LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
4º Trimestre de 2017
Título. A Obra da Salvação. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a
Vida
Comentarista. Pr. Claiton Ivan Pommerening
Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola
dominical que utilizam as revistas da CPAD
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Lição 14
31 de Dezembro de 2017
Vivendo com a mente de Cristo
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Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo?
Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16).
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Diante de um mundo marcado pelos dias maus, não podemos viver sem ter
a mente de Cristo.
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Leitura Diária
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Segunda — Mt 5.1-12
As
bem-aventuranças trazem bom senso para a vida
Terça — Mt 5.13-16
Sendo sal para
temperar e luz para iluminar
Quarta — Mt 5.21-26
Sabedoria no
relacionamento interpessoal
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Quinta — Mt 5.38-42
Guardando o
coração do ódio e do mal
Sexta — Mt 6.1-4
Fazendo o bem com
a motivação correta
Sábado — Mt 6.9-15
Orando a Deus com
sabedoria
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Leitura Bíblica em Classe
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1 Coríntios 2.12-16.
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12 — Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que
provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente
por Deus.
13 — As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas
com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as
espirituais.
14 — Ora, o homem natural não
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compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 — Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido.
16 — Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo?
Mas nós temos a mente de Cristo.
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HINOS SUGERIDOS. 159, 463 e 620
da Harpa Cristã
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Objetivo Geral
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Explicar porque não podemos viver sem ter a mente de Cristo.
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Objetivos
Específicos
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Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com
os seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar que somos
peregrinos neste mundo tenebroso;
II. Compreender que precisamos
viver em esperança e com a mente de Cristo.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
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A doutrina da glorificação dos salvos, estudada na lição anterior,
traz esperança à nossa vida. Ela nos lembra que somos peregrinos e
forasteiros neste mundo e, por isso, devemos sempre ter a consciência da
fugacidade da vida. A melhor maneira de viver com essa consciência é ter a
mente de Cristo. [Comentário. Filipos era uma colônia do Império
romano. Os cidadãos viviam como romanos, respeitando as leis de Roma e
pagando impostos a César. Eles gozavam da segurança e dos benefícios de serem
cidadãos romanos, ainda que vivessem a uma grande distância de Roma. Parte da
força de Roma era a união de suas colônias através do mundo antigo: todas
elas estavam se esforçando juntas pelo bem comum. Semelhantemente, os
cristãos filipenses eram uma "colônia" do céu. Quando Paulo
escreveu "vivei de um modo digno" (v. 27), ele estava lhes dizendo
para "viverem como cidadãos" de sua cidade capital: o céu (Fp
30.20). Um cidadão tem que manter um certo perfil. Como o resto do mundo
saberia que os filipenses eram romanos? Eles viviam como romanos. Como o
mundo saberia que eles eram cidadãos do céu? Eles teriam que viver como
santos: em união, amor e serviço. O Império Romano era forte, mas no fim
caiu. A unidade da cidadania cristã é parte de "um reino
inabalável" (Hb 12.28). Para os santos filipenses servirem bem uns aos
outros, deixando seus próprios desejos pelo bem comum de todos os santos,
eles teriam que aprender a ser desprendidos. Muitos reinos tinham caído por
causa do egoísmo e da ganância. Mas o reino do céu estava estabelecido no
serviço desinteressado aos outros. Jesus Cristo -- o próprio Rei -- veio como
um servo (vs. 6-7), e serviu a toda a humanidade vivendo sem pecado e
morrendo numa cruz. Se Jesus pode humilhar-se para descer do céu e servir os
homens, estes podem humilhar-se para descer de seu orgulho e servir os
outros. A salvação é uma dádiva de Deus (Rm 6.23), mas exige uma resposta por
parte dos homens para a receberem. Essa resposta é obediência. Paulo
encoraja-os a continuarem obedecendo, justo como tinham feito quando ele
estava com eles (v. 12). Ele incita-os a obedecer "porque Deus é quem
efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade"
(v. 13). Quando obedecemos a Deus fielmente, ele trabalha em nós para a
salvação. A obediência jubilosa e unida dos servos de Deus é "luz"
num mundo escuro onde as pessoas vivem com ira e disputa, servindo só a si
mesmas. Paulo conclui com três exemplos de serviço desinteressado. Paulo
estava feliz (vs. 17-18) por ser "oferecido por libação sobre o
sacrifício e serviço da vossa fé". Timóteo (vs. 19-24) não era como os
outros, que "buscam o que é seu próprio" (v. 21), mas queria fazer
as jornadas perigosas de ida e volta a Filipos para servir a Paulo e seus
irmãos. E Epafrodito (vs. 25-30), "por causa da obra de Cristo chegou às
portas da morte e se dispôs a dar a própria vida". Que Deus ajude todos
nós a sermos um exemplo de serviço desinteressado(1). Vamos pensar maduramente a fé
cristã?]
1. Carl Ballard.
Estudo Textual: Filipenses 1:27-2:30 A Mente de Cristo. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/fil2.htm. Acesso em
20 dez, 2017
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PONTO CENTRAL
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Somos peregrinos em terra estranha.
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I. PEREGRINOS NESTA
TERRA
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1. Peregrinos na terra. O peregrino está
de passagem por uma terra que não lhe pertence, ele caminha em direção a um
país cujo coração almeja. Para isso, o peregrino se torna nômade, não se
apega ao local de estadia porque sabe que ele é provisório. Por onde caminha
não experimenta conforto, pois carrega o mínimo de bagagem possível a fim de
tornar o trajeto mais leve. O patriarca Abraão é o modelo bíblico dessa
imagem peregrina. O nosso pai da fé saiu da sua terra, deixou sua parentela,
foi ao encontro da Terra Prometida e fez da peregrinação um estilo de vida
(Hb 11.9). Da mesma forma, nós os cristãos somos peregrinos neste mundo. Por
isso, não podemos nos embaraçar com as coisas desta vida nem permitir que
ocupem o lugar que pertence ao Senhor em nosso coração (1Tm 2.4). Isso não
significa irresponsabilidades com o trabalho, os estudos e a família, mas uma
motivação correta do coração para priorizar “as coisas que são de cima” (Cl
3.1). Comentário: Nas
meditações de Lutero, ele escreve: “...
confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”. (v. 13) -
Assim sendo, o apóstolo Pedro quer mostrar que devemos encarar esta vida como
um estrangeiro e um peregrino encaram a terra na qual são forasteiros e
visitantes. Um estrangeiro não pode dizer: esta é a minha terra natal, pois
não nasceu naquele país. Um peregrino não pensa em ficar na terra por onde
peregrina, tampouco, na hospedaria onde está pernoitando, mas, seu coração e
pensamentos estão voltados para outra direção. Na hospedaria, ele apenas descansa
e faz as refeições e, então, prossegue viagem a seu lar. Por isso, também
vocês devem considerar-se visitantes e estrangeiros nesta terra ou hospedaria
estranha, da qual vocês não tomam outra coisa senão comida, bebida, roupa,
calçado e o que precisam para passar a noite. Mas o pensamento estará voltado
exclusivamente para a terra natal, onde está a cidade de vocês. Convém ter
isso sempre em mente. Devemos deixar de lado essa idéia de edificar para nós
mesmos uma vida eterna neste mundo; lutando e apegando-nos a isso como se
fosse o nosso maior tesouro e reino dos céus, como se quiséssemos
aproveitar-nos de Cristo, o Senhor, e do evangelho para esta vida, adquirindo
riquezas ou poder por meio dele. Ao contrário, já que temos de viver neste
mundo tanto tempo quanto Deus quiser, devemos, também, comer, beber, namorar,
plantar, construir, ter casa e lar e tudo o mais que Deus dá, ter e usar tudo
isso como estrangeiros e peregrinos numa terra estranha, como pessoas que
estão conscientes de que têm de deixar tudo isso para trás e seguir viagem,
deixando a terra estranha e a hospedaria ruim e insegura, e rumando para a
pátria verdadeira, onde tudo é certeza, paz, descanso e alegria eterna(2). Dessa
forma, não podemos estar presos às coisas deste mundo. Na luta contra o
pecado a perfeição vem somente por Cristo (Cl 2.1-19). Muitos, porém,
insatisfeitos com a simplicidade disso, criam rígidos regulamentos físicos
para "governar os fiéis" e os mantém "longe do pecado".
Os fariseus fizeram isto e Jesus os reprovou (Mt 15.1-9). Hoje alguns
continuam seguindo suas próprias regras físicas como se fossem um meio de
purificar a alma. Mas Paulo mostra aos Colossenses que a purificação só vem
quando morremos com Cristo para uma nova vida espiritual. Morremos com Cristo
(Cl 2.20-23). No batismo somos "sepultados" com Cristo (Cl 2.12; Rm
6.1-4), morrendo para o pecado e "para os rudimentos do mundo" (Cl 2.20).
Estes "rudimentos do mundo" incluem:
1. a lei de Moisés,
com todas as suas sombras "das coisas que haviam de vir" (Cl 2.13-17);
2. as coisas
baseadas na "mente carnal", como "culto dos anjos" e
"visões", as quais não retêm a autoridade de Cristo (Cl 2.18-19); e
3. ordenanças
"segundo os preceitos e doutrinas dos homens" (Cl 2.20-22).
Deus nos revelou
"todas as coisas que conduzem à vida e à piedade" para nos livrar
"da corrupção das paixões que há no mundo" (2Pd 1.3-4). Qualquer
outra coisa – regras humanas sobre alimentos, cortes de cabelo, proibições
contra TV, etc. – podem ter "aparência de sabedoria", mas "não
têm valor algum contra a sensualidade" (Cl 2.23). Afinal, se um homem
não morre com Cristo, ele não vai deixar de pecar nas coisas sensuais só
porque não assiste a televisão. Ressuscitamos com Cristo (Cl 3.1-4). No
batismo, somos "ressuscitados" com Cristo "mediante a fé no
poder de Deus" e recebemos "novidade de vida" (Cl 2.12; Rm 6.1-5).
Sendo que Cristo vive "assentado à direita de Deus", nós devemos
buscar "as coisas lá do alto" e pensar "nas coisas lá do
alto" (Cl 3.1-2). Devemos fazer nossas vidas em Cristo, não em
ordenanças (Cl 3.3-4). Quando aprendemos a amar Cristo e viver para ele,
então guardaremos os mandamentos dele sem regras de homens para nos
"manter fiel" (Jo 14.15,21). Quando somos fiéis a Cristo e não a
regras, seremos "manifestados com ele, em glória" (Cl 3.4). A nova
vida (Cl 3.5-11). A nova vida vem pela mudança de natureza e não pela mudança
de algumas regras externas. "A natureza terrena" com todas as
coisas pertencentes a ela tem que morrer (Cl 3.5). Isto acontece quando
obedecemos a Cristo em amor, sabendo que "a ira de Deus [vem] sobre os
filhos da desobediência" (Cl 3.6). Quando amamos a Deus, não queremos
decepcioná-lo. Assim, deixamos de fazer as coisas erradas que fazíamos antes
na velha vida de pecado (Cl 3.5-9), e aprendemos a nos revestir "do novo
homem" (Cl 3.9-10). A vida deste novo homem é uma vida espiritual,
refletindo o amor e a santidade do seu Criador (Cl 1.16, 3.10)(3).
2. Meditações de
Lutero. Disponível em: http://www.lutero.com.br/novo/vida_de_lutero_como_pregou2.php?id=337. Acesso em
20 dez, 2017.
3. Buscai as Coisas Lá
do Alto. Disponível em: https://www.estudosdabiblia.net/col4.htm. Acesso em
20 dez, 2017.
2. Cidadãos celestiais. A Bíblia se refere
ao fato de que os crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua
pátria celestial (Fp 3.20). Dessa forma, não podemos nos conformar com este
mundo, pois o nosso estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado
nos Evangelhos: uma vida marcada pela prática da justiça, do acolhimento aos
sofredores, da libertação dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da
prática de amar o próximo, uma virtude eterna (1Co 13.13). Nesse sentido,
podemos viver um pouco do Reino de Deus nesta Terra (Mt 6.33), embora haja
uma tensão entre o tempo presente e a esperança da glória futura a ser
manifestada brevemente (Rm 8.18,19,25). Comentário: O ver Hernandes Dias Lopes
escreve: “O apóstolo Paulo diz: “E não
vos conformeis com o presente século…” (Rm 12.2). O crente não vive numa
bolha espiritual, mas no mundo. Ele foi salvo do mundo, está no mundo, mas
não pertence ao mundo. Os valores do mundo não são mais os seus valores. A
ética do mundo não é mais a sua ética. O crente tem, agora, a mente de
Cristo. Conformar-se com o mundo é adaptar-se ao seu sistema. É se com o
mundo é adaptar-se ao seu sistema. É abraçar seu relativismo. É entrar no seu
esquema. O mundo tem uma fôrma que está sempre mudando de acordo com suas
conveniências. O mundo não tem um padrão absoluto de conduta. Ele está
entregue ao relativismo moral e à decadência dos costumes. A lei da vantagem
prevalece nos acordos comerciais e nos relacionamentos. As pessoas existem
para serem exploradas e não para serem servidas. Os desejos da carne existem
para serem atendidos e não controlados. O prazer carnal deve ser consumado
sem levar em conta a verdade de Deus ou o amor ao próximo. A ética do mundo é
egoísta, é imoral, é atentatória contra Deus e contra o homem. Se quisermos,
portanto, experimentar em nossa vida a vontade de Deus não podemos nos
conformar com esse sistema corrompido de valores. O crente é uma pessoa
inconformada com a filosofia prevalecente no mundo. Ele não ama o mundo nem é
amigo do mundo. Ao contrário, ele é luz do mundo; tão oposto a ele como a luz
é das trevas; tão necessário a ele, como a luz é para trazer claridade na
escuridão. Agora, o apóstolo complementa: “… mas, transformai-vos pela
renovação da vossa mente…” (Rm 12.2). A ética do mundo está em constante
mudança. Aquilo que era vergonhoso ontem é aplaudido hoje. Os princípios de
Deus, porém, são imutáveis. Temos um padrão absoluto. Não precisamos ficar
confusos e perdidos nos labirintos da dúvida. Jesus Cristo é o nosso modelo.
Quando olhamos para ele e estudamos sua Palavra, somos transformados
progressivamente em sua própria imagem. Avançamos para o alvo rumo à estatura
do varão perfeito. Somos, então, transformados de glória em glória, avançamos
de fé em fé e caminhamos de força em força até entrarmos na glória, onde
teremos um corpo semelhante ao corpo da glória de Cristo. A vontade de Deus
não é conhecida por meios místicos, mas através de uma vida de consagração,
onde nos apresentamos a Deus, nos inconformamos com o mundo e somos
transformados pela renovação da nossa mente.”(4). Como cidadãos dos Céus, devemos
representar nossa pátria, o Reino de Deus. O domínio do Rei Jesus Cristo
chegou às mentes e corações do povo de Deus durante o primeiro século. E lhes
disse: “Em verdade vos afirmo que, dos
que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte
até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Mc 9.1). Homens e
mulheres ouviram a mensagem do reino e se tornaram cidadãos do reino do
Senhor. “Ele nos libertou do império
das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13).
O reino dos céus na terra não é um reino terrestre. Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu
reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que
não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo
18.36). O que significa “não é deste mundo”? “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus
lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão:
Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc
17.20-21). “Porque o reino de Deus não
é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm
14.17). O que é o reino? Reino, basileia, significa monarquia, império, poder
real, domínio. Portanto, o governo do céu chegou à terra. Mas o reino
celestial não é como os reinos mundanos. O governo de Deus se dirige ao
coração (espírito) do homem. Deus governa seu povo em seu Filho pela
persuasão moral que é dada através de escritos sagrados, a Bíblia. Os
cidadãos do reino são aqueles que renasceram. “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se
alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...Em verdade, em
verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus” (Jo 3.3,5). “Tendo
purificado a vossa alma pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o
amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração uns aos outros ardentemente,
pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1Pd 1.22-23). Os
cidadãos do reino de Deus deixam que a palavra dele tenha domínio sobre suas
vidas. Eles seguem a Bíblia e formam hoje, coletivamente, o território da
nação de Deus. Assim, nesse sentido, eles são o território que Deus governa.
Eles não têm autoridade, pois todo o governo e domínio pertencem a Cristo. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18).
Assim, quando se olha para a palavra reino, deve-se primeiro estar se
lembrando do rei que governa. A igreja forma o território do governo
espiritual de Cristo. O que significa igreja? A assembléia de cristãos que
foram libertados das trevas do pecado pelo sangue de Cristo. A igreja e o
reino são intimamente ligados, mas não são palavras sinônimas. Reino destaca
o governo do Rei. Igreja salienta o povo de Deus que está sob o governo de seu
Senhor e Rei, Jesus Cristo.(5)
4. LOPES. Hernandes Dias. Como experimentar a vontade de
Deus. Disponível em:
http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/como-experimentar-a-vontade-de-deus/.
Acesso em 20 dez, 2017.
5. POARCH Tommy. ‘O Reino dos Céus na Terra’. Disponível em:
https://www.estudosdabiblia.net/a15_23.htm. Acesso em
20 dez, 2017..
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SÍNTESE DO TÓPICO
I
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Estamos neste mundo de passagem, o nosso destino é o céu.
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II. VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE
DE CRISTO
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1. Passando pelas provações com a mente de
Cristo. Enquanto
vivermos neste mundo, seremos afetados pelas fraquezas e circunstâncias
difíceis. Por isso devemos aprender a viver com a sabedoria do alto (Tg 3.17;
Fp 4.8). Nesse aspecto, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos a ter o mesmo
sentimento de humildade de Cristo, esvaziando-se da prepotência, do orgulho,
do apego aos títulos e posições, para cumprir o celestial propósito de servir
(Fp 2.5-8). Ora, se temos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo dos
gentios, logo, sabemos discernir bem as coisas espirituais das materiais; por
isso, escolhemos priorizar o Reino de Deus e a sua justiça na esperança de
que Deus cuidará de nossas vidas (Mt 6.33). Comentário: Em tempos
que o orgulho deixou de ser um vício para se tornar uma “virtude”. Na cultura
dos winners (vencedores) versus loosers (derrotados), a lição da vida de
Jesus compreendida pelo apóstolo Paulo soa como uma ofensa aos valores
Pós-Modernos. O texto de Filipenses 2.3-5 nos leva a refletir o tipo de
cristianismo que estamos vivendo cuja mensagem central abandonou o evangelho
da graça para uma busca por realização pessoal. Como uma fórmula mágica, as
pessoas têm procurado o segredo do sucesso, ou seja, como ter prosperidade,
como ser uma pessoa que vive seu potencial no máximo, etc. Na contramão dessa
corrente, ter o sentimento de Jesus implica em não apegar-se na sua condição,
não se fiar no seu ego, na sua auto-imagem, mas é se despir de seu status e
viver para servir os outros. Sucesso na vida com Jesus não está relacionado
na quantidade de seus bens ou no seu bem estar, mas no quanto você se
entrega, em amor, pelos outros(6). O grande
desafio nos nossos dias é REMIR O TEMPO, é nos conduzirmos com aproveitamento
máximo, gerando atos que redundem em glória para Deus e satisfação diária
para nossas almas. Paulo, em Efésios 5.15,16, recomendou: “Portanto,vede
prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o
tempo, porquanto os dias são maus". Veja também em salmo 90.12:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração
sábio”. Remir neste contexto significa aproveitar o tempo e todas as
oportunidades com a qual deparamos. Temos que nos disciplinar para não esbanjarmos
o tempo com conversas fúteis, leituras que não edificam, programas de TV
inadequados (novelas, filmes...). Ao invés de gastar, devemos investir, com
sabedoria, o tempo que Deus nos coloca ao dispor. Queridos, amem e priorizem
a Deus, honrando-o com amor, com o modo de ser e agir, com a nossa oferta a
Ele das primícias de nosso tempo, com nossos dons, talentos e nossos bens
materiais, amem o seu próximo como a vocês mesmos, cooperando com o Senhor, a
fim de que Seu plano de salvação seja conhecido por todos, e Seu reino seja
estabelecido em cada coração. “não ter tempo para Deus é viver a vida
perdendo tempo!”(7).
6. DELPHINO Juliano Henrique. ‘Humildade: o
mesmo sentimento de Cristo Jesus!’. Disponível em: http://estudosbiblicos.blogspot.com.br/2015/11/humildade-o-mesmo-sentimento-de-cristo.html. Acesso em
20 dez, 2017.
7. Sem. Fábio e Suzana.
‘Tenham tempo para Deus. Priorizem o seu reino’. Disponível em: http://www.igrejabatistagenesis.com.br/mensagens/tenham-tempo-para-deus-priorizem-o-seu-reino-0. Acesso em
20 dez, 2017.
2. Um olhar para além das circunstâncias. Neste tempo
presente, com os olhos focados em Cristo, podemos viver em esperança (Hb
11.1). Quando o nosso pensamento está de acordo com os ensinos do nosso
mestre, podemos voltar os nossos olhos para além das circunstâncias difíceis.
Isso não significa escapismo ou fantasia, mas uma alegre motivação e
encorajamento para enfrentarmos as batalhas com a convicção de que Deus nos
fortalecerá. Quando temos esperança em Cristo, e por intermédio dEle
aprendemos a viver melhor, buscamos uma vida mais simples parecida com Jesus
(Mt 6.19-21) e nos lançamos aos seus pés na certeza de que Ele tem cuidado de
nós (1Pe 5.7). Assim, a vida fica mais leve (Mt 11.28-30). Comentário: Jesus nos
adverte solenemente contra a ansiedade que a vida cria no homem. Em sua
interpretação da parábola do semeador (Lc 8.11-15), as preocupações foram
comparadas aos abrolhos e espinhos que sufocam a vida nova em Cristo (v. 14).
É somente como crianças que ingressamos no reino (Mc 10.15), e toda criança
bem cuidada sabe que não tem motivo algum para se preocupar. Os bons pais
inculcam confiança tal que o medo do futuro mantém-se desconhecido. Isso
também ocorre com os filhos de Deus que confiam suas vidas aos cuidados do
Pai. Mas Deus é invisível. O mundo está presente e é palpável a toda hora,
trazendo-nos a tentação de abandonar a vida alicerçada na fé, para buscar a
segurança no mundo. Deus acalma os corações daqueles que lhe pertencem, como
Jesus, enquanto caminhava em cima das vagas do mar da Galiléia. Os discípulos
imaginavam que o desastre brevemente os alcançaria. As palavras de Jesus:
“Sou eu, não temais” (Jo 6.20), ainda valem para todos os discípulos do
século XX, que vêem no mundo uma incontável hoste de ameaças. Se pudermos
crer na promessa de Jesus Cristo: “Eis
que estou convosco até o fim do século” (Mt 28.20), experimentaremos a
paz que ultrapassa todo entendimento: “E
a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a
vossa mente em Cristo Jesus”. (Fp 4.7). Toda preocupação suscitada pelas
condições do mundo é pecado. A ansiedade nos é proibida pelo mandamento
inspirado: “Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6)(8). O imperador
Nero incendiou Roma em 64 d.C. Para aplacar as massas enfurecidas, ele culpou
um pequeno grupo religioso, os cristãos. Aos poucos, mas de forma constante,
os não-cristãos começaram a perseguir os seguidores de Cristo por todo o
império. O apóstolo Pedro viu a crescente angústia da igreja. Em 1 Pedro, ele
instrui os fiéis a permanecerem alegres e satisfeitos, mesmo quando sofressem
perseguições por um tempo. O poder supremo de Deus os sustentaria (1 Pe
1.3-6). Como escreveu o professor de Bíblia Warren Wiersbe: “Deus não
prometeu proteger-nos dos problemas, mas proteger-nos nos problemas”. Pedro
queria que seus irmãos percebessem que Deus era o único refúgio verdadeiro,
como já testemunhou o salmista: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente nas tribulações” (Sl 46.1)(9). Leia mais aqui.
8. Daniel Dutra. ‘Deixe
a ansiedade, ele tem cuidado de você’. Disponível em: http://www.ipirondonopolis.com.br/2014/12/mensagem-deixe-ansiedade-ele-tem.html. Acesso em
20 dez, 2017.
9. Peter Colón citando Warren W. Wiersbe, The Bumps Are
What You Climb On (Grand Rapids: Baker Books, 2002), 57. Disponível em: http://www.chamada.com.br/mensagens/deus_tem_cuidado.html. Acesso em
20 dez, 2017.
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SÍNTESE DO TÓPICO
II
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Para manter a nossa esperança viva precisamos ter a mente de Cristo.
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CONCLUSÃO
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Somos
peregrinos em terra estranha. Sentimos saudades de uma terra que ainda não conhecemos, como
canta o poeta: “Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó Sião” (Harpa
Cristã, nº 2). Portanto, vivamos sabiamente com a mente de Cristo até o nosso
Salvador voltar para nos buscar. Maranata! Comentário: Eclesiastes
3.11 diz: "Também pôs no coração do
homem o anseio pela eternidade". Deus nos criou com este sentimento!
E, por causa disso, nunca estaremos plenamente satisfeitos nesta vida. Nada
chega à altura do céu. Aquele dito popular "vazio do tamanho de Deus" que o homem carrega dentro de si,
nada mais é do que ‘Saudades da Pátria Eterna’, ‘Saudades do Céu’, ‘Saudades
de Deus’. C. S. Lewis em seu livro Cristianismo Puro e Simples, escreve na
página 179: “foi quando os cristãos
deixaram de pensar no outro mundo que se tornaram tão incompetentes nesse
aqui. Se você aspirar ao Céu, ganhará a terra “de lambuja”: se aspirar a
Terra, perderá ambos”. Fomos criados para conhecer a Deus. Fomos criados
para irmos ao céu. Deus pôs em cada homem esse instinto de voltar ao lar e somente
estaremos completos quando O virmos face a face.] “... corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador
da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Dezembro de 2017
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PARA REFLETIR
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A
respeito de vivendo com a mente de Cristo, responda:
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Conceitue
a palavra “peregrino”.
Peregrino significa andante,
alguém que está caminhando fora da sua terra, estrangeiro.
Quem é
o modelo bíblico de uma vida peregrina?
O patriarca Abraão é o modelo
bíblico dessa imagem peregrina.
O que o
nosso estilo de vida deve refletir?
O nosso estilo de vida deve
refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos: uma vida marcada pela
prática da justiça, do acolhimento aos sofredores, da libertação dos
oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática de amar o próximo, uma
virtude eterna.
Qual a
consequência de termos a mente de Cristo?
Se tivermos a mente de Cristo,
como ensina o apóstolo dos gentios, logo, sabemos discernir bem as coisas
espirituais das materiais.
Você
tem esperança?
Resposta pessoal. Mas neste
tempo presente, com os olhos focados em Cristo, podemos viver em esperança.
Quando o nosso pensamento está de acordo com os ensinos do nosso Mestre,
podemos voltar os nossos olhos para além das circunstâncias difíceis.
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Fonte do conteúdo da lição.
http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2017/2017-04-14.htm.
Acesso em. 20 dez, 2017.
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