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18 de março de 2019

(ADULTOS) Lição 12: Vivendo em Constante Vigilância



REVISTA ADULTOS 1° TRIMESTRE 2019
TEMA: Batalha Espiritual: O povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal
COMENTARISTA: Pr. Esequias Soares

- L I Ç Ã O  12 -
24 de março de 2019

Vivendo em Constante Vigilância

TEXTO ÁUREO
“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos” (1Co 16.13).

VERDADE PRÁTICA
A vigilância na fé cristã significa permanecer acordado quanto à vinda de Cristo, atento no zelo de não se afastar de Jesus e perseverar na cautela contra os falsos profetas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 26.36-41.
36 Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38 Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39 E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40 E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

INTRODUÇÃO
A exortação à vigilância na presente lição abrange dois aspectos da vida cristã. O primeiro diz respeito às palavras de Jesus na agonia em Getsêmani, na noite em que Ele foi preso. O outro aspecto refere-se ao contexto escatológico no sermão profético registrado nos Evangelhos Sinóticos. A presente lição mostra os aspectos da vigilância na fé cristã. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- O retorno de Cristo, como defendemos em nossa base de fé, será evidente, sem ambiguidade e visível a todos (Mt 24.27). Este texto de Mateus nos garante que os verdadeiros seguidores de Cristo não serão enganados, mas saberão aguardar a chegada do seu Senhor dos céus. Sua vinda será tão repentina, quanto visível, quanto a isso, vale a exortação (ato ou efeito de exortar; encorajamento, estímulo, incitação) à vigilância quanto ao retorno de Jesus diz respeito às diversas vezes em que o Mestre alertou para a natureza súbita de sua vinda. Mesmo assim, pode-se observar, sem muito esforço, que grande parte dos crentes está descuidada, envolvida com os afazeres da vida e não se prepara para aquele grande momento em que Jesus voltará. É o que veremos no estudo desta lição. Deus tem falado, não só pela sua Palavra, mas através dos sinais da vinda de Jesus, que está chegando a hora. – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I – O SIGNIFICADO DE VIGILÂNCIA

“A vigilância é o ato ou efeito de vigiar, o estado de quem permanece alerta, de quem procede com precaução para não correr risco. E isso nos mais diversos aspectos da vida humana. O verbo “vigiar” aparece na Bíblia no sentido de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.”

1. Vigiar, estar alerta. A palavra que mais aparece no Novo Testamento grego para “vigiar” é o verbo gregoréo, “vigiar, estar alerta, ser vigilante”, que aparece 22 vezes. A ideia principal dessa vigilância é escatológica (Mt 24.42,43; 25.13), e isso se mostra nas passagens paralelas de Marcos e Lucas. Mas, quando Jesus disse a Pedro, Tiago e João: “ficai aqui e vigiai comigo” (v.38), isso significa que Ele queria que seus discípulos ficassem acordados e continuassem a orar ou, talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto oravam. Mas gregoréo é usado para denotar uma vigilância mais geral (1Co 16.13; Cl 4.2; 1Pe 5.8).”
- O verbo “vigiar” segundo o Aurélio quer dizer: “observar atentamente; estar atento a; tomar cuidado” (FERREIRA, 2004, p. 2061). No hebraico o verbo é “shamar” que significa: “vigiar, guardar”. No grego o termo é “gregoreo” que significa literalmente “vigiar” e é encontrado em 1 Ts 5.6,10 e em mais 21 outros lugares nos quais ocorre no Novo Testamento (por exemplo, em 1 Pe 5.8).  É usado acerca de: (a) “manter-se acordado” (Mt 24.43; 26.38.40.41): (b) “vigilância espiritual” (At 20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1 Ts 5.6.10; 1 Pe 5.8; Ap 3.2.3; 16.15) (VINE, 2002, p. 323 – acréscimo nosso). A palavra “vigiar” tem conotação exortativa, visando chamar a atenção dos ouvintes a estarem prontos para o retorno do Messias..

2. Vigiar, guardar, cuidar. É o verbo grego agrypnéo, “manter-se acordado, vigiar, guardar, cuidar”, e só aparece quatro vezes no Novo Testamento, duas delas no sentido escatológico no sermão profético (Mc 13.33; Lc 21.36). O vocábulo é usado para indicar a vigilância nas orações e súplicas (Ef 6.18) e apresenta ainda a ideia de cuidar ou velar: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma” (Hb 13.17).[Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- A noção presente no verbo grego agrypnéo é de um cuidado constante e sem descanso, por isso mesmo é usado para falar sobre a necessidade de estamos alertas quanto aos fatos relacionados ao futuro (escatológicos) como também, é usado para falar acerca do cuidado pastoral.

 “3. Vigiar, ser sóbrio. É o verbo nepho, literalmente “ser sóbrio”, mas que aparece no sentido figurado de vigilância combinado com gregoréo (1Ts 5.6; 1Pe 5.8). Seu uso no sentido próprio pode ser visto em outras partes do Novo Testamento (1Ts 5.8; 2Tm 4.5; 1Pe 1.13). Existe ainda o verbo eknepho, que só aparece uma vez no Novo Testamento (1Co 15.34), traduzido por “vigiar”, na ARC; por “tornar à sobriedade”, na ARA e na Nova Almeida Atualizada; e por “despertar” na TB. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Sóbrio: grego: νηφω nepho, literalmente: livre da influência de intoxicantes; metaforicamente: calmo e sereno de espírito; ser moderado, controlado; lúcido, com plena capacidade de avaliar. Diversas vezes Jesus chamou a atenção dos seus seguidores quanto à importância de estarem vigilantes para o seu retorno (Mt 24.22; 25.13; Mc 13.33,35; 37; Lc 21.36; Ap 3.3; 16.15). Muitas dessas exortações se percebem através das parábolas, tais como: das dez virgens (Mt 25.1-13); do senhor que confiou o cuidado das coisas que lhe pertenciam aos seus servos, prometendo voltar em breve (Mc 13.34-37); dos servos que aguardam o seu senhor quando voltar das bodas (Lc 12.36-37). “O chamado à vigilância, no entanto, não foi dirigido apenas a eles, mas a todos nós (Mc 13.37)” (ADEYEMO, 2010, pp. 1222,1223).

II - JESUS NO GETSÊMANI
Depois que Jesus instituiu a Ceia do Senhor, Ele seguiu com os seus discípulos para o jardim de Getsêmani. Em oração, o Senhor Jesus rogou ao Pai, três vezes, para que passasse dEle “esse cálice””.

1. Getsêmani. O lugar é assim identificado em Mateus (v.36) e Marcos (14.32). Lucas se refere ao local como “àquele lugar” (22.40) e João registrou: “o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim” (18.1, Nova Almeida Atualizada). O nome “Getsêmani” vem de um termo aramaico que parece significar “prensa de azeite”. Era uma área localizada no sopé do monte das Oliveiras, onde o Senhor Jesus costumava se reunir com os discípulos e para onde se retirou na noite em que foi preso (Lc 22.39; Jo 18.2). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Getsêmani significa “lagar de azeite”. O Getsêmani era um jardim onde Jesus e seus discípulos se reuniam. Também foi o lugar onde Jesus orou antes de ser preso. O jardim do Getsêmani era um olival no monte das oliveiras, perto da cidade de Jerusalém. Jesus e seus discípulos gostavam de se reunir nessa zona. Depois da Última Ceia, Jesus foi para o Getsêmani para orar com seus discípulos, se preparando para o sofrimento que estava prestes a suportar (Mateus 26:36). (RESPOSTAS.COM).

 “2. A angústia de Jesus. O Senhor Jesus, durante todo o tempo do seu ministério, encarava a sua morte de maneira serena (Mt 16.21; 17.22,23; 20.17-19; 26.1,2 e passagens paralelas em Marcos e Lucas). Alguns estudiosos do Novo Testamento se perguntam por que só agora “começou a entristecer-se e a angustiar-se muito” (v.37) a ponto de dizer: “A minha alma está cheia de tristeza até à morte” (v.38)? O seu pavor não era a morte, mas o ser separado do Pai ao assumir os pecados de toda a humanidade na cruz (2Co 5.21), pois Ele já estava decidido quanto a isso (Mc 10.33,34) e tinha consciência de que a sua morte era a vontade do Pai (Jo 12.27). Esse era o momento mais crucial para a humanidade, pois estava em jogo a salvação dos pecadores. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- No jardim do Getsêmani, afastando-Se dos discípulos e ficando apenas com Pedro e os dois filhos de Zebedeu a Seu lado foi orar. Quando Ele ficou sozinho, mais tarde, “adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando…” (Mt 26.39). Qual foi a Sua oração?“..Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (v. 39). Jesus não recebeu resposta. “É verdade que Jesus usou a condicional “se possível” na oração do Getsêmani. Mas não era possível, a bem do pecador, afastar de Jesus o cálice da salvação. Desde o Jardim do Éden, desde a queda, “não havendo derramamento de sangue, não há perdão de pecados” (Hb 9.22, NTLH). Nossa redenção não é por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue de Cristo, como um cordeiro sem mancha e sem defeito”, planejada antes da criação do mundo (1Pe 1.18-21). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7). Todo o processo depende de Jesus, dependia da cruz. Jesus não podia falhar -- e não falhou.”. (ULTIMATO). Não há nenhuma insinuação nem no Salmo 22, nem nos Evangelhos, de que Cristo orou para ser poupado do mero ato de morrer. O que ele temia era o Pai esconder Seu rosto dEle. Lembremos que 700 anos antes, Isaías previu o real motivo da cruz: "Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados". Jesus, perfeito Deus e perfeito homem, que nunca pecou e nem poderia pecar por não ter a mesma natureza pecaminosa que herdamos de Adão, seria feito pecado na cruz. É importante frisar que ter ficado passivo ou satisfeito e contente com a aproximação de tal separação, não teria sido uma demonstração de fé, mas pecado. O cálice da morte a respeito do qual Ele orou para ser libertado foi, não a morte física, mas a separação de Sua alma humana da luz do semblante de Deus. Ele não obteve resposta, no entanto, Sua oração foi "ouvida" em Seu Pai o fortalecer, de modo a manter a Sua fé inabalável e sem oscilar, durante todo o teste e sofrimento.

“3. O cálice. A expressão usada por Jesus: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice” (v.39) deve ser entendida à luz do Antigo Testamento. O cálice ou copo aparece com frequência na Bíblia e mui especialmente na sua aplicação metafórica. É usada para indicar uma situação miserável (Sl 11.6) e também de felicidade (Sl 16.5; 23.5). Da mesma forma, indica a manifestação da ira de Deus (Sl 75.8; Is 51.17). Essa linguagem aparece no Novo Testamento (Ap 14.10; 1Co 10.16). O Senhor Jesus se referia ao cálice da ira de Deus como castigo da separação do Pai no momento da cruz (Mt 27.46; Mc 15.34). Estava chegando a hora de ser submerso na maldição, por nós, pecadores (Gl 3.13). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Essa ira de Deus simbolizada pelo cálice, estava destinado a todos nós. O ato de Jesus verter este cálice, desviou de nós a santa e justa ira de Deus e direcionou a Cristo na sua morte na cruz. Foi esse o cálice que Jesus bebeu, e agora nos proporciona outro cálice: “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR” (Sl 116.13) e também nos diz que: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado em favor de vós” (Lc 22.20). O cálice da ira de Deus foi tomado por Cristo, por isso lemos no evangelho: “Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser batizados com o batismo com que sou batizado?" (Mc 10.38). No livro O verdadeiro Evangelho, do pastor Paul Washer, ele nos trás uma ilustração do que aconteceu conosco: “Imagine uma represa de dez mil metros de altura e dez mil metros de largura transbordando, e você está a dez metros dela. De repente essa represa desmorona e todo aquele turbilhão de água furioso está vindo em direção a você de forma violenta e destruidora. No entanto, a dez segundos de lhe atingir, o chão se abre e engole toda aquela água. Isso foi o que Deus fez por você. Isso foi o que Deus fez por nós. Cristo levou sobre si a ira de Deus contra o pecado para nos justificar”. Quando o comentarista afirma: “O Senhor Jesus se referia ao cálice da ira de Deus como castigo da separação do Pai no momento da cruz”, eu quero entender que “castigo da separação do Pai no momento da cruz”, ele quis dizer o mesmo chão que se abriu e engoliu toda aquela água que vinha contra nós, porque se não for isso, corre risco de termos aqui uma falsa afirmativa, já que cálice, muitas vezes é símbolo da retribuição divina ou da ira de Deus.


III - EXORTAÇÃO À VIGILÂNCIA
Depois de uma breve explicação sobre Jesus no Getsêmani, retornamos ao tema da lição. Entendemos que o ponto central dessa seção do Evangelho de Mateus (26.36-41) é a exortação à vigilância, apesar de outros temas serem importantes aqui”.

1. No contexto escatológico. A exortação à vigilância é um dos pontos centrais do sermão profético porque não se sabe o dia e a hora da vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32). O ensino do Senhor nas diversas parábolas desse discurso escatológico dá muita ênfase à necessidade de os crentes estarem atentos. Apesar de ser vedada aos humanos a data da segunda vinda de Jesus, a Bíblia indica os sinais que precederão a vinda de Cristo em Mateus 24 e Lucas 21. Os acontecimentos de hoje nos mostram o cumprimento das profecias bíblicas, sinalizando que essa vinda está próxima. Se os cristãos da primeira hora deviam estar vigilantes quanto ao grande evento, o que não diremos nós, que somos a Igreja da última hora? Por isso devemos estar ainda mais firmes e atentos, continuamente. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Ninguém sabe a data quando Jesus voltará. É impossível prever quando esse dia será porque acontecerá quando não estivermos à espera (Mt 24.36). Se alguém diz que sabe quando vai acontecer, está enganado. Se alguém disser que Jesus já voltou, não devemos acreditar porque quando acontecer o mundo todo saberá (Mc 13.21-22).
Três pontos sobre a doutrina da segunda vinda são absolutamente claros. Primeiro, a volta de Jesus será evidente, sem ambigüidade, visível a todos. O Senhor mesmo explica: “Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27, NVI). A mensagem apocalíptica afirma que Ele “vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram” (Ap 1.7). Segundo, a volta de Jesus será “com poder e muita glória” (Mt 24.30). Ele não levará sobre si as nossas enfermidades nem será esmagado por causa das nossas iniqüidades. Não será oprimido nem afligido nem levado ao matadouro. Terceiro, a volta de Jesus será em dia e hora que ninguém sabe (Mt 24.36). Ele mesmo avisou: “O Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam”. No último livro da Bíblia, lê-se esta declaração pessoal e enfática: “Eis que venho como ladrão!” (Ap 16.15.) A igreja é qual a noiva à espera do noivo. De repente, ela ouvirá um grito: “O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo!” (Mt 25.6.) Enquanto Ele não chega, tanto a igreja como o Espírito fazem esta pequena oração litúrgica: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20.)” (ULTIMATO)

“2. Na vida cristã. É o estado de alerta para não cairmos em pecado, para nos abstermos de tudo aquilo que desagrada a Deus (1Co 16.13; 1Ts 5.6; 1Pe 5.8). Mas essa vigilância não deixa de ser um exercício contínuo da fé até que Jesus venha. Ele pode voltar a qualquer momento; os sinais de sua vinda estão aí, como o avanço da imoralidade e da corrupção (Ap 9.21), a evangelização mundial por meio de recursos das redes sociais (Mt 24.14) e a posição de Israel no Oriente Médio (Lc 21.29-31). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Os sinais que prenunciam a volta de Jesus estão se cumprindo a cada dia - falsos cristos e falsos profetas; apostasia, Doutrinas de demônios, Perseguição aos crentes, sinais no céu, Guerras e conflitos, terremotos. A apostasia tem se evidenciado, no meio de igrejas evangélicas, a ponto de a Bíblia não ser mais referência para a conduta de muitos que se dizem cristãos. Na natureza, há fenômenos que indicam o cumprimento das previsões apocalípticas. Na vida moral, certamente, há o maior grau de fatos que comprovam o aumento da iniquidade humana. Mas a Igreja de Jesus Cristo deve continuar em oração e vigilância como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), aguardando em santificação a volta de Jesus. A vigilância na vida cristã deve nos levar à santidade. Jesus exortou os discípulos a serem vigilantes. Ele afirmou: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24.42). Por não sabermos a data da segunda Vinda de Jesus, temos de ter uma conduta ilibada em nosso dia a dia. Temos que aguardar a volta de Cristo em santidade e com o coração repleto de fé. Precisamos também desejar a volta de Cristo, como os crentes de Tessalônica. Eles ficaram tão convictos e anelantes ante a mensagem que os missionários lhes pregaram concernente à segunda Vinda de Cristo, que entendiam que a mesma ocorreria naqueles dias enquanto estavam vivos (1Ts 4.15,17).

“3. “Vigiai e orai” (v.41a). O sentido da vigilância aqui difere daquele mencionado no v.38, em que “vigiar” indica ficar despertado, acordado. Mas aqui significa estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus e nunca se apartar dEle. Isso fica claro pelas palavras seguintes: “para que não entreis em tentação”. É uma advertência solene a todos os crentes em todos lugares e em todas as épocas para viverem atentos em todos os momentos da vida (Ef 6.18). O Comentário Bíblico Beacon diz: “A eterna vigilância é o preço da liberdade”.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- A palavra vigiai não é entendida muitas vezes pelos cristãos, pode ser considerado um aviso em estar atento para não pecar, mais do que isso, estar alerta para não se perder com as distrações desse mundo, que em um sentido mais amplo nos tornaria aptos com ações sempre voltadas ao Reino.Jesus nos disse para vigiar e orar porque nossa carne é fraca e enfrentamos muitas tentações. Quando vigiamos e oramos, ficamos mais fortes para resistir à tentação. Na noite em que foi preso, Jesus foi para o jardim do Getsêmani com seus discípulos para orar. Mas, enquanto ele orava sozinho, os discípulos adormeceram. Quando voltou, Jesus repreendeu os discípulos e os avisou que deveriam vigiar e orar, para não caírem em tentação (Mateus 26:40-41). No entanto, eles adormeceram outras duas vezes!” (RESPOSTAS).

4. O espírito e a carne (v.41b). Temos aqui o contraste entre o espírito e a carne, muito comum no Novo Testamento (Rm 8.5-9; Gl 5.17). Seria esse o sentido aqui? A “carne” é um termo frequentemente usado nas Escrituras, com variação semântica tão ampla que não é possível descrever todos os seus significados neste espaço. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física (Sl 78.39), visto que os discípulos estavam cansados, exaustos e entristecidos; mas também pode ser uma referência à fraqueza da natureza humana decaída (Ef 2.3), por causa da associação com a palavra “tentação”. A expressão pode indicar as coisas simultâneas ou qualquer uma dessas interpretações.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- “Os discípulos precisavam ficar acordados e orar porque em breve seriam provados. A palavra carne aqui se refere à natureza humana. O contraste entre a natureza dos discípulos e a força do Senhor é impressionante. Já que a carne é fraca, todo filho de Deus precisa de poder sobrenatural (Rm 8.3,4)” (BIBLIOTECABIBLICA). W. Hendriksen diz que a palavra “carne”, no sentido que lhe é atribuído na expressão “a carne é fraca”, indica a natureza humana considerada do prisma de sua fragilidade e necessidades, tanto físicas quanto psíquicas (Is 40.6-8). J. MacArthur diz que o próprio Cristo também estava familiarizado com o sentimento das fraquezas humanas (Hb 4.15). Essas fraquezas, no entanto, devem ser subjugadas à vontade divina. Então ao dizer que “o espírito está pronto, mas a carne é fraca”, basicamente Jesus estava dizendo que o espírito está sempre disposto, mas a carne, com suas debilidades naturais, não acompanha essa disposição. Isso ficou muito claro no comportamento dos discípulos. Este texto não é somente escatológico, mas ele é para agora, é para refletirmos como está nosso relacionamento com Deus. Com as tribulações da vida temos tido o cuidado de buscar a Deus sempre? Ou somente quando estamos necessitados? O nosso Deus Pai está de braços abertos esperando nossa súplica, nossa oração para que Ele na sua infinita glória derrame suas bênçãos sobre nós e sobre nossos familiares.


CONCLUSÃO
O enfoque no relato do Getsêmani é a vigilância e por essa razão não entramos em outros pontos do texto. Finalizamos dizendo que, na tentação do deserto, o Senhor Jesus recusou o domínio do mundo sem o Pai, mas aqui Ele aceita sofrer e morrer por nós com Deus. A experiência de Jesus e dos seus discípulos no jardim nos ensina que cada cristão tem o seu Getsêmani e cada um de nós deve-se submeter à vontade do Pai. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]
- Naquela noite no Getsêmani, os discípulos de Jesus estavam numa verdadeira batalha entre seu espírito pronto e sua carne fraca. O espírito de cada um deles estava disposto a atender ao pedido de Jesus e permanecer alerta em oração; mas a fraca carne estava conduzindo-os ao sono, e assim, de certa forma, tornando-os vulneráveis aos desejos de Satanás. Certamente não iríamos querer espontânea e voluntariamente “pular” em pecados, sabendo que o salário do pecado é a morte, mas não podemos resistir cair nele porque a nossa carne não é forte o suficiente para resistir. Nós nos colocamos em situações ou preenchemos nossas mentes com paixões sensuais, e isso nos leva a pecar; somos seres caídos e fracos como já antes mencionei. A única forma de sermos fortes em meio às tentações é estarmos verdadeiramente em Cristo; a Cruz como meio e Cristo como a fonte de nossa esperança por meio da graça dada por Deus Pai (Ef 1.4). Fomos chamados para sermos santos e irrepreensíveis diante de Deus. E ser santo é ser separado para Deus e do mundo.

Que o Eterno revele a nós a sua face de amor e nos conceda a paz!”. (Nm 6.25),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Março de 2019

PARA REFLETIR
A respeito de “Vivendo em constante vigilância” responda:
• Qual o sentido do verbo “vigiar”?
Significa estar alerta, ser vigilante. No contexto bíblico tem o sentido de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.
• O que Jesus estava dizendo com as palavras: “ficai aqui e vigiai comigo”?
Significa que Jesus queria que seus discípulos ficassem acordados e continuassem a orar ou, talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto orava.
• Por que a vigilância é um dos pontos centrais do sermão profético?
Porque não se sabe o dia nem a hora da vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32).
• Qual o significado da vigilância em “vigiai e orai, para que não entreis em tentação”?
Significa estar vigilante para manter a fidelidade ao Senhor Jesus e nunca se apartar dEle.
• O que nos ensina a experiência de Jesus e seus discípulos no jardim de Getsêmani?
Ensina que cada cristão tem o seu Getsêmani e cada um de nós deve se submeter à vontade do Pai. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 1º Trimestre 2019. Lição 12, 24 Mar, 2019]