurreição dos mortos. Além disso, há 165 versículos que tratam em geral sobre a vida eterna e 31 referências gerais a milagres que incluem curas”.15É tão relevante a parte dos Evangelhos que trata da cura dos doentes, que sem ela o texto não se sustentaria. De fato, os ensinamentos de Jesus estão intimamente ligados aos relatos de curas, constituindo com estes uma unidade. Mas muitas vezes eles servem de ponto de partida e de confirmação daquilo que Jesus ensina”. ( http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/ensaios/article/viewFile/156/190).

- O Rev Hernandes Dias Lopes escreve: “A palavra grega malakian descreve a doença ocasional, ao passo que a palavra grega noson descreve a doença crônica. Jesus cuidou da alma e do corpo, das necessidades espirituais e das necessidades físicas. Seu ministério foi marcado pela compaixão. A dor que latejava no peito das pessoas doía também em seu coração. Seu ministério não foi dentro de quatro paredes. Ele saía para encontrar as pessoas onde elas estavam, e elas vinham a ele de onde estavam. Ele estancou o sofrimento efêmero e resolveu o problema eterno. Trouxe pleno perdão para os pecados e pleno alívio para as dores. Seu ministério de socorro aos aflitos pavimenta o caminho para a igreja seguir suas pegadas. Não obstante nos fale o poder pleno e absoluto que nele há, devemos ser revestidos de sua compaixão a fim de exercermos, dentro de nossos limites, o exercício da misericórdia. A igreja não pode olvidar aqueles que sofrem. Não pode passar de largo daqueles que jazem feridos à beira do nosso caminho. A igreja é o braço estendido da misericórdia de Deus num mundo enfermo que soluça e geme sem esperança. O que pulsa no coração de Deus deve também pulsar em nosso coração. A misericórdia não é para ser discutida, mas para ser praticada! William Hendriksen diz que os milagres de cura que Cristo realizou tinham um significado tríplice: 1) Confirmavam sua mensagem (Jo 14.11); 2) Revelavam que de fato ele era o Messias da profecia (11.2-6; Is 35.5; 53.4,5; 61.1); 3) Provavam que, em certo sentido, o reino já havia chegado, porque o reino inclui bênçãos tanto para O corpo como para a alma. esplêndido sucesso do ministério de Jesus (4.24,25) Mateus faz um registro eloquente, embora sucinto, do esplêndido sucesso do ministério de Jesus. Sua fama avançou além das fronteiras de Israel, chegando à Síria. Levaram a Jesus todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos, e a todos ele curou. Numerosas multidões vinham a ele de Jerusalém, Judeia, dalém do Jordão, bem como de Decápolis, ou seja, das dez cidades que se estendiam do nordeste de Samaria ao nordeste da Galileia: Damasco, Canata, Diom, Hipos, Gadara, Abila, Citópolis, Pela, Geresa e Filadélfia. Mounce diz que Decápolis era uma federação de dez cidades helenísticas que haviam sido incorporadas à Judeia; mais tarde, elas seriam tiradas de sob o controle judaico, por Pompeu, passando a fazer parte da Síria”. (LOPES. Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 122-123).

 

 

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II – A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO

 

O discurso profético de Isaías 53 anuncia a obra redentora de Jesus no Calvário. Encontramos alguns detalhes dessa palavra profética no Novo Testamento, que mostram com clareza que salvação e cura divina caminham juntas.

 

1. Salvação. É um termo que se aplica a diversas ações de Deus no Antigo Testamento em favor de seu povo, como o livramento da escravidão, da fome, da espada e das enfermidades. A salvação da condenação eterna é o livramento do poder da maldição do pecado e a restituição do ser humano à comunhão com Deus (2 Co 5.19; Hb 2.15). Deus propôs a salvação para todas as pessoas (Tt 2.11), e as condições para isso são a fé em Jesus e o arrependimento dos pecados (At 3.15- 19). A vontade de Deus é a salvação de todos os seres humanos, mas para isso cada pessoa precisa se arrepender de seus pecados e se converter ao Senhor Jesus (At 17.30; 1 Tm 2.4).

- “Jesus cura através de quê? Em que consiste a força de cura do seu espírito? Em Mt 8.17 está a resposta: “...ele curou todos os que sofriam de algum mal, para que se cumprisse o anúncio do profeta Isaías com as palavras: Ele tomou nossas enfermidades e carregou nossas doenças”. A força da cura de Jesus não está em seu poderio sobre as doenças, mas na força de seu sofrimento. Ele cura carregando nossas enfermidades. Seu sofrer e seu entregar-se no Gólgota são o segredo de suas curas.Jesus cura os enfermos restaurando sua comunhão com Deus. Ele restaura a comunhão dos enfermos com Deus através de sua solidariedade com eles, e assumindo vicariamente as suas  dores.  Em  Cristo,  Deus  tornou-se  homem  e  assumiuo  ser-homem  limitado  e  mortal, tornando-o parte de seu eterno ser-Deus. Assumiu a fim de curar. Na paixão de Jesus Cristo assumiu a vida humana enferma, fraca, desamparada e mutilada, e fez dela parte de sua vida eterna.  Deus  cura  as  enfermidades  e  a  aflição,  fazendo  das  enfermidades  e  da  aflição  sua enfermidade e sua aflição. Por sua paixão, Jesus leva Deus aos enfermos abandonados e ao desespero da morte. O Deus crucificado abraça toda vida enferma e faz dela sua própria vida, a fim de transmitir-lhe suavida eterna. Por isso, o crucificado é tanto a fonte da cura quanto o consolo no sofrimento”. (http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/ensaios/article/viewFile/156/190).

 

2. Cura divina. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus define a cura divina como “um ato da soberania, graça e misericórdia divina, que, através do poder do Espírito Santo, restaura física e/ou emocionalmente aqueles que demonstram fé em Jesus Cristo” (Mt 14.14; Lc 4.18,19; At 10.38). É tendência nossa procurar logo os médicos em caso de doença, isso não é errado, Jesus mesmo disse que os doentes precisam de médicos (Mt 9.12; Mc 2.17; Lc 4.23; 5.31). Lucas era médico (Cl 4.14). Mesmo assim, o milagre acontece também pelos recursos científicos da medicina. Mas convém salientar que temos um recurso divino seguro para a cura das enfermidades, a ministração da unção com óleo em nome do Senhor sobre os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14,15).

- A Cura Divina é definida no Dicionário Bíblico Wycliffe, de Charles F. Pfeiffer (CPAD), assim: “Adicionalmente aos princípios de saúde, a Bíblia ensina que o ser humano pode recorrer a Deus para uma cura direta, quando outras possibilidades de cura falharem. A cura divina é um assunto sobre o qual existem diferenças de opinião desde o princípio da história da igreja cristã. Os protestantes e a igreja católica afirmam a sua prática, assim como os adeptos da Ciência Cristã e outras seitas ditas cristãs, juntamente com os muçulmanos e muitas das religiões pagãs. Todos os cristãos concordam que a Bíblia ensina que Deus curou e pode curar os homens de todos os tipos de doenças; o fato de que no Antigo Testamento Miriã foi curada da lepra (Nm 12.10-15) e de que o Senhor Jesus Cristo curou muitos leprosos (Mc 1.40-44; Lc 17.12-19) prova, uma vez que essa doença ainda é muito difícil de controlar, e às vezes impossível de curar, que não se exclui nenhuma doença. Ao proclamar: “Eu sou o Senhor, que te sara”, Deus prometeu aos israelitas que como resultado da sua obediência, Ele não lançaria sobre eles nenhuma das doenças que havia lançado sobre os egípcios (Êx 15.26; cf. 23.25; SI 105. 37). Davi deu testemunho com respeito ao homem temente a Deus. “O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na doença” (SI 41.3). O salmista repetidamente ora e agradece a Deus pela cura (SI 6.2; 30.2; 103.3; 107.20; 147.3). A obediência à Palavra de Deus e uma atitude misericordiosa são comprovadamente essenciais para a cura e para a saúde (SI 107.20; Pv 4.20-22; Is 58.6-8). Algumas das curas registradas na Bíblia Sagrada ocorreram com o uso de algum expediente, como no caso de Ezequías, por meio de uma pasta de figos (2 Rs 20.2-11; cf. 1 Tm 5.23; Tg 5.14,15; Êx 15.23-26; Jr 8.22; 1 Sm 16.16; Mt 9.12). Outras ocorreram sem nenhum expediente, como por exemplo, no caso de Miriã. Certamente, a Bíblia não se opõe ao uso de expedientes para a cura, uma vez que o próprio Senhor Jesus Cristo considerava normal que as pessoas fossem aos médicos (Mt 9.12). No caso de Asa, que tem sido citado como uma prova do contrário, os “médicos” que ele buscou na realidade eram o equivalente a mágicos pagãos (2 Cr 16.12). O ato de Asa revelou uma falta de fé em Deus e uma dependência de homens que eram muito parecidos com os curandeiros modernos. Na parábola do bom samaritano, o Senhor Jesus afirma que azeite e vinho foram aplicados sobre as feridas do viajante espancado (Lc 10.34). A mulher que tinha um fluxo de sangue sofria de uma doença que ultrapassava o conhecimento da medicina daquela época, e não justifica a rejeição que alguns cristãos demonstram em relação aos remédios comprovadamente eficazes (Mc 5.25,26; Lc 8.43). E significativo que Paulo tenha escolhido Lucas, um médico (Cl 4.14) como o seu companheiro de viagem. Também existe um tipo de cura do qual participam alguns fatores adicionais, embora eles não sejam verdadeiramente terapêuticos, mas simplesmente simbólicos. Por exemplo, na cura de Naamã, o leproso, a sua entrada no Jordão parece falar da fé por parte de Naamã e da purificação, por parte de Deus (2 Rs 5.14). Também na cura de um cego, o Senhor Jesus cuspiu nos seus olhos (Mc 8.23), e no caso do homem que era cego de nascença, Ele fez uma mistura de terra e saliva (Jo 9.6). A imposição das mãos sobre o corpo do doente, realizada pelo Senhor Jesus e pelos discípulos (Lc 13.11-13; Mc 6.13), e a unção da pessoa enferma com azeite são símbolos da presença Divina, e do poder curativo Divino (Mc 6.13; Tg 5.14)”. (PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 509-510).

 

 

3. Salvação e cura. A obra de Jesus é completa, a expiação no Calvário resulta na nossa redenção e alcança também a cura do corpo físico (Is 53.4; 1 Pe 2.24). Desde o Antigo Testamento que a salvação e a cura andam juntas (Jr 17.14). A cura espiritual geralmente precede a cura física: “É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades” (Sl 103.3). A cura do paralítico de Cafarnaum (Mt 9.1-8) e passagens paralelas nos evangelhos sinóticos revelam essa verdade. A vontade de Deus é, portanto, curar tanto a alma como o corpo (Tg 5.15)

- CHAMPLIN escreve: “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades. Era uma noção tipicamente hebraica que as enfermidades sempre têm como causa algum pecado. Mas Jó demonstrou que isso nem sempre é correto. Ele era inocente e, no entanto, sofreu de uma enfermidade física da pior espécie. Nas enfermidades há disciplina e instrução, mas também há caos e insensibilidade. Portanto, que o crente nunca se esqueça de orar, a fim de corrigir os seus erros, A enfermidade faz parte do Problema do Mal. O mal consiste no mal moral — coisas más que os homens fazem contra o próximo, devido à sua vontade pervertida — e no mal natural — abusos da natureza, como os incêndios, as inundações, os terremotos, as enfermidades e a morte. Será Errada a Cura Natural? É sempre humilhante para o homem espiritual quando a penicilina cura uma infecção que a oração em nada contribuiu para curar. Os hebreus eram contrários à cura natural, porque a julgavam profana. Eles pensavam que somente os faltos de fé recorriam aos médicos para obter suas ervas. Naturalmente, os médicos antigos misturavam com seus processos de cura mágicas e encantamentos duvidosos, e isso espantava os hebreus. Mas, mesmo que não fossem essas coisas, a natureza alegadamente profana das curas naturais teriam sido suficiente para manter afastados os hebreus. Somente no judaísmo muito posterior é que a medicina começou a ser aceita. Conheci um caso em Manaus, capital do estado do Amazonas, que ilustra a questão. Havia ali uma missionária pentecostal que tinha uma pústula muito infecciosa, bem no meio da testa. As pústulas são meras infecções bacteriológicas, causadas por estreptococos ou estafilococos, mas que podem tornar-se muito dolorosas e ameaçadoras. Os pregadores pentecostais reuniram-se para curar a pústula. Suas orações encheram a circunvizinhança com exclamações e apelos em vozes altas. Mas os estreptococos ou estafilococos não se afastaram. Portanto, foi chamada uma enfermeira missionária batista, que lhe aplicou algumas injeções de penicilina, as quais fizeram quase imediatamente secar a pústula, apesar de serem medicamentos profanos. Meus amigos, nós, os crentes, costumamos orar pelos enfermos. Algumas vezes vemos grandes coisas, e de outras vezes não vemos resultado algum. Há um enigma em tudo isso. Nada há de profano em torno dos medicamentos naturais, pelo que podemos usá-los também. Qualquer coisa capaz de deter a enfermidade é digna de ser usada, sem que precisemos ficar com a consciência culpada por causa disso. Mas se pensarmos, acompanhando os hebreus, que toda enfermidade é causada somente pelo pecado, então talvez temamos fazer as enfermidades retroceder mediante o uso de medicamentos naturais. Contudo, mesmo que isso fosse um pecado, Deus é misericordioso e pode perdoar pecados; assim sendo, podemos usar medicamentos naturais. Ver no Dicionário o artigo chamado Cura. Note o leitor a conexão entre o pecado e as enfermidades. Existe aí certa conexão, mas não exclusiva, pois outras coisas podem causar enfermidades. As enfermidades, da mesma forma que o amor, são multifacetadas. Com frequência estamos mexendo com fatores pouco compreendidos ou mesmo totalmente desconhecidos. Por conseguinte, existem muitos meios de atacar esse mal natural”. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2374-2375).

 

 

4. Isaías 53.3,4. O Novo Testamento interpreta Isaías 53 como a provisão de Deus em Cristo para cura física e espiritual. O Evangelho de Mateus aplica a palavra: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4) ao ministério de cura do Senhor Jesus (Mt 8.17). O verbo “sarar” em “pelas suas pisaduras, fomos sarados” (53.5) indica a cura física, isso está muito claro nas inúmeras curas físicas de enfermos efetuadas por Jesus (Mt 8.16,17). Essa cura é também espiritual e isso diz respeito à salvação: “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (l Pe 2.24).

- O profeta Isaías previu a aversão e a rejeição por parte da humanidade ao Messias/Servo, que sofreu não somente agressões corporais, mas também agressão interior, por causa da falta de uma atitude positiva da parte daqueles a quem ele veio salvar (Mt 23.37; Lc 13.34). Ao usar a primeira pessoa do plural, o profeta estava falando da aversão que as nações descrentes tinham pelo Messias crucificado e da falta de respeito que eles demonstraram pelo Filho encarnado de Deus. Isaías 53.11-12 traz verbos no passado, prevendo acontecimentos futuros, quando da vinda do Messias, ou seja, são "perfeitos proféticos - Esses perfeitos proféticos são comuns, aqui e em outras passagens dos Cânticos do Servo. Isaías estava dizendo que o Messias suportaria as consequências dos pecados dos homens, ou seja, as enfermidades e as dores da vida. Contudo, os judeus que para ele olhavam, de modo inacreditável achavam que ele estava sendo punido por Deus pelos seus próprios pecados. Mateus encontrou um cumprimento analógico dessas palavras no ministério de curas de Jesus, uma vez que as doenças eram consequência de pecados pelos quais o Servo pagou com sua vida (Gl 1.3; 1Pe 2.24). Na eternidade, todas as doenças serão eliminadas, uma vez que isso está incluído nos benefícios da expiação que Cristo fez.

- Staleym M. Horton em ‘Serie Comentário Bíblico Isaias’ (CPAD), escreve: “Não foi por qualquer pecado próprio que Ele sofreu. Ele corajosa e voluntariamente escolheu tomar e levar sobre si o fardo pesado de “nossas enfermidades” (Heb. chalayenu, “nossas doenças”) e “nossas dores” (como no v.3). Mateus 8.17 aplica isto ao ministério de cura de Jesus, quando Ele tirava as dores e as doenças. Ele pôde fazer isto porque iria morrer. Porém, as palavras hebraicas aqui referem-se ao seu próprio sofrimento físico que Ele suportou na cruz. Mas a nação como um todo tinha pensado que Ele tinha sido “ferido de Deus”, objeto do seu juízo, ferido e humilhado até à morte. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisa duras, fomos sarados. A explicação é enfática: Ele foi ferido pelas “nossas [rebeldes] transgressões” (contra Deus e a sua Palavra) e moído pelas “nossas iniquidades”, incluindo a nossa culpa pecaminosa. (Tanto os termos “ferido” como “moído” são usados a respeito de situações nas quais a pessoa morre.) O castigo que estava sobre Ele era para assegurar a nossa paz, incluindo o nosso eterno bem-estar, bênção e prazerosa comunhão com o SENHOR. “Pelas suas pisaduras” (ou “açoites”, as marcas deixadas por golpes) há cura para nós. Isto inclui não só a cura física, mas também a restauração da comunhão com Deus (cf. SI 103.3,4; Tg 5.15; I Pe 2.24,25). 6 Todos nós andamos desgarrados com o ovelhas; cada um se desvia vá pelo seu caminho, m a s o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Todo o mundo precisa do Redentor, porque “todos nós andamos desgarrados como ovelhas”, andamos longe de Deus e extraviados no pecado (cf. SI 119.176; Mt 9.36). Deus fez todos os nossos pecados (incluindo a nossa culpa e o castigo que nós merecemos) caírem sobre Ele. O sofrimento dEle foi vicário — totalmente por outros; seu sacrifício foi substitutivo. Nós não podíamos pagar a penalidade por nossos próprios pecados, de modo que Deus “fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos””. (HORTON. Staleym. M. Serie Comentário Bíblico Isaias. Editora CPAD. pag. 451-452).

 

 

III – A CURA DIVINA E OS DESAFIOS ATUAIS

 

Os desafios atuais são diversos, e dentre eles, saber sobre a natureza da enfermidade, se o problema é físico ou espiritual, e ter o discernimento sobre a vontade de Deus.

 

1. As doenças. As enfermidades são uma das causas de maior sofrimento ao ser humano. Elas são consequências, direta ou indireta, do pecado, pois, se não existisse pecado, não existiriam enfermidades. Mas isso não significa que todos os enfermos estejam em pecado. Há enfermidades que são consequências diretas do pecado (Jo 5.14), no entanto, não se pode generalizar, visto que cada caso tem suas peculiaridades.

- A Bíblia diz que a doença é um dos resultados do pecado no mundo. Assim como todos vamos morrer, todos corremos o risco de ficar doentes. Mas Deus não nos abandona na doença. Em Jesus temos uma grande esperança: na vida eterna não haverá mais doença. A doença é uma manifestação de dois grandes tipos de mal -moral e natural. O mal moral é a desumanidade do homem para o homem. O mal natural é composto de coisas como catástrofes naturais e doenças físicas. O mal em si é uma perversão ou corrupção de algo que foi originalmente bom, mas que agora falta algo. No caso da doença, ela é um estado onde a saúde está ausente. A palavra grega para o mal, ponerous, na verdade implica uma malignidade, algo que está corrompendo um bom e saudável estado de ser.

- O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (CPAD) traz o seguinte: “Talvez o homem tivesse ido ao Templo para dar graças a Deus pela sua cura. Quando Jesus o encontrou, disse-lhe: “Não pequeis mais, para que te não suceda coisa pior”. Esta declaração leva à conclusão de que a doença do homem foi causada de alguma maneira pelo pecado. Isto não contradiz o que Jesus disse em 9.3 sobre o homem cego de nascença, porque Jesus não disse que o cego nunca pecou; antes, o Senhor estava enfatizando que o pecado não havia causado a sua cegueira. Um dos resultados do pecado é o sofrimento, mas nem todo sofrimento é o resultado de algum pecado pessoal. Neste caso, Jesus procurou o homem curado para adverti-lo de que, embora estivesse curado fisicamente, os seus trinta e oito anos de deficiência física não seriam nada se comparado a algo pior – isto é, à eternidade no inferno. O homem precisava parar de pecar e vir para a salvação em Cristo. Ele tinha sido paralítico, mas agora podia andar. Este foi um grande milagre. Mas ele precisava de um milagre ainda maior — ter os seus pecados perdoados. O homem estava alegre por estar curado fisicamente, mas tinha que se converter de seus pecados e buscar o perdão de Deus para ser curado espiritualmente. Depois deste encontro, o homem disse aos líderes judeus o que não havia podido lhes dizer antes: Jesus era o que o curara. Este relatório deu início à perseguição dos judeus a Jesus – uma perseguição que continuou daquele dia em diante”. (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 515).

 

2. As enfermidades entre os crentes. Grandes homens de Deus não conseguiram se livrar das doenças. Esse é um desafio, às vezes, fora da compreensão humana. O apóstolo Paulo tinha um “espinho na carne” (2 Co 12.7-10), e qualquer que seja a natureza desse problema, era sem dúvida uma enfermidade (Gl 4.13-15). Timóteo tinha problemas no estômago (1 Tm 5.23); Paulo deixou “Trófimo doente em Mileto” (2 Tm 4.20).

- A doença é certamente o resultado da queda do homem no pecado, mas Deus está totalmente no controle e de fato determina até onde o mal pode ir (assim como fez com Satanás e as provações de Jó -- Satanás não teve permissão para ultrapassar os limites). Deus nos diz que é todo-poderoso mais de cinquenta vezes na Bíblia, e é incrível ver como a sua soberania se une com as escolhas que fazemos (as boas e más) para realizar o Seu plano perfeito (Romanos 8:28). Para aqueles que são crentes e sofrem com males, doenças e/ou enfermidades nesta vida, saber que podem glorificar a Deus através de seu sofrimento ameniza a incerteza quanto a por que Ele a permitiu, algo que talvez não entendam por completo até que estejam em Sua presença na eternidade. Naquele momento, todas as perguntas serão respondidas, ou talvez mais precisamente, já não estaremos mais interessados em perguntar.(https://www.gotquestions.org/Portugues/doenca-vontade-Deus.html).

- CHAMPLIN escreve: “Observe o leitor plural, «propósitos». Aqueles que ensinam que o homem espiritual nunca deveria adoecer, esquecem-se de alguns fatos importantes:

a. Em primeiro lugar, tudo quanto estiver envolvido na matéria, forçosamente precisa passar pelo processo de degeneração, e isso inclui as enfermidades. Esse é o nosso estado como seres mortais. Essa regra funciona cem por cento, porquanto, de outro modo, as pessoas não morreriam.

b. Em segundo lugar, o pecado não é a única causa das enfermidades. Há outras causas. No caso de Paulo, ele recebeu uma aflição, um espinho na carne, a fim de manter-se humilde, em meio a todas as suas exaltadas experiências espirituais.

Evidentemente, ele poderia ter ficado muito orgulhoso de sua espiritualidade (como sucede a tanta gente!). Supõem os intérpretes que Paulo sofria de alguma afecção dos olhos (ver a exposição sobre Gál. 6:11, no NTI). Por três vezes ele buscou ao Senhor, pedindo livramento. Mas este não lhe foi concedido porque, em sua debilidade, ele deveria aprender a confiar na força do Senhor (11 Cor. 12:9), Portanto, aquele espinho tomou-se uma medida da graça divina para fortalecê-lo, conforme esse mesmo versículo nos mostra. Portanto, podemos falar em enfermidades em termos de graça divina, e não em termos de castigo contra o pecado, pelo menos em alguns casos.

c. Em terceiro lugar, a experiência humana demonstra que as pessoas espirituais não são menos sujeitas às enfermidades que as pessoas ímpias. A experiência humana também mostra que todos aqueles que dizem que o crente não precisa ficar doente, e que se consideram pessoas santificadas, finalmente adoecem, e mesmo morrem. Nunca vi uma exceção a essa regra. A menos que seja morto em algum acidente, o corpo humano só morre por causa de alguma condição patológica. Algumas dessas condições atuam lentamente; outras atuam rapidamente; mas todas elas são formas de enfermidade.

d. Em quarto lugar, a experiência humana demonstra que as enfermidades produzem certo beneficio espiritual para algumas pessoas, que aprendem como tirar proveito da sua condição. Como é óbvio, é melhor estarmos bem do que estarmos doentes; mas a escolha nem sempre é nossa, e, finalmente, não temos escolha: acabamos doentes”. (CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 378).

 

 

3. Não confundir doença com possessão maligna. Jesus conferiu à sua igreja o poder de curar enfermos e libertar os oprimidos do Diabo (Mt 10.8; Mc 16.15-20). É dever nosso usar essa autoridade do nome de Jesus para diminuir o sofrimento humano. Jesus tem saúde para dar a todos os enfermos, mas nem sempre compreendemos o plano de Deus para determinada pessoa. Duas coisas básicas devemos observar: primeiro, se a enfermidade é opressão maligna ou uma questão médica, para não “expulsar demônio” onde não há demônio. Isso machuca as pessoas, e não é tão incomum entre nós. Segundo, entender que Jesus é Senhor, e não servo, Ele cura como quer e onde quer de acordo com a sua vontade (Mt 6.10).

- Mais uma vez cito CHAMPLIN: “POSSESSÃO DEMONÍACA: Essa questão tem atraído a zombaria e o ridículo da parte de alguns estudiosos modernos. Aqueles que pregam doutrinas modernistas na igreja, dizem que a ideia antiga é que os demônios provocavam enfermidades e loucura, mas que atualmente se sabe que tais espíritos não existem, pelo que, tais casos, seriam tipos de enfermidades psíquicas. Os que assim dizem apresentam, como parte das provas que oferecem, a observação de que hoje em dia não ocorrem mais esses casos.

Contra tais ideias aduzimos as seguintes observações:

1. O N.T. ensina inequivocamente que os espíritos imundos são reais, e não imaginários. Pelo N.T., jamais compreenderíamos porque tais espíritos não haveriam de existir. Além dos muitos textos nos evangelhos que ensinam sua existência, há o trecho de Efé. 6:12, que diz: *Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e. sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes».

2. Ο N.T., contudo, não ensina que todas as doenças e casos de loucura resultem da influência ou possessão p o r parte dos demônios. O trecho de Mat. 8:2,6,16 indica diversas fontes das enfermidades, uma das quais e a influência exercida pelos demônios.

3. Não é verdade que o fenômeno não ocorra atualmente. Em diversos lugares do mundo, os missionários narram casos que não diferem dos que são encontrados no N.T. Provavelmente, em muitos países onde a fé cristã não é generalizada, ainda ocorrem casos que são chamados por diversos nomes psíquicos. Mas a mudança de designação não altera a origem da enfermidade e sim apenas oculta a sua causa. Aqui, um a vez mais, afirmamos que nem todos os casos de insanidade mental têm origem na possessão demoníaca, mas também não há razões para negar-se o fato que, às vezes, a possessão demoníaca causa alguns tipos de loucura.

4. Talvez o fenômeno se multiplicasse e evidenciasse m ais nos dias cm que Jesus esteve entre os homens, simplesmente por causa da oposição à sua presença. Então foi muito intensificada a luta entre as forças do bem e do mal.

5. É insensatez dizer que não se pode crer em nada que não se possa ver, isto é, os anjos, os demônios. Deus, etc., porquanto qualquer estudante sabe que os sentidos humanos são débeis e inexatos, sendo muito provável que não tenhamos percepção sensorial da maior parte das realidades do universo. A princípio os cientistas negaram o fenômeno dos meteoritos, porque, dizem eles, sabemos que não existem pedras no ar. Os cientistas também negaram o fato que os gérmens podem causar enfermidades por meio do ar ou das vestes, mas hoje em dia todos sabem que eles estavam equivocados. Até mesmo coisas das mais simples e corriqueiras hoje em dia já foram negadas pela·ciência humana. Precisamos lembrar que os cientistas do século XXI provavelmente dirão que a nossa ciência, a do século XX, sofria de uma espécie de provincianismo. Talvez se obtenham, no futuro, provas da existência dos espíritos, tanto bons como maus. No futuro, quiçá se obtenham provas sobre a imortalidade da alma, como também da natureza espiritual do homem.

6. As pesquisas psíquicas recentes parecem confirmar, desde agora, a existência do mundo dos espíritos, tanto bons como maus. Nota-se, com interesse, que muitas pessoas que não são religiosas mas que estão envolvidas nos estudos psíquicos, acreditam na existência dos espíritos, porque essa hipótese, por si só, explica várias formas de fenômenos. Hoje ainda se considera uma crença religiosa a crença na existência dos espíritos: mas amanhã talvez a ciência confirme essa crença, e isso apenas fará parte do conhecimento que se vai adquirindo em ritmo cada vez mais veloz sobre a natureza do grande universo no qual nos encontramos”. (CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 346).

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Precisamos saber que a cura divina é real e atual. Além disso, devemos entender que o Senhor Jesus cura quando, como e onde quer e não da maneira que às vezes, pensamos (2 Reis 5.10-14).

- Quando a doença chega, talvez não seja o resultado da intervenção direta de Deus em nossas vidas, mas sim o resultado do mundo e corpos caídos, assim como de saúde e estilo de vida deficientes. Além disso, embora existam indicadores bíblicos de que Deus quer que tenhamos boa saúde (3 Jo 2), todas as enfermidades e doenças são permitidas por Ele para Seus propósitos, quer possamos compreendê-los ou não.

FRANCISCO BARBOSA

 

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PARA REFLETIR

– A respeito de “O Senhor Jesus Cura Hoje”, responda:

• Como era a cura de enfermidades em Israel?

A cura de enfermidades em Israel era essencialmente milagrosa, principalmente acerca das doenças graves.

• Qual o recurso divino seguro para a cura das enfermidades?

A ministração da unção com óleo em nome do Senhor sobre os enfermos (Mc 6.13; Tg 5.14,15).

• Qual o resultado da obra expiatória do Calvário?

A expiação no Calvário resulta na nossa redenção e alcança também a cura do corpo físico (Is 53.4; 1 Pe 2.24).

• Como o Novo Testamento interpreta Isaías 53?

O Novo Testamento interpreta Isaías 53 como a provisão de Deus em Cristo para cura física e espiritual. O Evangelho de Mateus aplica a palavra: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4) ao ministério de cura do Senhor Jesus (Mt 8.17).

• Quais as duas coisas básicas devemos observar sobre a enfermidade?

Duas coisas básicas devemos observar: primeiro, se a enfermidade é opressão maligna ou uma questão médica, para não “expulsar demônio” onde não há demônio. Isso machuca as pessoas, e não é tão incomum entre nós. Segundo, entender que Jesus é Senhor, e não servo, ele cura como quer e onde quer de acordo com a sua vontade (Mt 6.10).

 

AUXÍLIO AO MESTRE

1° Trimestre de 2021 | CPAD – Adultos

Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo

Lição 10 – O Senhor Jesus Cura Hoje | Pb Francisco Barbosa